ESPERANDO A
VOLTA DE JESUS
Texto Áureo = ‘E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e toda o vosso
espírito, e alma, e carpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Crista.” (1 Ts 5.23)
Verdade Prática = Com relação à volta de Jesus, só há dais
tipos de crentes: os que serão arrebatadas e os que ficarão.
Leitura
Bíblica = Mateus 24: 42-46
INTRODUÇÃO
Durante este
trimestre, tivemos a oportunidade de constatar, pelas Sagradas Escrituras, que
é chegado o momento de Cristo vir arrebatar a sua Igreja. Não sabemos se virá
Ele na primeira vigília, se aparecerá na segunda ou na terceira, ou se haverá
de romper os céus aos primeiros clarões da alva. De uma coisa, porém, estejamos
certos: Jesus breve virá! Estará você preparado para este dia e hora?
Muitos serão
surpreendidos pela vinda do Senhor. Embriagados pelas ânsias desta vida teimam
em viver como se a vinda de Jesus fosse a mais remota das hipóteses. À
semelhança daqueles escarnece- dores referidos pelo apóstolo Pedro, perguntam:
“Onde está a promessa da sua vinda?” O que tais crentes não sabem é que já
estamos em plena era escatológica; vivemos os últimos dias desta dispensação.
Estarás tu
vigiando, quando Jesus voltar?
1. O QUE
SIGNIFICA VIGIAR
Vigiar é um
dos verbos mais conhecidos nos arraiais evangélicos. Leva-nos esta palavra a
uma ordem expressa e urgente de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Vigiai, pois,
porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt
25.13). Tal mandamento, deu-nos Ele pouco antes do início de sua paixão, morte
e ressurreição. O que significa, porém, vigiar?
1. Definição. Este vocábulo significa: observar atentamente, tomar cuidado,
estar acordado, velar com toda atenção, postar-se como sentinela, precaver-se.
Ë uma palavra rica em significados. Quando Cristo a usou, sabia Ele
perfeitamente que os seus servos, nestes tempos difíceis e trabalhosos, teriam
de munir-se de todos os cuidados possíveis, a fim de não serem subvertidos
pelos acontecimentos que haveriam de preceder o soar da última trombeta.
2. Conceituação teológica. “Vigiar, no original, é um verbo mui
sugestivo; significa estar sóbrio e manter a mente limpa. Nestes dias de
intensa fúria das forças do mal, conservemos nossas mentes em contínuo
equilíbrio para que não percamos de vista a vinda de Cristo. Como, porém,
manter o equilíbrio em meio a tantas pressões? Através da oração e súplica.
Quanto mais buscarmos a face de Deus, mais aptos estaremos para resistir ao
período derradeiro da Igreja na terra. (Dicionário de Escatologia Bíblica,
1998, p.177, CPAD).
Diante do
exposto, a pergunta não pode ser ignorada: Estamos realmente vigiando? Ou,
simplesmente, estamos a brincar de crentes, como se este mundo, que jaz no
maligno, fosse um imenso parque de diversões? Irmão, não estamos num parque de
diversões; encontramo-nos num campo de batalha, onde nos defrontamos com um
inimigo cruel e astuto. Mas nós haveremos de vencê-lo através do sangue do
Cordeiro. Aleluia!
II. OLHAI,
VIGIAI E ORAI
Ao
transcrever o Sermão Profético de Nosso Senhor, o evangelista Marcos registra
uma ênfase que todos deveríamos levar em consideração: “Olhai, vigiai e orai,
porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mc 13.33). Vejamos, a seguir, o por
quê da ênfase que Jesus empregou nesta ordem escatológica.
1. Olhai. Este imperativo leva o crente a olhar para todos os
acontecimentos que, nestes últimos dias, estão marcando a Igreja de Cristo e a
História Universal, vemos que a Igreja vem sendo atacada por uma onda inédita
de heresias, apostasias. Na terceira, realçamos os sinais mencionados pelo
Senhor em seu Sermão Profético.
Por
conseguinte, “quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e
levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21.28). Contemplemos
os sinais não com espanto e medo; contemplemo-los com pleno regozijo; afinal,
estão eles a assinalar-nos de que breve Jesus voltará.
2. Vigiai. Como já vimos acima, o vigiar diz respeito á nossa conduta e ao
nosso andar corno discípulos de Cristo Jesus. Os que não vigiam, estão a agir
como aqueles servos das parábolas do Senhor. Um resolveu enterrar o talento;
outro pós-se a espancar os conservos; as néscias dormiram sem se aperceberem de
azeite. E, assim, quando o Senhor voltou, encontrou todos desprevenidos. Está
você vigiando? Ou acha que Jesus nunca nos chamará a prestar contas?
3. Orai. Como viver sem oração num mundo que, declaradamente, jaz no
maligno? O apóstolo Paulo, ao discorrer sobre estes dias aos irmãos de
Tessalônica, exortou-os: “Oral cem cessar” (lTs 5.17). Oremos, pois, em todo o
tempo, a fim de que o Senhor nos leve a viver de vitória em vitória.
III. VICIAI
EM SANTIDADE
A doutrina
da santificação vem sendo esquecida em muitos de nossos púlpitos. Na procura
insana por aquilo que se convencionou chamar de politicamente correto,
substituiu- se a teologia da santificação por um ensino de auto-ajuda e triunfalista.
A grande proeza destes dias selvagens não é o ser santo, mas o triunfar na
profissão e prosperar materialmente, como se estas fossem o parámetro exigido
por Deus para herdarmos a vida eterna. Todavia, a Palavra de Deus não deixa
qualquer dúvida quanto às reivindicações divinas: “Portanto, santificai-vos e
sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 20.7).
No Apocalipse,
deixa-nos o evangelista ‘ma exortação que jamais deveria ser esquecida por
aqueles que lutam por viver a eternidade ao lado de Cristo: “Quem é injusto
faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça
justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda” (Ap 22.1 1).
É chegado o
momento de os santos mostrarem-se cada vez mais santos. Não há dúvida de que,
nestes últimos dias, presenciaremos o surgimento de uma geração que, amorosa e
sacrificialmente, tudo fará para honrar o Cordeiro de Deus através de uma vida
irrepreensível e piedosa: “Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que
buscam a tua face, ó Deus de Jacó” (SI 24.6). Infelizmente, o número dos
abomináveis aumentará de forma assustadora, e tudo farão para trazer o mundo
para a Igreja. Tem você vigiado em santidade? Tem buscado ao Senhor de todo o
seu coração? Sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
CONCLUSÃO
Querido
irmão, breve Jesus voltará! Busquemos, pois, ter uma vida irrepreensível diante
daquEle que, em breve, virá buscar-nos. Não podemos agir de maneira displicente
como se fôssemos viver, neste mundo, por alongados dias. Aqui não é a nossa
pátria. Somos peregrino& E, assim, andando e chorando, caminhemos em
direção da cidade, cujo arquiteto e construtor é o Senhor Jesus, não te
esqueças de nós!
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
ESPERANDO
A VINDA DO SENHOR
TEXTO AUREO = “Bem-aventurado aquele servo que o Senhor; quando vier;achar
servindo assim” (Mt 24.46).
VERDADE PRATICA = A expectativa da vinda do Senhor deve
inspirar os seus servos a uma vida santa e de serviço.
LEITURA
BIBLICA = 2 PEDRO 3: 10-14,17.18
INTRODUÇÃO
A
expectativa da iminente volta do Senhor deve inspirar e impulsionar os cristãos
a uma vida santa. Uma vez que haverá um novo céu e uma nova terra, e que este
céu e esta terra são morada de justiça, quem quiser habitar nas mansões
celestiais com Cristo deverá praticar a vida de santidade desde agora, pois no
porvir não haverá qualquer vestígio de injustiça.
I. ESPEERANDO A BENDITA ESPERANÇA
A
ressurreição dos que “morreram no Senhor” e sua trasladação, com aqueles que
ainda estiverem vivos quando Jesus voltar, constituem a bendita e única
esperança da Igreja. Mas, de onde vem tanta expectativa? Em que podemos firmar
esta esperança? A esperança da Segunda Vinda de Cristo fundamenta-se nas
promessas do próprio Filho de Deus, que foram repetidas e elucidadas por
diversos escritores sagrados (Lc 2 1.36;
Jo 14.2,3; 1 Ts 4.13,16; Rm 8.23,24; 1 Jo 3.1-3). Baseados na Palavra de
Deus devemos estar preparados, aguardando o iminente cumprimento de todas essas
promessas.
1. Por que esta esperança é bendita? “Vigiai,
pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar
todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do
homem” (Lc 2 1.36). Não esperamos
ver o 1, 1»: nem passar pela Grande Tribulação (Ap 3.10). Não obstante, devemos inclinar os ouvidos ao chamado do
nosso Libertador. Nosso olhar deve percorrer os céus, “aguardando a
bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).
A Igreja do
Senhor nesses últimos dias não deve centrar- se em outra coisa que não seja
“...esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber,
Jesus, que nos livra da ira futura” (1
Ts 1.10). Esta deve ser a nossa única âncora: “Como aos homens está
ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso, o juízo, assim também Cristo,
oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.27,28).
II.
PREPARADOS PARA SUA VINDA
1. A parábola das dez virgens (Mt 25.1-13). Esta
parábola baseia-se na prática adotada para a cerimônia de casamento nos tempos
de Jesus. Naquela época os casamentos eram usualmente festejados na casa do
noivo ou na casa de seus pais. Antes do início da cerimônia, o noivo deveria ir
à casa da noiva para trazê-la em cortejo até a sua própria casa, onde o
casamento seria celebrado. O cenário da parábola é o seguinte: dez virgens
aguardavam no caminho o momento de acender suas lamparinas pura seguirem o
cortejo até a casa do noivo, onde seria celebrada a festa de casamento.
Cinco moças,
chamadas insensatas, tomaram suas lâmpadas, mas esqueceram-se do azeite de
reserva. As outras cinco, prudentes que eram, levaram consigo azeite suficiente
em suas vasilhas. O azeite era o único material necessário para assegurar o
sucesso do cortejo, urna vez que o evento ocorreu à noite. A parábola diz que o
noivo, por razão desconhecida, demorou-se. Cansando-se de esperá-lo, todas elas
acabaram cochilando e dormindo. À meia-noite ouviu-se um grito: “Aí vem o noivo
!“. Então elas acordaram para prepararem suas lâmpadas. As insensatas, por
estarem quase sem azeite, correram para o armazém mais próximo para adquiri-lo.
Mas infelizmente, enquanto estavam fora, o noivo chegou, conduziu o cortejo ao banquete
“e fechou-se a porta”.
A intenção
do Senhor em proferir esta parábola é a de encorajar seus discípulos a
manterem-se vigilantes concernente a sua volta. Trata-se de uma advertência
profética à igreja dos últimos tempos. Devemos não somente esperar o retorno de
Jesus, mas também estar em condições de recebê-lo. A segunda vinda de Cristo é
um acontecimento universal, e somente salvar-se-ão desta “geração perversa”
aqueles que estiverem preparados.
2. Mantendo a lâmpada acesa. O fato de haver cinco prudentes e cinco
insensatas não significa que a metade da população mundial será salva. Esses
números apenas representam duas categorias de pessoas: as sábias, prudentes e
as néscias, insensatas. A sabedoria consiste em estar preparado; a insensatez é
falta de condição para encontrar com o Senhor. A preparação das virgens sábias
vê-se no fato de suas lâmpadas estarem acesas, cheias de azeite e, além disso,
levarem consigo um suprimento extra. Caso o noivo demorasse, seriam capazes de
suportar o tempo de espera com suas lâmpadas acesas. As insensatas também
portavam suas lamparinas, mas com azeite insuficiente. Ninguém sabe quando
Cristo voltará, mas o cristão autêntico deve esperá-lo a todo instante.
3. Tarde demais. Enquanto as insensatas faziam os preparativos
que deveriam ter feito antes, o cortejo nupcial chegou à casa onde se daria o
banquete e a porta se fechou.
O grande
doutor da Bíblia e santo homem de Deus, A.T. Robertson, explica que uma mais
correta tradução do original desta passagem seria “a porta foi fechada para não
mais se abrir”.
As virgens
néscias se prepararam quando já era tarde demais. A preparação para o encontro
com o Senhor deve ocorrer agora, enquanto Ele mantém aberta a oportunidade. Ver Mt 7.22,23; Lc 13.35.
III. COMO
DEVEMOS ESPERAR
1. Nossa atitude para com o próximo. “Que
pessoas vos convém ser” (v. 11).
Pessoas se relacionam com outras pessoas; Jesus salva indivíduos para falarem a
indivíduos. Deus, quando quer, usa outros meios para nos falar, segundo os seus
desígnios, mas o seu método diuturno é usar o ser humano, como vemos através da
Bíblia. Assim, deve o crente alcançar o vizinho, o parente, o rico, o pobre, o
sábio, o ignorante, o anônimo e até mesmo o inimigo, querendo o bem-estar de
todos a partir da salvação. Ler Lc 10.29-37;
Mt 22.36-40; Lv 19.18.
2. Esperar vigiando. Considerando o fato de ninguém saber
exatamente quando Ele voltaria, Jesus proferiu as seguintes parábolas para
motivar-nos à vigilância: a do dono de casa e do porteiro (Mc 13.32-37), a do servo mau (Mt
24.45-51), a das dez virgens (Mt
25.1-13), dos talentos (Mt
25.14-30), a das ovelhas e bodes (Mt
25.31-46) e a das dez minas (Lc
19.27). Vigiar não é simplesmente esperar pelo futuro, mas engajar-se
ativamente no presente para definir o futuro. Vigiar não é estar acordado
quando Jesus voltar, nem especular a respeito do dia e hora; é preparar-se
agora, no momento presente.
3. Esperar trabalhando. Aguardar a vinda do Senhor também implica
ação. Estamos vivendo a era da graça, a era do Espírito, a era do evangelismo.
Jesus ordena que a igreja trabalhe (Mt
28.19,20). Ele mesmo deu o exemplo quando disse que tinha uma comida para
comer: realizar a vontade do Pai e a sua obra (Jo 4.34; 9.4).
Como se
sabe, a Bíblia não revela quando Elias tomou conhecimento de que seria
arrebatado. Entretanto, ele foi a Gilgal, Betel e Jericó, lugares onde
provavelmente os profetas se agregavam (2
Rs 2.3,5,15; 4.38). Jesus na parábola das dez minas asseverou- nos:
“Negociai até que eu volte”. Isto significa que os que o esperam devem estar em
plena atividade no seu reino e não acomodados, ou dizendo-se cansados pela sua
demora.
4. Esperarem santidade de vida. O grande incentivo para a
santidade de vida é a esperança da segunda vinda de Cristo: “E olhai por vós,
para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de
embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
Porque virá
como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois,
em todo o tempo, orando, para sejais havidos por dignos de evitar todas essas
coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho de Homem” (Lc 21.34-36).
CONCLUSÃO
Nada há
neste mundo que ofusque mais a visão do retorno de Jesus do que os cuidados com
esta vida: o lar, os projetos para o futuro, as responsabilidades no trabalho,
as dificuldades financeiras etc. Assim sendo, nosso Senhor recomendou-nos de antemão
a cautela nesse particular, a fim de que, ao voltar, não nos encontre
mergulhados em preocupações terrenas, despreparados para o encontro com Ele. A
expectativa da volta de Cristo deve inspirar-nos e motivar-nos a uma vida de
prontidão; reta e produtiva diante do Senhor. Sua Palavra nos exorta a
trabalhar enquanto é dia. Quando Ele voltar deverá nos achar “imaculados e
irrepreensíveis em paz” (v.14).
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
ESPERANDO A
VOLTA DE JESUS
“E o mesmo
Deus de paz avos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo” (1 Ts 5.2 3).
Como não
sabemos o dia da volta de Jesus para arrebatar a sua Igreja, é indispensável
estarmos preparados para aquele grande acontecimento, como se ele viesse a
ocorrer hoje, agora. Infelizmente, na prática, há muitos cristãos que não estão
preparados para subir com a Igreja, na volta do Senhor. Assim como as “virgens
loucas”, de Mateus 25, estão descuidados, não têm reserva espiritual, negligenciam
o seu testemunho e alguns escandalizam o nome do evangelho. No entanto, a volta
de Jesus será repentina, como a vinda de um ladrão para assaltar uma
residência. Não há hora marcada, não há dia conhecido. A surpresa é o fator
preponderante. Por isso, a santificação é requisito fundamental para o encontro
com o Senhor nos ares, em sua volta (1 Ts 5.23).
Jesus usou
outras metáforas para demonstrar a surpresa de sua volta. Aludiu aos dias de
Noé, quando os homens de sua época não estavam nem um pouco interessados em
saber o que aconteceria, anos depois, quando o patriarca lhes alertava para a
catástrofe hídrica que destruiria a humanidade de então. Alertou que sua vinda
seria como nos dias de Ló, acrescentando apenas alguns poucos detalhes que
diferenciavam uns dos outros.
Nos dias de
Noé: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam,
casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt
24.38). “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam,
compravam, vendiam, plantavam e edificavam” (Lc 17.28). Eles pensavam em tudo,
menos em santidade. Só olhavam para as coisas da terra, e se esqueciam de olhar
para cima (Cl 3.2).
Qual a
diferença entre os dias de Noé e os dias de Ló? Nos primeiros, havia vida
social normal, incluindo o casamento entre as pessoas; havia agricultura, pois
“comiam, bebiam”. Nos dias de Ló, as atividades eram semelhantes, mas não se
fala em casamento. Coincide com o relato de Gênesis 19. Em Gênesis 19.4,5,
ficou registrado que os homens de Sodoma eram praticantes da homossexualidade.
Queriam
“conhecer”, ou ter relações com os visitantes que foram tirar Ló, imaginando
que seriam apenas homens comuns. Diante da maldade excessiva daquelas cidades,
Deus tirou Ló de lá, repentinamente, sem que os habitantes soubessem, e mandou
um fogo dos céus que destruiu a todos. A pecaminosidade e a corrupção
alcançaram níveis além do suportável pelo Deus sumamente santo.
Assim, uma
característica comum ao que aconteceu com os povos antediluvianos e os de
Sodoma e Gomorra foi a surpresa com que foram alcançados pelas respectivas
tragédias. Jesus alertou que, na sua volta para buscar a Igreja, também as
pessoas, no mundo, serão tomadas de surpresa. Jesus virá num dia e numa hora
que ninguém sabe (Mt 24.36). Dessa forma, é indispensável que os cristãos
estejam preparados, sabendo como esperar a volta do Senhor Jesus. E estar
preparado é estar em santidade e em santificação, que é o processo continuo da
separação do mal.
I— ATITUDES
CORRETAS ANTE A VOLTA DO SENHOR
A primeira
fase da volta de Jesus para buscar a sua Igreja, integrada pelos crentes fiéis
e santos, será tão repentina que não haverá tempo para ninguém preparar-se de
última hora. Os meios de comunicação antigos e os mais modernos não terão
oportunidade para anunciar a iminência da volta de Cristo. Essa premência e
surpresa do arrebatamento dos salvos já foi anunciada há muitos séculos, e
estão bem claras nas Escrituras.
Diante dessa
realidade profética e real, o cristão verdadeiro, que tem consciência do que é
ser salvo para ir para o céu, onde Cristo está (Jo 14.3), deve viver num estilo
de vida e conduta de quem está esperando seu Senhor a qualquer momento.
1. Esperar com Vigilância
Quem espera
a volta de Jesus a qualquer momento precisa estar vigilante, tanto ao que
acontece ao seu redor, como dentro de si próprio.
Os sinais
exteriores da volta iminente de Jesus já foram resumidos no capítulo anterior,
e estão se cumprindo na História de maneira infalível, pois as palavras de
Jesus não passarão (Mt 24.3 5). Porém, o crente em Jesus deve vigiar o que se
passa no “ambiente” interior de seu ser, do seu coração. Os acontecimentos
proféticos hão de cumprir-se independentemente da vontade dos homens sem Deus
ou mesmo dos crentes fiéis. Mas o que acontece no interior de cada pessoa
depende de si, de suas atitudes mentais, de seus sentimentos e emoções, ou “do
coração”. O Dicionário Houaiss diz que vigilância é “1.Ato ou efeito de
vigiar(-se); 2. Estado de quem vigia; 3. Precaução; 4. Cuidado, atenção
desvelada” (grifo nosso). A partícula se indica a vigilância de si mesmo.
A maioria
absoluta dos crentes que ficarão para trás na volta de Jesus deixará de ir pan
os céus por causa de suas atitudes erradas, de sua conduta em desacordo com a
vontade Deus, expressa em sua Palavra. Jesus alertou quanto a isso e exortou os
discípulos a serem vigilantes: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há
de vir o vosso Senhor” (Mt 24.42).
Ele também
ensinou sobre a natureza tendente ao pecado que está dentro de cada um: “Porque
do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19; Mc 7.21).
Todos esses
pecados começam no interior do homem. Satanás conhece bem essa realidade, desde
que tentou o homem no Eden e viu que o ser criado era suscetível de deixar de
ouvir a voz de Deus e ouvir a tentação.
Para não
cair em tentação, e ficar para trás na volta de Jesus, só existe uma receita,
dada por Jesus (Mt 26.41). Somente com oração, muitas vezes reforçada pela
prática do jejum, é que podemos vencer as concupiscências da carne. E evidente
que a maioria dos crentes, hoje, não gosta de orar. As jovens consideradas loucas
em Mateus 25 ficaram de fora da festa nupcial porque não vigiaram, deixando
faltar o azeite em suas vasilhas. Nos dias presentes, há muitos evangélicos
negligentes. Mas Jesus mandou vigiar constantemente, pois não sabemos a hora em
que Ele há de vir. “Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora
havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa” (Lc 12.39).
2. Viver na Unção do Espírito Santo
Na parábola
das Dez Virgens (Mt 25), vemos a necessidade do azeite, que simboliza a
presença do Espírito Santo, para esperar “o Noivo”. Somente as “virgens
prudentes”, que tinham azeite em suas vasilhas, e também reservas por
precaução, puderam entrar com o noivo para as bodas. As “insensatas” ou
imprudentes “ainda” foram comprar azeite, e se atrasaram para as boda& “E,
tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que escavam preparadas entraram
cora e1e para as bodas, e fechou-se a porta” (Mt 25.10 — grifo nosso).
A parábola
retrata um casamento oriental, em que, durante uma semana, havia as bodas. As
dez virgens representam os crentes em geral. As prudentes representam os
crentes que estão esperando a volta de Jesus, na comunhão do Espírito Santo,
sentindo a sua presença, tipificada pelo azeite. As virgens “loucas” não são
débeis mentais, mas crentes que, ao longo dos anos, se descuidam, e deixam de
buscar a presença de Deus e de seu Espírito. Notemos que a diferença
fundamental entre as prudentes e as loucas era o que elas tinham quanto à
provisão do azeite. Nas igrejas em geral, há um esfriamento quanto à busca do
batismo com o Espírito Santo, que corresponde à “reserva” indispensável para
esperar com segurança a volta de Jesus.
Quando o
crente aceita a Cristo, já tem o Espírito Santo habitando com de, “habita
convosco”, mas Jesus prometeu: “estará em vós” ( Jo 14.17). Os discípulos já
eram salvos, mas ainda precisavam ser “revestidos de poder” (Lc 24.49).
E esse
revestimento especial, distinto da salvação, começou a acontecer e a estará
disposição dos salvos, quando da descida do Espírito Santo, como Jesus prometeu
(At 1.8; 2.1-13). Sem a presença do Espírito Santo, no crente, e na sua vida, é
impossível esperar a vinda de Jesus de forma correta. Precisamos ser cheios do
Espírito (Ef 5.18; At 13.52); andarem Espírito (Rm 8.1; GI 5.19); ser guiados
pelo Espírito (Rm 8.14); ser templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Sem a unção
do Espírito Santo, nos dias presentes, é impossível viver a Palavra de Deus,
obedecer ao Senhor e estar pronto para o arrebatamento.
3. Viver com Santidade
Santidade é
uma palavra esquecida por muitos pastores. Para agradar a todos, numa atitude
demagógica, muitos deixam de ministrar a doutrina da santificação,
principalmente para a juventude. Há igrejas que inventaram as “boates-templo”
para atrair jovens para um ambiente parecido com os locais de reunião de jovens
para namorar, beber, marcar encontros, etc., mesmo que em tais “boates
evangélicas” não haja bebidas alcoólicas. Há igrejas que usam estruturas de
luta-livre, de artes marciais e até de ‘rodeios”, com animais dentro dos
templos, para atrair os jovens!
No tempo de
Jesus e no de Paulo já havia os Jogos Olímpicos, com diversas modalidades, mas
nem Cristo nem Paulo, nem de longe, sugeriram tais aberrações para atrair
pessoas para o evangelho.
O evangelho
do entretenimento tem suplantado o evangelho do sofrimento por Cristo. Mas sem
santificação “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Ser santo é ser separado,
consagrado para Deus. O apóstolo Pedro nos exorta a sermos obedientes e santos
em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.13-15).
Santidade
pressupõe irrepreensibilidade. Paulo exortou: “E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts
5.23). Quando falamos de santificação não queremos passar a ideia do legalismo
e do fanatismo de algumas denominações, de forma alguma. Para ser santo, um
servo ou uma serva de Deus não precisa tornar-se um eremita ou um monge
medieval, que se isolavam das cidades, para “não se contaminar com o mundo”.
Santificação
é uma necessidade imperiosa de separação de tudo o que a Bíblia condena e não
do que certos líderes elegem como pecado, sem qualquer fundamento bíblico.
Houve tempo em que, se um homem não usasse chapéu, não seria santo; se uma
mulher não usasse um vestido longo, com decote no pescoço e mangas compridas
até aos punhos, mesmo num clima tropical, não seria santa; também não seria
santa uma jovem que, mesmo tendo cabelos longos, aparasse as pontas; se usasse
um diadema estaria condenada ao inferno.
Isso não é
santidade. Isso é fanatismo, intolerância e sectarismo, sem qualquer base na
Palavra de Deus. O mais terrível e detestável dessa visão de santidade é que
tais coisas são consideradas pecados, enquanto outras, claramente condenadas
pela Bíblia, não são consideradas, como mentira, calúnia, difamação (crimes
contra a honra), calotes, desvio de dinheiro dos cofres de igrejas, falta de
amor, aborrecimento ou ódio a quem não pensa da mesma forma, e tantos outros
comportamentos execráveis. Isso é farisaísmo, e não santidade.
Não
defendemos o desrespeito aos bons usos e aos bons costumes, que têm fundamento
bíblico, mas rejeitamos o legalismo e o autoritarismo que já empurraram muitos
para o inferno. Como ficam diante de Deus aqueles que contribuíram para a
matança espiritual sem motivo ou fundamento na lei de Deus? A eles faltava o
requisito a seguir comentado.
4. Esperando com Amor
Os crentes
que subirão ao encontro do Senhor serão seus discípulos fiéis e verdadeiros. Já
vimos que a “marca registrada” do cristão não é o nome da denominação, nem o
nome de família, nem o cargo que ocupa na igreja local, mas o amor de Deus no
coração e na prática diária. Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos
ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos
ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amaras uns aos
outros” (Jo 13.34,35 — grifo nosso). Esta é uma verdade neotestamentária, pouco
anotada por grande parte dos evangélicos, inclusive por pastores de grandes
igrejas.
Os
verdadeiros cristãos, que esperam a volta de Jesus, não são identificados pelo
nome ou razão social da denominação, do ministério ou. da igreja. O Senhor
Jesus, num de seus discursos, em presença dos seus discípulos lhes apresentou
“um novo mandamento”, por assim dizer, o “décimo primeiro mandamento”, que eles
não tinham em mente. Conheciam bem os Dez Mandamentos da Lei de Moisés, que
também era a Lei de Deus.
Ele
ressaltou o valor desse “novo mandamento”, que o dever de os seus servos amarem
uns aos outros, da mesma forma como Ele nos amou. Essa é a identidade do
verdadeiro cristão, preparado para subir no arrebatamento — ter amor pelos seus
irmãos em Cristo. E característica ou a marca distintiva do verdadeiros
discípulos de Jesus ter amor pelos irmãos.
Nesse
quesito, ou requisito, como estão os crentes no século XXI? Tomemos o exemplo
de nosso Brasil. O evangelho tem um crescimento numérico extraordinário.
São milhares
de igrejas e milhões de crentes, numa dimensão que, segundo estatísticas com projeções
do IBGE, em 2014, os evangélicos seriam 25% da população (em torno de 52
milhões de pessoas). No entanto, são evidentes as divergências, as competições
e as discordâncias entre igrejas históricas e as chamadas neopentecostais. Não
só em termos doutrinários, mas, também em termos comportamentais. Há líderes de
grandes igrejas, que, em programas de televisão, abertamente criticam outras
igrejas e outros pastores. Isso é falta de ética, e também falta de amor.
Atitudes que em nada glorificam a Deus (cf. 1 Co 10.31). Mais triste é ver
obreiros que não conseguem sequer saudarem-se com a paz do Senhor. Como estarão
esses na vinda de Jesus?
Se
pudéssemos perguntar ao apóstolo João como estarão os crentes que não têm amor
a seus irmãos, o que ele nos responderia? Vejamos: “Aquele que diz que está na
luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas” (1 Jo 2.9). Isto é, quem
aborrece a seu irmão, mesmo que esteja numa igreja há muitos anos, nasceu nela,
é obreiro, prega bem, canta bem, etc., simplesmente “está em trevas”, ou seja,
não é salvo.
Acreditamos
que, ampliando sua resposta sobre os que não vivem em amor e aborrecem seus
irmãos, João nos acrescentaria: “E tem mais, é muito perigoso não amar o irmão
por que ‘aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e
não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1 jo 2.11).
Se
insistíssemos, dizendo: “Apóstolo João, esse não seria apenas um ‘pecado que
não é para a morte’, e podemos orar por eles, como o senhor dizem 1 João
5.16?”, o apóstolo, certamente, ficaria mais sério, e responderia: “Meu filho,
há muita gente, inclusive pastores, que consideram os maiores pecados a falta
de obediência aos usos e costumes, mas muitos desses nem sequer serão
reconhecidos na vinda de Jesus. Sabe por quê? Anote: “Nós sabemos que passamos
da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece
na morte. Qual quer que aborrece a seu irmão é homicida. E vás sabeis que
nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3. 14,15 — grifo
nosso).
II -
ATITUDES ERRÔNEAS DIANTE DA VINDA DE JESUS
NO ARREBATAMENTO
1. Ignorando a Vinda de Jesus
Em Mateus
24.48, o mau servo diz: “O meu senhor tarde virá”, e passa a viver de modo
negligente e desatento, completamente alheio à volta de Cristo. A este, diz o
Senhor: “Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em
que ele não sabe, e separa-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali
haverá pranto e ranger de dentes” ( Mt 24.50). Nestes tempos de sinais
evidentes da proximidade da vinda de Jesus, há muitos evangélicos brincando de
ser crentes. Há obreiros que não mais falam na vinda de Jesus. E negligência
espiritual. Quanto aos impios, é natural que não levem em conta as advertências
da Palavra de Deus quanto à proximidade e surpresa da volta de Jesus. Mas os
cristãos não devem descuidar-se dessa realidade espiritual tão significativa.
2. Escarnecendo das Profecias
O apóstolo
Pedro escreveu: “sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão
escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo:
Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as
coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2 Pe 3.3,4). O apóstolo
deu como resposta o ensino bíblico, que indica a matemática de Deus quanto à
contagem dos tempos, dizendo:
“Mas,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil
anos, como um dia” (2 Pe 3.8). Pedro envia essa mensagem a pessoas crentes, que
estão nas igrejas. Como visto, no capítulo 1, há diversas interpretações quanto
ao arrebatamento da Igreja. Há, inclusive, teólogos que dizem que Jesus jamais
virá nas nuvens pan buscar a sua Igreja (1 Ts 4.17), que isso é apenas urna
utopia motivadora para os crentes se comportarem de modo santo. E melhor estar
preparado, e conferir os sinais proféticos de acordo com a santa Palavra de
Deus.
3. Traição e Aborrecimento
É um dos
sinais da vinda do Senhor Jesus. Esse comportamento pode levar muitos à
condenação eterna. Jesus profetizou: “Nesse tempo, muitos serão escandalizados,
e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão” (Mt 24.10). Qual
a causa dessa traição entre os que se dizem cristãos, no tempo da volta de
Jesus? Ele responde: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se
esfriará” (Mt 24.12). Não há necessidade de nenhuma pesquisa para constatar,
pelas evidências diárias, na mídia e no comportamento humano, que a iniquidade
está generalizada, no mundo todo, e com muita incidência em nosso país.
Esse aumento
da iniquidade acaba influenciando o comportamento dos crentes negligentes
quanto à volta do Senhor. E muitos nem percebem que estão aborrecendo seus
irmãos, seja pelo legalismo exacerbado, seja pela inveja, pela calúnia, seja
pela maldade e carnalidade. O apóstolo João anotou que quem aborrece a seu
irmão não pode entrar no Reino de Deus: “Qualquer que aborrece a seu irmão é
homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna”
(1 Jo 3.15). Naturalmente, diante de Deus, quem aborrece a seu irmão é um
homicida espiritual, passível da penalidade com a perdição, tanto quanto o
homicida que tira a vida física de alguém.
III — Os
DOIS TIPOS DE SERVOS
Na vinda de
Jesus, haverá dois tipos de servos. Os fiéis e os infiéis. Os que fazem a
vontade de Deus e os que estão fora de sua vontade. Os que estão no seu lugar e
os que estão fora do lugar. Os que estão vigiando e os que estão descuidados,
como na parábola das Dez Virgens. E Jesus proferiu outra parábola, enfatizando
esses dois tipos de crentes. A parábola dos dois servos.
1. O Servo Fiel
“Quem é,
pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para
dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando
vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus
bens” (Mt 24.45-47).
Essa parte
da parábola, no meio do Sermão Profético de Jesus, dá a entender que Ele se
referia a servos que têm liderança, ou seja, obreiros, pastores, dirigentes de
congregação ou de trabalhos, nas igrejas locais, que, no seu conjunto, se forem
verdadeiras, formam o todo maior que constitui a Igreja do Senhor. E que
deverão prestar contas, de modo “que o Senhor, quando vier, achar servindo
assim”. “Primeiro, porque eles são constituídos “sobre a sua casa”. Estar
“sobre a casa” é ser líder, mordomo, ou administrador dos bens de seu Senhor.
Hoje, a
“casa de Deus”, ou “casa de Jesus”, pode ser identificada como uma igreja
cristã, que reúne servos ou discípulos de Jesus num determinado lugar. Numa
visão mais ampla, ser “servo fiel e prudente” pode-se aplicar a cada crente
individualmente, homem ou mulher, que espera a volta do Senhor.
Esse “servo
fiel e prudente” são os líderes ou pastores, que atuam na obra do Senhor com
fidelidade e amor.
Em segundo
lugar, o texto diz que esse servo, elogiado pelo seu Senhor, é constituído
“para dar o sustento a seu tempo” sobre a sua casa, ou seja, aos que vivem e
trabalham na “casa do Senhor”. Os pastores das igrejas, sejam quais forem elas,
pequenas, médias ou grandes, devem ser realmente apascentadores do rebanho de
Jesus. As ovelhas não lhes pertencem. Todo pastor cristão pastoreia ovelhas que
não lhes pertencem. E um dia haverão de prestar contas de como as trataram como
ovelhas do Senhor. Nesse aspecto, é o
apóstolo Pedro quem melhor traduz como deve ser o comportamento dos pastores,
como servos fiéis e prudentes: “Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto
eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e
participante da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de Deus que
está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por
torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de
Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançareis a incorruptível coroa de glória. (1 Pe 5.14).
Essas são as
qualidades que devem identificar um “servo fiel e prudente” constituído para
cuidar da casa do Senhor. Dando o alimento ao “rebanho de Deus”, agindo, nesse
cuidado, sem autoritarismo; trabalhando sem “torpe ganância”, como tantos têm
aparecido, em noticiários na mídia, apropriando-se de dinheiros das ofertas e
dízimos das igrejas. A cobiça e a ganância têm tornado muitos obreiros em
ladrões e corruptos no meio evangélico, causando escândalos ao bom nome do
evangelho (Mt 18.7). Ao servo “fiel e prudente”, que lidera a obra do Senhor,
está reservado um galardão especial, não concedido a nenhum outro tipo de servo:
“a incorruptível coroa de gloria –
2. O Mau Servo
“Porém, se
aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá, e começar a espancar
os seus conservos, e a comer, e a beber com os bêbados, virá o senhor daquele
servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á,
e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de
dentes” (Mt 25.48-51). Nesse ponto, na parábola dos dois servos, parece que
Jesus quis mesmo exagerar nas qualidades negativas do mau servo.
Se, no caso
do “servo fiel e prudente”, pudemos relacionar com os obreiros fiéis, sobre as
igrejas cristãs, nesse caso do “mau servo” não é fácil fazer a correlação
dessas péssimas qualidades com os líderes da obra do Senhor. Admitimos que há maus
servos, ou maus obreiros, à frente de igrejas, como dirigentes, bispos,
presbíteros ou pastores. Mas entendemos que são exceções.
Certamente,
tais qualidades não recomendáveis para um servo ou serva de Deus aplicam-se bem
a todos os crentes, que estão esperando a volta de Jesus. A exemplo das
“virgens loucas”, de Mateus 25, o “mau servo” racionaliza, em função do tempo
de crente, ou da história da igreja, ao longo dos séculos, e diz: “O meu senhor
tarde virá”. Tal raciocínio leva o crente a se descuidar, e negligenciar sua fé
e sua conduta, O que é muito perigoso. Facilmente, esse tipo de pensamento leva
o crente a cair em tentação, visto que, descuidado, se esquece de orar e de
vigiar como Jesus exortou em Mateus 26.41.
Há muitos
que começam a carreira cristã, mas não a terminam. Em Mateus 24.45, o Senhor
destaca a qualidade de fidelidade e prudência do servo que estará esperando a
sua vinda. Essas características devem fazer parte da vida dos que entendem que
estamos vivendo a geração da última hora, da geração que verá e fará parte do
arrebatamento da Igreja. “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor
constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?”.
Igreja: Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Em Dourados – MS
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