A GRANDE
TRIBULAÇÃO
Texto Áureo = “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te
guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os
que habitam na terra.” (Ap 3.10)
Verdade Prática = Depois que os crentes em Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande Tribulação
começará na Terra.
Leitura
Biblica = Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14
INTRODUÇÃO
Logo depois
que Jesus tiver arrebatado a sua igreja começará no mundo a Grande Tribulação.
A Palavra de Deus fala muito sobre este assunto.
A. O QUE
SIGNIFICA A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. A Grande Tribulação é um período de sofrimento, de proporções
ainda não conhecidas, que há de passar sobre o mundo! Ap 7.14.
Este tempo é também chamado: a grande aflição, Mt 24.21; a grande angústia, Dn
12.1; a angústia de Jacó, Jr 30.17. A angústia vai afligir os povos em
proporções tais que superará todo o sofrimento que o mundo até então tiver
experimentado, Lc 21.24-26. A Palavra de Deus usa as mais fortes expressões ao
falar desse tempo: “dia de indignação, dia de angústia, e ânsia, dia de
alvoroço e de desolação, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e de densas
trevas”, Sf 1.15.
2. A Grande Tribulação é chamada Dia da Vingança, Is 63.1-4. Quando
Jesus visitou a sinagoga da sua cidade natal, foi convidado a fazer a leitura
das Escrituras. Abrindo o livro, achou a passagem em Is 61.1-3, que fala do
ministério do Messias na Terra. Ao chegar à expressão: “...o ano aceitável do
Senhor”, parou, ainda que no meio de uma frase, e fechou o livro, dizendo:
“Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos”, Lc 4.21. As palavras
omitidas daquela frase foram “e o dia da vingança do nosso Deus”, Is 61.2.
Aquele dia não havia ainda chegado. Todavia a Grande Tribulação será uma
realidade.
Que significa então esta vingança? Os povos
rejeitaram ao Senhor e à sua Palavra, seguindo o Diabo. Na Grande Tribulação,
Deus os entregará ao “senhor” que escolheram, Sl 2.10,11, isto é, Ele os
entregará para que creiam a mentira, 2 Ts 2.10,11. A Grande Tribulação será,
desta maneira, um tempo em que a força de Satanás triunfará sobre o mundo,
tendo como resultado a maior catástrofe do Universo.
3. A Grande Tribulação é um tempo em que a ira do Senhor há de se
revelar sobre os habitantes do mundo. A Palavra de Deus fala muito a respeito da
ira de Deus sobre o pecado, Rm 1.18. Nos últimos tempos, quando a medida do
pecado estiver cheia, derramar-se-á a ira de Deus, conforme a previsão da
palavra profética. Por isto, esse tempo é chamado a ira futura, o dia da ira,
grande dia da sua ira e a ira do Cordeiro. Lemos como os anjos do Senhor
derramarão as taças, dando a beber aos povos o vinho da sua ira, Ap 15.7. Do
mesmo modo como o Senhor, durante o juízo no tempo de Noé, abriu as janelas dos
céus derramando chuvas sobre a terra, Gn 7.11, assim também tornará a fazer, Is
24.18. Os sete selos com os castigos que os acompanham serão abertos, Ap
6.1-17. Juízos de Deus soarão sobre o mundo. Então o próprio Senhor “há de
pisar o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso, Ap 19.15. Ai da
terra, quando a ira de Deus vier sobre ela.
B. O TEMPO
DA GRANDE TRIBULAÇÃO
1. A Grande Tribulação será na 70a semana na visão profética de
Daniel, Dn 9.24-27. Temos nos estudos anteriores visto que Deus tinha determinado 70
semanas para completar a sua obra entre o seu povo, os judeus, Dn 7.24. Quando
estes, ao fim da 69a semana crucificaram seu Messias, foi o tempo interrompido,
e o relógio da dispensação dos judeus parou, Dn 9.25-26. Então começou o “tempo
dos gentios”, como um parêntese entre a 69a e a 70 semana. Este tempo dos
gentios finda com “a entrada da plenitude dos gentios”, Rm 11.25, na vinda de
Jesus nas nuvens. Então começará a 70 semana, que é a Grande Tribulação, pois
então o Anticristo se manifestará, Dn 9.27. Deste mesmo versículo compreendemos
também que a Grande Tribulação durará somente sete anos.
2. A Grande Tribulação começa com a vinda de Jesus nas nuvens. Este fato
nos dá base para afirmar que a Igreja de Jesus não estará na Terra durante a
grande tribulação. A Palavra de Deus fala do “princípio das dores”, Mt 24.8,
isto é, de acontecimentos dolorosos que precedem a Grande Tribulação. Destes, a
Igreja participa. Cremos que já estamos vivendo esses dias, em várias partes do
mundo. Porém da “Grande Tribulação”, a Igreja não participará, pois então Jesus
já a terá arrebatado do mundo. Aleluia! Vejamos alguns motivos pelos quais nós
cremos que a Igreja não participará da Grande Tribulação:
a. A Grande Tribulação é o tempo da ira de Deus. Para os
salvos, a ira de Deus já passou, Is 12.1. Jesus levou o nosso pecado, de modo
que para nós cessou o motivo da ira de Deus, J 1.29. Para os que estão em
Cristo Jesus não há mais condenação, Rm 8.1. O que a Palavra de Deus diz é que
nós seremos salvos da “ira futura”, 1 Ts 1.10, e que Deus não nos destinou à
ira, mas à aquisição da salvação, 1 Ts 5.9,10.
b. A Grande Tribulação é, na palavra profética, figurada como “a
noite”, 1 Ts 5.4-6. Mas a mesma passagem diz que os crentes não são da noite, mas
filhos do dia, filhos da luz. Nós, portanto, não esperamos o Anticristo, mas a
CRISTO. Nós não esperamos a Grande Tribulação, a “noite”, mas a vinda de Jesus,
2 Pe 1.19; Ap 22.16.
c. A Palavra de Deus nos dá a promessa de podermos escapar dessas
coisas, Lc 21.36. Lemos em Is 57.1, que o “justo é levado antes do mal”. Graças a
Deus.
d. As figuras proféticas nos mostram claramente que os crentes
serão salvos da Grande Tribulação. A Palavra de Deus diz que assim como foi nos
dias de Noé e de Ló, assim será nos dias do Filho do Homem, Mt 24.37- 41; Lc
17.26,30. Ambos os acontecimentos mostram que a Igreja será arrebatada antes da
tribulação, antes do grande juízo de Deus, pois assim aconteceu também com Noé
antes do Dilúvio, Gn 7.1, e com Ló antes de Sodoma ser destruída, Gn 19.22.
Graças a Deus. ANTES da Grande Tribulação, Jesus levará a Igreja para si.
e. A Palavra de Deus mostra claramente que a Igreja é o
impedimento para a manifestação do Anticristo. Só depois que ela tiver sido
tirada é que ele poderá se manifestar, 2 Ts 2.7,8. Temos uma boa ilustração
disto no que aconteceu com Israel ao passar o Jordão a seco. Enquanto os
sacerdotes com a arca punham seu& pés no leito do rio Jordão, a água
tornou-se como um muro, permitindo que o povo passasse a seco para o outro
lado. Logo, porém, que os sacerdotes subiram do meio do Jordão, as águas
voltaram ao seu lugar, Js l:18. Quando a Igreja tiver sido tirada do mundo,
então as águas da Grande Tribulação serão derramadas sobre ele.
C. SATANÁS,
O ANTICRISTO E O FALSO PROFETA
Esta
trindade satânica é a causa visível dos terríveis sofrimentos na Grande
Tribulação.
A Grande
Tribulação será, de um modo especial, um tempo sob o domínio de demônios.
Vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre este assunto.
1. Satanás e o Dragão dominarão de modo completo a Terra durante a
Grande Tribulação. Já vimos que Deus, nesse tempo, entregará os homens a ele, a quem
os homens escolheram e serviram. Satanás será então precipitado dos lugares
celestiais onde tem sido o seu quartel general (Ef 6.12) à Terra, onde terá o
seu campo de ação, junto com os exércitos de demônios, Ap 12.9; 9.1,3. Por isto
o anjo, com grande voz, clama: “Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o
Diabo desceu a vós”, Ap 12.12.
Dragão é um nome usado somente no Livro de Apocalipse, para
designar o Diabo, Ap 12.9. Esse mesmo mostra-nos seu verdadeiro caráter. Na sua ira, ele
procurará então usar todos os meios para combater a Deus, e chegará ao ponto de
procurar imitar a Deus na sua manifestação de uma trindade. Ele prepara para si
essa trindade satânica, através da qual procura dominar o mundo. Ele, que é o
grande adversário de Deus (o nome Satanás vem da palavra hebraica “satan”, que
traduzido em português é adversário), faz-se desta maneira um Antideus e dá o
seu poder a um que a Bíblia chama Anticristo (a Besta), além de lhe oferecer um
cooperador cuja missão será fazer os povos aceitar o Anticristo. Este
cooperador é chamado o Falso Profeta, que desta maneira será transformado num
concentrado de aflições. Os homens hão de passar por sofrimentos tremendos,
como jamais terá havido.
2. O Anticristo.
a. O Anticristo será um homem comum, nascido de mulher. João o viu
subir “do mar”, Ap 13.1, isto é, do povo, Ap 17.15; Is 17.12,13. Ele estará
vestido de poder e preparação demoníaca de proporções jamais vistas, Ap 13.2,4;
16.13,14. O poder satânico que fará do Anticristo o “super-homem” que ele
realmente será, já está operando no mundo, e é chamado o “espírito do
Anticristo”, 1 Jo 4.3; 2.18. Esse poder dominará totalmente a pessoa do
Anticristo e, nele operando, será o segredo da sua influência tremenda sobre a
humanidade.
b. Os diferentes nomes do Anticristo mostram quem ele será e o seu
caráter.
Ele é chamado na Bíblia “a Besta”, Ap 13.1; o “Homem do pecado”; o “Filho da
perdição”, 2 Ts 2.3; o “Anticristo”, 1 Jo 4.3; e o “Assolador”, Dn 9.27; Mt
24.15. É pessoa que corresponde à “ponta que tinha olhos” na visão de Daniel,
Dn 7.8,20,25.
c. A personalidade do Anticristo. Ele será
extremamente inteligente, motivo por que conquistará a admiração do mundo, Ap
13.2. Será o maior de todos os demagogos, pois seu governo será caracterizado
por uma boca para proferir grandes coisas, Ap 13.5; Dn 7.7,8,11,25. Terá muita
autoridade e poderio, Ap 13.2. Será um concentrado de todo o mal que tem havido
na terra. O ódio de Caim contra seu justo irmão (Gn 4.4,8), a ganância e
sagacidade de Balaão para seduzir a Israel (Nm 31.16) e a blasfêmia de Golias
contra Deus e seu exército (1 Sm 17.8,11), terão na pessoa do Anticristo a sua
personificação satânica.
d. A situação do mundo de profunda aflição e sem fé em Deus fará
com que o Anticristo seja recebido como a verdadeira solução para os problemas
mundiais.
Ele será a segurança personificada, a mão segura de que o mundo necessita. A
Bíblia nos revela o modo que ele usará para ser aceito pelos homens.
Meditemos
com atenção na profundidade satânica que a seguinte expressão bíblica nos
revela: “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais
e prodígios de mentira e com todo engano da injustiça para os que perecem...”,
1 Ts 2.9,10. O mundo deixar-se-á enganar e tomará voluntariamente o sinal da
Besta em suas testas e a adorará. Que profundidade de aflição.
3. O Falso Profeta, Ap 13.11,18. Satanás sabe que o Espírito
Santo, a terceira pessoa da Trindade, é que glorifica a Jesus, portanto dará ao
Anticristo também um cooperador que o glorifique, a fim de que seja bem aceito
pelo povo. Esse cooperador será o Falso Profeta.
a. O Falso Profeta será também um homem comum. A Bíblia
diz que João o viu “subir da terra” (Ap 13.11), o que significa que nascerá
como os demais homens (veja Dn 7.17). A Palavra de Deus também usa a respeito
do falso profeta um pronome pessoal (Ap 16.13) e diz que ele recebeu a mesma
preparação diabólica do Anticristo.
b. A missão do falso Profeta não é apresentar-se a si mesmo, mas,
apelando para o sentimento religioso dos homens, fazer com que eles adorem o
Anticristo. Por isso está escrito que ele tem chifres como os de um cordeiro,
mas fala como o dragão, Ap 13.13. Para impressionar os povos, o falso profeta
construirá uma grande imagem da Besta e ainda fará com que esta imagem fale, Ap
13.14,15.
c. O falso Profeta não somente procura enganar os homens, para que
adorem o Anticristo, mas introduz leis que obriguem todos os povos a adorá-lo. Obrigará
todos a aceitarem um sinal na mão ou na testa, como testemunho de que aceitam o
Anticristo (Quem não tiver esse sinal não poderá vender nem comprar, Ap
13.16,17; 14.9), e fará morrer os que não adorarem a imagem da Besta.
4. O governo dessa trindade satânica fará os homens sofrer
horrores.
A propaganda, no regime de lavagem cerebral, fará o povo aceitar unanimemente
todas as leis e as orientações do Anticristo; os homens, de certo modo,
tornar-se-ão endemoninhados, Mt 12.45. No entanto, a Noiva de Cristo, a Igreja,
já terá sido tirada da terra nessa época, o que significa que não haverá mais
impedimento para a operação do mal. O mundo se tornará um campo de combate de
demônios. A anarquia será total. Ai da terra, quando o senhor que ela escolheu
dominar sobre ela!
D. O QUE VAI
ACONTECER DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. A Grande Tribulação é caracterizada por um tempo de grande
affição sobre os homens.
2. A Palavra de Deus mostra que então haverá grandes catástrofes e
calamidades no mundo. Quando os juízos de Deus sobrevieram a Faraó, houve vários tipos
de praga pela própria natureza, Êx 8.10. Assim haverá na Grande Tribulação:
terremotos, trovões, sinais no sol, na lua e nas estrelas, etc., coisas que
trarão sobre o mundo aflições ainda não conhecidas, Ap 6.12,15; 8.5;
11.12,13,19. Tudo isto dará origem a carestia, pobreza e fome sobre o mundo, Ap
6.5,6.
3. A Palavra de Deus mostra que a Grande Tribulação também será
caracterizada por grandes sofrimentos através de guerras e armas tremendas. Vemos o
cavalo vermelho — a guerra — apresentar-se (Ap 6.4), acompanhado pelo cavalo
amarelo, a morte, Ap 6.8. Cavaleiros munidos de armas tremendas aparecerão como
gafanhotos espalhando morte e sofrimento onde chegarem, Ap 9.3,12. Lendo com
atenção as visões proféticas de João sobre isto, parece que ele viu as bombas
atômicas e de hidrogênio em ação, pois o modo como descreve as manifestações
coincide com o que acontece numa explosão nuclear. Ele escreve: “... houve
saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra e foi queimada a
sua terça parte...”, Ap 8.7; “... foi lançado no mar como um grande monte
ardendo em fogo...”, Ap 8.8; “Viu uma grande estrela ardendo como uma tocha e
caiu sobre a terra e muitos homens morreram nas águas...”, Ap 8. 10,11.
Ele viu,
ainda,. cavalos em número de duzentos milhões e “... as cabeças dos cavalos
eram como cabeças de leões e de suas bocas saía fogo e enxofre...” (Ap 9.16,17),
referindo-se certamente às terríveis armas e carros de combate que hão de
aparecer. Os demônios sairão para congregar os povos para o grande combate, Ap
16.12,14. Quanto sofrimento haverá sobre o mundo!
4. Na Grande Tribulação haverá perseguição religiosa como nunca
antes.
O Anticristo e o falso Profeta juraram combater a Deus. Este já era o propósito
de Satanás quando foi derrubado, Is 14.13, 14; Ez 28.2,6. O Anticristo se
assentará no templo de Jerusalém, dizendo-se Deus, 2 Ts 2.4. E receberá adoração,
Ap 13.12. Com todos os meios ao seu alcance fará guerra a Deus, Ap 3.6; Dn
7.25; 11.36.
5. O Anticristo, por intermédio do falso Profeta, enganará os
homens.
Haverá um caos e um fracasso total da doutrina, 2 Ts 2.3. O falso Profeta
engodará os sentimentos religiosos da humanidade, para adorar o Anticristo, Ap
13.14, por estar revestido de poder de mentira e de engano (2 Ts 2.10,11), para
realizar milagres e sinais de mentira, com o fim de levar à prática do mal,
aqueles que não encheram seus corações de amor à verdade, Ap 13.14,15. As
massas o acompanharão.
6. O Falso Profeta obrigará os homens a tomarem sobre si o sinal
da Besta,
que possivelmente será um carimbo especial no cartão de identidade ou na
carteira profissional. E os homens estarão de tal modo condicionados pelo falso
Profeta, que aceitarão de boa vontade esse sinal, Ap 13.16. Essa identificação
significará uma total e permanente sujeição ao Anticristo. A Palavra de Deus
adverte severamente os homens dos castigos terríveis que reserva para os que
aceitarem o sinal da Besta, Ap 14.9,12. Mas a Bíblia nos informa que, apesar
das ameaças, a quase totalidade dos homens aceitará tal sinal, Ap 13.8. Os
homens ficarão como que endemoninhados, Mt 12.45.
7. Depois começará uma guerra contra todos que não aceitaram o
sinal da Besta. A Bíblia revela que grandes multidões, por causa do nome de
Jesus, recusarão esse sinal. Contra estes o Anticristo fará uma campanha de
destruição total, e os vencerá (Ap 13.7), isto é, os matará, Ap 13.15; Dn
7.21,25; 8.24. Ele tentará extinguir da terra a Palavra de Deus (Am 8.11,12),
mas, apesar de toda essa pressão oficial, muitos não terão amor à sua vida,
resistindo ao Anticristo até o fim, Ap 12.11. Nisto estará a vitória deles:
seus nomes estão no livro da Vida, Ap 13.8; Dn 12.1. Embora sejam mortos pela
Besta, sairão vitoriosos sobre ela, Ap 15.2.
8. Surge então a pergunta: Alguém será salvo na Grande Tribulação? Se a
pergunta fosse:
Haverá
salvação após a morte? Então a resposta seria clara e definitiva: “NÃO, DE
MANEIRA NENHUMA!” Somente sobre a terra Jesus perdoa pecados, Mc 2.10. No além
não haverá possibilidade de modificação, Lc 16.26. Mas quando tratamos da
possibilidade de alguém ser salvo durante a Grande Tribulação, devemos concluir
que o dia da graça não termina com o arrebatamento da Igreja, mas com o fim da
Grande Tribulação. Lemos em Ap 6.9,11 acerca dos mártires sob o altar, que
morreram por amor à palavra de seu testemunho!
Esses
morreram durante a Grande Tribulação, pois de outra maneira teriam ressuscitado
na vinda de Jesus. Lemos, em Ap 7.11,14, acerca da multidão que veio da Grande
Tribulação, e cujas vestes foram branqueadas no sangue do Cordeiro. Em Ap 20.4
lemos acerca daqueles que, durante a Grande Tribulação, recusaram tomar sobre
si o sinal da Besta, por causa do testemunho de Jesus, e que por isso foram
mortos.
Agora, no
fim desse período, ressuscitarão e poderão reinar com Cristo por mil anos. As
promessas de Deus e o poder do sangue de Jesus não se alteraram! Quem invocar o
nome do Senhor será salvo! Mas o preço será a morte! Por isso está escrito em
Ap 6.11 que o número dos mártires ainda não está completo.
Os que hoje
aceitam Jesus, poderão subir com Ele em sua vinda. Mas os que não o fizerem
hoje, correm o grave perigo de se contaminarem com as massas e, ainda que
resistam ao Diabo, serão mortos! Por isso o dia da salvação é hoje.
9. A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do
Anticristo. A base política de seu regime será uma aliança de 10 nações, nos
limites do antigo Império Romano. Na profecia de Daniel, lemos acerca dos dedos
dos pés da grande estátua que representa a base da política do governo dos
últimos dias. Governo que será vencido pela pedra atirada sem mãos, Dn 2.41,45.
A mesma
profecia está representada numa outra figura, a da Besta com 10 chifres. Estes
chifres representam 10 reis que se levantarão contra o Deus Todo-Poderoso, mas
que serão por Ele vencidos, Dn 7.7,8,19,27. Quando comparamos estas profecias
com as palavras de Ap 13.1,2 e 17.11,13, vemos sempre a mesma coisa, isto é,
uma aliança de 10 reis, sob o domínio final do Anticristo.
Haverá
armamento em qualidade e em quantidade como nunca antes. Está escrito:
“Quem poderá
batalhar contra a Besta?”, Ap 13.4. Isto nos dá a entender que haverá outros
blocos políticos. Temos a aliança dos países do norte, onde governará o
príncipe de Gogue e Magogue, Is 38.2.
As palavras
Meseque e Tubal são nomes que se referem à Rússia, com a qual muitas nações
estarão em aliança, Ez 38.5,7,9,22. Temos ainda o bloco dos “reis do Oriente”
(Ap 16.12), que já em nossos dias é uma potência mundial de primeira ordem. Ai
do mundo! Esses blocos, durante o tenebroso reinado do Anticristo, se
defrontarão em combate num banho de sangue como nunca houve antes.
E. OS
SOFRIMENTOS DE ISRAEL DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO.
1. Quando o Anticristo se manifestar, fará aliança com Israel por
sete anos, Dn 9.27. Será certamente um pacto de não-agressão, que dará a Israel
inteira liberdade de construir o Templo e de adorar a Deus. É terrível observar
como Israel que primeiro rejeitou o Messias, o Salvador (Jo 1.11), agora recebe
o Anticristo e faz aliança com ele, Jo 5.43. Deixar-se-ão enganar por causa da
aparente tranqüilidade existente, Dn 8.25. Quanto sofrerão os judeus por causa
dessa aliança! Pagarão caro por terem feito um pacto com o Diabo!
2. Após 3 anos e meio, o Anticristo romperá a aliança com os
judeus, Dn 9.27. Ele atacará Jerusalém e tomará o Templo e o profanará, 2 Ts
2,3,4; Dn 8.13. O próprio Jesus predisse esse acontecimento, Mt 24.15,24. Os
judeus serão proibidos de realizar seus cultos.
3. Quando Jesus fala desses acontecimentos, aconselha os judeus a
fugir para as montanhas, Mt 24.16. As profecias têm muito a dizer acerca dessa fuga. Ela
está revelada também em Ap 12, onde vemos o Dragão perseguindo a mulher cujo
vestido era o sol e em cujos pés estava a lua, e que tinha estrelas em sua
coroa, Ap 12.1. Segundo Gn 37.9,11, esta mulher parece ser Israel, ali
representado pelo sol e pela lua e pelas estrelas. Ademais, Israel é muitas
vezes representado por uma mulher, Is 54.1,6; Jr 3.1,14; Os 2.14,23.
Ela fugirá
para um lugar que Deus lhe preparou, Ap 12.6. Deus, que cuidou do povo de
Israel durante a jornada de 40 anos através do deserto, também o socorrerá
quando fugir do Anticristo. Em Is 16.1,9 lemos acerca da fuga por causa do
“destruidor”, do “homem violento” e do “opressor”. Certamente esta profecia
descreve a fuga de Israel por causa do Anticristo. Vemos que Israel fugirá para
Moabe, Is 16.4. Em Dn 11.40,41. Nem Moabe nem Edom serão conquistados pelo
Anticristo, porque ele ouvirá um rumor longe que o atrairá para outras
batalhas, Dn 11.44. Em Sl 60.8,11, está escrito que sobre Edom “lançarei o meu
sapato”, uma expressão que traduz posse e domínio (ver Rute 4.7,9).
Parece-nos
que Deus não deixou o Anticristo apossar-se desse lugar, porque deverá servir
de refúgio aos judeus, Ap 12.6. Edom e Moabe correspondem• a atual Jordânia. Jesus
disse aos judeus que deveriam fugir para os montes (Mt 24.16) e em Ap 12.6
lemos que a mulher fugiu para o deserto. Este lugar, do qual a Bíblia fala em
Is 16.1,4 é uma terra seca e montanhosa. Talvez ali se localizem as “câmaras”
para as quais os judeus fugirão, enquanto a ira de Deus varrer a terra, Is
26.20.
4. O Anticristo reunirá todos os exércitos da terra para a batalha
em Armagedom. Os demônios incitarão os homens a desejarem a guerra, Ap
16.13,14. Armagedom é o mesmo campo de batalha de Megido, Zc 12.11. Naquele
vale, muitas batalhas já se realizaram através dos tempos. O povo de Israel é
como uma pedra de tropeço e de escândalo para todos os povos, Zc 12.2,3. Os
homens se ajuntarão para o destruir.
A terça
parte dos judeus morrerá (Zc 13.8), as mulheres serão desonradas e profanadas
(Zc 14.2) e muitos do povo serão levados cativos. A cidade de Jerusalém estará
perto de ser destruída. Em Armagedom a batalha será extremamente sangrenta e o
sangue dos mortos será tanto que encherá o vale até à boca dos cavalos, Ap
14.20. Quanto sofrimento!
Livro:- A Doutrina das Ultimas Coisas = Eurico Bergstén
A GRANDE
TRIBULAÇÃO
TEXTO ÁUREO = “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se
levanta pelos Filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca
houve, desde que houve nação até aquele tempo” (Dn 12.1).
VERDADE PRÁTICA = A Grande
Tribulação é um fato real do qual ninguém pode escapar, senão dentro da Arca, a
Igreja, que será arrebatada por Cristo.
LEITURA EM
CLASSE = DANIEL 7.24-26
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
estudamos acerca da profecia das setenta semanas de Daniel, e vimos que a
última, ou seja, a septuagésima, corresponde ao período da Grande Tribulação,
que se iniciará com a entrada do Anticristo no cenário mundial (Dn 9.27). Este
será o tema da presente lição.
1. QUE
SIGNIFICA A GRANDE TRIBULAÇÃO?
A Grande
Tribulação será um período de sofrimento de grandes proporções. Daniel
escreveu: “E haverá um tempo de angústia qual nunca houve desde que houve nação
até aquele tempo” (Dn 12.1). Palavras semelhantes foram proferidas por Jesus em
seu sermão escatológico (Mt 24.21).
Os
diferentes nomes que a Bíblia usa para descrever este período, mostram que
serão tempos muito difíceis.
1. A Bíblia fala deste período chamando-o de “tempo de angústia
para Jacó” (Jr 30.7). Os homens desmaiarão de tenor pela expectação das coisas que
sobrevirão ao mundo (Lc 21.26). O profeta Sofonias diz: “Aquele dia é um dia de
indignação, dia de angústia e dc ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de
trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas” (Sf1.15).
2. A Grande Tribulação é chamada a “ira futura” (1 Ts 1.10). A ira de
Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens se manifestará desde os céus
(Rm 1.8). isto aconteceu nos dias de Noé, quando a ira de Deus se derramou
sobre a Terra sob a forma de um dilúvio (Gn 6.13). Em Gênesis 15.16, a Bíblia
fala da medida de injustiça dos amorreus que ainda não estava cheia. Compare
com Deuteronômio 9.4,5. Assim também acontecerá na Grande Tribulação. Quando a
medida dos pecados deste mundo estiver cheia, ele viverá o “grande dia da ira
do Cordeiro” (Ap 6.16,17). O Senhor mesmo pisará o lagar do vinho do furor e da
ira do Deus Todo-Poderoso (Ap 19.15).
3. A Grande Tribulação é chamada “o dia da vingança” (Is 63.1-4). Quando
Jesus visitou a sinagoga de Nazaré, foi-lhe dado o livro do profeta Isaías para
que lesse (Lc 4.14-21): “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o
Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os
contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão
aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor...”. Interrompeu a leitura
neste ponto, e disse que naquele dia aquela escritura havia-se cumprido perante
as pessoas que o ouviam, O Filho de Deus havia deixado de ler o final do
versículo 2, que diz: “e o dia da vingança de nosso Deus” (Is 61.2). Jesus proclamou
o “dia aceitável do Senhor”, que ainda está em vigor. O “dia da vingança do
nosso Deus” só se sucederá na Grande Tribulação.
No “dia da
vingança do nosso Deus”, o mundo será entregue ao “Senhor” que ele escolheu,
uma vez que os povos rejeitaram a Cristo e a sua Palavra. Na Grande Tribulação,
a força de Satanás triunfará sobre o mundo, e resultará a maior catástrofe de
todos os tempos.
4.0 que
provocará a tremenda angústia, na Grande Tribulação?
a) O governo
mundial do Anticristo com a eficácia e poder de Satanás (1 Is 2.9).
b) A
execução dos castigos de Deus em três séries distintas: a abertura dos sete
selos (Ap 6.1-17, 8.1-5); o soar das sete trombetas (Ap 8.6-21,9.15-18); o
derramar das sete taças da ira de Deus (Ap 16.1-21).
5. Quando
terá início a Grande Tribulação? Este tempo iniciar-se- á logo depois do
Arrebatamento da Igreja. A Bíblia diz que “o mistério da injustiça opera,
somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado” (2 Ts 2.7). O que
se opõe ao aparecimento do Anticristo é a Igreja do Senhor, morada de Deus em
Espírito (Ef 2.22; 1 Jo 3.24; 4. 13,16). Quando este “impedimento” for tirado,
então será revelado o iníquo (2 Ts 2.8).
6. A Igreja do Senhor não estará no mundo, na Grande Tribulação.
a) É uma promessa de Jesus! “Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts
1.10); “Sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm
5.9); “Nós não fomos destinados à ira, mas à aquisição da salvação por nosso
Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.9). E, ao dirigir-se à igreja de Filadélfia, disse
o Filho de Deus: “Como guardaste a minha palavra, eu também te guardarei da
hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10).
b) A Igreja estará nas Bodas do Cordeiro (Ap 19.9). Acompanhará
Jesus, quando Ele vier em glória, para dar um fim à Grande Tribulação e vencer
o Anticristo (Ap 19.11-14).
II. O
GOVERNO MUNDIAL DO ANTICRISTO
1. A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do
Anticristo. O Anticristo será um homem comum, nascido de mulher. Mas será revestido
de poder satânico, e terá uma capacitação demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4),
de modo que exercerá poderosa influência sobre toda a humanidade. Ele é chamado
na Bíblia de a Besta (Ap 13.1), o Homem do pecado e filho da perdição (2 Ts
2.3), assolador (Dn 9.27), designações que bem retratam o seu caráter.
O Anticristo
terá um auxiliar, o Falso Profeta, e este também será revestido do mesmo poder
demoníaco (Ap 13.12). Estará, assim, formada a “trindade satânica”: Satanás (o
Antipai), a Besta (o Antifilho ou Anticristo), e o Falso profeta (o
Antiespírito).
O Falso
Profeta, ao apelar para o sentimento religioso do povo, fará com que os homens
adorem o Anticristo. Esta adoração se tornará obrigatória. O sinal da Besta, na
mão ou na testa, será a evidência da aceitação desta adoração. E sem este sinal
não será possível comprar nem vender qualquer coisa (Ap 13.16,17, 14.9). Os que
não adorarem a Besta, serão mortos (Ap 13.15). A Bíblia fala das almas debaixo
do altar de Deus, dos que foram mortos por amor à Palavra e por causa do
testemunho que deram (Ap 6.9). Estes foram vitoriosos, pois deram as suas vidas
em prol do Evangelho de Cristo (Ap 12.11).
2. Israel durante a Grande Tribulação. Israel
fará concerto com o Anticristo por sete anos (Do 9.27). Talvez, o pacto tenha
como objetivo a garantia da liberdade de construir o Templo e cultuar a Deus.
Os judeus que rejeitaram a Jesus (Jo 1.1 1), agora, aceitam o Anticristo (Jo
5.43)!
Depois de
três anos e meio, o Anticristo romperá o concerto. Ele profanará o Templo, ao
assentar-se nele para ser adorado como Deus (2 Ts 2.4). Israel não aceitará a
imposição de adorar a outro, senão Jeová. Ele, então, perseguirá duramente os
judeus. Os sofrimentos serão tremendos. Jesus, ao falar destes acontecimentos,
aconselha os descendentes de Jacó a fugirem para as montanhas (Ml 24.16). Esta
fuga está profeticamente descrita em Apocalipse 12 cem [saías 16.1-4.
III. OS CASTIGOS DE DEUS DERRAMADOS DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. Abertura dos sete selos (Ap 6.1.17; 8.1-5). Aberto o
primeiro seio, apareceu um cavalo branco, e aquele que se assentava sobre ele
tinha um arco e uma coroa, e saiu vitorioso para vencer. Aqui se trata do
Anticristo com a sua falsa paz. Surgiram, sucessivamente, ao abrirem-se os
selos seguintes: um cavalo vermelho, acompanhado de grande matança; um cavalo
preto, acompanhado de fome e privação; um cavalo amarelo, acompanhado da morte
e com o poder para matar a quarta parte dos habitantes da Terra. Ao ser aberto
o quinto selo, João viu as almas dos que foram mortos, por se recusarem a
adorar o Anticristo. A abertura do sexto selo trouxe um grande terremoto e
muitos sinais no céu, de modo que reis, servos e poderosos se esconderam e
pediram aos montes que os ocultassem da ira do Cordeiro.
2. O soar das sete trombetas (Ap 8.6-13; 9.1-21; 11.15-19).
Quando o
primeiro anjo tocou a sua trombeta, veio saraiva e fogo misturados com sangue
que, lançados sobre a Terra, queimaram a terça parte das árvores e da erva
verde. Ao ser tocada a segunda trombeta, foi lançado ao mar algo semelhante a
um grande monte ardendo em fogo, e morreu a terça parte das criaturas que
tinham vida nos oceanos, e perdeu-se a terça parte das naus. Tocada a terceira
trombeta, caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e muitos
homens morreram, porque as águas se tornaram amargas. Ao soar a quarta
trombeta, houve alterações no Sol, na Lua e nas estrelas. Ao serem tocadas a
quinta e a sexta trombeta, abriu-se o poço do abismo, e uma manifestação de
demônios, sob a forma de gafanhotos, passou a atormentar os homens. Ao tocar da
sétima trombeta, João viu uma poderosa manifestação celestial de adoração e
louvor ao Senhor Deus, Todo-Poderoso (Ap 11.15-19).
3. O derramamento das sete taças da ira de Deus (Ap 16.1-21). Ao ser
derramada a primeira taça, aqueles que adoravam a Besta foram acometidos de uma
chaga maligna. A segunda taça foi derramada no mar, e matou toda alma vivente
que havia nos oceanos. A terceira taça foi derramada nos rios e nas fontes de
água, e se tornaram em sangue. A quarta taça foi derramada sobre o Sol, que
passou a abrasar os homens. A quinta taça foi derramada sobre o trono da Besta,
e causou dores tremendas. A sexta taça foi derramada sobre o rio Eufrates que
se secou, e apareceram três espíritos imundos semelhantes a rãs, capazes de
fazer prodígios, a fim de congregar os reis de todo mundo para a batalha final,
em Armagedom (Ap 16.16). A sétima taça foi lançada no ar, e seguiu-se o mais
intenso terremoto que jamais houve na face da Terra.
CONCLUSÃO
Israel foi o
alvo principal da hostilidade do Anticristo, por ter-lhe feito oposição. Por
isso, muitos se ajuntarão contra os judeus em Armagedom. Mas de Deus virá o
grande livramento. Veremos isto na próxima lição.
Lições
bíblicas CPAD 1995
Passará a Igreja pela Grande
Tribulação?
TEXTO
ÁUREO = “Como
guardaste a palavra da minha, paciência, também eu te guardarei da hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na
terra”, Ap 3.10.
VERDADE
PRATICA = Os justos
podem ser alvos da ira de Satanás porém jamais o são da ira de Deus.
LEITURA EM CLASSE = At 15.14-18; Lc 2l25-36; Ap 11.15-19
INTRODUÇÃO
Esta lição trata da Grande Tribulação,
a respeito da qual Jesus falou no seu importante sermão profético (Mt 24.21; Ap
2.22; 7.14). Essa “tribulação” será a maior de todas já experimentadas pelos
homens e ocorrerá no fim dos tempos, por ocasião da volta de Jesus. Pela
maneira como as coisas andam, todos sentimos que esse período está muito perto.
Trata-se de um período de sofrimento, angústia e aflição sem paralelo sobre a
terra entre o arrebatamento da Igreja e a manifestação de Jesus em glória. O
vocábulo “tribulação” no grego significa literalmente aperto, angústia,
aflição.
Na primeira conferência da Igreja em
Jerusalém (At 15), Tiago, citando profecias antigas, declarou que os gentios,
isto é, pessoas de todas as nações do mundo, fariam parte da Igreja. Hoje, ela
é composta quase exclusivamente de gentios. Muito poucos são judeus. À medida
que nos aproximamos do fim dos tempos, presenciamos uma turbulência e agitação
fora do comum no meio social, político, comercial e, também, espiritual. São
prenúncios do último capítulo da história da humanidade. Nessa guerra sem
tréguas estão em choque as forças de Cristo e as de Satanás. Essa batalha
tornar-se-á cada vez mais renhida e cada cristão é um soldado com tarefas
definidas a desempenhar na luta.
Tem havido muita especulação sobre a
ocasião e a maneira da vinda de Cristo. Até os crentes tessalonicenses
concluíram que, naquele tempo, Jesus já tivesse voltado, talvez no aspecto
espiritual. Paulo, porém, corrigiu essa distorção. Hoje precisamos fazer o
mesmo diante dos ensinos errados de que a Igreja passará pela Grande
Tribulação.
O assunto requer discernimento
espiritual, maturidade na doutrina, estudo meticuloso de textos proféticos
confrontados com outros semelhantes, a fim de que entendamos exatamente o que a
Palavra de Deus ensina, sem nada torcer.
1. O HOMEM DO PECADO, II Ts
2.3,4,9-12.
1. O
fraudulento “deus-homem”, O
mundo encaminha-se, rapidamente, para um governo mundial, correspondente aos 10
dedos dos pés da estátua de Nabucodonosor (Dn 2.41-43) e do animal espantoso,
de 10 chifres, descrito por Daniel (7.7-8). A personagem principal que surgirá
nesse cenário mundial será o Anticristo, o preposto de Satanás, o qual, desde
sua queda guerreia contra Deus e o seu povo. Numa demonstração de força, esse
homem diabólico conseguirá impor-se sobre três nações, antigamente integrantes
do Império Romano; depois controlará mais sete.
Desse núcleo de nações ele estenderá
seu poderio sobre todo o mundo, exercendo domínio político, comercial e
religioso (Dn 7.8,25; Ap 13.1-17). De todos os impérios surgidos neste mundo,
este será o mais despótico, o mais anti-Deus.
Muito astuto e, sabendo que o ser
humano é sempre propenso a adorar alguém ou a alguma coisa, isto é, pertencer a
uma religião, o Anticristo promulgará um movimento religioso em torno de sua
pessoa, sendo ele a própria encarnação da “divindade” do homem e da supremacia do
Estado, O promotor desse movimento religioso será outro elemento despótico que
surgirá nesse tempo, visto em Ap 13.11-18, chamado de Falso Profeta, em Ap
16.13. Será a maior fraude já praticada no mundo. Ler II Ts 2.3-9; Dn 11.35,36;
Mt 24.15.
O povo judeu, segundo Dn 9.27;
8.11-14; 11.31,32; 12.11; Zc 11.16,17; Jr 30.7; Mt 24.21, será muito visado
nesses dias. No princípio o Anticristo será tolerante com os judeus e com eles
fará uma ali4nça de sete anos, fato que dará a esse povo uma falsa sensação de
segurança. Mas depois descobrirão que esse indivíduo é um falso pastor. O
templo dos judeus será reconstruído, à luz de Mt 24.15; II Ts 2.4; Ap 11.1,2. É
notável que os judeus já estão voltando da Dispersão.
Após três anos e meio, repentinamente,
o Homem do Pecado romperá a aliança e iniciará o período chamado por Jeremias
de “tempo de angústia para Jacó”, (30.7). Os sacrifícios serão proscritos e os
últimos três anos e meio serão de guerra contra Israel (Dn 12.1,7; Ap 13.5,7).
O Filho da Perdição proferirá grandes blasfêmias contra Deus e exaltará sua
própria pessoa (Ap 13.6), chegando a assentar-se no templo como “deus”! (Dn
11.36; II Ts 2.4; Ap 13.8).
O
mundo gentílico também será enganado pelas doutrinas mentirosas de Satanás. (II Ts 2.9,10; Ap 13.13,14. O mundo
todo aclamará o Anticristo como o “salvador da pátria” em razão dos seus
fantásticos projetos. O Espírito Santo nos revelou o terrível estado de trevas,
terror e calamidade espiritual em que o mundo estará submerso nesses dias. É o
assunto de todo o livro do Apocalipse.
Deus permitirá que tal situação
perdure apenas por um tempo predeterminado. Nele, os juízos divinos do
Apocalipse serão derramados sobre os iníquos de todo mundo e, especialmente,
sobre a sede do governo do Anticristo. O livro do Apocalipse relata-os bem
piores-que as dez pragas enviadas ao Egito, nos dias de Moisés: São os sete
selos, as sete trombetas e os sete flagelos da ira de Deus lançados sobre um
mundo dominado por Satanás. Ao ser derramado o sétimo flagelo haverá cataclismos
devastadores.
II. 0 TRIUNFO DE CRISTO, Ap 11.15-19;
II Ts 2.8.
A derrota final das forças do
Anticristo ocorrerá na planície de Armagedom, um dos mais antigos campos de
batalha. Serão destruídas pelo poder de Deus, 11 Ts 2.8; Zc 12.1.8. Os exércitos
das nações impelidos por demônios somarão muitos milhões (Àp 16.14,16). Sua
destruição sobrenatural ocorrerá quando o Anticristo lançar seu ataque final
sobre Jerusalém para aniquilar o que restar dos judeus (Zc
14.2,12.16).Repentinamente Cristo aparecerá com poder e glória (Ap 19.11- 15).
Com ele virá um exército celestial composto de santos e de anjos (Jd 14; Zc
14.5; Ap 19.14; II Ts 1.7,8). O Anticristo e o falso profeta serão lançados
vivos no Lago de Fogo (Ap 19.20), quando então findará o período de sete anos
da aliança entre ele e Israel.
III. A IGREJA NÃO PASSARA PELA GRANDE
-TRIBULAÇÃO.
A Igreja não passará pela Grande Tribulação.
Lc 21.36; I Ts 1.10. Sabemos que, através dos séculos, o
povo de Deus tem sofrido perseguições por causa do Evangelho. Crísto mesmo
afirmou que, no mundo, teríamos aflições. Agora, todavia, trata-se da Grande
Tribulação que, em suma, é a ira de Deus derramada sobre as nações (Ap 6.15-17;
16.1). Os habitantes da terra, ou morrerão sob os juízos ou permanecerão na incredulidade
e rebelião contra Deus (Ap 16.9,11,21).
Lembremo-nos, outrossim que, nesses
dias, não haverá lugar nenhum em que os homens possam esconder-se dessas
catástrofes, Os justos poderão, agora, sofrer a ira do Diabo mas jamais serão
alvos da ira de Deus. “...Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a
salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.9).
1.
Ilustrações comparativas a respeito de livramentos. O papel da Igreja no fim dos tempos
é ser uma força que detenha, sob o Espírito Santo, “o espírito do Anticristo
que já está no mundo” (1 Jo 2.18-22; li Ts 2.6,7). Mas quando ela for
arrebatada, então o espírito do mal terá oportunidade de agir livremente.
Tirando.se o sal, a carne logo apodrece. A presença de Ló em Sodoma e Gomorra,
embora crente vacilante e bastante comprometido, restringiu a ação do anjo
destruidor (Gn 19.22).
Só depois que Noé e sua família
ficaram seguramente guardados dentro da arca Deus permitiu que o Dilúvio viesse
e exterminasse o resto dos homens. Os israelitas, em número de dois milhões,
nada sofreram por ocasião das 10 pragas enviadas ao Egito. Deus castigava os
egípcios e não ao seu povo, Israel!
2. O
ensino típico do Velho Testamento. O caso de Enoque é bastante claro. Ele foi arrebatado antes da “tribulação”
representada pelo Dilúvio (.Jd 14; Gn 5.24).
3. As
promessas às igrejas do Apocalipse. As cartas dirigidas as igrejas da Ásia são típicas dos vários
períodos históricos da Igreja. Filadélfia, sem dúvida representa a igreja fiel
nos dias do arrebatamento. A ela Jesus disse: “Porque guardaste a palavra da
minha paciência também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam, na terra” (Ap 3.10). Que podia ser
mais claro? Sim, Cristo arrebatará sua Igreja antes que a ira divina venha
sobre o mundo durante a Grande Tribulação.
4. A
comparação entre a trombeta de l Co 15.52 e a de Ap 10.7-13; 11.15-19. Tem surgido muita confusão a esse
respeito porque alguns pensam que essas trombetas são idênticas e procuram, com
isto, provar que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Um estudo mais
detalhado das passagens mostrará, no entanto, que não são semelhantes, A
trombeta de I Coríntios é instantânea; a de Apocalipse é de juízo prolongado,
relacionada com o “segredo de Deus”, com vasta amplitude de tempo. A trombeta
de 1 Coríntios executa apenas um ligeiro toque que desencadeará a primeira
ressurreição e o arrebatamento da igreja antes da Grande Tribulação.
5.
Condições necessárias para escapar-se da Grande Tribulação. Jesus ensinou aos discípulos em Lc
21.25-36 que as condições básicas do livramento da Grande Tribulação é:
a) Antes de tudo pertencer a ele e ser
um dos seus redimidos (v.28);
b) Viver na expectativa da sua vinda,
observando os seus sinais (v,3l);
c) Sermos cautelosos para não vivermos
e agirmos conforme o mundo (v34); e
d) Sermos vigilantes em todo o tempo
(v.36).
Lição
Bíblicas 1º. Trimestre 1979 - CPAD
A GRANDE
TRIBULAÇÃO
Texto Áureo = “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do
seu testemunho” (Ap 12.11).
VERDADE PRÁTICA = A Grande Tribulação retraia perfeitamente o
confronto entre o bem e o mal e a vitória final de Cristo.
Leitura
Biblica = Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14; 12:1-12
INTRODUÇÃO
É o povo de Israel
a razão mais evidente da Grande Tribulação. Ele é o alvo principal por causa
das suas relações com o plano redentor de Deus para com a humanidade. Israel
foi escolhido para representar os interesses divinos na Terra. Mas,
lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, houve a mudança no plano
divino. Sua desobediência, prevaricação e idolatria serão castigadas nesse
período. No entanto, o propósito de Deus não é só o de castigar Israel, mas
também o de mostrar sua fidelidade e amor para com o Seu povo.
I. A MULHER VESTIDA DE SOL (Ap 12.1,2)
Depois dos
vários eventos catastróficos efetivados pela abertura dos sete selos e das sete
trombetas, surge um intervalo com uma série de visões e, então, haverá o
derramamento das sete taças de pragas sobre a Terra. Três personagens são
destacados no capítulo 12 de Apocalipse: a mulher vestida de sol, o grande
dragão vermelho e o filho varão.
1. Quem é a mulher vestida de sol? Há várias
interpretações acerca dessa mulher e o que ela representa. Segundo a linha de
interpretação que adotamos entendemos que ela não representa a Igreja de
Cristo, uma vez que esta estará no céu com Cristo. Também a mulher não
representa a Igreja do Antigo Testamento, nem tampouco representa Maria, a mãe
humana de Jesus. Indiscutivelmente, representa o povo de Israel.
2. Os símbolos da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o
sol, a lua e 12 estrelas — estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr
31.35,36; is 10.12-14; Jz 5.20; SI 89.35-37).
II. O GRANDE DRAGÃO VERMELHO (Ap 12.3,4)
1. Quem é o grande dragão vermelho. Representa
Satanás (Ap 12.9). Essa criatura animalesca e vermelha é a figura do poder do
mal e da destruição que virá sobre a nação israelita naqueles dias. O vermelho
indica o seu poder sanguinário objetivando matar especialmente a mulher e seu
filho.
2. O poder do dragão. Um detalhe especial desse dragão são as
sete cabeças e dez chifres, além de sete coroas sobre essas cabeças (Ap 12.3).
As mesmas características desse dragão aparecem sobre a Besta nos capítulos 13
e 17 de Apocalipse. Os poderes que a Besta (Anticristo) demonstrará nos dias da
Grande Tribulação serão advindos de Satanás. As sete cabeças e os diademas
sobre elas simbolizam os grandes remos e os poderes desses remos.
Satanás
usará de toda a sua força para destruir Israel naqueles dias. Ele é o dragão
vermelho que se lançará contra o povo de Deus representado pela mulher.
3. Que representam as estrelas do céu? (Ap 12). Alguns
intérpretes afirmam que serão homens proeminentes do mundo que se levantarão
contra Israel para destruí-lo da face da Terra. Porém, a interpretação mais
aceitável indica que se trata de demônios sob a égide de Satanás, os quais, lançados
sobre o mundo, promoverão grande desordem moral, social e espiritual no seio da
humanidade.
III. O FILHO VARÃO (Ap 12.5)
1. Quem é o filho varão. Os intérpretes divergem aqui. Há os que
afirmam se tratar da Igreja, equivocadamente. Outros entendem que se trata dos
mártires da Grande Tribulação, e outros afirmam que esse filho varão representa
o remanescente judeu de então.
2. Jesus, o mais evidente. A interpretação mais aceitável diz que esse
filho varão representa Jesus, uma vez que somente Ele, o Messias, “regerá as
nações com vara de ferro”. O Salmo 2 é messiânico e se constitui num rico
contexto profético no cumprimento da profecia de Apocalipse 12.5.
Israel representa a mulher, e o filho varão
representa Jesus. Ele nasceu de mulher israelita. Por isso, quando o texto diz
que a mulher (Israel) deu à luz um filho varão, está, na realidade, falando do
nascimento humano de Jesus.
Quando fala
que o “filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”, refere-se à ascensão
vitoriosa de Cristo depois da Sua ressurreição. Há um paralelo entre Ap 12 e
Miquéias 5, que identifica a mulher como a nação israelita. Mq 5.2 fala sobre o
nascimento dAquele que seria o Senhor em Israel, o Messias. Entretanto, por
causa da rejeição deste governante (o Messias) na Sua primeira vinda, a nação
foi posta de lado.
O texto de
Mq 5.3 declara assim: “os entregará até ao tempo em que a que está de parto
tiver dado à luz”, indicando que a nação estará com dores de parto até ao tempo
de dar à luz o filho. Também, em Rm 9.4,5 o apóstolo Paulo fala dos israelitas
e declara que Cristo veio de Israel, segundo a carne.
3. A tentativa inútil do grande dragão contra o filho varão. Satanás, o
grande dragão vermelho não conseguirá alcançar o filho varão porque ele foi
arrebatado para o seu trono. O filho varão de Israel, arrebatado do poder de
Satanás, um dia descerá em grande pompa sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.1-9)
e, então, tomará as rédeas do governo mundial sob o poder do Diabo, o
Anticristo e o Falso Profeta.
Na vinda poderosa
do filho, o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago de Fogo (Ap
19.19,20). No mesmo ímpeto da gloriosa vinda do filho varão, o grande dragão,
que é Satanás, será amarrado e lançado no Poço do Abismo (Ap 12.7-9; 20.1-3).
IV. A FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Ap 12.6)
1. O deserto (Ap 12.6). Não se refere aqui especificamente a um
lugar geográfico, mas metafórico. Nas terras do Oriente Médio o deserto é o
lugar mais apropriado para fugitivos.
A mulher
representa a nação de Israel, depois de perseguida pelo grande dragão vermelho,
que foge para um lugar de refúgio no deserto, para escapar à fúria do dragão, o
Diabo.
2. O período do refúgio (Ap 12.6). As pressões
sobre Israel serão enormes naquele período, mas o grupo fiel encontrará refúgio
por 1.260 dias. No calendário judaico de 360 dias, os 1.260 dias equivalem à
metade da semana profética de Daniel 9.27, ou seja, três anos e meio. Essa
mesma cifra de 1.260 dias equivale a outras cifras tais como quarenta e dois
meses, ou “um tempo, tempos e a metade de um tempo”.
Essa
diferença de linguagem não muda o sentido real da profecia, porque a cifra é a
mesma. É exatamente o período mais terrível que sobrevirá sobre Israel na sua
terra.
3. O remanescente judeu (Ap 12.17). No período
final da Grande Tribulação, o remanescente judeu, constituído de israelitas
fiéis ao antigo pacto, não se submeterá ao sistema do Anticristo, que é a Besta
que subiu do mar de Ap 13.1,2, e terá de fugir para o deserto (Ap 12.17). É,
sem dúvida, o remanescente judeu salvo na Grande Tribulação.
V. UMA BATALHA ANGELICAL NO CÉU (Ap 12.7-9)
1. O arcanjo Miguel. Nessa batalha os anjos de Deus sob o comando
do arcanjo Miguel, o protetor dos filhos de Israel, abatem completamente os
anjos caídos sob o comando de Satanás, o grande dragão vermelho. É interessante
notar que Miguel está ligado ao destino do povo de Israel (Dn 12.1). Ele é o
guardião dos interesses divinos para com Israel, conforme vemos em Dn 10.13,21;
Jd 9.
2. Satanás, o dragão vermelho. Nessa batalha vemos o esforço de
Satanás para neutralizar o plano vindicativo de Deus através dos anjos na
história do mundo e, especialmente, quanto a Israel. E um conflito entre o bem
e o mal. Satanás é o grande dragão vermelho que, mais uma vez investe contra o
poder de Deus representado pelo arcanjo Miguel e seus anjos. Mas o dragão é
derrotado fragorosamente e expulso do céu. Os seus domínios foram desfeitos.
3. A vitória do bem sobre o mal. Na visão de João, o dragão quis
devorar o filho varão da mulher, mas foi impedido por uma força maior, uma
milícia superior a dele. Essa batalha indica que os poderes de Satanás foram
reduzidos, e o mundo começa a se preparar para receber o Messias. Aprendemos
aqui que o direito sempre terá de triunfar sobre o erro, o bem sobre o mal, a
verdade sobre a mentira. As vantagens de Satanás foram anuladas para que a
vitória do povo de Deus prevalecesse no mundo. No texto de Ap 12.9, o dragão
vermelho é definido como “o acusador” (Diabo), a antiga serpente”.
CONCLUSÃO
Depois da
vitória de Miguel e seus anjos contra o dragão e seus aliados (demônios), diz a
Bíblia que houve regozijo e alegria no céu (Ap 12.10). Esta alegria resulta do
fato que a Grande Tribulação findará para Israel e para o mundo, quando Cristo
voltar gloriosamente.
Lições
bíblicas CPAD 1998
A GRANDE
TRIBULAÇAO
Mt 24.21: “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o
princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.
Começando
com 24.15, Jesus trata de sinais
especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande
aflição”, de 24.21, e “grande
tribulação”, de Ap 7.14, são
idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito
próximo (24.15-29). São sinais
conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf.Ap 19.11—20.4).
O maior
desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e
visível, que adverte os fiéis Vivos durante a grande tribulação de que a vinda
de Cristo à terra está prestes a ocorrer.
Esse
sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo
judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27 nota; 1 Jo 2.18; o Anticristo, também chamado o homem
do pecado colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele
mesmo Deus (2 Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
Seguem-Se fatos salientes a respeito desse evento crítico.
(1) A
“abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que
culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21 ,29,30; ver Dn 9.27;Ap 19.11-21).
(2) Se os
santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois,
virdes”, 24.15), poderão saber com
bastante aproximação quando terminará atribulação, época em que Cristo voltará
à terra (ver 24.33 nota), o decurso
de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas
Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7).
Por causa da
grande expectativa da volta de Cristo (24.33),
OS santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que
Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será
visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).
Outro sinal
que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás,
farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) Jesus
admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses
profetas, mestres e pregadores que se declaram cristãos sendo falsos, porém
apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter
grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a
verdade da Palavra de Deus (ver 7.22 ).
(2) Noutra
parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua
nos mestres, líderes e pregadores (ver 1
Jo 4.1). Deus permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os
crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade àS Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias difíceis, pois
Jesus declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão
generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes
dedicados discernem entre a verdade e o erro (ver 1 Tm 4.16; Tg 1.21 ).
(3) Quem
entre o povo de Deus não amar a verdade será enganado. Não terá mais
oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do
Anticristo (ver 2 Ts 2.11 nota).
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível
sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
(1) Será de
âmbito mundial (ver Ap 3.10).
(2) Será o
pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21).
(3) Será um
tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).
(4) O
período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12).
(5) Os fiéis
da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da
tribulação (ver Le 21.36; 1 Ts 5.8-10;
Ap 3.10).
(6) Durante
o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em Jesus Cristo
e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap
7.9-17; 14.6,7).
(7) Será um
tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos
permanecerem fiéis a Deus (Ap 12.17;
13.15).
(8) Será um
tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1 Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).
(9) A
declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe
a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece
indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a
totalidade da raça humana seria destruída.
(10) A
grande tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o
livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap
19.11-21).
(11) Não
devemos confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com
a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44
(ver notas sobre estes versículos, que tratam da vinda de Jesus, na sua fase do
arrebatamento dos crentes), a qual ocorrerá num momento diferente do da sua
volta final, no fim da tribulação.
(12) O
trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete
anos de duração é encontrado em Ap 6—18.
Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bíblia de
Estudo Pentecostal
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