29 de maio de 2012

O GOVERNO DO ANTICRISTO


O GOVERNO DO ANTICRISTO

TEXTO ÁUREO = “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora”(1 Jo 2.18).

VERDADE PRÁTICA = O espírito do Anticristo já opera no mundo. Portanto, combatamo-lo a Palavra de Deus e com coma divulgação do Evangelho de Cristo até aos confins da terra.

LEITURA BÍBLICA = Apocalipse 13.1-9

O PERFIL DO ANTICRISTO

“Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.” (II Tessalonicenses 2:7,8)

“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.” (I João 2:18)

“O governo mundial tornou-se inevitável.” (Arthur Compton)

“Está em elaboração o governo de um mundo só. Quer gostemos disso ou não, estamo-nos mudando para um governo de um mundo só.” (Ralph Barton Perry)

O Anticristo será a obra-prima de Satanás. Ele é mais que um símbolo do mal ou uma força impessoal — toda a sua existência e todo o seu ser se opõem ao plano de Deus e ao seu Filho bendito, Jesus Cristo.

O Anticristo será o líder mais incrível que o mundo já conheceu. Superficialmente, parecerá o epítome da genialidade e do poder do ser humano. Sobre isso, A. W. Pink afirmou: Satanás teve amplas oportunidades de estudar a natureza humana caída. Ele sabe muito bem fascinar as pessoas com a sedução do poder. Sabe satisfazer a sede de conhecimento, Pode agradar o ouvido com a música e os olhos com a beleza mais embriagante. Sabe exaltar as pessoas às alturas mais estonteantes da grandeza mundana e da fama, e sabe controlar essa grandeza de forma que seja usada contra Deus e seu povo.

A genialidade do Anticristo se destacará nas seguintes esferas:

• Intelectual, Dn 7:20.
• Eloqüência, Dn 7:20.
• Política, Dn 11:21.
• Comercial, Dn 11:36.
• Militar, Dn 8:24.
• Administrativa, Dn 8:24.
• Religiosa, II Ts 2:4.

Com exceção de 1 João 2:18,22, a Bíblia nunca se refere especificamente a esse futuro líder como o Anticristo. O título Anticristo foi usado por estudantes de profecias durante toda a história da igreja. Sem dúvida, esse é um termo apropriado porque capta a essência da pessoa e da obra desse indivíduo que comandará a terra durante o período tribulacional. Sobre isso, com muita propriedade, declara A. W. Pink: “Em todos os aspectos, ele é a antítese de Cristo. A palavra Anticristo tem um significado duplo. Seu significado principal é de alguém que se opõe à Cristo; o seu significado secundário é de alguém que tomou o lugar de Cristo.

A palavra Anti-Cristo refere-se não somente ao antagonista de Cristo, mas também descreve alguém no lugar de Cristo. O termo significa: outro Cristo, em lugar de Cristo, um alter christus, um impostor em nome de Cristo. Ele parecerá ser e se apresentará como o verdadeiro Cristo. Ele será a falsificação produzida pelo diabo.”

O Anticristo será hábil em usar de toda sorte de simulacros e falsidades para enganar a todos aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, que foi morto desde a fundação do mundo (2 Ts 2.10; Ap 13.8).

Eis algumas de suas falsas promessas:

a. Falsa paz — “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.1-3).

De acordo com estas informações do apóstolo Paulo, o Anticristo procurará implantar uma falsa paz no mundo e, particularmente, nas vidas de seus súditos. Provavelmente estas palavras façam alusão a um certo período que antecede alguma grande tempestade, quando o homem do pecado, o filho da perdição, tiver galgado poder e surgir aos olhos de todos como alguém capaz de abafar qualquer insurreição e toda e qualquer oposição, e assim tornar-se autoridade suprema em todo o mundo.

No entanto, esta falsa paz por ele oferecida pertence apenas ao tempo e não à eternidade, como aquela paz que procede de Deus e do Cordeiro. Quando todos que foram enganados pelo Anticristo estiverem apregoando em cada, segmento da sociedade: “... Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição”. O segundo selo, ao ser aberto, mostra-nos como será tirada esta paz da terra. Veja o que escreveu João: “E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo:

Vem e vê! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra (Ap 6.3,4). Jesus falou de uma paz que contrasta com esta que aqui está em foco! Ele disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vos a dou como o mundo a dá (lo 14.27a). Esta paz de nosso Senhor antecede a paz do Anticristo, porque ela, presentemente, se encontra implantada nos corações dos salvos; como, de igual modo, ultrapassará o período da Grande Tribulação para ser desfrutada durante o Milênio.

b. Falsa prosperidade — “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro [o Anticristo 1 vierem seu próprio nome, a esse aceitareis” o 5.43). Uma das principais características do Anticristo será a capacidade de seduzir e de enganar. Assim, usando de seus poderes do mundo exterior, ele apresentará ao mundo urna espécie de prosperidade econômica capaz de trazer momentaneamente benefícios para os moradores da terra. A passagem de Apocalipse 13.16,17 apresenta um imenso mercado economicamente organizados servindo aos súditos da besta, especialmente aqueles que têm na sua mão direita ou na testa o seu sinal, número e nome. Mas essa falsa prosperidade será removida pelo poder daquele que é “Verdadeiro, e julga, e peleja com justiça”.

c. Falsa esperança — Durante seu governo sombrio, o Anticristo, querendo imitar o próprio Filho de Deus, procurará implantar nos corações uma falsa esperança. Em seu discurso ele dirá que aqueles que seguirem sua política e sua religião terão segurança na vida e na morte. Mas isso será puro engano! Ele não é Deus nem Jesus Cristo. Ele é um falso Cristo — “a besta que viste.., subir do abismo, e irá à perdição” (Ap 11.7; 17.8).

d. Falsa segurança — “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3). Uma das falsas promessas do Anticristo para seus súditos é de que eles terão segurança em todos os ângulos da vida. Tal segurança pode trazer um sentido vasto e futurístico. Certamente ele prometerá às pessoas que elas terão total garantia, tanto do ponto de vista físico como do ponto de vista econômico e até religioso.

Mas tudo isso não passará de um embuste, engodado pelo engano daquele “... cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira... e com todo engano da injustiça...” (2 Ts 2.9,10). Suas falsas promessas serão desmascaradas por Deus e pelo seu Ungido. Todo o seu reino será sacudido pelo supremo poder pessoal de nosso Senhor Jesus Cristo, que lhe responderá com as forças da natureza, minando seu poder e sua glória em cada aspecto. Os sete selos, os sete elementos da natureza, as sete trombetas e as sete taças e os juízos descritos em Apocalipse 6—18, todos eles são juízos da parte de Deus, enviados contra o Anticristo e seu governo sombrio. Assim, quando ele proclamar aos seus súditos: “Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição”.

2. Sua Dupla Nacionalidade

A maioria dos comentadores são de opinião de que o Anticristo terá dupla nacionalidade, uma romana e a outra judaica. Outros opinam que ele terá nacionalidade romana, mas que se tornará um prosélito do judaísmo e, por meio disto, conquistará o povo judeu (cf. Ap 2.9). Para os judeus em geral, incluindo os essênios, o batismo era uma cerimônia introdutora, mediante a qual os novos convertidos ao proselitismo eram admitidos como membros reconhecidos do grupo.

A DURAÇÃO DO GOVERNO DO ANTICRISTO

“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” ( Daniel 9:2 7 )

A duração do governo do Anticristo corresponde ao tempo da Grande Tribulação, portanto, será de sete anos. A Grande Tribulação corresponde à septuagésima semana profética de Daniel. Daniel profetizou sobre 70 semanas. São semanas de anos e não de dias (ele utilizou o vocábulo hebraico shábua que indica anos).
A seguir, veja o cômputo das semanas proféticas, conforme Daniel 9:24-27:

Primeiro grupo - 07 semanas                 = 49 anos, Dn 9:25.

Segundo grupo- 62 semanas                  = 434 anos, Dn 9:25,26.

Terceiro grupo - 01 semana                   = 07 anos, Dn 9:27.

7 + 62 + 1 = 70 semanas 49 + 434 + 7 = 490 anos

Os dois primeiros grupos já se cumpriram. Portanto, veja o acúmulo de semanas:

7+ 62 = 69 semanas 49 +434 = 483 anos

O terceiro grupo ainda não se cumpriu. Deus interrompeu a contagem das semanas, abrindo um parêntese, possibilitando a formação da igreja, Rm 1:16,17; Cl 1:26. Esse parêntese chama-se “dispensação da graça”. O parêntese se fechará quando Deus encerrar a dispensação presente, com o arrebatamento da igreja. Aqui na terra, após o rapto da igreja, haverá a Grande Tribulação que durará sete anos. Deus então, retomará a contagem das semanas proféticas de Daniel. Assim, entendemos, que o tempo de duração do governo do Anticristo corresponde a última semana de anos, ou seja, à
Grande Tribulação.

Veja a análise da última semana profética:

69 + 1 = 70 semanas 483 + 7 = 490 anos
A Grande Tribulação durará sete anos e se dividirá em duas fases distintas, de 3,5 anos cada uma delas: e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador “, Dn 9:2 7.

A PRIMEIRA FASE TRIBULACIONAL (3,5 ANOS)

Na primeira fase da Grande Tribulação o mundo vai experimentar um grande avanço e modernidade nas diferentes áreas. Será um período de prosperidade inigualável, Dn 11:36. Será também, um período de falsa paz, 1 Ts 5:3. A primeira fase tribulacional corresponde ao cavalo branco de Apocalipse 6:2.

No início da Grande Tribulação, a septuagésima semana profética de Daniel, o Anticristo fará uma aliança (do hebraico berith) com Israel. Ele será o mestre do engano e da sedução. Os judeus serão enganados por ele e o receberão como o Messias, Jo 5:43. Uma das pautas do acordo será a reconstrução do templo dos judeus. Aparentemente, o mundo sofrerá grandes transformações e todos estarão encantados com o governo mundial, Dn 7:20; 8:24. Porém, todo este cenário é fictício e quebradiço, o pior ainda está por vir.

AS DUAS TESTEMUNHAS

“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda

“sorte de pragas, quantas vezes quiserem. E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará. E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado. E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros. E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra. E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram. E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados e deram glória ao Deus do céu.” (Apocalipse 11:3-13)

Um dos temas de maior discussão no contexto escatológico é a identificação das duas testemunhas, que ministrarão na terra na primeira fase da Grande Tribulação, isto é, o correspondente a 1260 dias, ou 42 meses, (deve-se lembrar, que o ano judaico é composto por 360 dias).

As duas testemunhas cumprirão sua obra vestidas humildemente, de saco, sinal de pesar e coração quebrantado (compare II Rs 19:1,2). Como João, o escritor do Apocalipse, as duas testemunhas trarão avisos solenes de julgamento.

Enviar suas testemunhas em duplas, é um princípio de Deus, principalmente quando há uma tarefa difícil a cumprir: Moisés e Arão, Josué e Calebe, Zorobabel e Josué, Pedro e João. A Bíblia diz que são elas, duas oliveiras e dois candeeiros. Com certeza, elas são o cumprimento final da visão do profeta Zacarias:

“E tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, e me disse: Que vêz ? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. E falei e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto? Então, respondeu o anjo que falava comigo e me disse: Não sabes tu o que isto é ? E eu disse: Não, Senhor meu. E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos, Zc 4:1-6.

As duas testemunhas receberão uma tríplice designação:

1 - Terão uma atuação profética: atuarão como os profetas de Israel, no Velho Testamento, homens através dos quais Deus falava.

2 - São duas oliveiras: isso quer dizer, que serão cheias do Espírito Santo. Sua poderosa mensagem será de enorme e irresistível força espiritual.

3 - São dois candeeiros: refletirão a glória do Senhor. Revelarão, como única luz nas trevas, o pecado e a corrupção, o que produzirá terríveis tormentos de consciência para todo o mundo.

Assim como os 144 mil israelitas receberão um selo especial para exercerem seu ministério durante a septuagésima semana de Daniel, as duas testemunhas também receberão uma unção especial para cumprirem seu ministério durante a primeira metade da Grande Tribulação.
A identificação das duas testemunhas tem gerado grandes discussões. Veja as principais afirmações:

Interpretação simbólica:

• Israel e a igreja.
• O Velho e o Novo Testamento.
Interpretação literal:

• Enoque e Elias: os que fazem tal afirmação, argumentam que os referidos profetas não morreram, e, portanto, ainda devem morrer (Hb 9:27; Ap 11:7). No entanto, a Bíblia diz que Enoque foi trasladado para não ver a morte, Hb 11:5.

• Moisés e Elias: os que defendem tal pensamento, citam Apocalipse 11:6, como se vê:
“Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.” Alusão aos dois personagens do V.T., 1 Rs 17:1; Ex 7:19.

OS 144 MIL ISRAELITAS SELADOS

“E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” (Apocalipse 7:4)

A linguagem aqui apresentada não é simbólica, mas sim, literal. Indubitavelmente, a designação dos nomes e do número de servos de cada tribo caracteriza uma linguagem literal, Ap 7:4-8.

Em seu livro “Espada Cortante”, O. S. Boyer afirma: “A primeira das duas belas visões de consolação, do presente capítulo, é a dos 144.000 que se acham isentos dos horrores do sétimo selo.

Não nos deixemos ser levados por preconceitos contra os judeus, a pensar que os 144.000 não serão israelitas. Lembremo-nos que todos os profetas eram judeus. Jesus era judeu. O escritor do Apocalipse era judeu. Todos os apóstolos eram judeus. A própria salvação veio por intermédio dos judeus. Os judeus existirão, em grande número, até o fim.

Não nos deixemos enganar, pensando que esse grupo de 144.000 seja somente do Israel espiritual. E verdade que todos os crentes são, espiritualmente, descendentes de Abraão, Rm 4:11-16. Mas no caso desse grupo de 144.000, nomeiam- se as próprias tribos a que  pertencem. E evidente, portanto, que são judeus.”

Inquestionavelmente, os 144.000, trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação, para testemunharem de Cristo. Serão 12.000 de cada uma das doze tribos de Israel, que serão separadas durante o período tribulacional, para serem oponentes do Anticristo. Cumprir-se-á a profecia de Isaías 66:19:

“E porei entre eles um sinal e os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul e Lude, flecheiros, a Tuba! E Javã, até as ilhas de mais longe que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre as nações.”

Os 144.000 serão selados como servos do nosso Deus e terão em suas frontes a marca de Deus, Ap 7:3. Assim como os que receberem a marca da Besta serão conhecidos por sua oposição ao programa de Deus (Ap 9:20,21), os 144.000 apoiarão o plano de Deus e se oporão à obra do Anticristo. Com certeza, por meio do testemunho desses 144.000 israelitas, muitos escaparão da armadilha do Anticristo, depositando a sua fé em Cristo para a salvação, Ap 7:9.

Observamos em Apocalipse 7:5-8, entre as doze tribos arroladas, a omissão de Dã e Efraim. Seus nomes aparecem substituídos pelos de José e Levi. Vale-se comparar esta lista com outras congêneres, como: Gn 29; 30;49; Dt 33. A grande maioria dos escatologistas acredita que a omissão de Dã e Efraim ocorre por causa de sua idolatria e imoralidade.

Veja a seguir, as referências bíblicas que indicam a decadência moral e espiritual de Dã e Efraim:

• Dã:Jz 18:1-31; 1 Rs 12:28-30.
Efraim: 0s4:17; 7:2-8; 11:12; 13:2-12.

Nota: Dã e Efraim, não sendo selados, passarão pela Grande Tribulação sem a proteção do selo de Deus. Todavia, na lista das tribos em evidência, no reinado milenial de Cristo, a tribo de Dã aparece em primeiro lugar, e, seqüencialmente, a tribo de Efraim, Ez 48:2-6. Com certeza, no final da Grande Tribulação, quando ocorrer a conversão dos judeus, Dã e Efraim também crerão e converter-se-ão ao Senhor. O resultado da ação evangelística dos 144.000 israelitas selados por Deus é mostrado de maneira gloriosa por João, o escritor do Apocalipse:

“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”, Ap 7:9, 10.

O texto bíblico descreve o grupo constituído de gentios salvos durante a Grande Tribulação. Uma vez martirizados, como vemos no capítulo 6:9-11, aparecem agora perante o trono de Deus. Duas coisas importantes devem ser aqui destacadas, envolvendo esse grupo:

• Trajarão vestes brancas: o branco fala de retidão, pureza e justiça. É o branco “tingido “pelo sangue do Cordeiro.

• Estarão com palmas em suas mãos: palma é símbolo de vitória. As palmas sinalizam também para a ressurreição daqueles que guardaram os mandamentos de Deus e a fé em Jesus (no tempo da “angústia de Jacó”), daqueles que aguardaram o momento de tomarem parte na “primeira ressurreição”.

Quando a tarefa dos 144.000 estiver completa, o Senhor os arrebatará para o céu, antes de sofrerem a morte. A história dos 144.000 israelitas selados, descrita no capítulo 7 do Apocalipse, está incompleta, sendo agora completada com a visão que João teve do Cordeiro e os seus remidos no monte Sião:

“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai. E ouvi uma voz do céu como a voz de muitas águas e como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua harpa. E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”, Ap 14:1-5.

A expressão: “... não estão contaminados com mulheres”, tem sentido espiritual. Significa que não praticaram religiões falsas; não fizeram parte da igreja falsa, “porque são castos”. Na Bíblia, tanto no Velho como no Novo Testamento, a prática de religiões falsas, assim como a união de uma igreja com o mundo é considerada prostituição espiritual.

SEGUNDA FASE TRIBULACIONAL (3,5 ANOS)

A segunda fase da Grande Tribulação será o oposto da primeira. A máscara da Besta cairá e sua verdadeira identidade como homem vil se revelará.  Esta segunda fase tribulacional será marcada pelas perseguições impostas pelo Anticristo aos judeus e à igreja apóstata, Jr 30:7; Ap 6:9; 13:7. Ocorrerão também juízos vindouros da parte de Deus, bem como cataclismas que afligirão os moradores da terra:

OS JUÍZOS DE DEUS

“Porque nesse tempo haverá grande tribulação,como desde o princípio do mundo até agora não tem havido.” (Mateus 24:2 1)

Na última fase da Grande Tribulação, ou seja, os 3,5 anos finais, Deus enviará uma série de juízos sobre a terra:

A abertura dos sete selos:

Primeiro selo - Aparece o cavalo branco, Ap 6:1,2. Simboliza falsa paz, I Ts 5:3. O Anticristo arranca para a conquista sobre as nações. O arco fala do alcance, extensão do domínio do Anticristo. A coroa é para o vencedor. Nesse período o mundo viverá grande prosperidade, Dn 11:36, porém, todo esse progresso será falso. Posteriormente, a Besta revelará seu caráter diabólico.

Segundo selo - Aparece o cavalo vermelho, Ap 6:3,4. O cavalo vermelho simboliza guerra. Nesse período o acordo com os judeus será quebrado, Dn 9:2 7. Tanto a igreja apóstata como os judeus serão perseguidos, Jr 30:7; Ap 17:16.

Terceiro selo - Aparece o cavalo preto, Ap 6:5,6. Simboliza fome. A balança fala de racionamento.

Quarto selo - Aparece o cavalo amarelo, Ap 6:7,8. Simboliza morte. A morte será em decorrência de quatro fatores:

• Espada - O Anticristo estará dominando amplamente a terra. A igreja apóstata sofrerá nesse tempo, tendo seu sangue derramado.

• Fome - É o que está incluso no terceiro selo.

• Peste - Possivelmente pelo aparecimento de bactérias e vírus que promoverão a morte de muitos.

• Feras - Certamente animais bravios.

A quarta parte da população da terra morrerá.

Quinto selo - O clamor dos mártires, Ap 6:9-1 1. Judeus e gentios que morreram pela fé, tendo seu próprio sangue derramado, estarão debaixo do altar de Deus, Ap 6:9; 7:14. Cremos assim, que haverá salvação durante a Grande Tribulação.

Sexto selo - Sinais no céu e angústia na terra, Ap 6:12-1 7:

• Houve um grande tremor de terra, Ap 6:12.
• O sol tornou-se negro como um saco preto, Ap 6:12.
• A lua tornou-se como sangue, Ap 6:12.
• As estrelas caíram do céu, Ap 6:13.
• O céu retirou-se como um livro, Ap 6:14.
• Todos os montes e ilhas foram removidos, Ap 6:14,15.

Conforme Ap 6:17, Deus respondeu ao clamor dos mártires, sua ira manifestou-se.

Sétimo selo - Surpresas evidentes, Ap 8:1-13. Primeiro houve silêncio no céu por quase meia-hora, em atitude de respeito ao que sucederia, Ap 8:1

Sete anjos aparecem com sete trombetas, Ap 8:2. O sétimo selo engloba as quatro primeiras trombetas:

As sete trombetas:

1º. Trombeta - Saraiva, fogo e sangue, Ap 8:7. A terceira parte da terra é destruída.

2º. Trombeta - Algo como um meteoro incandescente caindo no mar e contaminando-o, Ap 8:8,9. Um terço da vida marítima e um terço dos navios serão destruídos.

3º. Trombeta- O absinto, Ap 8:10,11. A terça parte das águas fica contaminada.

4º. Trombeta - Trevas na terra, Ap 8:12. Um terço do sol, da lua e das estrelas deixará de brilhar. As três trombetas restantes serão relatadas abaixo. A 5 e a 6 estão no capítulo nove, a última se encontra no capítulo onze do livro do Apocalipse.

5º. Trombeta - A praga dos gafanhotos, Ap 9:1-12. Uma grande estrela caiu do céu (Satanás), e foi-lhe dado a chave do poço do abismo (hades), e os gafanhotos saíram (demônios) para atormentar os moradores da terra que não tinham o sinal de Deus. A 9 Trombeta equivale ao 1º. ai.

6º. Trombeta - A cavalaria infernal, Ap 9:13-21. Anjos infernais em número de quatro, liberarão esta cavalaria infernal (demônios), que são em número de 200 milhões. A terça parte dos homens morrerá. Corresponde ao 2° ai.

7º. Trombeta. A mulher e o dragão, Ap 11:15; 12:1-17.

As sete taças da ira de Deus:

O Anticristo fará um acordo com os judeus por uma semana (sete anos), porém, na metade da semana, romperá o acordo, e perseguirá os judeus.

O Anticristo perseguirá a igreja apóstata, que será formada no início da Grande Tribulação. Haverá espanto, horror e morte.

A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO == 2 TESSALONICENSES 2.1-14

Embora o Anticristo não se haja manifestado ainda plenamente, o seu espírito aí está, transtornando igrejas, torcendo as Sagradas Escrituras, alterando a configuração política das nações e apoderando-se dos organismos internacionais, objetivando a instauração de seu império numa rebelião aberta contra Deus.

Quando o apóstolo João afirmou que o mundo jaz no maligno, queria ele deixar bem claro que todos os recursos, quer humanos, quer materiais, acham-se devidamente aparelhados para acolher o homem do pecado. Nesta lição, veremos quem é o Anticristo e por que buscará ele apoderar-se do planeta. Estejamos, pois, alertas Que o Diabo não tenha lugar na Igreja de Deus

QUEM É O ANTICRISTO

As Sagradas Escrituras traçam-nos um nítido perfil do personagem que, durante a Septuagésima Semana de Daniel, haverá de dominar o mundo, subjugando todas as coisas ao império de Satanás. Vejamos, pois, como a Bíblia o descreve.

1. O arquiinimigo de Deus e seu Cristo. O Anticristo será a mais completa personificação de Satanás e o seu mais autêntico representante. Seu objetivo será:

a) Levantar-se contra o Cristo de Deus; e

b) Postar-se em lugar de Cristo, como se fora ele o messias que haveria de trazer a libertação a Israel e a salvação a toda a humanidade (Jo 5.43; = 2 Ts 2.4). Aliás, é exatamente isto o que significa a partícula grega anti: “contra e em lugar de”. O Anticristo, pois, é aquele que se coloca no lugar de Cristo e contra Cristo se levanta.

2. O representante maior do Diabo. Segundo mostram os textos bíblicos, o Anticristo, ainda que pareça sobrenatural, será um ser humano como outro qualquer (Ap 13.12). Assim a Bíblia o intitula:

a) O príncipe que há de vir (Dn 9.26);
b) O que vem em seu próprio nome (jo 5.43);
c) Aquele que se assentará no templo de Deus (2 Ts 2.4);
d) O homem do pecado (2 Ts 2.3).

3. A Besta. Por que o Anticristo é assim chamado? Devido à sua natureza, arrogância e prepotência. Erguendo-se ele contra Deus, intentará a perpetuação de seu império e a anulação do Reino de Cristo. Assim como o Diabo, no início, usou a serpente para enganar Eva, usará agora o animal de feroz aparência para ludibriar as nações logo após o arrebatamento da Igreja. Nesta ocasião, manifestar-se-á ele plenamente (2 Ts 2.6).

A MISSÃO DO ANTICRISTO

Tem o Anticristo como missão implantar o domínio de Satanás em todo o mundo, a fim de que este seja transformado no Reino das Trevas. Eis suas missões principais:

1. Criar uma religião, onde seja o Diabo reverenciado por todos os que, desprezando a verdade, apegaram-se á mentira. Nesta esfera, ele é assistido pelo falso profeta (Ap 13.11-18).

2. Estabelecer uma economia fortemente centralizada, através da qual forçará os habitantes da terra a aceitarem o sinal da besta (Ap 13.17,18).

3. Destruir as bases da religião divina, para que todos venham a crer em suas mentiras: “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Ts 2.4).

4. Enganar a Israel, fingindo ser o seu messias e, em seguida, destruí-la, numa tentativa sem precedentes de frustrar os planos de Deus com respeito ao estabelecimento definitivo e pleno dos filhos de Abraão na formosa terra (Dn 9.27; Ap 12.1 2-17).

5. Destruir os que se hão de converter durante a Grande Tribulação, objetivando desarraigar da terra quaisquer testemunhos concernentes ao Deus Único e Verdadeiro e ao seu Unigênito (Ap 7.9-17).

6. Multiplicar a iniqüidade no mundo. Afinal, o Anticristo é conhecido como o homem do pecado e o iníquo (2 Ts 2.3). Ele, portanto, é o grande promotor da iniqüidade.

A DOUTRINA DO ANTICRISTO

Eis as bases da doutrina a ser implantada pelo homem do pecado:

1. Substituir Deus pelo Diabo. Em muitos centros de estudos cristãos, o Senhor Deus já foi substituído pelo homem. Haja vista as teologias liberais, divorciadas da Palavra de Deus que se enveredaram pelo antropocentrismo, afirmando ser o homem a medida de todas as coisas (SI 10.4; = Ez 28.2). 13, agora, já se busca substituir, descaradamente, Deus pelo próprio demônio.

2. Criar um messias para Israel, visando promover um pseudo-salvador para toda a humanidade. Quando os judeus perceberem que o Anticristo não é, de fato, o seu Cristo, mas um impostor tentará ele destruir a descendência de Abraão (Dn 9.27).

3. Concretizar o que, desde que fora expulso do céu, o Diabo intenta fazer. Colocar o Diabo no lugar de Deus, a fim de que ele receba uma adoração que é exclusiva do Todo-Poderoso. A resposta de Deus para todas essas maquinações do Maligno está no Salmo 2. Ler também 2 Ts 2.8;  = Ap 19.19,20.

O ANTICRISTO NO TEMPLO DE DEUS

Já que a Besta e o Falso profeta atuarão como antideuses, o reino de Satanás haverá de funcionar como o anti-reino de Deus. Portanto, o momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no Santo Templo em Jerusalém. Ele assim agirá, a fim de que:

1. Os judeus aceitem o Anticristo como o seu messias, “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5.43).

2. Á verdade seja erradicada. “E com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2 Ts 2.10,11).


3. Selam suspensos os sacrifícios de Deus, “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27). Quando isto acontecer, será deflagrada toda a ira de Deus tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém.

O MERCADO COMUM EUROPEU: A PLATAFORMA PARA A ASCENSÃO DO ANTICRISTO

“Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, e as suas unhas, de metal; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; e também das dez pontas que tinha na cabeça e da outra que subia, de diante da qual caíram três, daquela ponta, digo, que tinha olhos, e uma boca que falava grandiosamente, e cuja aparência era mais firme do que o das suas companheiras. Eu olhava, e eis que essa ponta fazia guerra contra os santos e os vencia. Até que veio o ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.” (Daniel 7:19-22)

“E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.” (Apocalipse 13:1)

“O ressurgimento do Império Romano como um domínio mundial será a concretização do ensaio de ecumenistas, sincretistas e cientistas nucleares modernos, pregadores de uma só religião e de um só governo para o mundo.” (Abraão de Almeida)

O profeta Daniel, inspirado e capacitado por Deus, usou uma expressão interessante e oportuna, para descrever o comportamento do futuro ditador mundial, o Anticristo:
• ele virá caladamente... “, Dn 11:21.
Esta expressão revela nitidamente, como o diabo prepara o cenário mundial para a projeção de sua obra-prima, o Anticristo. Seu advento não está sendo orquestrado de forma retumbante, mas, caladamente. O mundo sofreu grandes transformações, e se molda para o cumprimento dos vaticínios bíblicos sobre a atuação do maior de todos os ditadores.

A plataforma para a projeção do Anticristo está sendo arquitetada de forma inteligente. Caladamente, sua elevação está assegurada. O palco tem dimensões globais, todavia, o suporte principal é a Europa. Estamos visualizando o amadurecimento da Europa para a projeção do Anticristo, tanto no aspecto espiritual, como material.

Veja a seguir, como isso ocorre:



O PREPARO ESPIRITUAL

É nítida a apostasia espiritual na Europa.
Veja as seguintes informações:

• Enquanto milhões estão se entregando à Cristo na Ásia, África e Américas, pouco ouvimos da moderna Europa.

• As igrejas evangélicas da Europa estão em franca decadência.
• O pensamento teológico, outrora glorioso, se mostra confuso e libertino.
• As redes de telecomunicações têm estado fechadas misteriosamente para o evangelho por duas gerações.

• Em quarenta anos de programas de televisão, o povo da França nunca tinha visto um programa evangélico. Portanto, a apostasia espiritual na Europa está confirmada, constituindo-se numa peça importante na estrutura do cenário para a projeção do Anticristo.

O PREPARO MATERIAL

“Os anos 90 devem ser considerados como a década Européia, quando a Comunidade Européia se envolveria na maior união política e econômica do mundo.” (Richard Gwyn)

Caladamente, a estrutura material para a projeção do Anticristo está sendo edificada. Estamos assistindo de camarote, a restauração do Império Romano, obviamente, numa roupagem diferenciada, moderna e sólida; através do Mercado Comum Europeu, conhecido nos dias hodiernos como União Européia. Para entendermos com clareza o que representa profeticamente a restauração do Império Romano, precisamos ter uma visão acerca dos impérios mundiais. Deus descortinou o futuro, revelando ao profeta Daniel os sucessivos impérios que viriam ao palco da história e exerceriam poder sobre toda a terra. A chave para a compreensão de tais impérios encontra-se em Daniel 2:31-45. O sonho de Nabucodonosor compreende a estrutura dos quatro impérios mundiais, a saber:
Veja a seguir, o tempo de duração dos impérios mundiais

• Império Babilônico: 606 a.C. a 536 a.C.
• Império Medo-Persa: 536 a.C. a 331 a.C.
• Império Grego: 331 a.C. a 167 a.C.
• Império Romano: 63 a.C. a 634 d.C.

As profecias afirmam: o Império Romano será restaurado. Como já vimos, sua restauração já é uma realidade incontestável, através do Mercado Comum Europeu, hoje conhecido por União Européia. Antes de fazermos uma análise detalhada da parte final da estátua, do sonho de Nabucodonosor, entraremos agora no estudo cuidadoso da preparação do palco físico para a projeção do Anticristo — o Mercado Comum Europeu.

MERCADO COMUM EUROPEU: A RESTAURAÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO

O Mercado Comum Europeu foi fundado no dia 23 de maio de 1957 e passou a vigorar no dia 01 de abril de 1958. É o resultado de um processo de cooperação e integração entre os países-membros. Sua missão é organizar de forma coerente e solidária, as relações entre os países-membros e os seus povos.
A estrutura inicial era composta de seis nações européias: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda. Assim, um total de 220,7 milhões de pessoas tornaram- se parte de um esforço cooperativo para criar uma nova Europa. Após o sucesso inicial do estabelecimento de um mercado comum, outros países daquele continente reconheceram o futuro promissor desse movimento e várias outras nações procuraram associar-se a ele.

Mais três nações são admitidas: em janeiro de 1973, três outras nações foram aceitas. São elas:

• Dinamarca (5,2 milhões de habitantes).
• Irlanda (3,5 milhões de habitantes).
• Inglaterra (57,6 milhões de habitantes).

Portanto, outras 66,3 milhões de pessoas foram acrescentadas. Com isso, a Europa unida ultrapassou os Estados Unidos em população.

A inclusão da décima nação: depois de 1 973, houve um hiato de oito anos. Em 1981, a Grécia, com uma população de 10,3 milhões de habitantes foi incluída no Mercado Comum Europeu. Quando a Grécia passou a fazer parte do Mercado Comum Europeu, a nova Europa contabilizava 297 milhões de habitantes. A admissão de Portugal e Espanha: em 1986, o desenvolvimento do Mercado Comum

Europeu continuou, com a admissão dessas duas importantes nações:

• Portugal (9,9 milhões de habitantes).
• Espanha (40 milhões de habitantes).
O Mercado Comum Europeu, em 1986, com a admissão de Portugal e Espanha, era, portanto, uma força de 336,4 milhões de habitantes.

MERCADO COMUM EUROPEU - UNIÃO EUROPÉIA

No dia 04 de dezembro de 1991, em Maastricht, Holanda, é aprovado o Tratado da União Européia, que se concretiza em 8 de novembro de 1992, com a eliminação de barreiras alfandegárias entre os países-membros. Em novembro de 1993 o Tratado da União Européia entra oficialmente em vigor. Portanto, conhecida como Comunidade Econômica Européia (Mercado Comum Europeu), essa organização passa formalmente a se chamar União Européia.

União Européia - Quinze Nações: no dia 01 de janeiro de 1995, três outras importantes nações se associaram à União Européia:

• Áustria (8,1 milhões de habitantes).
• Suécia (8,8 milhões de habitantes).
• Finlândia ( 5,2 milhões de habitantes).

Com a admissão da Áustria, Suécia e Finlândia, a população da União Européia chega a 378 milhões de habitantes.

União Européia - Vinte e cinco Nações: no dia 01 de maio de 2004, mais dez nações foram admitidas na União Européia, elevando seu quadro para vinte e cinco países membros. São oito nações do Leste Europeu e duas ilhas mediterrâneas:

• Chipre ( 802 mil habitantes).
• Eslováquia ( 5,4 milhões de habitantes).
• Eslovênia (2 milhões de habitantes).
• Estônia (1,3 milhão de habitantes).
• Hungria ( 9,9 milhões de habitantes).
• Letônia (2,3 milhões de habitantes).
• Lituânia ( 3,4 milhões de habitantes).
• Malta ( 394 mil habitantes).
• Polônia (38,6 milhões de habitantes).
• República Tcheca (10,2 milhões de habitantes).

Veja a seguir, a estrutura da União Européia:

• Área: 4.289.492 Km2.
• Sede: Bruxelas, capital da Bélgica.
• População: 454 milhões de habitantes.

• Países-Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal,
República Tcheca e Suécia.

• Presidente: Durão Barroso (de Portugal). Trata-se do Presidente fixo, pois há um Presidente rotativo, a cada seis meses, num rodízio com os países-membros.

• Moeda: Euro. Implantado oficialmente em 01 de janeiro de 2002, sendo utilizado por vinte e dois dos vinte e cinco países que integram a União Européia.Inglaterra, Suécia e Dinamarca decidiram não adotar o E_uro como moeda oficial.

• PIB: US$ 11 trilhões.

• Bandeira: em 1986, o Conselho Europeu adotou a bandeira que constitui o emblema da União Européia: sobre fundo azul celeste, doze estrelas douradas definem um círculo, que representa a união dos povos da Europa. São em número invariável de doze, símbolo da perfeição e plenitude.

• Renda Per Capita: US$ 22.636.

INSTITUIÇÕES DA UNIÃO EUROPÉIA

• O Parlamento Europeu: é eleito por sufrágio universal direto. Representa a expressão democrática da vontade política dos povos da União Européia, sendo o maior parlamento multinacional do mundo.

• O Conselho da União Européia: conhecido como Conselho de Ministros. Não tem equivalente em qualquer outra parte do mundo. No seu seio, os países-membros elaboram a legislação da União Européia, estabelecem os seus objetivos políticos, coordenam as suas políticas nacionais e resolvem as diferenças entre eles e com outras instituições.

• A Comissão Européia: a descrição clássica do papel da Comissão identifica três funções distintas: apresentar propostas de legislação, ser a guardiã dos tratados e executar as políticas da União Européia e as relações comerciais internacionais.

•O Tribunal de Justiça: a missão do Tribunal de Justiça é fornecer as garantias judiciais necessárias para assegurar o respeito do direito na interpretação e na aplicabilidade dos tratados, bem como no conjunto das atividades da Comunidade Européia.

• O Tribunal de Contas Europeu: é o representante do contribuinte e tem a responsabilidade de verificar se a União Européia gasta seu dinheiro de acordo com as regras e regulamentos orçamentais e para os fins que se destina. É chamado como 11cão de guarda11 da União Européia.

• O Banco Europeu de Investimentos: chamado BEI, a instituição financeira da União Européia, concede empréstimos a longo prazo para investimentos de capital que promova o desenvolvimento e a integração equilibrada da União Européia.


• O Comitê Econômico e Social das Comunidades Européias: trata-se de um órgão consultivo da Comissão do Conselho e do Parlamento Europeu. Seus pareceres são elaborados pelos seus membros, que são representantes dos diferentes setores da vida econômica e social.

• O Comitê das Regiões: é a mais jovem instituição da União Européia. O seu aparecimento reflete o desejo dos países membros não só de respeitar as identidades e prerrogativas locais e regionais, mas também de se fazer participar no desenvolvimento e implementação das políticas da União Européia.

• Provedor de justiça Europeu: cada cidadão dos países- membros é, simultaneamente, cidadão nacional e Europeu. Um dos seus direitos enquanto cidadão Europeu é de recorrer ao Provedor de Justiça Europeu no caso de ser vítima de um ato de má administração, por parte dos organismos ou instituições com unitários.

• Banco Central Europeu: responsável pela política monetária da zona Euro.

O PALCO ESTÁ MONTADO

“Cremos que o Mercado Comum Europeu e a tendência para a unificação da Europa podem ser muito bem o começo da confederação de dez nações vaticinada por Daniel e pelo livro de Apocalipse.” (Hal Lindsey)

CONCLUSÃO

Incontestavelmente, o palco para a projeção do Anticristo no cenário mundial já está montado, através da estrutura da União Européia, a nova roupagem do Império Romano. Os dez dedos dos pés da estátua, descritos por Daniel, são dez remos, como forma ou expressão final do Império Romano, nos últimos dias da presente dispensação, Dn 2:41,42. Esses dez reis correspondem as dez pontas do quarto animal, descrito em Dn 7:24 e aos dez chifres da Besta, Ap 13:1; 17:3. Trata-se de um poder político que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir (“...era e já não é, mas que virá”, Ap 17:8).

Hoje, a União Européia conta com vinte e cinco nações (estamos em fevereiro de 2005). Para que as profecias bíblicas de Daniel e do Apocalipse se cumpram, necessariamente, quinze das nações deverão se desligar dela. Isto é possível e deve acontecer, uma vez que a Inglaterra, Dinamarca e Alemanha já discutiram essa possibilidade. Os motivos apresentados são: perca da soberania e do sentimento pátrio.

Daniel descreveu os pés da estátua, em parte de ferro, em parte de barro, Dn 2:33,41-43. Ferro e barro não se misturam! Isto quer dizer, que neste tempo do fim não haverá “nações unidas”. O ferro é o governo ditatorial. O barro é o governo democrático, do povo. Estas formas de governos estão presentes no mundo nos dias hodiernos.

Escreve Paulo que o Anticristo será destruído pela Palavra de Deus (2 Ts 2.7,8). No Apocalipse, assim está narrado o seu fim: “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19.20). O Senhor Jesus Cristo mostrará a todos que o seu poder é irresistível. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Senhor Jesus, não nos deixes ser seduzidos pelo engano nem pelas mentiras do adversário. Que possamos, nestes instantes que ainda nos restam, agir de maneira santa e irrepreensível até que venhas buscar a tua Igreja.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 2004

Livro:- O ANTICRISTO –  Editora Coprint = Roberto de Carvalho

Livro:- ARMAGEDOM  – A Batalha Final – Severino Pedro