A Evangelização Real na Era Digital
Texto
Áureo = "Então, o Senhor me respondeu e disse: Escreve
a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo
passa." (He 2.2)
Verdade
Pratica = Na era da informação instantânea, somente o
Evangelho Eterno para dar esperança a humanidade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Tito
2.11-15
Introdução
Peço licença, para
transcrever o estudo realizado por meu filho, Gunar Berg, quanto à
evangelização na era da informação.
O mundo está mudando
rapidamente. Você já pensou nisso? Tenho certeza de que sim. Mas até aí, nada
de novo, pois tudo vem mudando desde que o mundo é mundo. As culturas são vivas
e estão em constante transformação. As sociedades acomodam-se, invariavelmente,
a novas demandas e condições. Logo, a mudança, em si mesma, nem de longe é uma
surpresa. Por conseguinte, o sobressalto dos nossos dias não é a transformação,
mas a velocidade com que ela acontece.
Um dia, meu pai trouxe
para casa um Long Play... (Permita-me um longo parêntese: isso aconteceu há
vinte anos. Desde então, presenciei a morte do LF o nascimento e a extinção do
CD, a passagem meteórica dos pen drives e a apoteose das músicas arquivadas na
nuvem. Em duas décadas, três tecnologias surgiram e três foram sepultadas. Quanto
ao velho LP logrou reinar absoluto por sessenta anos as coisas estão de fato
mudando rapidamente.)
Voltando ao caso... Um
dia, meu pai trouxe para casa um LP com mensagens radiofônicas gravadas pelo
grande comunicador cristão Roberto Rabello. Enquanto o disco girava na vitrola,
eu imaginava o exato momento em que aquelas pregações eram irradiadas ao vivo
pelas transmissoras — o ruído da agulha contra o vinil era igual aos das ondas
de amplitude modulada que chegavam aos aparelhos antigos. O toca-discos era uma
máquina do tempo.
A primeira mensagem do
Lado A daquela bolacha contava algumas curiosidades. Com voz calibrada e
leitura magistral, o pastor Rabelo relembrou o tempo quando os primeiros trens
começaram a circular pelos Estados Unidos, cruzando a grande nação de costa a
costa. Diante da novidade, os jornalistas descreviam o assombro que era viajar
a incríveis 60 quilômetros por hora. Nessa época, o responsável pelo escritório
de patentes norte-americano concluiu que seu trabalho chegara ao fim, pois nada
mais havia para ser inventado pelo homem.
E com deliciosos outros
exemplos, aquela pregação cravou em mim a certeza inabalável de que a Bíblia
resistirá não só às mudanças, mas à velocidade com que elas acontecerem: “O céu
e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). —
Gunar Berg
1.
Velocidade e Angústia
O tempo presente tem
sido chamado de a era da informação. Apesar de adequado, a nomenclatura exige
alguma reflexão. Se esta é a era da informação, seria correto supor que já
houve uma era de desinformações?
Alguém pode pensar que
sim, mas não existiu. Nem mesmo durante a Idade Média, que entrou para o
imaginário histórico como o período das trevas, houve desinteligência. A grande
diferença entre o presente e os tempos idos é a velocidade com que as
informações se multiplicam e se propagam. São duas, portanto, as principais
características da era da informação: o conhecimento e a celeridade (esta é o
nosso grande desafio).
O principal fruto da
rapidez das informações não é a facilidade, mas a angústia. É tão forte o
incômodo pelo imediatismo que, no Japão, é comum os adolescentes serem
humilhados virtualmente pelos amigos, caso demorem em responder-lhes às
mensagens instantâneas via celular pois, se são instantâneas, por que a demora?
Alguns simplesmente não resistem à pressão e suicidam-se.
A sanha pela presteza é
tal que aquilo que, há bem poucos anos, era considerado o suprassumo das
comunicações tornou-se praticamente inútil. O e-mail, como sabemos, nasceu com
os dias contados. Sem cerimônia, ele desbancou as tradicionais cartas para, em
seguida, ser pisoteado pelo Messenger e sepultado pelo WhatsApp; a pá de cal
não demora a chegar. Estes e muitos outros recursos, embora úteis, têm-se
mostrado nocivos. Apesar de não serem intrinsecamente maus, não deixam de
causar-nos algum mal.
A angústia pela
velocidade está roubando-nos a noção de tempo. Antes dos transportes mecânicos
ultravelozes, preocupávamo-nos não com o tempo, mas com as distâncias. Os
viajantes que seguiam a pé, ou nos lombos de alguma montaria, planejavam suas
viagens em quilômetros pois não tinham como tornar mais rápidos os passos dos
animais ou os seus próprios passos. Mas tão logo os trens, os automóveis
modernos e os aviões supersônicos começaram a dominar essas e outras rotas, as
viagens passaram a ser planejadas não pela extensão, mas pelo tempo — a
pergunta mudou de “Qual a distância?” para “Quanto tempo até chegar?”.
1.
Ser sem estar presente. Depois de relativizar os
quilômetros de uma jornada a velocidade chegou finalmente à informação e à
comunicação. A partir do tráfego de dados na rede mundial de computadores, até
mesmo o sentido de estar foi mudado.
Isso fica bastante
fácil de compreender em nosso idioma, pois a língua portuguesa distingue o ser
e o estar. As videoconferências permitem-nos ser presentes sem estar presentes.
Converso quase todos os dias com meu filho, eu no Rio de Janeiro, e eles em
Paulinia, separados por 600 quilômetros. Ele me vê e também a casa em que
morou. As pessoas e os lugares mais distantes estão próximos de nós tanto
quanto os dedos estão perto da tela de um smartphone. E como foi que isso mudou
a noção de tempo a quem habituamos?
Durante tempos do
Brasil colônia, uma viagem entre Portugal e o Novo Mundo durava, em média, 60
dias, dependendo dos ventos, das calmarias, das tempestades e do que mais
pudesse haver. Mesmo durante a crise que ameaçou o reinado de Dom João VI (ele
no Brasil e o problema lá na corte em Lisboa), as cartas iam e vinham em ritmo
perturbadOrame1te lento para a urgência de um império como o português. Há
alguns anos, o tempo de correio não era contado em meses, mas em dias — ainda
assim, um exercício de paciência.
E então, de repente,
você escreve um recadinho para alguém no outro lado do globo, e essa pessoa
responde com um áudio, e tudo isso não demora mais que o tempo necessário de
escrever ou falar.
É claro que isso é
extremamente vantajoso, porque ninguém gosta de esperar, e há coisas que não
podem mesmo aguardar. O problema não é, entretanto, não precisar esperar, mas
não aceitar que se deva esperar por algo. E por isso que a sociedade
comprometeu a sua noção de tempo e de importância. Se os minutos escoam é
porque não sabemos como administrar as informações inesgotáveis que passam por
nós. Se eles se arrastam é porque não sabemos o que fazer sem os milhares de
informações que deveriam voar diante de nós.
2.
Uma geração de ineditismos. Não se deixe enganar pelas
palavras. Dizer que nossa geração comete ineditismos é muito diferente de
afirmar que somos uma geração de pioneiros. Pioneirismo tem a ver com nobreza e
altruísmo; ineditismo, porém, significa apenas fazer alguma coisa, qualquer
coisa, pela primeira vez (e isso não é necessariamente bom). Somos, por
exemplo, a primeira geração da história a dormir menos do que o necessário, e
também a primeira a comer mais do que o aceitável. A situação piora quando se
descobre que somos os primeiros a destruir, por prazer, as coisas das quais
precisamos para sobreviver. Esse comportamento tem nome: hipoteca do tempo
futuro, e é provocado pela angústia causada pela velocidade da informação e a
sua abundância.
O sociólogo polonês
Zygmunt Bauman apontou a imprevidência de se hipotecar o futuro quando, ao
abusarmos do presente, vivemos com excessos, acima dos limites ou das
necessidades. Estamos fazendo saques antecipados do futuro, e não há como saber
se conseguiremos pagar essa promissória.
Mas como esse é o
comportamento padrão das sociedades de consumo, ele é considerado normal. Mas
não é! Aliás, aprendamos algo: normal não é sinônimo de comum. Normal é aquilo
que segue a norma, a regra. Comum é apenas algo recorrente. Logo, é cada vez
mais comum as pessoas sacarem antecipadamente o tempo que ainda não viveram,
hipotecando o futuro. Embora comum, esse comportamento é anormal, pois não foi
assim que Deus planejou a nossa vida.
II.
Pecadores Digitais
Até os anos 2000,
ouvíamos dizer que, ao se desligar o televisor, uma janela se fechava ao
pecado. Agora, carregamos pequeninas basculantes que fazemos questão de manter
abertas. Nossos celulares são, potencialmente frestas pessoais e
intransferíveis às tentações e concupiscências. Isso mostra que, na era da
informação, há uma superexposição ao pecado. O Senhor Jesus alertou-nOS que,
por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos viria a esfriar-se.
1.
Intimo e sigiloso. As situações que favorecem o pecado são
sempre íntimas e sigilosas. Foi assim que Davi perpetrou um adultério e um
assassinato (2 Sm 11). O caso de Amnom e Tamar também é bastante emblemático (2
Sm 13). Alguém perguntará: Se ambos os exemplos são tão antigos, em que a era
da informação é mais perigosa? Seu risco está em multiplicar as possibilidades
dessa mistura letal:
intimidade e sigilo.
Primeiro, cornos
computadores pessoais e, agora, de forma irresistível, com os tablets e
celulares. Isso formou urna geração de usuários que vive seus dias na
intimidade e no sigilo dos aparelhos eletrônicos. Escondidas atrás das telas,
as pessoas sentem-se mais seguras em transgredir as leis e os mandamentos do
Deus que tudo vê.
2.
O pecado viral. Os mesmos recursos que, rapidamente,
proporcionam conhecimentos e saberes também possibilitam pecados e apostasias
em tempo real. Se uma informação, ou evento, populariza-se na internet, os
especialistas dizem que é um viral, algo que se espalha tão rápido como um
vírus, ou como o pecado. Comportamentos pecaminosos disseminados nas redes
sociais são velozmente imitados (Gn 18.20).
3.
O conhecimeflt0 de enciclopédia. Alguns alunos
acostumaram se tanto aos recursos de pesquisa pela internet que não se dão ao
trabalho de produzir suas próprias pesquisas e chegar às suas próprias
conclusões. Eles apenas reproduzem. Esse é o paradoxo da era do conhecimento:
as informações estão disponíveis em tal quantidade que poucos sabem o que fazer
com elas. Logo, o conhecimento moderno não está contribuindo para o avanço
moral e ético da sociedade. A única forma de desenvolvimento que temos
experimentado é de quantidade, não de qualidade. Nunca o homem conheceu tanto
sobre si e tão pouco sobre Deus! (Os 4.1). Por esse motivo, temos de
concentrar-nos a falar de Cristo a uma geração que só conhece a rapidez e o
instantâneo.
III. Como Pregar o Evangelho à
Geração Fast
“Quando procuro um
vídeo, não perco tempo com nada que tenha mais que três minutos!”“Quem não
consegue se expressar com sete palavras não merece dizer setenta.”“Uma ideia em
cento e quarenta caracteres.”
Andando pelos
corredores dos shoppings, caminhando pelos calçadões do comércio, nas conversas
com os alunos nos seminários ou com os irmãos da igreja, aqui e ali, sempre
escuto frases assim. Sentenças que têm a ver com pressa, velocidade,
expectativas imediatas. Elas são o retrato de como.está o mundo: com cada vez
menos tempo e cada vez mais coisas a fazer.
1.
Falar de Cristo em poucos minutos. Por outro lado, ainda
não aprendemos a falar de Cristo em alguns poucos minutos. Uma mensagem bem
elaborada requer, no mínimo, cinquenta minutos. Mas quem, ao navegar pela
internet, pararia para ouvir, durante meia hora, um sermão acerca da
necessidade de uma vida de renúncias? A coisa está difícil até para os
anunciantes de bens de consumo que, para conseguir a atenção da audiência da
internet, sempre livre e independente, obrigam os navegantes a assistir, ao
menos, cinco segundos de seus comerciais nos sites de vídeos e notícias — se
essas propagandas não fossem obrigatórias, ninguém as veria! Se quem vende
sonhos de consumo enfrenta tal dificuldade, como agirá aquele que ensina ser
Jesus Cristo a única esperança para esta geração? O que devemos fazer?
2.0
que dá certo na era da informação? Em plena era da
informação, eu cultivo um antigo hábito: ouvir rádio. E foi escutando
noticiários que ouvi um professor de tecnologia, cujo nome não consigo
lembrar-me, dizer algo interessante. Segundo ele, o rádio, apesar de antigo,
possui as características indispensáveis que fazem as coisas dar certo na era
da informação: tem qualidade e é gratuito. Se você tem o costume de escutar
rádio, sabe do que o professor estava falando. Se algo é bom e de graça,
provavelmente dará certo na era da informação instantânea. Diante dessa
reflexão, disse a mim mesmo: “Tá fácil para nós! O evangelho é bom e
gratuito!”. Como diz a geração da internet: “É isso, só que não”.
A mensagem que pregamos
é antiga como o mundo (Gn 3.15) porque é absolutamente tudo de que o mundo
precisa. Só compete a nós fazermos a sua anunciação da forma correta. O
problema, portanto, não é o que pregamos, mas como o pregamos e se, de fato, o
estamos pregando.
Essa equação não está
fechando, e a culpa é nossa. Infelizmente, não há gratuidade nem qualidade em
boa parte dos púlpitos e na maioria dos programas evangélicos radiofônicos e
televisivos. Urna rápida zapeada pelos canais de televisão mostra dezenas de
apóstolos, um sem número de bispos e pastores pedindo dinheiro, solicitando
ofertas, requerendo doações, clamando por ceifeiros, colaboradores e sócios que
possam dar, dar e dar.
Numa emissora de rádio,
descobri um pastor agastando-se numa pregação que não tinha fim. Durante
quarenta minutos, aquele homem, nem por uma vez, disse algo sobre a santidade,
ou o pecado, ou a necessidade de arrependimento. Ele já estava falando quando
liguei o rádio do carro, e deve ter continuado, por algum tempo ainda, depois
que estacionei o veículo.
Ele falou somente nas
bênçãos que viriam na forma de bônus para quem desse as maiores ofertas. Ao
ouvi-lo, logo conclui: estamos pregando coisas ruins e cobrando muito caro por
isso. Esse tipo de evangelho não tem como dar certo na era da informação.
Aliás, foram pregações mercenárias e dinheirosas como essa que provocaram a
reação de Martinho Lutero no século XVI.
Para pregar o evangelho
na era da informação, carecemos apenas de uma coisa: pregar o evangelho! E tão
simples. Alguns de nós é que insistem em fazer o errado!
Com o surgimento das
redes sociais, muitos cristãos diziam que os seus perfis tinham a finalidade de
falar de Jesus. Mas não foi exatamente isso o que aconteceu. A maioria dos
crentes está transferindo para o virtual os seus maus hábitos reais. Não há
evangelização, não há pregação e não há testemunhos. Só vejo brigas, contendas
e testemunhos duvidosos. Logo, a estratégia para ser um arauto virtual não é
montar um perfil de pregador, de cantor ou de qualquer outro tipo de
celebridade gospel. O que importa é ser crente real com um perfil santo e
também real e imediato.
Não basta postar vídeos
com meditações e apelos evangelísticos, ou publicar frases de esperança. Nada
disso terá qualquer efeito se a sua vida (dentro e fora das redes) for
contrária à mensagem que você está tentando anunciar.
3.
Somos evangelistas analógicos e ultrapassados? Na
era da informação, é urgente responder a uma série de perguntas, visando dinamizar
a prática evangelística da igreja. A pregação precisa de um novo formato? O
evangelismo que praticamos é antiquado?
a)
A Palavra é permanente. Mateus 24.35 afirma que a Palavra
de Deus há de durar para sempre, ao passo que o mundo é efêmero e mui
passageiro. Portanto, o evangelho de Cristo não muda. Logo, o seu conteúdo não
precisa ser alterado para adequar-se à era da informação. O que era desde o
princípio continua válído até hoje.
A mensagem da salvação
possui características exclusivas que a fazem comunicável a qualquer grupo em
qualquer situação. Ela é imutável e resiste às mais repentinas transformações
sociais. E ilimitadamente transformadora, porque tem o poder de mudar a vida do
mais vil pecador (Rm 1.16).
b)
Não confunda recursos com modelo. Muitos evangelistas
argumentam que o modelo bíblico de evangelização deve ser revisto, pois não
está à altura dos desafios da era da informação. Isso não é verdade.
Nosso modelo
evangelizador é divinamente perfeito. Foi exemplificado pelo Senhor Jesus em
seu ministério terreno. O que deve ser revisto são os recursos (2 Tm 4.2,3).
c)
Um modelo de 2.000 anos. Nosso modelo de evangelismo é
fundamentado no amor às almas. O evangelismo, segundo Cristo, atrai o pecador
pelo amor. Não que a graça seja irresistível, mas não há como negar que ela é
atrativa.
O modelo de Cristo para
ganhar almas é, portanto, orientado pelo amor ágape que só o Espírito Santo nos
pode comunicar. Isso significa que não evangelizamos por causa de alguma
preferência, mas apesar de qualquer coisa. Cristo vê no pecador não o que ele
é, mas quem ele pode vir a ser.
IV. Ganhando Almas na Era da
Informação
Está se popularizando,
em muitas igrejas, um novo tipo de trabalho: o Departamento de Mídias. Em
linhas gerais, os cooperadores dessa nova seara operam os recursos de áudio e
vídeo durante os cultos e, nos casos mais expoentes, transmitem-nos ao vivo
pela internet. Faz parte dessa tarefa a criação e a manutenção de sites com
recursos visuais impressionantes. Mas isso é tudo?
1.
Uma rede para pescadores de homens. A atenção de quem
navega pela internet é seletiva. Na rede mundial de computadores, ninguém perde
tempo com o que não deseja. Então, por mais que as igrejas marquem presença
nesse território, devemos levar em conta que, mais importante que um templo (ou
um site), é um missionário que pode ir até onde a igreja não pode chegar.
Cristo comissionou
pescadores de homens. Isso tem a ver com o caráter razoavelmente solitário da
tarefa evangelística, cujos resultados são contados alma a alma. É assim que a
internet funciona! Uma simples frase evangelística que, embora despretensiosa,
é compartilhada centenas de vezes pelos membros da congregação, atingirá muitos
mais pecadores do que o lindo site da igreja procurado apenas pelos que já são
crentes.
2.
Você é o que você publica. Jesus disse em Mateus 12.34 que “a
boca fala do que está cheio o coração” (ARA). Logo, as nossas postagens
cotidianas, nas redes sociais, têm muito mais poder testemunhal do que as
frases intencionalmente evangelísticas, pois somos o que publicamos.
Admiradas, as pessoas
indagavam acerca da fonte da autoridade das pregações de Jesus. Todas elas,
porém, sabiam que Ele ensinava com autoridade, e não como os escribas e
fariseus (Mc 1.22). O Mestre, antes de tudo, vivia estritamente por suas
palavras. O seu discurso intencional concordava com as suas ações. Conclui-se que
uma mensagem evangelística, perdida entre centenas de postagens inconvenientes,
pecaminosas e mundanas, será tão destrutiva quanto o pior dos vírus de
computador.
3.
Crie uma FanPage. A FanPage é diferente do perfil. Este
serve para pessoas; aquela, para empresas e instituições. A sua igreja, seu
grupo de jovens e adolescentes, ou qualquer outro departamento de sua
congregação, pode ter uma FanPage. E absolutamente gratuito e muito fácil de
usar. Na verdade, o FaceBook encarrega-se de orientar o usuário nas postagens.
Além disso, os
relatório da FanPage (todos fornecidos automaticamente pelo FaceBook)
permitem-lhe monitorar a repercussão das postagens.
4.
Desenvolva um canal no YouTube. Como já dissemos, na
internet apenas as iniciativas excelentes e gratuitas sobrevivem. Por isso
mesmo, é possível usar alguns serviços excepcionais, na rede, sem gastar nenhum
centavo. Haja vista os canais do YouTube. Um canal é como um álbum de figurinhas,
só que elas têm movimento e som.
Você pode postar vídeos
curtos (para fins evangelísticos, eles não podem ter duração superior a um
minuto) ou palestras e pregações. Mas é importante que você tenha algo em
mente: ninguém acessa ou assina um canal para fazer de você uma celebridade
digital. As pessoas só assistem àquilo que as interessa; na internet, ninguém é
obrigado a nada. Então, seja criativo e relevante; busque a sabedoria do alto.
5.
Crie uma lista de transmissão no WhatsApp. O Brasil tem
mais aparelhos telefônicos ativos que pessoas E se você possui um celular,
provavelmente tem WhatsApp. Esse aplicativo caiu no gosto dos brasileiros de
tal maneira, que o nosso país é a maior audiência dele fora dos Estados Unidos.
Mas com o WhatsApp veio a perturbadora mania dos grupos. E grupo dc mocidade,
das irmãs, da classe da Escola Dominical, da faculdade e do pessoal do
trabalho. E o que era para ser um fórum para assuntos ligados aos interesses
comuns tomou-se um meio de divulgação de piadas, vídeos bizarros e imagens
satíricas. Para fins evangelísticos, portanto, um grupo é uma coisa inútil. O
que fazer?
A solução pode estar
nas listas de transmissão. Com essa funcionalidade, você pode enviar uma
mensagem redigida em linguagem direta não para um, mas para todos os seus
contatos. Ela será visualizada pelos destinatários como sendo um recado pessoal
seu para eles, para cada um pessoalmente, mas sem o trabalho de redigir um
texto para cada contato. Então, faça uma lista de transmissão apenas para os
seus contatos não crentes. Veja como é fácil: Abra o aplicativo WhatsApp; vá
até Conversas> Menu> Nova Transmissão; escolha os nomes dos
destinatários; e, finalmente, confirme e toque em Criar.
Conclusão
O mundo jamais viveu um
avanço científico, industrial ou acadêmico como este. Sem exageros, o
conhecimento produzido no último século é superior a tudo o que foi escrito,
descoberto ou criado anteriormente. Mas isso não deve surpreender-nos.
Primeiro, por que está previsto nas Escrituras (Dn 12.4) e, segundo, por que o
saber não é essencialmente danoso (Pv 2.6). Ao contrário, beneficiamo-nos tanto
da medicina quanto da tecnologia atual dc telecomunicações. Entretanto, a era
da informação, apesar das óbvias vantagens que oferece, é um desafio
evangelistico, pois não houve outro momento com mais distrações ou
concorrências à pregação do evangelho do que o atual. A maioria de nós não é
nascida no ambiente virtual da era da informação. Ao contrário, tivemos de
aprender a viver neste período. Mas as necessidades dos seres humanos continuam
as mesmas: o homem ainda precisa de Deus e da salvação em Jesus Cristo. Você
pode não entender todos os recursos da modernidade, mas conhece o modelo ideal
para ganhar almas. Então, fale de Cristo.
Evangelista Isaias
Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém Setor I - Em Dourados – MS
Livro O Desafio da
Evangelização = Claudionor de Andrade = 1º. Edição
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