30 de junho de 2011

O PROJETO ORIGIGINAL DO REINO DE DEUS


O PROJETO ORIGIGINAL DO REINO DE DEUS


Texto ÁUREO
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essa coisas vos serão acrescentadas”( Mt 6.33). 


TEXTO BIBICO Mc 4.1-3, 10-12; Lc 17.20,21


1 - E OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
2 - E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:
3 - Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
10 - E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 - E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
12 - Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
LUCAS 17
20 - E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 - Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.



Introdução


            Há aproximadamente dois mil anos, surgiu um homem enviado por Deus, com uma mensagem poderosa. Suas palavras tocavam os corações, e muitos que a ouviam se arrependiam dos seus pecados e eram batizados. Uma mensagem sobre um novo reino, o Reino de Deus, havia chegado. O tempo do refrigério para humanidade, um tempo em que o homem poderia novamente voltar para seu criador. A mensagem de João mudaria a história, e conseqüentemente toda estrutura conhecida estava sendo mudada, tanto as que estavam na terra como as celestiais. O nosso SENHOR, o Eterno criador de tudo enviou o seu único filho, Jesus Cristo, para que o mundo e fosse salvo (Jo 1.28-32). O novo Reino inaugurado concorre com fatos ocorridos no passado, Antigo Testamento, no presente e ocorrerão no futuro. Um reino proposto pelo próprio Deus se concretizou entre os homens. Este é o assunto deste trimestre, que o Santo Espírito de Deus possa repousar em nossas vidas nestes últimos dias da igreja, e possamos ser ainda mais abençoados.  


UM PROJETO DIVINO


            Quando falamos em projeto divino, nós não conseguimos compreender a mente do nosso SENHOR, Ele em toda sua presciência e bondade, preparou um povo, uma época, um momento para cada fato ocorrer. Deus criador de tudo, esta no controle de toda a situação, e somente Ele tem todo o poder, majestade e glória. Aquilo que para o homem natural está coberto, ou seja, sem revelação (Dt 29.29), pertence somente a Ele.

            Tudo contribui para um bem maior (Rm 8.28), porque onde tudo começou, num estado perfeito viviam o homem e a mulher, ambos serviam ao SENHOR. Com a queda do homem no jardim do Éden, surgiu a necessidade do nosso Deus trazer novamente o homem para junto de si. Algumas perguntam persistem. Deus quando criou o homem não sabia que ele poderia cair? A resposta para essa interrogação é sempre a mesma, sim Ele sabia. Mas poderia o homem existir sem a vontade de Deus? Poderíamos viver sem a sua vontade? Respirar? Pensar? Mover-se? Etc.. Como seria o mundo que nós conhecemos se o homem não tivesse o livre arbítrio, seria um caos ou o melhor lugar para se viver? Isso com certeza não podemos dar resposta. Mas, uma coisa é certa, o Eterno sempre soube que nós poderemos fazer parte daqueles que irão morar nas moradas celestiais, bastando decidirmos por uma vida conforme a santas escrituras.


            Existe em nossas mentes a limitação do pensamento, quando procuramos entender algo, ou alguma coisa fora da nossa compreensão, pois o pensamento do homem muitas vezes é baseado em rudimentos ou mesmo em bases cientificas. Neutralizamos o poder sobrenatural de Deus. Diante das múltiplas possibilidades criadas pelo homem, para escolher o “seu” melhor caminho (Pv 14.12).

            Verificamos na Bíblia Sagrada, que algum tempo após a queda do homem no Édem, Deus encontra um homem por nome de Abrão, capítulo 12 de Gênesis. E faz lhe promessas. Qual seria a possibilidade do homem, uma vez caído, pudesse voltar a estar novamente perto do seu criador? Entendemos hoje que este relacionamento entre o homem e o criador, nos tempos bíblicos não sofreu muito desgaste. Na presciência divina  havia necessidade de santificar uma nação para si, trazendo o benefício para todas as nações da terra (Gn 12.3). “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, ao passo que a promessa não dizia respeito somente aos seus descendentes, mas a todos os que cressem como Abraão. (Tg 2.23). “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios,anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti”(Gl 3.8).


            Primeiro houve o chamado de alguém que estava disperso entre seu povo. E qual seria a possibilidade de alguém imaginar que um homem, na antiga cidade de Ur dos caldeus fosse fazer parte de um projeto tão grande e inexplicável?  Neste momento passa em nossas mentes a vontade de entender o porquê de tudo isso. Como falamos, as limitações do homem não entendem essa obra tão gloriosa, que para muitos parecem loucura (I Co 1.25). Quando Jó questionava com Deus sobre tudo o que estava acontecendo em sua vida, o nosso criador deu algumas respostas muito convincentes ao patriarca. (Jó 38)


O REINO DE DEUS


            A expressão reino de Deus ocorre algumas vezes em o Novo Testamento, diz respeito ao reino que a priori não se estabelece pela vontade do homem (Jo 18.36). A palavra reino é definida pelo governo, ou forma de governo, instituído ou determinado pelo povo. Neste caso a monarquia seria o tipo de governo pertencente ao reino de Deus (I Tm 6.15). O reino proposto pelo nosso SENHOR não é gerido pela vontade do homem (Dn 2,44). A Bíblia elenca sobre este reino, e acreditamos  pelo SENHOR que Ele é desde a fundação do mundo (Mt 25.34).     


            Como podemos entender pela palavra de Deus, este reino  já existiu na mente do nosso SENHOR no passado, é realidade no presente e será tomará sua forma plena no futuro (Ap 22.5). Pela existência do reino de Deus no presente temos a convicção que a partir do momento em que o homem se decide por Cristo, tem-se a transformação alcançada pela nova vida (II Co 5.17). Diante de tal experiência o antigo homem com todas as suas formas e pecados, deixa de existir e  passa a fazer parte de um grupo de pessoas escolhidas por Deus para adentrar a este reino ( Jo 15.16). Pelo fato da escolha ser divina e não casual temos em nós a esperança da salvação, pois bem certos que aquele que começou a boa obra em nós a aperfeiçoará (Fl 1.6).


O REINO NO ANTIGO TESTAMENTO


            O Antigo Testamento não faz referência às palavras reino de Deus, mas apresenta o SENHOR como rei de Israel e Senhor de toda a terra (Sl 89.18). Contudo encontramos na Bíblia que quando o povo de Israel se fixou na terra de Canaã, depois algum tempo começaram a olhar as nações que estavam a sua volta e esqueceram-se do grande Deus. E pediram ao sacerdote Samuel um rei segundo o costume dos povos visinhos (I Sm 8.7). O povo estava rejeitando o reino divino teocrático, onde o profeta Samuel era o representante legítimo, e substituindo por um reino governado pela mão de Saul ( I Sm 8.8.9) O Eterno sabia que a forma de governo que foi escolhida pelo povo, servia apenas para afastá-los ainda mais da proteção divina.


            A monarquia de Israel fraquejou em tornar-se independente da vontade divina. Muitos reis acabaram confiando em sua própria vontade esquecendo-se da soberania do Eterno SENHOR. Alguns poucos reis estiveram continuamente na direção de Deus, outros fracassaram e levaram sobre si o castigo. Não obstante o homem toma muitas decisões que causam muito dano a sua vida espiritual. Observamos que Deus sempre esteve olhando para  Israel, mas a vontade de possuir um rei levou aquele povo a desistir de serem assistido pela mão poderosa de Deus. Desta forma muitos nos dias hodiernos tem trocado a vontade divina por muitas coisas, deixam de ter o SENHOR como soberano em suas vidas, e assim escolhem para si outros reis, para governar suas vidas, seu tempo, escravizam suas mentes e roubam a sua liberdade (II Co 4.4).


NO NOVO TESTAMENTO     


            …“Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”(Mt 3.2). A nova mensagem que chegou aos ouvidos daqueles que estavam em grandes trevas ( Is 9.2), surge uma nova luz. A realidade de um novo tempo, um tempo abençoado pelo SENHOR, caracterizado pela volta incondicional ao salvador. O Reino pregado por João chamado de Batista, abriu uma nova dispensação para a humanidade. Uma mensagem que convidava o povo ao arrependimento, a mudança de vida. Essa mensagem estava carregada com uma porção do Espírito Santo, pois o próprio João afirmava; “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alpacas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”( Mt 3.11).


             Chega agora  um reino diferente daquele conhecido pelo homem, um reino que não era deste mundo (Jo 18.36). Este reino concretiza a vontade divina de um projeto maior prometido ao servo do SENHOR, Abraão. Portanto, o Eterno preparou um tempo certo, um povo que estava necessariamente precisando de uma resposta divina. Um povo que por gerações havia sofrido nas mãos dos seus inimigos. Bastava agora a nova mensagem alcançar o coração destes homens. E pregava João em todas as cercanias do Jordão. E não era somente uma mensagem, era um convite aberto a restauração de Israel;


 7-E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;
9 - E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.
10 - E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.(Mt 3.7-10)
             

Uma nova mensagem, onde o ouvinte era convocado a adentrar em uma nova esfera espiritual. A um novo reino que seria permeado pelas bênçãos de nosso SENHOR e salvador Jesus Cristo. Será que em nossos dias poderiam ouvir as mesmas palavras que João pregava? Estaríamos preparados para realmente abraçar a causa divina? Aquelas mensagens, que nós conhecemos hoje, são “feitas” para agradar multidões, tomariam outro sentido, levando milhares de almas à conversão; “arrependei-vos, pois o reino de Deus está entre vós”. Aleluia.


O reino pregado por João, não seria um reino para ficar apenas para aquele momento histórico, como sabemos a mensagem não alcançou todos os corações israelitas, poucos foram os que abraçaram esta verdade. João, desta vez o apóstolo, escreve no primeiro capítulo de sua epístola que os homens amaram mais as trevas do que a luz (Jo 1.5).  
Abrindo a oportunidade para que o reino de Deus chegasse até os gentios; “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” (Jo 1.12).


            O projeto do reino de Deus, que começara naquele tempo continua até os dias de hoje. Um reino que continuará pela eternidade. A mensagem deste reino ainda se ouvirá por muito tempo, pois existem muitas promessas a serem cumpridas na Bíblia Sagrada. Para nós crentes em Jesus Cristo, podemos participar ainda mais deste reino ainda por estes dias, ou enquanto lemos estas palavras. Mas existe um projeto divino a ser concluído, um “trailer” escrito, o qual diz que todas as coisas iram convergir em Cristos (Ef 1.10).


            O profeta Daniel diz que este reino não passará (Dn 2.44), um reino eterno, com muitas transformações tanto nas regiões celestial como na terra ( Fl 2.10). Aguardamos novos céus e nova terra onde habita a justiça de Deus ( II Pe 3.13).


Conclusão


            O reino de Deus é o maior projeto para humanidade, nele se descobre a vontade de dEle. Somente um Deus soberano pode em toda sua presciência, abrir um caminho para que a sua criatura pudesse alcançar a salvação. O nosso SENHOR abriu mão de seu unigênito filho para que todos pudessem ter o direito a esse reino. Esse trimestre que se inicia possa ficar marcado em nossas vidas como um divisor de águas. E que a glória do SENHOR possa invadir as nossas mentes e todo nosso ser. Amém



Evang. JUAREZ ALVES
Assembléia de Deus Minis. Do Belém em Dourados MS
Congregação Parque Nova Dourados.
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