9 de março de 2016

O JUÍZO FINAL


O JUÍZO FINAL

 

Texto Áureo = “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” (Ap 20.11)

 

Verdade Prática = Todos os ímpios terão de prestar conta dos seus atos perante o

Supremo Juiz.

 

LEITURA BÍBLICA  = João 3.18,19; Apocalipse 20.11-15

 

INTRODUÇÃO

 

Depois da condenação definitiva do Diabo e suas hostes, ocorrera o ultimo de todos os julgamentos, o do Trono Branco.

 

Um grande trono branco, A palavra “grande”, aqui, denota poder e gloria; e o termo “branco” indica santidade e justiça. Quem poderia se assentar num trono com esses adjetivos? O Senhor Jesus Cristo, o Justo Juiz — que disse: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22) — conduzira esse ultimo julgamento. Ele foi designado pelo Pai (At 17.31); “Ele mesmo julgara o mundo com justiça; julgara os povos com retidão” (Sl 9.8).

 

De acordo com a Palavra de Deus, o Senhor Jesus será o Juiz em todos os julgamentos escatológicos:

 

1) No Tribunal de Cristo, logo apos o Arrebatamento, Ele galardoara a Igreja (2Tm 4.8; Ap 22.12).

 

2) No Julgamento de Israel, no fim da Grande Tribulação, Ele, que também e o Advogado (I Jo 2.1), será misericordioso ao ouvir o clamor do remanescente arrependido (Dn 12.1; J1 2.32).

 

3) No Julgamento das Nações, Ele julgara com imparcialidade os que sobreviverem ao Armagedom (Mt 25.31,32; 13.40-46).

 

4) No Julgamento do Diabo e suas hostes, apos o Milênio, o Senhor porá termo ao poder das trevas (Ap 20.10; Rm 16.20).

 

5) No Trono Branco, depois da ultima revolta de Satanás e sua derrocada, Jesus condenara, segundo as obras de cada um, os pecadores impenitentes (Ap 20.13; 21.8; 22.15).

 

O poder e a gloria do Justo Juiz serão tão intensos, que a Terra e o Céu, ofuscados (assim como o Sol ofusca a Lua), fugirão da sua presença. Essa descrição se encaixa com Apocalipse 2I.I: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”.

 

Stanley Horton afirmou:

 

A gloria do trono branco e intensa. O universo físico não pode suster-se diante do fogo do julgamento. A terra atual, contaminada pela transgressão de Adão, foge da presença daquele que se encontra no trono. A declaração: “Não se achou lugar para eles” indica que os componentes do universo material deixarão de existir. Será a preparação para 0novo céu e a nova terra de Apocalipse 21.

 

Quem participará desse julgamento? Em 2Timóteo 4.1 esta escrito que o Senhor Jesus Cristo ha de julgar os vivos e mortos, na sua vinda e no seu Reino. Os vivos, no tempo desse julgamento final, já terão sido julgados. O Juízo Final e o julgamento dos “mortos”, termo que aparece em Apocalipse 20.11-15 quatro vezes.

 

Todos os mortos em pecado que ainda não tiverem sido julgados estarão em pé diante do Trono Branco. Quem serão eles?

 

1) Os que permanecerem mortos no Arrebatamento da Igreja.

2) Os mortos na batalha do Armagedom.

3) Os que não ressuscitarem antes do Milênio.

4) Os pecadores contumazes que morrerem durante o Milênio.

 

Não serão proferidas, nesse ultimo grande juízo, duas sentenças, como ocorreu no Julgamento das Nações (Mt 25.46). Haverá uma única condenação para os ímpios (Ap 20.15). Alguns dizem que os salvos também hão de ser julgados, mas isso contraria o que Jesus afirmou, em João 5.24: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entrara em juízo [gr. krisiri], mas passou da morte para a vida” (ARA).

 

O termo “juízo”, na passagem acima, segundo W.E. Vine, “denota primaria- mente 'separação', portanto, ‘decisão, julgamento, juízo’, muito frequentemente no sentido forense, e, especificamente, acerca do ‘julgamento’ divino”.39 O salvo em Cristo, por conseguinte, tem a vida eterna hoje e não será julgado mais quanto ao pecado (cf. Rm 8.1,33,34), a menos que se desvie do caminho da justiça (2 Pe 2.20-22; Mt 24.13; Ap 3.5).

 

A morte e 0 Hades darão os mortos. Em Apocalipse 20.13 esta escrito que o mar dará os mortos que nele ha. Jesus também afirmou que “vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (Jo 5.28).

Onde quer que estiverem, os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do Trono Branco. Segundo a Palavra de Deus, a morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades) darão os seus mortos, os quais, apos o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20.13,14).

 

O vocábulo “morte”, na passagem em analise, tem sentido figurado; trata-se de uma metonímia (figura de linguagem expressa pelo emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade), numa alusão a todos os corpos de ímpios, oriundos de todas as partes da Terra, seja qual for a condição deles.40 Ha pessoas cujos corpos são cremados; outras morrem em decorrência de grandes explosões, etc. Todas terão os seus corpos reconstituídos para que, em seu estado tríplice (cf. I Ts 5.23), compareçam perante o Juiz.

 

No entanto, para que alguém compareça ao julgamento em seu estado pleno — espírito, alma e corpo —, estes elementos terão de ser reunidos. Dai a

ênfase de que “a morte” e também “o inferno” darão os seus mortos. O termo “inferno” aqui e hades, também empregado de forma metonímica. Em outras palavras, assim como a “morte” dará o corpo, o Hades dará a parte que não esta neste mundo físico, isto e, a alma (na verdade, alma+espírito).

 

Todos os sentenciados ao Lago de Fogo, no Trono Branco, serão pecadores já condenados (cf. Jo 3.18,36), haja vista o Hades ser um lugar de tormentos onde os injustos aguardam a sentença definitiva (cf Lc 16.23). Nenhuma alma salva em Cristo se encontra no Hades, mas no Paraíso (Lc 23.43; 2 Co 12.2-4). Nesse caso, os mortos salvos durante o Milênio, como já vimos, ressuscitarão antes do Juízo Final, mas não para comparecerem diante do Justo Juiz como réus (cf. Jo 5.22-29).

 

Com base no que foi dito acima, podemos entender melhor a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.14). Isso denota que os corpos e as almas dos perdidos — que saíram do lugar onde estavam e foram reunidos na “segunda ressurreição”, a da condenação (Jo 5.29b) —, depois de ouvirem a sentença do Justo Juiz, serão lançados no Inferno propriamente dito, o Lago de Fogo.

 

A frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de logo” (Ap 20.14) tem uma correlação com o que Jesus disse em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (ARA). Ou seja, as almas (“o Hades”) e os corpos (“a morte”) serão lançados no Geena. Depois disso, nunca mais haverá morte, o ultimo inimigo a ser vencido (I Co 15.26).

 

 

Todo joelho se dobrara diante de Cristo. No Juízo Final, todos estarão em perante o trono (Ap 20.12, ARA), mas haverão de se prostrar diante do Justo Juiz para receber a sentença (Jo 5.22,23). Todos aqueles que não quiseram se prostrar diante do Rei dos reis, antes da Segunda Vinda, durante a Grande Tribulação e por ocasião do Milênio, estarão ali, onde terá pleno cumprimento o que diz Filipenses 2.10,11: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo e o Senhor, para a gloria de Deus Pai”.

 

No Trono Branco, todos os ímpios, sem exceção, quer queiram, quer não, terão de reconhecer que Jesus Cristo e o Senhor para a gloria de Deus Pai! Muitos obreiros infiéis dirão naquele Dia: “Senhor, Senhor” (Mt 7.21,22), mas será tarde demais (v.23). “Porque esta escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrara diante de mim, e toda língua confessara a Deus. De maneira que cada um de nos dará conta de si mesmo a Deus” (Rm I4.11,12).

 

Grandes e pequenos serão julgados. Participarão do Juízo Final os mortos considerados grandes e pequenos pelos homens (Ap 20.12), pois perante o Senhor não valerão títulos e posições ostentados nesta vida. Os adjetivos “grande” e “pequeno” estão relacionados a importância, prestigio e influencia na Terra.

 

Em Mateus 7.22, Jesus se referiu a uma parte desses “grandes”: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nos em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” Os falsos mestres mencionados por Pedro com certeza estarão entre os que argumentarão ante o Justo Juiz (2 Pe 2.1-3).

 

Esses “doutores” — que terão apostatado da fé (I Tm 4.1), negando o Senhor que os resgatou, e empregado palavras fingidas, por avareza — entenderão o porque de o apostolo Pedro ter empregado estas palavras: “melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (2 Pe 2.2!).Títulos, sermões, profecias, exorcismos e milagres não poderão livrá-los da condenação.

 

Deus não considerara posição social, cor de pele ou títulos recebidos na Terra. Hoje, Ele divide a humanidade em duas categorias: os que estão do lado de dentro, e os que estão de fora (Mc 4.11; I Tm 3.7). Naquele Dia, isso se confirmara, pois os que já estão do lado de fora ficarão de fora do Céu, de acordo com Apocalipse 22.15 e 21.8: Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idolatras, e qualquer que ama e comete a mentira.

 

 

Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idolatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; 0que e a segunda morte. As passagens acima especificam quem serão esses “grandes e pequenos” que não entrarão no Reino dos Céus:

 

I) Os cães. E claro que este termo (gr. kynes) e metafórico e diz respeito a impureza moral e espiritual (cf. 2 Co 7.1). Segundo W.E. Vine, “Os judeus usavam o termo para se referir aos gentios, sob a ideia de impureza cerimonial. Entre os gregos, era um epiteto de impudência”. O apostolo Paulo empregou o vocábulo “cães” em relação aos maus obreiros, que pervertiam a sa doutrina (Fp 3.2).

 

Naquele Dia, muitos falsos obreiros, a despeito de terem optado por fazer a própria vontade, a do povo ou a do Diabo, em detrimento da vontade do Pai que esta nos Céus (Mt 7.21; I Jo 2.17), vão querer se justificar perante o Senhor (Mt 7.22). Para sua tristeza, esses “cães” ouvirão uma dura sentença: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade” (Mt 7.23).

 

2) Os tímidos.Alguém poderá pensar que o Juiz será rigoroso ao extremo, ao sentenciar tímidos ao Inferno. No entanto, a timidez em apreço não e aquele acanhamento natural, como em pessoas introvertidas. O termo empregado (gr. deilos) implica, pelo menos, duas atitudes negativas: vergonha de ser reconhecido como cristão e medo de testemunhar (cf. Mt 10.32,33; I Co 9.16).

 

3) Os incrédulos.O adjetivo apistois (gr.) significa “incrédulo”, “infiel”, “descrente”, “cético” (I Co 6.6; 7.I2-I5; 2 Co 4.4; 6.15; I Tm 5.8). Quando não reconhecida, combatida, nem abandonada por seu portador, a incredulidade se torna um pecado capital (Mt 17.17; Mc 9.24; Lc 17.5). A permanência nela foi a causa de a maioria do povo israelita, oriundo do Egito, não ter entrado em Canaã (Hb 3.15-19). Da mesma forma, os incrédulos contumazes serão lançados no Lago de Fogo (Mc 16.16b; Jo 3.36).

 

 

4) Os abomináveis.O termo “abominável” (gr. ebdelygmenois) e sinônimo de repugnante, detestável, odioso (lit. “que faz alguém se afastar como que de um mau cheiro”); esta associado a idolatria, impureza e mentira (Ap 21.27). A Palavra de Deus descreve assim os abomináveis: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis [gr. bdelyktos], e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra” (Tt I.I6; cf. Ap 3.14-16).

 

 

5) Os homicidas.Nas passagens em apreço, o termo phoneus (gr.) significa “homicida”, “assassino”. De acordo com o código penal vigente em cada pais, quem comete um homicídio com a intenção de matar, se julgado e condenado, pode ser submetido a prisão perpetua ou ate a pena de morte. Mas, qual e a pena para quem mata espiritualmente alguém (I Jo 3.15)? O crente que permanece nessa pratica esta sujeito a pena capital do sofrimento eterno constante do Código Divino (Mt 5.22).

 

6) Os fornicarios. O termo “fornicario” (gr. pornois), literalmente “homem que se vicia em formicação ou prostituição”, possui significação vasta e aplicação abrangente; implica permanência numa vida de imoralidade e maus pensamentos, além de pratica continuada e sem arrependimento do sexo ilícito e de outros pecados contra o corpo (Ap 22.15). A relação intima, dentro do casamento, e algo puro diante de Deus (Hb 13.4). Fora dele, constitui-se pecado digno de pena capital (ICo 6.19,20; 7.9; Mt 5.28).

 

7) Os feiticeiros.Este termo (gr. pharmakois) também e vasto em sua aplicação (Ap 22.15). Pode envolver o manuseio de drogas e poções, embora o seu sentido usual e comum esteja associado a praticas como feitiços, encantos, necromancia, espiritismo, uso de rituais mágicos, bruxaria, evocação de espíritos, emprego de diversas formas de adivinhação, uso de amuletos e talismãs, etc.

 

8) Os idolatras. O vocábulo “idolatra” (gr. eidololatrais) traduz um amor excessivo, uma paixão exagerada, a um idolo (gr. eidolon, “aquilo que e visto”). Pode um crente tomar-se idolatra? Ora, para quem Paulo escreveu: “Não vos façais, pois, idolatras”? Aos crentes de Corinto (I Co 10.7). Para quem João disse: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (I Jo 5.21)? O amor mal direcionado constitui-se idolatria (Mt 10.37; I Jo 2.I5-I7; I Tm 6.10; Ef 5.5). E a permanência nesse pecado conduz a perdição (Ap 22.15).

 

9) Os mentirosos.A palavra pseudes (gr.) significa “mentiroso”, “falso”. O servo de Deus deve deixar a mentira (Cl 3.9), pois a Palavra do Senhor diz: “Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que e a cabeça, Cristo... deixai a mentira, e falai a verdade...” (Ef 4.15,25). Os que permanecerem amando e cometendo a mentira serão lançados no Inferno (Ap 22.15).

 

Cada um será julgado segundo as suas obras. Nesse julgamento, cada um será responsabilizado pelos seus atos. Se a máxima predestinalista “Uma vez salvo, salvo para sempre” fosse verdadeira, o Juízo Final seria uma grande contradição. Afinal, admitiríamos que o Justo Juiz, que de antemão ordenara uns para vida e outros para a perdição, agora os condena “segundo as suas obras”!

 

Os teólogos predestinalistas insistem em argumentar que a salvação e a condenação ocorrem por decreto divino, independentemente de as pessoas decidirem por esta ou aquela. Eles supervalorizam o poder da graça de Deus, em detrimento do livre arbítrio (essas doutrinas são analisadas com muita clareza no capitulo 7 desta obra). Que culpa terão os pecadores diante do Juiz, posto que ja vieram ao mundo destinados ao Inferno?

 

A luz da Palavra de Deus, o Senhor anuncia a todos os homens, em todos os lugares, que se arrependam, pois tem determinado um dia em que, com justiça, ha de julgar o mundo por meio do Senhor Jesus Cristo (At 17.31). Sim, o Juiz de toda a Terra, que ofereceu oportunidade de salvação a todos (I Tm 2.4; Hb 2.9), ha de julgá-los mediante a livre aceitação ou não de seu plano redentor (Jo 3.16,36).

 

Como será 0 julgamento dos que tiverem morrido sem ouvir 0 evangelho?Estes, certamente, serão julgados, mas não sabemos ao certo quais serão os critérios, exceto quanto a infalível justiça divina. Principalmente por se tratar de uma exceção, o Justo Juiz não deixara de tratar desse caso com imparcialidade. Como disse Abraão ao Senhor, em sua intercessão por Ló, “Longe de ti que facas tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25).

 

Não cabe a nos tirar conclusões precipitadas, porem o texto de Romanos 2.12-16 (ARA) lança luz sobre o assunto, apresentando algumas certezas quanto ao Juízo Final no que concerne as pessoas mortas sem nunca terem ouvido a mensagem salvadora do evangelho de Cristo:

 

1) Tendo conhecido ou não o evangelho, todos serão julgados segundo as suas obras; e os pecadores impenitentes serão condenados: “Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados” (v. 12). Em Ezequiel 18.20-24 fica claro que Deus pune a alma pecadora (v.20), além de considerar tanto o arrependimento do ímpio (w.2I-23), quanto o desvio do justo (v.24).

 

2) O julgamento não se dará com base no que uma pessoa dizia ser, e sim no que de fato ela praticou na Terra: “Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (v. 13).

 

3) A lei aqui não e propriamente o evangelho, mas aquilo que a pessoa assimilou durante a sua vida em relação a Deus: “Quando, pois, os gentios, que não tem lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos” (v. 14).

Como aqueles que não tem lei pode- riam proceder de acordo com ela? O Senhor não se revela ao ser humano apenas pela sua Palavra. A própria criação manifesta a sua gloria e a sua divindade ("Sl 19.1-3; Rm 1.20).

 

4) Essa lei fica gravada no coração dos homens, e as suas consciências e os seus pensamentos os acusam ou os defendem, a fim de que não tenham reclamações, naquele Dia:  “Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se” (v. 15).

 

5) Tudo o que esta gravado no coração dos seres humanos, na parte mais profunda de seu ser, vira a tona. Os livros se abrirão no dia do juízo, e Deus, por meio de Cristo Jesus, julgara os segredos de cada um: “... no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho” (v. 16).

 

Os livros. Quanto aos livros abertos no ultimo grande julgamento, o pastor Antonio Gilberto afirmou:

 

Alguns desses livros devem ser:

 

O livro da consciência (Rm 2.15; 9.I).

O livro da natureza (Jo 12. 7-9; Sl 19.1-4; Rm 1.20).

O livro da Lei (Rm 2.12; Is 34.16).

Ora, a Lei revela

O pecado (Rm 3.20).

O livro do Evangelho (Jo 12.48; Rm 2.16).

 

O livro da nossa memória (Lc 16.25: “Filho, lembra-te...”; Mc 9.44 ai deve ser uma alusão ao remorso constante no Inferno). (Ver 0contexto: vv.44-48 e Jeremias 17.1.)

 

O livro dos atos dos homens (Ml 3.16; Mc 12.36; Lc 12.7; Ap 20.12).

O livro da vida (Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 20.12).

 

A presença do livro da vida nessa ocasião e certamente para provar aos céticos que estão sendo julgados que seus nomes nao se encontram nele. (Ler 0incidente de Mateus 1.22,23).

 

Os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto e, segundo as suas obras (Ap 20.12). E aquele cujo nome não constar do livro da vida será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.15). Isso significa que o Senhor tem o registro de tudo o que fazemos (SI 139.16; Ml 3.16; SI 56.8; Mc 4.22).

 

O que e 0livro da vida? E o registro de todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12.1; Ap 13.8; 21.27). Os teólogos predestinalistas tem afirmado que Deus inseriu nesse livro apenas os nomes dos salvos antes da fundação do mundo. Mas, em Apocalipse 17.8, esta escrito que os nomes estão relacionados no livro da vida “desde a”, e não “antes da” fundação do mundo.

 

Ha uma enorme diferença entre “antes da” e “desde a”. No grego, o termo “desde” (apoj significa “a partir de”. A expressão “desde a fundação do mundo”, portanto, denota que os nomes dos salvos vem sendo inseridos no livro da vida desde que o homem foi colocado na Terra criada por Deus (Gn I), e não que haja uma lista previamente pronta antes que o mundo viesse a existir.

 

A expressão em apreço foi empregada também em Apocalipse 13.8 para denotar que todos os cordeiros mortos desde o principio apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus (Is 53; Jo 1.29).

 

Uma pessoa só pode ter o registro do nome em cartório depois de seu nascimento; ninguém e registrado antes disso. Da mesma forma, o nome de uma pessoa salva só passa a constar do livro da vida apos o seu novo nasci- mento. Afinal, “aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). Não existe listagem previa dos eleitos, como pensam os predestinalistas. Na medida em que os indivíduos creem em Cristo e o confessam como Senhor (Rm 10.9,10), eles são inscritos no rol de membros da Igreja dos primogênitos, a Universal Assembleia (At 2.47, ARA; Hb 12.23).

 

De acordo com a Palavra de Deus, existe a possibilidade de pessoas salvas, que não perseverarem ate ao fim, terem os seus nomes riscados do livro da vida do Cordeiro (Ap 3.5). Em Exodo 32.32,33 vemos essa verdade na intercessão de Moises pelo povo: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peco-te, do teu livro, que tens escrito. Então, disse o Senhor a Moises: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro”.

 

Serão riscados os que permanecerem desviados do Senhor e em pecado (cf. Ap 3.3-5; 21.27). Em Lucas 10.20, Jesus disse aos discípulos da missão dos setenta, provavelmente distintos dos doze (“outros setenta”, v.I): “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus”. Judas, porem, um dos discípulos do Senhor, desviou-se do Caminho. Por isso, o apostolo Pedro afirmou: “[judas] foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério... se desviou, para ir para o seu próprio lugar” (At 1.17,25).

 

 

Alguns, ainda, afirmam que Deus relacionou toda a humanidade no livro da vida e só risca quem não recebe a Cristo como Salvador. Não obstante, a promessa “de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3.5) e dirigida aos salvos que vencerem, e não aos pecadores que se converterem. Estes, conquanto tenham os seus nomes arrolados no Céu ao receberem a Cristo, precisam perseverar ate ao fim (Mt 24.13).

 

Em Filipenses 4.3, o apostolo Paulo mencionou cooperadores “cujos nomes estão no livro da vida”, porem antes ele asseverara: “estai sempre firmes no Senhor, amados” (v.I). Não foi por acaso que os pastores das sete igrejas da Asia ouviram do Senhor a mensagem: “Quem vencer” (Ap 2-3). A manutenção no nome de alguém no livro da vida esta condicionada a sua vitória ate ao fim (Ap 3.5). Somos filhos de Deus hoje (Jo I.I 1,12), mas em devemos atentar para o que diz Apocalipse 21.7: “Quem vencer herdara todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”.

 

Como será0sofrimento no Inferno. Alguns autores tem escrito livros com “divinas revelações” do Inferno, mas tudo o que precisamos conhecer sobre o assunto esta nas Escrituras. E sabemos que não se trata de um lugar de sofrimentos fisicos, como os que conhecemos aqui, haja vista ter sido preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), seres espirituais. Os nomes do Inferno, como vimos, revelam dao uma ideia de que será um lugar de terríveis e eternos sofrimentos: “fogo eterno” (gr. pur to aionion); “tormento eterno” (gr. kolasin aionion) e “lago de fogo” (gr. limnem tou puros).

 

Stanley Horton afirmou:

 

A Bíblia e muito cuidadosa em informar-nos que 0destino final dos perdidos e horrível; vai além da imaginação. Envolvera tribulação, angustia, choro e ranger de dentes (Mt 22.13; 25.30; Rm 2.9f E uma fornalha de fogo (Mt 13.42,50), que resulta em prejuízo e destruição eternas (2 Ts 1.9). O seu fogo e por natureza inextinguível (Mc 9.43), e a fumaça do seu tormento subira para todo 0 sempre; não terão descanso (Ap 14. II; 20.10). E neste sentido que a Bíblia diz: “Horrenda coisa e cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31).

 

Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja: Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

 

Teologia Sistemática Pentecostal 2º. Edição CPAD 2008

 

 

 

 

JUÍZO ETERNO

 

A) A BÍBLIA É UM LIVRO HISTÓRICO, DOUTRINÁRIO E PROFÉTICO. O ESTUDO DE APOCALIPSE ABRANGE ESTAS TRÊS ÁREAS:

 

1) O Aspecto Histórico:

 

a) O mundo já conheceu seis impérios: o Egípcio, o Assírio, o Babilônico, o Medo-persa, o Grego e por fim o Romano. Todos estiveram diretamente envolvidos com Israel, o Povo de Deus.

 

b) O Egito tornou-se uma grande nação por causa de José, Filho de Jacó, e foi destruído quando perseguia Israel no mar vermelho (Gênesis 39:1-2; Êxodos 14:26-28).

 

c) O Babilônico foi levantado para castigar Israel através de Nabucodonosor. Foi destruído quando Belsazar abusou do Senhor, bebendo vinho nos jarros santos, que seu pai havia tirado do templo em Jerusalém (2º Reis 25:8-10; Deuteronômio 5:1-4).

 

d) O Assírio foi derrubado por Deus quando Senaqueribe cercou Jerusalém e zombou do Senhor (2º Reis 18:19).

 

e) O Império Medo-Persa, este intimamente relacionado ao povo judeu, conforme registram os livros de Neemias, Esdras e Ester, escritos nesta época.

 

f) O Império Grego e sua queda foi vaticinada por Daniel no capítulo 8:5, 16 e 21, onde é feita uma alusão a Alexandre, o Grande, como o Bode Peludo que destruiria o império Medo-Persa. Este império foi destruído quando um dos quatro reis, sucessores de Alexandre (Daniel 8:23-24), que eram seus generais, chamados Ptolomeu, Seleuco, Antípater e Filétero, invadiu Jerusalém e sacrificou uma porca no altar, zombando de Deus (Daniel 11).

 

g) Jesus nasceu durante o império Romano, profetizado por Daniel como o quarto reino que se levantaria após o Babilônico (Daniel 2:39-40). Daniel profetizou que o império Romano destruiria Jerusalém e o templo, após o messias ter sido tirado (Daniel 9:25-26; Lucas 21:5-6), o que Jesus confirmou.

 

Isto aconteceu 70 anos depois de Cristo quando as legiões romanas cercaram Jerusalém e destruíram a cidade e o templo. Um terço dos judeus morreu dentro da cidade, outro terço foi crucificado ao redor da cidade e o último terço do povo foi espalhado entre todas as nações, conforme a profecia. (Ezequiel 5:12; Lucas 21:20).

h) Todo o desenrolar da história está profetizado na Bíblia e tem o povo de Israel como centro dos acontecimentos.

 

1- A profecia sobre a volta dos Judeus à terra prometida (Ezequiel 36:8-12; 37:21-23).

 

2 - Os conflitos entre Árabes e Judeus (Ezequiel 36:33-36).

 

3 - A possível guerra entre a Rússia e Israel (Ezequiel 39:1-9; 39:18-23).

 

i) O último império que o mundo conhecerá será o do anticristo. Ele será destruído quando se levantar contra os Judeus , quando então eles olharão para quem traspassaram, Jesus (Zacarias 12:10). Então o Senhor voltará e toda a nação se converterá a Ele.

 

1 - A pessoa do anticristo (2º Tessalonicenses 2:3).

2 - Seu poder sobrenatural (2º Tessalonicenses 2:7-10; Apocalipse 17:11-15).

 

2) O Aspecto Moral:

 

a) Ao sabermos que o Senhor breve virá para arrebatar a sua igreja, somos levados a preocupar com a nossa santificação. Jesus conta uma parábola sobre as dez virgens esperando a vinda do noivo, referindo-se à sua volta e ao arrebatamento da igreja. Numa parábola, cinco virgens não tinham azeite em suas lâmpadas, por isso não viram quando o noivo chegou e, como conseqüência não entraram nas bodas.O arrebatamento está para acontecer, quando a igreja do Senhor Jesus será tirada para não passar pela grande tribulação que virá sobre o mundo. Ele nos exorta a ficarmos alertas porque virá como um ladrão à noite naquele dia. Jesus virá para aqueles que O esperam.

 

1 - O arrebatamento. Como será, quando será e quem subirá (1º Tessalonicenses 5:1-11; Marcos 13:28-37).

 

2 - O arrebatamento será em um átomo de tempo. Primeiro os que dormem em Cristo ressuscitarão, depois nós, os que estivermos vivos, teremos nossos corpos transformados e subiremos para encontrar o Senhor, nos ares (1º Tessalonicenses 4:13-18).


3 - O Aspecto Profético

 

a) Daniel profetizou que, nos últimos dias, a ciência se multiplicaria. Estamos vendo isto acontecer (Daniel 12:4).

 

b) Ezequiel profetizou que os judeus voltariam à terra prometida (Ezequiel 37:21-23).

 

1 - Depois de 1.900 anos espalhados pelo mundo, os Judeus retornaram em 1948 e lá estão até hoje, contra tudo e todos (Ezequiel 38:8).

 

c) Após o arrebatamento, o anticristo virá e estabelecerá o seu reinado com a ajuda de dez nações e do Império Romano, que nunca caiu, pois até hoje Roma possui um César cujo poder é reconhecido no mundo inteiro: o próprio Papa (Apocalipse 17). Este Império durarásete anos, quando então Jesus voltará para destruir as forças satânicas.

 

d) O Império do anticristo - 7 anos. (Daniel 9:26-27).

 

e) A procedência do Império - visão de Nabucodonosor (Daniel 2:1-5; 7:16-25).

 

1 - A 1ª fase do reinado do anticristo - falsa paz (Daniel 9:27).

2 - A aliança com as dez nações. (Apocalipse 17:3, 12-9).

3 - A aliança com a grande prostituta (Apocalipse 13:7-9; 17:1-9).

4 - A aliança com Israel e a reconstrução do templo (Daniel 9:25-27).

5) A 2ª fase do reinado do anticristo - dores (Apocalipse 9:1-12).

6) A guerra entre as dez nações (Daniel 2:42-43).

7) A destruição da grande prostituta (Apocalipse 17:15-17).

8) A marca da besta e a tecnologia atual (Apocalipse 13:16-18).

 

4) Cremos não haver dúvida de que a segunda vinda de Cristo se dará em duas fases: Arrebatamento da igreja, e manifestação da pessoa de Cristo em glória.

 

a) Na primeira fase, o arrebatamento da igreja, Jesus virá para os seus. Não tocará os seus pés na terra, tampouco será visível ao mundo. Ele virá até às nuvens, onde receberá a sua igreja para que com ele adentre às mansões celestiais (1º Tessalonicenses 4:17).

 

b) Já na segunda fase, a manifestação propriamente dita, sete anos após a primeira, Jesus virá com os seus. Nesse momento, sim, todo olho o verá, não como um Cristo abatido e humilhado, mas exaltado e triunfante (Zacarias 14:4).

 

5) A Batalha do Armagedom

 

a) A palavra ARMAGEDOM significa monte de megido. Também conhecido como a planície de Jezreel. Nesse amplo e espaçoso lugar, os exércitos do anticristo estarão congregados para o ataque decisivo contra Jerusalém.

 

b) Quando Jerusalém estiver cercada pelos exércitos do anticristo e aos Judeus não restar escape, então eles clamarão angustiados pelo auxílio de Deus. Nesta hora, dar-se-á a manifestação de Jesus, revestido com poder e glória (Isaias 52:8; Mateus 24:30).

 

c) O triunfo de Jesus sobre os exércitos do anticristo será esmagador. Destruindo os exércitos hostis a Israel, o anticristo e o falso profeta serão lançados no lago de fogo e enxofre (Apocalipse 19:20).

 

6) O Milênio

 

a) Ao aprisionamento de Satanás, seguir-se-ão mil anos de paz e de governo perfeito sob o reinado do Senhor Jesus, assinalando o começo de uma nova dispensação (Apocalipse 20:6).

 

b) Esse período não é o princípio de um mundo novo, mas o fim de um mundo antigo. O que o sábado judaico é para a semana, assim será o milênio para a era presente.

 

 

c) Dois grupos de povos distintos tomarão parte no milênio: os crentes glorificados, consistindo dos santos do antigo e do novo testamento, da igreja triunfante, dos santos oriundos da grande tribulação; e os povos naturais, em estado físico normal, vivendo na terra, a saber: judeus salvos saídos da grande tribulação, gentios poupados no julgamento das nações e o povo nascido durante o milênio propriamente dito.

 

d) No milênio, a igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém celestial. A igreja exercerá a co-regência com Cristo durante esse período (Apocalipse 21:22-23) revestidos de um corpo glorificado, os salvos estarão acima das limitações do tempo e do espaço sujeitos quando ainda em seus corpos mortais. Terão um corpo como o de Cristo Ressurreto, que se locomove sem obstáculos e sem barreiras.

 

e) A própria terra passará por transformações que alterarão sensivelmente, para melhor, o seu clima e sua produtividade. Também os animais sofrerão mudança na sua natureza durante essa época áurea. A ferocidade deles será removida para dar lugar à docilidade. Não mais se atacarão, nem, representarão qualquer ameaça ao homem. (Isaias 65:25).

 

f) Toda criação, afetada que foi pela queda do homem, de igual modo participará das bênçãos decorrentes do governo milenar de Cristo (Romanos 8:18-23).

 

7) Terminado o milênio, Satanás será novamente solto por um breve espaço de tempo (Apocalipse 20:7). Esta soltura de Satanás servirá para:

 

a) provar às pessoas que nasceram durante o milênio;

 

b) demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza humana, e que o homem por sí mesmo jamais se salvará, mesmo sob as melhores condições;

 

c) demonstrar que o Diabo é completamente incorrigível.

 

8) Satanás sai a ajuntar as nações da terra para a batalha, mas será derrotado e lançado no lago de fogo e enxofre onde está a besta e o falso profeta (Apocalipse 20:8-10).

 

9) Após este evento, será estabelecido o Juízo do grande trono branco, o Juízo Final. É nessa época que todos os ímpios mortosressuscitarão para ouvir sua sentença final diante do trono de Deus. Até mesmo a morte e o inferno serão lançados no lago de fogo, a segunda morte. (Apocalipse 20:11-15).

 

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