JESUS O DISCÍPULO E A LEI
Texto Áureo:
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 5.20
John Fullerton MacArthur (pregador, teólogo e escritor norte-americano) observa que; “Os fariseus tinham a tendência de suavizar as exigências da Lei ao concentrar-se apenas na obediência exterior. Jesus estava conclamando seus discípulos a uma santidade mais profunda, não apenas no exterior, mas no interior do coração”
- Grifo pessoal
Jimmy Swaggart (evangelista norte-americano) observa que; “Mateus 5.20 é uma advertência ao fato de que, a justiça dos fariseus era a auto-justiça, eles se consideravam santos, puros diante dos demais homens, mas não eram aprovados por Deus, por causa de seu orgulho e os discípulos não poderiam jamais seguir por esse caminho”. - Grifo pessoal
Archibald Thomas Robertson (pregador batista americano e estudioso do grego koiné) ensina que; “A declaração de Cristo foi recebida como sendo ousada, ao dizer que seus discípulos tinham que fazer melhor que os escribas e fariseus”
Pois na visão dos discípulos e do povo da época, os escribas e fariseus eram vistos e respeitados como homens aprovados por Deus aos olhos da maioria do povo.
1 – Jesus Cumpriu Toda a Lei
1. Um Compromisso com o passado.
2. Jesus não veio destruir a Lei.
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
Mateus 5.17
Sem dúvida, alguns dos ouvintes de Jesus sentiram que Ele era revolucionário em seu ensino. Eles podem ter pensado que Ele pretendia “destruir a lei ou os profetas”. Isto Ele negou enfaticamente - “não vim ab-rogar, mas cumprir”. Nesta declaração muito significativa Ele indicou o seu relacionamento com o Antigo Testamento. Ele iria cumprir seus mandamentos e promessas, seus preceitos e profecias, seus símbolos e tipos. Isto Ele fez em sua vida e ministério, em sua morte e ressurreição. Jesus cumpriu totalmente os aspectos do Antigo Testamento. Quando lido à luz de sua pessoa e obra, ele ( o VT) brilha com um novo significado. Cristo é a Chave, a única Chave que abre as Escrituras.
John Robert Walmsley Stott (pastor, teólogo e escritor britânico) diz que;
“Jesus começa esta seção do sermão dizendo aos Seus discípulos que não deveriam, nem por um instante, imaginar que ele havia vindo para abolir o Antigo Testamento ou qualquer parte dele. O modo como Jesus formula a afirmação sugere que algumas pessoas estavam profundamente incomodadas com sua visível atitude em relação ao Antigo Testamento.
Jesus valorizou grandemente o Velho Testamento, saber desse detalhe é relevante para que jamais se tenha negatividade quanto ao mesmo, pois se tratava da Palavra de Deus, com a qual Cristo tinha plena ligação”.
O que acontecerá à Lei? O Mestre declarou solenemente:
“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido”. Mateus 5.18
O jota representa a menor letra do alfabeto hebraico, o yodh. Ele também corresponderia à menor letra grega, iota. O til era o “chifre” (ou “acento”) sobre algumas letras hebraicas que as distinguiam de outras. Estas distinções são freqüentemente tão pequenas, que é necessário olhar bem de perto para se ter certeza de qual letra se trata.
Edgar Johnson Goodspeed (teólogo americano, estudioso do grego e do Novo Testamento) traduz muito bem oversículo de Mateus 5.18, veja: “Nem um pingo no i ou a linha que corta o t serão removidos da Lei até que tudo seja observado”.
David Martyn Lloyd-Jones (teólogo, pregador e escritor americano de origem galesa) diz que; “Em Mateus 5.17,18 Jesus afirma que tudo quanto ensinaria dali por diante estava em absoluta harmonia com o ensino inteiro das Escrituras do Antigo Testamento. Em Seu ensinamento, coisa alguma existia que pudesse contradizer aquelas Escrituras”.
John Wesley (pregador e teólogo britânico) diz que;
“A lei ritual ou cerimonial foi transmitida a Israel por Moisés. Continha todas as injunções e ordenanças referentes aos antigos sacrifícios e ao culto do templo. Jesus veio, de fato, destruir, dissolver e por fim abolir todas aquelas leis. Disso todos os apóstolos testemunham. Barnabé e Paulo se opuseram veementemente aos que ensinavam que os cristãos deviam guardar a lei de Moisés." Pedro afirmou que insistir na observância da lei ritual era tentar Deus e colocar um jugo sobre os discípulos. Declarou que nem eles nem seus pais eram capazes de suportar aquele jugo. Quando todos os apóstolos, presbíteros e irmãos se reuniram num acordo, declararam que obrigá-los a cumprir essa lei era subverter-lhes a alma. O Espírito Santo os havia inspirado a não lançar tal carga sobre os novos convertidos." Jesus apagou, removeu e pregou na cruz as exigências da lei escrita.
Jesus não removeu a lei moral. Os Dez Mandamentos foram reforçados por ele, assim como pelos profetas. Não era propósito de Cristo revogar alguma parte disso em sua vinda. Essa é uma lei que jamais pode ser quebrada. Persiste como testemunha fiel no céu. A lei moral continua de pé sobre uma base inteiramente diferente da lei cerimonial.
Esta foi formada apenas como restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz. “A lei moral, pelo contrário, existia desde o princípio do mundo. Não foi escrita em tábuas de pedra, mas no coração de cada criatura de Deus. Ele a pôs no coração delas quando surgiram de suas mãos. Ainda que essas leis, uma vez escritas pelo dedo de Deus, agora estejam em grande medida deterioradas pelo pecado, elas jamais podem ser totalmente removidas. Permanecem enquanto tivermos alguma consciência do bem e do mal. Cada parte dessa lei deve permanecer em vigor sobre toda a humanidade. Subsiste em todas as eras.
Não depende do tempo nem do lugar. Não muda sob nenhuma outra circunstância. Baseia-se na natureza de Deus e na natureza do homem, e no relacionamento imutável entre eles”.
3. Jesus cumpriu e aperfeiçoou a lei.
17.Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18.Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
(Os versículos 17 e 18 possivelmente são uma resposta tanto para as acusações farisaicas de que Jesus estava destruindo a lei e os profetas (as duas partes mais antigas do Velho Testamento) como também uma afirmação para os que acreditavam que a liberdade em Cristo significava a abolição da Lei. Para ambas se dirige a advertência de que a pessoa não deve começar a pensar (esta é a força do grego) que Jesus veio para abolir a Lei ou os Profetas. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realização da intenção da Lei e dos Profetas. Em contraste com os fariseus, Jesus expressou o significado verdadeiro e mais profundo da Lei).
19.Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
(Este versículo é dirigido especialmente contra todos que pensam que a graça libera o indivíduo de cumprir a Lei moral, advertindo-os a não fazerem pouco caso de nenhum dos mandamentos. A salvação é dádiva de Deus em misericórdia e perdão, mas os seus requisitos por isso não se relaxam. Não deve ser tolerada licenciosidade em nome de liberdade).
20.Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
(Estas palavras podem dirigir-se tanto contra os fariseus como contra os antinomianos*. A justiça farisaica não satisfaz, tanto por causa de uma compreensão inadequada da Lei, como por não conseguir prestar verdadeira obediência ao que era compreendido.
Jesus cumpriu a Lei e os Profetas, como intérprete final, tanto quanto devido à obediência total. A “justiça” farisaica é inadequada, e os antinomianos devem ter como alvo uma justiça maior, e não menor do que a encontrada entre os escribas e fariseus).
Mateus 5.17-20
*Antinomianos: Doutrina de que, pela fé e a graça de Deus anunciadas no Evangelho, os cristãos são libertados não só da lei de Moisés, mas de todo o legalismo e padrões morais de qualquer cultura.
Sobre esta passagem de Mateus 5.17-20 John Wesley dá a seguinte declaração;
"Não vim abolir, mas cumprir." Alguns acreditam que Jesus quis dizer que ele veio para cumprir a lei por meio de perfeita obediência. Sem dúvida, nesse sentido, ele cumpriu plenamente cada uma de suas partes. Entretanto, não parece ser essa sua intenção aqui. Essa ideia é estranha ao escopo de seu presente discurso. Sem dúvida, seu significado é: Vim para estabelecer a lei em sua plenitude, apesar de todas as mudanças dos homens. Vim para declarar a verdade e a importância de cada parte da lei. Mostrarei sua extensão e amplitude e todo o seu alcance. Apresentarei cada mandamento nela contido e o peso, a profundidade, a pureza e a espiritualidade de todas as suas ramificações. Jesus apresentou isso de maneira adequada nas partes precedentes e subsequentes do discurso que analisamos aqui. Nesse sentido, ele não apresentou uma nova religião ao mundo. É a mesma que estava no mundo desde o princípio”.
2 – A Letra Da Lei, A Verdade do Espírito
1. O que a expressão “letra da Lei” significa?
2. A perspectiva teológica da lei.
3. A Lei e a verdade do Espírito.
Para termos uma compreensão clara sobre o que seria a “letra da Lei”, nada melhor do que atentar para a citação do apóstolo Paulo que diz: “O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica”. 2 Coríntios 3.6
Por meio do substantivo neutro “letra”, que do grego é “grámma”, fala de carta, qualquer escrito, documento ou registro. No entanto, pela citação feita por Paulo, prontamente entendemos que ele está fazendo um contraste entre a letra que mata e o espírito que dá vida. Esse contraste é entre a Lei como um sistema de salvação que exigia obediência perfeita, o que se provou ser impossível ao homem cumprir (Romanos 3.19,20; 7.1-14;8.1-11; Gálatas 3.1-14); e o Evangelho, que falava da salvação como um dom mediante a graça de Deus por intermédio de Jesus Cristo.
Paulo entendia a Lei como boa, ademais, ela exerceu seu papel pedagógico, que era o de levar vidas para Cristo (Gálatas 3.15,19), pois, no seu aspecto geral a Lei se referia ao Pentateuco e aos profetas.
Nas palavras do apóstolo Paulo, porém, a letra que mata não era propriamente a Lei que foi dada por Deus, mas, sim, a interpretação judaica corrompida imposta pelo judaísmo, que a transformou num sistema totalmente sem vida que escravizava as pessoas (Isaias 1.10-20; Jeremias 7.21-26).
Em sua essência, a letra da Lei era a verdadeira Palavra de Deus, à qual Jesus obedeceu, dando-lhe grande valor; todavia, a letra que matava era um sistema criado pelos próprios escribas e fariseus como normas pesadas, cheias de tantas exigências, usadas de modo impróprio, que levaria o homem à morte.
A letra da lei como um código escrito exteriormente, como foi dado a Moisés da parte divina, expressava a vontade soberana do Senhor como também suas proibições. Contudo, é preciso entender que quem procurasse viver totalmente em obediência ao Senhor teria vitória. Devido ao poder da natureza pecaminosa, para muitos era impossível cumprir toda a Lei, e, além disso, o pecado era cada vez mais incitado, levando as pessoas à morte (Romanos 8.3; 7.7-25).
Em Salmos 19.7 está escrito que “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. O substantivo feminino torah, do hebraico, quer dizer lei, orientação, instrução, orientação (humana ou divina), conjunto de ensino profético, instrução na era messiânica, conjunto de orientações ou instruções sacerdotais, conjunto de orientações legais.
Com essas palavras, queremos dizer que não havia problema na Lei, porém, desde o momento em que Deus formou um pacto com Israel, apesar de sua bondade e todo o cuidado dispensado, o povo jamais agiu como o Senhor queria, pelo contrário, não cumpriu com as responsabilidades do pacto assumido, de modo que nos livros históricos do Antigo Testamento se notará as constantes rebeliões dos israelitas para com a vontade do Senhor (Jeremias 31.32).
Quando Paulo diz que a letra mata, não estava dizendo que aquilo que o Senhor deu a Moisés era imperfeito, sem valor, e sim que o uso inadequado dela como sistema de regras pesadas, exigindo cumprimento pleno pelo homem para se ter a salvação, era impossível, e gerava morte.
Doravante, pela Nova Aliança o poder do Espírito Santo capacitaria o homem a viver a vontade do Senhor.
4. Qual o propósito da Lei para os discípulos de Cristo?
“Não cuideis que vim destruir a lei” .. Mateus 5.17
Já aprendemos que a intenção de Cristo não foi destruir a Lei, mas sim, dar a interpretação correta da lei. Coisa que os fariseus e escribas não faziam.
Ao cumprir toda a Lei, Cristo anulou a parte da Lei que dizia respeito aos rituais e sacrifícios ( ex: hoje não precisamos fazer sacrifícios de animais, nem do sacerdócio levítico e etc.).
Mas a Lei ainda tem um propósito para os discípulos de Cristo.
Senhor.
30Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
31E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
32E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus e que não há outro além dele;
33e que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.
34E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
Marcos 12.30-34
O propósito da Lei (Orientação de Deus) é dar ao homem a consciência de que o homem precisa amar a Deus e ao seu próximo. E para isso é preciso ter um relacionamento correto com Deus e com o seu próximo. Se o homem não se esforçar para ter um relacionamento correto com Deus e com seu próximo, será como o escriba da passagem bíblica acima, o escriba era conhecedor das Sagradas Escrituras, mas não era um discípulo (um seguidor) de Jesus. Faltava-lhe ter um relacionamento com Jesus, por isso Jesus disse a ele; “Não estás longe do Reino de Deus” (Marcos 12.34). Observe que Jesus não disse que o escriba já fazia parte do Reino de Deus, mas que o mesmo não estava longe do Reino de Deus. Pois ainda faltava ao escriba ter um relacionamento com Cristo, aí então o escriba receberia o Espírito Santo em sua vida, tornando-se participante do Reino de Deus.
Augustus Nicodemus (pastor e teólogo presbiteriano) diz que para saber qual o propósito da Lei para os discípulos é preciso; entender que “o Novo Testamento enfatiza que a Lei moral de Deus deve ser observada não no sentido de nos trazer salvação, mas como expressão da nossa obediência e gratidão a Deus. Pois somos salvos não pelas obras da Lei, mas pela obra redentora de Cristo”. - Grifo pessoal
A palavra de Deus nos ensina que a Lei de Deus se cumpre no amor, veja;
8A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
9Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás, e, se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
10O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.
Romanos 13.8-10
Veja também;
Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Gálatas 5.14
Ou seja, Cristo não aboliu a Lei, mas a cumpriu e ensinou ao povo a Interpretação Correta da Lei, coisa que os fariseus e escribas não fizeram. A Lei de Deus ainda está (no sentido moral*) em vigor para os cristãos.
*Moral: trata-se de um conjunto de valores, normas e noções sobre o que é certo ou errado, proibido e permitido, dentro de uma determinada sociedade, país ou povo.
Em suma, podemos dizer que o propósito da Lei para os cristãos é mostrar que quem serve a Deus ama a Deus e a seu próximo, e o amor não faz mal ao próximo.
3 – A Justiça do Reino de Deus
1. Quem é grande no Reino de Deus.
18Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
Russel Norman Champlin (notável estudioso das Sagradas Escrituras) diz que; “Quando Jesus falou em violar um destes menores mandamentos, referia-se a Lei Moral e não as Leis Cerimoniais ou Civís. Os capítulos 7 e 8 de Mateus mostram isso. Jesus referia- se as Leis morais, ao amor, justiça e etc..
Estavam em foco os fariseus e outros líderes oficiais dos judeus, particularmente os mestres, rabinos e escribas do povo. Que tinham por responsabilidade ensinar a Lei ao povo. Mais tarde Jesus mostrou que esses mestres do povo não interpretavam corretamente a Le i. Por exemplo , em Mateus 5.38 , sobre - olho-por-olho . (que era o ensino dos rabinos), disse Jesus: - E u . porém, vos digo. n ão resistais ao perverso, Mateus 5.39.
Ou em Mateus 5.43, -Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo- (que era ensino dos rabinas e e scribas), mereceu de Jesus uma reprimenda que começa com, E u . porém, vos digo., e etc (veja Mateus 5.44)”.
Mateus 5.18,19
Donald Carrel Stamps (pastor americano, missionário e autor das notas de estudo da Bíblia de Estudo Pentecostal) diz que; “A posição do crente no reino dos céus dependerá de sua atitude aqui na terra para com a Lei de Deus e da prática e ensino. A medida da nossa fidelidade a Deus aqui determinará a medida da nossa grandeza nos céus”. Veja 2 Coríntios 5.10.
2. A justiça do reino de Deus.
James Shelton (teólogo britânico) diz que; “Mateus é o único evangelista sinótico a usar o termo "justiça". Segundo Shelton, o termo hebraico de justiça tinha a ver com comportamento, vida e conduta, ou seja, era uma "exigência ética e uma dotação graciosa para ser vivenciada". O teólogo ainda afirma que o evangelista Mateus conservou fielmente esse conceito em seu livro. Por isso, na perspectiva bíblica, afirmamos que a palavra justiça tem a ver com a retidão, a integridade, a honestidade, ou seja, tudo o que caracteriza um justo.
Por isso, nosso Senhor nos convida a cultivar a virtude da retidão, da integridade e da honestidade para viver a justiça do Reino de Deus. Para vívenciar essa a justiça, não se pode fazer como os fariseus. Não se pode praticar apenas comportamentos exteriores, se o interior está descolado do exterior. Não é possível confessar com os lábios sem revelar a verdade do coração (Mateus 15.8)”.
Lawrence Richards (teólogo e escritor amerciano) diz que; “o nosso Senhor revelou um tipo de justiça que "ultrapassava qualquer justiça que os fariseus imaginassem possuir". Para viver essa justiça de Jesus é preciso evitar o engano dos fariseus. E o que é esse engano? Fazer apenas atos piedosos exteriormente para ser notado, sem que aja verdade no coração. E quando se pratica algo publicamente, mas na vida privada há desvio do que o Reino de Deus dimensiona como reto, corretos e honestos. Foi exatamente esse princípio de justiça que nosso Senhor demonstrou a respeito do adultério e do pensamento de lassidão da pessoa (Mateus 5.27,28)”.
Conclusão:
Jesus não veio para desfazer a Lei, nem viveu como um legalista, porém soube conservar a parte moral da Lei. O sacrifício de Cristo aboliu o sacerdócio levítico, os sacrifícios de animais, leis civís exclusivas para a nação de Israel e etc., Jesus espera que sejamos verdadeiros servos de Deus, no interior e não no exterior, como eram os fariseus e escribas.
Fontes:
Estudos no Sermão do Monte - D. M. Lloyd-Jones,
O Sermão do Monte - John Wesley,
Livro de Apoio Lição Adultos Os Valores do Reino de Deus,
Ensinador Cristão nº 89,
Revista Cristão Alerta 2º Trimestre de 2022,
Bíblia do Expositor,
Bíblia de Estudo Pentecostal,
Bíblia de Estudo Arqueológica,
Bíblia de Estudo Explicada,
Bíblia de Estudo MacArthur,
A Bíblia Interpretada Versículo por Versículo – Russel Norman Champlin,
Comentário Bíblico Beacon,
Série Cultura Bíblica – AT e NT,
Apontamentos teológicos professor José Junior.
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