MILÊNIO UM
TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA
“Bem-aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem
poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com
ele mil anos” (Ap 2 0.6).
A tragédia
do pecado transtornou toda a ordem que reinava no planeta. O homem, criado à
“imagem de Deus”, perdeu a glória que o Criador imprimiu em sua estrutura
espiritual, emocional e física. O resultado foi a doença, o envelhecimento e a
morte, no aspecto físico (On 3.19).
O homem
conheceu a morte espiritual, ou seja, a separação de Deus, e se torna morto “em
ofensas e pecados” (Ef 2.5; Gn 2.17). E conheceu o mais terrível inimigo3
depois de Satanás — a morte física (1 Co 15.26; Rm 5.12). Suas estruturas, seus
nervos, suas células, seus tecidos, seu corpo todo e sua mente sofreram o
impacto violento de mudanças radicais. Sua energia vital foi reduzida a um
nível tão baixo, que, hoje, um vírus ou um micróbio pode levá-lo à morte
física.
Basta que o
cérebro fique privado de oxigênio durante dois ou três minutos para que
sobrevenha a morte, ou, no mínimo, lesões irreparáveis. A morte física, consequência do pecado, foi um
preço alto demais pelo conhecimento do pecado. Doenças, dor, separação,
lágrimas, tristezas, angústias, tudo por causa de um gesto, um ato, uma ação de
desobediência ao Criador, que avisou ao homem que não comesse da árvore
proibida: “Certamente morrerás”.
O planeta
Terra, que seria um “paraíso global” para o habitat do homem, sofreu a maldição
de Deus. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transformadas.
Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois passou a germinar
cardos e espinhos.
Isso, sem
dúvida, refere-se a tudo que, na natureza, prejudica o homem. Este se serve da
terra, mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga
utilizar os instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo
muito alto. E os frutos da produção não são acessíveis a todos.
Mas Deus, em
seu amor e misericórdia para com o ser criado, realizou o seu plano de redenção
da humanidade, enviando Jesus Cristo para morrer em seu lugar e salvar a todo
que nEle crê (Jo 3.16). O plano de salvação é da parte de Deus, mas precisa da
aceitação do homem, dotado de livre-arbítrio; e o pecado continua a dominar a
mente humana. Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a
restauração espiritual, moral, social, ecológica, ambiental e institucional.
Porém, para
que esse plano global de restauração possa ser implementado, as estruturas
espirituais e humanas precisam ser transformadas. E essa transfcrmação se dará
quando Cristo puser seus pés sobre o Monte das Oliveiras, e destruir todos os
poderes espirituais, satânicos e humanos da face da terra. Já vimos que, em sua
vinda em glória, Jesus vai prender o Diabo no abismo (Ap 20.1), durante mil
anos, e o falso profeta e o Anticristo serão lançados no “lago de fogo e
enxofre” (Ao 19,20). Neste estudo, veremos o que a Bíblia nos revela sobre o
Milênio, que trará um período sem precedentes na História do homem e do planeta
Terra.
I— O REINO
MILENIAL
1. A Restauração do Planeta
O Milênio
será um período literal de mil anos, e não uma utopia, como ensinam certos
teólogos revisionistas da Palavra de Deus. No período milenial, Jesus governará
a Terra, juntamente com sua Igreja glorificada, preparando-a para ingressar no
“perfeito estado eterno”. Nos sete primeiros versículos do capítulo 20 de
Apocalipse, aparece a expressão “mil anos” seis vezes. O planeta foi dado por
Deus “aos filhos dos homens” (Sl 115.16). “E tomou o Senhor Deus o homem e o
pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Além de cuidar do
planeta, o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador
sobre todos os remos naturais (Gn 1.28). Mas, usando mal o seu livre-arbítrio,
o homem fracassou em cuidar de si mesmo e do planeta.
Era o plano
original de Deus que o homem, feito à sua imagem e semelhança, o representasse,
cuidando do planeta. Porém, com a entrada do pecado no mundo e a Queda do
homem, toda a natureza foi perturbada e atingida pelos nefastos efeitos do
rompimento da comunhão do homem com o Criador. Diz Paulo: “Porque a criação
ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,
na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da
corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que
toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm
8.20-22). A Terra ou a criação aguarda a gloriosa redenção do homem e da
própria natureza, quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.23).
2. Jesus Governará a Terra
As profecias
asseguram isso. O anjo da anunciação disse a Maria, acerca de Jesus: “Este será
grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de
Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim” (Lc 1.32,33).
Para que
Jesus possa reinar soberanamente sobre a Terra, todos os governos e remos terão
que se submeter à sua vontade. “Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te
salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti,
porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei
por inocente” (Jr 30.11 — grifo nosso). “E o Senhor será rei sobre toda a
terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9; Ap
11,15,16).
Na revelação
que Deus deu a Nabucodonosor, ele viu todos os impérios mundiais, um após
outro, em sucessão do poder humano e político. No resumo a seguir, do teor da
visão de Nabucodonosor, vemos a sequência histórica dos remos do mundo, todos
entrando em decadência, até serem substituídos pelo Reino que não terá fim, o
Reino de Cristo, no Milênio. Cada parte da estátua representava impérios e remos
com domínio sobre o mundo.
1) A cabeça de ouro: Representava o Império Babilônico (Dn2.32,37,38).
Foi o primeiro império mundial (gentio), entre os anos 604-561 a.C; em 586
a.C., foi destruído o Templo de Salomão em Jerusalém;1 O rei era obcecado pelo espírito
de grandeza do seu reino: foi um grande administrador; construiu os famosos
“jardins suspensos”; Deus lhe falou em sonhos, e mostrou o fim de seu reino.
2) O peito de prata: Representava o Império Medo-Persa (2.3 2);
vê-se a confirmação nos capítulos 7 e 8. A História Geral mostra isso. A
Babilônia, no tempo de Hamurábi, construiu um canal que ia até o Golfo Pérsico,
paralelo ao Eufrates; no 2° Império, cresceu muito, e corrompeu-se,
enfraquecendo-se; os medos e persas, coligados, invadiram de noite; o povo
recebeu-os com festas (556 a.C.). Segundo a História, os invasores desviaram o
rio por baixo das muralhas.
3) O ventre de bronze: Representa o Império Grego (2,32). Da- rio
foi enfrentado pelos gregos, durante meio século (492-449 a.C.). Alexandre da
Macedônia foi quem o derrotou em 330 a.C. Dano foi assassinado por um sátrapa,
enquanto caía nas mãos dos gregos (História Geral Armando Souto Maior).
Alexandre dominou o mundo de então. Estendeu seu império até à índia,
Babilônia, Egito. Em Babilônia, foi recebido com festas. No Egito, aceitou o
título de “Filho de Amom”. Começou a reinar com 20 anos. Aos 33 anos, morreu
embriagado, com febre. Seu império foi esfacelado (Dn 8.21,22), dividido entre
seus quatro generais: Lisímaco, Cassandro, Seleuco e Ptolomeu, conforme a
História Geral, para cumprir-se a profecia.
4) As pernas de ferro, pés em parte de ferro e em parte de barro. Representam
o Império Romano. Nos meados de 300 a.C., Roma dominou a Grécia e dominou o
mundo. O Império estendeu-se por toda a parte. Em 395, d.C., dividiu-se em duas
partes (as duas pernas): Império Romano do Ocidente e Império Romano do
Oriente. O primeiro, com sede em Constantinopla; o segundo, com sede em Roma.
Historicamente, foi o cumprimento perfeito da profecia.
Deus vela
pela sua Palavra para a cumprir (Jr 1.12). 5) Dez dedos — barro misturado com
ferro (2.41,42). São dez remos, resultantes do antigo Império Romano, que
estarão em evidência nos fins dos tempos (v. 44); correspondem aos 10 chifres
do 4° animal de Daniel 7.24 e aos 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e
17.3. Refere-se a um poder que “existiu, e que no momento não existe, mas que
voltará a existir” (Ap 17.8).
Trata-se de
uma confederação de nações, que se unirão no território do antigo Império Romano.
Hoje, é identificado como a União Europeia, que já tem um parlamento, e uma
moeda única, o Euro. Corresponde aos tempos atuais, em que as nações, em geral,
são governadas por democracias que são, ao mesmo tempo, fortes (ferro) e fracas
(barro). Não há verdadeira união. O número 10, na Bíblia, dá ideia de
globalização.
Notemos que
a Europa, que foi o “berço das missões mundiais”, é atualmente o lugar mais
avesso ao evangelho de Cristo. Ali, o cenário espiritual está sendo preparado
pelo Diabo para dar lugar ao Anticristo. Igrejas estão sendo fechadas aos
milhares ao longo dos últimos anos. O movimento islâmico radical está se
impondo como força política e religiosa, com o intuito de dominar o mundo. O
ódio a Israel é evidenciado de forma clara e aberta, e os governos silenciam.
Os judeus estão migrando para sua pátria em grande número, pois a perseguição
está se intensificando contra descendentes de Abraão.
6). O Reino que não terá fim — a pedra cortada sem mãos. Diz o
livro de Daniel: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino
que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará
e consumirá todos esses remos e será estabelecido para sempre. Da maneira como
viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o
cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de
ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação” (Dn 2,44,45).
Será o Reino de Cristo, implantado no Milênio. (Ver comentário na segunda parte
deste estudo.)
Na sequência
acima, vemos que cada reino do mundo, nos “tempos dos gentios”, que começaram
com Jerusalém sendo pisada pelos babilônios (Lc 21.24), é temporário e inferior
ao seu antecessor. Esses “tempos” terminarão quando Cristo destruir todos os
impérios gentios do mundo, como descrito na visão da estátua misteriosa. isso
prova que a humanidade não tem evoluído espiritual nem moralmente. Caminha para
a destruição de suas estruturas políticas, econômicas, sociais, morais e
espirituais. Começa com ouro e termina com barro. (Ver Rm 1.18) A visão é
espiritual. A Bíblia mostra o “fim da história”. E revela que a imagem
representativa dos remos do mundo começou grande e terminou em pó! A Pedra, que
é Cristo, começou pequena, numa manjedoura, sem parecer nem formosura (Is
53.2), mas cresceu, tornou-se grande, gloriosa e encheu o mundo inteiro!
3. Jerusalém Será a Capital do Mundo
No Reino
Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo. Em julho de
2015, os Estados Unidos deixaram de reconhecer Jerusalém como “capital de
Israel” (um grande erro), para satisfazer os interesses dos inimigos de Israel.
No entanto, no Milênio, ela será, de fato, não só a capital de Israel, mas a
capital do mundo! “Visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e
de Jerusalém.
E
acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do Senhor no cume
dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as
nações. E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa
do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e
andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra
do Senhor” (Is 2.1-3 — grifo nosso; Is 60.3).
Os Estados
Unidos, a Inglaterra, a França, a Alemanha, o Japão, o Brasil e todos os povos,
para sobreviverem, terão que dar valor a Jerusalém: “E acontecerá que todos os
que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em
ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a Festa das
Cabanas. E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a
Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a
chuva” (Zc 14.16,17 — grifo nosso).
II- COMO
SERÁ O GOVERNO DE CRISTO
1. Jesus Governará com seus Servos
No Milênio,
o governo de Cristo representará o último reino mundial (e universal). Não será
democrático, nem comunista, nem capitalista; será teocrático; virá do céu,
implantado sem a mão do homem, que é sempre corruptível. Diz o livro de Daniel:
“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será
jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá
todos esses remos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do
monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o
barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois
disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação” (Dn 2.44,45 - grifo
nosso).
A “pedra”,
cortada “sem mãos”, representa Cristo (At 4,11; 1 Co 10.4; 1 Pe 2.4); Jesus, o
Rei, nasceu sem intervenção humana (Is 53.3; Dn 8.25). A pedra, que é Cristo,
esmiúça a imagem simbólica, batendo nos pés (o que resta dos remos mundiais);
destrói o que resta do “Império Romano”; hoje, o Direito é romano, a filosofia
vem dos gregos, a arrogância vem dos babilônios, a riqueza e a energia vêm dos
petrodólares.
Haverá um
juízo repentino e catastrófico sobre toda a humanidade, como vimos no estudo
sobre a Grande Tribulação. Tudo o que resta dos impérios, remos, governos,
sistemas políticos, econômicos e sociais será aniquilado e substituído pelo
Reino de Cristo. O poder dos gentios começa e termina com uma grande imagem. Em
Daniel, começa com a “cabeça de ouro” — Babilônia (Dn 2.31); em Apocalipse,
termina com a imagem da Besta, o Anticristo (Ap 13.14,15).
Jesus
reinará com poder pleno sobre a Terra. Em sua Carta a Timóteo, Paulo anteviu a
glória do reino milenial: “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único
Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!” (1 Tm 1.17). Como a capital
do mundo será Jerusalém, no aspecto político-administrativo, o governo do mundo
terá a preeminência do povo de Israel. Não quer dizer que Israel vai dominar o
mundo. Mas Cristo, em Jerusalém, dominará o mundo. Os líderes de Israel, no
Milênio, seguirão as ordens legais do “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”. O
líder universal será Cristo Jesus.
2. A Igreja Reinará com Cristo
Os salvos em
Cristo haverão de participar da primeira ressurreição, como parte integrante da
sua Igreja. Eles reinarão com Cristo no Milênio: “Bem-aventurado e santo aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda
morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos”
(Ap 20.6; 1.6; 5.10 — grifo nosso). No toque da sétima trombeta, na Grande
Tribulação, já haverá a proclamação do reinado universal de Cristo: “E tocou o
sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os remos do
mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o
sempre.
E os vinte e
quatro anciãos, que estão assentados em seu trono, diante de Deus,
prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus” (Ap 11.15,16).
Os salvos
serão reis e sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade sobre as
nações: “E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder
sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de
oleiro; como também recebi de meu Pai, (Ap 2.26,27; 2 Tm 2.12a). Na verdade,
além de julgar o mundo, os salvos da Igreja hão de julgar os anjos! (1 Co 6.3).
Daniel viu o
reino de Cristo no plano universal “E o reino, e o domínio, e a majestade dos
remos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu
reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão”
(Dn 7,27).
3. A Nova Jerusalém
Acima da
Jerusalém terrestre, em Israel, haverá a Jerusalém Celeste, ou a “nova
Jerusalém”. (Ler Ap 21.1-26) Os salvos, em corpos glorificados, não precisarão
das estruturas de moradia terrestre, nem dos suprimentos produzidos pelo homem,
na agricultura, na indústria e no comércio. Os glorificados terão “metabolismo”
espiritual. Seus corpos, semelhantes ao de Jesus ressuscitado (Fp 3,21),
poderão deslocar-se no espaço sem auxílio de transportes aéreos, atravessar
portas fechadas, como o fez Jesus após ressuscitar ( Jo 20.26). Por isso,
habitarão na nova Jerusalém, que será uma cidade preparada nos céus. Jesus
prometeu aos seus discípulos que iria prepara lugar no céu para eles (Jo
14.2,3).
A nova
Jerusalém está nos céus (01 4.26), mas, quando Jesus vier com sua Igreja, ela
descerá para as regiões siderais e pairará como um satélite sobre o mundo. Pr.
Cohen diz que “Essa maravilhosa cidade-noiva ficará pairada sobre a terra,
durante todo o Milênio, como uma bela estrela, representando a glória de Deus”
(Ap 21.23-27). “E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para
ela a sua glória e honra” (Ap 21.24 — grifo nosso). Certamente, os salvos
glorificados transitarão entre a nova Jerusalém (nos céus) e a Jerusalém
terrestre, num intercãmbio promovido pelos interesses do Reino Milenial.
III -
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DO MILÊNIO
1. Quem Participará do Milênio
Dois grupos
de pessoas entrarão no Milênio. Um grupo será constituído dos salvos, com
corpos glorificados, que incluem a Igreja, os salvos do Antigo Testamento e os
salvos na Grande Tribulação (Ap 7,14) e “o remanescente” dos israelitas, salvos
por Cristo, na Batalha do Armagedom (Rm 9.27). O outro grupo será o do restante
dos povos, em corpos humanos naturais, que escaparem da Grande Tribulação, em
um número bem reduzido, face os que forem exterminados nas catástrofes que
desabarão sobre o mundo; e também as pessoas que forem nascendo durante o
Milênio. Os povos que escaparem da Grande Tribulação entrarão no Milênio, e se
organizarão como nações, alinhadas e adaptadas à Nova Ordem Divina sobre a
Terra. Tendo em vista a ausência do Diabo, o mal, como existe hoje, não terá
lugar na mente das pessoas, nem na natureza e nas relações entre as nações.
2. Sete Aspectos Relevantes do Milênio
1) Haverá um conhecimento universal de Deus. “Não se
fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se
encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9 — grifo
nosso; Is 54.13) Haverá um derramamento pleno do Espírito Santo (Is 32.15).
Nos tempos
presentes, a maior parte dos meios de comunicação, de ensino, de pesquisas e
informações privilegiam o conhecimento humano, notadamente de origem
materialista, humanista e evolucionista. Mas, no Milênio, a mídia e todos os
meios de comunicação de massa ou especializado divulgarão os benefícios e as
características extraordinárias do Reino Milenial.
A pregação
da Palavra de Deus será plenamente livre e os mensageiros de Deus terão acesso
a todos os meios de comunicação para divulgarem as leis e os ensinos de Cristo
(Mt 24.14). Será um verdadeiro avivamento mundial em busca do conhecimento de
Deus. Jerusalém será o centro da evangelização mundial no Milênio: “E irão
muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à Casa do Deus de
Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas;
porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém” (Mq 4.2 —
grifo nosso). O pecado, a rebelião e a incredulidade não serão tolerados (Si
2.10-12).
2) Haverá paz perfeita na Terra. Haverá um mundo sem doenças, sem
violências e mortes e completa harmonia entre as nações. Por isso, Jesus é “o
Desejado de todas as nações [...1 diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.7). Jesus é
o “Príncipe da Paz” (Is 9.6). O homem desfrutará da mais completa paz, em todo
o planeta. As famílias viverão em completa união. Os filhos terão plena
harmonia com os pais (Is 65.23). Não haverá mais guerras ou conflitos bélicos
durante os mil anos de paz sobre a Terra. “E ele exercerá o seu juízo sobre as
nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em
enxadões e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra nação,
nem aprenderão mais a guerrear” (Is 2.4). Esse clima de paz perfeita perdurará
até o final do Milênio, quando haverá a “última Guerra Mundial”, a batalha de
“Gogue e Magogue”, quando Satanás, solto por um pouco de tempo, levantará as
nações contra Deus, (Ler os capítulos 38 e 39 de Ezequiei.)
3) A justiça e a verdade serão plenas. “Mas
julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e
ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o
ímpio. E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus
rins” (Is 11.4,5). No Milênio, a justiça terá o padrão divino. Não haverá
julgamentos injustos ou tendenciosos; não haverá justiça venal, nem venda de
sentenças em julgamentos. “Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os
povos com retidão” (SI 9.8; 50.6; 89.14; 96.13).
4) A natureza animal será mudada. Animais
perderão sua ferocidade e medo do ser humano. “E morará o lobo com o cordeiro,
e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a
nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa
pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o
boi.
E brincará a
criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova
do basilisco” (Is 11.6-8), Os animais voltarão a ser “vegetarianos”, como no
início (Gn 1.30). Para os materialistas e ateus, essas predições sobre o
Milênio não passam de utopia e mito. Também os teólogos materialistas, ou
“ateólogos” afirmam que tudo isso é simbólico, não literal. Certamente,
responderão perante o autor da Bíblia. Diz ainda a Palavra de Deus: “O lobo e o
cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó será
a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte,
diz o Senhor” (Is 65.25).
5) O reino vegetal será altamente produtivo. A maldição
da terra por causa do pecado desaparecerá (Gn 3.17,18). Não haverá necessidade
de agrotóxicos, pois a bênção de Deus estará sobre a produção de alimentos. Não
haverá falta de alimentos Ur (31.12; Sl 67.5,6). A produção agrícola será
altamente eficaz ( Jl 2.24).
A oferta de
alimentos atenderá à procura e os preços serão equilibrados. “E edificarão
casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto” (Is 65,21). “Eis
que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que
pisa as uvas, ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os
outeiros se derreterão. E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e
reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e
beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto” (Am 9.13,14; ler
Is 30.23,25). Um rio sairá de Jerusalém e fertilizará as terras (Zc 14.8; Ez
47.1,12).
6) Haverá saúde e prosperidade para todos. As
condições ambientais serão altamente favoráveis à melhoria da qualidade de vida
no planeta. A longevidade surpreenderá a todos pelas excelentes condições de
saúde. “Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra
os seus dias [...j E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e
comerão o seu fruto. [...j não plantarão para que outros comam, porque os dias
do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras
das suas mãos até à velhice” (Is 65.20-22). Além da saúde, as condições de
moradia para todos serão as melhores jamais vistas, Nenhum programa
habitacional se compara ao que o Reino de Cristo concederá aos homens,
7) O meio ambiente será restaurado ao seu estado original. O meio
ambiente será transformado e altamente saudável, Não haverá secas, enchentes,
terremotos ou qualquer catástrofe natural. “O deserto e os lugares secos se
alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente
florescerá e também regorgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se
lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do
Senhor, a excelência do nosso Deus. [...] porque águas arrebentarão no deserto,
e ribeiros, no ermo.
E a terra
seca se transformará em tanques, e a terra sedenta, em mananciais de águas; e
nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos” (Is
35.1,2,6,7),
Utopia? Para
os incrédulos. Para os crentes, esperança para o mundo. Mesmo sendo referências
às bênçãos sobre Israel, tais benefícios se estenderão a todo o planeta. Nem os
mais fanáticos ecologistas imaginam tamanha harmonia na natureza. Na verdade,
esses movimentos buscam lucro para seus integrantes à custa da falsa defesa do
meio ambiente, Enquanto defendem os animais “em extinção”, não dão uma palavra
contra o crime hediondo do aborto. O meio ambiente e a ecologia serão
totalmente restabelecidos, não haverá mais secas, enchentes, furacões, tornados
e outras catástrofes naturais. Isso será coisa de um passado distante.
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja: Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Livro: O Final de Todas as Coisas = Esperança
e glória para os salvos = Autor Elinaldo Renovato = 1ª Edição CPAD 2015
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