30 de novembro de 2010

O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO

O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO


TEXTO ÁUREO = “Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (l Tm 2.1).


VERDADE PRÁTICA = O crente, em seu ministério sacerdotal, deve interceder Por todos, sem distinção social, racial, política, religiosa ou filosófica.


LEITURA EM CLASSE = GÊNESIS 18.17-25,33


INTRODUÇÃO


A vida de Abraão é, indiscutivelmente, um. modelo para o cristão moderno. Sua fé, coragem, amor, desprendimento e comunhão com Deus o coloca como um autêntico protótipo para a nossa vida espiritual. No episódio do capítulo 18, temos uma demonstração dessas qualidades e, ainda mais, uma sensibilidade humana e espiritual para com as pessoas carentes. Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a Deus em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de Cristo e do Espírito Santo, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.Dn 9.3


1 - O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO


"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei." - Ezequiel 22:30

"Antes de tudo, pois exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens..." - I Tm 2:1


Há três ministérios para os quais fomos chamados: Adoração, Intercessão e Testemunho. A maioria de nós tem praticado o primeiro e o último. Há falta, contudo, de genuína intercessão.

Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É se colocar entre Satanás e a sua força de destruição e aquele a quem ele quer destruir, e livrar o oprimido. É colocar-se entre Deus e alguém que carece do favor divino, e clamar por libertação. É se por na brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo derramou o seu preciosismo sangue, e clamar para que a graça de Deus os alcance... Interceder é gastar horas a sós na presença de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. Intercessão é o parto de alma espiritual que traz à luz filhos espirituais.


Há na Bíblia registros de intercessões maravilhosas, como por exemplo a de Abrão quando o Senhor estava para destruir as cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18: 22-33); Moisés clamou e Deus mudou os seus desígnios para com o povo, retirando o mal que dissera havia de fazer (Êxodo 32:11-14); no dia seguinte, novamente Moisés intercedeu com profundidade de alma:

"Agora, pois perdoa-lhes o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste." (Êxodo 32: 30-25). O salmo 106:23 testifica sobre o resultado destas intercessões de Moisés dizendo: "Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto, impedindo que sua cólera os destruísse."

O maior exemplo contudo é o do Senhor Jesus que "pelos transgressores intercedeu" (Is 53:12 - Mc 15:28 - Lc 22:37). Intercedeu por Pedro (Lc 22:31,32). Pelos seus escolhidos, na oração sacerdotal (João 17). Jesus gastou apenas três anos e meio no exercício do seu ministério público entre os homens, e já há quase dois mil anos "está à direita de Deus" a interceder por nós (Rm 8:34) e "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7:25).


Antes do Pentecostes, houve incessante oração no Cenáculo. A oração no Monte precedeu aos Dez Mandamentos. A intercessão de Estevão resultou na conversão de Saulo de Tarso, que veio a ser o grande Apóstolo Paulo (Atos 6:57-60).

A intercessão precede a salvação. É Getsêmani antes do Calvário! Antes da sua morte na cruz, o Senhor Jesus agonizou em intercessão por nós no jardim do Getsêmani, e fomos salvos. Em Isaías 59:16 já estava previsto que o Senhor não acharia quem o ajudasse a interceder, assim, Jesus lutou sozinho em parto de alma para gerar filhos espirituais. É o que está escrito em Isaías 66:8 "pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos". Ana agonizou em oração pedindo um filho, e, mesmo sendo ela uma mulher estéril, o milagre ocorreu, e o filho lhe foi dado por Deus (I Sm 1:9-18).


David Brainerd, jovem missionário enviado para pregar no terrível oeste americano, para os sanguinários índios peles-vermelha, morreu com apenas trinta e três anos de idade, tuberculoso, dentro de uma cisterna onde procurava se esconder da friagem, clamando: "Dá-me almas, senão eu morro". Após a sua morte ocorreu um fenômeno: - milhares de índios se converteram por toda parte!


Suzana Wesley, mesmo sendo mãe de dezenove filhos, orava cerca de uma hora por dia. Dois dos seus filhos juntos ganharam milhares de almas para Cristo. São eles João Wesley, o Pregador, e Carlos Wesley, o Poeta e Compositor, autor de mais de 1500 hinos!


João Oxtoby, orava com tal fervor que passou a ser conhecido como "Joãozinho da oração". O concílio da Igreja Metodista estava para tomar a decisão de fechar o campo missionário de Filey, uma vez que vários pregadores já haviam sido enviados e não estavam alcançando resultados. Joãozinho comovido pediu mais uma chance para aquele povo. O concílio decidiu atender. Como não havia nenhum obreiro disposto a ir, Joãozinho se apresentou e foi! Nas primeiras pregações nada ocorreu... Joãozinho então se embrenhou na mata e, em agonia de alma, orava, mais ou menos assim: "Não podes fazer de mim um palhaço! Eu disse aos crentes lá em Bridlington que tu vivificarias a tua obra, e agora é preciso que assim o faças. De outro modo nunca mais terei coragem de lhes mostrar o rosto... então o que dirá o povo sobre a oração e a fé..." Depois clamou: "Filey está conquistada! Filey está conquistada! E saiu cantando e clamando pelas ruas: "Voltai-vos para o Senhor e buscai a salvação". Milhares se converteram. - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.


John Hyde, conhecido como "O Homem que Orava", foi missionário na Índia. Inicialmente nas suas intercessões pedia a Deus que lhe desse a conversão de uma alma por dia. Deus ouviu e atendeu a sua oração. Passou, então, a solicitar duas almas por dia. Deus lhas deu. Aumentou o número para quatro! Milhares se converteram na Índia. Na sua biografia "O Homem Que Orava", é registrado que John Hyde orava com tamanha intensidade de alma, que uma certa feita, um seu companheiro de oração não suportou permanecer ao seu lado, porque um calor muito forte encheu todo o aposento...


No texto de Ezequiel 22:30 o Senhor diz que não achou intercessores, que se pusessem na brecha do muro e clamassem pelo povo. Esta falta ainda continua sendo sentida em muitas igrejas. Quando há intercessões, almas se convertem.

Há registros históricos de que "diversos membros da congregação de Jônatas Edwards haviam passado a noite inteira em oração, antes dele haver pregado o seu memorável sermão: "Os pecadores nas Mãos de Um Deus Irado". O Espírito Santo se derramou em catadupas tão poderosas, e Deus se manifestou de tal maneira, em santidade e majestade, durante a pregação daquele sermão, que os anciãos lançaram os braços em redor das colunas do templo clamando: "Senhor, salva-nos, que estamos caindo no inferno!" - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.


A base para o crescimento da igreja está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se queremos contemplar conversões precisamos semear na comunidade profundo amor e paixão pelas almas perdidas, e insistir neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver nas reuniões de oração da igreja lágrimas sendo vertidas em prol dos pecadores perdidos.

Não há fórmulas, métodos, ou estratégias mais eficazes para a conversão de pecadores, do que a fervorosa intercessão. A igreja precisa entrar em parto de alma para gerar os seus filhos espirituais.


2. A INTERCESSÃO PRECEDIDA PELA VISÃO PESSOAL DE DEUS


1. Deus não oculta nada a Abraão (18.17). Depois daquela conversação agradável, o Anjo do Senhor achou por bem revelar sua identidade, porque tinha a Abraão como amigo, e declara: “Ocultarei a Abraão o que faço?”

As razões para tal revelação eram fortes, pois havia um piano estabelecido e importante na história para esse homem.


2. Deus revela um segredo a Abraão (Gn 18.19). Além do Senhor ter declarado que não ocultaria nada ao seu amigo Abraão, revelou-lhe algo mais importante que o juízo contra Sodoma e Gomorra. Alguma coisa além da sua justa intervenção sobre aquelas cidades, e que envolvia a posteridade do velho patriarca. Algo que ele não veria com os olhos naturais, pois ultrapassava a fronteira do tempo, e, somente, poderia vislumbrar com os olhos da fé um povo numeroso, descendente de Isaque, a sua semente. E a Bíblia dá testemunho da sua fé (Hb 11.8-12).

Deus ainda revela segredos pessoais aos seus servos, dentro das dimensões da sua imutável Palavra. Ele não se contradiz. Por isso, é preciso ter cuidado com os falsos profetas, os quais extrapolam as Escrituras Sagradas e ensinam doutrinas e conceitos espúrios. Compare Números 12.6; 1 Samuel 315. Salmo25.12.


3. Deus revela à Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 18.20-22). Sodoma e Gomorra, além de outras pequenas cidades adjacentes, como Adama, Zeboim e Zoar foram condenadas à destruição, ao juízo divino por causa do pecado dos seus moradores. Eram, de fato, pocilgas de iniqüidade, e deviam ser eliminadas da presença de Deus.

O Senhor revelou a Abraão que “o clamor dessas cidades” havia subido diante dele e, por isso, Ele visitaria estes lugares com um terrível juízo de destruição sobre os seus habitantes. Abraão estava em Hebrom, edificada no monte, distante apenas poucos quilômetros destas cidades, as quais se situavam no vale.


III. A RAZÃO DA INTERCESSÃO DE ABRAÃO


1. O clamor de Sodoma e Gomorra (vs.20,21). A palavra “ela-. mor” significa grito de súplica ou protesto, queixa; brado, rogo, voz, O texto bíblico declara: “O clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado tanto”, ou “tem subido à presença de Deus”. Isto deixa transparecer que havia alguns justos que habitavam naquelas cidades. Por isso, o Senhor disse a Abraão: “Descerei e verei de fato o que tem praticado” (v.2l). A expressão tinha por objetivo mostrar à humanidade que aquelas cidades seriam um exemplo da severidade de Deus contra o pecado e os que o praticam.


2. A intercessão de Abraão (vs. 22-33). No início, da visita, três homens estiveram com Abraão. Agora, dois deles foram para Sodoma e Gomorra e o terceiro ficou com Abraão. Este terceiro homem era o próprio Senhor, conforme o texto declara: “Mas Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor”. Que privilégio especial teve Abraão em estar diante do Senhor, dialogando com Ele sobre o futuro daquelas cidades.


3. Abraão questiona com Deus, acerca do juízo sobre Sodoma e Gomorra (vs.24-32), Abraão não duvidava do caráter moral de Deus, ao fazer este questionamento. Ele apenas não compreendia a questão cio juízo divino, envolvendo “o justo com o injusto” (v.23). Destruiria o Senhor o justo como injusto? Não! Havia algo mais sério nesta questão, e Abraão queria entender. Indiscutivelmente, Abraão tinha uma clara concepção sobre o caráter moral de Deus e, por isso, ele interroga: “Não fará justiça o Juiz de toda a terra”? (v.25). No mesmo versículo o próprio Abraão responde: “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio “.


IV. O PODER DA INTERCESSÃO


1. O intercessor tem consciência do seu papel sacerdotal. A Bíblia nos fala do ministério sacerdotal. No Antigo Testamento, a sua função era a de representar o povo diante de Deus, somente os da linhagem de Arão podiam exercê-lo. No Novo, ele tem um caráter individual e geral, cada crente é um sacerdote de Deus, conforme declara Pedro em sua epístola: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real” (1 Pe 2.9). E, ainda: “Também. vós mesmos.., sois edificados. ..para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5).


2. O ministério da intercessão no Novo Testamento. No capítulo 17 do evangelho de João, como exemplo, temos a bela oração intercessória de Jesus, em prol dos seus discípulos. A obra da salvação foi completa no Calvário. Somente Ele pôde começá-la e concluí-la, perfeitamente (Is 53.1-12). Porém, como intercessor, seu ofício continua. Na cruz, como sacerdote do Altíssimo, ofereceu-se a si mesmo, para expiar a nossa culpa com o seu próprio sangue, e entrou no Céu, para interceder por todos.


a) A oração intercessória deve ser espontânea. Ainda que signifique uma batalha espiritual, porque lutamos contra as hostes satânicas, a oração não deve ser forçada, nem mecanizada. Ela deve brotar do coração como uma nascente de água que jorra da terra com toda a força. Não devemos interceder sem fé, sem acreditar no poder desse tipo de oração.


b) a oração intercessória deve ser feita com um coração disposto, sincero e consciente, perante o Senhor. Não se trata, como alguns pensam, de se expressar palavras bonitas e poéticas, sem uma disposição consciente do coração. E o tipo de oração que revela a sensibilidade para com as necessidades das outras pessoas. É um derramar da alma perante o Senhor (SI 42.2-4; 62.8)..


c) a oração intercessória é um ato em que o íntimo se revela, afetuosamente, em favor das pessoas. Esta afetuosidade na oração é o testemunho do Espírito contra o egoísmo.


V. A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO.


(1) Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).


(2) Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 nota); João refere-se a Jesus como "um Advogado para com o Pai" (ver 1Jo 2.1 nota). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de Deus e voltaríamos à escravidão do pecado.


(3) O Espírito Santo também está empenhado na intercessão. Paulo declara: "não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26 nota). O Espírito Santo, através do espírito do crente, intercede "segundo Deus" (Rm 8.27). Portanto, Cristo intercede pelo crente, no céu, e o Espírito intercede dentro do crente, na terra.


VI. A INTERCESSÃO DO CRENTE.


A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.


(1) No AT, os líderes do povo de Deus, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5).


Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para Deus alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar.

Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, Deus falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, Deus lhe disse: "Conforme à tua palavra, lhe perdoei" (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5 ). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).


(2) O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com Jesus em favor dos seus entes queridos. Os pais rogavam a Jesus para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que Jesus abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de Jesus em favor deles (Mt 20.20,21).


(3) A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem "uns pelos outros" (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3).


(4) O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).


VII. PROPÓSITOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA.


Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam para que Deus sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8).


Os intercessores também oravam para que o poder do Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para Deus dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.


VIII. INTERCESSÃO NO MINISTÉRIO DE JESUS


Intercessão era uma das grandes marcas do ministério de Jesus. O capítulo 53 de Isaías descreve sua obra expiatória e conclui com este versículo: "Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu."


Há quatro fatos registrados neste versículo a respeito de Jesus. Primeiro, ele derramou a sua alma na morte. Levítico 17.11 diz que a alma de toda carne esta no sangue, portanto Jesus derramou sua alma na morte quando derramou seu sangue. Segundo, ele foi contado com os transgressores; ele foi crucificado com os dois ladrões. Terceiro, levou sobre si o pecado de muitos; tornou-se a oferta pelo pecado por todos nós. Quarto, pelos transgressores intercedeu; isto ele fez na cruz quando disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". Ele estava dizendo: "Que o juízo que eles merecem caia sobre mim", E assim foi.


Hebreus 7 fala de Jesus depois da sua morte, ressurreição e ascensão. Somos informados que Jesus é nosso sumo sacerdote à destra de Deus. Por ter um sacerdócio imutável que nunca passará dele, Jesus "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25).

Se fizermos um estudo da vida e ministério de Jesus, chegaremos a um contraste bem interessante: ele passou trinta anos na obscuridade, numa vida familiar perfeita; três anos e meio num dramático ministério público; e praticamente dois mil anos em intercessão, invisível aos olhos naturais. Desde que subiu aos céus, ele está intercedendo por nós diante do Pai


IX. QUALIFICAÇÕES DO INTERCESSOR


Concluindo, eu gostaria de dar quatro qualificações que vejo em todo verdadeiro intercessor.

Primeiro, um intercessor, como Abraão, precisa ter uma convicção absoluta da justiça de Deus: que Deus nunca trará sobre os justos o juízo que somente os ímpios merecem. Ao mesmo tempo, ele precisa ter uma visão cristalina da justiça absoluta e da inevitabilidade do juízo de Deus sobre os ímpios.


Segundo, ele precisa ter uma profunda preocupação com a glória de Deus, como Moisés que recusou duas vezes a oferta de Deus de fazer dele o originador do maior povo na terra. A glória de Deus lhe era mais importante do que sua reputação pessoal.


Terceiro, um intercessor precisa ter um relacionamento íntimo com Deus. Ele deve ser alguém que possa estar diante de Deus e falar com franqueza total, porém com reverência.


Quarto, um intercessor precisa demonstrar grande coragem pessoal. Ele deve estar preparado para arriscar sua própria vida, como Arão que desprezou o contágio da praga a fim de tomar sua posição entre os mortos e os vivos. Não existe um chamamento mais alto que o intercessor. Quando você se torna um intercessor, terá chegado ao trono. Você não será visto pelos homens, porque esta é uma posição invisível a eles, atrás do segundo véu; mas no reino de Deus sua vida terá valor no tempo e na eternidade.


O Brasil ainda não tem experimentado um avivamento autêntico, com uma soberana visitação do Espírito de Deus, tal como tem ocorrido em muitos outros países no passado e mesmo em tempos mais recentes. Nossa pátria precisa ver Jesus vivo no meio das igrejas! (Ap 1:12-20). Enquanto as nuvens escuras do juízo divino se ajuntam, enquanto a dissolução moral, social, econômica, e política vai aumentando, o Brasil precisa de uma coisa acima de tudo: Intercessores!


CONCLUSÃO


No episódio da intercessão de Abraão, por aquelas cidades, a resposta foi negativa. Nem sempre Deus responde as nossas orações, conforme desejamos e esperamos, porque a justiça divina não se baseia em meros sentimentos humanos.

Não importa quantas vezes oramos por dia, o ideal é andarmos com Deus. Note, porém, que andar com Deus não é orar. Também não é só dizer “oi Deus, estou aqui”. Orar é um momento especial de fortalecer o espírito, recebendo a vida de Deus, de ampliar as perspectivas de vida, de unir-se ao criador e de regozijar-se nele. Na vida não há maior experiência do que esta: promover um encontro com o nosso Pai celestial.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus


Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS


BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1995

Bíblia de Estudo Pentecostal

Lições bíblicas CPAD 1995

www.montesiao.pro.br

www.jesussite.com.br

www.google.com.br

25 de novembro de 2010

A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS

A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS


Texto áureo: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (João 15.7)”.


Verdade prática: A bíblia nos garante que a oração realizada de acordo com a vontade de Deus será atendida.


Meditação: “Para descobrir a vontade do Senhor para nossas vidas, basta cultivarmos uma vida de íntima comunhão com o Pai, mediante a leitura da Palavra e a oração”.


Ø A VONTADE DE DEUS:


1. Sempre está em harmonia com as Sagradas Escrituras;

2. Pode ser conhecida por meio da oração;

3. Pode ser revelada pelas circusntâncias;

4. É testificada pelo Espírito santo no interior do crente;

5. Traz consigo paz ao coração do crente.


Vontade Divina: Do latin voluntade: Amorosa disposição que Deus, com base em seus decretos e desígnios, manifesta em relação ao ser humano.


I – A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS


Muitos são aqueles que se dizem filhos de Deus, mas poucos realmente agem como tal. Se olharmos o correto, veremos que o filho tem que ter um amplo conhecimento do seu pai para que não venha fazer nada que o desagrade, já o pai por sua vez, tem o compromisso de ensinar seu filho o “caminho” que ele deve seguir.


Assim sendo, nós como filhos de Deus, através da adoção pelo Sangue de Jesus Cristo, devemos buscar aprender mais, muito mais, do nosso Pai Verdadeiro.

O Escritor ao Hebreus nos diz: “ Portanto, convém-nos atentar com mais diligência, para as coisas que temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas (Hb 2.1)”

Como é que um pai poderá cobrar de seu filho algo, se não foi ensinado, ou melhor, não lhe foi revelada qual era a sua vontade? Mas justamente isto não é o caso do nosso Deus, que muito pelo contrário se faz revelar para cada um que busca conhece-LO. Deus se faz revelar através de Sua Palavra, e através da nossa busca em oração e intima comunhão com ELE. Na verdade o “problema” está em nós, que não atentamos muito para o que temos ouvido Dele, precisaríamos antes de reclamar ou pedir, perguntar: - SENHOR QUAL É TUA VONTADE?


Sejamos realistas, quanto tempo gastamos em oração, leitura e meditação da Bíblia Sagrada? Bem pouco é verdade. Lembremos do que Jesus pediu em sua oração sacerdotal: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (João 17.17)”. Sem a Palavra do Senhor, sem a presença do Espírito Santo nos ensinando e nos revelando os mistérios dos céus, através de nossas orações, JAMAIS saberemos plenamente qual é a vontade do Senhor, que é agradável, pacífica e pura para nossas vidas.(Romanos 12.2)


II – ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS E ORAÇÕES RESPONDIDAS


Tiago nos diz assim: “Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece. Em lugar do que deveis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória ta como esta é maligna. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado (Tg 4. 13 ao 17)”.


Jesus disse que se pedirmos alguma coisa em Seu Nome, que Ele faria para a glória do Pai; e João completa dizendo que se pedimos segundo a Sua vontade que Ele nos ouve.

O segredo está ai. Porque muitas vezes não somos atendidos? Porque oramos errado, pedimos esgoistamente em nosso favor apenas, com hiprocisia, tentando até mesmo enganar a Deus que sabe e conhece nossos pensamentos e ações, pedindo somente coisas desta terra; bem verdade que Jesus pode nos conceder, desde que isto não tome o lugar de Deus em nossas vidas.


Porque Salomão foi atendido? Porque pediu sabedoria.

Porque Elias foi ouvido? Porque queria que Israel conhecesse verdadeiramente quem era Deus.

Porque Davi não foi rejeitado? Porque se humilhou na presença do Grande Deus.

Estes entre outros vários exemplos; que sirva de liçao para não fazermos igual ao fariseu que orava em pé se exaltando, mas façamos igual ao publicano que nem ousava levantar sua cabeça, clamando por misericórdia, que por fim saiu justificado.


Lembremos que Deus está pronto para nos ouvir e atender, mas os nossos pecados fazem divisão entre nós e nosso Deus (Isaías 59.1).

Não vamos endurecer nossos corações nem a nossa serviz, lembrando que o Espírito Santo ainda fala aos nossos ouvidos.


Minha oração neste momento é que Ele seja glorificado em nome de Jesus, que o amado irmão tenha muitas e lindas experiências com o Cristo de Deus, e todos nós andemos em um só propósito, que é o engrandecimento do Reino de Deus, e aguardarmos em comunhão uns com os outros, o Dia do aparecimento do Filho do Deus Bendito Eternamente.


Amém

Que Deus nos abençoe.

Diácono Thiago Rodrigues Teixeira

thrteixeira@hotmail.com

16 de novembro de 2010

A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO

A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO


TEXTO ÀUREO = “ E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lc 6:12)


VERDADE PRÁTICA = A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-Lo em tudo.


INTRODUÇÃO


Na lição do dia de hoje será abordado uma das mais importantes e enriquecedoras orações da bíblia sagrada que será descrita abaixo:


“Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique; assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto me deste provém de ti; porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus; todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós.


Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Eu lhes dei a tua palavra; e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo. E por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade. E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim.” (Jo 17:1-23)


Essa oração já foi chamada de Oração Sacerdotal - título adequado pois nessa oração o sacerdote (Jesus) consagra-se ele mesmo como a vitima (o cordeiro para o sacrifício). A palavra "sacerdote" significa: "um que traz para perto". Lendo sua oração sacerdotal estamos sendo trazidos para muito perto, à presença do Pai, pois esta oração é a oração perfeita. Abrange tudo.

Será abordado o mesmo esquema de nosso comentarista Pr Eliezer de Lira e Silva para aprofundamento e subsidiar melhor cada tópico.


DESENVOLVIMENTO


I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI:


1. Relacionamento com Deus:


“Assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste” (Jo 17:2-3)

Observa-se que Deus gosta de relacionar-se com o homem, isto é observado desde os primórdios quando em Gênesis o Senhor ia falar com Adão até este cair em pecado. Mas através do sangue de carmesim de Cristo, esse relacionamento quebrado foi refeito por um novo e vivo caminha a saber Cristo.


O profeta Oséias também nos chamou a atenção quando disse conheçamos e prossigamos em conhecer, esse relacionamento não é estático requer uma busca contínua através da oração, jejum e uma vida de adoração.


2. Meditação e prática da palavra de Deus:


“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra”.(Jo 17:6)

Jesus em suas palavras disse que o homem que ouve as suas palavras e não as pratica é semelhante ao homem que constrói a sua casa sobre a areia e vem o vento e a chuva e a destrói, mas aquele que ouve suas palavras e a pratica é semelhante aquele que constrói sobre uma rocha e vem o vento e a tempestade mas ela permanece firme.

Nós somos esta casa se ouvirmos as palavras de Jesus e as praticarmos passaremos por percalços mas estaremos firme na rocha que é Cristo.

Jesus sabe o quanto é importante a Palavra, o estudo, a meditação e a pregação. Será que nós também estamos dando esta importância? Será que em nossos culto o tempo para a Palavra é suficiente e respeitado?


A oração de Cristo pela proteção, pela alegria, pela santificação, pelo amor e pela união, refere-se somente aqueles que pertencem a Deus, que creram em Cristo, que se separaram do mundo e que guardam a Palavraa de Cristo e crêem em seus ensinos.

A palavra nos limpa:

“Vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado”(Jo 15:3)

A palavra nos conduz a vida eterna:

“Examinais as escrituras, porque vós cuidais de ter nela a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5:39)


3. Uma vida que glorifique a Deus:


Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer” (Jo 17:4)

A palavra Cristão aponta para a idéia de que aquela pessoas segue Cristo. Será que estamos tendo uma vida que glorifique a Ele assim como Ele glorificou o pai. Antigamente quando um crente ia abrir uma conta no mercadinho da esquina o dono ficava até feliz pois sabia que ali estava um cliente que ele poderia contar, mas hoje a situação se reverteu devido a inúmeros pseudocrístão que fizeram muitas tolices e não cumpriram suas palavras com certeza a resposta do dono do mercadinho será assim:

- Me desculpe mas tanto crente me deu prejuízo.

Ë tempo de renovarmos de termos uma vida que glorifique a Deus em tudo. Em todos os lugares e aconteça em nossas vidas assim como aconteceu na vida de Daniel que até o rei testemunhou dele “tomara que o Deus a quem tu serves continuamente”. Vamos servir ao Único e Verdadeiro Deus de maneira que Ele seja glorificado em nossas vidas.

A “glória” de Cristo foi sua vida de serviço e abnegação e sua morte na cruz a fim de redimir a raça humana. Semelhantemente a “glória”do crente é o caminho do serviço humilde e de carregar a sua cruz (lc 9:23). A humildade, a abnegação, o serviço e a disposição de sofrer por Cristo, garantirão a verdadeira unidade dos crentes que levará a glória verdadeira.


II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO:


1. Perseverança:


Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.” ( Jo 17:11-12)

A perseverança é a preocupação de Jesus o fato de Ele orar por perseverança sugere que não é algo automático para os crentes depende deles continuarem crendo em Jesus e guardando sua palavra, e sobre tudo e em última instância do poder de Deus.


2. Alegria:


Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos.” (Jo 17:13)

O mal que tem afligindo século é a depressão, pessoas sentem vontade de morrer e perdem a alegria da vida. O Cristão é diferente pois tem uma alegria deixada pelo Senhor dos senhores a alegria da salvação que faz com que nos lembremos que nosso Mestre veio e triunfou sobre o inferno e a morte e nos deu livre acesso ao pai nos salvando da segunda morte, fazendo com que desfrutemos da vida eterna na cidade santa ao lado dEle..


3. Livramento:


Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno”(Jo 17:15)

Só encontramos refúgio no Senhor. O homem sem Deus não consegue derrotar o mundo, mas em Cristo triunfaremos pois Ele triunfa conosco.

Não orou para que seus discípulos fossem tirados do mundo, mas para que pudessem escapar da ira dos homens, porque tinham uma grande obra a fazer para a glória de Deus e para benefício da humanidade. Ele orou para que o pai os guardasse do mal, de serem corrompidos pelo mundo, dos remanescentes do pecado em seus corações, e do poder e da astucia de satanás. Assim, pois eles passariam pelo mundo como alguém que cruza território inimigo, como Ele havia feito. Eles não são deixados aqui para que procurem alcançar os mesmos objetivos que os outros homens que os rodeiam e almejam alcançar, mas glorificarem á Deus e servirem ä sua geração. O Espírito de Deus nos verdadeiros cristãos opõe-se ao espírito do mundo.


III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS:


1.Santidade:


“Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”

“E por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade” ( Jo 17:17,19)

Cristo orou em seguida a favor dos discípulos, para que não somente fossem guardados do mal, mas para que se tornassem bons. A oração de Jesus por todos os seus é que sejam santificados. Até os discípulos devem orar pedindo a graça santificadora.

O meio de conceder esta graça é “na verdade, a tua palavra é a verdade”. Santifica-os, apartando-os para ti mesmo e para te servirem. Recebe-os na obra; que a tua mão esteja com eles.

Jesus consagrou-se completamente à sua tarefa e a todas as partes dela, especialmente ao oferecer-se sem nenhuma mácula, pelo Espírito eterno. A verdadeira santidade de todos os verdadeiros cristãos é o fruto da morte e ressurreição de Cristo, pela qual o dom do Espírito Santo foi adquirido.

Ele ofereceu-se a si mesmo por sua Igreja para santificá-la. Se os nossos pontos de vista não têm este efeito em nós, não correspondem a verdade divina, ou não o recebemos por meio de uma fé ativa e viva.

Santificar significa tornar santo, separar. Jesus ora na noite da véspera da sua crucificação, para que seus discípulos sejam um povo santo, separados do mundo e do pecado, para adora a Deus e servi-lo. Devem separar-se para estarem perto de Deus, para viverem para Ele e para serem semelhantes a Ele. Essa santificação vem pela dedicação à Verdade revelada pelo Espírito da Verdade.(Jo 14:17;16:13)


A verdade é tanto a palavra viva de Deus (Jo 1:1), como revelação da palavra escrita de Deus.

Jesus “se santifica”separando-se para cumprir a vontade de Deus, morrer na cruz. Jesus sofreu no calvário afim de que seus seguidores pudessem separar-se do mundo e dedicar-se a Deus.

“E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13:12)

Jesus sofreu na cruz fora da porta da cidade de Jerusalém para que sejamos santificados, separados da antiga vida pecaminosa e dedicados a servir a Deus.


2. Unidade:


para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um;” (Jo 21-22)

A Igreja é um corpo não pode viver em desunião. E Jesus clamou por esta união. No Salmo 133 vemos isto claramente, no original a união que se refere o salmista é uma união como se andássemos de mão dada, ou seja, a alegria do irmão é minha alegria, a tristeza dele também é a minha precisamos andar desta forma

A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (Jo 17:23). Amor a Cristo (Jo 17:26) separação do mundo (Jo 17:14-16): Santificação na verdade (Jo 17:17-19), receber a verdade da Palavra e crer nela (Jo17: 6, 8, 17). Obediência a Palavra (Jo 17:6) e o desejo de levar a salvação aos perdidos (Jo 17: 21,23). Faltando algum destes fatores, não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração.

Jesus não ora para que seus seguidores “se tornem um”, mas para que “sejam um”. Trata-se do subjuntivo presente e significa “continuamente ser um”. União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para o mundo, a palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (IJo1: 7).

Intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, conferências ou organização centralizada pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou. Ele tinha em mente algo muito mais do que “reuniões de unificação”. De união artificial. É uma união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade. (Ef 4:3).


3 Frutificação espiritual:


Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo.” (Jo 17:18)

Fomos chamados para dar frutos. Oração consagrada, perfeita, oração igual à oração de Jesus, urge para fora, irrompe para anunciar com santa paixão a todo mundo: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Ninguém pode ser um homem de oração, cheio do Espírito, sem tornar-se também um missionário.


III. CONCLUSÃO


Que possamos nos espelhar na oração de Cristo e termos uma vida:

- De relacionamento com Deus;

- Meditação e prática da Palavra de Deus;

- De glorificação a Deus;

- De Perseverança;

- De Alegria;

- De Livramento;

- De Santidade;

- De Unidade; e

- Frutificação Espiritual.


Que possamos cantar, como no hino da harpa 296:

“Com Jesus a minh’alma deseja estar no jardim, em

constante oração; quando a noite chegar,

e o mal me cercar, quero estar em constante oração.”


REFERÊNCIAS:

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Rio de Janeiro.

- Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro;

- SILVA, Eliezer de Lira e. Lições Bíblicas O poder da Oração. CPAD. Rio de Janeiro;

- HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. CPAD. Rio de Janeiro.


sites:

- http://www.ibmorumbi.org.br/intercessao/view.asp?CID=1&ID=369

- http://www.missaoaupe.com.br/sermoes/7%20aoracaosacerdotaldejesus.php

- http://www.bibliaonline.net/estudos/colecao.cgi?estudo=3&tema=11

Elaboração:- Pb. Miguel Fiuza Neto