LAODICEIA UMA IGREJA
MORNA.
TEXTO ÁUREO: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas
coisas vos serão acrescentadas” (Mt
6.33)
VERDADE PRÁTICA: A Igreja que não busca os interesses
do Reino de Deus está fadada ao fracasso, ao esquecimento e a indigência
espiritual.
MEDITAÇÃO: “O Senhor Jesus não quer que seus
filhos se percam. Ele é aquele que traz o nosso pecado à tona, nos ensina como
abandoná-lo e nos perdoa quando de coração sincero nos arrependemos.”
(Interação – Lições Bíblicas Mestre CPAD página 64)
Segundo o irmão pastor Severino Pedro da Silva, no seu livro
publicado pela CPAD por título de: APOCALIPSE VERSÍCULO POR VERSÍCULO; a cidade
de Laodicéia era uma cidade da província romana da Ásia Menor (hoje, atual
porção da Turquia Asiática) e recebeu este nome em alusão à esposa de Antíoco
II (Theos) que tinha o nome de Laodice, outros, porém, vêm nessa palavra grega
o significado de “poko” e “juízo”, ou “costume”. Somos informados que Laodicéia
não tinha suprimento de água própria, mas que tinha de ser servida por um
aqueduto. Nesse caso, a água chegava morna. Os laodicenses se assemelhavam à
sua água. O simbolismo fala sobre a indiferença religiosa, sobre a
superficialidade, sobre a falta de resolução. Laodicéia era totalmente
desagradável ao Senhor, não somente por causa dos seus pecados, mas também por
sua apatia e seu indiferentismo. É sabido também, segundo alguns historiadores,
que em Laodicéia havia uma Escola de Medicina que fabricava um pó oftálmico,
mas que não servia para curar a cegueira espiritual da Igreja.
- A “IGREJA” QUE NÃO
TEM SUPRIMENTO PRÓPRIO.
Amados irmãos, mediante tal oportunidade de aprendermos um
pouco mais da Palavra de Deus através de uma lição tão maravilhosa quanto esta
neste domingo. Já temos aprendido muitas coisas que se colocarmos em prática
conseguiremos servir melhor ao Senhor de todos.
Não quero me ater á muitos detalhes de como era a cidade de
Laodicéia, seus trâmites, seu comércio, etc. até mesmo porque o tema com
certeza será bem esgotado por muitos outros irmãos que postam seus comentários
na rede, além daqueles abnegados irmãos que assim como eu, dependentes da ajuda
do Espírito Santo, ministram suas aulas nas diversas cidades que residem e
cooperam na Grande Obra do Rei dos reis.
Tenho uma preocupação em não tentar discernir todos os
prováveis simbolismos que porventura venham existir nas Santas Escrituras, nem
também inseri-los aonde a Palavra de Deus não venha determinar que seja assim,
pois infelizmente muitos se perderam neste caminho, o que ocasiona aparecimento
das mais diversas heresias e modismos.
Mas o assunto principal é a indiferença daquela igreja que ao
invés de serem o “sal da terra e a luz do mundo”, estavam agora insípidos e sem
brilho algum, uma igreja que outrora havia estado em um fervor espiritual desde
sua fundação, mas que agora passava pela mornidão, e deixava habitar no seu
“seio” o materialismo, o egoísmo, a aceitação daquilo que a Palavra de Deus
condena.
Quando li que naquela cidade a água era morna justamente
porque não tinha suprimento próprio, mas que dependia de um sistema de aqueduto
fiquei á meditar se também esta não era a causa daquela igreja estar em
mornidão! Qual causa? A água morna? Talvez pergunte o leitor... Claro que não,
mas sim a falta de um “suprimento espiritual próprio”.
Pois bem, na primeira multiplicação dos pães e peixes, quando
os discípulos de Jesus rogaram ao Mestre para despedir a multidão daquele lugar
deserto para que fossem comprar pão para se saciarem, o Senhor Jesus lhes dá
uma ordem enfática, e com certeza com um cunho profético/escatológico: “Não é mister que vão; daí-lhes vós de
comer. (Mt 14.16)”.
Não quero com isto criar uma doutrina que cada um de nós ou
que cada placa de igreja tenha que ensinar alguém da forma que mais lhe
convier, criando deturpações estrondosas da Santa e Bendita Palavra de Deus,
pois ela é nossa “bússola” espiritual e leva-nos pelo Caminho (Jesus) que nos
conduz aos céus.
Mas tenho certeza de uma coisa, todos nós que somos templo do
Espírito Santo, só vamos entrar em mornidão, egocentrismo e cegueira espiritual
se não deixarmos esta fonte de águas vivas que corre direto do trono do
Altíssimo Deus brotar em nossas vidas, esta água é aquela que Jesus falou com a
mulher samaritana no capítulo quatro do Evangelho de João: “... mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede,
porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a
vida eterna (João 4.14)”.
O problema em Laodicéia e também hoje em muitas
igrejas/pessoas, que já não buscam mais renovação aos pés de Jesus, mas sim a
supostos “ungidos com uma nova mensagem/visão” é justamente o abandono dos
princípios eternos, a mudança de valores espirituais (aquilo que a Palavra
condena hoje já é aceito ou tolerado em muitos lugares / é o amor exacerbado,
não um amor que leva á salvação mais sim para a condenação), é a ética Cristã
sendo substituída por um ecumenismo religioso, é a “preguiça espiritual” que
nos faz deixar de ler a bíblia e correr através de profecias de cura e prosperidade,
é a busca por tesouros terrenos, o mundanismo tomando espaço dentro dos
corações, tudo isso porque sempre tem algo querendo tomar o lugar e a glória de
Deus em nossas vidas, foi assim no tempo do profeta Jeremias: “Houve alguma nação que trocasse os seus
deuses, ainda que não fossem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória por
aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos!
Ficai verdadeiramente desolados, diz o SENHOR. Porque o meu povo fez duas
maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas,
cisternas rotas, que não retêm águas (Jr 2. 11-13)”.
Ou seja, não é a minha regiliosidade ou minha forma de pensar
que á qualquer preço precisa ser estabelecida, mas sim o que a Palavra de Deus
ordena, por isso ao invés de irmos buscar estas águas “mornas e frias” que
estão distribuindo gratuitamente por ai através de um evangelho barato, vamos
buscar aquela “água viva” que aquece nossa alma, que sim é gratuita, mas custou
preço de sangue (Sangue do Cordeiro de Deus) e vale muito mais que ouro e
prata. Esta Água que nos lava e regenera e que faz brotar e nascer uma nova
criatura, um novo homem, que devolve nossa visão espiritual.
Então é nossa responsabilidade de alimentar nossa vida
espiritual e não vamos nos deixar ser infiltrados por impurezas e mornidão que
muitos “aquedutos” (atalhos) estão trazendo, mas sim beber diretamente da Fonte
de águas vivas, pois aquele mesmo Jesus que ordenou: - daí-lhe vós de comer!
Diz-nos ainda hoje: Aconselho-te que de
mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas,
para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus
olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo;
sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir
a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele
comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim
como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o
que o Espírito diz às igrejas (Ap 3.14-18)”.
Que o Senhor Jesus nos ajude e sejamos cada vez mais
fiéis ao nosso Deus.
Pb. Thiago Rodrigues
Teixeira
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