16 de fevereiro de 2016

A GRANDE TRIBULAÇÃO


A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Texto Áureo = “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10)

 

Verdade Prática = Depois que os crentes em Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande Tribulação começará na Terra.

 

Leitura Biblica = Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Enquanto a Igreja galardoada estiver adentrando às mansões celestiais, a fim de participar das Bodas do Cordeiro, já terá começado na Terra o mais difícil período da História: a Grande Tribulação, através da qual a ira do Senhor, o Justo Juiz, se manifestará contra os ímpios e adoradores da Besta (Ap 6.16,17).

 

O que é a Grande Tribulação? A primeira alusão à Grande Tribulação, nas Escrituras, está em Deuteronômio 4,30: “Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias lit. “nos últimos dias”, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz”. Esta e outras passagens veterotestamentárias se referem, profeticamente, ao evento em análise (Dt 31.4; Is 13.9-13; 34.8; Jr 30,7,8; Ez 20.33-37; Dn 12,1; Jl 1.15).

 

Há teólogos que se precipitam em afirmar que esse terrível e aterrorizante evento escatológico não acontecerá. Estes deveriam atentar para o que o Senhor Jesus disse em Mateus 24.21: “nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais” (ARA).

 

Em Apocalipse 2.22, a expressão “grande tribulação” é empregada com o sentido de punição à falsa profetisa Jezabel e seus seguidores. Mas, no mesmo livro, encontramos a ênfase à “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (3.10), isto é, a Grande Tribulação — expressão empregada em Apocalipse 7.14 e que melhor define esse evento, apesar de as Escrituras o apresentarem com outras designações: “tempo de angústia” (Dn 12.1); “dia da vingança do nosso Deus” (Is 61.2), etc.

 

Para alguns teólogos, Apocalipse 7.13,14 não alude a esse tempo de angústia, posto que — segundo eles — os servos de Deus ali mencionados são os que sofrem aflições e tribulações hoje (cf. Rm 8.18; Jo 16.33). Afinal, “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22).

 

Entretanto, ao lermos o contexto imediato (Ap 6.9-11), vemos que os tais servos serão os “mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram” (v.9), vítimas do Anticristo (Ap 13.7,15). E estes, vestidos de branco (Ap 6.11; 7.13), virão “da grande tribulação” (Ap 7.14, ARA), um período de sofrimento que atingirá todos os habitantes da Terra.

 

A Igreja passará pela Grande Tribulação? E comum recorrer-se à simbologia para se fundamentar a idéia de que a Igreja não enfrentará esse tempo de angústia:

 

1) Assevera-se que Enoque foi arrebatado antes do dilúvio; e que, antes deste, Noé e sua família entraram na arca.

 

2) Afirma-se que as águas do Mar Vermelho só caíram sobre os egípcios depois que Israel passou; e que Elias subiu num redemoinho antes do cativeiro.

 

3) Assegura-se que a Igreja, quando for arrebatada (posto que é a 1uz do mundo), instalar-se-á um período de trevas; e ainda que, ao ser tirada da Terra “a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade , o mundo desmoronara.

 

No entanto, todos esses exemplos apenas ilustram uma verdade revelada claramente nas páginas sagradas. Não há dúvidas de que a Igreja será arrebatada “antes” desse período de trevas,

 

Por que a lgreja não passará pela Grande Tribulação? Os teólogos pós e mesotribulacionistas têm as suas razões pessoais para não crer no rapto dos salvos antes da Grande Tribulação.  Não devemos ir além do que está escrito nas Escrituras (1 Co 4.6) nem nos movermos facilmente de nossas convicções quanto ao livramento da ira futura, por ocasião do Arrebatamento (2 Ts 2.2-9).

 

Há muitas evidências de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação:

 

1) A Noiva de Cristo estará no Céu durante esse período e voltará com Ele para pôr termo ao império do mal: “vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. (...) E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19.7-14).

 

2) A Palavra de Deus nos exorta a “esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10).

 

E o próprio Senhor Jesus disse: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem” (Lc 21.36, ARA). Note: “escapar de todas estas coisas”, e não “participar delas”,

 

3) Em Apocalipse 3.10, Jesus fez uma promessa à igreja de Filadélfia: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Contudo, esta mensagem não foi apenas para aquela igreja, haja vista o que está escrito nos versículos 13 e 22 do mesmo capítulo: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.

 

A promessa de livramento da tentação mundial é extensiva “às igrejas”.

Conquanto os crentes de Filadélfia estivessem passando por tribulações, naqueles dias, não passaram pela “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo”, pois todos os mortos em Cristo têm a garantia de que não passarão pela Grande Tribulação; ressuscitarão e serão tirados da Terra antes dela. Da mesma forma, os vivos que guardarem a Palavra não passarão pelo tempo da angústia.

 

Todas as mensagens registradas em Apocalipse às igrejas da Asia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, quanto à manutenção do amor e da fidelidade (2.4,10; 3.11); quanto às falsas profecias (2.20-22); quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora (3.20), etc. Portanto, não há dúvidas de que a promessa de livramento da hora da tentação é extensiva a todos os salvos.

 

4) Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo, dando início a uma série de juízos (Ap 6), João viu os 24 anciãos diante de Deus, no Céu (Ap 4—5). Eles representam a totalidade da Igreja: as doze tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova que, desde o início da Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu! Aleluia!

 

5) Em Apocalipse 13.15, está escrito que serão mortos todos os que não adorarem a imagem do Anticristo. Se este fará guerra aos santos, a fim de vencê-los (v.4), quantos deles restariam para um arrebatamento durante ou depois do período tribulacionista? Como vimos acima, tais santos, mortos pela Besta, serão os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido arrebatada.

 

6) Em suas duas Epístolas aos Tessalonicenses, a ênfase de Paulo foi o Arrebatamento da Igreja. Ao mencionar esse glorioso evento pela primeira vez, ele deixou claro que Jesus nos livrará da ira vindoura (1 Ts 1.10). E isso é confirmado ainda na primeira Epístola: “quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição (...) e de modo nenhum escaparão.

Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão” (5.3,4).

 

Conforme o texto acima, são os que estão “em trevas” que não escaparão da destruição. Os filhos da luz (5.5) já terão sido arrebatados (4.16-18). Por isso, mais adiante, Paulo reafirma que os salvos escaparão da ira futura: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (5.9).

 

7) A passagem de 2 Tessalonicenses 2.6-8 é de difícil interpretação, e não nos convém fazer especulações sobre o que não está revelado claramente. Não obstante, vemos nela a reiteração de que a Igreja não estará sob o domínio do Anticristo e seu comparsa, o iníquo Falso Profeta:

 

E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado, Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.

 

Se o mistério da injustiça opera, por que a Besta e o Falso Profeta ainda não se manifestaram de maneira visível? O que os detém? Quem os resiste? Quem será tirado da Terra, para que o Anticristo e seu aliado tenham total liberdade até à esplendorosa vinda de Cristo?

 

A única revelação que temos, retratada pelo próprio apóstolo Paulo, é que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de Jesus Cristo (Tt 2.13,14; 1 Ts 4.17). E, se é “depois disso” que será revelado o Iníquo (gr. anomos, “transgressor”, “sem lei”, “desordeiro”, “subversivo”), então estamos diante de mais uma prova de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação!

 

Quanto tempo durará a Grande Tribulação? Nos tempos bíblicos, os meses eram de trinta dias. Não havia meses de 31 ou 28, tampouco se considerava o ano bissexto. Os anos tinham sempre 360 dias (30x12360). Em Apocalipse 11.3 está escrito que as duas testemunhas de Deus profetizarão por 1.260 dias ou três anos e meio (1.260/360=3,5). Esse período também aparece em Apocalipse 13,5 sob a forma de 42 meses (42x30 1.260).

 

Esses três anos e meio são apenas a “primeira metade” da Grande Tribulação, que terá duração total de sete anos, conforme a profecia registrada em Daniel 9.24-27. Esta passagem menciona o concerto que o Anticristo firmará com muitos por uma semana de anos, Na metade desta (depois de três anos e meio), ele rompera o pacto, inaugurando a segunda metade

 

A septuagésima semana é a última de um total de “setenta setes”, revelados ao profeta Daniel (9.24). A contagem das setenta semanas — ou 490 anos — começou com o decreto de Artaxerxes para restaurar Jerusalém e foi interrompida com a morte do Messias (Ne 1—2; Dn 9.25,26). De acordo com a revelação dada ao profeta, essas semanas se subdividem em três períodos.

 

Eurico Bergstén explica isso com muita clareza:

 

A primeira parte compreende “sete semanas”, isto é 7x 7 ou 49 anos (Dn 9.25), e destaca, com clareza, o começo da contagem dessas semanas — desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém” (.) Daquela data até á conclusão desse trabalho (Ne 6. 15) passaram-se realmente 49 anos.

 

A segunda etapa compreende “sessenta e duas semanas”, isto é 62x 7, ou 434 anos, tempo que abrange da restauração de Jerusalém ao Messias, o Príncipe, Dn 9.25. E realmente impressionante observar que desde a data do decreto para a restauração até á data da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (IvIt 2 1. 1— LO) passaram-se exatamente 69 “semanas” ou 69x7, que são 483 anos.

 

A terceira parte compreende a última semana, isto é, a septuagésíma semana, sobre a qual a profecia diz: “Ele ,firmará um concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares, e sobre a asa das abominações virá o assolador..,”, Dn 9.27. Comparando esta expressão com apalavra de Jesus, quando profetizava sobre esses acontecimentos ( Mt 24. 15,2l),,fica provado que a septuagésima semana, sem dúvida, representa o tempo da grande aflição.

 

O estudo comparativo das passagens proféticas de Daniel, Apocalipse e Mateus

24 indica que, após a destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C., haveria um lapso temporal indefinido — chamado de Dispensação da Igreja ou Tempo dos Gentios

— até que os eventos da septuagésima semana começassem a se cumprir. Depois desse período parentético indeterminado, entre o século 1 d.C. e o Arrebatamento da Igreja, a Besta firmará o tal concerto ou pacto com muitos por sete anos, mas só cumprirá a sua parte nos primeiros três anos e meio.

 

Na segunda metade da semana, ela se voltará contra os judeus, e juízos divinos cairão de maneira intensa sobre o Império Anticristão (Dn 9.27; Ap 15-16).

 

Haverá salvação na Grande Tribulação? Nesse período, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram arrebatados, Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal estarão multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível (Ap 6.9-11; 7.9-17; 12.12,17; 14.1-5; 20.4).

 Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres humanos terão oportunidade de salvação, desde que invoquem o nome do Senhor (Jl 2.32). O texto de Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de salvos durante esse período, os quais lavarão suas vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro.

 

Mas será difícil a salvação nos angustiosos e inquietantes dias da Grande Tribulação. Derramar-se-ão juízos de Deus sobre os adoradores da Besta (Ap 6—9), que, mesmo assim, não se arrependerão (Ap 9.20,21; 16.9). A misericórdia do Senhor será patente nesse período, pois todos os acontecimentos catastróficos visarão, sobretudo, ao despertamento das pessoas para o arrependimento antes do último grande juízo (cf. At 17.30,31).

 

A falsa trindade satânica. Na Grande Tribulação, o Diabo terá permissão para dominar todas as ações na Terra. Quando a Igreja sair do mundo, ele será precipitado de onde está — nas regiões celestiais (Ef 2.2; 6.12) —, juntamente com as suas hostes, e terá permissão para agir com mais liberdade entre os homens, A Palavra de Deus diz que ele estará cheio de fúria, sabendo que pouco tempo lhe resta (Ap 12.9,12).

 

Satanás jamais conseguirá ser igual a Deus (Is 14.12-14). E essa frustração faz dele um “imitador” das obras divinas, porém com intentos maus, Ele formará a sua falsa trindade — na verdade, uma tríade, haja vista não ser ela uma união de três pessoas formando um único deus, e sim três pessoas distintas agindo separadamente, tendo como líder Satanás.

 

Como lemos em Apocalipse 16,13, duas Bestas — uma que sobe do mar (cf. Ap 13.1-10), e outra, que emerge da terra (Ap 13.11-18) — se aliarão ao Adversário: “E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs”, Deus também revelou ao apóstolo Paulo essas duas Bestas, em 2 Tessalonicenses 2: os versículos 3 a 6 se referem à primeira (o Anticristo); e os 7 a 12, à segunda (o Falso Profeta).

 

O Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta tomarão posse, temporariamente, da Terra. Se a Santíssima Trindade é composta de Deus Pai, Cristo e Espírito Santo (Mt 28,19; 2 Co 13.13), a falsa trindade satânica terá como protagonistas o Antideus, o Anticristo e o Antiespírito.

 

Assim como Cristo veio ao mundo para revelar a glória do Pai (Jo 1.14), a Besta revelará a natureza funesta do Diabo, agindo segundo o seu poder (Ap 13.1,2). E, da mesma forma que o Espírito convence os pecadores e glorifica a Jesus (Jo 16.8-14), o Falso Profeta induzirá todos a adorarem o Anticristo (Ap 13.11-15).

 

Quem receberá o sinal da Besta? Na Grande Tribulação, quem desejar comprar alguma coisa só poderá fazê-lo mediante o sinal, o nome ou o número do nome da Besta. Somente o número é revelado na Bíblia, Quanto ao nome e ao sinal, que poderá ser colocado na mão direita ou na testa dos adoradores do Anticristo (Ap 13.16-18), não há maiores informações nas Escrituras.

 

A Igreja não receberá o tal sinal, que será uma marca para aqueles que, tendo ficado na Terra, após o Arrebatamento, forem convencidos pela segunda Besta, o Falso Profeta, de que o Anticristo é o “salvador do mundo”. O sinal os separará como adoradores conscientes do Homem do pecado.

 

Contrastes entre Cristo e o Anticristo. As diferenças entre Cristo (o Cordeiro de Deus), e o Anticristo (a Besta do Diabo), são muitas:

 

1) Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.15); o Anticristo, a de Satanás.

 

2) Cristo é a segunda Pessoa da Trindade; o outro também será a segunda pessoa, mas da falsa trindade satânica.

 

3) Cristo desceu do Céu (Jo 6.51); o outro subirá do abismo (Ap 11.7).

 

4) Cristo é o Cordeiro; o outro, a Besta.

 

5) Cristo é o Santo; o outro, amante da iniqüidade, terá um aliado chamado de “o iníquo” (2 Ts 2.8).

 

6) Cristo veio em nome do Pai; o outro virá em seu próprio nome.

 

7) Cristo subiu ao Céu (At 1.9-1 1); o outro descerá para o Inferno.

 

8) Cristo é o Filho de Deus; o outro, o filho da perdição.

 

9) Cristo é o mistério de Deus; o outro, o da iniqüidade.

 

10) Cristo recebe louvor dos santos; o outro o receberá dos ímpios.

 

11) A Noiva de Cristo é a Igreja; a do outro será “uma prostituta” (Ap 17.16,17).

12) Cristo é a verdade; o outro, a mentira,

 

13) Cristo é a luz (Jo 8.12); o outro, trevas,

 

14) Os seguidores de Cristo andam na luz; os do outro andarão em trevas (Ap 16.10).

 

I5) O Reino de Cristo é eterno; o Império do Anticristo durará apenas sete anos.

 

Os 144 mil judeus eleitos. Serão santos homens de Deus, responsáveis pela pregação do evangelho durante a Grande Tribulação. Esses servos do Senhor, provenientes das tribos de Israel (Ap 7.1-8), cumprirão cabalmente a sua missão, não tendo por preciosas as suas vidas.

 

As suas testas serão assinaladas a fim de indicar a sua consagração a Deus (Ap 14.1). Isso não os protegerá das perseguições e do martírio. Haja vista o que está escrito em Apocalipse 7.13,14. Tal marcação denota a proteção que eles terão quanto aos juízos divinos sobre o mundo (Ap 9.4). O Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como lemos em Apocalipse 14.3-5:

 

E cantavam um cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprendei- aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como príncipes para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.

 

As duas testemunhas. Haverá, no tenebroso período tribulacionista, duas duplas: uma do mal e outra do bem, A primeira, bestial, formada pelo Anticristo e pelo Falso Profeta, blasfemará e guerreará contra os santos; também fará grandes sinais, para enganar os que habitam na Terra. A segunda, celestial, será composta de duas testemunhas enviadas por Deus, que profetizarão, com grande poder, e também farão sinais.

 

As duas testemunhas serão dois profetas do Altíssimo que — à semelhança de Moisés, Elias, Micaías, Jeremias, João Batista, Estevão, Paulo e o próprio Senhor Jesus — entregarão mensagens de juízo com toda a ousadia, a ponto de deixar os adoradores da Besta atormentados (Ap 11.10). As características delas à luz de Apocalipse 11.1-13 serão as seguintes:

 

1) Elas exercerão o seu ministério na primeira metade da Grande Tribulação: “e [os gentios] pisarão [lit. pisotearão] a Cidade Santa por quarenta e dois meses, E darei poder às minhas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias” (vv.2,3). Como vimos acima, 42 meses ou 1.260 dias equivalem a três anos e meio, tempo de duração de cada metade do período em análise,

 

2) As duas testemunhas terão um especial poder e grande autoridade da parte de Deus para cumprirem a sua missão (vv.3,5,6). Isso será necessário em razão da terrível oposição que enfrentarão por parte dos adoradores da Besta,

 

3) Trajar-se-ão de pano de saco (v.3).Vestir-se de pano de saco, especificamente, denota pesar, coração quebrantado. Elas serão, por assim dizer, antítipos dos profetas do passado, como João Batista, que não andava ricamente vestido (Mt 11.8); antes, usava uma veste de pêlos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos (Mt 3.4).

 

4) Elas são identificadas apenas como “as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus [lit. Senhor da terra” (v.4). O fato de a Bíblia não mencionar as suas identidades tem motivado muitos a explorarem o campo das especulações inúteis, Alguns teólogos afirmam que elas já estão no Céu. Desta dedução decorre a especulação de que são Enoque e Elias, em razão de não terem passado pela morte (Gn 5.24; 2 Rs 2.11; cf, Ap 11.7). Lembremo-nos uma vez mais de que as coisas encobertas pertencem ao Senhor (Dt 29.29).

 

5) Enquanto elas não cumprirem a sua missão, ninguém poderá vencê-las:

“se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto” (v.5). Isso é uma prova de que Deus protege os seus mensageiros (cf. At 12.11).

 

6) Farão sinais e prodígios: “têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem” (v.6). Tudo isso será permitido por Deus, para que todos os seres humanos, na Terra, ouçam a sua Palavra, não tendo nenhuma desculpa no dia do juízo.

 

7) Quando acabarem a sua missão, serão mortas pelo Anticristo (v.7). Isso acontece com todos os profetas verdadeiramente enviados por Deus. O Senhor Jesus não foi preso ou morto antes de consumar a obra que o Pai lhe dera, apesar das muitas tentativas do Inimigo (Lc 4.29,30; Jo 18.4-11).

 

8) Os corpos delas permanecerão expostos em praça pública, em Jerusalém, chamada espiritualmente de “Sodoma e Egito” — devido à sua imoralidade e ao seu mundanismo —, durante três dias e meio, e os adoradores da Besta se regozijarão com isso, mandando presentes uns aos outros (vv.8-I0).

 

9) As testemunhas ressuscitarão depois de três dias e meio: “o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram” (v.II).

 

10) Ao ressuscitarem, elas ouvirão uma grande voz do Céu: “Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram” (v.I2). Esse fato apresenta uma semelhança com ascensão de Cristo, que, observado por seus discípulos, subiu aos céus (At 1.9-1 1).

 

A diferença é que as testemunhas subirão diante dos olhares de seus inimigos. Há similaridade também com a ressurreição dos justos, por ocasião do Arrebatamento (cf 1 Ts 4.16,17).

 

11) Após a ascensão das duas testemunhas, haverá um grande terremoto, e sete mil homens morrerão. Os que restarem ficarão muito atemorizados e darão glória ao Deus do Céu (v.13). Isso comprova que o trabalho desses dois servos do Senhor não será em vão. Quando a Palavra do Senhor é pregada com verdade, sempre há “alguns” que lhe dão ouvidos (Mt 13.23; At 17.34).

 

O julgamento de Israel. O julgamento dos israelitas durante o período tribulacionista está previsto no Antigo Testamento (Ez 20.33-38; Zc 13.8,9; Am 9.8,10). Um dos objetivos dos juízos apresentados em Apocalipse, sob selos, trombetas e taças (6—17), é levar Israel ao arrependimento. Como resultado, o remanescente desse povo se voltará para Deus arrependido, aceitando Jesus como o Messias (Rm 9.27; 11,25,36; Mt 23.39; Zc 12.10-14; 13.1).

 

Esse juízo divino ocorrerá durante a Grande Tribulação, como está escrito em Daniel 12.1:

 

E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele; mas, naquele tempo, livrar—se—á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.

 

 

Evangelista Isaias Silva de Jesus

 

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

 

Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD - 2º.  Edição

 

 

 

 

 

 

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

TEXTO ÁUREO  = “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.2 1).

 

VERDADE PRÁTICA  = Os juízos de Deus sobre o mundo no período da Grande Tribulação serão inevitáveis porque a Palavra de Deus os revela e a Igreja se fortalece na esperança de que não passará por esse período.

 

LEITURA BÍBLICA = LUCAS 21.28-31; = 1 TESSALONICENSES 5.1-4,9

 

INTRODUÇÃO

 

Na seqüência dos eventos escatológicos, enquanto a Igreja arrebatada e ressuscitada está no céu (nos ares) com Cristo, inicia-se um novo e terrível período na Terra, identificado na linguagem bíblica como a Grande Tribulação. Esse período será precedido por vários sinais reconhecidos pelos que lêem e estudam as profecias bíblicas.

 

I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia. Na língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como thilipsis que significa “colocar uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra é tribulum e se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua palha. A idéia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar. Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se tão somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.

 

2. O sentido da expressão Grande Tribulação. A expressão é essencialmente escatológica. No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o dia do Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus”. No Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt 24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.

 

3. Estará a Igreja na Grande Tribulação? Existem duas linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja não estará no primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários do arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os rigores da tribulação são exclusivamente para Israel.

Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes dela, para livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1 Ts 1.10; 3.10).

 

Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e õ mundo naqueles dias só terão inicio depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.

 

Os partidários da idéia de que a Igreja estará na primeira metade da Grande Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez que na seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações dos juízos divinos (Ap 6.2-8).

 

II. PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Dois principais propósitos se destacam: o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias; e o segundo é trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre às nações incrédulas.

 

1. Levar Israel a receber o Messias. O profeta Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo especialmente para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse período são indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”, “o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais. São expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel.

 

Portanto, antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente para o povo judeu. Outrossim, o propósito de Deus para com Israel na tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele se converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).

 

Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela pregação do remanescente judeu (Mt 25.31-46; Ap7.9), e entrará no reino milenial de Cristo.

 

2. Trazer juízo sobre o mundo. Ap 3.10 revela esse propósito quando fala a igreja de Filadélfia: “também eu te guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo inteiro”.

 

A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as nações da Terra (Jr 25.32, 33; Is 26.21; 2 Ts 2.11,12), e Deus estará julgando-as por sua impiedade.

 

Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao Falso Profeta na adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e, quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.

 

III. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.

 

1. O que são as setenta semanas. A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia interpreta-se corno ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.

 

2. Os três períodos das 70 semanas. O primeiro período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).

 

O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere- se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu- se esse segundo período até o ano 32 d.C., quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.

 

O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70a

 

 

3. A última semana profética. No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações” Esse príncipe não é outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26).

 

Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn 9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua tentativa será a de restabelecer a paz sobretudo no Oriente Médio oferecendo um tratado.

 

O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na linguagem figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império Romano.

 

Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2 Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação.

 

CONCLUSÃO

 

A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e, sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de Deus profetizados terão o seu cumprimento. Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja findando o parêntese profético entre a 69a semana e 70a Não sabemos o dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.

 

Lições bíblicas CPAD 1998

 

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

TEXTO AUREO = “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21).

 

VERDADE PRÁTICA = Só há um meio de se escapar da Grande Tribulação: manter-se fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo, aguardando fielmente o seu retorno.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = APOCALIPSE 6.1-8

 

INTRODUÇÃO

 

Os profetas e apóstolos discorreram de tal forma sobre a Grande Tribulação, que basta uma leitura de seus escritos para conscientizamos de sua realidade escatológica. Haja vista o livro de Sofonias que, em termos proporcionais, foi o autor sagrado que mais tratou deste importante tema.

 

A Grande Tribulação é o “dia do Senhor”, no qual Deus entrará em juízo com um mundo altivo, rebelde e impenitente (Is 13.9-11; Ml 4.1). Tendo como base as Sagradas Escrituras, observemos, como poderemos definir esta tão importante doutrina.

 

  1. O QUE É GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. Definição. A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua hebraica, a palavra angústia é particularmente forte: tsará, que significa, ainda, necessidade e esposa rival. Evoca este termo as contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que levaram esta a uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15). A Grande Tribulação recebe, outrossim, as seguintes denominações na Bíblia Sagrada:

 

a) Dia do Senhor. “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso” (Sf 1.14).

 

b) Dia da Angústia de Jacá. “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7).

 

c) Ira do Cordeiro. “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.15-17).

 

II. QUANDO TERÁ INÍCIO A GRANDE TRIBUI.AÇAO

 

A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que terá início:

 

1. Após o arrebatamento da Igreja. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Logo: a Igreja de Cristo não terá de experimentar a Grande Tribulação.

 

Neste período, estaremos recebendo nossos galardões consoante ao trabalho que executamos na expansão do Reino de Deus. A promessa de Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento (1 Ts 1.10; 5.9; Lc 21.35,36).

 

2. Na metade da 70ª Semana de Daniel. “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9,27).

 

A 70ª  Semana de Daniel pode ser dividida em duas metades distintas.

 

a) A primeira metade da semana será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo que, assentado no Santo Templo em Jerusalém, será aceito tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles, té-lo-ão como o seu messias; estes, como o seu salvador. Essas duas metades da semana profética de Do 9.27 são mencionadas diversas vezes em Ap 11.2,3; 12.6,14; 13.5.

 

b) A Segunda metade será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobre-virá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3).

 

III. QUAL O OBJETIVO DA GRANDE TRIBULAÇAO

 

A Grande Tribulação será deflagrada, visando a aplicação dos juízos divinos sobre a terra e a reconciliação de Israel com o seu verdadeiro Messias. Ela também possui como objetivos:

 

1. Levar os homens a se arrependerem de seus pecados. “E, por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu e não se arrependeram das suas obras” (Ap 16.11).

 

2. Destruir o império do Anticristo. “E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor” (Ap 16.10).

 

 

3. Desestabilizar o atual sistema mundial. “Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua no.s pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi juntàmente  esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua se fez um grande monte e encheu toda a terra” (Dn 2.34,35).

 

4. Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses remos e será estabelecido para sempre” (Dn 2.44).

 

IV. QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇAO

 

Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação:

 

1. Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo. “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (ir 30.1-7). Leia também Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.

 

2. Os gentios. “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9,1 3,14). Nesta passagem, somos apresentados aos gentios que serão salvos durante a Grande Tribulação.

 

V. AS QUATRO FASES DA GRANDE TRIBULAÇAO

 

Durante a 70a Semana de Daniel, na qual situa-se a Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:

 

1. A falsa paz oferecida pelo Anticristo. “E olhei,e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.2),

 

Não podemos confundir este cavaleiro com o Senhor Jesus Cristo que, em Apocalipse 19.11, aparece gloriosamente, voltando à terra para implantar o Reino de Deus (Ap 19.11). A paz a ser oferecida pelo Anticristo é ilusória e passageira (1 Ts 5.3).

2. A guerra. “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6.4).

 

3. A fome. “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê1 E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho” (Ap 6.5,6).

 

4. A morte. “E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra (Ap 6.7,8).

 

Os quatro primeiros selos do Apocalipse são uma admirável síntese do que ocorrerá durante a Grande Tribulação. Em primeiro lugar, há a falsa paz oferecida pelo Anticristo. Paz esta, aliás, que, por ser estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar guerras e desinteligências entre as nações.

Como acontece em períodos de conflagrações, os conflitos armados trarão a fome que, por seu turno, haverá de gerar epidemias e pestilências.

 

VI. NA VERA SALVAÇÃO DURANTE GRANDE TRJBULAÇAO

 

Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: haverá salvação neste período? O livro do Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios (Ap 7.4-14).

 

Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e única.

Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).

 

CONCLUSÃO

 

Estejamos devidamente apercebidos, a fim de que não sejamos pegos de surpresa no arrebatamento da Igreja. Os que não subirem, terão de enfrentar a ira do Cordeiro.

Infelizmente, muitos são os que se acham adormecidos espiritualmente. hora de despertar deste sono! Caso contrário, como haveremos de escapar dos horrores da Grande Tribulação?

 

Senhor, não permitas que sejamos dominados pela sonolência espiritual. Queremos estar apercebidos, a fim de que, naquele grande dia, possamos estar para sempre contigo. Amém!

 

Lições bíblicas CPAD 2004

 

 

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10).

 

Será o período mais terrível na História, em que Deus trará seus juízos sobre a humanidade por causa da incredulidade, desprezo à sua Palavra e prática da impiedade. Deus criou o homem para sua glória e louvor. Mas, usando mal o livre-arbítrio, o ser humano preferiu não ouvir a voz de Deus, e deu lugar ao pecado. Ao longo dos séculos, Deus tem dado oportunidade ao homem para restaurar a comunhão perdida com seu Criador. Porém, a exemplo de Adão, a humanidade prefere andar em sentido contrário à vontade de Deus. Mais que isso: tem afrontado a .Deus, de forma deliberada.

 

Em seu sermão profético, Jesus adiantou para seus discípulos: “porque, naqueles dias, haverá urna aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá” (Mc 13.19 — grifo nosso). Serão eventos escatológicos jamais vistos ou imaginados pelos homens, em toda a História. Os futurologistas tentam traçar cenários para os fins dos tempos, mas jamais conseguirão descrever em suas pranchetas de trabalho o que acontecerá em termos de catástrofes ecológicas, ambientais, espaciais e cósmicas.

 

Na visão de Patmos, João recebeu revelação sobre aqueles dias tenebrosos que se abaterão sobre toda a terra: “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.13,14).

 

Os que conseguirem manter sua fé em Cristo, tendo ficado para trás, no arrebatamento, terão plena convicção de que não puderam subir, por causa de sua desobediência, descuido e negligência quanto às coisas de Deus.

E não quererão aceitar as ordens do governo mundial, formado pelo Diabo, pelo Falso Profeta e pelo Anticristo. Não aceitarão o sinal da Besta, ou a aposição de seu número em seu corpo. Ainda poderão ser salvos, mas pagando com a própria vida.

 

Serão torturados, degolados, terão seus olhos arrancados ou serão queimados vivos, por não negarem a Cristo no confronto com os agentes do Diabo e do Anticristo. As atrocidades praticadas pelo famigerado e terrorista Estado Islâmico (EI), que degolam crianças por não negarem a Jesus, escravizam mulheres cristãs para explorá-las sexualmente e matam todos os homens que não aceitam sua fé sanguinária, são uma amostra do que acontecerá com os que ficarem para trás na vinda de Jesus.

 

I- A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. Significado e Período

 

Como visto em capítulos anteriores, após o arrebatamento da Igreja, dois eventos ocorrerão no céu: o Tribunal de Cristo, para efeito de concessão de galardões aos salvos (2 Co 5.10) e as Bodas do Cordeiro, que é união entre Cristo e a Igreja para sempre (Ap 19.7-9; 21,9). Essa passagem da Igreja pelo céu deve durar sete anos. Enquanto isso, aqui, na terra, haverá a Grande Tribulação, que também durará sete anos, conforme dão a entender os livros da Bíblia que falam do fim dos tempos. A Grande Tribulação será um período de sete anos, entre o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em glória (2a fase, para reinar).

 

a) Juízo sobre as nações. Naquele período catastrófico, os judeus serão os mais afetados (Mt 24.15-20; Mc 13.14-23), mas todos os que estiverem vivos, na terra, sofrerão suas consequências trágicas. “Porque, eis que, na cidade que se chama pelo meu nome [Jerusalém], começo a castigar; e ficareis vós totalmente impunes?

 

Não, não ficareis impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos. [«.1 Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os impios entregará à espada, diz o Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que o mal sai de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra” (Jr 25.29-3 2 — grifo nosso). “E visitarei sobre o mundo a maldade e, sobre os ímpios, a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos tiranos” (Is 13.11). Os avisos dos juízos de Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que aceitam a Cristo e obedecem à sua Palavra.

 

 

b) O tempo da Grande Tribulação. No total, a Tribulação durará sete anos literais. Esse período é visto em duas partes, primeira e segunda metades, cada uma com três anos e meio. Essa constatação decorre da interpretação das 70 semanas de Daniel, cujo texto prevê que haverá um “príncipe que há de vir” [o Anticristo], que “[...] firmará um concerto com muitos por urna semana” (Dn 9.27a - grifo nosso).

 

Esse concerto do Anticristo será com Israel, para obter o seu apoio político. Aquele tempo é chamado, na Bíblia, de “Tribulação”, “ira futura” (1 Ts 5.9), “um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo...” (Dn 12.1); é o “dia da vingança” (Is 63.1- 4). Abaixo, veremos o que ocorrerá na Grande Tribulação.

 

c) Divergências de interpretações. Há intérpretes da Bíblia que afirmam que a Grande Tribulação será “um período definido” de grandes acontecimentos trágicos que se abaterão sobre a humanidade, após o arrebatamento da Igreja e a volta de Cristo para reinar (segunda fase de sua vinda). Outros afirmam que a Grande Tribulação refere.se aos sofrimentos da Igreja, ao longo de sua história.

 

O Comentário Bíblico Pentecostal, comentando o Apocalipse, diz: “E um grande erro entender a frase ‘grande tribulação’ (7.14) como se ela se referisse a um período específico de tempo, por exemplo sete anos ou mesmo três anos e meio), ao invés da grande e intensa perseguição que os crentes sofreram ao longo da história”.2 Esse comentário interpreta o texto como referindo-se a acontecimentos históricos, passados, e não ao futuro.

 

d) A interpretação literal da Grande Tribulação. Mas há autores, escritores e intérpretes da Bíblia, que entendem que a “Grande Tribulação” será um período futuro, em que a humanidade experimentará terríveis catástrofes globais, como juízo de Deus sobre os que rejeitaram a vontade divina para suas vidas, seus povos e suas histórias. O Pr. Antonio Gilberto discorda dos que negam o aspecto futuro da “grande tribulação”. Para ele, “Estritamente falando, essa tribulação, como elemento escatológico, consiste em dois períodos, tendo cada um três anos e meio de duração. O primeiro chamado simplesmente de Tribulação. O segundo, que é o pior, é denominado Grande Tribulação.

 

Nota do autor. Na linguagem profética, “uma semana” de anos equivale a

sete anos literais. Levítico 25.8 mostra que sete semanas de anos são quarenta e nove anos. Ou seja: uma semana de anos são sete anos

 

No sermão profético, referindo-se ao que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja, Jesus disse: “porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21 — grifo nosso). João viu aquele terrível período, no Apocalipse, na revelação sobre “os mártires na glória”: “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse- me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7. 13,14 - grifo nosso).

 

2. Falsa Aliança com Israel

 

Após o arrebatamento da Igreja, o Anticristo se manifestará e fará uma falsa aliança com Israel, durante sete anos (Dn 9.27). Certamente, nesse período, o Templo será reconstruído. Sem dúvida, esse será o maior equívoco da nação israelita: rejeitou o Messias, crucificando-o, e vai aceitar o Anticristo, o governante mundial; e pagará um preço elevadíssimo!

Na metade desse tempo, ou seja, depois de três anos e meio, o Anticristo romperá o acordo com Israel, e começará a perseguir os judeus, e, na metade da semana, fara cessar o sacrificio e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27 - grifo nosso).

 

O Anticristo, ou a Besta, governando o mundo, impedirá o culto a Deus, tanto pelos israelitas quanto por todos os crentes que confessarem a Cristo, naquele tempo de angústia: “Eu olhava, e eis que essa ponta fazia guerra contra os santos e os vencia. [...] E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo” (Dn 7.21,25 — grifo nosso).4 Jerusalém será atacada, o templo ocupado e profanado (2 Ts 2.3,4); Dn 8.13; Mt 24.15,24), e os judeus não mais poderão realizar o culto a Jeová; haverá tremenda perseguição religiosa (Dn 8.13); os judeus são aconselhados por Jesus a fugir para as montanhas (Mt 24.16); em Apocalipse 12, vê-se o “Dragão” perseguindo a “mulher”, que sem dúvida será a nação israelita, que fugirá para um lugar preparado por Deus (Ap 12.6).

 

3. A Igreja não Passará pela Grande Tribulação

 

Os tribulacionistas creem que a Igreja passará pela Grande Tribulação, em sua totalidade. Os miditribulacionistas ou mesotribulacionistas, afirmam que a Igreja experimentará o primeiro período da Grande Tribulação (três anos e meio), como vimos no capítulo primeiro. No entanto, a Palavra de Deus nos mostra que tal entendimento carece de fundamentação consistente.

 

O apóstolo Paulo recebeu revelação sobre esse fato, quando escreveu: “e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10 — grifo nosso).

João, em Apocalipse, registrou o livramento da igreja de Filadélfia, tipo da Igreja que será arrebatada, formada por crentes salvos, do período de provação pelo qual passará toda a humanidade: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10 — grifo nosso; Is 57.1).

 

O livramento da “hora da tentação”, ou da “provação”, que virá sobre todo o mundo não se refere apenas à igreja em Filadélfia, mas é uma advertência a todas as igrejas cristãs: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.13; 22). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação. Ela passará, sim, pelo “princípio das dores” (Mt 24.8). Certamente, já começou a experimentar os acontecimentos que antecedem à volta de Cristo para arrebatar os salvos.

Nota do autor: “um tempo, tempos e metade de um tempo” quer dizer “um ano, dois anos e metade de um ano”, ou seja, três anos e meio, com base em Levítico 25.8, que se refere a semana de anos.

 

II-O QUE VAI ACONTECER NA GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. O Anticristo se Manifestará

 

a) Quem é ele? Será o governante mundial, um ditador ardiloso, que usará toda a sua influência para obter o apoio dos povos, O Anticristo é a besta que João viu que subiu “do mar”; “mar”, na tipologia bíblica, significa “povos” (Lc 21.25): “E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia” (Ap 13.1). “Sete cabeças” — um homem super inteligente; “dez chifres” — poder global; “dez diademas”— será muito “glorioso” perante a humanidade; “um nome de blasfêmia” — ele é anti-Deus, anticristo e anti-Espírito Santo, e blasfemará e levará os povos a blasfemarem contra Deus. O espírito dele já está no mundo (1 Jo 2.18; 4.3) há mais de dois mil anos. Esse personagem sinistro já pode estar no mundo, no presente século.

 

b) Suas características. Será um “super-homem”, nascido de mulher (Ap 13.1, “a besta que subiu do mar”, de povos); será o líder político-espiritual. Fará grandes coisas (Dn 7.8, 20,25); enganará a terra, que clama por soluções (1 Ts 2.9,10). A maioria não quer saber de Jesus, mas aceitará o Anticristo, Ele é chamado de “a Besta” (Ap 13.1), “o homem do pecado”, “o filho da perdição” (2 Ts 2.3), o “Anticristo” (1 Jo 4.3), “o assolador” (Dn 9.27); é “a ponta que tinha olhos” (Dn 7.8,20,25). Será uma pessoa super inteligente, com alto poder de oratória e demagogia (Ap 13.2, 5), que impressionará o mundo, como o fez Hitler na Alemanha nazista.

Com capacidade diabólica, o ditador alemão convenceu um povo culto a se tornar sanguinário e destruir milhões de pessoas, como os judeus, por causa de sua raça, e eliminar doentes, deficientes, homossexuais, ciganos, todo esse crime em nome de uma “raça pura”. O Diabo cega os entendimentos dos ímpios (2 Co 4.4).

 

c) O mundo clama por um governo único. Em 1968, foi fundado o Clube de Roma, que concluiu ser necessário que haja um governo único na terra. Isso é significativo em termos proféticos. Além disso, a situação caótica do mundo fará com que o povo busque “um salvador” potente, e o Anticristo se apresentará como tal. Terá “a eficácia de Satanás” (1 Ts 2.9,10). Será por excelência um líder político. Haverá uma “confederação de nações”, sob a liderança do Anticristo. Em 1957, em Roma, foram criados “Os Estados Unidos da Europa”, hoje no âmbito da Comunidade Europeia, que conta, atualmente, com 28 estados-membros (2015).

Na visão de Nabucodonosor, de uma grande estátua, que representava todos os remos do mundo, até o final dos tempos, os dez dedos da estátua representam dez remos (Dn 2.40-43), resultantes do antigo Império Romano (o quarto animal - Dn 7.24), que estarão em evidência nos fins dos tempos; correspondem aos 10 chifres do 40 animal de Daniel 7.24 e aos 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Refere-se a um poder que “existiu, e que no momento não existe, mas que voltará a existir” (Ap 17.8). Trata-se de uma confederação de nações que se unirão no território do antigo Império Romano. Hoje, é identificado como a União Europeia, que já tem um parlamento e uma moeda única, o Euro. O número dez, na profecia, é simbólico, e significa globalização, um todo unido em torno de ideias, objetivos e causas gerais.

 

2. O Número 666

 

A Besta tem “sinal”, “nome” e “número” (Ap 13.17). Mas a Bíblia só revela o seu número simbólico. Será uma identificação dos moradores da terra, na Grande Tribulação. O governo ditatorial do Anticristo vai numerar as pessoas para ter sobre elas o controle total. Quem não aceitar ter esse número marcado ou tatuado em seu corpo não poderá sobreviver. Primeiro, porque quem não adorar a Besta será morto: “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Ap 13.15).

 

Em segundo lugar, porque quem não tiver a identificação da Besta não poderá comprar nem vender qualquer coisa: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Ap 13.16,17).

 

Na tipologia bíblica, o número 6 é o número do homem. Em seis dias, Deus fez o homem (ser humano). A repetição do número 6 equivale a uma dízima periódica, que pode repetir-se indefinidamente, sem nunca chegar a 7, que é o número da perfeição, o número de Deus. Isso quer dizer que o Anticristo será um homem, exaltado ao extremo, com pretensões de ser igual a Deus, como o fez Lúcifer. Esse número, ou código, certamente, será o meio pelo qual o governo do Anticristo controlará todas as pessoas, desde o seu nascimento até a morte.

 

Ao que tudo indica, a tecnologia do código controlador de pessoas já está em andamento. Um novo sistema de cartão de crédito já está sendo utilizado. Esse sistema foi criado em 1993, na Inglaterra. Funciona com a implantação de um “chip” (“VeriChip”, ou “bio-chip”) no corpo humano. Pesquisas constataram que os lugares mais apropriados para o implante são a testa ou sob a pele da mão direita. Já foi desenvolvida uma seringa que implanta o chip sob a pele de seres humanos. Executivos de multinacionais já estão usando o chip “inteligente”, do tamanho de um grão de arroz, pois permite que sejam localizados imediatamente, em caso de sequestros. Em alguns países, pais já estão implantando o dispositivo eletrônico em seus filhos, para que sejam localizados em caso de sequestros ou por outras razões. Vejamos o que diz a Bíblia:

 

Não vale a pena o crente viver descuidado, sem ter compromisso sério com Deus, com sua Palavra e com sua Igreja. O fato de ser membro da Assembleia de Deus ou de qualquer outra denominação evangélica não garante a salvação. Quem não for santo não subirá ao encontro de Jesus (1 Ts 4.17; 5.23). Ficará na Terra e experimentará os horrores da Grande Tribulação.

 

3. O Falso Profeta Estará em Ação

 

Será um homem (a Besta que veio da terra - de entre os homens — Ap 13.11,18). Será o líder religioso, a terceira pessoa da trindade satânica. Fará grandes milagres. Imporá que todos tenham o sinal da Besta, o número 666 (Ap 13.16,17). Procurará imitar o Espírito Santo, e será o líder religioso que cooperará com o Anticristo.

Juntamente com o Diabo, eles constituirão a trindade satânica, que dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

 

Como os homens, ao longo da História, em sua maioria, preferiram servir ao Diabo, Deus dará liberdade para que este tenha total poder sobre suas vidas. Ele atuará com seus demônios (Ef 6.12; Ap 12.9; 9.1,3; 12.12); os homens passarão por sofrimentos inimagináveis, e saberão o quanto perderam por terem rejeitado a Cristo. A base do governo da trindade satânica serão as nações historicamente oriundas do antigo Império Romano.

 

No sonho de Nabucodonosor, essas nações eram representadas pelos dez dedos da estátua, ou na visão da Besta com dez chifres, que representam dez reis que se levantarão contra Deus, e serão vencidos (Dn 7.7,8,19,27). (Veja Ap 13.1,2; 17.11,13). Haverá um caos e anarquia total, pois o mal terá pleno curso no coração das pessoas. O desespero será tão grande que as pessoas aceitarão as propostas e ameaças do Anticristo para tentarem sobreviver.

 

III — Os JUIZOS DE DEUS SOBRE O MUNDO

 

A Grande Tribulação trará os juízos de Deus sobre os homens que, além de ignorar seus avisos de amor, o afrontam, usando sua permissibilidade e longanimidade. No Apocalipse, esses juízos se manifestarão através de eventos catastróficos de natureza global. Por eles, Deus vai purificar o planeta de seus horrendos pecados e corrupções, preparando-o para receber o glorioso período do Reino Milenial.

A profecia fala de sete selos, sete trombetas e sete taças da ira de Deus. De acordo com o Pr. Antonio Gilberto, a Grande Tribulação pode ser dividida em duas partes. A primeira, do capítulo seis ao nono do Apocalipse. A segunda, a mais cruel, engloba os relatos dos capítulos dez ao dezoito do Livro da Revelação.

 

1. Os Sete Selos

 

João viu um livro selado com sete selos. Na visão do Apocalipse, João viu a Deus, assentado em seu trono e, em sua mão direita, “um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos” (Ap 5.1); e viu “um anjo forte, bradando com grande VOZ: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele” (Ap 5.2,3).

 

Com tais características, aquele livro guardava segredos jamais conhecidos, até a abertura dos seus selos. Sem dúvida, é o livro dos juízos de Deus, reservados para serem derramados sobre o mundo no fim dos tempos. João chorava muito, por perceber que ninguém tinha condições de abrir o livro e até de olhar para ele (Ap 5.4). O apóstolo viu que Jesus é o único digno de abrir o livro. “E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos. [...] E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono” (Ap 5.5,7).

 

a) O primeiro selo. Quando Jesus abre o primeiro selo, tem lugar um evento de grande significado. Surge um cavalo branco, e, nele está montado um personagem que “tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.1,2). Trata-se de uma falsa paz, tipificada pelo cavalo branco, O personagem é o Anticristo, que enganará as nações, sedentas de paz.

Ele se assentará no templo em Jerusalém, dizendo-se Deus (2 Ts 2.4); receberá adoração (Ap 13.12); fará aliança com Israel por sete anos (Dn 9.27); implantará uma falsa paz, que será rompida na metade da Grande Tribulação: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3).

 

b) O segundo selo. Depois de três anos e meio, o Anticristo romperá a aliança e fará guerra a Deus e a seus santos (Ap 3.6; Dn 7.25; 9.27). E terá lugar uma terrível guerra mundial: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6.4). O Anticristo atacará Jerusalém e profanará o templo (2 Ts 3.3,4; Dn 8.13); os judeus são aconselhados a fugir para as montanhas (Mt 24.16).

 

c) O terceiro selo. Como resultado da guerra mundial, a maior delas, haverá uma terrível fome global, figurada pelo cavalo preto (Ap 6.5); quem não tiver o sinal da Besta, não poderá comprar nem vender (Ap 13.17,18). Haverá uma escassez nunca vista.

 

d) O quarto selo. Na abertura do quarto selo, aparece um cavalo amarelo, simbolizando a morte em grande escala, em decorrência dos flagelos anteriores (Ap 6.7,8); morrem 25% dos habitantes do planeta.

 

e) O quinto selo — uma passagem parentética. João deixa de ver animais e tem a visão dos mártires que foram mortos na Grande Tribulação por sua fé em Cristo, por seu testemunho e amor à Palavra de Deus (Ap 6.9-11); eles são salvos em meio à Grande Tribulação.

Não são a Igreja militante. Eles clamam por vingança contra os “que habitam sobre a terra” (Ap 6.11);

 

f) O sexto selo. Vê-se um grande tremor de terra (global); eclipse total do sol; a lua fica vermelha; estrelas caem (meteoros); o espaço sideral se muda; os montes e ilhas são arrasados; os governantes da terra, os poderosos e os povos se escondem, clamando que os montes caiam sobre eles, por causa da “ira do cordeiro” (Ap 6.12-17); não se sabe quantos morrem nesse evento.

 

g) Outra passagem parentética. Salvos na Grande Tribulação. Entre o sexto e o sétimo selo, Jesus abre um parêntese na revelação e mostra a salvação numerosa de israelitas, em meio à Grande Tribulação. Isso dá em todo o capítulo 7 do Apocalipse. João tem a visão de dois planos.

 

Na Terra, vê os 144.000 israelitas, 12.000 de cada tribo, que são assinalados (Ap 7.3); eles formam o Israel que será salvo, o “remanescente” de que fala Paulo (Rm 9.26,27); no céu, João vê um quadro deslumbrante dos mártires na glória: “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro” (Ap 7.9,10).

 

Além dos 144.000 israelitas, haverá uma multidão incalculável de pessoas que reconhecerão Jesus Cristo como Salvador, não aceitarão o sinal da Besta, não lhe renderão adoração, serão mortas, mas serão salvos. “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.

Por isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra (Ap 7.13-15 - grifo nosso). Quem ensina que não haverá salvação na Grande Tribulação foge à regra número um da hermenêutica, que diz que “a Bíblia explica a ela mesma”.

 

H) O sétimo selo. A essa altura, o mundo já estará na segunda metade da Grande Tribulação. Quando o sétimo selo é aberto, sete anjos tocam sete trombetas. São mais sete acontecimentos terríveis, de caráter ecológico e espiritual, cairão sobre a terra, tipificados nas sete trombetas (Ap 8 a 11) e mais eventos catastróficos. Em resumo:

 

Nos CAPÍTULOS 8 A 11— As SETE TROMBETAS

 

1 ) A primeira trombeta (8.7). A terça parte da Terra e da vegetação é queimada; a oferta de alimentos diminuirá.

 

2) A segunda trombeta (8. 8,9). A terça parte das criaturas do mar é queimada, quando um grande meteoro é lançado sobre o mar; tsunamis ocorrerão pelo impacto do bólido sobre as águas.

 

3) A terceira trombeta (8.10,11). Um grande meteoro cai sobre a Terra, destruindo as fontes de água dos rios e dos lagos; muita gente morre; não se sabe quantas pessoas morrerão.

 

4) A quarta trombeta (8.12,13). A terça parte dos astros é atingida, e o sol escurece a Terra; uma catástrofe cósmica abalará o espaço sideral.

 

5) A quinta trombeta (9.1-11). Demônios e anjos terríveis são soltos e atormentam os que não têm o sinal de Deus, liderados pelo “anjo do abismo” (9.12). Os adoradores da Besta são torturados. Buscam a morte e ela não vem (9.6); a situação é tão caótica, que o anjo diz que passou “um ai”, expressão de grande dor e sofrimento; e diz que ainda faltam dois “ais” (na sexta e na sétima trombetas).

 

6) A sexta trombeta (9.13-21). São soltos quatro anjos que estavam presos junto ao Eufrates (v. 15). Eles são tão perigosos, piores que Satanás, que estão presos “em prisões eternas” (Jd 6). Matam a terça parte dos homens; os ocultistas, esoteristas, invocadores de mortos e adoradores de demônios são mortos, além dos que vivem da prostituição (vv. 20,21); ocorre o segundo ai

 

7) A sétima trombeta(Ap 11.15-19). Ao toque da sétima trombeta, há um evento celestial. Seres celestiais proclamam o domínio universal do Senhor Deus e do seu Cristo.

“E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os remos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). É um cântico celestial, de proclamação gloriosa, do domínio universal de Cristo sobre o universo (ver restante do trecho).

 

Nos CAPÍTULOS 10 E 11 - Outra passagem parentética, entre a sexta e a sétima trombeta (Ap 10, 11.1-14).

 

1) João come um livrinho. Antes de haver o toque da sétima trombeta, João viu um anjo forte, com aparência terrível, com o arco celeste sobre sua cabeça, o rosto como o sol e os pés como colunas de fogo. Esse anjo diz que, ao toque da sétima trombeta, “se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos” (Ap 10.7). João é instado a tomar da mão do anjo o livrinho enigmático, o qual, em sua boca, era doce como o mel, mas, no seu interior, era amargo. Certamente, a mensagem do livro é muito amarga para os que a ouvirem.

 

2) As duas testemunhas. No capítulo 11, do versículo 1 ao 14, João tem a revelação de que deveria medir “o templo, o altar e os que nele adoram” (Ap 11.1). Essa medição significa castigo da parte de Deus sobre Jerusalém, que será pisada por quarenta e dois meses ou três anos e meio, na segunda metade da Grande Tribulação (Ap 11.2).

 

E foi-lhe dito que haverá “duas testemunhas” irão profetizar, durante 1260 dias, ou nos três anos e meio (Ap 11.3); elas são “as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (v. 4); não se sabe quem serão elas. Não devemos ir além do que está escrito (1 Co 4.6).

 

Elas terão poder sobrenatural, durante o período de sua missão, mas, depois, serão mortas pela “Besta que sobe do abismo” (v. 7); seus corpos ficarão expostos durante três dias, vistos pelo mundo todo, através da mídia, certamente (TV, Internet), e, depois, ressuscitarão e subirão aos céus, aos olhos de seus inimigos (v. 12); haverá um terremoto, e perecerão sete mil pessoas (localizado);

 

3. A Mulher e o Dragão

 

1) A mulher vestida do sol, O capítulo 12 de Apocalipse revela que haverá “uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. E estava grávida e com dores de parto e gritava com ânsias de dar à luz” (Ap 12.1,2). Segundo as melhores interpretações do Apocalipse, essa mulher representa os fiéis da nação israelita, através da qual veio Jesus; o sol e a lua representam a glória de Israel, no plano de Deus, como o povo eleito. As doze estrelas representam as doze tribos de Israel.

 

2) O grande dragão vermelho. E foi mostrado outro grande sinal (Ap 12.3-6). “E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete diademas” (v. 3). O “grande dragão” é Satanás (v. 9). As sete cabeças representam sua grande inteligência para o mal; dez chifres representam seu grande poder maligno; e os sete diademas significam sua grande glória infernal. “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho” (v. 4).

 

Essa referência pode fazer alusão à queda de Satanás do céu, com os anjos que o seguiram (cf 2 Pe 2.4; Jd 6). No texto, indica o plano do Diabo para destruir o Messias, desde sua tenra infância (Mt 2.16). “E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (v. 5). O Diabo fez tudo para destruir Jesus na terra, mas Ele subiu aos céus, após a ressurreição (cf. Lc 24.51; At 1.9-11). Na visão (v. 6), “a mulher”, ou os fiéis de Israel, são guardados por Deus durante 1260 dias, por terem aceito a Cristo como o Messias (Dn 4.30,31; Zc 13.8,9).

 

3) A grande batalha nos céus. No capítulo 12, João viu uma grande batalha no céu, quando o Arcanjo Miguel e seus anjos vencem o Diabo com seus anjos e esses são precipitados no espaço sideral, em direção à Terra (v. 7-9); o texto diz que os santos venceram o Diabo “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de seu testemunho e não amaram as suas vidas até à morte “(vv. 10,11). Haverá grande alegria nos céus, mas a terra sofrerá consequências pela presença do Diabo em seu meio, pois o Diabo “tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (v. 12.). Com grande ira, Satanás investirá contra os fiéis da nação israelita, mas Deus dará escape aos que aceitaram a Cristo como Salvador (vv. 13-17).

Na sequência, o capítulo 13 fala sobre o Anticristo, cujo comentário foi feito no item II deste capitulo.

 

4. As Sete Taças da Ira de Deus

 

A Grande Tribulação é dominada pela tipologia do número sete, que significa plenitude, completude, Será um período de sofrimento tão doloroso como nunca houve na história da terra. Os sete selos, com seus acontecimentos tenebrosos, abrem espaço para as sete trombetas, que, por sua vez, darão lugar a outros eventos escatológicos, representados pelas “sete taças da ira de Deus”, anunciados nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse. As sete taças da ira de Deus representam as últimas pragas ou os últimos juízos de Deus sobre a humanidade ímpia. Sete anjos são encarregados de derramar esses juízos terríveis sobre os homens que rejeitaram a Cristo.

 

 

No capítulo 16, são descritos os eventos das sete taças.

Certamente, aqui, consuma-se todo o juízo de Deus sobre a humanidade incrédula e impiedosa, que se levantou contra o Deus Todo-Poderoso. “[...] e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto” (v. 18). Será o maior terremoto da história do planeta Terra. Jerusalém se fenderá em três partes (v. 19); “as cidades das nações” desaparecerão, uma referência às grandes metrópoles, principalmente as litorâneas, que serão destruídas totalmente pelos efeitos dos abalos sísmicos, e também dos grandes tsunamis, que poderão alcançar mais de 100 ou 200 metros de altura, provocados pelos deslocamentos dos mares, em sua fúria sobre os continentes. As ilhas sumirão, os montes desaparecerão, uma chuva de saraiva cairá sobre os adoradores da Besta (vv. 19-21),

 

Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja: Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

 

Livro: O Final de Todas as Coisas = Esperança e glória para os salvos = Autor Elinaldo Renovato  = 1ª Edição CPAD 2015

 

 

 

 

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