16 de novembro de 2021

PAULO O DISCIPULADOR DE VIDAS

 

PAULO O DISCIPULADOR DE VIDAS

 

Texto Áureo

 

(Para uma melhor compreensão do contexto, vamos abordar os versículos de 36 a 41)

 

36.  Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.

 

37.  E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos.

 

38.  Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.

 

39.  E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.

 

40.  E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.

 

41.  E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas (Este era um território muito familiar para Paulo, nas proximidades de Tarso. Também era a área onde os adeptos do judaísmo haviam trabalhado bastante. A primeira necessidade era certificar-se de que os gentios convertidos dessas províncias romanas (Síria e Cilicia) estavam confirmados (fortalecidos) na fé e estabelecidos em Cristo. Paulo havia evangelizado esta área logo depois de sua conversão (Gálatas 1.21) e era hora de confirmar o seu trabalho).

Atos 15.36-41

 

Resolvidos os problemas doutrinários que haviam perturbado a igreja, era hora de voltar para uma segunda viagem missionária. Paulo procura Barnabé e o convida a visitar novamente os irmãos por todas as cidades nas quais haviam anunciado a Palavra de Deus. É nesse momento que surge um impasse entre esses dois líderes. Barnabé queria dar uma segunda chance ao seu primo, o jovem João Marcos, que os havia abandonado desde Perge da Panfília, na primeira viagem missionária (Atos 13.13; 15.38). Paulo endureceu, bateu o pé e disse que não achava justo levarem esse auxiliar que se afastara desde a Panfília. É nesse ponto que acontece entre Paulo e Barnabé tamanha desavença que eles não puderam mais caminhar juntos. Barnabé investiu na vida de Marcos e foi com ele para Chipre, ao passo que Paulo escolheu Silas e partiu para as bandas da Síria e Cilicia, confirmando as igrejas.

Mais tarde, Paulo mudou de ideia a respeito de João Marcos, uma vez que o chama de cooperador (Filemon 23,24), recomenda-o à igreja de Colossos (Colossenses 4.10) e roga a Timóteo que o leve a Roma, quando de sua segunda prisão, pois lhe era útil para o ministério (2Timóteo 4.11). Não há consenso entre os estudiosos se Paulo ou Barnabé estava com a razão em dar uma nova chance ao jovem João Marcos. O ponto é que Paulo olhava para uma pessoa e perguntava: O que ela poderia fazer para o reino de Deus? Barnabé olhava para a mesma pessoa e perguntava: O que o reino de Deus poderia fazer por ela? - Comentário Expositivo Hagnos Hernandes Dias Lopes

 

1 Paulo e o Discipulado Bíblico

 

 

1.  O discipulado bíblico.

2.  Paulo, o discipulador.

3.  A metodologia de Paulo para o discipulado.

 

Discipulado significa: Reunião de discípulos, agrupamento de alunos. O “discipulado” visa dar ensinamentos, instruções necessárias para que os discípulos creçam na graça e no conhecimento do Senhor e de sua Palavra (2 Pedro 3.18). O “discipulado” é algo fundamental para os recém convertidos e também para todos os cristãos. O melhor exemplo de “discipulado” é a EBD (Escola Bíblica Dominical), a EBD é como um curso de teologia gratuito, onde o aluno só irá se formar depois que Jesus voltar (por assim dizer).

Na Bíblia não aparece a palavra “Discipulado”, porém o significado desta palavra não deixa dúvidas sobre a licitude (Legalidade, legitimidade, permissão) do uso desta palavra.

No Evangelho segundo, Mateus, Marcos, Lucas e João, os seguidores imediatos de Jesus, chamados por sua autoridade mediante de uma enorme variedade de circunstâncias, não somente os Doze, mas todos os que eram simpáticos ao seu ensino e comprometidos com ele são chamados “discípulos”.

O chamado desses discípulos ocorreu em um tempo quando outros mestres tinham seus discípulos, notadamente os fariseus (Marcos 2.18; Lucas 5.33) e João Batista (Mateus 9.14). Fica evidente, com base na prática de João Batista, que diferentes líderes exigiam diferentes disciplinas de seus seguidores.

O modo de João era consideravelmente mais ascético no caráter que o de Jesus; no entanto, ele também incluía não somente o ensino sobre conduta e comportamento, como também um padrão distinto de oração (Lucas 11.1). - Dicionário Bíblico Tyndale.

 

A palavra “Discipulado” no Antigo Testamento estava fundamentalmente relacionado ao conceito de “ser aluno da Lei de Deus” (uma aprendiz da Torá), onde o discípulo se apropriava do “conhecimento de seu mestre” comparando-o com a Torá (ou Pentateuco), isto é , os cinco primeiros livros da Bíblia.(*).

(*) - Lamartine Posella (pastor, teólogo, escritor e conferencista) observa que; Na Bíblia Hebraica os cinco primeiros livros do Velho Testamento são chamados de “Torá”. Já o nome “Pentateuco” é de origem grega, também usado( na Bíblia grega) para se referir aos cinco primeiros livros do Velho Testamento. Ou seja, “Pentateuco” é o nome grego para “Torá”.

A palavra “Discipulado” no Novo Testamento está fundamentada (para os cristãos) na ideia de “instruir pessoas”, “ensinar sobre Cristo”.

Paulo “ensinava não apenas uma doutrina correta, como também um modo de vida que agradava a Deus. Somos desafiados a não apenas ter doutrina correta (ortodoxia), mas também a ter prática correta (ortopraxia) A Bíblia ensina o equilíbrio entre fé e prática, conhecimento e obediência”.

John Fullerton MacArthur (pastor, teólogo e escritor norte americano) diz que; “Discipulado está relacionado aquele que coloca sua confiança em Jesus e o segue, vivendo em contínuo aprendizado e obediência”.

Discpulado pode ser definido simplesmente como, “Aproximar pessoas de Cristo mediante o ensino constante das Sagradas Escrituras”.

Podemos dizer também que; Discipulado é uma relação comprometida pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda a outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se dEle e assim, reproduzirem o caráter cristão. Os verdadeiros discípulos não apenas crescem, mas também reproduzem (multiplicam) o caráter de Cristo em outras vidas”.

Rayfran Batista da Silva (pastor e teólogo) diz que; “Os apóstolos de Jesus também foram discípulos, eles aprendiam vendo, ouvindo e imitando o mestre”.

 

Isto é um bom conceito sobre “discipulado” (ensino, instrução), os discipuladores devem ter em mente que, seus alunos aprenderão não só ouvindo, mas vendo e imitando a conduta de seus discipuladores (mestres, ensinadores, professores).

Precisamos nos atentar para as palavras do Senhor Jesus que encontramos em Mateus 28.18-20, a chamada Grande Comissão de Cristo;

18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

19. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20. ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

Mateus 28-18-20

 

 

A primeira coisa que nos chama a atenção é a declaração feita no verso 18: "É-me dado todo o poder no céu e na terra." Em outras palavras Jesus se declara como Soberano do universo, O Maior. Esta declaração tem pelo menos dois reflexos para os seguidores de Cristo.

Primeiro, é condição básica de êxito sabermos que nosso Chefe é o Maior. É esta certeza inabalável que nos dará as condições de enfrentar o inimigo e as circunstâncias adversas sem temer e sem vacilar.

Segundo, qualquer ordem dada pela Autoridade Máxima do universo exige atenção e respeito total. Para começar, tal atenção e respeito tem que se manifestar numa exata atenção prestada ao exato sentido da ordem. Precisamos definir o conteúdo semântico da ordem de forma completa e perfeita, se possível. Pois ao proferir uma ordem nosso Chefe obviamente quer ser obedecido, e de forma certa e completa.

O Discipulado é um ministério pessoal, ilimitado e flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar o número de batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para Cristo. O ensinador de Novos Crentes precisa saber de antemão o que significa ser discípulo. Quem não é discípulo não pode fazer discípulos! A palavra "discípulo", mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa "ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. (Texto- base: Mateus 28.19,20.) - Fonte: Curso teológico Universidade da Bíblia.

 

Nos Evangelhos (Evangelhos é modo de dizer, pois existe um Evangelho), Jesus define a palavra discípulo de cinco maneiras:

 

1)  Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de Deus de maneira contínua (João 8.31)

2)  Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (João 13.35; 1 João 3.16).

3)  Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com Cristo (João15.8).

4)  Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a Cristo (Lucas 14.27).

5)  Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lucas 14.33).

 

Parafraseando as palavras de Elienai Cabral (pastor, conferencista e teólogo) podemos dizer que; “O primeiro passo para o discipulado é a pregação do Evangelho, mas a pregação do Evangelho por alguém que tenha a Unção do Espírito Santo, ou seja, o Evangelho só produzirá seus máximos resultados se for pregado por pessoas de oração e conhecimento bíblico, pessoas que preguem sob a “unção do Espírito Santo”.

Pois, uma das razões que fazem haver no mundo tantos “convencidos” e não “convertidos” é o fato de que há muitas pregações de pessoas sem compromisso com Deus, é grandioso o número de pregadores que não oram 10 minutos por dia, não meditam na Palavra de Deus 15 minutos por dia, não levam uma vida “santa”. A pregação de tais pregadores não tem a “Unção do Espírito Santo”. Para que a pregação do pregador seja “sob a Unção do Espírito Santo” é preciso que o pregador persevere na Oração e no Ministério da Palavra, assim como faziam Paulo ( Atos 9.11; Romanos 1.10; 1 Coríntios 14.15; Efésios 1.16; Filipenses 1.4; 1 Tessalonicenses 1.2) e os demais pregadores da “Igreja primitiva” (Atos 6.4).

 

2 O Discipulado e a Missão Integral de Pregar e ensinar

 

1.  A pregação, o ponto de partida.

O apóstolo Paulo foi um discipulador com um método de, primeiramente pregar e depois ensinar a Palavra de Deus de modo sistematizado (completo, minucioso, detalhado), e Paulo é claro, era homem de oração e conhecimento bíblico aprofundado, eis o segredo do “Impacto de seu ministério” (oração e Palavra).


2.  O Ensino “fazer discípulos”.

3.  Pregação e ensino.

 

 

. Portanto, ide, ensinai todas as nações (em outras palavras, façam discípulos, ensinem minha Palavra), batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

Mateus 28.19

Há uma premissa errada na “Igreja contemporânea”, muitos acreditam que basta “ganhar almas” para o reino de Deus, mas isto é só o começo, há a necessidade de “ensinar” os novos convertidos. Isto é a base do discipulado. Jesus não apenas pregava, mas também ensinava (discipulava), veja Mateus 4.23; Lucas 6.40; João 8.31,32. Os mestres da “Igreja” primitiva também pregavam e ensinavam, veja Atos 2.42; 1 Coríntios 11.1; Efésios 4.11-13; 2 Timóteo 2.2.

Os teólogos e escritores Colin Marshall e Tony Payne (mestres na área do discipulado cristão) ensinam que; “Os cristãos devem ser fazedores de discípulos e os pastores e líderes devem ser treinadores”.

Esta frase tem muito “peso”, pois se os pastores e líderes das “Igrejas” de Deus no mundo não souberem discipular (ensinar, instruir) os discípulos de maneira bíblica, acontecerá que, se levantarão novos pastores e líderes com uma visão errada sobre discipulado cristão e isto será terrível para o futuro da “Igreja”.

Grande é o número de pregadores, pastores e líderes que visam “ganhar almas”, mas não dão o devido “enfoque” no discipulado cristão.

Outra premissa errada da “Igreja” contemporânea é que, enquanto a “Igreja” primitiva saia em busca dos perdidos, a “Igreja” contemporânea (atual) quer que os perdidos venham até a “Igreja” (isto é, até os templos das congregações), e isto é um pensamento de cristãos acomodados que deve mudar imediatamente, caso queiramos que nossas “Igrejas” sejam verdadeiramente “ganhadoras de almas e discipuladoras da maneira bíblica”.

 

 

Para facilitar mais a compreenção da importância do discipulado (ensino, instrução dos convertidos), analise a seguinte reflexão abaixo:


 

O que devemos pensar de um homem que no âmbito físico anda gerando filhos sem ter a menor preocupação com a alimentação, o abrigo, a educação, enfim o cuidado desses filhos? Com toda justiça tacharemos esse homem de irresponsável, de inimigo da nossa sociedade. Sim, porque ele está introduzindo menores abandonados na sociedade, e estatisticamente muitos deles (provavelmente a maioria) passarão a ser marginais e criminosos. Menor abandonado não é negócio! Gostaria de sugerir para a reflexão cuidadosa do leitor que existe uma analogia quase perfeita entre o âmbito físico e o âmbito espiritual nesta área. Quando trazemos à luz filhos espirituais (por assim dizer), mas não os discipulamos, não os levamos a fazer uma entrega sem reservas a Jesus, não os levamos à condição de adultos na fé, então acarretamos uma série de conseqüências negativas. O que é que mais faz pastor envelhecer antes da hora? São os incrédulos lá fora, ou é a “meninice” dentro da igreja? É claro que é a “meninice” espiritual na igreja. (observe de passagem que às vezes a justiça se faz, pois quando o pastor só prega mensagens evangelísticas, sem se preocupar com o discipulado (ensino, instrução dos crentes) o maior culpado é ele mesmo, pois não apascenta as ovelhas. “Comida de bode não serve para ovelha”.)

 

3- O Discipulado Com Pesoas de Outras Culturas

 

 

1.  A pregação para os seus irmãos.

A pregação dos apóstolos e demais cristãos era primeiramente direcionada aos judeus

(isto é, a seus irmãos, parentes, amigos), veja Atos 3.1-10; 6.9 ;7.51-53. A nossa pregação (não apenas em palavras, mas também nos bons exemplos), deve ser primeiramente direcionada aos nossos irmãos, isto, é, devemos pregar primeiro aos membros de nossa família, amigos, vizinhos, pessoas mais próximas de nós. Grande é o número de cristãos que se importam muito pouco (ou não se importam nada) em pregar para as pessoas mais próximas. Em qual desses tipos de cristãos você tem se encaxado? Pense nisso.

 

2.  A expansão para os gentios.

 

Assim como a “Igreja” não pode fugir da responsabilidade de “anunciar o Evangelho” para as pessoas mais próximas, também não pode fugir da responsabilidade de “anunciar o Evangelho” para as pessoas mais distantes (seja esta distância apenas física ou ralacinal).

Sabe aquela pessoa que deseja o seu mal, que te tem por inimigo, que “não vai com a sua cara”? Saiba que é o desejo de Deus que você se preocupe com esta pessoa. O desejo de Deus é que você ore por ela e se preocupe com a evangelzação e discipulado desta pessoa. No inicio da “Igreja” primitiva os primeiros cristãos tiveram muita dificuldade para aceitar o fato de que Deus queria salvar não apenas os judeus, mas também os gentios (não judeus). Veja Atos 1.8; 10.45; Gálatas 3.14,28.

E ainda hoje há muitos cristãos que parecem ter dificuldade para aceitar que Deus quer salvar todas as pessoas (1 Timóteo 2.1-4).

 

3.  O discipulado numa cultura diferente.

Discipular pessoas de nível sócio-econômico e cultural diferentes não é tarefa fácil, mas com a ajuda do Espírito Santo, é perfeitamente possível. O discipulado é fundamental para tornar pessoas de nível sócio-econômico e cultural diferente “moldadas” aos padrões da Palavra de Deus. Como bem observou Elienai Cabral; “Paulo era um discipulador por excelência”.

Analisando os escritos de Paulo podemos perceber que o grande segredo de Paulo para ser um discipulador por excelência era sua vida de oração e seu conhecimento aprofundado nas Escrituras.

A respeito do “Discipulado” (ensino instrução aos novos convertidos), você já se perguntou, por onde começar?

Comece ensinando sobre:

-  A oração

-  A leitura e Meditação na Bíblia

-   O culto a Deus

-  A santificação

-   O batismo em água

-  A Ceia do Senhor

-   O batismo com o Espírito Santo

-  A

-  Arrebatamento da Igreja

-  A Grande Tribulação

-   O céu e o Inferno

-  A Vida Eterna

Esses são apenas alguns exemplos sobre, por onde começar. Existem muitos manuais de discipulado.

 

Conclusão

O “Discipulado” leva em conta a “pregação” e o “ensinamento”, sem estas duas coisas, não discipulado. Discipular não é apenas pregar, mas também ensinar de forma detalhada sobre o Evangelho de Cristo Jesus.

 

 

Fontes:

 

A Bíblia Interpretada Versículo por Versículo – Russel Norman Champlin,

Livro de Apoio 4º Trimestre de 2021,

A Treliça e Videira,

A mentalidade de Discipulado Que Muda Tudo – Colin Marshall e Tony Payne, Revista Cristão Alerta Trimestre de 2021,

Teologia Pastoral, Discipulado – Instituto de Teologia Logos,

Universidade da Bíblia-Discipulado ,

Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer,

Bíblia de Estudo Pentecostal,

Comentários Expositivos Hagnos – Hernandes Dias Lopes,

Dicionário Bíblico Tyndale,

Apontamentos teológicos professor José Junior

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