1 de abril de 2022

O SERMÃO DO MONTE O CARÁTER DO REINO DE DEUS

 

O SERMÃO DO MONTE O CARÁTER DO REINO DE DEUS

Texto Áureo:

 

Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.

Mateus 5.11

Myer Pearlman (que foi um teólogo, linguista escocês e descendente de israelitas que se converteu a Cristo) diz que; Ao empregar a expressão “bem-aventurados” , era como se Jesus dissesse: “Vou contar- lhes o segredo da felicidade” . A expressão “bem-aventurado” oferece a chave para a verdadeira felicidade oferecida pelo Mestre. A palavra, no original grego, significa a bênção divina em contraste com a felicidade humana.”

O mundo tem seu próprio conceito de bem-aventurança, onde feliz é o homem forte, rico, popular e satisfeito consigo mesmo. Quando Jesus anunciou seu segredo, aquelas palavras soaram de forma estranha a muitas pessoas, pois descreviam um modo de viver que lhes parecia impraticável.

O mundo conviveu tanto tempo com princípios egoístas, que os ensinos de Jesus só poderiam parecer-lhe estranhos, e anormal o seu modo de vida. Mas, na realidade, excêntricos (literalmente, “fora do centro”) são os que adotam princípios mundanos em suas vidas.

Hernandes Dias Lopes (teólogo, pastor e escritor presbiteriano) diz que; “Para nós, é quase incompreensível associar perseguição com felicidade. Perseguição e felicidade parecem-nos coisas mutuamente excludentes. Esse é o grande paradoxo do cristianismo. Mas Jesus termina as bem- aventuranças dizendo que o mais elevado grau de felicidade está ligado à perseguição.

Obviamente não são felizes todos os perseguidos, mas os perseguidos por causa da justiça”.

Thomas Watson (teólogo, pregador e escritor puritano inglês) disse que; “A nossa religião deve custar para nós as lágrimas do arrependimento e o sangue da perseguição”.T

 

1 – A Estrutura do Sermão do Monte

1. Por quê “Sermão do Monte”?

 

1.  Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; (Alguém poderia deduzir do primeiro versículo do capítulo cinco que Jesus deixou a multidão e entregou este “sermão” somente para os discípulos. Mas parece que a multidão se reuniu em torno da parte externa do círculo interno e ouviu o discurso (cf. Mateus 7.28 - “E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina”).

2.  e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:

Mateus 5.1,2

A referência a um “monte” é provavelmente significativa. Assim como Moisés recebeu a antiga Lei no monte Sinai, assim também Jesus, o novo Líder, pronunciou a lei do Reino na encosta de um monte.

Assentando-se. Enquanto os pregadores de hoje seguem o costume grego e romano de ficar em pé para falar, os mestres judeus sempre se sentavam enquanto ensinavam.

 

Embora seja praticamente impossível dar a localização exata deste monte,muito provavelmente este “monte” estava próximo de Cafarnaum.

(“E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão” Mateus 8.1;

“E, entrando Jesus em Cafarnaum *..” - Mateus 8.5).

 

* (Cafarnaum) Era uma cidade da Galiléia mencionada somente “nos Evangelhos”, esta cidade foi o “quartel general” de boa parte do ministério de Jesus. William Tyndale (estudioso da Sagradas Escrituras) diz que; O nome “Cafarnaum” significa, “vilarejo de Naum”. Porém é impossível dizer quem foi esse Naum, se é uma referência ao profeta do AT ou qualquer outra pessoa.

 

Este sermão de Jesus (Mateus 5-7), conhecido popularmente como “Sermão do Monte”, Sermão da Montanha” ou “As Bem Aventuranças”, pelo fato de Jesus ter pregado e ensinado de um “Monte”, nos mostra que provavelmente o autor tinha em mente uma “região particular”, que pode ter sido uma localidade montanhosa ou algum monte particular. Algum lugar que Jesus frequentava e onde ensinava o povo. Russel Norman Champlin (que foi talvez o único homem a traduzir a Bíblia toda explicando versículo por versículo) diz que; “Provavelmente Jesus usou este monte para ensinar o povo muitas vezes”.

 

Champlin diz ainda que este “monte” possivelmente seja próximo da atual cidade de Safed (que é uma das 4 cidades sagradas de Israel ao lado de Jerusalém, Hebrom e Tiberíades).

 

Veja Abaixo fotos da cidade de Safed onde (segundo Champlin) possivelmente se  localizava o monte onde Jesus pregou o “Sermão do Monte”.

 



Champlin observa ainda que; Enquanto Mateus fala de um “Monte” (Mateus 5.1-11), Lucas fala de um “lugar plano” (Lucas 6.17-22).

 

A melhor explicação para este fato é a seguinte; O “Sermão do Monte” (Mateus 5-7) certamente não foi pregado em apenas uma hora, ou um dia, pois os mestre judaicos não tinham o hábito de transmitir tantos ensinamentos profundos de uma vez, provavelmente Mateus citou os ensinamentos que Jesus deu, talvez por um espaço de vários dias dando a entender para seus leitores que tais ensinamentos aconteceram no mesmo dia (mas isto é muito improvável). Ao passo que Lucas descreve o lugar como sendo “plano” e não um “monte”, talvez tendo em mente um ponto especificamente plano em algum lugar do “Monte’.

(Isto é bem possível pois, há regiões montanhosas com lugares planos, como por exemplo, a cidade de Vinhedo - SP).

 

2.   A estrutura do “Sermão do Monte”.

 

O comentarista da lição citou vários versículos neste subtópico 2, mas vou me ater apenas em fazer um comentário geral sobre a “estrutura do Sermão do Monte”, pois faltar-me-ia tempo para fazer um comentário completo sobre a “estrutura do Sermão do Monte”.

 

David Martyn Lloyd-Jones (teólogo, pregador, médico e escritor do Reino Unido) diz que há várias maneiras de dividir o “Sermão do Monte”, as principais formas de dividir o “Sermão do Monte” são;

(1)  Divisão em Aspécto Geral.

(2)  Divisão em Aspéctos Particulares.

Nesta Lição 1 ficaremos com a Divisão em Aspécto Geral, e nas demais Lições faremos a Divisão em Aspéctos Particulares.

Sobre o Aspécto Geral, Lloid-Jones divide o “Sermão do Monte” em 3 partes;

 

A porção geral do sermão, que ocupa o trecho de Mateus 5:3-16.

 

3.  Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;

4.  bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

5.  bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

6.  bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

7.  bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

8.  bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

9.  bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

10. bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus;

Mateus 5.3-10

 

Lloyd-Jones diz que; Em Mateus 5:3-10 temos a descrição do caráter do

crente. Em outras palavras, as bem-aventuranças, as quais são, mais ou menos, uma descrição do caráter geral dos crentes.

 

11. bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.

12. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

Mateus 5.11,12

Lloid-Jones prossegue dizendo que; Os versículos 11 e 12 mostram-nos o caráter do crente segundo é comprovado pela reação do mundo diante dele. Ali nos é dito o seguinte: “Bem aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”. Em outras palavras, o caráter do crente é descrito em termos positivos e em termos negativos. Em primeiro lugar, vemos o tipo de homem que ele é, e então nos é informado que, devido àquilo que o crente é, certas coisas haverão de suceder em sua vida. Contudo, continuamos tendo nisso apenas uma descrição geral.

 

13. Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15. nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e luz a todos que estão na casa.

16. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

Mateus 5.13-16

 

Lloid-Jones completa dizendo que; Posteriormente, nos versículos treze a dezesseis, achamos uma explicação das relações entre o crente e o mundo; ou, se você assim o preferir, temos ali uma descrição da função do crente na sociedade e no mundo; e essas descrições do crente são enfatizadas e elaboradas, depois do que, por assim dizer, essas descrições são sumariadas na forma de uma exortação: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.

Até ali temos uma descrição geral do crente.

 

3. A quem se destina o “Sermão do Monte”?

 

Russel Norman Champlin observa que; “As bem-aventuranças são promessas feitas aos discípulos fiéis do reino dos céus. Apesar de Jesus ter proferido essas palavras originalmente a Israel, não há porque duvidar que Ele (Jesus) queria que se aplicassem plenamente a “Igreja”. O evangelho de Mateus foi escrito quando a era cristã já tinha cerca de cinqüenta anos, e não tem sentido supor que não tencionava ser um documento inteiramen te “cristão”. Os discipulos de Cristo devem aprender a apegar-se a Cristo, a confiar Nele e em suas palavras explicitamente. Não pode haver reservas na dedicação a Ele e às suas palavras. As bem-aventuranças mostram como seremos abençoados se fizermos disso a regra de nossas vidas”.

Em outras palavras, não dúvida alguma de que o “Sermão do Monte” é dirigido a todos os crentes, sem exceção.

William Tyndale diz que; As pessoas e as situações descritas por Jesus podem parecer dignas de pena pelos padrões humanos, mas, por causa da presença de Deus na vida das pessoas, elas são, na verdade, muito abençoadas e devem ser parabenizadas e imitadas”.

 

2- As Bem-Aventuranças e o Caráter dos Filhos de Deus

1.  O que são as Bem-Aventuranças?

 

Randolph Vincent Greenwood ( professor de exegese do Novo Testamento) diz que; “As bem- aventuranças, como são geralmente chamadas, são descrições numa forma exclamatória das qualidades que devem ser encontradas, todas elas, e de fato o são, em vários graus, na vida dos que se submetem ao domínio soberano de Deus. Elas são também uma declaração das bênçãos que já experimentam em parte e que irão gozar mais plenamente na vida futura todos os que revelem tais virtudes”.

 

Greenwood observa ainda que; “As bem-aventuranças em Mateus parecem ser oito em número, pois no verso 11 (de Mateus 5) Jesus abandona a forma exclamatória “ bem-aventurados são” e aborda os discípulos diretamente com as palavras Bem-aventurados sois (vós). As oito qualidades aqui indicadas, quando integradas umas às outras (nenhuma delas pode sequer existir de fato sem as demais) formam o caráter daqueles que, únicos, serão aceitos pelo divino Rei como seus súditos (Veja Mateus 5.3,10), os únicos que o poderão ver, sendo ele invisível (Mateus 5.8), os únicos dignos de serem seus filhos. Conseqüentemente, qualquer pessoa que se diga filho de Deus, ou que diz conhecê-lo, ou pertencer ao seu reino, ou ser membro de seu corpo, a Igreja; em suma, todos aqueles em que seja notória a ausência destas qualidades, é “mentiroso e não conhece a verdade” .

Geremias do Couto (pastor, escritor e conferencista) observa que, “Tanto as Bem - Aventuranças quanto os demais princípios bíblicos do “Sermão do Monte” podem ser vistos sob 2 Ângulos; O ângulo da dimensão presente e o ângulo da dimensão escatológica, ambos se interpõem e se completam”.

 

2.  O reino de Deus e seu caráter.

 

Leandro Vieira (pastor e escritor) define o reino de Deus da seguinte forma; “Reino de Deus” era a expressão usada nos “Evangelhos” que tiveram como foco os gregos (e os não judeus de um modo geral)”.

 

A expressão Reino de Deus declara a soberania, reinado e governo de Deus atuando em tudo.

O reino de Deus não é simplesmente o céu, ou a “igreja”, e não é específicamente um lugar, o reino de Deus é uma Extensão do “Ser de Deus”.

Na consumação do Reino de Deus (em Apocalipse 21.1-3), quando o reino de Deus é estabelecido (por assim dizer), esse reino é basicamente resumido na “presença de Deus” (Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará.. Apocalipse 21.3), portanto o reino de Deus é basicamente, “o reinado de Deus, a vontade de Deus sendo exercida.

 

Augustus Nicodemus (pastor e escritor presbiteriano) define “reino de Deus” da seguinte forma; “reino de Deus é o domínio de Deus sobre a sua criação, mais específicamente sobre a humanidade, e a humanidade redimida, é ação de Deus neste mundo, chamando os cristãos guiando cada evento desse mundo para o fim maior que é a sua glória”. - Grifo pessoal.

 

3.  Os súditos do reino de Deus.

 

A primeira seção do “Sermão do Monte” (Mateus 5.1-12), destaca oito qualidades que formam o caráter dos súditos do Reino de Deus:

 

1 Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; 2e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:

3Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;(Os humildes de espírito , e não os “pobres-de-espírito” , como pode sugerir uma infeliz tradução. Eles são, isto sim, os que reconhecem de coração ser “ pobres” no sentido de não poderem realizar nenhum bem sem assistência divina e que não têm nenhum poder em si mesmos que os ajunde a fazer o que Deus requer deles. O reino dos céus a estes pertence, pois deste reino os orgulhosos por sua auto-suficiência são inevitavelmente excluídos).

 

4bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;(Os que choram são os que lamentam tanto os seus próprios pecados e falhas, como o mal tão preponderante no mundo, causando tanto sofrimento e miséria. A simpatia que nasce desta lamentação traz consolação desde agora para aqueles que a praticam. E o dia certamente chegará quando Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”).

 

5bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;(Os mansos são aqueles que se humilham diante de Deus por reconhecerem sua total dependência dele. Como conseqüência são gentis no trato com os outros. Moisés revelava este traço de caráter em notável medida; e a posse do mesmo por Jesus foi uma das bases para ele convidar homens e mulheres Cansados e sobrecarregados a achar alívio e descanso nele, que era exatamente manso e humilde (Mateus 11.28,29). Quando Deus tiver destruído todos os que em sua arrogância resistem à sua vontade, os mansos serão os únicos a herdar a terra).

 

6bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;(Os que têm fome e sede de justiça são os que, por ansiarem por ver o triunfo final de Deus sobre o mal e o seu reino plenamente estabelecido, anseiam também por fazer eles próprios o que é justo e reto. Todos estes têm a crescente satisfação de saber que estão avançando e não bloqueando os propósitos de Deus).

 

7bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;(Os misericordiosos são aqueles que estão conscientes de ser indignos recipientes da misericórdia de Deus e que, não fosse por essa mísericórdia, eles não seriam apenas pecadores, mas pecadores condenados. Conseqüentemente esforçam-se por refletir no seu convívio com outros algo da misericórdia que Deus mostrou para com eles. E quanto mais fazem isto, mais a misericórdia de Deus se estende a eles).

8bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;( Os limpos de coração são os íntegros, livres da tirania de um “ eu” dividido, e que não ficam tentando servir a Deus e ao mundo ao mesmo tempo. Destes é impossível que Deus se esconda. Vivem como se pudessem ver aquele que é invisível e a quem, um dia, verão tal como ele é (comparar Hebreus 11.27 e I João 3.2).

9bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;(Os pacificadores são os que estão em paz com Deus, que é o “ autor da paz e apreciador da concórdia” ; são os que mostram ser verdadeiramente filhos de Deus, esforçando-se para aproveitar qualquer oportunidade que se lhes abra para efetuar a reconciliação entre aqueles que estão em desavença).

 

10bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; (Aqueles que são perseguidos sofrem simplesmente por sustentarem os padrões divinos de verdade, justiça e pureza, recusando-se a ajustar-se ao paganismo ou a curvar-se perante os ídolos que os homens erguem como substitutos de Deus. Como Paulo alertou seu amigo Timóteo, “ todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12); mas a estes Jesus assegura que são cidadãos do único reino permanente, o reino dos céus).

11bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.(Jesus se volta para os discípulos advertindo-os de que, no caso deles, sofrimento por minha causa significará a possibilidade de serem submetidos a violência, perseguição e todo tipo de calúnia. Quando ele, o Messias, se retirasse da presença deles, o ódio do mundo, até então voltado contra ele enquanto estava na terra, se voltaria contra seus seguidores. Estes deviam alegrar-se muito sabendo que

tal sofrimento seria indicação de estarem eles na linha de descendência dos profetas que anunciaram a vinda do Messias).

 

12Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós (grande é a recompensa daqueles que decidem seguir a Jesus sem se importar com o “preço a pagar”).

 

Portanto, ao praticar estas qualidade do reino de Deus, seremos chamados de “Bem – Aventurados, ou seja, “Verdadeiramente Felizes”.

3 Somos Bem-Aventurados

1.  A Beatitude na vida dos salvos.

2.  A prova de que o cristão é “bem-aventurado”.

(Beatitude- felicidade profunda de quem desfruta a presença de Deus, e que só poderá ser atingida em sua plenitude na vida eterna).

 

No “Sermão do Monte” Jesus ensina que a verdadeira felicidade nada tem a ver com o que o homem moderno Deseja. Isto me lembra as palavras de Napoleon Hill (palestrante, escritor e mestre na área da “auto ajuda”), Hill dizia que;

 

O homem deseja basicamente 3 coisas e o homem deve tomar cuidado com esses 3 desejos; “O ser humano deve tomar cuidado com;

 

1-O desejo por comida,(O diabo usou um “alimento” para enganar Eva).

 

 2-O desejo por manifestar opiniões imprecisas(Isto está relacionado ao orgulho, o desejo de não mostrar que sabe menos, ou que se é “menos” que a outra pessoa).

 

3- O desejo por sexo (Quantos são os cristãos que sofrem duras “quedas” por darem vasão aos desejos sexuais ilícitos?)”.

 

No “Sermão do Monte” aprendemos com Jesus que A felicidade bíblica se revela em quem ama o seu inimigo, bendiz o que maldiz, faz o bem ao que o odeia e ora pelos que o maltratam e perseguem ( “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” Mateus 5.44).

 

Conclusão:

 

O Sermão do Monte é a base ética do Reino de Deus. Nele, constatamos o lado divino de uma atitude amorosa do cristão para com Deus, bem como para com o próximo . Se cada crente fizesse do Sermão do Monte o seu norte ético de vida, as polêmicas não teriam lugar entre nós , não haveria espaço para meras opiniões intelectivas, visto que o propósito desse sermão é que cada crente seja como Deus quer que ele seja.

Fontes:

Bíblia de Estudo Arqueológica,                                                                                                                 Comentários Expositivos Hagnos, Mateus – Introdução e Comentário R. V. G. Tasker,      Dicionário Bíblico Tyndale,                                                                                                                        Dicionário Bíblico Wycliffe,                                                                                                                   Enciclopédia de Teologia e Filosofia- R. N. Champlin,                                                                                     A Bíblia Interpretada Versículo por Versículo – R. N. Champlin,                                                              Comentário Bíblico de Mateus – Myer Pearlman,                                                                                     Estudos do Sermão do Monte- D. M. Lloid-Jones,                                                                                              O      Sermão do Monte- John Wesley,                                                                                                                Mais Esperto que o Diabo- Napoleon Hill,                                                                                    Apontamentos teológicos professor José Junior.

 

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