24 de novembro de 2015

BENÇÃO E MALDIÇÃO NA FAMILIA DE NOÉ


BENÇÃO E MALDIÇÃO NA FAMILIA DE NOÉ

 

Texto Áureo = “Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja- lhe Canaã por servo.” (Gn 9.26,27)

 

Verdade Prática = Por causa de sua irreverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.

 

Leitura Bíblica = 9: 20-29

 

INTRODUÇÃO

 

Aqui a raça humana tem um novo começo. Através destas oito almas o mundo foi repovoado. Em todos os continentes nós encontramos vários relatos a respeito do dilúvio, pois essa história tem sido passada de geração a geração. Somente nas Escrituras nós temos a história contada sem erros ou falsas fantasias.

 

I. Um Novo Começo - versículos 1-2.

 

Noé recebeu a mesma diretriz que foi dada para Adão [Gênesis 1:22]. No entanto, houve uma mudança na maneira de exercer domínio. Em Gênesis 1:28 Deus mostrou ao homem que a terra foi criada para o seu proveito. Portanto, ele deveria dominar, ou em outras palavras, utilizá-la em seu benefício. Em Gênesis 9:2, é acrescentado, que para a proteção do homem, o temor dele estaria presente em todos os animais. Isto mostra como o pecado produziu miséria e desarmonia mesmo entre a criação física [Romanos 8:22].

 

II. O Sangue - versículos 3-4.

 

No relato da criação, foi dito ao homem para se alimentar de todas as ervas que davam semente [Gênesis 1:29]. Aqui a dieta dele foi ampliada para incluir os animais. Entretanto, havia uma restrição para que não se comesse os animais vivos, ou animais cujo sangue não tivesse sido exaurido. Deus estava começando a incutir no homem o respeito pelo sangue. A vida da carne está no sangue [Levítico 17:10]. A maioria dos sacrifícios levíticos exigia o derramamento de sangue [Levítico 17:11]. Isto tudo estava nos preparando para entendermos a redenção através do sangue de Cristo [Apocalipse 5:9].

 

 

 

III. A Pena de Morte - versículos 5-7.

 

Antes do dilúvio, a pena de morte não era permitida [Gênesis 3:14-15]. Deus reservou a Si mesmo o direito de julgar o homem. Infelizmente o homem encheu a terra com uma violência incontrolável [Gênesis 6:11]. Certamente nós não podemos entender porque Deus tomou esta decisão. Talvez Ele desejasse mostrar ao homem a profundidade da sua natureza depravada, e a necessidade da força de um governo para restringi-lo.

 

Após o dilúvio, Deus autorizou e de fato exigiu o exercício da pena de morte. A razão pela qual um assassinato exige tão séria penalidade, é explicada pelo fato de que o homem foi criado a imagem de Deus. Quando este fato é esquecido, a vida humana é vista como algo sem muito valor. Note como o aborto é promovido por homens ímpios.

 

Vamos notar outras verdades bíblicas que caminham juntas neste tópico:

 

A. A Bíblia proíbe a vingança pessoal ou o assassinato [Êxodo 20:13; Romanos 12:19].

 

B. Deus deu ao governo civil o direito de exercer a pena de morte [Romanos 13:3-4].

 

C. Aqueles que pensam que o sexto mandamento proíbe a pena de morte, deveriam estudar melhor as Escrituras [Compare Êxodo 20:13 com Êxodo 21:12]. Alguém poderia questionar por que até mesmo um animal que matou um homem deveria ser morto também. Obviamente qualquer criatura que tivesse se transformado em um assassino de homens, era uma ameaça pública. Esta lei também fez uma ilustração pública de como a vida humana é sagrada.

 

IV. A Aliança - versículos 8-17.

 

Antes do dilúvio, não havia chuva sobre a terra [Gênesis 2:5-6]. A primeira experiência do homem com a chuva foi durante o julgamento universal. Imagine o medo daqueles que vieram da Arca, ou como se sentiam aqueles que mais tarde ouviram a respeito do dilúvio, quando começava a chover. A fim de aliviar este temor, e como um sinal da promessa de Deus de não destruir mais a terra com água, foi feito um arco nas nuvens para servir como memorial deste pacto. O arco nas nuvens era o penhor da aliança que Deus fez com todos os homens e animais. Vamos explicar as nossas crianças o significado do arco na nuvem.

 

 

 

V. O Pecado de Noé - versículos 18-21.

 

Os eventos aqui relatados ocorreram alguns anos após o dilúvio. Isto é provado pelo fato de que Canaã, o filho de Cão, já ter nascido ou mesmo ser bem jovem. Noé plantou uma vinha e produziu vinho.

Ele bebeu até ao ponto de ficar bêbado, e por causa do calor que o álcool produziu, ele se despiu em sua tenda enquanto dormia. Este fato conduziu à uma tragédia.

 

Podemos tirar as seguintes lições deste episódio:

 

A. A Bíblia foi escrita por inspiração de Deus. Em sua completa integridade, ela expõe os erros de mesmo os melhores homens. Os livros escritos pelos homens têm a tendência de esconder os pecados e fraquezas daquelas pessoas que são admiradas.

 

B. Não importa quanto tempo nós temos de convertidos, ou quão fiéis nós temos sido à Deus, temos que ser vigilantes. O melhor homem irá cair se ele não vigiar e orar [Mateus 6:13]. Somente Deus pode nos guardar de tropeçar [Judas 24].

 

C. O uso de vinho é um perigo real [Provérbios 20:1; 23:29-35].

 

D. O abuso do vinho conduz à outros pecados [Habacuque 2: 15].

 

VI. O Pecado de Cão - versículos 22-23.

 

Os antigos eram extremamente modestos e reservados. É muito difícil entendermos qual nível de modéstia eles praticavam. A modéstia é uma virtude e deve ser incentivada nas crianças. O pecado de Cão foi a falta deste respeito e decência. Ao invés de honrar ao seu pai, ele o contemplou com satisfação e até contou aos outros da desgraça de seu pai. Talvez ele estivesse ressentido com a piedade de seu pai e ficou satisfeito com sua queda. Veja o contraste entre o comportamento de Cão e o de seus dois irmãos. Não foi o respeito e honra deles para com Noé uma repreensão a seu irmão?

 

VII. As Profecias de Noé versículos 24-27.

 

A. A Maldição de Canaã - Quando Noé despertou e soube do comportamento de Cão, ele ficou indignado. Nesta época Cão tinha um filho chamado Canaã. Os traços ruins de Cão parecem já terem sido manifestos nele. Então, ao invés de a maldição cair sobre Cão e todos os seus descendentes, caiu sobre Canaã. Ele e seus descendentes foram amaldiçoados com a escravidão.

 

Vamos observar as informações bíblicas a respeito de Canaã e seus descendentes:

 

1. Canaã foi apenas um dos filhos de Cão [Gênesis 10:6].

 

2. Os descendentes de Canaã se estabeleceram na terra dada a Israel [Gênesis 10:15-19].

 

3. Os descendentes de Canaã tinham uma tendência à imoralidade [Gênesis 10:19- Sodoma e Gomorra; Gênesis 15:16; Gênesis 19. Gênesis 34:1-2 – note Gênesis 10:15-16; Levítico 18:3-24 - note vers. 3].

 

4. Os Cananeus foram dominados e escravizados por Israel e muitas nações de gentios.

 

5. Os últimos Cananeus parecem ter sido destruídos em 146 A.C., quando Roma atacou a cidade Fenícia de Cartago. Até mesmo os Romanos ficaram chocados com a impiedade de Cartago.

 

B. Sem é Abençoado - Sem foi o pai dos povos orientais, incluindo Abraão e o povo Judeu. Perceba que a benção de Sem está associada a Deus. Através de Sem vieram todos os Judeus e seus profetas, e finalmente o Senhor Jesus Cristo. Canaã deveria ser servo deles.

 

C. Jafé é Abençoado - Jafé foi o pai dos povos nórdicos ou Europeus. Várias promessas são feitas aqui:

 

1. A descendência de Jafé se alargaria. Note através da história, as conquistas mundiais realizadas pela semente de Jafé.

 

2. Jafé habitaria nas tendas de Sem. Isto pode se referir ao fato de que os descendentes de Jafé têm freqüentemente vivido nas terras de Sem. O mais importante é que isto é sempre visto como uma profecia a respeito do evangelho chegando até aos gentios [Atos 16].

 

3. Canaã deveria ser servo deles. Os Cananeus foram freqüentemente escravizados e finalmente destruídos pelos descendentes de Jafé.

O estudo das profecias de Noé e seus descendentes é ao mesmo tempo complexo e interessante. Nós somente arranhamos a superfície

 

 

 

 

VIII. A Extensão da Vida de Noé - versículos 28-29.

 

Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo. (Gênesis 9:27)

 

Acredita-se que o nome “Jafé” signifique “engrandecer” ou “aumentar”. Através de jogo de palavras, Noé abençoa Jafé ao usar seu próprio nome. A bênção de Jafé será encontrada em seu relacionamento com Sem e não independentemente. Esta promessa é afirmada mais especificamente no capítulo 12, verso 3: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

 

Deus prometeu abençoar a Abrão, e as outras nações nele. Todos que abençoassem Abrão experimentariam as bênçãos de Deus, enquanto aqueles que o amaldiçoassem seriam amaldiçoados. Outra vez, Canaã será sujeitado todas as vezes em que Jafé estiver unido com Sem.

 

Há uma clara correspondência entre as atividades de Cam, Sem e Jafé e as bênçãos e maldições que os seguiram. Sem e Jafé honraram a Deus quando agiram juntos para preservar a honra de seu pai. Cam desonrou tanto a seu pai quanto a Deus ao saborear a humilhação de Noé. Assim Cam foi amaldiçoado e Sem e Jafé foram abençoados numa unidade cooperativa.

 

A questão que deve surgir da maldição de Canaã é: Por que Deus amaldiçoou a Canaã pelo pecado de Cam? Além disso, por que Deus amaldiçoou os Cananeus, uma nação, pelo pecado de um único homem?

 

A explicação que parece responder melhor a estas questões é que as palavras de Noé não trazem somente bênção e maldição, mas profecia. Ainda que seja verdade que os pecados dos pais visitam os filhos, isto é só “até a terceira e quarta geração” (Êxodo 20:5). Se este princípio fosse aplicado, todos os filhos de Cam deveriam ter sido amaldiçoados.

 

Pela revelação profética, Noé previu que as falhas morais evidenciadas por Cam seriam mais amplamente manifestadas em Canaã e em sua descendência. Percebendo isso, vemos que a maldição de Deus recai sobre os Cananeus por causa da pecaminosidade prevista por Noé.104 A ênfase então recai sobre o fato de que os Cananeus seriam amaldiçoados por causa de seu pecado, não devido ao pecado de Cam. Acho que isto explica porque Canaã é amaldiçoado e não Cam, ou o restante de seus filhos.

 

As palavras de Noé, então, contêm uma profecia. Canaã refletirá mais amplamente as falhas morais de seu pai, Cam. E os Cananeus manifestarão estas mesmas tendências em sua sociedade. Por causa da pecaminosidade dos Cananeus prevista por Noé, a maldição de Deus é expressada. O caráter daqueles três indivíduos e seus destinos serão refletidos associadamente nas nações que deles emergirem.

 

VIVENDO PELA GRAÇA DE DEUS. Noé foi justo mas era descendência de Adão e tinha herança pecaminosa. A Bíblia o afirma em Gênesis 8:21: "Porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice". NOÉ viveu 950 anos, SEM 600 . Seu filho, ARFAXADE 438, SELÁ, 433; ÉBER, 468, PELEGUE, 239 anos. ABRAÃO,175 anos. ISAQUE,180 anos e JACÓ, 147, JOSÉ 120

 

DEUS DE ALIANÇA ABRAÃO. 3 ALIANÇAS 1656 ANOS 352 ANOS ADÃO NOÉ DILÚVIO NOÉ viveu 950 anos, SEM 600 . Seu filho, ARFAXADE 438, SELÁ, 433; ÉBER, 468, PELEGUE, 239 anos. ABRAÃO,175 anos. ISAQUE,180 anos e JACÓ, 147, JOSÉ 120

 

CONCLUSÃO

 

ALERTA AOS PAIS.  Pais que abriram mão do seu lugar, dando a outros a tarefa que lhes cabe – educar e cuidar de sua casa. Pais que continuam “plantando vinhas”, muitas vinhas, e que se embriagam com o resultado do seu trabalho.

 

O QUE A PALAVRA ENSINA. DEUS NÃO POUPOU O MUNDO ANTIGO MAS PRESERVOU NOÉ E MAIS SETE PESSOAS DA SUA FAMÍLIA. DEUS NÃO ISENTA NOÉ MESMO COM TANTAS QUALIDADES.  AS ESCRITURAS NÃO ENCOBRE O FRACASSO DE NOÉ. OS FILHOS E DESCENDÊNCIA DE NOÉ SOFRERAM O JUGO PESADO DAS MALDIÇÕES. O FRACASSO DE NOÉ SERVE DE ADVERTÊNCIA PARA TODOS NÓS, E REFORÇA A CONDIÇÃO DE QUE SOMOS PECADORES.

 

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

 

Bibliografia

 

pt.slideshare.net

Comentário Bíblico Mathew Henry 

Comentário Bíblico de Matthew Baseado na Obra Completa sem Abreviações

 

 

 

 

BENÇÃO E MALDIÇÃO NA FAMILIA DE NOÉ

 

Texto Áureo = “Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja- lhe Canaã por servo.” (Gn 9.26,27)

 

Verdade Prática = Por causa de sua irreverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.

 

Leitura Bíblica = 9: 20-29

 

INTRODUÇÃO

 

Como o mundo antigo foi destruído para ser um monumento de justiça, assim este mundo permanece até agora como um monumento de misericórdia. Mas o pecado, que afogou o mundo antigo, queimará este. Entre os homens se selam acordos, para que o prometido possa ser mais solene e para fazer que o pactuado seja mais seguro para mútua satisfação. Esta aliança foi selada com o arco-íris que, provavelmente, tenha sido visto antes nas nuvens, mas nunca como sinal da aliança, até então. O arco-íris aparece quando há maior razão para temer que a chuva prevaleça; então Deus mostra este selo da promessa, de que não prevalecerá. Quanto mais densa a nuvem, mais brilhante o arco nela.

 

Assim, como abundam as aflições ameaçadoras, abundam muito mais os consolos alentadores. O arco-íris é o reflexo dos raios do sol que brilham sobre ou através das gotas da chuva: toda a glória dos selos da aliança deriva de Cristo, o Sol de Justiça. E Ele derramará glória sobre as lágrimas de seus santos. Um arco fala de terror, mas está dirigido para acima, não para a terra; pois os selos da aliança têm a intenção de consolar, não de aterrar.

 

Como Deus olha o arco para lembrar esta aliança, assim nós devemos ter presente a aliança com fé e gratidão. Sem revelação não poderia ser conhecida esta bondosa seguridade; e sem fé não seria útil para nós; e assim é no que diz respeito aos perigos ainda maiores a que todos estão expostos, e em quanto à nova aliança com suas bênçãos.

 

A VINHA DE NOÉ

 

A embriaguez de Noé está registrada na Bíblia, com essa transparência que somente se encontra na Escritura, como caso e prova da fraqueza e imperfeição humana, embora tenha sido tomado por surpresa pelo pecado, e para mostrar que o melhor dos homens não pode permanecer em pé se não depender da graça divina e é sustentado por ela.

Cão parece ter sido um homem malvado e, provavelmente, se alegrou de encontrar seu pai numa situação imprópria. De Noé se diz que era perfeito em suas gerações (capítulo 6.9); mas isto se refere à sinceridade, não à perfeição sem pecado. Noé, que se manteve sóbrio em companhia de bêbados, agora está bêbado em companhia de sóbrios. O que pense estar firme, olhe que não caia. Devemos pôr muito cuidado quando usamos abundantemente as boas coisas criadas por Deus, para não usá-las em excesso (Lc 21.34).

 

A conseqüência do pecado de Noé foi a vergonha. Observe-se aqui o grande mal do pecado na embriaguez. Descobre aos homens; quando estão ébrios delatam os males que têm e, então, deixam escapar facilmente os secretos. Os porteiros bêbados mantêm as portas abertas. Traz desgraça aos homens e os expõe ao desprezo.

 

Na medida em que os delata, os envergonha. Quando estão embriagados, os homens dizem e fazem coisas que, estando sóbrios, os fariam corar só de pensá-lo. Atentem para o cuidado que põem Sem e Jafé para cobrir a vergonha de seu pai. Há um manto de amor que se pode lançar sobre as faltas de todos (1 Pe 4.8).

 

Além disso, há um manto de reverência que se pode colocar sobre as faltas dos pais e de outros superiores. A bênção de Deus espera aos que honram a seus pais, e sua maldição se acende especialmente contra os que os desonram.

 

A MALDIÇÃO DE CANAÃ

 

Noé pronuncia uma maldição sobre Canaã, o filho de Cão; talvez este neto seu fosse mais culpável que os outros. Ainda entre seus irmãos seria um escravo de servos, isto é, o menor e mais desprezível dos servos. Isto certamente aponta às vitórias obtidas por Israel em épocas posteriores, sobre os cananeus, nas quais foram passados a espada ou levados cativos para pagarem tributo.

 

Todo o continente da África estava povoado principalmente pelos descendentes de Cão; que por quantas épocas tem estado as melhores partes desse território sob o domínio dos romanos, depois dos sarracenos, e agora, dos turcos! Em meio e quanta maldade, ignorância, barbárie, escravidão e miséria vive a maioria de seus habitantes! E dos pobres negros, quantos são vendidos e comprados anualmente como bestas no mercado e levados de um a outro canto do mundo a realizar o trabalho das bestas!

 

Porém, isto de jeito nenhum é escusa para a cobiça e a barbárie dos que se enriquecem com o produto do suor e o sangue deles. Deus não nos mandou escravizar os negros e, sem dúvida, castigará severamente todas estas cruéis ruindades.

O cumprimento desta profecia, que contém quase a história do mundo, libera Noé da suspeita de tê-la pronunciado por raiva pessoal. Prova plenamente que o Espírito Santo usou como ocasião a ofensa de Cão para revelar seus propósitos secretos.

 

"Bendito seja o Senhor Deus de Sem". A igreja seria edificada e continuaria na posteridade de Sem; dele vieram os judeus, que foram, durante longo tempo, o único povo professante que teve Deus no mundo.

 

Cristo, que era Jeová Deus, em sua natureza humana descenderia de Sem; pois dele, no que concerne a carne, veio Cristo. Noé também abençoa a Jafé, e nele as ilhas dos gentios que foram povoadas por sua semente. Fala da conversão dos gentios e a entrada deles na igreja. Podemos lê-lo "Engrandeça Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem". Judeus e gentios serão unidos no aprisco do Evangelho; ambos serão um em Cristo. Noé viveu para ver dois mundos; porém, sendo herdeiro da justiça que é pela fé, agora repousa em esperança, para ver um mundo melhor que esses dois.

 

A posteridade de Canaã foi numerosa, rica e gratamente estabelecida; contudo, Canaã estava sob uma maldição divina, e não uma maldição sem causa. Os que estão submetidos à maldição de Deus podem, talvez, florescer e prosperar neste mundo; porque nós não podemos conhecer o amor ou o ódio, a desobediência ou a maldição pelo que está diante de nós, senão pelo que está dentro de nós.

 

A maldição de Deus sempre opera realmente e sempre é terrível. Talvez seja uma maldição secreta, uma maldição para a alma e não opera de modo que os outros possam vê-la; ou é uma maldição lenta e não opera logo; porém os pecadores estão reservados por ela para o dia da ira. Canaã tem aqui uma terra melhor que Sem ou Jafé e, contudo, eles têm melhor sorte pois herdam a bênção.

 

Abraão e sua semente, o povo da aliança de Deus, desceram de Éber, e por ele foram chamados hebreus. Quanto melhor é ser como Éber, o pai de uma família de homens santos e honestos, que ser o pai de uma família de caçadores de poder, de riquezas mundanas ou de vaidades. A bondade é a verdadeira grandeza.

 

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Comentário Bíblico  do Antigo Testamento Mathew Henry 

 

 

 

BENÇÃO E MALDIÇÃO NA FAMILIA DE NOÉ

 

Texto Áureo = “Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja- lhe Canaã por servo.” (Gn 9.26,27)

 

Verdade Prática = Por causa de sua irreverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.

 

Leitura Bíblica = 9: 20-29

 

INTRODUÇÃO

 

1. A FAMÍLIA DE NOÉ

 

Já estabelecidos nas imediações do Ararate, Noé e sua família recebem do Senhor a incumbência de repovoar a Terra. E, assim, tem início um novo processo civilizatório. Daquele único clã, sairão as tribos, nações e povos que, espalhados pelos cinco continentes, hão de originar remos e impérios.

 

A tarefa será nada fácil. A ruptura cultural com o mundo de Lameque envidará muito trabalho. Por isso mesmo, os filhos de Noé empenhar-se-ão em recompor as ciências, engenhos e tecnologias de quase vinte séculos. Se algum esforço foi requerido de Adão, de Noé há de ser exigida redobrada pertinácia, para que a nova civilização finque suas raízes.

 

Em meio a tantos afazeres e preocupações, eis que um incidente na família do patriarca cinde a humanidade ali representada. Tudo começou quando Noé retomou suas lides agrárias.

 

II. NO PRINCÍPIO, ERA A AGRICULTURA

 

Sem a agricultura, a civilização seria impossível. E o que nos ensina a História. Os povos que, hoje, nos encantam com o seu progresso e desenvolvimento são os que mais se entregaram ao amanho da terra. Os europeus, norte-americanos e japoneses são um exemplo clássico. O cultivo do solo exigiu-lhes o domínio da meteorologia, da química, da metalurgia e de outras ciências fronteiriças. Quem lida com a plantação há de necessitar de enxadas e relhas, adubos e previsões do tempo. Concernente aos povos que se limitaram à caça e à coleta vegetariana, jazem tão primitivos quanto há dois mil anos.

1. Noé, o agricultor. Já fora da arca e já estabelecido nas imediações de Sinear, passou Noé a trabalhar a terra, pois não desconhecia os benefícios da agricultura. Assim o autor sagrado descreve a fadiga do patriarca: Sendo Noe lavrador, passou a plantar uma vinha” (Gn 9,20). O verbo hebraico natah não significa apenas plantar; seu significado tem sérias implicações civilizatórias: estabelecer, edificar e construir.

 

Em sua essência, plantar é fazer cultura. Ciente da importância da agricultura, eis que Noé põe-se a trabalhar a terra. E, dessa forma, semeia uma nova civilização que, dentro em pouco, não terá apenas recuperado o que se havia perdido, mas se haverá surpreendentemente. Haja vista o que dirá o próprio Senhor quando da soberba de Babel: “Agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer” (Gn 11.6). Noé volta à terra, Ele planta uma vinha e semeia uma civilização; seus filhos colherão remos e impérios.

2. A vinha de Noé. Pelo que depreendo das palavras de Jesus, a uva já era bastante cultivada no período pré-diluviano, pois os discípulos de Lameque entregavam-se à comida e à bebida. Vinhas e adegas eram mui encontradiças naquele tempo. Ninguém desconhecia o poder inebriante do fruto da vide.

 

Juntamente com a vinha, o patriarca constrói uma adega. E, com a ciência que trouxera da primeira civilização, põe-se a vinificar suas uvas. Desenvolvendo a enologia, produz a primeira safra de vinho da segunda civilização. De vinhateiro, faz-se vinicultor. Mas essa sua faina trar-lhe-ia constrangimento e desinteligência ao lar.

 

III. O BOM E VELHO VINHO DE SEMPRE

 

Se por um lado, o vinho é o mais notório símbolo da alegria, por outro, é o emblema mais poderoso da intemperança. Quem a ele se entrega, por mais avisado e sábio, acaba comportando-se de maneira inconveniente. Por isso, o rei Salomão alerta-nos a tratá-lo com cuidado e duplicada prudência. Que o exemplo de Noé sirva-nos de alerta.

 

1. Um homem piedoso e íntegro. Na História Sagrada, foi Noé considerado um dos três varões mais piedosos de todos os tempos (Ez 14,14), Pontificando-se ao lado de Jó e Daniel, não soube, porém, como se comportar diante do vinho. Para comemorar a primeira safra de sua vide, embebedou-se e pôs-se nu na tenda patriarcal (Gn 9.21). Que escândalo! O homem que sobrevivera ao Dilúvio deixava-se, agora, afogar numa taça de vinho. O patriarca, embriagando-se, desveste-se e cai num sono profundo. Sua vinolência chega a tal ponto que o leva a perder a noção do certo e do errado, Por algum tempo, faz-se dissoluto. Por isso, recomenda-nos Paulo: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).

 

2. Quando o vinho faz-se irresistível. Aconselhando Timóteo a selecionar avisadamente os obreiros, Paulo é incisivo: “Que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento” (1 Tm 3,2,3).

 

O Senhor dera a vinha a Noé, mas Noé, imoderando-se, dera-se à vinha, entregando-se ao desprezo doméstico. Se um homem santo e piedoso como o patriarca não se houve com moderação ante o vinho, sejamos precavidos. Doutra forma, corremos o risco de cometer até inimagináveis torpezas (On 19,31-38). Quem não pode conter-se, abstenha-se. O ideal é agir como os recabitas que, ansiando por agradar a Deus, evitavam o vinho (Jr 35.1-19).

 

O patriarca não ignorava os efeitos da fermentação. Certamente vira ele, no período antediluviano, o que os seguidores de Lameque faziam sob o jugo da bebida. Além de comer imoderadamente, imoderadamente bebiam, dando-se a todos os excessos. Noé, embriagado, caiu num pecado que, sóbrio, condenara,

 

3. A nudez de Noé. Dando-se ao vinho, Noé embriaga-se. Perde a noção do certo e do errado. Ignora os limites da ética e do decoro mínimo. Agora, ei-lo irreconhecível em sua tenda. Despe-se e deixa-se vencer pela vinolência, Ali estava um dos três homens mais piedosos da História Sagrada exposto diante da esposa, filhos, noras e netos.

 

Vejamos como se comportavam Jó e Daniel citados por Ezequiel juntamente com Noé. Pelo que nos relata o autor sagrado, o patriarca de Uz, ao contrário dos filhos, não se dava ao vinho. Quanto a Daniel, observamos que, de fato, ele não compartilhava do vinho do rei. Mas, particular e reservadamente, bebia o seu vinho. Num momento de ansiedade e interrogações, o profeta abstém-se das iguanas e bebidas: “Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas ínteiras” (Dn 10.3).

 

Dos três varões mais piedosos da História Sagrada, observamos três diferentes posturas: duas louváveis e uma condenável. Jó era abstêmio, e Daniel, moderado. Quanto a Noé, deixou-se dominar pela imoderação, trazendo escândalo ao lar. Nos países mediterrâneos, onde o vinho fermenta a cultura e o cotidiano das gentes, a bebida é larga e, às vezes, prodigamente consumida até por cristãos professos.

 

Não são poucos os servos de Deus que se permitem embriagar, comprometendo a saúde física e espiritual. Enfermam o corpo e a alma. Nossa piedade resiste ao orgulho, à concupiscência e aos pecados mais grosseiros.

Todavia, é incapaz de resistir ao vinho, Na taça, fruto da vide; no estômago, reação química e escândalo. Se imoderados, agiremos soberbamente, dar-nos-emos à lascívia e agiremos como os mais grosseiros e vulgares pecadores. Portanto, moderação e cuidado, Se você dele se abstiver, melhor, Embora todas as coisas sejam-nos lícitas, nem todas convém-nos. Afinal, somos a comunidade ética e moral por excelência,

 

IV. A IRREVERÊNCIA DE CAM

 

Cam, o filho mais novo de Noé, representou à nova civilização o que Caim, o filho mais velho de Adão, representara à antiga. De sua pouquíssima história, podemos extrair muita conclusão, Embora salvo do Dilúvio, não conseguira livrar-se dos pecados que ocasionaram a grande inundação.

 

Na primeira oportunidade, sua loucura e irreverência vieram à tona, revelando quem, de fato, era ele. Pelo jeito, em nada diferia dos herdeiros espirituais de Lameque. Não fora seu pai, teria perecido nas águas da ira divina.

 

1. O desamor. Quem ama não é indecente. Mas discreto, lhano, gentil. Se assim devemos portar-nos em relação aos estranhos, o que não faremos concernente aos nossos pais? O filho mais novo de Noé, conforme já vimos, não se importava com tais questões. Imbuído ainda do espírito da geração que perecera no Dilúvio, estava

sempre disposto a caçoar e irreverenciar a todos, inclusive o próprio pai. Ao deparar-se com o pai desnudo na tenda, Cam não se conteve.

 

Saiu a contar a todos o que presenciara. Chamou a atenção de Sem, Jafé, das cunhadas, filhos e sobrinhos. Ele fez questão que todos vissem o homem mais piedoso da Terra numa situação acabrunhante e vergonhosa. Já imaginou se todos tivessem acorrido à porta da tenda do velho patriarca para ver-lhe o opróbrio? Num único momento a humanidade teria se desencaminhado e, por certo, haveria de tornar-se pior do que a geração prédiluviana. Cam era desamoroso, debochado e insolente. Ele caricaturava tudo o que via.

 

2. A irreverência. No meio pentecostal, a irreverência não é vista como pecado. Brincamos com os dons espirituais, imitamos as línguas estranhas e, de quando em quando, urdimos algumas profecias e visões. Ao que parece, o único pecado que leva para o inferno é o que diz respeito à castidade. Desde que não se adultere, nem se prostitua, que o deboche seja liberado.

 

 

 

A Palavra de Deus, porém, coloca a irreverência no mesmo patamar dos pecados grandes e temíveis. Afirma Paulo que a Lei foi promulgada inclusive para castigar os irreverentes (1 Tm 1,9), O mesmo apóstolo deixa claro que, nos últimos dias, a falta de respeito surgirá como um dos mais fortes sinais da chegada da apostasia final.

 

Por conseguinte, o pecado de Cam não era uma simples brincadeira. Levando-se em conta que Noé representava a Deus naquele momento, a irreverência camita avultava-se como gravíssima blasfêmia. Por muito menos, o profeta Eliseu amaldiçoou uns garotos (2 Rs 2.23). Narra o autor sagrado que o profeta os desventurou, e, na mesma hora, apareceram duas ursas que despedaçaram 42 daqueles meninos. Noutras palavras, o pecado de Cam era tão grave, que poderia ser punido com a morte. Sua transgressão constituiu-se na primeira apostasia da segunda civilização.

 

V. O JUÍZO SOBRE CANAÃ

 

Segundo a doutrina da responsabilidade pessoal, os filhos não serão castigados pelas transgressões dos pais, nem os pais serão penalizados pelas iniquidades dos filhos. A sentença divina não isenta o transgressor nem o iníquo: a alma que pecar esta morrerá. Mas no caso específico de Cam, parece que há uma exceção a essa regra. No entanto, como veremos, a justiça divina foi perfeita no castigo imposto a Canaã, filho de Cam.

 

1. A apostasia de Cam. Conforme já vimos, tudo começou com a irreverência de Cam que, ao ver a nudez do pai, não somente contemplou-a, mas a expôs a toda a família. A reverência fez-se grave apostasia, levando a iniquidade e o pecado à nova civilização. Mas, mercê de Deus, a transgressão não se generalizou. Pelo contexto da narrativa bíblica, constatamos que Canaã, filho de Cam, não somente caiu no mesmo erro do pai, como veio a superá-lo.

 

Portanto, Noé não foi respeitado nem pelo filho, nem pelo neto; ambos fizeram-se igualmente réprobos. Quanto aos outros filhos de Cam, não tomaram parte naquele pecado. Por isso, não foram penalizados.

 

2. A sedição de Canaã. O que era irreverência em Cam fez-se apostasia e sedição em Canaã. Não faltou muito para que a segunda civilização, ainda no nascedouro, viesse a se corromper. Se lermos os capítulos 10 e 11 de Gênesis com atenção e cuidado, verificaremos que a rebelião de Canaã não se deteve com a reprimenda de Noé, Mais adiante, constataremos que ela foi crescendo até alcançar todos os caimitas, num primeiro momento, e, num segundo, as demais famílias de Noé. E, assim, os filhos do patriarca irmanaram-se contra o Senhor, no episódio da Torre de Babel. Por isso, a justiça divina recaiu pesadamente sobre Canaã e seus descendentes.

3. A maldição de Canaã. Entre as mitologias hermenêuticas, há uma que vem causando mal-estar devido à sua conotação racista. Há gente que ainda acha que a maldição que Deus impôs a Cam foi a cor que, hoje, caracteriza os povos subsaarianos. Na verdade, o Senhor não castigou todos os camitas, mas apenas Canaã que, ao contrário de seus irmãos e primos, pôs-se a debochar da nudez do avô.

 

Sua maldição consistiu na perda de suas terras aos filhos de Abraão, o mais ilustre representante de Sem depois de Jesus Cristo. Eis o que decreta Noé: “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos. E ajuntou: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo. Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo” (Gn 9.25-27).

 

Os descendentes de Canaã vieram a habitar as terras que, hoje, pertencem ao Estado de Israel. Ali, começaram a deteriorar-se de tal maneira, que o seu modo de vida passou a ser sinônimo de pecado e abominação. A sociedade cananeia tornou-se irrecuperável; depravara-se essencial e totalmente. Não havia entre os descendentes de Canaã pensa- dores, filósofos ou sábios, mas sacerdotes ávidos por sacrifícios infantis. Por esse motivo, o Senhor removeu, daquelas terras boas e amplas, os descendentes de Canaã, até que viessem a desaparecer como nação.

 

Se do Senhor é a Terra e a sua plenitude, conclui-se que Ele a dá a quem lhe aprouver, e, dela, desaloja os povos segundo o seu querer e justiça. Por isso, houve por bem desalojar os cananeus daquela boa terra, para dar-lha aos hebreus, Não somente a História, mas a própria Geografia, acham-se sob o absoluto controle de Deus. Eis porque o Senhor entrega o território cananeu a Israel. Aquelas terras, portanto, são propriedade dos filhos de Abraão.

 

VI. O DESTINO DOS CAMITAS

 

Se Deus o quisesse, poderia ter amaldiçoado todos os clãs provenientes do caçula de Noé. Mas, castigando Cam, amaldiçoou a seu filho, Canaã, que, à sua semelhança, era também irreverente, debochado e sedicioso, Quanto aos outros filhos de Cam, imigraram à Africa, ao Oriente Médio e, segundo é-nos possível depreender linguisticamente, até mesmo ao Extremo Oriente.

 

1. Os camitas da África. Segundo a genealogia de Gênesis 10, estes são os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. Os três primeiros, já em solo africano, dão origem a poderosos remos e impérios. De Cuxe, veio a Etiópia, cujo poderio militar amedrontava povos e nações. Vamos encontrá-los no Novo Testamento, na figura daquele oficial de Candace, rainha dos etíopes. Mizraim foi o pai dos egípcios que, na História Sagrada, detinha a hegemonia na região do Oriente Médio.

Quanto a Pute, é o patriarca que deu origem à Líbia que, nos tempos bíblicos, era uma potência não desprezível. Canaã, o caçula de Cam, seguiu o caminho do pai. E, hoje, já não há indícios de sua civilização, a não ser as informações da Bíblia Sagrada.

 

2. Os camitas da África e os hebreus. Foi numa nação camita que os filhos de Israel abrigaram-se até que tivessem condições de assumir o controle das terras que o Senhor prometera a Abraão. No Egito, os hebreus peregrinaram por 430 anos. De início, o relacionamento entre semitas e camitas, em solo egípcio, foi amistoso e mui produtivo. José, filho de Jacó, assumiu o governo egípcio e, dessa forma, preservou a progênie hebreia num momento de dificuldade e fome.

 

Passados quatro séculos, porém, eis que um Faraó, que não conhecia a José, passou a oprimir os hebreus.

 

Sua intenção era destruir a nação que, embora escolhida por Deus, ainda não havia assumido a sua identidade profética e sacerdotal. Por essa razão, interveio o Senhor com mão poderosa, a fim de arrancar Israel do Egito.

 

Na verdade, o Senhor castigou severamente o Egito, mas não o destruiu, porque tinha, e ainda tem, grandes promessas a essa nação camita. Os israelitas, por exemplo, eram exortados a não maltratar os egípcios, pois em sua terra peregrinaram (Dt 23.7). Nos últimos dias, o Egito terá um lugar especial no plano divino, e estará relacionado estreitamente com o povo de Israel (Is 19,21-25).

 

O interessante é que Israel abrigou-se entre um povo camita até que tivesse condições de apossar-se do território de outro camita que, segundo a promessa divina, cabia-lhe como lembrança. Mas qual a diferença entre o Egito e Canaã. Os cananeus, devido à sua deplorável idolatria, jamais produziram moralistas

 

ou reformadores sociais, ao passo que entre os egípcios, os sábios eram comuns, conforme observamos nesta passagem do livro dos Reis: “Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios” (1 Rs 4.30). Vê-se, pois, que o saber dos egícpios era proverbial e lendário, Quanto aos cananeus, eram tidos como grandes pecadores. Haja vista que os sodomitas e gomorritas provinham de clãs cananeus.

 

CONCLUSÃO

 

Sem e Jafé, ao contrário de Cam, não escarneceram da embriaguez de Noé. Mas, reverentemente, cobriram a nudez do pai, impedindo que o incidente levasse a sua família a um escândalo ainda maior.

Se agirmos assim, evitaremos falatórios, maledicências e sedições na família de Deus. Por isso, foram eles abençoados de uma forma peculiar. O primeiro tornou-se num dos principais ascendentes legais de Jesus Cristo. Quanto a Jafé, pai dos europeus, ajudou a propagar a mensagem do Evangelho até aos confins da Terra.



Portanto, não exponhamos as faltas de nossos irmãos. Mas, discreta e amorosamente, ajudamo-los a se reerguerem. Afinal, todos podemos cair em muitas faltas e tentações. Se quisermos, pois, ser tratados com amor e consideração, usemos de iguais medidas.

 

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

 

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

 

Livro o Começo de Todas as Coisas = CPAD = Claudionor de Andrade

 

 

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