12 de junho de 2013

A FAMILIA E A ESCOLA DOMINICAL



A FAMILIA E A ESCOLA DOMINICAL

TEXTO ÁUREO  = “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16).

VERDADE PRÁTICA = “Evangelizando e ensinando, a Escola Bíblica Dominical constitui-se no principal departamento da igreja”.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO  = Pv 22.6; = 2 Tm 3.14-17; = Dt 6.6,7

INTRODUÇÃO

Ao ensejo do Dia Nacional da Escola Dominical, focalizaremos a importância do ensino sistemático das doutrinas bíblicas no desenvolvimento do caráter cristão. Não se pode conceber urna igreja sem Escola Dominical, pois os crentes necessitamos do ensino bíblico para vencer a todos os percalços de nossa jornada. Sobre a importância da Escola Bíblica Dominical, pronuncia-se A. S. London: “Extinga a Escola Bíblica Dominical e, dentro de 15 anos, sua igreja terá apenas a metade dos seus membros.”

I.O QUE É A ESCOLA DOMINICAL?

A Escola Bíblica Dominical é o principal departamento da igreja. Eis corno o pastor Antonio Gilberto a define: “...a escola de ensino bíblico da igreja, que evangeliza enquanto ensina, conjugando assim os dois lados da comissão de Jesus à Igreja , conforme Mt 28.20 e Mc 16.15. Ela não é uma parte da Igreja; é a própria Igreja ministrando ensino bíblico metódico”.

II. A ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

1. No Velho Testamento. Embora seja uma instituição relativamente moderna, as origens da Escola Bíblica Dominical encontram-se nas Escrituras Sagradas. Vejamos rapidamente, pois, como a Palavra de Deus era ensinada nos antigos tempos.

a. Nos dias de Moisés. No período mosaico, eram os próprios pais os encarregados pelo ensino religioso aos seus filhos. Eis o que recomendou o Senhor por intermédio de Moisés: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando- te e levantando-te” (Dt 6.6,7).  Além do ensino informal ministrado no recesso do lar, eram realizadas também reuniões públicas: “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei’‘ (Dt 31.12).

b. Nos dias dos profetas, sacerdotes e reis. Concomitantemente com os encargos cultuais, dedicavam-se os sacerdotes também ao ensino da lei, ( Jr 18.18). Todas as vezes que um monarca judaíta propunha-se a servir a Deus, unia das primeiras providências que tomava era justamente incentivar os sacerdotes a prosseguir com o doutrinamento do povo. Assim agiram, por exemplo, o piedoso Ezequias e o inigualável Josias. Entre esses notáveis soberanos, incluímos o rei Josafá. De seus ingentes esforços para ensinar seus súditos, registrou o cronista: “E exaltou-se o seu coração nos caminhos do Senhor e ainda de mais tirou os altos e os bosques de Judá. E, no terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus príncipes, a Bencail, e a Obadias, e a Micaia, para ensinarem nas cidades de Judá” (2 Cr 17.6,7).

Como seria bom se todos os nossos pastores se dedicassem ao ensino do povo de Deus. Tenho absoluta certeza de que não teríamos mais igrejas fracas e espiritualmente enfermas. Os crentes seriam mais firmes e se dedicariam com muito mais afinco à expansão do Reino de Deus. Pastor, tens ensinado teu rebanho nos santos caminhos do Senhor? Ou tens perdido tempo com vâs filosofias e histórias que nenhuma edificação trazem?

c. Nos dias do cativeiro babilônico. Os judeus foram levados cativos a Babilônia em três sucessivas levas: 606, 596 e 587 a. C. Longe de Israel e do Santo Templo, que já não mais existia, ficaria o povo à mercê das pompas cultuais pagãs e da lubricidade da adoração gentia. Entretanto, mesmo arredados a centenas de quilômetros da Formosa Terra, Deus não permitiu que eles desaparecessem como nação, nem perdessem sua identidade como povo escolhido. Além dos profetas, suscita-lhes o Eterno dedicados escribas e sacerdotes que reavivam o estudo da Lei e dos outros santos escritos. Foi durante o cativeiro babilônico que surgiram as sinagogas. Essas instituições, explica-nos Benson, tinham duplas finalidades: “As sinagogas eram casas de ensino , tanto para crianças como para adultos.”Em suma, pois, eis como funcionavam as sinagogas: Durante a semana serviam como escola para as crianças, e, aos sábados, como ponto de reunião para o estudo da Lei.

d.Nos dias de Esdras. Esdras foi um dos homens mais cultos da nação hebraica. Ele, a propósito, tem sido comparado a Moisés por ter sistematizado as Sagradas Escrituras e delimitado o cânon do Velho Testamento. Como um dos líderes dos repatriados judeus, muito se preocupou com a educação religiosa de seus conterrâneos. O pastor e professor Antonio Gilberto explica-nos como funcionava a escola dirigida pelo esforçado sacerdote: “Esdras era o superintendente (Ne 8.2), o livro-texto era a Bíblia (v.3), os alunos eram os homens, mulheres e crianças (vv. 3;12;43). Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos e outros treze serviam como professores, ministrando o ensino (vv 7;8). O horário ia da manhã ao meio dia (v.3).” Sem a intervenção de Esdras, que além de sacerdote era habilidoso escriba, o povo não teria suportado tantas provações, dores, angústias e não poucas lágrimas.
Os filhos de Deus somente resistirão aos dias maus se estiverem alicerçados nas Sagradas Escrituras.

2. No Novo Testamento. Se o ensino bíblico era importante para a antiga aliança, quanto mais para a nova. Isto porque, como religião universal, o cristianismo não necessita apenas de adeptos. Necessita de homens, mulheres e crianças que realmente tiveram uma experiência marcante com o Senhor Jesus. Mas, deque forma podemos nos inteirar das verdades cristãs a não ser com o ensino sistemático do livro dos livros.

a. Nos dias de Jesus. Cristo foi o Mestre dos mestres. Até mesmo seus mais ferrenhos adversários admiravam- se da excelência e supremacia de seus ensinos. No Evangelho de Marcos, lemos: “E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (Mc 1.22). Grande parte do ministério terreno do senhor Jesus foi ocupado com o ensino (Mt 4.23; 9.35). Ele não perdia oportunidade. O Senhor ensinava nas sinagogas e em casas particulares (Mc 6.2; Lc 5.17; Mc 2.1).

Ensinava também no Santo Templo e nas humildes e esquecidas aldeias (Mc 12.35; Mc 6.6). Ante as multidões, expunha com simplicidade e terna beleza os escondidos mistérios do Reino de Deus (Mc 6.34). Cristo, todavia, não esquecia os pequenos grupos, como costumam fazer determinados evangelistas, que falam apenas às massas e se recusam a ministrar a pequenos rebanhos. Os tais se esquecem de alço fundamental: onde estiver dois ou Ires reunidos no nome de Jesus, o próprio Senhor estará no meio deles.

Como o maior de todos os ensinadores, Cristo era chamado com muita justiça de Rabi. Esta expressão hebraica não significa apenas Mestre. Ela quer dizer muito mais. Todas as vezes que alguém se dirige a Cristo, chamando-o de Rabi, declarava-lhe literalmente: “Minha Grandeza”. Como o inigualável Mestre, deixou-nos na Grande Comissão a responsabilidade de não somente evangelizar, como também ensinar (Mt 28.18,19). E, foi isto exatamente o que fizeram seus discípulos.

b. Nos dias da Igreja. Após a ascensão de Cristo, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. Lendo o livro de Atos, vemos que a Igreja em seus primórdios dava muita importância ao ensino das doutrinas bíblicas. Leia Atos 5.41. Em suas viagens missionárias, Paulo jamais se descuidou do ensino cristão. Acompanhado de Barnabé, ele ficou um ano todo a ensinar os irmãos em Antioquia (At 11.26). Com a mesma finalidade, o tolo permaneceu três anos em Éfeso (At 20.20,31). Na capital do Império Romano, Paulo dispendeu seus últimos dias com o ensino do Evangelho (At 28.31).

3. Nos dias atuais. A Escola Bíblica Dominical, como hoje a conhecemos, começou na cidade inglesa de Gloucester. Este maravilhoso empreendimento teve início quando o jornalista evangélico, Robert Raikes, de 44 anos, foi profundamente tocado por Deus a fazer algo pelas crianças de sua cidade, que perambulavam pelos antros.
Desta forma, Robert Raikes saiu às ruas e passou a convidar as crianças para participarem de uma reunião dominical que, daí por diante, tornar-se-ia uma das mais fortes tradições da Igreja Cristã.

Nessa tarefa, Raikes contou com a valiosa ajuda de William Fox. Segundo as diretrizes estabelecidas por Robert Raikes, além dos ensinos bíblicos, ministrar-se-ia também às crianças, nessas reuniões dominicais, outras matérias: gramática, aritmética e moral e cívica. No Brasil, a Escola Dominical começou em Petrópolis em 19 de agosto de 1885. A iniciativa coube ao missionário Robert Read Kalley, da Igreja Congregacional.


III. OS OBJETIVOS DA ESCOLA DOMINICAL

Como já vimos no início desta lição, a Escola Bíblica Dominical tem dois objetivos básicos: a evangelização e o ensino. Desta forma, ela cumpre integralmente as diretrizes traçadas por Cristo na Grande Comissão.

1. Evangelização. Sendo a evangelização um dos seus objetivos, os ensinos da Escola Dominical não podem ser apenas bíblicos. Precisam ser bíblicos, mas essencialmente evangélicos. Em outras palavras, quaisquer que sejam os assuntos em estudo, temos que nos referir, obrigatoriamente, à morte e ressurreição de Cristo. Sem estes elementos básicos e indispensáveis da fé Cristã, a ED jamais cumprirá a sua missão evangelizadora. Quanto a este aspecto da Escola Dominical, escreve Cathryn Smith: “A Escola Bíblica é uma escola diferente, porque, aqui, professores e alunos são responsáveis pelo recrutamento de novos discípulos. A igreja pode utilizar-se desse princípio como estratégia para alcançar as multidões com a sua influência, coordenando o seu programa de expansão através do organismo já existente na EBD”. Com bastante propriedade, complementa a autora: “A Escola Bíblica Dominical é a agência evangelizadora por excelência da igreja”.

2. Ensino Cristão. É na Escola Bíblica Dominical que vamos adquirir um ensino sistemático e ordenado das doutrinas bíblicas. Sem este embasamento doutrinário, jamais cresceremos na graça e no conhecimento do Senhor. Façamos uma pesquisa e descobriremos que os obreiros bem sucedidos foram assíduos freqüentadores da Escola Dominical. Escreve o Dr. C. H. Benson: “Um cálculo aproximado assinala que 75% dos membros de todas as denominações, 85% dos obreiros e 95% dos pastores e missionários foram, em qualquer tempo, alunos da Escola Dominical” 


Convencer a Igreja desta necessidade tem sido um grande desafio nos dias atuais. Não há dúvidas que a escola bíblica dominical compete com o cansaço e o lazer. E na maioria das vezes é quase uma competição desleal. Pois sempre o lazer e o cansaço vencem!

Infelizmente estes cristãos também são presas fáceis de Satanás justamente por falta de conhecimento bíblico. Grande parte não tem o hábito de ler livros cristãos, freqüentar palestras e cursos de capacitação, ler comentários bíblicos. Outros são ainda piores, nem ao menos lêm a bíblia e quando estão diante de um desafio não têm a menor base para enfrentar aquela situação, lançando mão de uma teologia própria ou mal ouvida de um pastor no rádio, televisão ou de uma mensagem mal compreendida no domingo à noite. Finalmente, por não terem sucesso, culpam a Deus ou a igreja pelos seus infortúnios!

A escola dominical permite o diálogo entre o ouvinte e o professor, privilégio que os cultos normais não oferecem. Permite ao aluno questionar o professor sobre uma questão mal compreendida. E acima de tudo dar a sua opinião sobre o tema.

É verdade que a escola dominical não forma teólogos, até porque não é a sua proposta. Ela forma crente sadios, bem embasados na fé cristã, família comprometida com a verdade e ética cristã e crianças mais bem preparadas para adolescência. Adolescente preparado para a juventude e jovens preparados para assumirem uma família dentro dos padrões do evangelho. Daí a necessidade de toda a família freqüentar a escola bíblica dominical.

Outra grande vantagem da escola bíblica dominical é que, como ela é dividida em classes nas suas faixas etárias, permite uma comunicação mais proveitosa entre professor e aluno através de linguagem e exemplos pertinentes á idade daquela classe. Aí então todos os assuntos são direcionados para atingir as necessidades daquele aluno, independente do tema que esta sendo abordado e dando mais liberdade para o professor falar abertamente do tema, pois o assunto não é segredo para ninguém daquela sala.

Em resumo, você cresce e amadurece muito na fé cristã quando você freqüenta uma escola bíblica dominical.

Venha participar conosco! Se a sua igreja ainda não tem escola dominical, você esta sendo desafiado a procurar o seu pastor e se dispôr a auxiliá-lo no que for necessário a fim de que possa implantar uma escola bíblica dominical na sua igreja.

Escola bíblica dominical
Nossa escola acontece todos os domingos de 9:00hs as 10:30hs da manhã. Termos como principal objetivo proporcionar o amadurecimento cristão de nossos alunos, bem como uma continua reflexão de comportamento e atitudes frente à família, sociedade e Igreja evangélica, tendo como a principal referência a Palavra de Deus - Bíblia.

Abordando temas como infidelidade, medo, orgulho, perdão, nossas aulas para adultos têm levado os alunos a conhecer mais a si mesmos e a entender que apesar de sermos humanos e mesmo com todos os nossos instintos e emoções, somos plenamente capazes de viver uma vida de verdadeiros cristãos. E acima de tudo glorificando a Deus através do fruto do Espírito cultivado em nós, segundo o que nos orienta o livro de Gálatas 5: 22-25. Moldar o caráter á luz da palavra de Deus é a proposta de uma escola bíblica dominical teologicamente correta!

CONCLUSÃO

A Escola Dominical é um agente transformador da sociedade, muitas vidas podem ser modificadas através dos ensinos dominicais. Por isso compareça, traga sua família, convide pessoas não crentes para participar das aulas, você como igreja estará praticando o texto de Mateus citado acima. Temos várias salas de aula para atender todos os públicos da igreja.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1990


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