24 de maio de 2011

A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL


                                    A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL


 “MAS RECEBEREIS A VIRTUDE DO ESPÍRITO SANTO QUE HÁ DE VIR SOBRE VÓS; E SER-ME-EIS TESTEMUNHAS TANTO EM JERUSALEM COMO EM TODA A JUDÉIA E SAMARIA E ATÉ OS CONFIS DA TERRA” ATOS 1,8


                                                                INTRODUÇÃO

     Nos últimos dias a palavra  ‘MOVIMENTO’ tornou-se tão vulgar que nos preocupa a forma de usá-la isto porque  quase todas as igrejas estão usando-a para fazer encher seus templos sem se importar com a qualidade dos crentes. Daí onde preferimos usar o termo: RENOVAÇÃO ESPERITUAL, DESPERTAMENTO PENTECOSTAL, pois assim, o termo me parece ser mais íntimo e mais pessoal do que movimento que reflete um ato onde uma pessoa usando de seus artifícios provoca emoções no auditório fazendo com que estes entram em êxtase e o movimento se torna um barulho passageiro. Isto é um pensamento próprio e vivencial. Porém, em se tratando do termo originário nada obsta que o termo mais correto seja realmente movimento pentecostal. É uma simples observação que fazemos sobre este termo “movimento pentecostal

, O comentarista da lição nos mostra os fatores que sofrem ataques sobre o movimento pentecostal: falta de conhecimento bíblico acerca da doutrina paractológica ou peneumatologia; ignorância sobre a origem do maior avivamento da história e acrescento  outro fator, a distorção feita por neopetecostais sobre a doutrina do Espírito Santo; e ainda temos  daqueles que usam esta doutrina para se auto promoverem.


     Não crer na vinda do Espírito Santo é mesmo que não crer na vinda de Jesus isto porque foi o próprio Jesus que disse te mandarei outro consolador. Ora se Jesus fala em outro consolador e fala do Espírito Santo não há como distorcer a palavra e não acreditar nas palavras de Cristo ou até não crer que cristo veio a terra e usar o poder pentecostal para se promover é se alto condenar, pois de Deus não se zomba.


                                      ORIGEM DO PENTECOSTE JUDAICO


      Permita-me, caros leitores, alterara ordem exposta pelo comentarista, pois assim fica mais fácil de entendermos o que é pentecoste; começando no período mosaico, seguindo ao período da graça até chegarmos aos nossos dias. Com isto teremos um breve relato da origem das duas formas de pentecoste. Um segundo a lei o outro no período da graça após cumprir a promessa de Cristo.

    Conforme nos afirma Champlin “O termo pentecoste é uma designação Greco - helenista  para a festa hebraica das semanas , cuja instituição é descrita em Levi. 23, 15-21...”.
     Três grandes festas eram anuais eram celebradas no ano pelos judeus: a Festa dos Pães Asmos que veio a integrar a páscoa, a Festa dos Tabernáculo e a Festa das Semanas  Deut. 16,16
     A Festa das Semanas era também conhecida como Festa das Primícias ou Festas das Colheitas. Era quando se realizavam se lançava a primeira foice nos frutos para realiza as primeiras colheitas dos primeiros frutos. Destes frutos dez por cento (dízimo) eram consagrados ao Senhor e deles também participavam os levitas. Isto era a forma de agradecer o Senhor boa colheita. Deut 16,10e11 e Lev. 23,10, 11.

    É importante observar que a festa das semanas  estava ligada a dois eventos importantes: a colheita das cevadas que estavam associadas a páscoa,  o trigo que se assemelhava ao pentecoste que era uma espécie de santificação de todo  o período da colheita; páscoa e pentecoste. Lev. 23, 19 a 21      


                                         ORIGEM DO PENTECOSTE CRISTÃO


   O pentecoste no período do judaísmo escrito por Moises nada mais era do que sobra das coisas futuras conforme escreveu o escritor aos Hebreus no cap. 10, l
     No período profético o profeta Joel vaticinara que nos Deus nos últimos dias derramaria do seu espírito..., Joel 2, 28, O mesmo aconteceu a posteriori, como Cristo prometera o consolador, ordenando que todos ficassem em Jerusalém até que do ato fossem revestido de Poder.

     Com isso o verdadeiro pentecostalismo estava para acontecer. Um movimento sem impureza de pensamentos teológicos, de  deturpação, sem ambições  de usá-lo para encher as igrejas com invenções  e formas antibíblicas onde opera mais a emoção do que a unção, mas um movimento  santo vindo do céus mandado por Deus como disse Jesus em  João 14, 16 e 17 cuja finalidade  é: consolar, ensinar, exortar convencer o mundo do pecado, cujo objetivo do movimento é  evangelizar e ganhar almas.

     Seu ponto de partida se deu em Jerusalém onde se encontravam quase 120 almas reunidas esperando a manifestação do poder do Espírito Santo conforme Atos 2. 1-4
    Estavam todos reunidos no mesmo lugar quando se cumpriu o dia do pentecoste. Sabiam eles que Jesus não era um  Rei terreno Atos 1, 6 sabiam também que haveriam de esperar o Espírito Santo  atos 1,4, .

    O movimento pentecostal foi algo certo e indubitável, pois era promessa de Jesus. Mas para que acontecesse com eles era necessário primarem de dois elementos fundamentais: primeiro que os discípulos ficassem reunidos e esperassem em Jerusalém; Atos 1, 4; 5. O lugar era Jerusalém. Não Nazaré nem Belém etc., mas Jerusalém. Segundo que eles esperassem. Se esperassem por dois dias e abandonassem o local não receberiam o poder. O segredo do movimento pentecostal é esperar. Não importa se o inimigo diz que ele não vem, isso é falácia,  não devemos dar ouvido, pois “maior é o que está conosco...”.    

     Contando a celebração da última páscoa onde Jesus disse “discípulo desejei muito comer convoco esta páscoa” Lucas 22,15, até a sua morte e ressurreição passaram-se quarenta dias  Atos 1, 3. Com mais dez dias aproximadamente que eles esperaram a descida do Espírito Santo, cumpriu-se o dia do pentecoste Atos 2. 1. Com estes eventos surge o movimento pentecostal no período da graça.

  O pentecoste no período da graça inaugura-se uma nova era da presença do Espírito Santo em nossas vidas, pois agora ele age diretamente toma posse de nosso ser e vive conosco desde que permitamos.
   Jesus cumpriu o que ele prometeu. Ele é fiel. Os discípulos receberam a presença e a vivência do Espírito Santo, depende somente do nosso querer.

       A diferença entre antes e depois da descida do Espírito santo é que antes os discípulos seguiam a Jesus crendo nos seus sinais e acreditando que ele seria o rei que iria libertá-los do julgo de romano. Tinham Cristo como seu garantidor, não do ponto de vista espiritual, mas material. Vejamos o que eles perguntaram a Jesus antes dele subir ao Céu; Atos 1.6. Porém, após  de recebido a virtude do Espírito Santo eles se apresentaram como testemunhas santas de Jesus, pois este  é o objetivo do batismo com o Espírito Santo. Pedro deu o primeiro sinal de testemunha quando após o derramamento do Espírito Santo, pois-se de pé e fez uma pregação onde quase três mil almas.


                              A TRAJETÓRIA DO PENTECOSTAL


      A efusão ou derramamento do Espírito Santo começou com uma profecia vaticinada pelo profeta Joel (Joel 2, 28 -32) cuja profecia mostra que este pentecostalismo tem uma trajetória ad infinita, enquanto estivermos aqui na terra, sem distinção de raça, cor, nacionalidade etc., pois ele diz “sobre toda a carne”. ]


    Devemo-nos porem nos atermos a quem pode receber este derramamento de poder. Apesar de Joel ter escrito “toda a carne” só receberá a efusão do Espírito Santo os servos e servas, filhos e filhas de Deus; em outras palavras os que estiverem em comunhão com Deus, os que estiverem em Jerusalém. Quando falamos em Jerusalém não estamos falando da capital de Israel, mas da Jerusalém santa  e sim onde cada crente que esteja em comunhão com Deus e possa sentir a sua presença e sobre todos os que  crerem que podem receber a efusão do Espírito Santo

     A profecia de Joel também não se cumpriu sé em Jerusalém. Ela tem uma trajetória que cada dia se cumpre na vida de quem crê.  Quando um crente recebe o batismo com Espírito Santo a profecia está se cumprindo.  Esta efusão esteve um período sem aparecer, porém, Deus usou homens para que entendessem que o derramamento do Espírito santo era para nossos dias.


“Nos Estados Unidos, após a Guerra Civil, na segunda metade do século 19, surgiu nas igrejas metodistas dos Estados Unidos um movimento que dava ênfase especial à plena santificação como uma “segunda bênção” ou “segunda obra da graça”, distinta da conversão. Essas igrejas ficaram conhecidas pelo nome holiness” (santidade).
     Com o passar do tempo, algumas igrejas holiness passaram a falar no “batismo  com o Espírito Santo e com fogo” como sendo uma terceira experiência na vida  cristã.


Em 1900, um pregador metodista, Charles Fox Parham, criou um instituto bíblico na cidade de Topeka, no Kansas, na região central dos Estados Unidos. Há cerca de dez anos ele vinha ensinando que a glossolalia – falar em línguas desconhecidas ou estrangeiras – devia acompanhar esse batismo no Espírito Santo. Por algum tempo, ele chegou a acreditar que os crentes receberiam o conhecimento sobrenatural de línguas terrenas para que pudessem rapidamente evangelizar o mundo antes da volta de Cristo. Já havia ocorrido a manifestação de línguas em anos anteriores nos EUA, assim como em outros períodos da história. A novidade na teologia de Parham é que ele  foi o primeiro a considerar o “falar em línguas” como a evidência inicial do batismo no Espírito Santo. Foi essa característica que se tornou a marca distintiva do  movimento pentecostal.


No dia 31 de dezembro de 1900, Parham e seus alunos realizaram um culto de vigília em seu instituto bíblico para aguardar a chegada do novo século. Uma evangelista de 30 anos, Agnes Ozman, pediu que lhe impusessem as mãos para  que ela recebesse o Espírito Santo a fim de ser missionária no exterior. Ela falou  em línguas, fenômeno que se repetiu nos dias seguintes com metade das pessoas  da escola, inclusive Parham”. www.ebenezer.org.br/escola/Material2006


     Esta é uma das provas que o movimento pentecostal não se ateve simplesmente na época dos apóstolos, mas sua ação é contínua.

       O pentecostalismo não é uma invenção nem uma teoria teológica ou dogmática, é a realidade de uma profecia que foi dita a anos atrás pelo profeta Joel que teve início no dia do pentecoste em Jerusalém e que se espalha pelo mundo.

Ora com mais ora com menos intensidade, porem, sempre se apresentando e mostrando que é uma realidade. Sua manifestação além de ser real e visível tem respaldo bíblico e não aconteceu com os discípulos de Jesus e depois parou ali, mas ele se repete continuamente.

         O pentecostalismo encontra duas barreiras que precisam ser derribadas: uma é a teologia tradicional que afirma que o batismo no Espírito Santo só foi para o tempo dos apóstolos, a outra é o neo pentecostalismo onde deturpam a doutrina do pentecoste. A base de um verdadeiro e genuíno pentecostalismo está na bíblia. Tudo o que estiver fora sagradas escrituras é considerada inócua ou sem valor espiritual. Os acontecimentos da casa de Cornélio estavam de acordo com a bíblia, Atos 10, 45-46. Era um acontecimento genuíno, pois  da mesma forma que aconteceu com os discípulos aconteceu na casa de Cornélio. O genuíno pentecostalismo não depende de movimento do pregador ele acontece simultaneamente e espontaneamente sem necessidade de se mandar o crente falar línguas como somos acostumado vermos nos cultos de movimentos onde o pregador se apresenta como um pop star faz um movimento e quando termina a reunião os crentes estão do mesmo jeito que entrou nas igrejas. O pentecostalismo genuíno é aquele que promove na igreja renovação espiritual, alegria  e desejo de anunciar o evangelho de Cristo.


                        O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO


       O comentarista da lição enfoca os elementos necessários para que a igreja tenha uma característica pentecostal: Ter a bíblia como soberano estatuto; Manter a pureza; Acreditar na atualidade do batismo com Espírito Santo e nos dons espirituais. Alem destes elementos temos  a humildade, a renúncia, a perdão e oração.
     O movimento pentecostal é um acontecimento sobrenatural e seus efeitos causam admiração em todos tanto que muitos querem pertencer a este movimento, mas de forma qualquer, mas para se chegar ao movimento pentecostal são necessários três processos:
Renovação de mente segundo Paulo escreveu aos Romanos 12. 2; santificação.Romanos 15,16; e por fim aguardar recebimento pentecostal vindo de Deus e   jamais movimento  produzido pelo homem.

     Todos os movimentos pentecostais foram produzidos após um tempo de jejum, oração, santificação espera. Nunca aconteceram movimentos espirituais ou pentecostais causado simplesmente porque o pregador mandou erguer as mãos, dar glória a Deus ou até falar línguas estranhas, alias hoje em dia os pregadores se envergonhas de pronunciarem esta palavra ‘línguas estranhas” eles dizem “falar em mistério” fato que contradiz a bíblia, pois não encontramos este dizer. O que Paulo ensinou em 1º Corintos 13. 2 ele diz em “ falar de mistério”. Veja que já começam com estes ensinamentos  deturpando o movimento pentecostal levando para outros ensinamentos.  Devemos falar o que está na bíblia “se alguém falar fale segundo a palavra...”  O verdadeiro pentecoste tem seu preço e é muito alto.       Pedro quando orou e os irmãos foram batizados e falaram em línguas estranhas, Simão ofereceu dinheiro para comprar o dom que o Apóstolo Pedro tinha, veja a resposta em Atos 8 17 a 22.


  Para termos uma melhor noção da pureza do movimento pentecostal é necessário fazermos breve relato das várias correntes do pentecostalismo e assim tirarmos nossas próprias conclusões.
    O movimento pentecostal divide-se em pentecoste moderno ou simplesmente pentecoste, neopentecoste e carismáticos. O pentecoste moderno ou clássico  é o movimento pentecostal nasceu na Rua Azussa em Los Anjeles conforme já  exposto acima onde nasceu a Igreja Assembléia de Deus no Brasil em 1910 representada por Daniel Berg e Gunnar Vingre e a Igreja Congregação Cristã no Brasil em 1909.

    Surge depois os neopetecostais representados  pela doutrina doutrina da prosperidade onde o afirma que o crente não pode ter doença, ser pobre, e nem podem ter sofrimento. Desta doutrina nasceu a igreja Universal do Reino a igreja  Renascer em Cristo a Igreja e outras mais..
  E por fim os carismáticos originados dos católicos onde tem como doutrina a possibilidade deles receber o batismo no Espírito Santo e falarem línguas Estranhas.
      Nesta ordem e nesta demonstração rápida cada leitor pode tirar suas próprias conclusões do que é movimento pentecostal puro. Aqueles que estiverem de acordo com a bíblia este será o verdadeiro MOVIMENTO PENTECOSTAL GINUÍNO.


   Presbítero Isaque Marinho da Silva
 Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Dourados MS


    


   
                   



18 de maio de 2011

O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL


O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL – Ev. José Costa Junior


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

            O assunto desta lição diz respeito ao genuíno culto pentecostal. Já foi dito que a Assembléia de Deus, desde sua criação, vem levantando a bandeira do pentecostalismo; a atualidade dos dons espirituais. As experiências práticas no uso dos dons espirituais e a vitalidade do culto pentecostal, esvaziaram, pela constatação prática da atuação divina nas vidas de seus membros, os argumentos cessacionistas que não observam o balizamento que Paulo colocou para as manifestações dos dons espirituais; do Pentecostes ao arrebatamento da Igreja “...de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (ICo 1;7).

            Entendo o “movimento pentecostal” como um resgate a todos os elementos existentes no culto prestado pela igreja primitiva e na expressão de sua comunhão com DEUS. Este resgate tem, na sua formação histórica, componentes  surgidos em 1901, no Colégio Bíblico Betel, em Topeka, Kansas, EUA, quando Charles Parhan impôs as mãos sobre Agnes Ozman e ela começou a falar em “línguas estranhas” e, principalmente, nos cultos de avivamento da Missão da Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia, sob a direção do pastor William Seymour. A chegada ao Brasil dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg promoveu, a fundação da que é hoje a maior igreja pentecostal do mundo; a Assembléia de DEUS.

            Assim como o movimento pentecostal, a doutrina pentecostal nada mais é do que a obediência da Palavra em sua integralidade, não desprezando os dons (cessacionistas), mas também não agregando “coisas novas” (nova unção, novo mover...), pois entendemos que o plano de DEUS para a SUA igreja foi estabelecido em SUA santa e eterna Palavra. Acreditar em um “novo mover de DEUS” sem ressonância bíblica é acreditar em um deus imprevidente, que faz ajustes na história; este não é o onisciente DEUS da Bíblia ao qual cremos.

            No entanto, muitos membros de nossas igrejas sentem certo desconforto com o modo que estão sendo direcionadas as atividades feitas nas igrejas, no tocante aos dons espirituais durante o serviço (culto) prestado ao nosso DEUS. Percebem que há algo muito estranho, mas não sabem como colocar o problema e por vezes, temem serem taxados de “crentes frios” e “não espirituais” até mesmo pela liderança da congregação.

            Diante deste cenário, se faz necessário uma reflexão analítica e equilibrada sobre o culto pentecostal. Existe uma tendência em vários grupos neopentecostais, advinda dos valores da pós-modernidade, de subordinar o ensino da sã doutrina a uma mensagem que eleve a auto-estima e massageie o ego humano, mensagens estas embutidas em cânticos triunfalistas, pregações e palavras de ordem com claros apelos emocionais (você é um vencedor!..., receba agora!), deslocando, sutilmente, a execução de um culto cristocêntrico (à CRISTO), para um culto antropocêntrico (ao homem). Este comportamento tem contaminado várias de nossas igrejas que, por não confrontar tais distorções com a Palavra de DEUS, absorvem e reproduzem tais práticas. Existe uma clara miopia no uso da Palavra; esta foi escrita por DEUS para ser obedecida e não para dar falso respaldo, através de interpretações distorcidas, onde se constrói o significado de acordo com os mais diversos interesses, desobedecendo a Palavra sob um manto de suposta “obediência”   ( IJo 4;1).

            O objetivo deste estudo é trazer algumas informações, colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão do que o comentarista desta lição chama de culto genuinamente pentecostal e fazer coro com o autor da lição para alertar o povo de DEUS quanto a práticas não bíblicas. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.


ADORAÇÃO E CULTO

            No Antigo Testamento a palavra hebraica traduzida como “adoração” é shachah. No Novo Testamento, a palavra grega que foi traduzida como “adoração” é proskuneo. Em ambos os casos a definição desta palavra é “prostrar-se em humilde homenagem”. Isso simplesmente transmite o conceito que a verdadeira adoração a um DEUS SANTO envolve total submissão, humildade e reverência. Adorar a DEUS não tem a ver com o adorador, mas com DEUS. A adoração não objetiva fazer o adorador sentir-se melhor sobre si mesmo, mas a verdadeira adoração a um DEUS SANTO fará o adorador ver a si mesmo como ele realmente é diante da magnificente e incompreensível santidade de DEUS.

O conceito pagão sobre divindade, que entendia a relação deus-homem de forma utilitarista; os homens adoravam aos deuses (lhes prestavam cultos e sacrifícios) em troca de benefícios (boas colheitas, vitórias em guerras) é bem caracterizado pelas palavras da esposa de Jó quando lhe diz: “-...amaldiçoa o teu DEUS e morre” por ver que o DEUS que Jó servia não lhe era propício em nada. Jó quebra este conceito nos ensinando que O adoramos pelo que ELE é e não pelo que ELE nos dá: “...temos recebido o bem de DEUS e não receberíamos também o mal?”. A igreja hodierna tem esquecido este ensinamento, transformando-se em um grande “supermercado”, onde as pessoas vão lá para buscar a sua “bênção” e não mais para oferecer culto. Certa feita, um pastor encontrou em uma loja um irmão que a muito não o via freqüentar os cultos de sua igreja. Após breve cumprimento disse que estava sentindo sua falta nos  cultos e o irmão assim respondeu: “- É mesmo pastor, eu tenho que ir para a igreja pois tenho passado algumas dificuldades...”.
Não podemos perder a noção do que estamos fazendo na igreja. Quando DEUS ordenou a libertação do povo Hebreu para Faraó, através de Moisés, ELE nos deu clara indicação de um culto coletivo a SUA pessoa (Ex 3;18). O povo de DEUS reunido para prestar-LHE culto deve ter a clara noção do que  Deus se compraz quando está a ser cultuado e adorado. A adoração deve partir do íntimo do indivíduo, sendo verdadeira e sincera (Jo 4.24), o culto deve ocorrer num ambiente marcado por decência e ordem (1Co 14.40), o crente que cultua deve ter a alma mergulhada em reverência e santo temor (Hb 12.28-29)  e o culto genuíno deve ser oferecido a Deus por meio de um mediador, o qual é Jesus Cristo (Ef 2.18; 1Tm 2.5).

COMPOSIÇÃO DO CULTO PENTECOSTAL

            Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação ICo 14;26. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem ICo 14;40. Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional Rm 12;1.(grifo nosso)

            Dentro destes versículos nós podemos ver claramente a orientação bíblica para o culto: edificação, decência, ordem e racionalidade. Poder de DEUS, batismo com o Espírito Santo, curas divinas, milagres e, principalmente, salvação de almas não são elementos excludentes com a edificação, decência, ordem e racionalidade no culto, muito pelo contrário, são todos componentes do culto genuinamente pentecostal.

 Vamos agora, consultando as lições de n° 4 e 5, desta mesma revista, construir alguns conceitos largamente empregados pelo povo de DEUS e, por vezes, de forma equivocada:

Ø Liberdade ao Espírito Santo é permitir que ELE continuamente trabalhe em nossas vidas, aperfeiçoando-nos o caráter, moldando-nos a personalidade e controlando-nos o temperamento.
Ø Cheios do Espírito Santo é ser controlado, guiado e governado por ELE, exteriorizando em nossas vidas, através de ações morais concretas, o fruto do Espírito.
Ø Unção é a habitação do Espírito Santo no regenerado. Dessa forma, todo verdadeiro cristão é ungido por Cristo, com o Espírito de Deus.
Ø  
Vale ressaltar que rotulação de "ungido" em pessoas específicas dentro da igreja é biblicamente errado, pois a unção não é privilegio de um grupo (IJo 2;20 e 27). Assim como também é errado atribuir ao Espírito Santo a responsabilidade pelas expressões comportamentais provenientes das estimulações emocionais que O mesmo provoca (alegria, paz, consolo, entusiasmo...).
O Pular, gritar, correr, dançar, cair, rolar pelo chão, gargalhar, imitar animais como leão, touro, gato, lagartixa, fazer “aviãozinho” e outras expressões comportamentais, não caracterizam estar cheio do Espírito Santo, dar liberdade ao Espírito Santo ou muito menos, o recebimento de alguma “unção especial”. Isto nada mais são do que atitudes racionais do indivíduo, como resposta ao estímulo emocional recebido. O Espírito Santo não se apossa da pessoa, dominando-lhe as ações, lhe tirando o domínio do corpo “pois os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas ICo 14;32”. O Espírito Santo toca as nossas emoções e nós respondemos; uns de forma madura, dando glórias a DEUS, falando línguas estranhas, orando e louvando ao SENHOR com decência e ordem, outros se expressando de forma menos madura e desobedecendo as orientações bíblicas. Procurarei, de uma forma simples, demonstrar o que digo:




Não obstante a ação do Espírito Santo (FONTE) no lado emocional do cristão (CAUSA), ele, o cristão, em momento algum, perde o governo de suas ações (CONSEQUÊNCIA). Portanto irmãos, vamos dar o nome certo às atitudes que só fazem escandalizar o descrente, monopolizar as atenções e criar um ambiente de desordem e irracionalidade; “meninice”! (Ef 4;14).

Quando os cristãos se reúnem para cultuar ao SENHOR, a ênfase da reunião deve ser a pregação da Palavra de DEUS. Existem outros aspectos da reunião, como o louvor, a oração e a comunhão, mas a ênfase descrita no Novo Testamento está na pregação. É pela pregação expositiva que a Palavra de DEUS é apresentada, explicada e detalhada. Destarte, a Pregação da Palavra de DEUS deve ser o ponto focal do serviço de adoração e tal pregação deve “redargüir, repreender e exortar”, conforme o apóstolo Paulo delineou para Timóteo. Dessa maneira os fiéis são corrigidos, edificados e equipados para enfrentar as provações e tentações que encontram fora das paredes da igreja.

Com a profusão de conjuntos vocais, duplas e cantores avulsos que normalmente participam do culto ao nosso DEUS, o tempo destinado a pregação da Palavra tem diminuído bastante. Com isto está se anulando o impacto à causa de Cristo nos indivíduos nascidos de novo, devido à falta de crescimento e maturidade cristã que ocorre somente com o ensino bíblico sadio, comunhão cristã verdadeira e pregação expositiva da Palavra de DEUS.

A música cristã hoje é muito fraca sob o ponto de vista doutrinário. Essa fraqueza não é coincidência, pois essa música é feita para vender, não para ensinar. É feita para despertar emoções e não para transmitir as coisas profundas de DEUS.
Temos observado também que muitas canções evangélicas estão contribuindo para que o culto se torne antropocêntrico, massificando mensagens do tipo “você é um vencedor”, “você veio aqui para receber sua vitória”, DEUS tem “promessa” na sua vida, o “cativeiro” acaba hoje etc..., criando um conceito herético onde todas as coisas na vida (incluindo DEUS) tornam-se meios para um fim - a felicidade do crente. Não se encontra, no Novo Testamento, nenhuma garantia de uma vida de felicidade. O crente não é vencedor, é mais do que vencedor por Aquele que o amou. Somos mais do que vencedores porque DEUS está conduzindo as nossas vidas, porque ELE decide o melhor para nós, porque fazemos parte dos seus planos, porque ELE caminha conosco não obstante as aflições da caminhada e somos mais do que vencedores porque os nossos nomes estão escritos no Livro da Vida. Não são as circunstâncias, quando decidimos qual a melhor solução para nós, que expressa vitória, a vitória que vence o mundo é a nossa fé, é confiar NELE a despeito das circunstâncias que vivemos. O louvor deve ser dirigido a DEUS para adorar, honrar e enaltecer o SEU santo nome, não para fazê-LO de instrumento para as nossas particulares “vitórias”. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR Sl 40;3.


MODISMOS LITÚRGICOS


            Existe uma verdadeira onda que se diz “avivalista” no meio das igrejas evangélicas hoje. Liturgias conduzidas em forma de shows gospel, hinos badalados com ritmos e letras sensuais e um ambiente carregado de apelos emocionais, cheios de sonhos, visões e revelações sem nenhuma consonância com a Palavra de DEUS que, aliais, é quase totalmente desprezada, tem recebido o nome de “cultos de avivamento”. Buscam-se sinais e esquecem a santidade, querem milagres e não uma vida cheia do Espírito, anseiam mais as bênçãos de Deus do que o Deus das bênçãos.

            Avivamento não é isto. Não é ação da igreja, mas de Deus. Não é liturgia animada, com coreografias e muito barulho, é oração fervorosa e louvor sincero, convicção do pecado, um querer profundo por santidade de vida e um grande desejo pela pregação do evangelho, causando conversão de multidões que até o momento estiveram alienadas na indiferença e no pecado.

            Lideres carismáticos de personalidades cativantes e que muitas vezes possuíram, no passado, uma vida piedosa, tem arrebatado multidões para práticas pouco ortodoxas, no culto ao SENHOR. As pessoas são advertidas a não questionarem estes “homens de DEUS” por causa da “unção” que está sobre eles. Falam qualquer coisa mesmo em dissonância com a Palavra de DEUS, e tudo que falam se torna “verdade absoluta”, sem questionamento para que não seja impetrada maldição sobre o questionador.
Acreditam possuir uma “imunidade espiritual” e citam, totalmente fora de contexto, I Cr 16:22 “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas”, para que nada se fale contra sua “autoridade” espiritual. Isto é uma forma de dominação que busca cegar o entendimento dos servos de DEUS, impedindo-os de meditar na Palavra, com a finalidade de acorrentá-los em falsas doutrinas e ter liberdade para cometerem quaisquer tipos de faltas, sem repreensões. A igreja de Cristo precisa tomar o exemplo dos irmãos de Beréia, e examinar nas escrituras, se há conformidade e fundamento no Antigo e no Novo Testamento legados pelo SENHOR, quanto ao que se é pregado ou ensinado, discernindo o que é de DEUS e o que não é. (At 17:10,11)

            Algumas pessoas se prendem aos cultos promovidos por tais líderes, por acharem que tendo curas e operações de milagres, só pode ser de DEUS, mas o poder sobrenatural de DEUS nunca se manifesta para agradar a carne ou ganhar o favor para os ministros de DEUS. Paletó e sopro ungido, “cair no poder”, “unção do riso” e outros moveres são manifestações que não edificam, e sim escandalizam, não há decência e ordem, e sim grande alvoroço e não há racionalidade e sim atitudes irracionais. Portanto, endosso o que foi constatado na oitava ELAD, que é um encontro de pastores assembleianos ligados a CGADB, onde nas palestras ministradas pelos pastores José Wellington Bezerra da Costa, Antonio Gilberto, Elienai Cabral e Elinaldo Renovato de Lima, os mais de 700 pastores e evangelistas inscritos no encontro, puderam constatar que a Bíblia não oferece nenhum respaldo para tais acontecimentos e reafirmaram que o autêntico mover do Espírito é aquele que traz avivamento espiritual, batismo no Espírito Santo e transformação na vida do homem.”. Dizer que “DEUS age como quer” para justificar tais comportamentos durante o culto não é argumento, pois realmente DEUS é soberano e age como quer,  mas ELE revela, através de SUA Palavra, SEU modo de agir. Tudo o que se credita a DEUS e não se encontra amparo na Bíblia, é heresia, pois Deus tem compromisso com a verdade e a sua Palavra é a verdade e toda atividade de culto precisa estar fundamentada na Palavra.

            A Palavra não sendo o fundamento de toda a vida cristã, seremos também alvos fáceis do evangelicalismo moderno que faz fortunas encima da exploração das massas crédulas, manipulando a fé para adquirir riquezas, fazendo do cristianismo uma religião de cobiça e a igreja uma agência de puro materialismo; “o negócio da fé”. (IIPe 2;1-3).


CONCLUSÃO

Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão difícil tema e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS. 




A cumplicidade com o erro tirará dos melhores homens o poder de entrar em qualquer protesto bem sucedido contra o erro. É nossa convicção solene que não pode haver nenhuma comunhão espiritual real, nenhuma falca associação. A associação com o erro vital e conhecido é participação no pecado. Assim que vi, ou pensei que vi, que o erro tinha se tornado firmemente estabelecido, não vacilei, mas deixei o corpo imediatamente. Desde então meu conselho é, “Sai do meio deles”. Acho que nenhum protesto poderia ser igual à separação distinta do mal conhecido. Para não tornar ridículo o meu testemunho, afastei-me daqueles que se desviaram da fé, e até mesmo daqueles que se associaram com eles. Custe o que custar, a separação daqueles que se separaram da verdade de DEUS não é não apenas a nossa liberdade, mas nosso dever.                                                                               Charles Spurgeon
 









Ev. José Costa Junior




REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal – 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007

GRUDEM, Weine A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999

HORTON, Stanley (org.). Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal – 1ª Ed. – Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996.
  

Elaboração por:- Ev. Ev. José Costa Junior



O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL

O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL


Texto áureo: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. (1° Co 14.26).


Verdade prática: O genuíno culto pentecostal é marcado pela reverência, ordem e profundo temor a Deus, propiciando, assim, o contínuo derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja de Cristo.


Palavra chave: - CULTO: Tributação voluntária de louvores e honra ao Criador.


Meditação: O segredo do avivamento, por conseguinte, não se acha na adoção de modismos litúrgicos nem na criação de gestos e posturas artificiais que, mostra a experiência, sempre acabam por roubar a reverência do culto cristão. O verdadeiro avivamento espiritual torna-se realidade quando a igreja se volta à Palavra de Deus. (Lição Bíblica de Mestre página 60).


I - “Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus, e inclina-te mais a ouvir do que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras. (Eclesiastes 5. 1 e 2)”.


Por graça e misericórdia da parte do Senhor Jesus, estamos mais uma vez com oportunidade de explanar algo, ou melhor, compartilhar algumas considerações sobre mais um assunto de tamanha importância para a igreja dos dias atuais, tal qual este trimestre inteiro assim tem sido; toda honra e glória ao nome do Senhor Jesus, que merece todo louvor hoje e eternamente.
Fiz questão de incluir o tópico MEDITAÇÃO acima, em que o texto foi retirado das páginas da nossa lição bíblica, porque acho que foi a introdução, explanação e conclusão do assunto deste domingo.


Também transcrevi o texto bíblico escrito pelo sábio Salomão, primeiramente trazendo a minha vida procurando colocar em prática cada dia mais e assim poder transmitir aquilo que Deus tem colocado em meu coração e pensamentos; mas com temor e reverência, pois, também estes comentários necessitam ser para glória de Deus e para edificação de todos os leitores, ou seja, a amada Igreja do Cordeiro de Deus. Portanto, guardando-nos em escrever quaisquer “eu acho”, mas sim, ouvir aquilo que o Espírito Santo fala através das Sagradas Escrituras, e pronunciar/escrever somente aquilo que é bom e que serve de edificação para todos nós.


O amado irmão comentarista do auxílio bibliográfico da lição foi bem-aventurado quando se lembrou do patriarca Jacó quando estava a caminho da casa do seu tio em Harã, e numa certa parte do caminho, sem templo, sem cobertura, apenas ao relento, talvez um pouco temeroso pelo que o aguardava, ou quem sabe um pouco entristecido pelos recentes acontecimentos em casa de seu pai, mesmo assim, teve um contato com o Excelso Deus através de um lindo sonho, mas quando se levantou pela madrugada ofereceu um “culto” em adoração ao nome do Senhor. Não tinha uma banda musical o acompanhando, não tinha conjuntos de irmãos com seus componentes para embelezar o ambiente, não tinha nem mesmo um púlpito com um pregador famoso e conhecido, etc., mas tinha a presença do Deus altíssimo (Gênesis capitulo 28).


Verdade é que o assunto deste domingo será bem desgastado tanto por escrito quanto nas explanações de cada professor na sala em que leciona; todos nós com certeza traremos as claras mediante o que a bíblia diz e mediante o bom costume de nossa amada Assembléia de Deus, os pontos negativos; as inovações; os desvios doutrinários etc., que permeiam o meio envagélico pentecostal principalmente nos últimos anos, inclusive através de veículos como televisão e internet e porque não dizer de supostos homens de Deus que com uma “nova revelação” junto com uma excelente oratória, seja pregação ou cânticos, arrastam após si multidões e por que não dizer que multidões arrastam sim, mas igrejas na verdade eles arrasam. Mas graças á Deus que igreja que é fundamentada em Jesus Cristo e na Sua Santa Palavra, as portas do inferno não prevalecem, nunca prevaleceram e nunca prevalecerão (Mt 16.18).


Estamos chegando ao centenário de nossa igreja, mas o que me intriga é que aquela mensagem do evangelho (Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva para os céus) que trouxe tantas almas aos pés do Senhor Jesus, e que ainda hoje tem valia, desde que anunciada na unção do Espírito Santo de Deus; esta mensagem que era anunciada de forma simples foi deixada de lado.

Hoje em dia temos tantos profissionais em nosso meio, que se um prega sobre a capa de Eliseu em duas horas de pregação, o outro que pregar sobre a linha e o botão da capa em duas horas e meia, etc., e o resultado é bem diferente daquele que víamos outrora (a conversão de pessoas), ao contrário estamos vendo muitos pulos, danças, desmaios, até mesmo vômitos, etc., mas não há mudança de comportamento; o pecado continua destruindo desde jovens até obreiros consagrados, e pior ainda, até mesmo denominações inteiras voltadas ao egoísmo, dinheiro, poder, literalmente brigas por campos de trabalho, templos e presidência de convenções, entre outras coisas mais, as quais não quero me deter por escassez de tempo e espaço.


Pergunto então, seria este o culto que agrada a Deus? Muitos não gostam quando lições como esta, nos exortam a procurar o que é certo através da Bíblia Sagrada. Estudamos estes dias sobre os dons, e muitos ainda se perguntam o que é certo ou errado, sabemos que Deus não é limitado á uma regra, mas uma coisa é certa, tais dúvidas seriam sanadas ou não existiriam se a Palavra de Deus tivesse primeiro lugar em nossas reuniões, em nossa vida, pois o próprio Deus alertou que o povo seria destruído por falta de conhecimento (Is 5.13; Os 4.6) e Ele mesmo não vai agir nunca contra a Sua própria Palavra e Vontade.


II – CULTO RACIONAL (capítulo 12 de Romanos)


“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.


De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.


Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.


Culto verdadeiro é aquele em que Deus, por Seu Filho Jesus Cristo, através da presença do Espírito Santo, é honrado, glorificado, louvado, exaltado; e que sua Palavra tem a primazia; em que as orações são movidas diante Dele com verdadeira humildade e devoção dentro do coração e transbordando no exterior; em que os cânticos tem o único objetivo de anunciar o Deus da eterna Salvação e o perdão dos pecados concedidos através do Sangue de Jesus Cristo. Em que os dons concedidos por Deus se manifestam na vida de uma pessoa sozinha, ou no meio de uma congregação com dezenas, centenas, milhares e até entre milhões de pessoas. Em que o Jesus ainda batiza com seu Santo Espírito, que renova vidas e traz almas ao arrependimento e os conduz a salvação, curando suas enfermidades, ajudando em suas lutas e fraquezas.


O apóstolo Paulo nos deixou estas recomendações, creio ser uma das melhores “receitas” para um verdadeiro culto pentecostal, acrescido do ensinos do Senhor Jesus em seus sermões e juntamente com o que escreveram os santos profetas e demais apóstolos e escritores sagrados.


Se todos os nossos atos têm que ser para louvor e adoração ao nome do SENHOR, então em nós de haver sempre: santidade (alguns dizem que só Deus é santo, mas a bíblia nos manda ser santo em toda nossa maneira de viver) (Lv 20.7; 1º Pe 1. 15 e 16); não podemos ser conformados com este mundo, pois os amigos deste mundo são inimigos de Deus (Tg 4.4); tem que existir amor em nós, e com tal amor nunca fazermos acepção de pessoas nem mesmo; tem que haver a humildade, não usarmos os dons para nosso marketing pessoal, muito menos para enriquecer-nos, sabendo que do nosso Senhor vem a recompensa; nunca ambicionar coisas altas, tais como posições adquiridas através de brigas e de humilhação a outras pessoas, a Seara do Senhor tem trabalho e espaço para todos, o problema é que nem todos querem trabalhar, mas muitos querem os títulos que mais lhe parecem favoráveis; etc. Sendo assim estaremos cultuando ao Senhor sempre.


Mas me alegro ao saber que ainda verdadeiros crentes se preocupam em entregar seus corpos, suas vidas, suas posses, em louvor e adoração ao Senhor Jesus, que procuram se santificar cada vez mais aguardando Sua para nos levar aos céus de luz.


Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda. E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra. (Ap. 22. 11 e 12)”.


Que esta exortação soe forte em nossos ouvidos e mais forte ainda no coração; para não rejeitarmos a voz do Espírito que ainda fala com cada um de nós.


A pergunta final da conclusão da lição bíblica, que faço questão de repetir aqui é esta: - Você tem cultuado a Deus conforme recomenda a bíblia? ... Que a nossa resposta seja sempre sim. Não sejamos marionetes nas mãos de pessoas que querem mudar aqueles marcos que já foram instituídos por nosso Deus através de seus servos. Jesus Cristo vem nos buscar em breve!

Amém!


Dc. Thiago Rodrigues Teixeira
thrteixeira@hotmail.com
www.conhecendoabibliathr.blogspot.com