4 de novembro de 2008

Céu ou Inferno qual é sua Escolha?

(Mateus 7: 13) - Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos (Mateus 7: 14) - E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

• Deus quer que todos os homens se salve; mas ele deve fazer sua parte para com Deus:

(I João 4:8) - Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.

(I Timóteo 2:4) - Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

(Romanos 14: 12) - De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

• Os que iram para o inferno: (Salmos 9:17) - Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.

(Hebreus 3:12) - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

(Hebreus 3:13) - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;

(Hebreus 3:14) - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.

(II Pedro 2: 20) - Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.

(II Timóteo 4:10) - Porque Demas me desamparou (abandonou) - (Abandonar a Deus)

(Apocalipse 21:8) - Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.

• Deus se revela a nós: (Romanos 1: 19) - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

• Os idolos são inanimado: (Jeremias 10:5) - São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; certamente são levados, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, nem tampouco têm poder de fazer bem.

(I Coríntios 8:3) - Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.

(I Coríntios 8:4) - Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só.

(I Coríntios 8:5) - Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),

(I Coríntios 8:6) - Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.

(João 8: 44) - Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.

• O inferno não se apaga é sofrimento, não temais que possa matar sua alma.

(Marcos 9: 48) - Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
(Mateus 10: 28) - E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.

• O homem só morre um vez: (Hebreus 9: 27) - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

• Para que haja salvação temos que fazer: (João 3: 16) - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

(João 14:6)
- Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

• Não há salvação sem ser por Jesus Cristo: (I Timóteo 2:5) - Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.

(Atos 4: 12) - E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
• Purificação do pecado é só pelo Sangue de Jesus e também a Salvação:

(I João 1:7) - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

(I João 1:8) - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

(I João 1:9) - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

(Hebreus 5:9) - E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;

• Somos abençoados com todas as bênçãos celestiais em Cristo, por isso, a cura e o perdão dos pecados estão garantido pelo sacrifício de Jesus na Cruz.

(Efésios 1:3) - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;

(Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

(I Coríntios 2:9) - Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.

(Romanos 8:18) - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

(I Coríntios 15: 19) - Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

(I João 3:2) - Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.

Presbítero Odilon

21 de setembro de 2008

JESUS, ÚNICA ESPERANÇA DESTA GERAÇÃO, JESUS, O SALVADOR DO MUNDO (DAS NAÇÕES)

INTRODUÇÃO

Estudaremos nesta lição, sobre o maior personagem da História da Igreja e de toda Humanidade - JESUS, O SALVADOR DO MUNDO ( DAS NAÇÕES ). Sem Jesus, a história seria incompleta. Sem Jesus, a Bíblia não teria sentido e nem objetivo.
Em todos os 66 livros que compõem a Bíblia, Jesus aparece. Por isso Ele é o centro das Escrituras, o tema central da Bíblia = (Gn 3.15; = 49.10; = Nm 24.17).
A História registra grandes personagem que abalaram e conquistaram reinos e nações. Uns, pela força, outros, pela guerra, etc. Entretanto, o Senhor Jesus Cristo, o nosso Salvador, conquistou o mundo através do amor. Jesus é um assunto que não envelhece. Falar de Jesus, é falar de paz, de amor, de perdão e salvação.

I - SEU NASCIMENTO PREDITO

Foi no Éden que Deus Prometeu à raça humana, que se achava caída e sem esperança, um libertador (Gn 3.15). Muitas outras promessas foram feitas por Deus a respeito da vinda de um libertador, um Messias. Vejamos isto através da sua identidade:
Seria da raça humana, da “semente da mulher” (Gn 3.15). Dentre essa raça, uma seria escolhida para dela sair o libertador, que seria a raça de Sem (Gn 9.26). E, dessa raça, (descendência abraâmica, Gn 12.3); seria escolhida unia tribo (Gn 49.10), e da descendência dessa tribo, uma família, a de Devi ( 2 Sm 7.16), e da descendência dessa família, uma virgem (Is 7.14). Para que isso acontecesse, Deus movimentou todos os povos, raças, governos, e na plenitude dos tempos, se cumpriu ( Gl 4.4).

I.I - JESUS, O SALVADOR ANUNCIADO = (Lc 1.26-28).

Isaías, o profeta evangelista, profetizou, não somente o seu nascimento, mas sua vida, seu sofrimento, morte e ressurreição (Is 53). O profeta falava como se Jesus houvesse nascido e vivido naqueles dias = (Is 9.6,7).

I.2 - Seu nascimento anunciado. A mensagem do nascimento do Salvador do mundo começou há centenas de anos, através dos profetas (Is 6.6,9; = Mq 5.2), e depois, pelo anjo Gabriel (Lc 1. 26- 28), se dirigindo a Maria com esta saudação: “Salve agraciada, o Senhor é contigo” (v.28), confirmando-a como serva de Deus.
O anjo não a adorou usando a expressão “Ave Maria”. A igreja romana, para incrementar a mariolatria, fez desta expressão uma oração. O anjo nunca falou isso e nem está escrito assim. E a tradução: Deus te salve cheia de graça”, não é fiel ao sentido original. Maria não estava “cheia de graça”, que as pudesse conceder, como querem os romanistas que a idolatram. Maria recebeu graça nessa ocasião: “Achaste graça” (v.30). Não estava recebendo honra porque merecia, mas pela graça de divina.

I.3 - JESUS O SALVADOR NASCIDO = (Lc 2.1-3).

O imperador romano Cesar Augusto, baixa um decreto, ordenando todo o mundo ir alistar-se em sua cidade de origem = (Lc 2.1-3).
Em obediência a esse decreto de Cesar, subiu José e Maria, de Nazaré para Belém, distância de 160 Km.
Não era fácil enfrentar uma viagem naqueles dias. Além de cansativa, Maria estava grávida, nos dias de dar à luz. Que belo exemplo para muitos crentes nos dias de hoje, que acham difícil ir à igreja, justificando ser longe. Você faz parte daquele grupo que só vai a igreja, se o templo, a congregação for perto de sua casa?

II - JESUS, O SALVADOR PROCLAMADO

2.1 - O nascimento de Jesus (Lc 2.8- 11). Foi anunciado e proclamado por anjos e com louvores de exércitos celestiais (vv. 13,14) durante uma noite que se tornou dia perfeito. Primeiro, ouvido pelos pastores (v. 8,9), que guardava seus rebanhos. Que bela equipe de pregadores, Deus preparou para anunciar o nascimento de seu Filho. Anjos e pastores (2.15). Você não quer fazer parte dessa equipe que anuncia o salvador do mundo? O maior acontecimento de todos os tempos, de o Universo, o nascimento de Jesus.

Foi nessa mesma região, que mil anos antes, Davi pastoreava o rebanho de seu pai, quando foi chamado para ser ungido rei (1 Sm 16.11) Foi nesta mesma região que Rute ceifou no campo de Boaz e se tornou a noiva do bisavô de Davi (Rt 1.22). Estes pastores foram os primeiros a receber as boas novas. “O anjo do Senhor veio sobre eles e a glória do Senhor os cercou de resplendor”. Temos aí duas manifestações:
• O anjo
• A glória do Senhor
Os anjos estão a serviço de Deus e dos homens.
Um anjo anunciou a concepção de Cristo (Lc 1.26-31). Uma hoste de anjos publicou o seu nascimento (Lc 2.9-14). Um anjo foi enviado para fortalecer o Senhor Jesus na hora da tentação ( Mt 4.11). No Getsêmani, quando Jesus agonizava, um anjo o confortou (Lc 22.43). Na ressurreição, um anjo removeu a pedra (Mt 28.2). Em sua ascensão dois anjos o acompanharam (At 1.10,11), e quando Ele voltar, para buscar a sua Igreja, virá cercado de anjos (1 Ts 4.16).

2.2 - Jesus, o salvador desejado. O seu nascimento foi anunciado e consumado. Agora ele é a nossa esperança, porque havendo consumado a nossa eterna salvação, através da sua morte, subiu ao céu e voltará em breve para levar a sua Igreja (1 Co 15.52). Depois, voltará em glória para estabelecer o seu reino milenial (Ap 20.6). Não o veremos em berço de palhas e nem em manjedouras, mas revestido de poder e glória (Mt 24.30). Hoje, os prepotentes e mandões, chefes, estadistas, imperadores e déspotas, não o reconhecem, mas nesse dia, todos se dobrarão diante dele e confessarão que Ele é o Senhor (Fp 2.10,11). Que o Senhor nos dê da Sua graça.

III - AS PRETENSAS ESPERANÇAS DESTA GERAÇÃO - Lucas 18: 24,25

RIQUEZA. (1) Predominava entre os judeus daqueles tempos a idéia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus.
Os fariseus, por exemplo, adotavam essa crença e escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (16.14). Essa idéia falsa é firmemente repelida por Cristo (ver 6.20; 16.13; 18.24,25).

(2) A BIBLIA identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, a qual é
demoníaca = (cf. 1 Co 10.19,20; = Cl 3.5).
Por causa da influência demoníaca associada à riqueza, a ambição por ela e a sua busca freqüentemente escravizam as pessoas = (cf. Mt 6.24).

(3) As riquezas são, na perspectiva de Jesus, um obstáculo, tanto à salvação como ao
discipulado (Mt 19.24; 13.22).
Transmitem um falso senso de segurança (12.l5ss.), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração (Mt 6.21). Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de Deus.

Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (8.14), caem em tentação e sucumbem aos desejos nocivos (1 Tm 6.9), e daí abandonam a fé (1 Tm 6.10). Geralmente os ricos exploram os pobres (Tg 2.5,6). O cristão não deve, pois, ter a ambição de ficar rico = (1 Tm 6,9-11).
(4)
O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade = (Cl 3.1).
O egoísta e cobiçoso já não centraliza em Deus o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, resultou na sua tragédia = (Gn 19.16,26; = Lc 17.28-33; = Hb 11.8-10).

(5) Para o cristão, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na
abnegação e em seguir fielmente a Jesus = (1 Co 13.4-7; = Fp 2.3-5).

(6) Quanto à atitude correta em relação a bens e o seu usufruto, o crente tem a obrigação de
ser fiel (16.11). O cristão não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras = (Ef 4.28; = 1 Tm 6.17 - 19).

(7) Cada cristão deve examinar seu próprio coração e desejos: sou uma pessoa cobiçosa? Sou
egoísta? Aflijo-me para ser rico? Tenho forte desejo de honrarias, prestígio, poder e posição,
o que muitas vezes depende da posse de muita riqueza?

POBREZA. Uma das atividades que Jesus avocou na sua missão dirigida pelo Espírito Santo foi “evangelizar os pobres” (4.18; cf. Is 61.1). Noutras palavras, o evangelho de Cristo pode ser definido como um evangelho dos pobres = (Mt 5.3; 11.5; Lc 7.22; Tg 2.5).

(1) Os “pobres” (gr. ptochos) são os humildes e aflitos deste mundo, os quais clamam a Deus em grande necessidade, buscando socorro. Ao mesmo tempo, são fiéis a Deus e aguardam a plena redenção do povo de Deus, do pecado, sofrimento, fome e ódio, que prevalecem aqui no mundo. Sua riqueza e sua vida não consistem em coisas deste mundo = (ver Sl 22.26; 72.2,12,13; = 147.6; = Is 11.4; = 29.19; = Lc 6.20; = J0 14.3).

IV - CRISTO, ESPERANÇA DESTA GERAÇÃO - 2 Cor. 6:17;18

O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre Deus e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva: (a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a Jesus Cristo, à justiça e à Palavra de Deus; (b), acercar-se de Deus em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.

(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de Deus para o seu povo = (Lv 11.44 - Dt 7.3; Ed 9: 2 ; O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. Uma principal razão por que Deus castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos = (ver 2 Rs 17.7,8; = 24.3; = 2 Cr 36.14; = Jr 2.5,13; = Ez 23.2; = Os 7.8 ).

(2) No NT, Deus ordenou a separação entre o crente e

(a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia = (Jo 17.15,16; = 2 Tm 3.1-5; = Tg 1.27; = 4.4;);

(b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados = (Mt 18.15-17; = 1 Co 5.9-11; = 2 Ts 3.6-15); e

(c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas = (ver Mt 7.15; = Rm 16.17; = Gl 1.9; = Tt 3.9—l1; = 2 Pe 2.17-22; = 1 Jo 4.1;
2 Jo 10,11; = Jd vv.12,13).

(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de

(a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta devida corrupta do mundo = (Rm 12.9; = Hb 1.9; 1 Jo 2.15),
(b) oposição à falsa doutrina = (Gl 1.9),
(c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar = (Jo 3.16; = 1 Co 5.5; = Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; = 2 Co 2.1-8; = 11.28,29; = Jd v. 22) e
(d) temor de Deus ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).

(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de Deus,

(a) perseveremos na salvação (1 Tm 4.16; = Ap 2.14-17), na fé (1 Tm 1.19; = 6.10,20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2 Co 7.1);
(b) vivamos inteiramente para Deus como nosso Senhor e Pai = (Mt 22.37; = 2 Co 6.16-18) e
(c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho =
(Jo 17.21; = Fp 2.15).

(5) Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio Deus nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).

(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com Deus (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho = (6.18; cf. = Rm 8.15,16).

V - ESPERANÇA = Hb 6.18

Os cristãos aguardam com esperança a alegria de estar com Cristo, na glória, para sempre. A fé é definida como “a certeza das coisas que se esperam” ( Hb 11.1), porque as coisas invisíveis que se esperam, no futuro, são alcançadas pela fé. A esperança é certa; é uma “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.18-19). De acordo com a Bíblia, Cristo é “a nossa esperança” (l Tm 1.1), e o nosso Deus é chamado de “o Deus da esperan9a” (Rm 15.13).

Uma ética de esperança permeia todo o Novo Testamento. E urna ética de peregrinação para estrangeiros que estão a caminho do lar (Hb 11.13; = 1 Pe 2.11). E uma ética de pureza, já que quem espera ser como Jesus, quando ele aparecer, “a si mesmo se purifica.., como ele é puro”
(1 Jo 3.3). E uma ética de preparação, uma vez que devemos estar prontos para deixar este mundo a qualquer tempo = (2 Co 5.6-8; = Fp 1.21-24; cf. Lc 12.15-21).

A esperança produz paciência (Rm 8.25; cl. 5.1-5). A esperança dá força e confiança para completar a carreira, para combater o bom combate e suportaras tribulações que continuam nesta vida = (Jo 16.33; = At 14.22; = Rm 8.18; = 2 Tm 4.7-8). Embora a vida cristã seja marcada mais por sofrimento do que por triunfo = (At 14.22; = 1 Co 4.8-13; = 2 Co 4.7-1 8), nossa esperança é segura, e nosso ânimo deve ser livre de desespero (l Jo 4.18).

VI - DEUS É AMOR: BONDADE E FIDELIDADE DIVINAS = SL 136: 1

A afirmação de que “Deus é amor” é freqüentemente explicada em termos da revelação, dada através da vida e ensino de Jesus Cristo, da vida infinita do Deus trino como uma vida de mútua afeição e honra = (Mt 3.17; = 17.5; = Jo 3.35; = 14.31: = 16.13-14; = 17: 1-5,22-26),
Com essa idéia está relacionado o reconhecimento de que Deus criou os anjos e os homens para glorificá-lo pela participação no alegre dar e receber dessa vida divina segundo sua própria condição de criaturas. Porém, quando João diz “Deus é amor” (1 Jo 4,8), ele quer dizer, como explica adiante, que Deus, através de Cristo, salvou pecadores: “Nisto e manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele,
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho c,z: propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.9-1O).

Como sempre, no Novo Testamento, o “nós” como objetos e sujeitos beneficiários do amor redentor significa “cremos”. Esse “nós” não se refere a cada indivíduo que pertence à raça humana. Quando se diz que o “mundo” foi amado redimido (Jo 3.16-17; 2Co 5.19; 1 J0 2.2), a palavra “mundo” significa o grande número dos eleitos de Deus espalhados por t. o mundo, de todas as nações (cf. Jo 10.16; 11.52). O “mundo” redimido não é cada pessoa que já existiu ou ainda existirá.

O soberano amor redentor é uma faceta da qualidade que as Escrituras chamam de bondade de Deus (SI 100.5; Mc 10. isto é, a gloriosa benevolência e generosidade que alcança todas as suas criaturas (SI 145.9,15-16), e que deve levar todos os pecadores ao arrependimento Rm 2.4).
Outros aspectos dessa bondade são a piedade que mostra benevolência às pessoa em angústia e as livra de sua dificuldade (SI 107; 136) e a paciência que não suspende a benevolência em favor daqueles continuam em pecado = (Ex 34. 6 = SI 78.38; = Jo 3.10 = 4.11; Rm 9.22; = 2 Pe 3.9).
A suprema expressão da bondade de Deus é amor que salva os pecadores que só merecem a condenação; salva-os, além disso, à custa da morte de Cristo no Calvário = (Rm 3.22-24; = 5.5-8; = 8.32-39; = Ef 2: 1- 10: = 3.14-18; = 5,25-27).

A fidelidade de Deus é outro aspecto de sua bondade. As pessoas mentem e faltam com sua palavra; Deus, porém, não f nem uma coisa nem outra. Nas piores situações, pode-se afirmar: “as suas misericórdias não têm fim... Grande é a fidelidade” (Lm 3.22-23; SI 36.5; cf. SI 89, especialmente os vs. 1-2,14,24,33,37,49). “(Mesmo quando as circunstâncias inesperadas e desnorteadoras e ameaçam esconder a sua fidelidade, ainda assim, sabemos que Deus cumpre suas promessas a nós, que cremos: “todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou” Js 23.14).

VII – ESPERANÇA UMA PALAVRA QUE TEMOS QUE TER EM NOSSO CORAÇÃO

Se há uma palavra que só tem significado positivo, esta palavra é esperança. Em momento algum ela é usada com um propósito negativo. A esperança brilha como luz na escuridão, fortalecendo, direcionando e animando pessoas ruma a seus alvos. Algumas pessoas são movidas por uma falsa esperança, fundamentada em algo sem consistência. Outras, de maneira ainda mais dramática, já perderam por completo a esperança, mas a vida do cristão é pautada por uma esperança real e viva, alicerçada no Deus Criador e Redentor.

A Bíblia é um livro de esperança. Ela foi escrita, dentre outros motivos, para manter acesa a esperança daqueles que aguardam a redenção vinda do Criador. 1 Coríntios 13:13 coloca a esperança, junto com a fé e o amor, entre as 3 qualidades mais sublimes do crente. A esperança é um dom, uma graça de Deus (2 Tessalonicenses 2:16), mas apesar de ser um dom, um presente, a esperança pode ser adquirida pelo cristão através das Escrituras (Romanos 15:4). Elas são ricas em criar, alimentar e conservar nossa esperança, com textos como Salmo 43:5, = 1 Pedro 1:3, = Romanos 15:13, = Tito 2:13, Salmo 71:14 e 146:5. Medite um pouco sobre cada um.
A partir do texto de 1 João 2:27 a 3:3, um dos grandes textos sobre a esperança, descobrimos
Cinco características da esperança do crente:

1) A Esperança na Salvação

Ao falar sobre permanecer em Cristo (2:27-28), João está se referindo à salvação. É o
Espírito Santo quem nos garante que permaneceremos em Cristo, pois, ao residir em nós, Ele nos conduz à verdade. Esta condução não é forçada, pois o v. 28 mostra que nós também temos a obrigação de cooperar para que esta permanência aconteça. Temos privilégios, mas também responsabilidades.
O termo confiança significa ousadia, liberdade para falar, usada em Hebreus 10:19 para mostrar como entramos na presença de Deus.
Isto quer dizer que, por causa da salvação em Cristo, não precisamos ter vergonha ou culpa na presença de Deus – nem agora, nem quando Jesus voltar em glória. Pois não há condenação para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1).
A volta de Cristo gera o que em você: medo, apreensão ou alegria? Como era a sua visão da vida após a morte antes de conhecer a Cristo e como ela ficou depois que você experimentou a salvação pela cruz?

2) A Esperança na Justiça

O versículo de 1 João 2:29 mostra como sabemos, pelo testemunho da Palavra, que Deus é justo, mas também que experimentamos, pela nossa própria vida, a justiça de Deus. E como filhos deste Deus, nascidos dele, também devemos andar nesta mesma justiça. Porque cremos que a justiça de Deus será completamente estabelecida quando Cristo voltar, não esperamos que isto aconteça, mas vivemos, desde já, da maneira mais justa que pudermos. Se andamos em Cristo, temos esperança em sua justiça.
Você já se viu desanimado de praticar a justiça por ver tanta corrupção e injustiça espalhada à sua volta? Leia 1 Pedro 1:14-16. Como a esperança de Cristo pode servir como um antídoto contra tal comportamento?

3) A Esperança no Amor de Deus

1 João 3:1 mostra o impressionante amor de Deus, que culmina em nossa adoção como seus filhos. A expressão “que grande amor” que João usa, no grego original, mostra uma espécie de amor nunca experimentado antes pela raça humana. É outra dimensão de relacionamento.

A Bíblia está repleta de ilustrações deste amor, mas nada é tão forte como a maneira como ela retrata o tratamento de Deus para conosco como o de um pai para um filho. Por melhor que seja ou tenha sido nossa experiência paterna, nada se assemelha ao amor supremo que recebemos de nosso Pai dos Céus. Podemos ver isto espelhado na maneira como o Pai trata seus dois filhos na parábola do filho pródigo = (Lucas 15: 11-32).
Você tem dificuldades em se relacionar com Deus como seu Pai? Considerando que você é um filho de Deus e alvo de um amor sem medida, como este fato pode inundar o seu coração de esperança? (Pense nas maneiras como um pai amoroso age com o filho).

4) A Esperança em Nossa Semelhança a Cristo.

Quando criança, você provavelmente sonhou em ser alguém importante (ainda que este sonho pareça engraçado, hoje). Agora, você pode até sonhar em ser mais do que é, mas em nenhum de seus sonhos você deve ter chegado ao extremo de se imaginar semelhante a Cristo.
O texto de 1 João 3:2 nos enche de esperança ao afirmar que, quando Jesus voltar, todas aquelas árduas lutas contra o pecado e o inimigo de nossas almas serão vencidas de uma vez por todas, quando o plano de Deus em nos fazer semelhantes a Cristo for concretizado. Nosso corpo também será transformado, eliminando todo sinal de doença, envelhecimento e incapacitação. Receberemos um corpo glorificado, semelhante ao que Cristo assumiu na ressurreição
(veja 1 Coríntios 15).

Quais características negativas de sua mente, seu corpo ou suas emoções que mais o incomodam, hoje? De que maneira você consegue se ver livre delas na volta de Cristo? A certeza de ser transformado na semelhança de Cristo lhe traz esperança para viver esta vida? Como?

5) A Esperança na Pureza

Ter esperança em Cristo tem um efeito muito prático no cristão: gera pureza (1 João 3:3).
Se eu realmente creio na vinda de Cristo, se creio que ele galardoará sua igreja, se creio que ele me levará ao trono de julgamento, então esta crença deva causar um impacto em minha vida.
Como o empregado está atento para a chegada de seu patrão, assim deve nossa vida ser vigilante e atenta para a chegada de nosso Senhor. Ter certeza da salvação em Cristo só gera uma vida desleixada em quem não foi verdadeiramente salvo e transformado pelo Espírito Santo. O crente verdadeiro aguarda a vinda de Cristo com uma vida de busca constante de santidade e pureza.

Das seguintes áreas de sua vida, qual precisa sofrer uma mudança mais intensa para que fique alinhada com o conceito cristão de pureza: vida profissional, vida afetiva, vida devocional, relacionamentos familiares, vida sexual, vida financeira ou outra. Na caminhada cristã, sempre haverá situações que nos tentarão a desistir, diminuir o passo ou mesmo fugir da luta. Quando isto acontecer, lembre-se dos inúmeros irmãos na fé que, ou longo da história cristã, enfrentaram lutas extremas para levar até você a tocha acesa da fé.
Para estas horas, firme-se no texto de 2 Tessalonicenses 2:16,17, e continue firma na caminhada.

CONCLUSÃO

JESUS CRISTO A ÚNICA SOLUÇÃO


Todos nós enfrentamos a luta diária pela vida. Procuramos cumprir nossos deveres como bons cidadãos, providenciamos recursos para o dia seguinte, acompanhamos os acontecimentos e sonhamos dias melhores. Mas, sabemos que precisaremos conviver também com notícias desagradáveis, com perguntas sem respostas, com o medo e a solidão. Por isso, às vezes, perdemos a esperança.
Tentamos encontrar saída para esse vazio comprando, viajando, conversando com outros, lendo livros de auto-ajuda. Conseguimos até rir durante o dia.

No fundo, sentimos que a vida é mais do que isso. E é aqui que aparecem as maiores discussões. Uns acham que rituais religiosos resolvem, outros se esforçam na prática de boas ações. Una procuram respostas na filosofia, outros na psicanálise. Livros e mais livros são escritos, e alguns até enriquecem com isso.

Alguma coisa está faltando. Tentamos identificar o problema e não encontramos solução.

Essa preocupação ocorre com maior freqüência quando o assunto é a vida futura, a vida espiritual, e o que acontece após a morte.
Começamos uma procura insistente, não conseguindo preencher esse vazio com os próprios esforços e assim, caminhamos em qualquer direção e, pior: sem qualquer esperança.
Mas lembre-se, Deus nos criou, conhece todas as nossas perguntas e dá todas as resposta no seu livro, a Bíblia. Acompanhemos juntos:

Por que temos este vazio interior?


Resposta: "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça."(Isaías 59:2). "Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia."
(I João 3:4). Os nossos pecados nos separam de Deus porque não seguimos as orientações divinas e o nosso espírito começa a sentir a falta de Deus.

Isto acontece com todo o mundo?

Resposta: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus."(Romanos 3:23). Todos estão separados de Deus, mesmo aqueles que acreditam que são bons e justos.

Apesar da condenação, ainda há esperança?

Resposta: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor."(Romanos 6:23)

A recompensa para o pecado é a morte, que significa separação de Deus por toda a eternidade. A vida agora não tem paz, esperança e segurança da eternidade com Deus. Diante desta verdade, a Bíblia nos apresenta apenas uma alternativa.


Por que uma única Esperança?

Resposta: "E em nenhum outro há salvação: porque debaixo do céu nenhum outro nome (Jesus Cristo) há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos."(Atos 4:12)

A salvação só pode ser conseguida por meio de Jesus Cristo. E Deus pelo seu amor tem colocado esta esperança ao alcance de todos. A Bíblia diz: "Porque Deis amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)


Como conseguir esta Esperança?

Resposta: "Porque se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."(Romanos 10:9,10). Declarar que Jesus Cristo é o Senhor da sua vida significa que você não é mais rebelde, e que deixa de confiar em religiões, filosofias e boas ações para a sua salvação, passando a crer somente em Jesus Cristo como o único Mediador e Salvador.


Posso ter esta Esperança Agora?

Sim! A Bíblia diz: "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será alvo."
(Romanos 10:13).
"No tempo aceitável te escutei e no sai da salvação te socorri; eis aqui agora o dia da salvação." (II Coríntios 6:2)

Faça isso neste momento! Se deseja ter a salvação agora, faça a seguinte oração:

"Senhor Jesus, reconheço que sou um pecador. Perdoa os meus pecados. Creio que tu és o Filho Unigênito de Deis que veio me salvar, morreu na cruz em meu lugar e foi ressuscitado dentre os mortos Tu és o meu único e suficiente salvador. Entra em meu coração e sê o Senhor da minha vida. Amém."


Se você fez esta oração com sinceridade, neste momento você deve estar sentindo seu coração cheio de paz, alegria e esperança, pois a Bíblia confirma:
"Pelo que se alguém está Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (II Coríntios 5:17)

Você fez a oração acima de coração? Deseja mais esclarecimentos sobre como desenvolver sua fé e crescer no conhecimento da Palavra de Deus? Então, procure a igreja mais próxima de sua residência.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados - MS
Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
3° Trimestre 2008 - Tema: 13º Lição Cristo, única esperança desta geração
Bibliografia:- CPAD - Lições Bíblicas ano 1990
Site primeira Igreja Batista de Santos
Site Oitava Igreja.com.br.
Bíblia de Estudo Pentecostal Edição 1995
Bíblia de estudo Genebra 2 Edição 1993

9 de agosto de 2008

No deserto tem uma porta aberta

Jo 13: 7, Ct 2: 10, Dn 12: 13, Os 2: 14-15

I. Deserto de Deus - território de prova
1. Deus levou Moisés ao deserto para prová-lo, onde urna grande porta se abriu Ex 3:2
2. Hagar após ser despedida por Abraão, foi para o deserto, a água se acabou, mas Deus lhe abre urna porta de escape Gn 21:18-19

II. Revelação da sua palavra - e a sua promessa
1. Passa pela prova primeiro
2. No deserto as portas se abrirão
3. Ali falarei contigo, de perto - face a face

III. A esperança no Deus vivo
1. José tinha esperança porque Deus era com ele Rm 5:5

IV. O cântico da vitória
1. José recebe o convite de Faraó
2. Interpreta o sonho de Faraó, quando ele lhe faz governador
3. Levanta-te amada minha formosa minha e vem Ct 2: 10

V. Ele só faz milagre quando tudo parece perdido
1. A viúva de um único filho que agora estava morto, tudo parecia perdido, mas Jesus a encontrou e nova vida lhe deu Lc 7:12-14

VI. Ele só faz milagre em panela vazia
1. Quando Elias pede para a viúva de Serepta fazer o alimento para ele, e ela lhe diz que só tem para fazer um bolo para ela e seu filho após morreriam I Rs 17:12-14

Amém

27 de julho de 2008

Haja um preparo para receber o avivamento

SALMOS 108: 1-2

Preparado está o meu coração

Uma expressão que indica fé firme e inabalável.
Quem tiver esta estabilidade espiritual, mental e emocional.
Terá sempre motivos para cantar louvores a Deus.

Quando nos colocamos em situações de poder entender o caminho de Deus.
E sintonizar-se com Ele, firme está o meu coração, cantarei e entoarei louvores.

Está composição contém mensagem de fé, esperança e vitória para os que são escolhidos por Deus.
Está é uma mensagem de avivamento para cada um de nós.

Preparado está o meu coração

GÊNESIS 32: 22-32

Jacó luta com Deus e passa o vale de Jaboque.
Será que eu e você estamos preparados para lutar com Deus e receber o avivamento.

Jacó chamou aquele lugar de Peniel, que significa “face de Deus”.
Pelo olho da fé eu e você estamos vendo a face de Deus. Em Betel a “Casa de Deus”.

Onde Jacó tinha obtido certeza quanto a Presença Divina.
É na casa de Deus que nós vamos obter a nossa vitória e sentir a presença de Deus.

É na casa de Deus que vamos ver a Deus.

1º- “Ver a Deus”: - É experiência que transforma o caráter.


I JOÃO 3: 2

“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”

2º- “Ver a Deus”: - Traz-nos a certeza da graça e do poder para enfrentarmos o futuro sem que possíveis surpresas nos aterrorizem.

3º- “Ver a Deus”: - Significa a reiteração das bênçãos divinas acarretando-nos, entretanto, de novas responsabilidades

4º- “Ver a Deus”: - Estar preparado para receber o avivamento.
Para receber o avivamento tem que ter “renúncia”

MARCOS 8: 34-38 – Renúncia

O convite que Jesus apresenta nesta passagem não apenas se estende aos dozes apóstolos.

Mas a todo homem. Negue “renunciar”, dizer “não”.
Não apenas ao pecado, mas principalmente a si mesmo, ao ego que é a fonte da vontade oposta a de Deus.

Vir após mim e siga-me
São expressões que significam a mesma coisa
Vejamos os valores incomparáveis:

1º - A vontade própria e a vontade de Cristo (34)
2º - O mundo e a alma (36)
3º - A cruz evitada e a cruz carregada (38)

Seu destino depende do seu destino.
Não há possibilidade de separarmos Jesus de suas Palavras Eternas.
Para receber o avivamento tem que ter esvaziamento

FILIPENSES 2: 7 – Esvaziamento

“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.”


Aniquilou, esvaziou. Jesus não renunciou os atributos divinos de onisciência, onipresença.
Mas, assumiu a forma de um servo e ocultou sua Glória natural.
Cristo não somente assemelhou-se aos homens, mas era verdadeiro homem.
Será que nós estamos nós esvaziando na presença do Senhor

Quando nos esvaziamos na presença do Senhor, o Espírito Santo nos enche da sua Glória e poder. É nessa hora que estamos preparados para receber o avivamento
Para receber o avivamento tem que ter “Submissão”

ISAIAS 45: 9 – Submissão

“Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos?”

Assim como nós somos um objeto de barro que recebe a forma conferida pelo oleiro
Poderá o barro dizer alguma coisa ao seu oleiro, somos moldados segundo a vontade de Deus e não segundo a nossa vontade.
Para receber o avivamento tem que ter “Contrição”

ISAIAS 57: 15 – Contrição

Contrito – Arrependido

“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.”

A grandeza de Deus e seu divino poder vem ao encontro da pobreza e necessidade humana.

Especialmente quando está situação humana foi causada pelo pecado.
Deus é transcendente além da nossa situação, alem do universo físico.
Deus é presente em todas as coisas no universo.

O contraste de Deus nos mostra quão grandes é o amor e a misericórdia de Deus.
O Altíssimo e Santo que procura morada no “coração dos contritos”, e no “espírito dos abatidos”.

Para receber o avivamento tem que ter “Transparência”

SALMOS 90: 8 – Transparência

“Diante de ti puseste as nossas iniqüidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.”

O filho de Deus sonda as nossas mentes e nossos corações.

APOCALIPSE 2: 23

“E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.”

Jesus Cristo esquadrinha os nossos corações.
Para receber o avivamento tem que ter “Quebrantamento”

SALMOS 34: 18 – Quebrantamento

“Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.”

Quebrantamento bem quebrado o oposto de orgulhoso, soberbo.
Quem adora a si mesmo é arrogante e pretensioso, nunca pode adorar a Deus.

Estes tipos de pessoas para converterem-se é preciso passar por profundo quebrantamento do eu.

O arrependimento verdadeiro é uma experiência do abalo total do ser.
Para que possamos reconstruir uma nova vida, uma nova personalidade orientada pela vontade de Deus.

Quando nós praticamos esses atos:

1º - Renúncia
2º - Submissão

3º - Esvaziamento
4º - Contrição

5º - Transparência
6º - Quebrantamento

Os resultados são: Preparação do altar

Para receber fogo divino, fogo do Espírito Santo o profeta Elias preparou o altar e foi abençoado por Deus.

Os crentes oravam a Deus para mandar chuvas Zc: 10:1
A oração e as promessas são dois fios do telefone entre o céu a terra.

A primeira surgindo do coração humano, e a segunda do coração de Deus.
Deus cumpre as suas promessas e manada chuvas celestiais.

AMÓS 7: 7-8

“Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na sua mão. E o SENHOR me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então, disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.”

O Senhor está levantando o prumo nesta noite
Esta linha perpendicular simboliza avaliação de Deus.
Se estivermos em pé podemos atender os mais necessitados e perdoar como Cristo perdoou.
Damos graças a Deus, que Ele passa o prumo na sua Igreja.

ZACARIAS 14: 7

“Mas será um dia conhecido do SENHOR; nem dia nem noite será; e acontecerá que, no tempo da tarde, haverá luz.”

Mas será um dia conhecido do Senhor, nem dia nem noite será.
Nós estamos preparados para receber esse avivamento.

ISAIAS 40: 3

“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.”

Só o verdadeiro arrependimento pode abrir o caminho do avivamento e a comunhão com Deus.

Amém

23 de junho de 2008

CONFIANDO FIRMEMENTE EM DEUS

INTRODUÇÃO

O teólogo porto-riquenho, Samuel Pagán, discorre, mui sábia e devocionalmente, sobre alguns trechos do capítulo 37 dos Salmos: “A frase ‘confia no Senhor’ é como um antídoto contra a inveja e o ressentimento. E ‘deleita-te no Senhor’ compunge-nos a permitir, confiadamente, que Deus cuide e proteja seus filhos”.
O que inferimos de sua exegese?
Logo, se confiarmos no Senhor, não viveremos angustiados nem abatidos emocionalmente.
Assemelhar-nos-emós-aos rochedos que, apesar dos abalos e tremores, permanecem firmes e inabaláveis.
Consideremos, pois, a petição que, certa feita, o erudito e teólogo, Walter Kaschel, endereçou a Deus:

“Ajude-me, Senhor, a confiar em ti de tal maneira que eu não carregue comigo aqueles problemas que já entreguei aos teus cuidados”.
Estejamos tranqüilos; tudo está em suas mãos. No Senhor, sempre haveremos de encontrar o necessário refúgio para todas as nossas angústias. Ele é o nosso castelo forte. O que vem a ser, porém, essa confiança? De que maneira, podemos cultiva-la?

1 - 0 QUE É A CONFIANÇA EM DEUS

Confiar irrestritamente em Deus também faz parte das disciplinas da vida cristã. Se nEle confiarmos de todo o coração, andaremos como os heróis da fé: resolutos e firmes. Confia você em Deus? Tem você a necessária disciplina para entregar-lhe todas as coisas? O salmista, porquanto confiava em Deus, tudo lhe entregou; tinha ele certeza de que o Senhor tudo faria.

1- Definição. A confiança em Deus é a disposição espiritual e emocional de render-se, incondicionalmente, aos seus cuidados, sabendo que Ele trabalha em favor de seus filhos, a fim de que, em nossa vida, seja a sua glória plenamente exaltada.
Confiar em Deus é uma exposição prática de fé.
Implica em reconhecer-lhe as bondades e as grandezas; aceitar sua providência; depositar-se aos seus desvelos; e acreditar, firmemente, em sua intervenção sempre oportuna.
Por conseguinte, nossa confiança em Deus tem de estar em conformidade absoluta com o credo que professamos. Afirma E. C. McKenzie:
“Não pode haver felicidade se as coisas em que cremos são diferentes das coisas que fazemos”.

2. A confiança em Deus como disciplina teológica. A confiança em Deus não é apenas uma prática a ser cultivada; é também uma doutrina a ser frutificada.
Coluna da teologia espiritual faz que, de nosso interior, ainda que em angústias, fluam rios de águas vivas.
Não era justamente isso que experimentava o salmista? Sua lira, além de teológica, era inesquecivelmente devocional.
Basta ler, por exemplo, o Salmo 37 que serve de base para este capítulo.
O que dizer de um teólogo que, apesar da erudição, só conhece a Deus intelectualmente?
Nesse caso, não temos propriamente um teólogo; temos um pensador que se pôs a especular acerca de Deus.
Stanley Jones, porém, não ficou na superfície deste conhecimento; aprofundando suas experiências com o Senhor, escreveu:
“Entrego tudo a Deus, tendo a consciência de ter feito o que estava ao meu alcance”.

II - A BASE DA CONFIANÇA EM DEUS

Asseverou Dave Brown:- “Muitas vezes não sabemos porque nos acontecem certas coisas em determinada situação ou circunstância. Mas sabemos perfeitamente por que confiamos em Deus que sabe a razão de todas as coisas”.
Logo, há suficientes bases para confiarmos perfeitamente em Deus.

1 - A soberania de Deus. Nada ocorre sem a expressa permissão de Deus (Dn 4.34-37). Este é o princípio da soberania divina, que pode ser assim definida:

“Autoridade absoluta e inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os seus conselhos e desígnios”. Leia o capítulo 42 do Livro de Jó.
Quem descansa na soberania de Deus, não se estressa nem se desespera; sabe que todas as coisas ocorrem de acordo com o divino querer = (Sl 4.8).
Além do mais, tudo passa a contribuir, juntamente, para o bem daqueles que amam a Deus = (Rm 8.28).
Como é bom confiar no Deus soberano e no seu Cristo.
John Oxenham, ao expressar sua fé no Filho de Deus, é meigo e incisivo:
“E mui doce confiar em Jesus”. Pode você dizer o mesmo? Você confia, de fato, nos recursos que Cristo nos providenciou no Calvário? O Pai Celeste tudo lhe confiou;
inclusive a soberania do Universo.

2 - A sabedoria de Deus. A sabedoria de Deus é o atributo por intermédio do qual o Ser Supremo dirige todas as coisas, executando-as de acordo com os seus pianos, decretos e desígnios = (Ef 3.10).
Somente Ele é capaz de operar de tal maneira na vida de seus filhos, de modo que tudo venha a contribuir para a nossa maior comunhão consigo = (1 Rs 3.28).
Se Deus assim age, devemos estar tranqüilos e confiantes.
Se você estiver atravessando alguma dificuldade, não se desespere.
O Pai Celeste fará com que as lutas de hoje sejam, amanhã, nossos maiores triunfos.

3 - O poder de Deus. O poder de Deus é a sua ilimitada capacidade para agir, de acordo com a sua soberania e de conformidade com a sua justiça, quer nos céus, quer na terra, seja no Universo, seja no microcosmo de nosso ser.
Por isso, confiamos em Deus. Ele pode nada lhe é impossível = (Mt 19.26).
Segundo opera Ele em nossa vida, cumprindo todos = (Jó 42.2).
Deus também opera eficazmente na História da Humanidade, dirigindo-a consoante aos seus eternos desígnios.
Haja vista o nascimento de Cristo. O inferno todo arvorou-se para que o Messias não viesse ao mundo.
Todavia, o Senhor interveio, eficaz e poderosamente, para que o seu Filho viesse na plenitude dos tempos = (Gl 4.4).
Por conseguinte, sendo Deus o Ser Supremo por excelência, estejamos despreocupados quanto aos percalços desta vida.
Afinal, Ele é o Todo-Poderoso; tudo lhe é possível até o próprio impossível.
Então, por que vivermos em tormentos?

4 - A provisão de Deus. Deus tudo aprovisiona, objetivando a execução de seus planos em nossa vida, O que diremos da história de José?
O que parecia uma tragédia pessoal para o jovem hebreu, transformou-se num plano de salvação nacional para Israel = (Gn 45.7).
Se num primeiro momento José é vendido como escravo para o Egito, no segundo, Deus o levanta como o senhor de todo o Egito.
E, assim, pôde ele sustentar os israelitas, dos quais adviria o Cristo. Da mesma forma ocorre em nossa vida; o que se afigura como tragédia, transforma-se, de acordo com o seu querer, num triunfo para maior glória do seu nome.

A providência divina é uma das mais importantes doutrinas das Sagradas Escrituras. Ela pode ser definida como a amorosa disposição de Deus que, sendo a mesma sabedoria, dispõe de todas as coisas, a fim de que os seus filhos de nada venham a ressentir-se, proporcionando-lhes sempre o necessário, levando-nos a resplender-lhe a majestade.
No estudo da providência divina, precisamos enfocar três importantes elementos das atividades de Deus no Universo.

Em primeiro lugar, Deus mantém tudo quanto criou, visando o bem-estar de cada uma de suas criaturas.
Ele não é um Deus ausente; Ele é um Deus bem presente e atuante.
Além da manutenção de quanto existe, há também a sua cooperação; tudo Ele faz, a fim de que todas as coisas concorram para o bem daqueles que o amam.
Em último lugar, está o seu governo.
Como o Deus que está no controle de tudo, vai Ele dirigindo cada aspecto de sua maravilhosa providência.
Afinal, Deus não é um ser apenas transcendente; é também imanente.
Embora transcenda a criação, acha-se bem junto a esta.
Portanto, não se desespere; Deus jamais o abandonará. Discipline-se a confiar no amoroso Deus.

5 - O amor de Deus. O amor é o atributo moral de Deus, que o leva a manter um permanente relacionamento com o ser humano, buscando-lhe sempre o bem e proporcionando-lhe os meios mais eficazes, a fim de que a nossa felicidade seja espiritual,.emocional e fisicamente plena.
Embora ajamos sido alijados de eu Reino, em conseqüência da transgressão de nossos primeiros genitores, continua Ele a amar-nos com um amor eterno.
Por isto, entregou o Unigênito para resgatar-nos do pecado, através de sua morte e ressurreição.
Por conseguinte, todos os atos de Deus são amorosos = (Rm 5.5).
Mesmo que nos sejam dolorosos no presente, trazem-nos inefáveis consolos no porvir.
Confiemos, pois, em Deus até mesmo onde o consolo é impossível.
Se os homens vêem apenas lágrimas, enxergamos-nós o lenitivo que emana do coração de Deus diretamente para o nosso coração = (Is 49.13).
Nos momentos mais lutuosos, ouvimos-lhe a voz:
“Não temas”. Como viver sem este amor?

III - EXEMPLOS DE CONFIANÇA EM DEUS

No Salmo 37, como vimos Davi demonstra quão grande era a sua confiança nas provisões do Todo-Poderoso.
Embora tivesse os motivos todos para viver angustiosamente, sabia ele que Deus estava cuidando de si.
Logo: não havia motivos para temer.
Vejamos, pois, outros exemplos nas Sagradas Escrituras.

1 - Abraão. Era o crente Abraão tão confiante no Senhor que, mesmo diante da desesperança, cultivava a esperança em Deus = (Rm 4.18).
Eis o testemunho que lhe dá o autor da Epístola aos Hebreus:
“Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel àquele que lhe havia feito a promessa”.
“Por isso, também de um, aliás, já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar” (Hb 11.11,12).

Todas as circunstâncias contra Abraão; todavia, nosso pai na fé sabia perfeitamente: aquEle que lhe fizera as promessas jamais seria pego de surpresa por aquilo que os homens consideram impossível.
Aliás, a especialidade de Deus é, justamente, trabalhar as coisas, tidas por nós, como impossíveis.

2 - Jó. No auge de suas provações, demonstra o patriarca Jó que a sua confiança em Deus continuava inabalável:
“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).

Tudo na vida de Jó fora destruído: família, bens, saúde e reputação.
Aos olhos humanos, era o patriarca uma ruína.
Sob o olhar do Altíssimo, contudo, era um vaso que, na fornalha, estava depurando-se até que chegasse à máxima perfeição.
Hoje, quando lemos o livro de Jó, aprendemos: No ardor da prova, Deus nos reconstrói até que nos transformamos em vasos úteis para o seu Reino.

3 - Paulo. Apesar de enfrentar tantas dificuldades em seu ministério, Paulo possuía uma confiança singular naquele que tudo realiza e opera:
“Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia” = (2Tm 1.12).
Quando lemos o capítulo 12 da Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios, deparamo-nos com um homem que, à semelhança do Senhor, sofria e sabia o que era sofrer. No entanto, jamais se deixava amargurar; porque sabia em quem tinha crido. Oferecido já como libação pela Igreja de Deus, sua confiança no Senhor era incomum.
Você realmente confia em Deus? Tem absoluta confiança em sua providência? Então viva placidamente. Temos de saber em quem temos crido.

IV - COMO EXERCER A NOSSA CONFIANÇA EM DEUS

De que maneira cultivaremos a nossa confiança em Deus?
A Bíblia ensina-nos a andar de valor em valor sem jamais desfalecer.
Observemos, pois, como cultivar a nossa confiança em Deus.

1 - Vivendo pela fé. Habacuque, num momento de aparente crise espiritual, ouviu do Senhor esta maravilhosa expressão que, séculos mais tarde, seria citada pelo apóstolo:
“Mas o justo viverá pela sua fé” = (Hc 2. 4).
A fé não significa apenas acreditar na existência de Deus; significa ter absoluta confiança na intervenção divina em todas as instâncias da vida.
Crer que Deus existe é fácil; é urgente, porém, que nos depositemos incondicionalmente em suas mãos.
Viver pela fé faz do homem um justo tanto diante de Deus como perante seus semelhantes.
Afinal, como realça Paulo, os que recebemos a Cristo, somos justificados pela fé e pela mesma fé somos salvos.
Então, viva pela fé; é o melhor caminho para a nossa felicidade.

2 - Vivendo sem ansiedade. A falta de confiança em Deus gera ansiedade, e a ansiedade acaba por dar à luz a depressão.
Por isto, o conselho de Paulo tem de ser aplicado por aqueles que anseiam um viver brando e pacífico, conscientes de que Deus está no comando de tudo:
“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” =(Fp 4.6).

O que nos representam as ansiedades?
Não passam, às vezes, de temores infundados.
Há os que tanto medo tem de um possível terremoto que acabam por morrer de um ataque cardíaco.
Então, de que nos adiantam as ansiedades?
Poderão estas proporcionar-nos longevidade?
Aliás, elas sempre terminam por nos roubar a brevidade da existência.
O que confia no Senhor, porém, mantém-se forte e inabalável diante das intempéries que se abatem sobre a nossa vida.

3 - Vivendo em oração. Aos irmãos de Tessalônica, recomenda Paulo: “Orai sem cessar”. O que isto significa?
Antes de mais nada, temos de apresentar ao Senhor todas as nossas petições, na certeza de que Ele é poderoso para no-las suprir.
O crente que vive em oração desenvolve uma profunda dependência de Deus e uma conseqüente independência em relação ao mundo.
Quanto mais dependente de Deus mais independente de um mundo cruel e pecador. Nada o abala.
Ainda que os montes transportem-se para o meio dos mares, o seu coração firme permanece; ele confia singularmente em Deus.

4 - Vivendo a Bíblia Sagrada. O general Josué recebeu do Senhor esta recomendação:
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” = (Js 1.8).
Sempre que formos assaltados por alguma dúvida, ou surpreendidos por alguma tormenta, lembremo-nos do Santo Livro e das promessas que se acham aí consignadas.
Agindo assim, aprenderemos a viver de modo vitorioso; nenhum mal nos atingirá.

CONCLUSÃO

Confia você inteiramente em Deus? Ele se acha ao nosso redor, levando-nos a viver triunfantemente em Cristo Jesus.
“Basta confiar em Deus e crer em suas promessas que são mui ricas para nos valer”. É por isto que, em nossos cultos, louvamos a Deus, proclamando: “fimes nas pr0mess do meu Salvador”.
Não se deixe abalar pelas circunstâncias; firme-se no Deus eterno; somente Ele far-nos-á habitar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.

Amém

As Disciplinas da Vida Cristã
Claudionor de Andrade
1º- Edição 2008 - CPAD

17 de junho de 2008

A Beleza da União entre os Filhos de Deus

Ronald J. Sider descreve, com vivas cores, a comunhão dos santos: “Para os primeiros cristãos, koinonia não era a ‘comunhão’ enfeitada de passeios quinzenais patrocinados pela igreja”. Não era chá, biscoitos e conversas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de Cristo
Não há como discordar do teólogo norte-americano. Infelizmente, conseguimos transformar a comunhão dos santos num clube seleto, cujo acesso só está disponível àqueles que se encontram em nosso substrato social. Quantos aos outros, alijamo-los de nosso meio. Na Igreja Primitiva, todavia, os meios da graça achavam-se disponíveis a todos os santos sem quaisquer distinções.
A Igreja Primitiva era constituída de ovelhas procedentes dos mais variados e longínquos apriscos. Lá estavam os judeus; ali, os altivos romanos e os orgulhosos gregos. Mais além, os desprezados samaritanos. Aqui, os bárbaros e africanos que, apesar de suas heranças multicoloridas e ricas, não falavam ainda o heleno. Sob o estandarte do Cristo, porém, constituíam-se todos num único povo. Assim, ia a Igreja de Deus universalizando-se até alcançar os confins da terra sem impedimento algum.

1 - 0 QUE É A COMUNHÃO DOS SANTOS

Antes de definirmos a comunhão dos santos, atentemos a esta declaração do pastor e teólogo inglês Mathew Henry:
“Não devemos impor nenhuma condição para a aceitação de nossos irmãos, a não ser as que Deus impôs para aceita-los”. Depreende-se, pois, que a comunhão dos santos implica, primacialmente, na plena acolhida daqueles por quem Cristo morreu.

1 - Definição. A comunhão dos santos é o “vínculo espiritual e social estabelecido pelo Espírito Santo entre os que recebem a Cristo como o seu Único e Suficiente Salvador, Tendo como base o amor, esse vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça” = (Ef 4.1-16). Dicionário Teológico da CPAD.
A comunhão dos santos é conhecida, ainda, por estas designações: comunhão dos fiéis e congregação dos santos.

Richard A. Muller assim a define: “Comunidade cristã, É a Igreja vista como o corpo dos crentes, Visto serem santos os membros da Igreja, pode esta ser cognominada de comunhão dos santos”

2 - A origem da nomenclatura teológica. “Embora tal expressão não se encontre nas páginas do Novo Testamento sua idéia acha-se permeada em toda a Bíblia Sagrada”.
“Ela foi usada, oficialmente, pela primeira vez, num sermão pregado por Nicéias de Remesiana por volta de 400”.
A definição de Nicéias foi prontamente aceita pela comunidade teológica. Passados mais de mil e duzentos anos, fazendo uso dela, Matthew Henry descreve a comunhão dos santos como a mais perfeita das sociedades, por ter como base o amor de Deus que o Espírito Santo nos derramou no coração: “O homem é feito para a sociedade, e os cristãos, para a comunhão dos santos”. Que sociólogo teria condições de chegar a uma conclusão tão cristalina como essa? A comunhão dos santos, por conseguinte, é a mais perfeita das sociedades conhecidas entre os filhos de Adão e Eva.

II - A COMUNHÃO DOS SANTOS NA BÍBLIA

A comunhão dos santos é uma expressão teológica e historicamente forte. Quer na comunidade de Israel, quer na Igreja Primitiva, seu conceito não é um mero casuísmo; é uma pratica que leva o povo de Deus a sentir-se como um só corpo.

1 - A comunhão dos santos em Israel. Nos momentos de emergência nacional, levantavam-se os hebreus como um só homem. Isto mostra que, se um israelita sofria os demais padeciam; se uma tribo via-se em perigo, as outras sentiam-se ameaçadas. A fim de manter o seu povo unido, suscitava-lhe o Senhor líderes carismáticos como Gideão e Davi.
O amor entre os israelitas era realçado na Lei e nos Profetas. Os hebreus, por exemplo, não podiam emprestar com usura para seus irmãos. Quando da colheita, eram obrigados a deixar, aos mais pobres, as respigas. Foi o que aconteceu à moabita Rute.
Quando a comunhão dos santos em Israel era quebrantada, instalava-se a injustiça social, a opressão e a violência. Para conter todas essas misérias, erguia Deus os seus profetas que, madrugando, repreendiam os injustos, buscando reconduzi-los aos princípios da Lei de Moisés. No tempo de Neemias, a tensão social a tal ponto chegou que os israelitas mais pobres vendiam-se aos seus credores, a fim de resgatar suas dívidas. Alguns viam suas filhas serem oferecidas como escravas a povos estrangeiros.

2 - A comunhão dos santos em o Novo Testamento. Ao retratar a comunhão entre os santos, escreve o português Camilo Castelo Branco: “O amor de Deus é inseparável do amor do próximo. É impossível no coração humano o incêndio suavíssimo do amor de Deus, quando o grito da miséria não desperta no coração a mágoa das aflições do próximo”. Mais adiante, acrescenta Camilo: “Vede como eles se amam’ diziam os pagãos, quando a sociedade cristã repartia seus haveres em comunas, onde o grande despojado de suas galas, vinha sentar-se ao lado do pobre, vestido de uma mesma túnica, e nutrido por um semelhante quinhão nos ágapes da caridade”.

Sem a comunhão dos santos não pode haver cristianismo. Aliás, protestou alguém certa vez: “O amor é a única forma de nos sentirmos realmente cristãos”.
Todos os escritores do Novo Testamento, a exemplo do Salvador, realçaram a Comunhão dos santos.
No Sermão do Monte, ensinou Jesus os seus discípulos a se amarem uns aos outros; doutra forma: não seriam contados entre os seus seguidores. Lucas ilustra, com vivas cores, como era o cotidiano da comunidade cristã (At 2.42-26). Aliás, um casal morreu fulminado pelo Senhor por haver infligido o princípio básico da comunhão dos fiéis. Saulo descreve a unidade dos discípulos como o vínculo da paz. Já o apóstolo Tiago critica os crentes que, apesar de se apresentarem como tais, eram movidos pelo desamor e por um preconceito social em nada justificado diante de Deus.

III - A COMUNIDADE DOS BENS

O que acontecia na Igreja Primitiva? Não era uma experiência comunista como querem os sectários de Marx e Lênin. A única coisa que o comunismo logrou produzir foi uma legião de excluídos e miseráveis. A Igreja de Cristo, porém, já em seu nascedouro, mostrou o que pode fazer o amor de Deus com o qual o Espírito Santo nos unge o coração. Um amor que se traduz em prática e não em meros conceitos, O que dizer, por exemplo, da comunidade de bens?

1 - Comunidade de bens. Prática observada nos primeiros dias da Igreja, quando os crentes, premidos pelas circunstâncias e urgências da época, “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At 2.45).
A Igreja em Jerusalém experimentava uma verdadeira koinonia. Stott elucida-nos este interessante aspecto da união cristã: “Assim, koinonia é uma experiência trinitária; é a parte que temos em comum com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Mas koinonia também expressa o que partilhamos uns com os outros, tanto o que damos como o que recebemos. Koinonia é a palavra que Paulo usou para a oferta que recolheu entre as igrejas gregas, e koinonikos é a palavra grega para generoso”.

2 - A história da comunidade de bens. Segundo alguns historiadores, a comunidade de bens nasceu entre os essênios - seita judaica que floresceu durante o período interbíblico. Todavia, não levaram eles o projeto adiante, por causa de seu legalismo e desamor. Já entre os primeiros cristãos, a prática floresceu, traduzindo-se hoje em hospitais, asilos, creches, leprosários etc. Nenhuma outra religião, em toda a história, mantém laços tão firmes de amor como o Cristianismo.
O Cristianismo, portanto, nada tem a ver com a experiência comunista que, a partir de 1917, causou a morte de milhões de pessoas e levou a miséria a várias nações.
Os camaradas da Rússia e os companheiros de Cuba, em que pese sua propaganda, jamais lograram levar o bem-estar aos seus povos através da foice e do martelo. Uma foice, aliás, que não ceifou as colheitas prometidas. E o martelo que não trouxe os empregos anunciados?

Tão cruel é o comunismo que nenhuma importância dá à vida humana, conforme afirmou Lênin: “Que importa se noventa por cento da População da Rússia morrer, se os dez por cento sobreviventes se converterem à fé comunista?” Além de ser contrário à verdadeira koinonia cristã, ele é visceralmente adversário de Deus: “Todos precisam ser ateus. Nunca alcançaremos nosso alvo enquanto o mito de Deus não for removido dos pensamentos do homem”. Pobre e miserável Lênin; morreu e foi logo esquecido. Deus, todavia, continua a ser honrado inclusive nos países dantes comunistas.

IV - COMO VIVER A COMUNHÃO DOS SANTOS

Afirmou o reformador francês, João Calvino, que os salvos não devemos jamais descurar de nossa comunhão em Cristo Jesus:
“E indubitável que a nós compete cultivar a unidade da forma a mais séria, porque Satanás está bem alerta, seja para arrancar-nos da Igreja, ou para desacostumar-nos dela de maneira furtiva”.

Eis como poderemos viver em sua plenitude, a comunhão dos santos.

1 – Amando-nos uns aos outros. “Tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” = (1 Pe 1.22).

O amor entre os cristãos não pode ser um mero aparato social; é algo que parte de nosso interior até que venha a tornar real a koinonia exercida pelos irmãos da era apostólica. É justamente este amor que adorna a união cristã que, intensamente praticada, faz-se na forte e substanciosa doutrina.

2 - Simpatizando-nos uns com os outros. Simpatizar- se significa participar, sincera e amorosamente, com os sentimentos de nossos irmãos, conforme enfatiza o apóstolo Paulo:
“Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” = (Rm 12.15).

A verdadeira comunhão não se manifesta apenas nos festins; torna-se real nos momentos de luto e de dor. Por isto, choramos com os que choram; com os que se alegram também nos alegramos. Em todas as instâncias da koinonia, somos senhores de nossos sentimentos conforme realça John Stott:

“O amor cristão não é vítima de nossas emoções, mas servo de nossa vontade”.

3 - Socorrendo os domésticos na fé. Quem são os domésticos na fé? Se bem atentarmos à epístola que enviou Paulo aos gálatas, verificaremos que são aqueles que fazem parte da família de Deus. Por conseguinte, devem eles ter a primazia dos santos em suas necessidades: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” = (Gl 6.10).
Socorramos os santos em suas necessidades e carências. Se um irmão tem fome, tenho eu a obrigação moral e espiritual de repartir com ele o trigo que do Senhor recebi. E, assim, com alguns peixinhos e pães, vai o Senhor Jesus nos multiplicando o alimento e saciando a fome dos que, ainda, não receberam o pão de cada dia.

4 - Orando uns pelos outros. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e oral uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” = (Tg 1.16).

A comunhão dos santos traduz—se, ainda, num ministério de oração e intercessão. Se oro somente por min e por minha família, que koinonia exerço eu? Mas se oro por todos e não mais me lembro de mim, que beneficio posso usufruir? Quando oro por todos e não faço mais menção de minhas carências, é sinal que estas não existem mais; há sempre alguém orando por mim.

CONCLUSÃO

Não pode haver cristianismo sem a comunhão dos santos; esta, além de ser o vínculo da perfeição, torna visível a unidade da fé. Levemos em conta, também, ser a comunhão dos santos a recomendação que nos faz o Senhor Jesus: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” = (Jo 13.34).

Tem você mantido comunhão com os santos? Cultive-a, a fim de tornar-se, verdadeiramente, cristão. “Irmão amados - Santificados - Vivei unidos — Pois sois remidos, - Não mais temendo — O bem fazendo,/ No nome santo de Jesus!” (Harpa Cristã, 175).

As Disciplinas da Vida Cristã
Claudionor de Andrade
Primeira Edição 2008

10 de junho de 2008

Somente uma Igreja Avivada pode mudar a História do Brasil

INTRODUÇÃO

Vivia a Inglaterra um dos períodos mais críticos de sua história. A corrupção já havia tomado conta de todos os escalões do governo; a justiça estava enferma; a moral debruavase pelas enlameadas sarjetas de Londres. A prostituição e a jogatina armavam suas tendas em cada logradouro. Nesta época crivada de frustrações e desesperanças, o consumo de bebidas alcoólicas aumentara assustadoramente. Os ingleses embriagavamse tanto, que não conseguiam voltar para casa. Muitos caíam pelas ruas e lá ficavam até se enregelarem; morriam como se fossem cães sarnentos.
O século XVIII apressavase em sepultar a brava nação saxônica.

Os ministros anglicanos não diferiam muito dos representantes de Roma. Estavam mais preocupados com o seu bemestar do que com a saúde espiritual dos paroquianos. Os requisitos da Grande Comissão não eram observados, nem levados em consideração os reclamos de uma vida piedosa e santa. Para a igreja oficial britânica, religião era sinônimo de prestígio, poder e riqueza.
Foi por esta época que o filósofo Voltaíre visitou a Inglaterra. Ao retornar a Paris, optou por ficar com o seu ceticismo; parecialhe este melhor que a emproada religiosidade de Cantuária.

Deus, porém, não havia abandonado as ilhas britânicas. Estava prestes a enviar-lhes alguém com uma mensagem tão poderosa, que as abalaria do Canal da Mancha ao Mar do Norte. Centrada na plenitude do Evangelho de Cristo, esta mensagem haveria também de sacudir a América e as mais distantes possessões de Sua Majestade.
Este alguém seria John Wesley, um dos maiores evangelistas de todos os tempos. Deus o usaria de maneira singular para anunciar o Evangelho aos ingleses, e educar a Igreja de Cristo nas ilhas britânicas.

Após anos de intenso preparo espiritual, o intrépido evangelista dá inicio a um trabalho que, na opinião de abalizados historiadores, livraria o povo inglês de uma revolução semelhante àquela que tantos transtornos trouxe à França. A partir de Wesley, começa a Inglaterra a experimentar um grande progresso. Os ingleses compreendem finalmente a eficácia deste texto áureo:

“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”. Em pouco tempo, ingressa o estado britânico numa nova e decisiva fase de sua história. Juntamente com a prosperidade espiritual, aportam naquelas terras a fartura e a segurança.

Confirmaria mais tarde a rainha Vitória ser a obediência à Palavra de Deus a razão da grandeza e singularidade da Inglaterra.
E de um despertamento assim que necessita o Brasil. Sem este sopro do Espírito, não conseguiremos sair do marasmo em que nos encontramos.
Nosso país há de ser sacudido pelo poder de Deus; doutra forma: não resistiremos as provações que se avizinham de nossas crônicas. Necessitamos deste mover do Espírito para que venhamos a ter, brevemente, a colheita da década.
Como os educadores cristãos fugiremos a esta responsabilidade? O avivamento começa justamente pelo ensino persistente, sistemático e amoroso das Sagradas Escrituras. A história se cala a respeito dos avivamentos deflagrados sem o imediato retorno à Palavra de Deus. Queremos, de fato, um avivamento? Voltemos urgentemente ao magistério da Bíblia? Ensinemos ao povo de Deus ser este o único caminho para a Igreja de Cristo reviver os dias de refrigérios.

1 - 0 MOMENTO MAIS DECISIVO DE NOSSA HISTÓRIA

Nesta altura tão dolorosa de nossa história, urgenos arvorar como a voz profética da Igreja de Cristo. Somente assim a pátria há de sobreviver moral e espiritualmente. As medidas tomadas, até agora, pelas autoridades, visando sanear nossas instituições, têmse revelado inócuas e ineficazes. Vivemos uma situação semelhante á de Roma. Lá, segundo o filósofo francês, Montesquieu, morriam os corruptos, mas ficava a corrupção. Exibiase esta como se fora urna hidra; morria nunca. Outras vezes, renascia como o phoenix; embora cinzas, cobria o capitólio.

Não é o que vem acontecendo ao nosso país? Com a abertura política da década de 1980, fomos induzidos a pensar que o Brasil se reergueria moralmente. Passada a primeira euforia, reparamos que a corrupção continuava a desafiar a Nova República e a afrontar nossas mais caras heranças. Davam à corrupção, agora, outros nomes; não deixava, porém, de ser corrupção. Apesar dos métodos novos, corrupção. Já se conclui, pois, que o problema de nosso país não é moral é espiritual.

Não é uma luta que se trava no campo da ética, ou no terreno do direito. E uma batalha que se rompe nas regiões celestiais, onde Satanás busca deturpar as nações para fortalecer o seu reino. Aliás, este é um conflito tão antigo, quanto a própria história do homem. E só ler o capítulo 10 de Daniel para se inteirar das astutas e inescrupulosas intervenções do adversário no governo dos Estados.

Se a luta é espiritual, as armas hão de ser espirituais. Se as leis que regem esta guerra são também espirituais, por que lançar mão de recursos tão humanos? De forças tão débeis? De aparências tão aparentes? Esta guerra mal combatida levou o nosso país a enfermarse gravemente. Para a desventura desta geração, não há mais centros de tratamento intensivo, O atendimento já é feito nos corredores do poder, nas macas do oportunismo e com os garrotes que nos deixaram os colonizadores.
Tendo em vista o gravíssimo estado clínico de nossa pátria, afirmou, certa feita, Miguel Pereira: “O Brasil é um vasto hospital”.

Como diagnosticar a doença que definha o Brasil? Rui Barbosa, diagnosticou-a desta forma: “Todas as crises, portanto, que pelo Brasil estão passando, e que dia a dia sentimos crescer aceleradamente, a crise política, a crise econômica, a crise financeira, não vêm a ser mais do que sintomas, exteriorizações parciais, manifestações reveladoras de um estado mais profundo, uma suprema crise; crise moral”
O grande tribuno baiano estava certo. Acredito, todavia, não ter ele descoberto a verdadeira gravidade da doença que, desde o seu tempo, vem debilitando o organismo deste grande pais. Neste particular, Paulo Mendes Campos foi mais feliz:-

“Imaginemos um ser humano monstruoso que tivesse a metade da cabeça tomada por um tumor, mas o cérebro funcionando bem; um pulmão sadio, o outro comido pela tísica; um braço ressequido, o outro vigoroso; uma orelha lesada, e outra perfeita; o estômago em ótimas condições, o intestino carcomido de vermes... Esse monstro é o Brasil”

Ora, nenhum exercício de lógica é necessário para se descobrir que há um tumor carcomendo o vigor de nossa pátria. Por mais que intervenham os médicos, este tumor cresce alastrase e deita raízes nos tecidos ainda sãos. Como deter esta metástase? Por mais que se abra este organismo, já desfigurado por tantas cirurgias, o velho câncer não cede. Lá está ele atacando os anticorpos e aumentando seu raio de ação. Será que as fibras deste corpo corromperseão todas?

Como povo de Deus, não podemos nos conformar com esta intumescência maligna.
Se a Igreja no Brasil cumprir cabalmente a sua missão profética e sacerdotal, o castelo da corrupção, que se ergue em todos os rincões da pátria, há de ser abalado. Sim, há de ser abalado este maldito castelo e as suas portas não hão de resistir ao ímpeto do povo de Deus. No entanto, como agiremos como modelo, se deixarmos de ser paradigma? Como nos conduziremos como voz, se já nos calamos nos comodismos de uma denominação que deveria continuar movimento? Como haveremos de modificar a política de nosso país se as armas que agora contamos são apenas os liames partidários?

Que as nossas armas, doravante, sejam as mesmas de John Knox. Este campeão de Deus conseguiu alterar profundamente, não apenas a política, como também a mesma história de seu país. Que segredo detinha Knox? Oração e confiança irrestrita na intervenção divina no curso da história. Nas caladas de sua aflição, orava: “Senhor, dá-me a Escócia senão morrerei! Dá-me a Escócia, senão morrerei!” Que intercessão dolorida e sacrificial!
Espero que ainda haja homens como John Knox em nosso país.
Embora lhes acenem os favores seculares, mantenham reservas morais necessárias para se conduzirem como profetas e sacerdotes. Nunca o mundo careceu tanto de ambos os ministérios como hodiernamente. Que os ministros do Senhor se ergam para condenar o pecado; não se esqueçam, todavia, de interceder por aqueles que caminham para o inferno. Que tenham voz e lágrimas, exemplos e conselhos! Ao invés de se curvarem ante os poderosos, demonstrem suficiente fibra para interpretar a escritura na parede, e desvendar as alucinações dos que detém o mando. Ajamos assim e haveremos de alterar nossa história.

II -. É HORA DE ALTERAR NOSSA HISTÓRIA

O que a Igreja de Cristo, no Brasil, poderá fazer para alterar nossas feições histórias? Em primeiro lugar, há de se portar como a agência educadora do Reino de Deus. Que ela cumpra todos os ditames da Grande Comissão.
Não nos esqueçamos de que foi exatamente assim que João Calvino deu novos rumos à Suíça do século XVI. É mudando o caráter dos homens que se muda a sociedade; é mudando os indivíduos que se muda o Estado e o itinerário de uma história já caótica e já viciada. De nada nos adianta, agora, propugnar por uma mudança mais radical em nossa sociedade, se não lutarmos para mudar o ser humano.

Como Igreja de Cristo, não podemos esquecer-nos de nossa tríplice missão. Fomos chamados para ser uma nação real, sacerdotal e profética. Como nação real, fomos chamados para reinar na vida através de Cristo Jesus. Como nação sacerdotal, jamais haveremos de nos esquecer de rogar para que o Senhor abençoe nossos patrícios e conduzaos à vida eterna. E, como nação profética, cumprenos proclamar a Palavra de Deus.

Quando desempenharmos plenamente nossa missão, arrancaremos o Brasil deste atoleiro. A solução para os nossos problemas não está numa mera mudança de cenário político, e, sim, numa mudança de rumos em nossa história. E isto será feito, sim, porque haveremos de buscar o avivamento de que tanto necessitamos.
Socorramos, pois, o Brasil enquanto é tempo. À semelhança de John Wesley, podemos alterar os destinos de nossa pátria, através da anunciação da Palavra de Deus.

CONCLUSÃO

Esta é a nossa sublime e intransferível missão. Como educadores a serviço do Reino de Deus, haveremos de implementar o estudo persistente, regular, sistemático e intensivo das Sagradas Escrituras. Somente assim, o Senhor Jesus enviará o avivamento de que tanto necessitamos.
Você quer este avivamento? Ensine a Palavra. Deseja este mover do Espírito? Ministre a Palavra? Almeja por estes tempos de espiritual refrigério? Divulgue a Palavra. Sonha com esta poderosa visitação dos céus? Cumpre o seu ministério; exerça o seu mister como educador cristão.

As Disciplinas da Vida Cristã
Pr.Claudionor de Andrade
1º Edição 2008 pela CPAD

Oração

Oração - O Diálogo da Alma com Deus –
Texto Áureo: Efesios 6.18
Leitura Bíblica em Classe: Mt. 6.9-13
Objetivo: Despertar os alunos para a prática contínua da oração, não com meras repetições de palavras, mas na forma de diálogo com Deus, falando e ouvindo, seguindo, sobretudo, o padrão que Jesus nos ensinou.
INTRODUÇÃO
É possível saber muito sobre oração, e mesmo assim, não orar. O principal desafio para o cristão não é começar a orar, mas continuar orando. Ademais, o aparato moderno que temos hoje à disposição contribui para que nos distanciemos da oração.
Na lição de hoje, veremos que orar é mais do que uma necessidade é um ato de obediência. A principio, definiremos o que seja oração, mostraremos sua importância, e ao final, meditaremos a respeito do ensino de Jesus sobre a oração.
1 - ORAÇÃO: DEFINIR É FÁCIL
No Antigo Testamento, a palavra bíblica para “oração” é “tepila”. Esse termo é bastante recorrente no livro dos Salmos = (Salmos. 17; = Salmos 86; Salmos 90; = Salmos 102; = Salmos 142), na verdade, a maioria desses é composta por orações.
No Salmos. 4, o autor ora pedindo a Deus que o livre dos seus inimigos (v. 1). No 102, roga a Deus que o livre do sofrimento que o atormenta (v. 1).
A oração bíblica é sempre dirigida a Deus, nunca a qualquer outra pessoa = (II Cr. 6.39; 30.27). O salmista está convicto de que Deus responde a oração = (Salmos. 102.17), principalmente, conforme aponta o autor dos Provérbios, a dos justos = (Pv. 15.29). A solução para os problemas da existência humana, nos Salmos, vem do Senhor por meio da oração = (Salmos. 88.22,13).
No Novo Testamento, a palavra oração é “proseuchê” que é sempre dirigida à divindade, a Jesus = (Ef. 1.6-17; = Ap. 5.8; 8.3,4) e a Deus = (Rm. 15.30). Jesus nos dá o exemplo do valor da oração porque Ele mesmo passou horas, às vezes, noites inteiras em oração = (Lc. 6.12).
Paulo também demonstrou ser um homem de oração = (Rm. 1.10; = Ef. 1.16; = I Ts. 1.2; Fm. 4). Orar não é fácil por uma série de razões, a principal delas é a propensão humana para a auto-suficiência.
O desafio, seguindo o exemplo de Jesus, Paulo e tantos outros, é o de transformar a oração numa prática contínua em nossas vidas, que aprendamos a desfrutar da comunhão que oração possibilita, através do diálogo com Deus.
2 - EMPECILHOS E INCENTIVOS À PRÁTICA DA ORAÇÃO
Existem alguns impedimentos humanos à oração, dentre eles, destacamos:
1) o egoísmo humano faz com que nos distanciemos da oração, e às vezes, se revela na própria oração = (Tiago. 4.3);
2) uma vida voltada para o pecado também impossibilita a prática da oração, pois quanto mais o homem peca mais distante quer estar de Deus (Is. 59.1,2); 3)
3) a entronização de ídolos no coração humano retira-lhe o elo de relacionamento com Aquele que não dá a Sua glória a outro deus = (Ez. 14.3);
4) o descaso em relação aos pobres nos é apresentado pelo autor de provérbios como uma das causas de não sermos ouvidos na oração = (Pv. 21.13);
5) a indisposição para perdoar afasta as pessoas de uma vida de oração = (Mc. 11.25);
6) um relacionamento conjugal desajustado reflete-se improdutivamente na oração = (I Pe. 3.7); e
7) a falta de fé, retratada no materialismo, distancia as pessoas da oração = (Tg. 1.5-7). Esses são alguns dos empecilhos à oração, nós, no entanto, temos muitos motivos para depender da oração, o principal deles, é o exemplo que Cristo nos deu. Jesus sabia que dependemos de Deus para viver.
Por isso, não dispensava seus momentos de oração, fosse de madrugada = (Mc. 1.35), às vezes, Ele passava a noite orando = (Lc. 6.12).
Antes de tomar decisões importantes, e nos momentos de crises, Jesus orou = (Mc. 1.35-38; = Lc. 3.21,22; = 6.12,13; = 9.18,21, 21,22; = 22.39-46).
Quando as ocupações do dia-a-dia queriam fazer com que Jesus perdesse o foco, Ele se distanciava e procurava um lugar isolado onde pudesse ficar à SÓS com o Pai (Lc. 5.15,16; = Mc. 3.20; = 6.31,33,46).
Antes das tentações da vida, Jesus colocou-se debaixo da dependência do Pai por meio da oração = (Mt. 26.36).
Se Cristo sendo quem foi orou não deveríamos nós fazer o mesmo? Lembremos, no entanto que a vida do cristão não deva se satisfazer apenas com momentos de oração, deva ser, acima de tudo, uma vida de oração = (I Ts. 5.17; = Ef. 6.18).


3 - ORANDO COMO JESUS ENSINOU
Há muitas orações na Bíblia, inclusive a de Jabez, bastante citada e imitada, especialmente, por aqueles que postulam a teologia da prosperidade e da confissão positiva.
Mas todas as orações, seja do Antigo e/ou do Novo Testamento, precisam passar pelo crivo de Jesus.
Quando os seus discípulos pediram-No que os ensinassem a orar, Ele lhes apresentou uma oração modelo, dizendo que deveríamos orar “assim” = (Mt. 6.9). A oração do Senhor não deva ser estímulo para a mera repetição = (Mt. 6.7), ela deve nos servir de padrão para que façamos as nossas próprias orações.
Destacamos, a seguir, alguns princípios para a oração cristocêntrica: a princípio, a intimidade, pois somente em Cristo podemos chamar a Deus de “Pai”, expressão aramaica “Abba”, cujo significado aproximado é o de “papaizinho”.
Segundo Paulo, recebemos o Espírito de adoção, pelo qual, clamamos “Abba”, Pai (Rm. 8.15; = Gl. 4.6). Ele não é apenas o MEU Pai, mas o NOSSO Pai, ressaltando, assim, a união de todos aqueles que foram chamados, a Igreja = (Mt. 16.18),
A fim de reconhecer que o Senhor é Santo e que todos são pecadores, necessitados de Sua graça = (Rm. 3.23; 6.23), Mas não apenas isso, que também o Seu reino é chegado entre nós = (Lc. 10.9; 17.21), ainda que ansiamos pelo dia em que se concretizará em Sua plenitude = (Ap. 20.2-6).
Que a vontade de Deus, e não a nossa, prevaleça, que ela seja feita na terra como já é no céu. Somente a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável = (Rm. 12.2).
Para que o pão diário nos seja dado e não todas as riquezas do mundo, a fim de que tenhamos o suficiente para vivermos contentes = (I Tm. 6.6; = Hb. 13.5) e não nos inquietarmos com o dia de amanhã = (Mt. 6.34).
E não esqueçamos que a maior riqueza que o ser humano pode ter é o perdão divino, ainda que esse precise ser repartido com aqueles que nos ofendem = (Mt. 5.7; = 6.14,15; 18.21-23).
Que Deus não nos deixe cair em tentação, cientes de que também devemos vigiar para não sermos tragados pelo Mal = (Mt. 26.41; = I Co. 10.13; = I Pe. 5.8), e por fim, saibamos que somente a Deus, e não a quem quer que seja, pertence o reino, o poder e a glória para sempre (I Cr. 29.11; = I Tm. 1.17; = Ap. 19.1).
CONCLUSÃO
Ainda que não estejamos dispostos, precisamos orar. Deixar de orar é um ato de desobediência a Cristo. Afinal, sabendo Ele da importância da oração, nos instrui: “orai e vigiai” = (Mt. 26.41),
Samuel reconheceu ainda na Antiga Aliança, que deixar de orar se tornaria um pecado: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito” = (I Sm. 12.23).
Consoante a mensagem do evangelho, fica claro, nessa passagem, que não apenas devemos orar, precisamos também agir. Lutero, o sábio reformador, já dizia: “oremos como se todo o trabalho dependesse de Deus, e trabalhemos como se tudo dependesse de nós”.
BIBLIOGRAFIABRANDT, R. L., BICKET, Z. J. O Espírito nos ajuda a orar. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.HANEGRAAFF, H. A oração de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

29 de maio de 2008

Tentado, Não Cedas, Ceder é Pecar

Tentado, Não Cedas, Ceder é Pecar.

INTRODUÇÃO

Declarou certa feita, um cristão anônimo: “As tentações estão por toda parte”. Como negar a sabedoria deste provérbio que, embora evidente, encerra uma seriíssima advertência? As vezes somos de tal forma tentados que, no auge da angústia, chegamos a almejar venha o Senhor e leve-nos de imediato para os céus, onde livres estaremos de pecar. Se Ele, porém, o fizer como haverá de solfejar as vozes súplices, piedosas e já redimidas que protestam contra a iniqüidade do presente século?
O mesmo pensador, no entanto, acrescenta: “As tentações estão por toda parte — assim também a graça de Deus”. Isto implica em se porfiar por uma vida santa e irrepreensível.

Aliás, é o que reza o Credo das Assembléias de Deus no Brasil:
“Cremos na possibilidade e necessidade de termos uma vida santa e piedosa diante de Deus e dos homens”
Vencer as tentações é uma das mais importantes disciplinas da vida cristã. Thomas à Kempis mostra ser possível não apenas debela-las como imitar a Cristo em nosso cotidiano. Acrescenta ele ainda que, se por um lado as tentações podem causar-nos sérios prejuízos espirituais; por outro, “desvendam o que somos”.

1 - 0 QUE É A TENTAÇÃO

Mattew Henry mostra quão perigosa é a tentação na vida de um servo de Deus: “O melhor dos santos pode ser tentado pelo pior dos pecados”. Como não reconhecer essa dura e triste realidade na vida de homens e mulheres piedosos? O Senhor, porém, reveste-nos de graça, a fim de que possamos subjugar as tentações. Afinal, que praga é esta? Que doença vem a ser a tentação que, desde o Éden, vem infelicitando os seres humanos?

1 - Definição. Oriunda do vocábulo latino tentatione, a palavra “tentação” significa indução à prática de coisas condenáveis.
A tentação, que ora consideramos, refere-se aos impulsos que, instigados pelo Diabo, buscam induzir-nos a uma rebelião aberta e frontal contra o Todo-Poderoso.
Na Vulgata Latina, Jerônimo utiliza-se da mesma palavra para descrever as provações que sobre nós advêm. Neste comprova Deus cada um de seus filhos, não para induzi-los ao pecado, mas a fim de aperfeiçoá-los na prática da piedade. Na Bíblia Corrigida de Almeida, adotou-se o mesmo critério = (Gl 4.14; = Tg 1.12).

2 - Definição teológica. Tentação é o estímulo capaz de levar à prática do pecado. Embora não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque, na Oração Dominical, ensina-nos o Senhor a clamar ao Pai:
“E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” (Mt 6.13).
Em seu comentário sobre a Oração Dominical, Wiersbe é didático e devocional: “Com essas palavras, estamos pedindo a Deus para guiar-nos de modo a que não nos envolvamos em tentação = ( 1 Jo 5.18), ou em situações que nos leve a tenta-lo
(Mt 4.5-7)”.
Quem é o autor da tentação? Qual o seu agente? O que a Bíblia diz a seu respeito?

II - O AGENTE DA TENTAÇÃO

Sentindo-se premido pelas dificuldades espirituais que, constantemente, entristecem os seguidores do Nazareno, Thomas De Witt Talmage endereça-lhe esta oração: “O Senhor, ajuda-nos a ouvir o guizo da serpente antes de sentir suas presas”. Que Satanás é o agente da tentação, não há o que se discutir; a própria Bíblia assim no-lo aponta: “Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio, para isto o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do Diabo.” (1 Jo 3.8).= Vejamos, pois, como a Bíblia retrata o tentador.

1 - O tentador, O tentador, arquiinimigo de Deus e do homem, tem por oficio induzir o ser humano a práticas que contrariam as leis divinas. Nas Sagradas Escrituras, é Satanás o tentador por natureza; outra coisa não faz senão instigar-nos a nos revoltar contra o Senhor = (Mt 4.3; = 1 Ts 3.5).
Há teólogos que, desprezando a realidade do pecado, acabam por negar, conseqüentemente, a existência do Agente do Pecado.

Ora, se o Diabo não existe alguém está fazendo o seu trabalho. Aliás, faz parte de sua estratégia negar a própria existência; pois, assim, é-lhe possível enganar mais facilmente os incautos. Aos que lhe contestam a existência, fica esta advertência de Charles G. Finney: “Se você não crê na existência do Diabo, experimente resistir a ele por algum tempo”.

2 - Os nomes do tentador. Além de tentador, recebe o agente da tentação as seguintes alcunhas nas Sagradas Escrituras: Satanás que, em hebraico, significa adversário = (1 Cr 21.21; = 2 Co 2.11); Diabo que, em grego, quer dizer: caluniador = (Mt 4.1; = At 13.10); homicida, pai da mentira e acusador (Jo 8.44; Ap 12.10). Ele é conhecido também como o dragão e a antiga serpente = (Ap 12.9).
O tentador é alcunhado de Satanás por causa de sua sistemática oposição às obras divinas e à felicidade do ser humano.

Quando não consegue induzir o crente a pecar contra Deus, diverte-se em caluniá-lo diante do Senhor; por isso a Bíblia chama-o de Diabo. Se Cristo é o nosso advogado, o maligno apresenta-se ante o Tribunal de Deus como o nosso acusador. Ao levar Caim a matar Abel, ganhou o rótulo de primeiro homicida; ao engendrar inverdades acerca do Criador, passou a ser alcunhado de o pai da mentira. Devido a essas características todas, é visto como o dragão e a antiga serpente.

3 - O principal trabalho do tentador. Conforme já o dissemos, o trabalho que mais agrada ao inimigo de nossas almas é desviar-nos da disciplina da vida cristã. Ele sabe que temos “uma carreira para correr”; por isto, busca, de todas as formas, colocar-nos obstáculos no caminho para o céu = (Gl 5.7). Não foi o que ocorreu com os irmãos da Galâcia? Embora progredissem eles na carreira cristã, caíram no fascínio do adversário e, neste fascínio, acabaram por cair da graça = (Gl 5.4).
Tenta o Diabo até os maiores campeões de Deus. Haja vista Davi. O rei de Israel, seduzido pela beleza de um instante, viu-se constrangido a amargar horas de pena e de expiação. O Tentador nos acena com a vaidade humana, pois almeja roubar-nos a eternidade divina. Por isso, empenhemo-nos em guardar bem a nossa coroa para que ele não a roube. Tem você se precavido contra os ataques do adversário?

III - POR QUE O SER HUMANO É TENTADO

Em nosso jornadear espiritual, vemo-nos constrangidos a inquirir de nós mesmos: “Se eu aceitei a Cristo, por que sou, ainda, tentado?” Martinho Lutero parece ter encontrado a resposta: “Minhas tentações têm sido minhas mestras de teologia”. Não vêm elas, porém, atrapalhar-me nas disciplinas espirituais? Sem as tentações, convenhamos, não existiria disciplina alguma. Por isso, esforça-se o adversário, a fim de nos desviar das disciplinas espirituais; somente assim, haverá de seduzir-nos com os seus enleios.

1 - O ser humano é tentado por causa da transgressão de nossos primeiros pais. Se você ler reflexivamente o capítulo três de Gênesis, entenderá a teologia do pecado original. À semelhança de Adão, todos pecamos = (Sl 51.5); veio, entretanto, o Senhor Jesus, como o segundo Adão, redimir-nos da morte espiritual, proporcionando-nos um novo nascimento = (Jo 3.8). Estando nós, agora, em Cristo, tudo se nos fez novo = ( 2 co 5.17). Apesar das tentações, o Espírito fortalece-nos a que sigamos, rigorosamente, as disciplinas de uma autêntica vida cristã.
Apesar dos efeitos universais do pecado, temos condições de vencê-lo por meio da morte e ressurreição de Cristo Jesus. Adão deixou-se arrastar pela serpente no Jardim do Éden; Cristo, porém, venceu o dragão em pleno deserto, demonstrando que podemos (e devemos) ter uma vida reta diante de Deus e dos homens. Portanto, o pecado original já nenhum poder tem sobre os que recebem a Cristo; a graça que dimana da cruz é tanto curativa quanto preservativa. Se por um lado cura-nos do pecado; por outro, preserva-nos das ações daninhas deste.

2 - O ser humano é tentado por suas próprias concupiscências. Leia Tiago 1.14. Eis porque devemos vencer cada uma de nossas concupiscências: do mundo procedem e para o mundo convergem, causando a destruição de preciosas vidas ( 1 Jo 2.16).
O consolo é que podemos destruí-las pelo sangue do Cordeiro = (Gl 5.16).

Ainda que cercados de fraquezas, é-nos possível vencêlas se confiarmos na graça divina. Fragilizados como Adão e Eva? Eliminemos a concupiscência dos olhos. Assediados pela luxúria como Davi? Não há por que dar tréguas à concupiscência da carne.

Tentados pelo orgulho ou pelo humano poder, como o foi Salomão? Deitemos por terra a soberba da vida.
Crucificando-nos, a cada dia, na cruz de nosso Senhor, jamais seremos derrotados pelo vil tentador com todas as suas astúcias.

3 - Positivamente considerada, a tentação pode (e deve) impulsionar o santo a ser ainda mais santo.
Afirmou mui oportunamente Frederick P. Wood: “Tentação não é pecado; é o chamado para a batalha”. O Senhor Jesus, embora Deus, foi tentado, como homem, dando-nos o exemplo de que é possível destruir a tentação = (Mt 4.1; hb 2.18). Por conseguinte, não deve a tentação ser considerada uma oportunidade para pecar; é uma ocasião para que nos tornemos ainda mais santos. Quem é santo, santifique—se ainda. = (Ap 22.11).

IV - COMO VENCER A TENTAÇÃO

Ponderou alguém, certa feita: “São necessárias duas pessoas para fazer da tentação um sucesso; você é uma delas”. A outra, como todos o sabemos, é o adversário de nossas almas. De nada adianta, entretanto, pôr-lhe a culpa por nossas transgressões; por estas, apenas nós seremos responsabilizados = ( 2 Co 5.1O). Todavia, é possível vencer as tentações; os exemplos bíblicos não são poucos.

1 - Orando e vigiado. A advertência é do próprio Cristo: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” = (Mt 26.41). O piedoso E B. Meyer é enfático: “Cristo não irá guardar-nos se nos colocarmos descuidada e temerariamente no caminho da tentação”.

Tem você vigiado? Tem orado constantemente? Lembre-se: Não se pode brincar com o pecado; ele não é um brinquedo: é uma serpente prestes a dar o bote contra os incautos = (Gn 4.1).

Se orarmos e vigiarmos, jamais seremos vítimas das tentações. A oração aproxima-nos de Deus e passamos a contemplá-lo não como um criador distanciado de sua obra; começamos a adorá-lo como aquele que exige, de cada um de nós, uma vida santa e irrepreensível.

2 - Não dando lugar ao diabo. Em sua epístola aos efésios, admoesta o apóstolo: “Não deis lugar ao Diabo” (Ef 4.27). O que vem a significar esta admoestação? Willard Taylor, do Comentário Bíblico Beacon, é conclusivo: dar lugar ao Diabo é permitir que ele tenha liberdade para “semear atitudes erradas no espírito”.

3 - Andando em Espírito e não cumprindo as concupiscências da carne. Aos irmãos da Galácia, escreveu Paulo: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” = (Gl 5.16). Quem anda no Espírito Santo, não cumpre as concupiscências da carne; e não as cumprindo, como haverá de ceder às tentações?
Enoque andou com Deus por mais de três séculos. Apesar de coevo de uma sociedade ímpia e sem regras, permissiva e iníqua, o patriarca manteve-se incorruptível e santo. Sendo ele um exemplo tão puro de vida, soube como instruir e conduzir a sua família de conformidade com os preceitos divinos. Enoque andava em Espírito e não cumpria as concupiscências da carne.

4. Guardando a Palavra de Deus no coração. O salmista, demonstrando quão temente era ao Senhor, professou-lhe: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” = (Sl 119.11). Em seu comentário do saltério hebraico, Charles Spurgeon assim interpreta este versículo: “A Palavra de Deus deve ser compreendida e retida no coração; ela tem de ocupar nossas afeições e entendimento”. “Nossa mente demanda ser impregnada pela Palavra de Deus. Somente assim não haveremos de pecar contra Ele”.
Você tem guardado a Palavra de Deus no coração? Tem perseverado nos caminhos do Senhor?

CONCLUSÃO

Se as tentações são fortes, temos abundantes promessas que nos asseguram: podemos resisti-las com a Palavra de Deus.
Veja quão consoladoras são estas palavras do autor da Epístola aos hebreus: “Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2.18).
Escreve Pedro: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos” = (2 Pe 2.9).
Por conseguinte, mantenhamos sempre a disciplina da vida cristã, evitando o pecado que tão de perto nos rodeia.

As Disciplinas da vida Cristã
Primeira Edição 2008
Claudionor de Andrade