30 de outubro de 2018

Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada


Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada
 TEXTO ÁUREO

"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lc 15.7)

VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Bom Pastor que deu a vida para resgatar suas ovelhas, as quais estavam desgarradas e distantes de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Seg. At 20.28: Os pastores devem cuidar de si mesmos e igualmente do rebanho
Ter. Pv 27.23: É dever dos pastores conhecer o estado de suas ovelhas
Qua. Jr 23.1-4: Uma advertência seríssima aos que exercem o pastorado
Qui. Jo 10.11,12: A principal diferença entre o bom pastor e o mercenário
Sex. 1Pe 5.2-4: Zelar e defender o rebanho de Deus é dever do pastor
Sab. Mt 2.6: O Líder Supremo que, como pastor, conduzirá o povo de Israel

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Lucas 15.3-10

INTRODUÇÃO

O capítulo 15 de Lucas foi chamado por alguém de “a seção de perdidos e achados” da Bíblia. Nele, encontramos as parábolas da ovelha, da dracma e do filho pródigo. Nesta lição, estudaremos somente as duas primeiras. Nelas, veremos que Jesus demonstrou o amor de Deus pelos perdidos, em diversas situações. Isso lhe valeu muitas críticas por parte dos murmuradores, legalistas e hipócritas.

1. A MURMURAÇÃO DOS ESCRIBAS E FARISEUS

1. Os murmuradores de sempre (Lc 15.2). Murmurar, significa: “censurar ou repreender disfarçadamente em voz baixa”. (Dic.) Os escribas e fariseus eram mestres nesse tipo de atitude (Lc 5.30).

2. A murmuração contamina. Se os líderes religiosos murmuravam, o povo aprendia com eles. Quando Jesus disse que era o “Pão dos céus”, os judeus censuraram (Jo 6.4 1). Na residência de Zaqueu, todos murmuraram, porque Cristo entrara na casa de um pecador (Lc 19.7).


3. Deus condena a murmuração. Paulo exortou os crentes de Corinto a não murmurarem como os israelitas, no deserto, os quais pereceram “pelo destruidor” (1 Co 10.10). “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas” (Fp 2.14). Pedro manda que sejamos hospitaleiros, “sem murmurações”(l Pe 4.9). Há igrejas em que os demônios agem, e levam muitos crentes ao pecado da murmuração uns contra outros e, de modo especial, contra pastores e obreiros.

II. O PASTOR E AS CEM OVELHAS

Ao perceber a murmuração dos escribas e fariseus, Jesus aproveitou a ocasião e lhes propôs a parábola da ovelha perdida.

1.O valor de uma ovelha perdida (Lc 4.4). Jesus dá a entender que mesmo para os homens daquela época, afeitos à vida pastoril, uma ovelha tinha muito valor. O pastor, que passava os dias e, por vezes, as noites (Lc 2.8) com seu rebanho, por certo, muito se apegava a cada um daqueles animais, a ponto de chamá-las uma a uma pelo nome. Jesus disse que as ovelhas ouvem a voz do pastor e este “chama pelo nome às suas ovelhas...e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10.3-4). Em termos absolutos, 99 ovelhas valem muito mais que uma apenas.
Entretanto, para um pastor que as amava tanto, uma que estivesse perdida, extraviada do redil, tinha mais valor que as noventa e nove. A aritmética de Jesus era diferente, quando se tratava de mostrar-lhes lições espirituais.

2. Deixando as noventa e nove (Lc 15.4). As noventa e nove ovelhas não ficaram abandonadas no deserto. No Oriente, antigamente, e ainda hoje, segundo se sabe, os rebanhos eram conduzidos pelo pastor, que ia adiante (à frente) das ovelhas (Jo l0.4b), auxiliado pelos guardas do rebanho, principalmente, quando se tratava de um de porte considerável, como o da parábola.

Ter cem ovelhas era a prova de ser um proprietário rico, o qual contava com outras pessoas para ajudá-lo. Assim, entendemos que as noventa e nove foram deixadas em segurança, aos cuidados dos guardadores, enquanto o pastor, ele mesmo, saiu em busca da perdida. Esse entendimento tem base bíblica. O rebanho de Davi talvez não fosse tão grande, mas, para se dirigir aos seus irmãos, na guerra, deixou as ovelhas aos cuidados de alguém (1 Sm 17.20).

3. A busca do pastor (Lc 15.4). Na parábola, o pastor sai em busca da perdida “até que venha a achá-la”. Quanto o pastor deve ter sofrido, na busca incessante, para encontrar aquela ovelha! Talvez subiu montes e desceu vales, sobre pedras e espinhos e até se feriu, para encontrar aquela única ovelha.

Tudo isso tem muito a nos dizer. Deus, no seu amor infinito, não deseja que alguma pessoa se perca, mas “todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4).
Jesus, em seu ministério terreno, “...viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc6.34). Ele, o Bom Pastor, muito sofreu, para nos achar, e encontrou-nos no meio do deserto da humanidade, longe do seu redil.

Seu sofrimento foi tanto, que Isaias o viu como um que “não tinha parecer nem formosura,...indigno entre os homens,...aflito, ferido de Deus”. Disse ainda o profeta: “Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53 .2b, 3a,4c,6).

4. A alegria do pastor (Lc 15.5). O texto diz que o pastor, após achar a ovelha perdida, a pôs sobre os ombros, gostoso!

a) O encontro. O pastor encontrou a ovelha perdida, faminta, sedenta, com frio, com medo. É afigura do pecador, longe do Senhor. O Diabo o faz sentir aparente felicidade na situação de ovelha desgarrada. Mas é só ilusão. A Palavra de Deus mostra que é terrível a situação de um pecador ou desviado. Diz que “toda a cabeça está enferma e todo coração fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecidas com óleo” (Is 1.5,6).

b) O cuidado e a alegria do pastor (Lc 15.5,6). No item anterior, imaginamos qual era o estado dela. Certamente, não podia caminhar com seus próprios pés. O pastor a levantou e pô-la em seus ombros. Era o cuidado. A alegria é demonstrada pela expressão revelada no texto, O pastor se sentiu “gostoso”, ou seja, cheio de gozo, de satisfação, por ter encontrado sua ovelha.
Além disso, o regozijo é tanto, que ele não quer desfrutá-lo sozinho. “Chegando à casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida”.
c) A alegria no Céu (Lc 15.7). Ao concluir a parábola, o Senhor Jesus disse aos seus ouvintes que, assim como o pastor alegrou-se tanto, por ter encontrado uma única ovelha perdida, mesmo possuidor de noventa e nove no rebanho, “haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos, que não necessitam de arrependimento”.

Isso mostra que, na contabilidade de Deus, não vale apenas a quantidade. Uma mais que 99! Só na matemática do amor de Jesus, o Bom Pastor. Ele disse que conhece as suas ovelhas e por elas é conhecido e daria a sua vida por elas (Jo 10.14,15),

III. A DRACMA PERDIDA

Ainda em resposta aos escribas e fariseus, Jesus proferiu, logo em seguida, outra parábola, sobre a mulher que possuía dez dracmas e perdeu uma.

1. O que era uma dracma. Era uma moeda de prata, de valor equivalente a um denário, com o qual se pagava por um dia de trabalho, uma diária, na linguagem de hoje. Provavelmente, Jesus se referiu a uma senhora pobre, que tinha, naquela soma de dinheiro, todas as suas economias. A perda de uma única moeda representava motivo de grande preocupação.

2. Perdida em casa (Lc 15.8a). Na parábola anterior, a ovelha desgarrara-se, ao afastar-se do rebanho. Nesta, a dracma perdeu-se dentro da residência de sua proprietária. Não será a figura do crente, perdido na própria casa do Senhor? É uma situação triste a de certas pessoas, em algumas igrejas. Freqüentam os cultos, as reuniões, às vezes, até possuem cargos, mas não estão em comunhão com a Trindade.

Ou seja, estão desaparecidas no meio do povo de Deus. Umas, caídas, sob o manto do adultério; outras, empoeiradas, debaixo do armário do orgulho; algumas, sob a escuridão dos “criados mudos” da mágoa, do ressentimento, aborrecidas e odiosas. Tais pessoas, se não forem achadas a tempo, para se reconciliarem com Deus, ficarão perdidas para sempre (1 Jo 2.9,11; 3.15).

Na vida humana, uma moeda desaparece, devido o nosso descuido. Na espiritual, no entanto, alguém só se desvia, porque deseja. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer, e NINGUÉM AS ARREBATARÁ DA MINHA MÃO” (Jo 10.28).

3. Acendendo a candeia e varrendo a casa (Le 15.8b). Numa casa, há lugares claros e outros escuros, iluminados e sombrios. A mulher, para achar a dracma perdida, realizou três coisas: acendeu uma luz, varreu a casa e buscou o objeto perdido, com diligência, até achá-lo. Cremos que, na igreja, o mesmo deve acontecer:

a) A luz precisa estar acesa. Para que os crentes caídos na obscuridade de suas ações pecaminosas apareçam, é necessário que a Palavra de Deus seja ensinada. “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”(S1119.105); “...penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração” (Hb 4.12).


b) A casa precisa ser varrida. O Senhor Jesus não quer sujeira, poeira, em sua casa. Ele exige uma limpeza geral. O Espírito Santo encarrega-se de usar o poder da Palavra, para limpar os corações, ao purificar os crentes com o sangue de Jesus (1 Jo 1.7; Tt 3.5). Há igrejas em que os dirigentes não se incomodaram e a imundície do mundo tomou conta de tudo. Muitas “dracmas” estão perdi- das e não conseguem encontrá-las.

c) Buscar o perdido. A mulher da parábola é um tipo de Cristo. Assim como ela buscou diligentemente a moeda perdida, o Senhor procura os que estão caídos, desviados, na sua casa. Ele espera que esta busca seja feita por todos os responsáveis pela sua obra. Caso contrário, sofrerão terrível reprimenda (Ez 34.1-4).

4. A alegria pelo achado (Lc 15.9,10). Na parábola, Jesus evidencia a alegria da mulher, por ter encontrado a moeda perdida; convida as amigas e os vizinhos, para se alegrarem com ela. No sentido espiritual, o Senhor concluiu a parábola, ao declarar que, da mesma forma, “há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.

Por =  Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
FONTE = Lições bíblicas CPAD 1994

A IMPORTÂNCIA DE BUSCAR COM ZELO OS VALORES PERDIDOS

TEXTO ÁUREO 

“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10).

VERDADE APLICADA

Existem pessoas que somente acendem a luz quando se dão conta de que perderam algo de valor. A perda pode revelar as trevas que imergem as nossas vidas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o significado espiritual de uma dracma perdida dentro da própria casa;
Ensinar como Jesus utiliza a perda dessa mulher para expressar o amor de Deus por uma alma perdida;
Discorrer acerca dos muitos valores perdidos em nossos dias.

TEXTOS DE REFERÊNCIA – LUCAS 15=1-10

INTRODUÇÃO

Neste capítulo Jesus profere três parábolas preciosas: a da Ovelha perdida (1-7), a da Dracma perdida (8-10) e a do Filho perdido (11-32). O que temos aqui não é um total de três parábolas, mas uma só com três aspectos. Através dessa trina narrativa, Jesus nos mostra o fato, supremo e sublime, que Ele, o Filho de Deus, veio ao mundo para buscar e salvar o perdido. As parábolas de Jesus eram simples esboços, cada qual com as suas características próprias. Neste capítulo temos a sua notável tríade que apresenta um estudo fascinante so­bre os valores perdidos. O ponto de destaque em cada comparação, que o nosso Senhor usou, foi ao mesmo tempo o cuidado por algo perdido e a alegria ao recuperá-lo. A ovelha, a dracma e o filho estavam perdidos e todos eram dignos de serem salvos.

1. A DRACMA PERDIDA
A moeda estava perdida, porém, como não se tratava de uma criatura viva, ela não sabia e não tinha a percepção de estar ex­traviada. Ainda mais, por se encontrar perdida, não lhe causou nenhuma perturbaçãoe nem ansiedade. A dracma de prata se encontrava perdida, não por qualquer característica de infe­rioridade em sua composição ou seu processo de fabricação.

Talvez fosse perdida porque foi manuseada de forma inconveniente, ou porque caiu em algum lugar sem a dona querer. Temos sim­bolizados aqui os pecadores perdidos que são ignorantes sobre si mesmos e estão passivamente nas mãos da­queles com quem se associam. Es­ses são facilmente manipulados por personalidades mais fortes. A moe­da permaneceu imóvel até ser acha­da no lugar onde fora derrubada. A busca diligente da mulher em busca da moeda evidencia o tipo de amor que moveu Jesus a vir a terra e procurar pessoas perdidas, para salvá-las. Este é o tipo de amor extraordinário que Deus tem para você. Ao sentir-se longe de Deus, não se desespere. Ele está procurando você!

1.1. Conhecendo a dracma
As mulheres palestinas recebiam dez moedas de prata como presente de casamento. Além do valor monetário, estas moedas tinham um valor sentimental equivalente ao de um anel de casamento; a dracma era uma moeda grega que possuía o valor de um denário, equivalia a um dia de salário de um soldado romano. As moedas eram cunhadas sob a autoridade do imperador, uma vez, que somente ele poderia emitir moedas de ouro ou de prata. Assim, perder uma dracma seria extremamente angustiante.

Por esse motivo, a mulher sentiu a perda de sua moeda como se não tivesse mais ne­nhuma. Não adiantava querer confortá-la e dizer-lhe que ainda ti­nha as outras nove moedas a salvo. A moeda perdida representava um grande valor sentimental para a mulher e, portanto, ela varre a casa à procura de sua moeda perdi­da até encontrá-la. Essa é uma ilustração do Espíri­to Santo que opera através de sua Igreja para encontrar e salvar os perdidos. Da mesma forma que a mulher se regozija por encontrar sua moeda ou anel perdido, os anjos se alegram pelo arrependimento de um pecador. Cada indivíduo é precioso para Deus. Ele lamenta toda perda, e fica feliz sempre que um de seus filhos é encontrado e trazido para o Reino. Talvez tivéssemos mais alegria em nossas igrejas se compartilhássemos o amor e a preocupação que Jesus sente pelos perdidos.

1.2. A dracma e sua verdade

Depois de usar a ilustração de um homem que tinha perdido uma de suas ovelhas, Jesus agora se volta para uma mulher a qual procura algo que possui e está perdido. Ve­mos, através do uso da figura da mulher, o modo em que as suas vir­tudes e graça femininas são neces­sárias para a libertação das almas que estão extraviadas, por natureza própria, as mulheres são pacientes, diligentes e cuidadosas.

A mulher procura a moeda com muito cuidado e esforço, acende uma candeia para olhar em todos os lugares da casa, ela varre a casa e procura diligentemente até encontrar. Isto representa as diversas maneiras e métodos que Deus usa para levar as almas perdidas para sua própria casa. Ele acende a candeia do Evangelho para nos mostrar o verdadeiro caminho, Ele busca com diligência, o seu coração está empenhado no trabalho de resgatar as almas perdidas, dando-lhes a alegria da salvação. Quando a mulher encontrou a dracma, ela ficou tão entusiasmada que chamou à sua casa as suas vizinhas e amigas para se regozija­rem com ela, da mesma forma, Jesus quer que nos regozije­mos com Ele, e com os anjos, pela res­tauração daqueles que se arrepen­dem de seus pecados.

1.3. A salvação ilustrada em uma dracma

O arrependimento e a conversão de pecadores na terra são motivos de alegria e júbilo no céu, assim como esta dracma foi encontrada. Há alegria no céu quando os que estão perdidos voltam para Deus. Enquanto há vida há esperança, pois se os pecadores se arrepender e converterem, encontrarão misericórdia, no entanto, isso não é tudo. Deus tem prazer e se alegra em mostrar sua graça. A dracma perdida ilustra o ministério de salvação entre os homens.

Jesus tentou fazer com que os fariseus e publicanos sem coração vissem que, se uma mulher podia fazer todo o possí­vel para achar uma moeda de peque­no valor, não estava Ele justificado em fazer todo o possível, a fim de ganhar de volta para Si mesmo os pecadores perdidos, cujas almas valiam mais do que a prata? A conversão dos pecadores e a redenção da humanidade são motivos de alegria dos anjos. Eles cantam Glória a Deus nas alturas.

2. AS DESCOBERTAS DE UMA PROCURA

De modo igual ao pastor, que saiu a procura da ovelha perdida, essa mulher também investe todos os esforços para reencontrar a dracma que perdera. Nesse caso, a ênfase incide sobre o esforço da procura. Jesus cita uma mulher, na qual o incansável zelo na procura por uma moeda é mais natural do que em um homem. Como na primeira parábola, aqui a mulher conclama suas amigas e vizinhas para partilharem da alegria pelo que foi reencontrado. O sentido, portanto, é: Semelhante a ação da mulher, que perdeu uma de suas dez dracmas e investe todos os esforços imagináveis para reencontrá-la, assim, também Jesus investe todos os cuidados para reencontrar os pecadores perdidos.

2.1. A busca pelo que se perdeu

Na atualidade, muitos cristãos vivem preocupados com as adversidades que surgem a cada dia, o aparecimento de novos hábitos e novas leis na sociedade que nem sempre estão de acordo com os princípios bíblicos são aprovados. A concorrência cada vez mais disputada por um trabalho mais digno tem tirado o tempo de alguns de ouvir a Palavra do Senhor. Estão ansiosas, andando pelos seus próprios caminhos da vida e cada vez se distanciam de Jesus. É verdade que devemos nos preparar e adquirir conhecimento para sermos melhores sucedidos nessa sociedade moderna.

Porém, é bom frisar que nessa busca por qualificações, muitos estão deixando de buscar a presença de Deus que pode suprir todas as nossas necessidades. No mundo, até poderemos encontrar algo que nos traga alegria, no entanto, serão prazeres efêmeros, logo desvanecem. Somente Deus pode preencher o coração vazio do homem e restituir a alegria, paz e felicidade. Foi Deus que nos criou, portanto, assim como uma criança depende da mãe para se alimentar, nós precisamos de Deus para viver. É preciso buscar os valores eternos, o hábito da leitura da Palavra, a oração e a comunhão deverão ser encontrados por cada cristão. Multidões de pecadores, salvos no céu e na terra, bendizem a Deus por essa valiosa parábolaque é repleta da graça e do amor divino. Que possa, com a sua mensagem de esperança e chamamento à fé, ser ainda usada para convidar e ganhar almas, daqueles que vagam sem rumo, de volta ao coração e ao lar do Pai.

2.2. A luz que ilumina e reprova

Quando uma menina judia se casava, era costume na época usar na cabeça uma espécie de diadema com dez moedas de prata para indicar que agora era uma esposa. Simbolizava a aliança de casamento, e seria uma verdadeira tragédia perder uma dessas moedas. As casas na Palestina eram escuras, muitas delas nem possuía janelas, de modo que a mulher precisou acender uma candeia e procurar por toda a parte até achar a moeda perdida. Assim, quando alguém procura algo, é preciso iluminar ao máximo o ambiente para enxergar da melhor forma possível. Jesus disse que Ele é a luz do mundo, precisamos dessa luz para iluminar nossa casa (Jo 8.12). Onde existe a luz de Deus, as trevas não podem entrar. A luz não somente revela aquilo que foi perdido, mas também pode dissipar as trevas de nossa mente. A luz da Palavra de Deus dissipada nossa vida todas as trevas e nos guia por caminhos seguro. (Sl 119.105). 

2.3. Uma casa desarrumada

Para encontrar a dracma perdida a mulher acendeu a candeia e fez uma faxina minuciosa em toda casa até encontrar sua moeda. A luz revelou muita sujeira que estava escondida dentro da casa, observe que foi preciso varrer a casa, deixá-la limpa. Temos que colocar nossa casa em ordem, imagine que toda mulher zelosa gosta de ter sua casa sempre arrumada, limpa de toda sujeira! A vontade de Deus é tiramos da nossa casa “vida” tudo aquilo que não é de Seu agrado, para isso, é preciso buscar mais Sua presença, obedecer Seus mandamentos e fazer Sua vontade.

3. EM BUSCA DOS VALORES PERDIDOS

Quando se fala de coisas perdidas, imagina-se que alguma coisa se perdeu na rua, no trabalho ou em outro lugar. Porém o texto deixa claro que a dracma estava perdida dentro da própria casa, ou seja, a mulher não teve que sair de casa para perder sua moeda. Esse tipo de perda pode simbolizar outros valores que podemos perder dentro do lar. Muitas famílias já perderam a paz, harmonia e respeito em seus lares. É preciso urgentemente resgatar esses valores (emocionais e espirituais). Se buscarmos a Deus com temor, fé e confiança, Ele tem prazer em restituir a alegria, paz e felicidade para nossas casas.

3.1. A importância da luz

Todos nós estamos suscetíveis de cometer erros na vida, para que isso não aconteça temos que ser guiado pela luz do Espírito Santo, não podemos agir por conta própria e andar em lugares escuros. Certamente, muito cristãos deixaram a luz de Deus se apagar em suas vidas, o pecado já não mais lhe causa temor. Enquanto a casa estava escura, a dracma não foi achada, a partir do momento que a luz foi acesa, a dracma foi encontrada.

Penso que este é um paralelo espiritual de algo que precisamos para reencontrar qualquer tipo de valor perdido, não só em nosso lar, mas, também em nossa vida em Deus. Esta luz que ilumina nossa vida e nos afasta do pecado é a ação reveladora do Espírito Santo. "O caminho do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia. Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas, nem sequer sabem em que tropeçam." (Provérbios 4.18,19).

3.2. As coisas têm o valor que damos a elas

A dracma que a mulher tinha perdido, em si mesma não tinha muito valor, mas era uma moeda que tinha muito significado para ela; Sen­do ou não monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava. Aquela dracma perdida tinha um valor espiritual: A fidelidade. A dracma representava uma aliança. Toda mulher casada usava um enfeite na testa, tipo um colar, formado por dez moedas de prata e uma moeda maior no centro. Perdendo uma dessas dracmas, trazia perigo a sua descendência, pois a dracma era um sinal profético, era um sinal de perpetuação de geração. Portanto, a dracma representava um valor muito alto para aquela mulher, foi por isso que ela empregou todos os recursos para reencontrá-la. Quando achou, compartilhou de sua alegria juntamente com as amigas e vizinhas pela dracma. Talvez você tenha perdido alguma coisa de valor na vida, mas hoje é o seu dia de achar a dracma, e se alegrar na presença de Deus.

3.3. A restauração é sempre contagiante
Assim que reencontrou o que havia perdido, a mulher reuniu suas amigas e vizinhas para se alegrarem: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Aqueles que se alegram, desejam que que os outros se alegrem com ele; aqueles que ficam felizes, querem que os ouros fiquem felizes com ele. Ela queria compartilhar sua alegria com todos. O testemunho de restauração sempre animará outras pessoas, especialmente aquelas que estão iniciando a sua busca. A alegria da salvação que Deus nos dá deve ser dividida com outros. Assim, haverá alegria no céu diante dos anjos de Deus, por um pecador que se arrepende. A dracma que foi encontrada representa a conversão dos pecadores que volta a Deus, a alegria não fica restrita somente aqui na terra, mas também no céu.

CONCLUSÃO

A parábola da ovelha perdida, da dracma e a do filho pródigo, todas elas contidas nesse mesmo capítulodo, nos ajudam a entender o que significa estar perdido, Um pecador perdido não pode experimentar a plenitude enriquecedora que Deus tem para ele em Jesus Cristo. Mas invertendo tudo isso, ser "encontrado" (salvo) significa estar de volta ao lugar certo. (reconciliado). Não é de se admirar que o pastor, a mulher e o pai alegraram-se e convidaram os amigos para compartilhar essa alegria! Nessa parábola, o que está perdido é uma dracma de pequeno valor, comparada com o resto. Porém, a mulher procura diligentemente até achá-la.

Essa procura representa os variados meios e métodos que Deus usa para trazer as almas perdidas de volta a Si mesmo; a alegria por ter achada a dracma é o gozo do Salvador pelo retorno dos pecadores a Ele. Deus se alegra quando uma alma se converte a Ele. O ponto de ambas as parábolas é o valor da alma individual para Deus. quão cuidadosos devemos ser então com nosso arrependimento, que seja para salvação! Devemos retornar com diligência aos príncipios da Palavra de Deus, deixar que a luz do Espírito Santo direcione nossos caminhos e ilumine nossos corações, valorizando e compartilhando com o próximo o nosso tesouro: Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.

DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Editora Vida Nova, 1997.

HENRY’S, Mathew. Comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

LOCKYER, Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. São Paulo, SP: Editora Vida, 1999.

MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular, Antigo Testamento. São Paulo: Editora Mundo cristão, 2011.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Maturidade Espiritual. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 97.Lição 03 – A importância de buscar com zelo os valores perdidos.

RIENECKER, Fritz. Evangelho de Lucas. Comentário Esperança. Curitiba-PR: Editora Evangélica Esperança, 2005.
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