27 de setembro de 2017

Uma Promessa de Salvação



Uma Promessa de Salvação

TEXTO ÁUREO = "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre atua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gn3-15)

VERDADE PRÁTICA = A promessa da salvação foi a resposta amorosa de Deus para reconciliar consigo mesmo o ser humano.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 3.1-3: A liberdade para escolher
Terça - Gn 6.5-7: A tragédia da raça humana
Quarta: Gn 12.2: O plano de salvação para a humanidade
Quinta – Is 51.4,5: A salvação e a justiça vêm do justo Senhor
Sexta – Lc 4.18,19: Jesus, o Salvador da humanidade
Sábado - Ef 2.8: A salvação é dom de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – gênesis 3> 9-15

9 = E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10 = E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11 = E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 = Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13 = E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
14 = Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
15 = E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

HINOS SUGERIDOS: 27, 156, 291 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO GERAL

Mostrar que a promessa da salvação foi a resposta amorosa de Deus para  reconciliar consigo o ser humano.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópico.
- Apresentar o conceito bíblico de salvação;
- Mostrara importância da doutrina da salvação;
- Saber que a salvação foi prometida ainda no Éden.

DEFINIÇÃO DE SALVAÇÃO

O vocábulo português se deriva do latim, salvare, ‘salvar’ e de salus, ‘saúde’, ‘ajuda’, e traduz o termo hebraico yeshü´â e cognatos, (‘largura’, ‘facilidade’, ‘segurança’) e o vocábulo grego sõteria, e cognatos (‘cura’, ‘recuperação’, ‘redenção’, ‘remédio’, ‘salvação’, bem-estar’). 

Significa a ação ou o resultado de livramento ou preservação de algum perigo ou enfermidade, subentendendo segurança, saúde e prosperidade. A palavra salvação aparece 78 vezes.

INTRODUÇÃO

A doutrina da salvação é, ao mesmo tempo, simples e complexa. De um lado, a maioria dos cristãos pode citar João 3:16 de cor, ou a resposta de Paulo ao carcereiro de Filipos sobre o que é necessário para a salvação (At 16:31). Por outro lado, quem pode explicar como um Deus-homem santo poderia tornar-se pecado e morrer por amor a homens pecadores e rebeldes?

É essencial entender corretamente a salvação. A Bíblia coloca um anátema (maldição) sobre qualquer um (incluindo anjos e pregadores) que se atreva a ensinar um evangelho da salvação diferente daquele ensinado nas Escrituras (Cl 1:8).
 
O que, então, é a verdadeira salvação? Como ela é oferecida? Como pode ser alcançada? Quais são os seus benefícios e as suas bênçãos? A verdadeira salvação é oferecida pelo próprio Deus pela morte sacrificial de seu Filho Jesus Cristo. Não há outro meio pelo qual alguém possa ser salvo da condenação eterna e receber vida eterna (At 4:1 2).

O QUE É SALVAÇÃO

O que é a salvação em Cristo? A palavra “salvação” é de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm urna concepção muito pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, em que falta aquele amor ardente e total por Jesus e a busca constante de sua comunhão.

Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na de toda a pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único Salvador pessoal (Ef 2.8,9; - 2 Co 5.17; - Jo 1.12; 3.5). Observe as afirmações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).

Não se trata apenas de livramento da condenação do inferno; a salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de Deus para com o ser humano e o mundo (isto é, a criação), através de Jesus Cristo, nesta vida e na outra (Rm 13.11; - Hb 7.25; - 2 Co 3.18; - Ef 3.19).

Pessoalmente isto é, em relação à pessoa—, a salvação que Cristo realiza abrange: a regeneração espiritual do crente, aqui e agora (Tt 3.5; - 2 Co 3.18); a redenção do corpo do crente, no futuro (Rm 8.23; - 1 Co 15.44); e a glorificação integral do crente, também no futuro (Cl 3.4; - Ef 5.27).

Como receber a salvação. Há três passos necessários para um pecador receber a gloriosa salvação em Cristo. Primeiro, reconhecer mediante o evangelho que é pecador (Rm 3.23). Segundo, confiar em Jesus como o seu Salvador (At 16.31). Terceiro, confessar que o Senhor Jesus é o seu Salvador pessoal, “Visto que... com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10).

A obediência honesta do pecador movido por Deus a esses três passos resultará na sua salvação, operando o Espírito Santo e a Palavra. Isso não falha; não se trata de uma mera teoria; é a verdade de Deus sobre a salvação do pecador, revelada aos homens segundo a infalível Palavra de Deus e o testemunho da infinitude de salvos em Cristo por toda parte.

Pleno conceito e convicção de salvação. Vemos em Hebreus 2.3 uma cristalina verdade sobre a salvação: .. uma tão grande salvação”. O que denota esta expressão? Ela diz respeito às riquezas imensuráveis da salvação; às bênçãos subseqüentes a ela; à eternidade infinita dela; ao seu alcance imensurável; e à sua sublimidade.

Se todos os crentes tivessem uma plena visão da salvação; se pudessem ver plenamente ao longe a tão grande salvação que receberam, com certeza teriam atitudes diferentes no seu dia-a-dia. Teríamos tanto regozijo, tanta motivação, tanto entusiasmo, tanta convicção, tanto anseio e enlevo pelo céu, que não haveria na Terra um só salvo descontente, descuidado, negligente e embaraçado com as coisas desta vida e deste mundo! 

Ademais, teríamos uma tão profunda compreensão do que é o céu e, por isso, teríamos tanto desejo de ir para lá, que o Diabo não teria na igreja um só fã, um só admirador de suas coisas, um só aliado. Mas, há crentes que admiram e gostam das coisas do Maligno e se aliam a ele. Por mais que não admitam pelo fato de não atentarem para a “tão grande salvação”, tornam-se vulneráveis às investidas do Tentador.

Salvação no Velho Testamento

O consenso prevalente entre sábios religiosos parece ser que há uma divisão intransponível entre Judaísmo e Cristianismo. Por certo há diferenças definidas na prática dos dois sistemas religiosos, mas elas têm um número significativo de características comuns. Os cristãos adoram o Messias que era um judeu praticante durante Sua vida. Todos os autores do Novo Testamento, com uma exceção, eram judeus praticantes. O Antigo Testamento, que os cristãos reverenciam como a Palavra de Deus escriturada, é um escrito distintamente judeu. Se este é o caso e Deus, Jeová, nunca muda, então o plano de salvação, restabelecendo a amizade entre pessoas pecadoras e Deus, deveria ser o mesmo.

Este plano de salvação foi formulado mesmo antes da criação do universo material (1 Pedro 1:20. “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;”). Enquanto a manifestação não foi dada àqueles do tempo do Antigo Testamento, o princípio, significado e eficácia do plano de salvação foram claramente conhecidos. Como Paulo escreveu em 1Coríntios 10:11 “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.” Enquanto os exemplos mencionados são manifestações da ira de Deus sobre Israel quando eles desobedeceram ou se perderam de Deus, o remédio, um sacrifício de sangue, foi experimentado no altar (1Co 10:18). 

Claro que no Antigo Testamento só uma pessoa, o alto sacerdote, tinha permissão de acesso à Arca da Aliança e então apenas uma vez ao ano, durante o Yom Kippur (o Dia do Perdão). Isto levaria alguém a acreditar que aqueles fora da classe sacerdotal não entenderiam completamente o que estaria ocorrendo durante este sacrifício. Porém, está razoavelmente claro pelas Escrituras do Antigo Testamento que bastante foi entendido sobre o caráter e a natureza de Deus, para conhecer Sua atitude sobre o pecado e os requisitos para remediar a separação que o pecado impôs entre o pecador e Deus. 

Mesmo antes do estabelecimento da nação israelense, a necessidade do sacrifício de sangue foi entendida. A oferta de Abel das “primícias” do seu rebanho atende a essa estipulação. Isto está claramente implicado, se não especificamente afirmado, no Novo Testamento. Em João 5:39. lemos: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;” O testemunho era mais que somente a vinda do Messias. Ela incluía Sua morte sacrificial. Em Lucas 24:27. se afirma: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” Já que a afirmativa inclui todas as escrituras, ela também deve incluir o sacrifício do Cordeiro de Deus.

Novamente Lucas afirma em Atos 17:11. referindo-se aos crentes Bereanos: “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” Para Paulo, as “coisas” sempre incluíam a morte, sepultamento e ressurreição do Messias.

Há mais de cinqüenta referências às “escrituras” no Novo Testamento. Já que esses escritos não estão se referindo a si mesmos, eles devem estar se referindo ao Antigo Testamento. A única exceção a isso é 2Pedro 3:15-16. “15 E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 16 Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” O restante das referências do Novo Testamento às “escrituras” se referem ao texto hebraico do Antigo Testamento.

O seguinte exame das Escrituras do Antigo Testamento ilustrará o plano de salvação, como lá registrado, àqueles que só se familiarizam com as Escrituras do Novo Testamento e também àqueles que só usam as Escrituras no Antigo Testamento.

A primeira coisa que deve ser entendida ao se considerar o plano de salvação é o relacionamento entre humanos e o infinito e soberano Deus. Em Salmos, 11:7. lemos: “Porque o SENHOR é justo, e ama a justiça; o seu rosto olha para os retos.” Devemos acrescentar “apenas” o reto contemplará Sua face. Quem pode afirmar ser “justo” e “reto”? Considere o que o profeta Isaías disse no capítulo 64:6. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” Nos arrebatam de que? Da presença e da amizade de Deus. 

Mesmo aquelas coisas que nos parecem obras “boas” ou “justas”, não podem nos trazer Sua presença Ezequiel 33:12b continua com a admoestação que “...: A justiça do justo não o livrará no dia da sua transgressão; e quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo poderá viver pela sua justiça no dia em que pecar.” O contexto sugere que não podemos “construir, empilhar” boas obras que sejam suficientes para agradar a Deus, quando ignoramos ou descumprimos Suas ordenanças morais.

Se confiamos em boas obras para agradar a Deus, estamos de fato com problemas! Poderíamos ser reduzidos ao ponto do desespero? Não há modo de agradar a Deus? Como podemos ser declarados justos aos olhos de Deus? Devemos ter uma justiça que Ele veja como justiça. Duas coisas são requeridas para essa justiça: fé de nossa parte e o perdão da parte de Deus. Primeiro, fé ou crença no que Deus pode fazer, fez e fará Gêneses 15:6 afirma muito claramente como isto afeta a Deus. “E creu ele [Abraão] no SENHOR, e (Este) imputou-lhe isto por justiça.”
 
Este pensamento continuou em Habacuque 2:4b. “... mas o justo pela sua fé viverá.” Este é um padrão abrangente, geral para todo o tempo, aplicável até mesmo hoje.

O que é esta fé? Isaias dá a resposta no capítulo 26:3: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” Fé é confiança, confiança nas ações e desejos do SENHOR. Muita gente declararia que têm “fé”, mas quando pressionados a explicar “fé” no que, comumente cai em suas próprias obras, crenças e ações. Segundo Isaías isto distorce a fé. Nossa fé não pode, de fato não deve, estar em nós mesmos. Pareceria então que a questão básica na salvação é a redenção ou perdão. Se não há modo de nós obtermos isso, o que deve acontecer então?

O custo da salvação é muito alto para o homem comprar de si mesmo. O salmista escreveu em Salmo 49:8-9 “8 (Pois a redenção da sua alma é caríssima, e cessará para sempre), 9 ...” Esses poderiam ser versos de desespero, mas há esperança, como o verso 15 afirma: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá. (Selá.)” Deus o fará! Deus dará perdão por nossos pecados! O objeto de nossa fé está em Deus e Seu plano redentor. É claramente visto que este plano não foi oculto no Antigo Testamento, na Páscoa (aspergiu-se o sangue do cordeiro), o Dia do Perdão, quando o pecado do povo é confessado sobre um animal puro e então esse animal é morto. Deus declara em  
Levíticos 17:11; “Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.”
Um curioso intercâmbio ocorre quando a vida inocente do animal foi transferida às pessoas e as vidas impuras das pessoas foram transferidas ao animal. Isto é conhecido como princípio da “vida intercambiada”. Isto era necessário por causa da justiça de Deus e o senso de retidão. Segundo  
Ezequiel 18:4; “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.” Não é apenas uma questão factual que Deus escolheria aceitar uma substituição para morrer em nosso lugar, mas também uma questão de fé. O sacrifício feito em nosso benefício, faria com que detestássemos nosso pecado e tivéssemos corações cheios de arrependimento. Esta atitude é necessária para satisfazer a Deus. Tanto quanto muitos de nós Salmo 51:18-19, lemos “18 Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém. 19 Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.”

Já que Deus é imutável, Seu método de redenção nunca muda. Os crentes de hoje são redimidos através exatamente do mesmo sistema que foi dado em Israel no passado, um sacrifício substitutivo de sangue, usando o princípio de vida intercambiada. O sistema atual é mais conhecido pelos versos selecionados em Isaías 53:4-12

” Essas referências são sobre o Messias de Israel que trocou Sua vida pelas deles Quem é esse Messias? Como Se parece? Quais são Suas credenciais para ser um sacrifício aceitável? Miquéias 5:2. dá uma resposta, “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (ênfase minha). Os “antigos dias” são do passado eterno, sem início, e a referência é à própria Deidade. Já que o sacrifício tinha que ser sem mancha ou defeito, isto é, perfeito, em relação às ordenanças de Deus, só o próprio Deus seria suficiente.

No Novo Testamento, Paulo, um judeu completamente versado nas escrituras do Antigo Testamento, sumarizou todo o sistema em um só versículo. Em 2Coríntios 5:21. ele escreveu “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Cristãos e povo judeu, as tribos dispersas de Israel, não deveriam ver o plano de salvação de dois modos distintos e separados. Israel deveria olhar à frente [para o futuro], pela fé, para o Messias vindo, como sacrifício; e os cristãos deveriam olhar para trás [para o passado], pela fé, para a acabada obra redentora do Messias. O fato único é claro. O Messias de Deus, o próprio Deus, veio para a terra para trocar Sua vida por cada um de nós. Precisamos apenas colocar nossa fé nEle para garantir o perdão de Deus para nosso pecado.

(Romanos 1:16b. “... o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” não foi escrito para colocar uma parede entre os judeus e gentios. Ele só distinguiu a seqüência em que Deus escolheu revelar Seu plano de salvação. Hoje Jeová aceita judeus e gentios à base de sua fé na morte e na ressurreição de Seu Messias como um sacrifício substitutivo, adequado para pagar completamente a pena devida por nosso pecado.

A salvação no Novo Testamento

 Jesus Cristo e a salvação . O Novo Testamento nos ensina que Jesus Cristo é a fonte para a salvação (2 Timóteo 2:10; Hebreus 5:9). Como Filho de Deus, Jesus viveu uma vida sem pecado e perfeita. No entanto, Deus permitiu que Cristo pagasse pelos nossos pecados. Nós merecíamos a sentença de morte pelos nossos pecados, mas Jesus pagou o preço. Ele se tornou o nosso substituto. A bíblia diz que Jesus morreu na cruz para pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 5:8). Ele tinha que ser castigado para que nós pudéssemos ter paz com Deus. 

O papel de Jesus na salvação é de "mediador" - o que nos representa diante de Deus (Hebreus 2:10; 7:25). A bíblia nos ensina que a salvação não é alcançada por esforço humano. É obra de Deus (1 Tessalonicenses 5:9) e é oferecida como presente para nós pela sua graça (Efésios 2:8-9). Desde o começo, a salvação era o plano incrível de Deus. Esse plano é mostrado nas escrituras (2 Timóteo 3:15) e é compartilhado por aqueles que contam da graça de Deus (Efésios 1:13).

A bíblia usa muitos outros termos para nos dar uma mostra do que significa a salvação. A bíblia fala de se tornar vivo em Cristo. Jesus descreve isso como sendo "nascido de novo" (João 3:3). A justificação é um termo complicado que nos descreve diante de Deus inocentemente. A palavra redenção nos diz como fomos resgatados: Jesus nos redimiu. Ele comprou a nossa liberdade com a sua própria morte. A palavra reconciliação descreve a mudança do nosso relacionamento com Deus - agora somos reconciliados com ele. A palavra propiciação amarra o sistema do Velho Testamento de sacrifício animal com a descrição do Novo Testamento da morte de Jesus como uma maneira de se livrar da ira de Deus. Cada um desses termos (e outros) compartilha algo em comum com o conceito bíblico de salvação. Elas são como peças de um quebra cabeça que se unem para mostrar a pessoa e a obra de Jesus Cristo, o Salvador.

Nossa salvação envolve primeiro, a morte de Cristo por nós, segundo, Cristo vivendo em nós (João 15:4; 17:26; Colossenses 1:27) e nós vivendo em Cristo, unidos com Ele em Sua morte e ressureição (Romanos 6:3-10; Colossenses 2:12, 20; 3:1). Esta união vital, que é sustentada pelo Espírito, do lado divino, e pela fé, do nosso lado, é formada através do nosso novo nascimento, e pressupõe uma aliança no sentido de nossa eleição eterna em Cristo (Efésios 1:4-6). Jesus foi designado antes da fundação do mundo para ser nosso representando carregando os nossos pecados sobre seus ombros (1 Pedro 1:18-20; cf. Mateus 1:21), e nós fomos escolhidos para ser efetivamente chamados, conforme a Sua imagem, e glorificado pelo poder do Espírito (Romanos 8:11, 29-30).

A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO

A doutrina da salvação diz respeito ao plano divino para restaurar o homem do pecado e, conseqüentemente, livrá-lo da condenação eterna. Cristo é o único caminho ao Pai. A salvação nos é concedida mediante a graça de Deus, manifesta em Cristo Jesus e está baseada na morte, ressurreição, e exaltação do Filho de Deus. A doutrina em apreço pode ser estudada sob os vários aspectos da salvação. Nesta lição nos deteremos em apenas três: justificação, regeneração e santificação.

1. Definição. “Justificação” é o ato de Deus declarar justo o pecador que pela fé aceita Jesus por seu Salvador (Rm 5.1,3 3). Tal pessoa passa a ser vista por Deus como se jamais tivera pecado em toda a sua vida. Deus declara o pecador livre de toda a culpa do pecado e de suas conseqüências eternas.

2. Os benefícios da justificação. A justificação nos concede inúmeras bênçãos divinas. Para o estudo desta lição destacaremos apenas três:

a) Remissão dos pecados. O apóstolo Paulo quando pregou na sinagoga de Antioquia da Pisídia fez a seguinte declaração: “Seja-vos notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê” (At 13.3 8,39). Cristo ao cumprir toda a lei que o homem não pôde cumprir, possibilitou ao homem ser plenamente justificado.

b) Restauração da graça de Deus. A justificação tem sua origem na livre graça de Deus (Rm 3.24). Graça é o favor divino dispensado ao homem sem que ele mereça. Mediante o pecado o homem perdeu a proteção divina e passou a viver sob a justa ira divina (Jo 3.36; Rm 1.18). A ira de Deus representa a reação automática de sua santidade contra o pecado. Porém, ao aceitar a Cristo pela fé, o pecador é por Deus justificado, ficando assim, livre da ira divina (Rm 5.9).

c) Imputação da justiça de Cristo. A graça de Deus só foi possível mediante a provisão da justiça de Cristo. Justificação significa mudança de posição perante Deus: de condenado que era, o homem passa a ser considerado justo. Como isso ocorre? A justiça de Cristo é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28; 1 Co 1.30).

REGENERAÇÃO. O termo “regeneração”, como o temos em Tito 3.5 refere-se à renovação espiritual do indivíduo. Significa ser gerado novamente; receber nova vida, reconstruir, restaurar, reviver. É a ação poderosa, criativa, decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele recria a natureza interior do pecador arrependido.
Existem várias expressões bíblicas que esclarecem o sentido de regeneração.

1. Novo Nascimento.

a) O que significa nascer de novo? Sobre esse aspecto da salvação Jesus asseverou a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). Jesus salientou a necessidade mais profunda dos homens: uma mudança radical e completa da totalidade da natureza e do caráter. Este milagre é operado no espírito do ser humano, através do qual este é recriado de conformidade com a imagem divina. Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado e passa a ter desejo e disposição de obedecer a Deus e seguir as orientações do Espírito Santo.

b) O que não significa novo nascimento. Primeiro, não se realiza pela vontade e participação humana (Jo 1.13). Segundo, não depende de esforços humanos (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Isto é, não há nada que o homem possa fazer por si mesmo ou pelos outros. Terceiro, não éo batismo em águas. O batismo em águas pode simbolizar a regeneração, mas não a produz. Quarto, não é a prática de boas obras (Tt 3.5).

2. Nova criação (2 Co 5.17; Gl 6.15; Ef 2.10). Mediante a palavra criativa de Deus, os que aceitam a Jesus Cristo pela fé, são feitos novas criaturas, O crente é uma criatura renovada segundo a imagem de Deus, que compartilha da sua glória. Em relação à primeira criação material, o homem está caído e morto, porém, na segunda, a espiritual, ele é renovado pelo Espírito Santo.

3. Renovação (Tt 3.5; Cl 3.10). A “renovação do Espírito Santo” refere-se à outorga constate da vida divina aos crentes à medida que se submetem a Deus (Rm 12.2).

4. Ressurreição espiritual (Ef 2.5,6). É preciso morrer para o mundo e ressuscitar para uma nova vida em Cristo. A Palavra de Deus diz que os que recebem a Cristo morrem e são sepultados com Ele, para ressuscitarem em novidade de vida (Rm 6.2-7).

SANTIFICAÇÃO. O termo “santificação” significa “tornar-se santo”, “consagrar- se”, “separar-se do mundo”, para pertencer a Deus, ter comunhão com Ele e servi-Lo com alegria. É através do processo de santificação que o homem regenerado passa a ter um relacionamento íntimo com Deus em sua vida diária.

1. Os sentidos da santificação. Santificação tem o sentido genérico de separação, dedicação, consagração de pessoas ou coisas para uso exclusivo do Senhor (Éx 13.2; Jr 1.5; Lv 27.14,16; 2 Cr29.19). Em se tratando de santificação do crente, dois sentidos principais fluem da Palavra de Deus.

a) Separação do mal, para pertencer a Deus (Lv 20.26). É chamado de aspecto negativo da santificação, porque ocupa-se de “não farás isso; não farás aquilo” etc.

b) Separação para servir a Deus; dedicação a Deus, para seu serviço (Êx 19.5,6). É chamado de aspecto positivo da santificação, porque ocupa-se de fazer o que Deus ordena quanto à santificação (2 Co 7.1; Ap 22.11; Pv 4.18; 1 Ts 5.23).

2. Os meios da santificação.

a) O crente é santificado pela Palavra de Deus (Jo 17.17). A Palavra tem poder purificador (Ef 5.26); ela nos corrige (1 Pe 1.22; Sl 119.9; Jo 17.17; 1 Jo 1.7); ela penetra profundamente (Hb 4.12).

b) O crente é santificado pelo sangue de Jesus (Hb 13.12). O sangue de Jesus expiou a nossa culpa, nos justificou diante de Deus (Rm 3.24,25), e também é a provisão da nossa santificação diária (Rm 7.18; 8.7,13; 1 Jo 1.7).

) O crente é santificado pelo Espírito Santo (Rm 1.4; 15.16). Essa obra do Espírito manifesta-se pelo poder e a unção que garantem ao crente a vitória sobre a carne (Rm 8.13; Gl 5.17-21).
Indiscutivelmente, quando nos rendemos à direção do Espírito Santo, passando a viver dia a dia para o seu serviço e perdemos totalmente o interesse pelas coisas do mundo, nos tornamos cada vez mais santos e mais seguros da nossa salvação (Rm 6.13,19; 2 Tm 2.21).

A SALVAÇÃO PROMETIDA NO ÉDEN

A salvação é o tema principal da Bíblia. Foi a primeira promessa de Deus a este respeito. O homem havia pecado contra o Senhor, ao desobedecer sua ordem para não comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal (Gn 2.16,17; 3.1-7), e já sentia as tristes conseqüências disto. Diante do fato, Jeová prometeu-lhe uma poderosa redenção (Gn 3.15). Vejamos alguns detalhes do tema:

1. Deus chamou o homem (v.9). Além de Onipotente, Deus também é Onisciente e Onipresente (1 J0 3.20; Pv 15.3), e, certamente, sabia de tudo o que havia ocorrido e onde Adão estava. Por que, então, o chamou? Vejamos:

a) A iniciativa divina para a restauração do homem. Esta sempre foi a atitude de Deus. Ele é quem planejou a salvação, executou-a (Rm 5.9), e quer aplicá-la na vida do homem (Ap 3.20). Ele é quem prepara a festa da salvação e convida o homem para dela participar (Lc 14.15- 24). Ao aproximar-se do ser humano, Ele quer ajudá-lo, pois o ama (Ap 1.5), e deseja o seu bem espiritual (1 Tm 2.4; Ap 3.20).

b) O rompimento da comunhão com Deus. O Senhor mostrou a Adão que a comunhão entre ambos estava interrompida. O pecado separa o homem de Deus (is 59.2).

2. Adão escondeu-se de Deus.  Embora a Bíblia não revele - quanto tempo Adão viveu em comunhão com Deus, antes de pecar, entendemos que tenha sido um período suficiente para sentir grande satisfação. Mas, agora, ele tenta esconder-se do Senhor. Qual o motivo? Havia perdido a comunhão com o Criador, fato este que se tomou evidente através:

a) Da santidade de Deus (v.10). Todas as coisas estão patentes aos olhos de Deus (Hb 4.13). Perante o Senhor, nosso espírito é colocado como diante do espelho (Tg 1.23), do prumo (Am 7.7,8) e da balança divina (Dn 5.25-28), onde tudo é revelado. Assim aconteceu com Isaías (Is 6.5) e Pedro (Lc 5.8).

b) Do sentimento de culpa (v.10). A tendência do homem, ao sentir-se culpado, é afastar-se de Deus (Jo 3.20,2 1). Adão reconheceu sua culpa, mas tentou encobri-la (Jó 3 1.33). O Senhor espera que o faltoso confesse os seus erros e os deixe, para alcançar o perdão divino (Pv 28.13, 1 Jo 1.9).
“Esconder-se de Deus”, é uma força de expressão, pois não há lugar onde o homem possa ocultar-se do Senhor (Si 139.1-12; Ob 1.4). O Criador não quer que o homem fique longe dele, escondido, acabrunhado, mas, sim, bem próximo. Po isso, Ele convida o ser humano a chegar-se mais perto (Tg 4.8;Ap 22.17).

3. Primeira pergunta divina: “QUEM TE MOSTROU QUE ESTAVAS NU?” (V.11). Um dos métodos que Deus usa em sua relação com o homem, é o de perguntas, pois todas respostas exigem uma certa reflexão. Conforme o”Sunday School Times”, Jesus fez 153 interrogações, quando do seu ministério terreno. Ao chamar Adão pelo nome, certamente Deus queria conscientizá-lo.

a) Da perda da glória divina. O pecado tirou a roupagem de glória, na qual o homem estava envolto (Rm 3.23). O pecado o despojou dos seus valores morais, e o deixou vazio e morto espiritualmente (Ef 2.1; 1 Tm 5.6).

b) Do conhecimento do pecado. Da dispensação da Inocência, o homem passou para a da Consciência, que agora o acusava (Rui 2.15). Pela desobediência à ordem de Deus, veio o conhecimento do pecado (Rm 3.20), o que não ocorria antes. Assim, o ser humano passou a conhecer o bem e o mal (Gn 3.5,22).

c) Da não aceitação da vestimenta providenciada. Deus não a aceitou, pois: “folhas de figueira” significam meios humanos para a redenção, como religiões, filosofias, obras, etc., que, diante do Senhor, são como trapos de imundície (Is 30.1; 64.6). A salvação é pela graça (Ef 2.8,9). “Folhas de figueira” duram pouco e se desfazem, sob o calor do sol. Os recursos humanos 5O de pouca duração e frágeis na presença do “Sol da Justiça”, que é Jesus (Ml 4.2; Jo 8.12).

Deus já tinha providenciado uma vestimenta, através da pele de um animal que foi imolado (Gn 3.21), o qual prefigura a Obra de Jesus realizada por nós na cruz (Rm 4.25; 2 Co 5.14,15). O pecado deixa o homem nu diante cio Criador (Ap 3.17). Porém, quando o ser humano aproxima-se do Senhor, recebe uma vestimenta espiritual (Lc 15.22; Is 6 1.10), que é a justiça de Deus em nós (Ap 19.8).

4. Segunda pergunta divina: “COMESTE TU DA ÁRVORE ...NÃO COMESSES?” (v.1l). Deus sabia que o homem havia comido do fruto proibido mas lhe perguntou, pois objetivava:

a) Identificar e conscientizar Adão do pecado cometido e não confessado. Nosso primeiro pai não confessou ( Jó 31.33). Muitas vezes, Deus nos inquire exatamente sobre o pecado cometido, para nos despertar, como agiu com Caim (Gn 4.9), ou para alertar-nos sobre uma situação específica, conforme se deu com a sunamita (2 Rs 4.26);

b) Mostrar que o homem caiu, porque quis, pois havia tantas outras opções de frutos no Jardim, com exceção do da árvore da ciência do bem e do mal. Ao ouvir a Palavra de Deus, o homem é colocado diante de dois caminhos (Mt 7.13,14; Lc 13.24). O conselho divino é que o ser humano, pelo seu livre-arbítrio, escolha o da vida (Dt 30.15,19).

5. Adão pôs a culpa na mulher (v.12). Esta, por sua vez, culpou a serpente (v.13). Por quê? Desejavam, com isso, encobrir seus peca- dos (Jó 31.33). O que confessa e deixa, alcança perdão (Pv 28.13; 1. Jo 1.9). Aqui começou:

a) A tendência de jogar a culpa ou parte dela em outrem. Isto é falta de sinceridade e companheirismo. Davi, quando pecou, não culpou a mulher pelo erro, mas assumiu toda a culpa e foi perdoado (2 Sm 11. 2- 27; 12.13; SI 51).

b) A desarmonia na família. É uma tendência natural, a falta de entendimento nos lares.

6. A mulher alegou ter sido enganada pela serpente. Eva disse que foi enganada (v.13),e, realmente, isto ocorreu (1 Tm 2.14). O pecado é um engano de Satanás (Hb 3.13; 2 Co 11.3).
A astuta serpente iniciou o sou ataque, ao falar com a mulher, o vaso mais frágil (1 Pe 3.7), que não havia ouvido diretamente de Deus a proibição (Gn 2.16,17), e, além disso, aproveitou um momento em que ela estava só, e, com toda sutileza, enganou nossa primeira mãe, do seguinte modo:

a) Dúvida na Palavra de Deus. O Senhor havia dito: “Certamente morrerás” (Gn 2.17). Porém, a Serpente disse: “Certamente não morrereis” (Gn 3.4). Torceu a Palavra, através da mentira (Jo 8.44).

b) Dúvida sobre a bondade de Deus. Disse a Serpente: “Deus sabe...” (Gn 3.5). Insinuou que o Senhor escondia alguma coisa deles.

c) Dúvida sobre a santidade de Deus. Disse a Serpente: “. ..sereis como Deus” (Gn 3.5). Insinuou que o Senhor não queria que eles se tornassem felizes, pois não desejava que eles fossem como Ele. Envolvida pela dá vida, a mulher cedeu à tentação e caiu: Contemplou a árvore, cobiçou o seu fruto, tomou, comeu e deu ao seu marido. Ainda hoje, a tática de Satanás é a mesma. Ele ataca através das concupiscências da carne e dos olhos, e da soberba da vida (1 J0 2.16,17). O homem vê, cobiça, vai ao encontro do seu desejo, consuma a tentação, e, depois, tenta repartir com os outros a sua culpa (Rm 1.32; Hb 12. 15). Vigiemos neste sentido (2 Co 11. 2,3).

INIMIZADE ENTRE AS SEMENTES DA MULHER E DA SERPENTE. Isto fala da luta constante entre o homem e a força demoníaca que provocou a sua queda. Assim tem sido desde o princípio: Os salvos estão em guerra constante. Satanás, como príncipe deste mundo (Jo 12.321), os ataca de todas as formas (1 J0 2.16,17); porém, os santos sempre resistem às suas investidas (Tg 4.8; 1 Pe 5.8), e o vencem (Lc 10.19; 1 Jo 4.4; 5.18). Os perdidos, por estarem fora da comunhão com Deus, não podem oferecer alguma resistência ao Diabo, pois que à “vontade dele estão presos” (2 Tm 2.26), sob sua influência (Ef 2.2) e seu domínio (Jo, 8.44).

SENTENÇA SOBRE A SERPENTE. A culpa da serpente (animal) revelada na dura e justa sentença recebida de Deus (v. 14): ser amaldiçoada entre as bestas e os animais do campo e rastejar sobre o seu próprio corpo. Tal sentença nos leva a crer que antes ela era uma criatura formosa e não se arrastava. Isto revela a severidade de Deus, ao punir todo pecado e maldade ( Hb 2.1,2).

A PROMESSA DO REDENTOR. Diante do fracasso humano, Deus pôs em execução seu plano de redenção (Ef 1.4; 3.9), ao prometer um Redentor (v. 15), que viria através da semente da mulher, Jesus Cristo (Is 7.14; GI 4.4).
Esta promessa anuncia a vitória da semente da mulher, através das épocas (Gn 3.15; 4.25; 5.29; 8.18; 9.1,26; 12.1- 3; 17.5-7; 28.3,4; 33.11; 49.10; 2 Sm 7.12,13; Is 7.14; 9.6; 11.1-4; Mt 1.20-23).
Desde o início, Satanás procurou impedir o cumprimento da Palavra do Criador, mas não obteve êxito (Gn 4.8; 32.6; êx .15-22; 1 Sm 18.11; 2 Cr 22.10; Mt 2.16). A referida promessa apresentava duas mensagens:

1. A semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Isto foi feito por Cristo na cruz (Lc 10.18; Jo 12.31; Rm 16.20; Ci2.15; 1 Jo 3,8; 5.5; Ap12.Ui).

2. O calcanhar da semente da mulher seria ferido. Havia um preço a ser pago. Isto fala do sofrimento e morte de Jesus (Is 53.3,4,12; Mt 4.1-10; Lc 22.39-44 Jo 12.31-33).

A REDENÇÃO PREFIGURADA. Deus imolou uma vítima, cuja pele serviu para cobrir a nudez de Adão e Eva (Gn 3.21). Este animal prefigura, de modo claro, a Obra realizada por Jesus na cruz, por nossos pecados (1 Pe 3.18; 2 Co 5.21; Rm 5.6-8).

CONCLUSÃO

A salvação é uma obra dinâmica efetuada por Cristo na vida do crente. Não é estática porque a operosidade dela no crente não terminou. Estamos desfrutando da graça nesta dispensação divina até a vinda de Cristo.

Vigiemos em todo o tempo, porque o Diabo trabalha de todas as maneiras para nos apartar da maravilhosa comunhão com Deus. Porém, se resistirmos as suas astutas ciladas, seremos vencedores, através da Obra do Redentor prometido no Eden, cujo sangue nos purifica de todo pecado.
Sem dúvida alguma, a salvação trazida por Jesus Cristo, foi o maior milagre propiciado por Deus ao ser humano, depois da Queda, no Éden. As curas, as maravilhas, a sua mensagem, tudo foi usado por Ele para despertar o homem para aceitar o dom de Deus, a salvação (Ef 2.8). O perdido, uma vez que creia e se arrependa dos seus pecados, confessando a Cristo como seu Salvador e Senhor,  tem a vida eterna (Jo 5.24).

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibigrafia

http://www.abiblia.org
http://solascriptura-tt.org
Bíblia de Estudo Anotada
Lições bíblicas CPAD 1995
Lições bíblicas CPAD 1999
Lições bíblicas CPAD 2001
Teologia Sistemática Pentecostal 2º.  Edição

20 de setembro de 2017

Sobre a Família e a sua Natureza



SOBRE A FAMÍLIA E A SUA NATUREZA = A FAMÍLIA CRIAÇÃO DE DEUS

TEXTO ÁUREO = “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28).

VERDADE PRATICA = A família é uma instituição divina. Cada um de seus membros deve fazer a sua parte a fim de promover a felicidade, a integridade e o fortalecimento da união familiar; e desempenhar sua missão bíblica para a glória de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLA$SE: GÊNESIS 1.27,28; 2.7,18,22

INTRODUÇÃO

Com esta lição, damos início a uma série de ensinamentos bíblicos acerca das ameaças à integridade e ao bem-estar da família. Trataremos também de conceitos e padrões bíblicos estabelecidos por Deus para a bênção e felicidade de tal instituição. A família, em síntese, como estrutura social, deve identificar-se e relacionar-se intimamente com a igreja. Na tão conhecida e instrutiva passagem sobre a família (Ef 5.28-33; 6.1-4), a Palavra de Deus cita a igreja seis vezes.

CONCEITO E ATRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA

1. Conceito. Família é o sistema social básico, instituído no Éden por Deus, para a constituição da sociedade e prossecução da raça humana. Os primeiros capítulos de Gênesis revelam que a família foi a primeira das instituições divinas na terra.

Jesus utilizou-se da família para ilustrar certos atributos, atos, qualidades e dádivas de Deus, como o amor, o perdão, a longanimidade, a paternidade. Vários dos milagres de Jesus estão relacionados à família, suas necessidades, provações, encargos e responsabilidades (Mt 8.5-15;9.18-26;J02.1-11;4.46-54; 11.1-45). 

Isto nos leva a imaginar o grande valor que Deus confere a esta sua primeira e vital instituição humana.

2. Atribuições da família. Dentre as muitas atribuições da família, enumeramos algumas consideradas relevantes:

a. Vida íntima conjugal: Só o casamento justifica e legitima a união sexual marido-mulher. Logo no primeiro capitulo da Bíblia está escrito a respeito do primeiro casal, “Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (v.28). 

E como se dá tal multiplicação? Pela união física do casal, que deve decorrer do amor e do consenso mútuo. No capítulo seguinte está também registrado que, após o casamento, homem e mulher “serão ambos uma carne”.

b. Propagação do gênero humano:  Este foi um dos propósitos Deus quando da instituição da família: a geração de filhos, para o povoamento da terra e a prossecução do gênero humano. Deus conferiu esta faculdade ao casal, o que constitui uma elevada responsabilidade (Gn 1.28).

c) Subsistência: Basicamente, a motivação que está subentendida no desempenho diuturno e peno50 do trabalho e igualmente do exercício das profissões é o sustento, o conforto, o bem-estar; enfim, o atendimento suficiente e sensato das necessidades dos membros da família.

d) Educação. Os filhos são herança r (Si 127.3) e não meros acidentes biológicos na vida do casal. Cada filho que nasce ou que é admitido na família importa em cinco principais responsabilidades para os pais: um corpinho para cuidar (vestuário, saúde, etc.); um estômago para alimentar; uma personalidade para formar; uma mente para educar e uma pessoa completa para ser conduzido a Cristo, seu Salvador e Senhor.

e) Proteção. É responsabilidade dos pais proverem no lar paz, harmonia, sossego, união, proteção e amparo. Ver as lições espirituais de Deuteronômio 22.8.

f) Afeto. As relações afetuosas, fraternas e cordiais iniciam-se na família. É nesse ambiente, propício e acolhedor, que a criança recebe afeto, cuidado amoroso dos pais e irmãos mais velhos, e aprende a praticá-lo.

DEUS INSTITUI A FAMÍLIA

1. 0 homem, o ser racional criado por Deus (Gn 2.7; At 17.26). Havendo Deus formado o homem do pó da terra, colocou-o no Éden, onde viveu por algum tempo, cuidando das responsabilidades que o Senhor lhe confiara (Gn 2.8,15). Seu compromisso: cuidar do jardim, pôr nomes no que Deus havia feito, desde as árvores e todos os animais (Gn 2.20).

2. Não é bom que o homem esteja só (Gn 2.18). Foi esta a primeira vez que Deus observou, no homem, a falta de uma companheira, e logo tomou urna decisão em favor dele. Primeiras providências: tirá-lo da solidão (Gn 2.18), promovendo uma relação ou identidade com outro ser racional (não um outro homem) que completasse sua felicidade; realizar o seu piano de multiplicação da raça humana: “...multiplicai-vos, e enchei a terra...” (Gn 1.28).

3. O homem, distinto das outras criaturas (Gn 1.20,22,26). Deus criou todas as coisas, usando as palavras: “Haja”, “Ajuntem-se” e “Produza” (Gn 1.3,7,9,11); mas, para fazer o homem, o Senhor disse: “Façamos o homem...” (Gn 1.26,27). 

Observem que as duas pessoas, as quais compõem a primeira família, foram criadas e estabelecidas por Deus, enquanto que as demais coisas foram feitas mediante apalavra expressa pelo Criador. 

Isto nos mostra que, para a família, Deus tem um plano diferente das outras coisas criadas por Ele, tanto nesta vida como na futura.

BONS EXEMPLOS DE FAMÍLIA

Da Bíblia podemos extrair bons exemplos de famílias, que devem ser imitados:

1. Noé. Mesmo idoso, com filhos adultos, Noé ainda liderava sua família e tinha dela o respeito e a submissão sem qualquer dificuldade. Seus filhos deixaram suas atividades e atenderam o chamado do pai (Gn 7.1-7; Hb 11.7). Como se vê, eles eram casados, cada um com sua vida doméstica independente, ainda assim, não se recusaram a aceitar os conselhos do pai. O resultado é que esta obediência redundou na benção pessoal da preservação da vida de cada um deles e, mais do que isso, foram instrumentos exclusivos de Deus na preservação da espécie humana. Outrossim, Deus os abençoou na companhia de seu pai (Gn 9.1).

2. Josué. Em seu último ato público, Josué, como chefe de família temente a Deus, lançou ao povo um desafio: “Escolhei hoje a quem sirvais” (Js 24.15). Ele já havia feito sua escolha, por si e por sua família. Certamente assim procedeu Josué pela fé no Senhor, pois era homem de fé como se vê em Hebreus 11.30. A afirmação pública de Josué autentica sua convicção de que, deixando este mundo, sua família sobreviveria estruturada nos princípios decorrentes dos valores que ele lhes havia passado durante toda a sua vida.

3. Filipe. Nas suas incessantes lides em prol da causa do Mestre, Paulo não iria se hospedar com pessoas cujas vidas não demonstrassem um elevado quilate e maturidade espiritual condizente (At 2 1.8,9). O relato de Atos espelha a boa estrutura espiritual existente na família de Filipe, resultante de um investimento espiritual demorado e contínuo. A princípio, como diácono da igreja em Jerusalém (At 6.5), e mais tarde, como evangelista (At 8.4-40). Filipe, apesar de sua intensa atividade ministerial, não se descuidou do exercício sacerdotal no lar. Por isso, teve a grande satisfação de contemplar suas quatro filhas servindo a Deus, sendo portadoras de dons espirituais.

O OBJETIVO DE DEUS, AO CRIAR A FAMÍLIA

1. A procriação (Gn 1.28; Sl 127.3). Por isso, Deus criou “macho e fêmea”. Adão tinha liberdade de comunicar-se verbal, social e fisicamente com sua esposa. A união, portanto, entre marido e mulher foi estabelecida por Deus, para a multiplicação da raça humana. A vida íntima entre os dois deve ser mantida, pois é uma coisa pura e nobre conservar o “leito sem mácula” (Hb 13.4). Sem discussão, sem rivalidade

2. Toda família a seu serviço. Deus quer toda família servindo a Ele e à sua obra (Êx 10.9; Ef 3.15). O Diabo luta para separá-la, mas Deus sempre deseja ajuntá-la. Vivamos, pois, juntos na igreja, na oração, nos cultos, no lar, na escola dominical. Sempre juntos! A família é composta de pai, mãe e filhos. Jamais confundamos a família com grupos de pessoas, ou família no sentido de uma raça. As vezes, o termo família, na Bíblia, significa o que se abriga debaixo de nosso teto (Ex 12.4).

Em outras ocasiões, refere-se a Israel (Is 5.7). Deus ordenou que Noé e seus familiares entrassem na arca (Gn 7.1,7). O carcereiro de Filipos foi batizado com toda a sua casa (At 16.33).

DESAFIOS DA FAMILIA

Um dos maiores desafios da família é preservar a si mesma como principal instituição da sociedade em todos os seus aspectos, pois o processo de modernização trouxe consigo mudanças econômicas, sociais, culturais e psicológicas afetando o conceito e o desenvolvimento familiar. O sistema educacional, a mídia e a promulgação de leis têm trazido desafios à família: a facilidade ao divórcio, o homossexualismo, o aborto, e as drogas são situações que exigem um posicionamento firme da igreja.

Entre tantos desafios vamos destacar apenas três que cercam a família: a) a promiscuidade, como resultado da revolução sexual: o apóstolo Paulo na sua carta aos romanos no capítulo 1.18- 27 relata a promiscuidade existente em sua época e que levou a sociedade a atitudes contrárias ao conceito familiar cristão, tanto  no trato,  quanto nos relacionamentos, desenvolvendo atitudes libertinas de desvio sexual ; tanto dos homens quanto das mulheres. Nos dias atuais assim como na época de Paulo, a promiscuidade se apresenta de forma marcante e explicita, usando os meios de comunicação de massa (rádio, televisão, internet, revistas, outdoors, celulares etc). 

O desafio familiar é dizer não a esta corrupção através dos ensinamentos de Cristo no seio da família, (Mt 5.14-16); b) educação dos filhos: algumas famílias têm transferido para a escola e para a igreja a responsabilidade da educação dos filhos. Estas instituições contribuem com a formação deles sem prescindir da participação da família. Os pais devem assumir os seus papéis de educadores do lar, pois a educação transmitida por eles é de primordial importância para formação do caráter de seus filhos (Gn 18.19; Pv 1.8, 9; Ef 6.4). 

Em meio ao ativismo da vida pós-moderna, os pais precisam reservar tempo para estarem com seus filhos; c) a promulgação de leis que contrariam a estrutura da família: leis aprovadas e outras que estão em estudo têm em seu conjunto mudado a forma de organização da família.

Leis quanto ao divórcio, quanto à união estável, pesquisas e especulações quanto à legalização do casamento e constituição de família pelos homossexuais, têm tido por parte de alguns políticos, sociólogos e psicólogos o apoio mediante fóruns e debates que a cada dia avançam para gerar novos conceitos de família (lTm 4.1-5). Precisamos fazer valer na sociedade a lei maior estabelecida pela Palavra de Deus, quanto a essas mudanças que ocorrem na sociedade, pois elas não têm a aprovação de Deus (Ef 5.1-21).

A MARCA DO PECADO NO INICIO DA HUMANIDADE

A sociedade tem o seu referencial no seio familiar. Desde o princípio, Deus ordenou ao primeiro casal, Adão e Eva, que se multiplicassem e que povoassem a terra, o que demonstra o desígnio de Deus de tornar o mundo plenamente habitado (Gn 1.28a). Sendo assim, um casal constitui uma família, gera filhos e filhas e constrói um grupo social que somado com outras famílias, que partiram deste mesmo princípio, dão forma a sociedade. O que encontramos a partir de Gênesis é que o propósito primário descrito por Deus tem o seu desfecho marcado com a mancha do pecado, devido à transgressão humana pelos primeiros pais (Gn 3). A sociedade desde sua formação carrega em si a mancha do pecado (Rm 3.23; 5.12).

OS ATAQUES CONTRA A FAMÍLIA

 1. O primeiro ataque da serpente à instituição familiar. No Éden, o Diabo atacou frontalmente o casamento e a família. Por causa do pecado, o primeiro casal foi expulso do jardim (Gn 3.23,24), gerando uma série de males entre os quais o assassinato de Abel (Gn 4.2-8). O pecado transtornou, profanou e perverteu o ser humano (Rm 7.8-24).

2. Ataques à família. Ao longo dos tempos, o inimigo vem atacando continuamente à família de diversas maneiras:

a) Infidelidade conjugal. A vontade de Deus é que os cônjuges se amem mutuamente (Ef 5.25; Tt 2.4). Temos de fugir da infidelidade (I Co 6.18a). O começo pode ser um olhar, uma conversa, levando em seguida à consumação do pecado. Para evitar a infidelidade conjugal, os cônjuges podem adotar medidas simples, mas eficazes, sempre com a graça de Deus:

•   Buscar a Deus em oração. Orando juntos, diária e constantemente, o casal fortalece os laços espirituais e conjugais (Mt 26.41);

 •   Ler a Bíblia diariamente. É indispensável ao casal ler a Bíblia todos os dias. Alguns dizem que não há tempo, mas a verdade inconteste é que “há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1);

 •   O esposo deve dar prioridade à sua esposa. Volte a cultivar o carinho, o afeto, e a expressão do amor conjugal para com a mulher de sua mocidade (Ef 5.25-28).
  
•   A esposa deve dar prioridade a seu esposo (Ef 5.33). A mulher cristã, com prudência e amor, torna-se um esteio contra a infidelidade conjugal. Buscando a sabedoria divina, ela haverá de preencher as necessidades emocionais e afetivas de seu cônjuge.

b) A ausência de Deus no lar. Nada pode preencher a falta de Deus no lar, a não ser o próprio Deus. A ausência de Deus no lar é a causa de alguns problemas que afetam o casamento e a família como um todo. Como vencer esse terrível inimigo?

•   Cada membro da família, a partir do casal, deve tomar a decisão de servirão Senhor, sem nunca descuidar-se do culto doméstico.
Faça como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Além disso, freqüente a igreja juntamente com o seu cônjuge e filhos.

 •   Levar a família a valorizar a igreja local (Sl 122.1; 27.4; 84.10; Ec 5.1). É importante que os pais dêem exemplo aos filhos, não apenas mandando-os para a igreja, mas indo com eles à casa do Senhor. Incentive-os a tomar parte nas atividades da igreja local.

FORTALECENDO A FAMILIA CONTRA OS ATAQUES DO MAL

 1. Os ataques modernos à família e como vencê-los. Conforme já dissemos, são muitos os ataques à família nos dias atuais.

a) A inversão de valores. A família está sendo destruída por novelas iníquas, escritas e produzidas por pessoas distanciadas dos valores legitimamente cristãos, e pelas publicações que zombam da Palavra de Deus (Is 5.20).

b) A tecnologia como instrumento do mal. A televisão e a internet, por exemplo, vêm sendo traiçoeiramente usados pelo Diabo para contaminar preciosas vidas. A Igreja do Senhor Jesus precisa, no poder do Espírito Santo, reagir contra o uso inadequado e pecaminoso desses meios de comunicação em massa. Se não reagirmos, a família cristã sofrerá pesadas conseqüências.

2. É necessário tomar posição. Josué afirmou: “... porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). A maior parte dos ataques contra a família tem sucesso, porque os responsáveis pelos lares cristãos não tomam diante de Deus, uma posição firme e corajosa contra essa perversa inversão de valores (Ef 6.4b; Dt 22.8).

3. É necessário temer a Deus e andar nos seus caminhos. “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!” (Sl 128.1). As promessas de que trata o salmo são bênçãos extraordinárias sobre a família, incluindo o líder, a esposa, os filhos e os filhos destes conforme promete Deus. Mas há um preço a pagar: Deus exige santidade no lar de quem lhe professa o nome (Hb 12.14; I Pe 1.15).

4. É necessário edificar a casa sobre a Rocha (Mt 7.24; Sl 127.1). Edificar a casa “sobre a rocha” é edificar o casamento, o lar e a família, sobre Cristo Jesus, que é a “a pedra”, ou a rocha dos séculos (Mt 21.42; Lc 20.17; I Pe 2.7). Muitos crentes edificam sua casa sobre a areia (Mt 7.27), e amargam as conseqüências. Como está você construindo o seu lar?

CONCLUSÃO

A Bíblia é clara quando afirma que sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.15). Isto também é verdade no relacionamento familiar. O Senhor, sendo o centro do lar em tudo, concederá a sua bênção no sentido de que cada membro da família dê sua contribuição para que o relacionamento cristão ideal seja uma realidade no lar, a fim de honrar o nome do Senhor. A Palavra de Deus é um guia para tudo na nossa vida. É dela que vamos extrair o padrão de comportamento que cada membro da família deve ter, a partir da mais tenra infância. Procedendo assim, a vida de cada um de nós se aproximará bastante do ideal estabelecido por Deus.

A família é o principio norteador da sociedade a igreja opera pelo equilíbrio espiritual sendo fonte para a família e referencial para a sociedade. Entendemos que a comunidade cristã tem tarefas que ultrapassam as fronteiras das famílias que a compõem. Por isso estas famílias são chamadas a vivenciar sua vocação cristã e influenciar a sociedade. A família está sendo desafiada nos dias atuais para ser igreja e viver as funções básicas da vida comunitária entre si, crescer espiritualmente, ou ouvir a palavra bíblica orar e cantar, bem como apoiar-se, ajudar-se, aconselhar-se e com isso alcançar o crescimento que é proposto pelo exercício da fé em amor no meio a uma geração corrompida.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1993
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 2004
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 2007
LIÇÕERS BIBLICAS BETEL 2010
(BENTHO, E. C. A família no Antigo Testamento: história e sociologia. RJ: CPAD, 2006, p.24-5.)


A PRIMEIRA FAMILIA DA TERRA

TEXTO ÁUREO = “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28).

VERDADE PRATICA = A família foi constituída por Deus como elo de ligação entre a criatura e o Criador.

TEXTO BIBLICO = Gn 2.18-25; 1.27,28

INTRODUÇÃO

A primeira família da terra, logo no início da vida, sofreu as primei.. ras investidas de Satanás. Pela bondade de Deus experimentou também a paz e a alegria.

Sendo tentados, desobedeceram a Deus, pecaram e ficaram sujeitos a tristezas, sofrimentos e morte.

A despeito da desobediência de Adão e Eva, Deus não mudou o seu plano quanto à instituição da família, por ser o meio lícito e puro para perpetuar a raça humana. Antes, portanto, de expulsar o primeiro casal do Eden, Deus deu-lhe o sinal de sua graça e a promessa de redenção (Gn 3.21).

1. ADÃO E EVA, CRIADOS POR DEUS

A primeira família da terra foi constituída de um homem e uma mulher, criados diretamente por Deus. Lucas, ao encerrar a genealogia de Jesus, contida no Evangelho que tem o seu nome, identifica o Senhor Jesus com toda a raça humana, dizendo: “Cainã filho de Enos, Enos filho de Sete, e este filho de Adão, filho de Deus” (Lc 3.38, ARA).

1. O primeiro homem criado por Deus. A criação do homem é ato imediato da sabedoria e do poder de Deus, e também a obra mais sublime de todos os seres criados.

Deus disse: “Haja luz”, “haja uma expansão no meio das águas”, “Produza a terra erva verde que dê semente”, e assim por diante. Mas, na criação do homem, aconteceu diferente; como convocando a trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26).

2. Eva, a primeira mulher, foi tirada de Adão. Deus, na sua sabedoria, não fez a mulher do pó da terra, mas tirou-a de Adão. Na Bíblia lemos: “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu: e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.

E disse Adão: Esta é agora ossos dos meus ossos, e carne da minha carne (Gn 2.21-23). Era assim, cio mesmo sangue e da mesma carne de Adão. Podiam, portanto, se amar profundamente e viver na mais perfeita intimidade, em condições de servirem de modelo para todos os casais, em todas as épocas.

3. A mulher dada como auxiliadora. Disse mais o Senhor Deus: “Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18).

Nota-se que Adão tinha a companhia dos animais, e até lhes deu nomes. Mesmo assim ele se sentia solitário porque nessa associação não havia igualdade e entendimento, pois nenhum dos animais criados podia nivelar-se ao homem. Adão precisava de alguém de sua própria espécie para servir-lhe de companhia e propiciar-lhe condições para o estabelecimento de diálogo, troca de idéias, permanente comunicação e perfeita comunhão, tanto no amor como nas realizações.

Para tanto, era necessário que essa companheira fosse também possuída de grandes virtudes. Foi o que Deus fez, deu a Adão..uma valorosa mulher — Eva.

a. Em relação à casa. A mulher cristã, que tem sua vida moldada na Palavra de Deus, não é, na realidade, uma mulher qualquer, mas alguém que possui as melhores qualificações e virtudes. Ela prima pelo rigoroso asseio de sua casa e procura mantê-la em boa ordem. Trata a todos, de modo atencioso e cordial, deixando aos visitantes as belas impressões de seu zelo e cuidado.
A esposa crente faz do seu lar um lugar agradável e feliz.

b. Em relação aos filhos. A mulher virtuosa não deixa de ser, concomitantemente, uma boa ma., Não só cuida da educação dos filhos infundindo neles boas maneiras, auxiliando, com isto, ao marido, como também dá-lhes assistência, seja zelando pelo seu vestuário, seja cuidando de sua higiene corporal ou orientando-os moral, social à espiritualmente.

II. ADÃO E EVA, O PRIMEIRO CASAL

1. O primeiro casamento foi feito por Deus (Gn 2.21-23). Deus fez Eva para ser companheira de Adão, antes da entrada do pecado no mundo. Assim, podemos crer que foi Deus mesmo quem deu ao homem e à mulher o relacionamento e a liberdade conjugais necessários, com base em princípios santos e puros, como parte do Seu propósito para com eles. Ao trazer a mulher a Adão, Deus estabeleceu as normas para o casamento. O Senhor Jesus ratificou este conceito quando, falando do casamento, disse: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem” (Mt 19.6).

2. Deus fez uma mulher para um homem. Adão ficou preso a uma pessoa. Se ele a deixasse, não teria outra com quem casar-se, o que revela o seguinte:

a) o casamento não é para ser desfeito;
b) a bigamia e a poligamia não têm base nos princípios divinos.

O fato de haver Deus trazido a Adão uma só mulher ensina-nos uma lição de amor, respeito, união e companheirismo. E neste sentido que Paulo se refere ao casamento, dizendo: “Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne” (Ef 5.31).

3. Deus proveu alimento para a primeira família (Gn 1.29). Na segunda parte do sexto dia, Deus criou o homem e logo proveu-lhe do necessário para a sua alimentação. Em Gênesis 1.29, lemos: “E disse Deus: eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra, e toda a árvore em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento”. A provisão de Deus, para com a primeira família, revela o seu cuidado para com as demais famílias, em todos os tempos, como está escrito: “porque ele disse: não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13.5). Leia mais Mt 6.25-34.

4. Deus determinou o trabalho para o homem (Gn 2.8,15). Com base em Gênesis 3.17, alguns julgam que só depois de pecar, o homem ficou obrigado a trabalhar. Ao contrário, Deus determinou o trabalho para o homem antes da queda. E o que aprendemos de Gênesis 2.8,15. O trabalho tanto é indispensável para a manutenção da família como também contribui para o viver condigno e, conseqüentemente, para a paz, a harmonia e conforto da mesma.
Toda a Bíblia faz referência ao trabalho considerando-o uma das maiores virtudes da vida. ,Jesus fez uma significativa menção ao trabalho, ao dizer: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). 

III. A PROSPERIDADE DA PRIMEIRA FAMILIA

1. O significado do nome Eva. “E chamou Adão o nome de sua mulher, Eva; porquanto ela era a mãe de todos os viventes” (Gn 3.20).

No texto de nossa lição, lemos que Deus abençoou o homem e sua mulher, e disse: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Isto concorda com a palavra de Paulo, no areópago de Atenas. “De um só fez (Deus) toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra” (At 17.26).

Nestes trechos bíblicos, temos base para crer que toda a raça humana procede de Adão e Eva, constituídos por Deus como a primeira família da terra. E mais seguro e mais fácil crer na infalível Palavra de Deus, em suas afirmações expressas e prováveis, do que crer na teoria da evolução que tem muito mais de ilógico que de biológico.

2. Adão teve filhos e filhas (Gn 5.4). Admitindo-se que Adão e Eva foram criados adultos, Caim deveria ter 129 anos quando matou Abel, porque Sete nasceu logo depois, quando Adão tinha 130 anos (Gn 5.3),

Provavelmente Adão teve outros filhos, cujos nomes não são mencionados. Diz uma tradição que ele teve 23 filhos e 27 filhas. Em Gênesis 4.14, Caim expressa forte receio de ser morto, dizendo: E será que todo aquele que me achar me matará. A quem Caim poderia temer se ele e Abel fossem os únicos filhos de Adão?

3. A numerosa família de Adão. Adão viveu 930 anos (Gn 5.5). Ao morrer, entre filhos, netos, bisnetos e outros descendentes, já possuía família numerosíssima, em cumprimento à ordem divina  multiplicai-vos, e enchei a terra.

IV. EXPERIÊNCIAS DA PRIMEIRA FAMÍLIA

Desde que o pecado entrou no mundo através de Adão e Eva, a vida tornou-se tal como a conhecemos hoje — começa com choro e termina com gemidos. Só a graça de Deus pode amenizar os sofrimentos causados pelo pecado e reconduzir o homem à felicidade perdida (Rm 6.20-23).

1. A alegria do primeiro casal (Gn 4.1,2). Os filhos são motivo de alegria e esperança. É plano de Deus que o casal tenha filhos. Adão e Eva estavam em um mundo desabitado. Tiveram grande alegria com o nascimento de Caim e Abel. Certamente nasceram também outros filhos e filhas e estava começando o povoamento do planeta terra. Mesmo fora do paraíso, obtendo seu pão com o suor do seu rosto (Gn 3.17- 19), o primeiro casal deleitava-se com a presença dos preciosos filhos.

Apesar de, numa família, cada cônjuge fazer companhia ao outro, é fato notório que a falta de filhos a um casal pode gerar solidão e, conforme o caso, dificuldades e apreensões.

2. O combate de Satanás à família. Por ser a família instituída por Deus com o propósito de encher a terra de seres inteligentes e ordeiros, capazes de exercer domínio sobre toda a criação e de ter comunhão com Deus, e por ser o elemento básico da fraternidade e da moral, logo cedo tornou-se alvo do combate de Satanás. Caim e sua linhagem foram os elementos que Satanás usou para, de modo estratégico, contrariar o plano de Deus.

3. A amargura do primeiro casal. Foi mui amarga a experiência de Adão e Eva, ao contemplarem o que nunca tinha sido visto na terra: uma pessoa morta. Era tão difícil entender, como tão difícil era suportar um filho assassino e um filho assassinado!

4. A primeira família e o culto a Deus (Gn 4.25,26). A aproximação de Deus é o meio mais seguro para afastar a ação destruidora de Satanás. Por outro lado, à medida que permanecemos distanciados de Deus, aumentam os insucessos e as aflições. As maiores tragédias podem vir à família por causa do descuido em buscar a Deus e adorá-lo.
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1987


O PLANO DIVINO PARA A FAMÍLIA

TEXTO ÁUREO = Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (da 24.15).

VERDADE PRÁTICA = A família que adora a Deus é base segura para a vida moral e espiritual do mundo.

TEXTO BIBLICO = 1 Sm 1.19-28

INTRODUÇÃO

Cerca de 474 vezes, na Bíblia, é mencionada a família, quase sempre relacionada como chefe da mesma, por exemplo: a família de Rúben, a família de Elimeleque, etc. Além destes destaques, em muitas outras ocasiões ocorrem referências à família designada por casa ou geração — a casa de José (Gn 50.8), a geração de Terá (Gn 11.27).

I. A IMPORTÂNCIA DA FAMILIA NO PLANO DE DEUS

1. Definição de família. O que é a família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses umas das outras. Em termo de unidade, é o conjunto de todas as pessoas presentes, que vivem sob o mesmo teto, sob a proteção ou dependência do dono e casa ou chefe da família, que vivem na intimidade do lar, que se comunicam, que se amam e se ajudam reciprocamente.

2. A fecundidade é bênção de Deus (Sl 105.24). Na prática, em nossos dias, a maioria das criaturas humanas discorda desta afirmativa e de tantos outros preceitos expressos por Deus.
A luz da Bíblia, os filhos são considerados bênçãos de Deus à família. Leia Gênesis 1.28; 9.1; 17.6; 22.17. Por outro lado, a esterilidade, nos tempos bíblicos, era motivo de tristeza. Ana se sentia infeliz por ser estéril e buscava em Deus a solução do problema (1 Sm 1.10). Raquel era estéril e, em desespero, clamou a Jacó, seu marido: “Dá-me filhos, senão morrerei” (Gn 29.31). A mais disto, a bênção de Deus “faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos” (Si 113.9). Os conceitos humanos sobre a procriação têm mudado, mas nós nos firmamos no que diz a Palavra de Deus, que permanece para sempre (Mt 24.35).

3. Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3a). Os filhos são dados por Deus. Os pais devem esperá-los na expectativa de conforto, e não de cruzes; de bênçãos, e não de peso. Satanás tem ganho terreno na guerra contra a família. A ingratidão e rebelião dos filhos têm resultado na desafeição dos pais, a ponto de tentarem evitar filhos por meios à saúde, ou mesmo criminosos, o aborto e outros. Os crentes em Cristo, ao contrário, devem ter consciência de que os filhos não só lhes pertencem, mas são também filhos de Deus.

II. CONSTITUIÇÃO DA FAMILIA COM A BÊNÇÃO DE DEUS

A constituição da família não deve ocorrer por mera volúpia e, sim, por sincero respeito ao que Deus instituiu, valendo como fruto da oração, da fé e de um sagrado propósito para com Deus.

1. A importância da adoração a Deus (1 Sm 1.19). Merece atenção este detalhe: “Levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor”. Feliz a família que tem hora apropriada para adorar a Deus. A adoração a Deus é importante:

a. Como fator de progresso e vitória. Elcana e Ana tinham pela frente uma longa jornada, mas antes de iniciá-la foram à presença de Deus. Nenhuma ocupação deve ser considerada tão importante, a ponto de privar-nos da oportunidade para o culto a Deus.

b. Como base da vida moral. Se não houvesse famílias tementes a Deus, a humanidade já não existiria. Já teria sido varrida da face da terra pelas desastrosas conseqüências da imoralidade. A prova disto são as terríveis moléstias que são contraídas como decorrência dos desregramentos e atos imorais praticados pelos homens.

2. A oração da família altera’‘as circunstâncias (v. 20). Render-se diante dos problemas é tão mal quanto murmurar ou praguejar. A aproximação decidida de Deus é o caminho certo para a solução dos problemas familiares, e até mesmo dos mais cruciantes.

3. Toda a família na casa de Deus. O v. 21 registra: “Subiu aquele homem, Elcana, com toda a sua casa, a sacrificar ao Senhor o sacrifício anual e a cumprir o seu voto”. Compare Ec 5.4. Deus tem planejado a salvação para toda a família. A promessa de Deus é: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).

III. A FAMILIA E A CONTINUAÇÃO DA OBRA DE DEUS

O plano de Deus para a família, como coisa divina, tem relação com grandes benefícios dirigidos a uma nação ou ao mundo inteiro, durante as gerações e a eternidade.

1. O nascimento do filho desejado (1 Sm 1.19,20). O nome Samuel significa “Ouvir de Deus, ou Nome de Deus”. Para Ana, o nome do seu primogênito recordava a gratidão que se tornara uma dívida sua para com Deus, por toda a sua vida. Disto aprendemos que as misericórdias com que Deus responde as nossas orações são para recordarmos com peculiar agradecimento. Nada há mais importante do que a vida. Cada filho que Deus nos dá é uma vida pela qual devemos agradecer ao Criador, na esperança de que viva eternamente.

2. O cumprimento de um voto (vv. 27,28). Samuel foi entregue ao Senhor por sua própria mãe que tanto o desejara. Ana disse a Eli: “por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição, que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver”. Esta concepção corresponde corretamente ao propósito de Deus quanto aos filhos. Eles vêm de Deus e para Deus devem ser criados, tendo uma vida dedicada ao Seu trabalho até que sejam a Ele devolvidos, para servir-lhe no gozo da vida eterna!

3. A entrada solene de Samuel no serviço do santuário (vv. 24,28). Provavelmente, Samuel tinha três anos de idade quando foi trazido à casa de Deus. Observemos como foi a criança apresentada no templo: 

a) com sacrifício, indicando que a genuína devoção a Deus exige sacrifício (Lc 9.23,24);
b) com profundo agradecimento, pela bondade de Deus em responder a sua oração. Isto Ana demonstrou a Eli, que a encorajara a esperar a resposta de paz, (1 Sm 1.17);
c) com total renúncia a todos os seus interesses na criança perante Deus. Leia Salmo 103.1,2.

4. Aspectos do plano divino para a família. Deus honra a nossa fé e o nosso ardente desejo de ver nossos filhos dedicados à Sua obra. Consideremos o seguinte: 

a) deve ser do nosso reconhecimento que os filhos são rebentos dedicados a Deus, porque dele os recebemos. Também recordemo-nos de que estes pertencem ao Senhor por direito soberano, embora permaneçam co- fosco, para nossa alegria;

b) os filhos que entregamos a Deus podem ser considerados como a Ele emprestados. A isto Deus retribuirá com abundantes bênçãos. A mais disto, o êxito dos nossos filhos ao permanecerem firmes na fé e trilharem junto conosco os retos caminhos do Senhor, é sobremodo gratificante;

c) os filhos educados nos caminhos do Senhor podem aprender a adorar a Deus desde a infância, pois lemos: “Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda mancebo” (1 Sm 2.18). Veja Pv 22.6;

d) o ambiente da família é o mais apropriado para a adoração a Deus.

LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1987