16 de março de 2017

QUEM AMA CUMPRE PLENAMENTE A LEI


QUEM AMA CUMPRE PLENAMENTE A LEI
 
Texto Áureo = "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).
 
Verdade Prática = Amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 12.8 – 14
 
INTRODUÇÃO
Neste estudo de hoje, iremos falar sobre o amor; base de todas as qualidades do fruto do Espírito gerado em nossos corações.  Não se trata de um amor qualquer, mais do amor de Deus! Somente quem possui o Espírito de Deus em seu coração pode amar como Cristo amou. Antes de estudarmos sobre esta primeira qualidade do fruto do Espírito, precisamos definir a que tipo de amor o escritor está se referindo.
 
Existem vários “tipos de amor” (o amor de um homem por uma mulher, o amor entre irmãos, o amor de amigos, o amor de um pai pelo seu filho...), no entanto, somente um é verdadeiro: o amor de Deus. Qualquer forma de amor deve ser baseada no amor de Deus.
 
Um relacionamento somente terá sucesso se for baseado no amor de Deus!
Quando lemos o texto de Gl5. 22 , a palavra grega empregada para amor é “Ágape”, que significa o amor de Deus.Que tipo de amor é este? É o amor que busca o bem do próximo, é aquele que é doador. O verdadeiro amor abre mão dos seus próprios interesses em favor do próximo sem exigir nada em troca.
 
Deus nos ensina o amor e mostrou este amor entregando o que ele tem de mais precioso: o seu amado filho unigênito Jesus Cristo. Jesus veio ao mundo para morrer em nosso lugar! ( Jo 3. 16; I Jo 4.9,10).
 
No texto que estamos estudando, vemos que este amor de Deus deve manifestar-se na vida do servo de Cristo e quem o produz é o Espírito Santo. O amor em nossas vidas revela a presença de Deus em nosso interior.
 
I – A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
 
AMOR, UM ASPECTO DO FRUTO.
 
A primeira virtude do fruto do Espírito é o amor divino ou ágape, o qual é abnegado, profundo e constante; sua maior expressão encontra-se em Deus e no ato de Cristo na cruz. O amor é a essência de todas as virtudes morais de Cristo originadas pelo Espírito Santo, e implantadas no crente.
O amor, em seu conceito mais sublime, é personificado em Deus. A melhor e mais curta definição do amor é Deus, pois, Deus é Amor. Este foi manifesto à humanidade por Jesus Cristo (João 3.16; 13.1/ Romanos 5.8/ 1 João 4.9,10).
 
Cristo é o amor encarnado, a própria personificação do amor perseverante, doador e sacrifical (João 1.14; 13.1; 15.9-13/ 2 Coríntios 8.9).
 
O AMOR ÁGAPE
 
COM O AMOR “ÁGAPE” DEVEMOS AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” (Mc 12.30-31). Na Bíblia, o termo “ágape” ocorre com mais frequência que os outros. Isso demonstra a importância desse amor!
 
Já, no versículo bíblico seguinte, o apóstolo Paulo cita dois dos quatro tipos de amor: “Quanto, porém, ao amor fraternal (amor “fileo”, no original “filadélfias”), não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis (“ágape”) uns aos outros” (1Ts 4.9 ). O mesmo apóstolo também escreveu: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal (no original, “filadelfia”), preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Rm12.10 ). Temos no primeiro versículo a junção do “fileo” e do “ágape”, enquanto que, no segundo, a expressão “amor fraternal” é a tradução do grego “filadelfia”.
 
Amar é um sentimento que nunca deveria ser extinto do ser humano, apesar de a Palavra de Deus afirmar que, “por se multiplicar a iniquidade(o pecado), o amor(“ágape”) de muitos esfriará.”(Mt 24.12).
 
Bem. Ame sua esposa, seus filhos, seus pais, seus irmãos, seus amigos e conhecidos, seus inimigos e, sobretudo, a Deus. Amar faz bem para o corpo, para a alma e, principalmente, para o espírito.
 
O AMOR ÁGAPE DERRMAO EM NÓS
 
Embora o amor seja um aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento (2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver. Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor, por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10).
 
Compartilhamos da sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).
 
Como sabermos se amamos com o amor de DEUS? Se somos capazes de amar como DEUS ama, então sentimos este amor fluir de cada um de nós.
 
Jo 3.16 - Porque DEUS tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Somos capazes de amar a ponto de darmos tudo o que temos de mais precioso, por amor aos outros?
 
Rm 5.8 - Mas DEUS demonstra seu amor por nós: CRISTO morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Veja que DEUS não nos amou porque éramos bons; somos capazes de amar aos pecadores e por eles darmos nossas vidas?
 
Mt 5.44 - Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, Somos capazes de amar nossos inimigos e orar por eles?
 
Jo 13.35 - A marca distintiva do crente
 
CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de CRISTO (1Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1Jo 4.9,10).
 
Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf1Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).
 
II – AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
 
O AMOR A DEUS
 
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!"
 
Os doutores da Lei adicionaram aos Dez Mandamentos, cerca de 600 outros os quais lhes garantiam privilégios que os enriqueciam cada vez mais. Jesus resume os Dez Mandamentos e todos os preceitos, em apenas dois mandamentos.  Amar a Deus e ao próximo.
 
Amar a Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, significa amar de verdade, com muita fé, sinceridade e dedicação. Amar a Deusde todo o nosso entendimento, é agir de acordo com o que sabemos, a respeito da palavra de Deus explicada por Jesus Cristo. Exemplo. Se eu aprendi que é pecado maltratar o meu irmão, então em não vou fazer isto, pois estou sabendo que é pecado. Por outro lado imaginemos que alguém não soubesse que é pecado cobiçar a riqueza do próximo. Ele fez isso, então sua falta seria atenuada.   
 
Amar a Deus com toda a tua força significa que o jovem ou adulto em pleno vigor físico e mental, tem muito mais condições de servir a Deus do que um idoso, gasto pelo tempo. Então, enquanto é tempo, enquanto temos forças e estamos lúcidos, façamos tudo o que pudermos pela causa do Reino, e pelo próximo. Amar o próximo como a ti mesmo, isso foi explicado pelo próprio Jesus em outra oportunidade. É fazer ou desejar ao próximo exatamente o que desejamos e fazemos para nós mesmos.  
 
Jesus no Evangelho de hoje deixa bem claro o que em outra fala disse: "Quero caridade e não sacrifício." Hoje Jesus afirma que "amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios".
 
O AMOR A SI MESMO
 
É importante ser ensinável, se submeter à sã doutrina. Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas crises que só o ESPÍRITO SANTO pode levar à uma saída. Às vezes inexistem respostas em lugar algum da mente humana, e então o ESPÍRITO SANTO precisa nos ensinar como sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e bloquear todas as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:
 
“...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine...” (I João 2:27).
 
“...a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1:25).
 
As coisas que DEUS deseja fazer por nós ainda nem sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.
 
“...nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9).
Elas são reveladas pelo ESPÍRITO em nós!
 
“...DEUS no-lo revelou pelo ESPÍRITO...”
Se aquilo que DEUS preparou para nós ainda “nem penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?
“Porque qual dos homens sabe as cousas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de DEUS, ninguém as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I Coríntios 2:11).
 
Não estou contra o cristão buscar bom aconselhamento. Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale sequer mencionar, a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum outro ser humano pode ser a sua fonte de felicidade e paz!
Os que se apóiam nos braços da carne cavam poços que não agüentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.
 
“Não sabeis que sois santuário de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (I Coríntios 3:16).
 
“Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gal. 5:22).
 
“é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe (em nós) e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
 
“em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o SANTO ESPÍRITO da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade...” (Efésios 1:13,14).
 
Você está pronto para receber essa verdade e agir baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar, para guiar, para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão; para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a entender todas as coisas que DEUS graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que foi prometido a um filho de DEUS; para lhe recompensar por sua diligência; para lhe assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um lugar de repouso suave e de verdade.
 
O AMOR AO PRÓXIMO
 
A questão do relacionamento humano se torna ajustada, encaminhada e equilibrada quando há o diferencial DEUS, que nos tornou, pela salvação em CRISTO JESUS, Seus filhos, e criou a família de fé na qual somos irmãos que devem aprender a se amar. Afinal, "Aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos" e, "Nisto são manifestos os filhos de DEUS, e os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de DEUS, nem aquele que não ama a seu irmão" (1Jo 2.11; 3.10).
 
Entendamos: para o Antigo Testamento, para a cultura hebréia, o próximo, o semelhante era o igual. Os termos de Levítico 19.18 deixam claro esse fato: "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor" (cf. Pv 3.28; Jr 22.13).
 
Amar o próximo tinha como contrapartida odiar o inimigo. Assim o refletem Êxodo 15.6 e Levítico 26.8: "A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor, despedaça o inimigo"; "Cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós perseguirão a dez mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós". JESUS e os apóstolos, porém, estendem o significado: "Amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios", disse um escriba ao Mestre, que aprovou a sua exclamação (cf. Mc 12.33). "Cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação", enunciou Paulo (Rm 15.2), precisamente na linha de João que deixou a exortação, "Aquele que não ama a seu irmão a quem viu, como pode amar a DEUS a quem não viu?" (1Jo 4.20b).
 
4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento (2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver. Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31).
 
João nos admoesta a demonstrar amor, por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).
 
III – SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOSAS OBRAS DAS TREVAS
 
DEBAIXO DA TUTELA DO AMOR.
 
O que é uma tutela? A tutela é um “encargo jurídico de vetar por, representar na vida civil e administrar os bens de menor, interdito ou pessoa desaparecida”. Logo, ter um tutor significa ter alguém para amparar, defender e proteger. Fora da tutela do amor ágape, amor divino, o crente pode voltar à prática das velhas obras infrutuosas da carne. Sem o amor de Deus, em nós, somos capazes de amar mais as trevas que a luz (Jo 3.19).
 
 
AMOR, ANTÍDOTO CONTRA O PECADO.
 
O antídoto contra o pecado é a palavra de Deus (Vontade de Deus). Se a guardamos em nossos corações, quando vierem as tentações e as propostas que desagradam a vontade de Deus, então saberemos a melhor decisão a ser tomada. O maior exemplo disso foi dado pelo próprio Senhor Jesus quando foi tentado no deserto. Esse momento está registrado no evangelho de Mateus capítulo 4. Todas as vezes que era tentado a fazer a vontade de Satanás (adversário), Jesus demonstrava que conhecia a vontade de Deus e escolhia sempre agradar a Deus fazendo a vontade d’Ele e não a de Satanás. Em uma dessas propostas, Jesus respondeu: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus (o homem vive da vontade de Deus, sem a mesma, o homem não tem a vida plena) Mateus 4:4.
 
O AMOR LEVA À OBEDIÊNCIA.
 
Jesus disse que se nós O amamos, obedeceremos aos Seus mandamentos (ver João 14:15), e o apóstolo João escreveu que amar a Deus consiste em que andemos em obediência (ver 2 João 6). Gosto de dizer que o nível da nossa obediência a Jesus determina o nível do nosso amor por Ele. Creio que tanto um quanto o outro podem crescer - e eles de fato crescem. Em nosso relacionamento com Deus, tudo, depois da salvação inicial, é um processo. Não se decepcione consigo mesmo se você ainda está no processo. Jesus não ficará zangado quando, ao vir buscá-lo, você ainda não estiver chegado à marca da perfeição, mas Ele com certeza espera encontrar todos nós avançando com determinação.
 
O mandamento que deveríamos nos esforçar para obedecer ao longo das nossas vidas é o andar em amor. Nossas vidas e nosso comportamento mudarão drasticamente se todos os nossos pensamentos, palavras e atos forem guiados pelo amor. Eles devem ser conduzidos pelo amor que dedicamos a Deus, a nós mesmos e aos outros. A palavra de Deus nos ensina a amar a todos, inclusive a nós mesmos. Gosto de dizer: "Não fique apaixonado por si mesmo, mas ame a si mesmo de forma equilibrada". Se você se recusa a amara si mesmo, então não está recebendo o presente que Deus quer lhe dar. Não podemos merecer o amor de Deus. Ele vem até nós incondicionalmente. Deus é quem nos ama primeiro, e Ele derrama o Seu amor dentro de nós para que possamos amá-lo, amar a nós mesmos e amar os outros. Ele não espera que demos nada que não tenhamos.
 
Às vezes fazemos com que ser cristão se torne muito difícil e complicado. Achamos que devemos seguir centenas de regras e fazer uma infinidade de coisas, mas Jesus disse que se simplesmente andarmos em amor, isto basta (ver João 15:12). A razão disso é que se nos concentrarmos no amor, todas as outras coisas que Ele pede que nós façamos também chegarão a ser feitas. O amor nos motiva a obedecer, a orar, a sermos bons e misericordiosos, a dar, a perdoar, a nos arrependermos e a colocarmos em prática outros aspectos da nossa fé cristã.
 
 
Conclusão
 
Deus está nos chamando para o ponto de partida, o inicio mesmo, onde tudo começou, no amor ( 1 Cor 14:8 ). Se a trombeta der um som incerto quem se preparará para a batalha? Este é o som da trombeta chamando-o, hoje, para uma vida de amor e entrega. Gálatas 2: 20. Jesus nos amou o suficiente para morrer em nosso lugar. Ele escolheu aceitar o nosso castigo para que pudéssemos passar a eternidade com o Pai. Em sua morte, Cristo realizou o maior ato de amor já visto por olhos humanos. Tudo isto, exclusivamente, por amor a nós.
 
 
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Setor I - Em Dourados – MS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
o amor puro e insondável, proveniente de deus
 
TEXTO ÁUREO = “E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27).
 
VERDADE APLICADA = Demonstrar amor nem sempre é suficiente, importante é como você ama.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
 
MOSTRAR o amor como dom divino;
ENSINAR como compartilhar o amor;
REVELAR para que serve o amor.
 
TEXTOS BIBLICO – I CORINTIOS 13: 1 – 7
 
INTRODUÇÃO
 
Esta lição inicia de fato o estudo sobre o “Fruto do Espírito”, conforme proposta advinda do próprio tema da Revista. Não que os títulos das lições anteriores não tivessem nenhuma relação com o tema, mas porque foram abordadas de forma indireta, destacando apenas os seus aspectos, de um modo geral, à era pós-modernidade. Nesta lição, portanto estudaremos o significado do amor como Fruto do Espírito e como ele se manifesta na vida do crente (Gl 5.22-25).
 
1. AMOR: UM DOM DIVINO
 
A Bíblia não diz que Deus poderia e nem tão pouco que Deus poderá amar. Diz que Deus é amor (1Jo 4.16). Portanto, amor é mais do que “um dom divino”, é a própria essência do seu Ser e de sua Natureza. Uma vez que Deus é amor, é absolutamente natural que Ele ame (Jo 3.16), mas isto não é um dom em si é a sua própria essência (1Jo 4.16). É por isso que podemos afirmar, sem medo de errar, que não existe uma só pessoa vivendo sobre a face da terra que não seja amado por Deus.
 
Mais ainda: Ele ama cada uma dessas pessoas da mesma maneira, pois é da natureza Dele amar. Entender essa diferença é importante até mesmo para nós que somos reflexos do seu amor. Sabe por que na Bíblia o amor é Fruto e não Dom? Pois vou lhe dizer:
 
1) Os dons são repartidos (1 Co 12.11), enquanto o fruto é produzido (gerado) dentro de cada um de nós (Gl 5.22);
2). Os dons identificam-se com o que fazemos (1Co 12.7), enquanto o fruto identifica-se com o que somos (Mt 12.35);
3) os dons vêm de fora (At 2.2), enquanto o fruto brota do interior (Mt 12.35);
 
4) dons habilitam a servir com poder (1 Co 12.1-11), enquanto fruto capacita a ser como Cristo (Gl 2.20; Ef 4.24; 1 Co 1.30);
 
5) Dons são vários e distintos(1 Co 12.1-11), enquanto o fruto é um só, acompanhado de nove qualidades singulares(Gl 5.22-23);
 
6) dons são manifestações rápidas (1 Co 14.27); enquanto o fruto cresce e desenvolve gradativamente (Tg 5.7);
 
7) dons são temporais (1 Co 13.8), enquanto o fruto permanece para a eternidade (1 Co 13.8); etc.
 
Diante disto, podemos afirmar que o Amor divino é mais do que um mero dom, ele é a vitória sobre a natureza carnal, obtida mediante o fruto do Espírito Santo e com ele somos desafiados a amar até mesmo nossos inimigos (Gl 5.22; Mt 5.43-47; Rm 12.9-14; 17-21; Cl 3.14).
 
1.1. O amor identifica o servo de Cristo
 
No Reino de Deus, o serviço só tem valor quando o amor divino está presente no coração daqueles que professam servir a Jesus (1Co 13.3). O verdadeiro discípulo de Jesus é identificado pelo amor (Jo 13.35). A Bíblia nos assevera que sem esse amor nada tem importância ou expressividade uma vez que todas as coisas se anulam pela ausência do amor (1Co 13.1-3). De que adianta ao crente ser dotado de todos os dons e até demonstrar auto-sacrifício, se ele não pratica o amor de Deus em sua vida cotidiana? Sem o verdadeiro amor de Deus operando em nossos corações, os mais destacados dons tornam-se ineficazes (1Co 13.1-3). É com amor altruísta e desinteressado que devemos servir ao Senhor Jesus e ao próximo (Mc 12.31; Lc 10.25-37; 1Jo 3.16). Quem não exercita o amor não pode ser tido como verdadeiro serve de Cristo (1Jo 4.7-8; Jo 13.35; Rm 5.5-8).
 
1.2. Amor, essência do Evangelho
 
O Evangelho existe porque o amor existe. O amor de Deus só é sentido verdadeiramente e em sua plenitude por aqueles que já experimentaram o evangelho da graça de Deus. O amor é a própria essência do Evangelho, e Jesus Cristo é nosso exemplo. Sua vida aqui na terra foi um legado de amor. Ele curou os enfermos, ergueu os debilitados e salvou os pecadores. Seu amor é de tal natureza que garante um constante interesse no bem estar físico e espiritual de suas criaturas, a ponto de levá-Lo a fazer um sacrifício além da concepção humana para manifestar esse amor.
 
Sendo assim, seu amor já não é um mero sentimento, mas um ato totalmente manifesta através da graça, e, isto por si só, prova que a virtude do amor, é não só, a essência do Evangelho, mas a essência de todas as virtudes morais de Cristo, germinada pelo Espírito Santo na vida do crente (1Co 13.13).
 
1.3. Amar pregando o Evangelho
 
O Evangelho de Jesus Cristo está sintetizado na prática do amor. Ele nada mais é do que: Amar a Deus acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo (Mt 22.37-39). Jesus nos deixou como principal mandamento, que nos amássemos uns aos outros assim como Ele nos amou. O nosso amor a Deus manifesta-se através de nosso amor aos nossos semelhantes. Quando amamos ao próximo, estamos amando também a Deus. Se não amamos o próximo, não há como amarmos a Deus (1Jo 4.7-8,11-12,20-21). Com base no exemplo de Cristo, esse amor não deve ser apenas um sentimento, mas uma prática (1Jo 3.16-17).
 
Devemos fazer se preciso sacrifícios por alguém, por mais desmerecedor que ela seja. Temos que procurar servi-la como a nós mesmo, sem querer receber algo em troca (1Co 13.5). Será que amo de fato a Deus e ao próximo? Como tenho demonstrado esse amor? ... Então, por que não evangelizamos? Porque falta o amor. Por que temos dificuldade em perdoar? Porque falta o amor. Por que não mantemos nossa vida em santidade? Porque falta o amor. Por que somos inconstantes ao fazer a vontade de Deus? Por que falta o amor, etc. Deste modo o amor divino deve servir como base para o amor que devemos ter para com o próximo (Lc 10.27; Mt 22.39).
 
2. COMPARTILHANDO O AMOR
 
O Fruto do Espírito é imprescindível à vida cristã, pois são virtudes e qualidade geradas pelo Espírito Santo no caráter e na personalidade do crente, objetivando sua transformação segundo a natureza divina (Ef 3.19; 2Co 3.18; 4.10-11; 2 Pe 1.3-4; Jo 15.1-5). O fruto pode ser visto em três cachos ou aspectos relacionais:
 
1) Na relação do cristão com Deus: Amor, paz e alegria (virtudes obtidas através de autêntico e verdadeiro relacionamento com Deus);
2) na relação do cristão com os outros: Longanimidade, benignidade e bondade (virtudes que devemos exercitar na relação para com nossos semelhantes);
3) na relação do cristão consigo mesmo: Fé, mansidão e domínio próprio (virtudes ligadas à nossa conduta interna e pessoal).
 
O amor por ser a seiva (base) que ativa o fruto e dá qualidade a ele em todos os cachos ou aspectos, muitos confundem à sua classificação. Alguns apresentam como sendo da relação para consigo mesmo, como apresentado pelo comentarista; outros como sendo de relação com os outros, pois ligam à caridade, que seria o amor buscando o interesse do outro, etc.
Mas, isto não tem muita importância, pois não muda a essência do fruto em si. A verdade é que nenhuma parte do fruto do Espírito subsiste isoladamente. Não podemos dizer que temos paz e alegria se não temos amor; nem ainda que somos longânimes, benignos e bondosos se também não demonstrar amor; muito menos que temos fé, mansidão e domínio próprio se não há amor jorrando dentro de nós. 
 
2.1. Relacionamentos comprometidos
 
A maioria de nossos relacionamentos está comprometida por causa de nosso individualismo, cujas manifestações trazem consigo o egoísmo, a inimizade, o ódio, etc (Rm 1.29). Precisamos entender que toda nossa vida consiste em relacionamentos. Tudo que o ser humano é reflete-se em seu modo de lidar com as pessoas. Por isso, a Bíblia nos ensina não só a viver em grupo, mas como viver em grupo. O padrão de comportamento, em todo e qualquer relacionamento, conforme ensinado nas Escrituras é e sempre será pautada no amor e ele não aceita que se leve em consideração os próprios interesses (1Co 13.5), já que a sua base está no amor e se contrapõe ao individualismo egocêntrico tão praticado nos dias atuais. Para evitar que nossos relacionamentos sejam comprometidos ou causem rompimentos precisamos exercitar no dia a dia o amor, pois além de nos conservar perto de quem amamos é também o distintivo de que nossa vida foi realmente transformada pelo poder de Deus.
 
2.2. O esfriamento do amor
 
Tudo o que a Bíblia diz sobre os sinais proféticos dos fins do tempo já se cumpriram e estão se cumprindo, e, muitos cristãos de certa forma, estão “atentos” para o cumprimento desses sinais “externos e visíveis”. Todavia, a maioria em todo o mundo (a Bíblia diz: quase todos), tem se esquecido e estão “despreocupados” com um sinal “interior” que é o esfriamento do amor (Mt 24.12).
 
É lamentável que um cristão esteja em alerta quanto ao cumprimento dos sinais proféticos em sua volta e no final se torna vítima do cumprimento de uma em sua própria vida, ocasionando-lhes enormes prejuízos espirituais. Isso deve servir como motivo de alerta para todos nós! Basta uma breve reflexão para ela nos revelar que muitas de nossas ações indicam um esfriamento ou até mesmo a falta de amor em nossas vidas: Lamentavelmente, há entre nós muita hipocrisia; muitos falsos e maus testemunhos; muita falta de compromisso com a verdade, com as coisas santas; muitos que não conseguem suportar e nem perdoar o outro, etc. Nós fomos escolhidos pelo Senhor para fazer a diferença nessa terra, portanto, vamos tomar posse das nossas responsabilidades e fazer com que o amor de Deus seja visto e sentido por todos aqueles que nos cercam.
 
 
2.3. Difundindo o verdadeiro amor
 
O verdadeiro amor tem de produzir atitudes, obras e serviços, do contrário a ela poderá ser apresentada como morta e sem valor (1Jo 3.14; Tg 2.17,26). O amor de Deus em nós é o resultado da transformação espiritual experimentada na conversão, e por isso, só pode ser verdadeiramente sentido e difundido, em sua plenitude, por aqueles que vivenciam a graça. Lamentavelmente, há muitos nos dias de hoje que vivem uma “fé teórica” e acham que deve amar o próximo “do jeito que puder”, dizem que são discípulos de Cristo, mas estão a redil dos compromissos e virtudes cristãs.
 
Encontram seriíssimas dificuldades em evidenciar sua fé por intermédio de suas ações, atitudes e comportamentos, e, alguns quando conseguem, ainda o fazem desprovidos do amor, porque visam interesses pessoais e não ao bem-estar espiritual, físico ou emocional dos outros e muito menos a glória de Deus (Mt 5.16; 1 Jo 3.18). A despeito de nossas limitações o Apóstolo Paulo, declara que o verdadeiro amor segue o mesmo padrão do Meigo Nazareno: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5.1-2).
 
O Apóstolo João ratifica o que disse Paulo e apresenta o amor como sacrifício para que os cristãos comprovem o seu verdadeiro amor: “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16). Alguém ainda pode questionar dizendo: como nós, meros humanos mortais e finitos, podemos imitar o supremo Deus, imortal e eterno? É bem verdade que não há nenhuma possibilidade de nós, seres humanos, nos assemelharmos a Deus em seus atributos naturais, isto é, naqueles atributos que pertencem unicamente à Sua natureza como a onisciência, a onipresença, a onipotência, etc.
 
No entanto, há outros atributos, os quais são conhecidos como atributos morais, que também pertencem à natureza de Deus, mas que, no entanto, foram comunicados e transferidos a nós seres humanos, a fim de nos fazer participantes de Sua natureza, tais como santidade, amor, fidelidade, etc (Hb 12.10).
 
Exemplifiquemos: Deus é Santo (Lv 11.44-45; Ex 15.11; I Sm 2.2; Sl 99.5; Is 6.3).
 
Esse é um atributo moral de Deus e que foi transferido ao homem. É por isso, que Deus requer de todo aquele que com Ele se relacione também seja santo (1Pe 1.15,16; I Ts 4.7; I Co 1.2; Rm 1.7);
 
Da mesma forma, Deus é amor (1Jo 4.16; 4.7-8), e todo aquele que com Ele se relaciona deve também amar uns aos outros com amor ágape, isto é, amor sacrificial (1 Jo 4.11-12; 1 Jo 3.16; Ef 5.1-2).
 
O fato é que todo ser humano, ao nascer de novo, adquiri a possibilidade de desfrutar dos atributos morais, isto é, comunicáveis ou transferíveis de Deus.
 
3. LIÇÕES PRÁTICAS
 
“Pelos seus frutos os conhecereis...” (Mt 7.16). Disse Jesus acerca dos falsos profetas. Na prática, nós também somos conhecidos pelos nossos frutos, ou para ser mais específico, pelo fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23). Assim como a carne manifestam suas obras (Gl 5.19-21), da mesma forma, o Espírito manifesta-se através do seu fruto.  Quando a carne domina, as suas obras se tornam evidentes. Mas quando o senhorio é do Espírito Santo, torna claro por quem ele está sendo dominado.
 
3.1. Os benefícios do amor
 
A Bíblia sempre mostra que na vida cristã quando nos abnegamos em prol de situações que fogem de nossos próprios interesses, sempre somos recompensados ou beneficiados (Mt 5.12; 6.4-6,18; 10.41-42; 25.14-46). Em relação ao amor, não é diferente. As Escrituras também nos dão a ideia de que quando amamos de fato somos premiados, não com coisas necessariamente materiais, mas com benefícios provenientes do próprio amor.
 
Por exemplo: a) Quando amamos provamos do verdadeiro amor de Deus. Ele não é apenas o nosso exemplo de amor (Jo 13.15), mas também aquele que capacita a amar mediante o Espírito Santo que habita em nós (Rm 5.5; 8.9; 2Co 1.22); b) Quando estamos arraigados no amor, estamos também arraigados em Cristo (Cl 2.7; Ef 3.17); c) O amor de Deus nos dá segurança e firmeza espiritual (Ct 2.4); d) O amor de Deus afasta o temor (1 Jo 4.18; 2 Tm 1.7); e) O amor de Deus nos torna uma só família (1 Jo 4.21).
 
3.2. A prova do amadurecimento
 
A prova do amadurecimento na vida cristã está diretamente proporcional à prática do amor. É o amor que nos dá a capacidade de crescer em todas as áreas de nossa vida até alcançarmos o amadurecimento e a maturidade espiritual. À medida que o homem recebe a luz do evangelho, as trevas vão sendo dissipadas, o Espírito Santo vai transformando e o amor de Cristo vai aperfeiçoando e elevando-nos para as alturas espirituais (Rm 8.29). Só podemos ser considerados espiritualmente adultos ou maduros quando somos aperfeiçoados pelo amor de Cristo (2Co 12.15).
 
Com o passar do tempo e sendo constantemente exercitado, o amor de Cristo tende a ser cada vez mais intenso e visível (Rm 12.9-10; 13.8-10; Fp 1.9). O homem quando pecou comprometeu a imagem de Deus recebida na criação; porém, quando ele se converte e é redimido no sangue de Jesus, resgata a natureza de Deus que outrora fora perdida.
E quando ele se põe atento ao processo de transformação em que o Espírito Santo o colocou, ele é transformado diariamente a fim de alcançar a estatura de varão perfeito (Ef 4.13). O amor é o elo que determina o amadurecimento e aperfeiçoamento dos crentes (Cl 3.14; 2.2).
 
3.3. Ganhando almas pelo amor
 
O amor é uma das formas mais eficazes de ganhar almas para o Reino de Deus. Os incrédulos só saberão o que significa amor, quando nós cristãos vivenciarmos e falarmos deste amor. O mundo está cobrando este amor por parte de cada um de nós, e Deus, um dia, certamente também irá cobrar! (1Pe 4.17). Para ganhar almas é preciso primeiro amor e depois disposição e comprometimento com o Reino de Deus.
Da mesma forma como fomos alcançados pelo amor, estando nós ainda mortos em ofensas e pecados (Ef 2.1), assim devemos encontrar disposição para levar a Palavra de Deus a todos àqueles estão no mundo, a fim de que possam ser também alcançados e ganhados pelo amor. Jesus quer manifestar seu amor através de nós, mas é necessário fazermos uma avaliação de nossos procedimentos e verificar o quanto temos obedecido à Ele tocante à essa pratica.
 
CONCLUSÃO
 
O amor cristão é o resultado da transformação espiritual experimentada no Novo Nascimento e a prática central da mensagem da fé cristã. É lamentável que haja no seio da igreja pessoas que acalentam sentimentos de ódio, inveja, contenda, discórdia, rivalidades, etc. Cristãos que aborrecem e odeiam uns aos outros. Tais comportamentos são inaceitáveis aos olhos de Deus (Mt 24.10). É uma tristeza saber que em nosso meio as virtudes do fruto do Espírito sejam tão raras e a impiedade e os conflitos entre irmãos tão comuns! Quem se diz crente, mas se deixa dominar pela ira ou amargura contra seu irmão, não pode ser chamado de discípulo de Jesus e muito menos de filhos de Deus, pois Deus é amor (Jo 13.34-35, 1 Jo 3.10-18; 4.7-8).
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 
Revista do professor: Jovens e Adultos. Fruto do Espírito. Destacando os aspectos do caráter cristão na era da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2016. Ano 26 n° 99. Lição 05 – O amor puro e insondável, proveniente de Deus.
 
Revista do professor: Jovens e Adultos. Fidelidade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 94. Lição 11 – Amor: fundamento da fidelidade.
 
LIÇÕES BÍBLICAS: Jovens e Adultos. Verdades Pentecostais. Editora CPAD – 1º Trimestre de 1998. Lição 11 – O Fruto do Espírito.
 
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel Ltda. 1ª Edição, 2014.
 
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
 
Amor: O fruto excelente
 
TEXTO ÁUREO = “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4.7).
 
VERDADE PRÁTICA = O amor é a essência de todas as virtudes morais de Cristo originadas pelo Espírito Santo, e implantadas no crente.
 
LEITURA BÍBLICA= João 13.34.35; Lucas 6.27-35.
 
PONTO DE CONTATO
 
Professor, como está a motivação de seus alunos para o tema em apreço? Eles participaram das aulas? Responderam as questões propostas? É preciso ensinar com dinamismo, criatividade e profundidade. Não são poucos os alunos que desconsideram estes assuntos por acharem que já os conhecem: “Já sei o que vão ensinar: que preciso amar e ter paz com meu irmão...”. Para estes, uma aula monótona e repetitiva é desmotivadora. Por isso, você deve ensinar utilizando todos os recursos didáticos que estiverem a sua disposição. Use constantemente das ilustrações. Procure “tocar” não apenas a razão, mas a alma e os sentimentos de seus alunos. Se possível, adquira a revista Ensinador Cristão n° 21. Nela, você encontrará várias sugestões de dinâmicas.
 
OBJETIVOS
 
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
 
• Estabelecer a diferença entre o amor agapē, philia e eros.
• Distinguir as três dimensões do amor.
• Refletir sobre seu relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
 
SÍNTESE TEXTUAL
 
A recomendação de Jesus em Lucas 6.27-35 corresponde, com ligeiras modificações, a de Mateus 5.38-48. No contexto do Evangelho de Mateus, o ensino sucede à Lei do Talião, e incorporado à lei mosaica, exigia o castigo proporcional ao crime (Mt 5.38). Lucas, por escrever aos gregos, dispensa a frase-padrão “ouviste o que foi dito” por esta referir-se à tradição hebraica. A estrutura das estrofes dos versos 20-22 (bem-aventurados) se opõe aos versos 24-26 (os ais).
 
Os termos pobres, fome, choro e aborrecer contrastam com ricos, fartos, riso e falar bem, formando o que se chama de paralelismo antitético. Esses jogos de palavras e efeitos estilísticos são recursos retóricos do ensino de Cristo para enfatizar que o pobre, o faminto, o aflito e o odiado devem amar apesar de tudo: “Mas a vós, que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem” (Lc 6.27).
Os verbos estão no imperativo, isto é, em forma de ordem: amai... fazei... bendizei... orai, responsabilizando o indivíduo como agente ativo da prática do bem (vv.27-28). Entretanto, nos versos 29-30, verificamos a passividade do ofendido: te ferir..., te tirar a capa..., te pedir..., tomar o que é teu... Amar ao inimigo é ser solícito ao bem estar e salvação deste. Este amor inaudito foi demonstrado por Jesus que amou a todos, sem distinção.
 
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
 
Professor, vamos ministrar esta lição usando um recurso didático já no primeiro tópico? Trata-se do Quadro de Relações Múltiplas. Este auxílio permite ao aluno compreender as múltiplas relações de uma mesma palavra. No tema Os Três Tipos de Amor, temos três termos que o estruturam: agapē, philia e eros. Para que a classe perceba a ênfase de cada um destes vocábulos reproduza o gráfico abaixo. Este pode ser feito na lousa, apresentado no flipchart ou no flanelógrafo. Acrescente um outro tipo de amor definido pelos gregos, storge, o amor do núcleo familiar.
 
INTRODUÇÃO
 
O amor, em seu conceito mais sublime, é personificado em Deus. A melhor e mais curta definição do amor é Deus, pois, Deus é amor. Este foi manifesto à humanidade por Jesus Cristo (Rm 5.8; Jo 13.1).
 
A quem Jesus tanto amou que voluntariamente deu sua própria vida? A indivíduos perfeitos? Não! Um dos discípulos negou-o; outro duvidou dele; três dos que compunham o círculo interno dormiram enquanto Ele agonizava no jardim do Getsêmani; dois desses almejaram elevadas posições em seu Reino; outro tornou-se o traidor.
 
E quando Jesus ressuscitou, alguns não creram. Mas Jesus amou-os até ao fim — até à plena extensão do seu amor. Ele foi abandonado, traído, desapontado e rejeitado, contudo, amou!Nesta lição, estudaremos o significado do amor como fruto do Espírito, e como é manifestado na vida do crente.
 
I. OS TRÊS TIPOS DE AMOR
 
Amor é a suprema virtude do fruto espiritual! Jesus foi persistente ao ensinar os discípulos acerca do amor (Jo 13.34,35). A respeito de que amor Jesus estava falando? Há pelo menos três tipos de amor que consideraremos resumidamente.
 
1. Amor divino (Jo 3.16). O amor divino é expresso pela palavra grega agapē que significa “amor abnegado; amor profundo e constante”, como o amor de Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso intelecto, emoções, vontade, enfim, todo o nosso ser.
O Espírito Santo a manifestará em nós, à proporção que lhe entregamos inteiramente a vida. Este predicado flui de Deus para nós que o retornamos em louvor a Deus, adoração, serviço e obediência a sua Palavra: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). É o amor agapē descrito em 1 Coríntios 13.
 
2. Amor fraterno. Em 2 Pedro 1.7, encontramos o amor expresso pela palavra original philia, que significa “amor fraternal ou bondade fraterna e afeição”. É amizade, um amor humano, limitado. Esse tipo é essencial nos relacionamentos interpessoais, no entanto, é inferior ao agapē, porquanto depende de uma reciprocidade; ou seja, somos amigáveis e amorosos somente com os que assim agem (Lc 6.32).
 
3. Amor físico. Há outro aspecto do amor humano, o qual não é mencionado na Bíblia, contudo, está fortemente subentendido através de fatos: o eros. Este é o amor físico proveniente dos sentidos naturais, instintos e paixões. Costuma basear-se no que vemos e sentimos; pode ser egoísta, temporário e superficial, e tornar-se concupiscência. É inferior aos outros porque muitas vezes é usado levianamente.
 
O maior desses é o amor agapē — o amor de Deus, que foi manifestado na vida de Jesus. Este possui três dimensões: amor a Deus, a si mesmo e ao próximo (Lc 10.27).
 
II. AMOR A DEUS — A DIMENSÃO VERTICAL
 
1. Amar a Deus acima de tudo. Amar a Deus é nosso maior dever e privilégio. Como fazer isso? De todo o nosso coração, alma, força e entendimento! A palavra coração refere-se ao homem interior, isto é, envolve espírito e alma. Devemos amar a Deus com toda a plenitude de nosso ser, acima de tudo. Assim sendo, também amaremos o que Ele ama e lhe pertence: sua Palavra, seus filhos, sua obra, sua igreja e as ovelhas perdidas, pelas quais estaremos dispostos a sofrer (Fp 1.29). Quando sofremos por Cristo, dispomo-nos a padecer perseguições a fim de glorificá-lo, e revelamos seu amor ao pecador. Ao sofrermos com Cristo, sentimos o que Ele sentiu pelo pecado e pelo pecador, conforme está descrito em Mateus 9.36.
 
2. O exemplo de Jesus. Sabemos o que é o amor agapē pelo exemplo de Jesus. É o amor que Jesus ensinou e viveu (Jo 14.21); é difícil de compreender. O apóstolo Paulo fala a esse respeito em Efésios 3.17-19. Neste texto, observamos que este amor leva-nos a amar: arraigados em amor, para compreendê-lo e conhecê-lo!
 
3. O teste do amor agapē. Seu amor agapē é direcionado a Deus? Isto pode ser verificado através de sua obediência. Jesus disse: “Se me amardes, guardareis [obedecereis] os meus mandamentos” (Jo 14.15); “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda [obedece], este é o que me ama” (Jo 14.21); “Se alguém me ama, guardará [obedecerá] a minha palavra. [...] Quem não me ama não guarda [obedece] as minhas palavras” (Jo 14.23,24). O Espírito Santo revela-nos o amor de Deus com o intuito de amá-lo e conhecê-lo ainda mais. Nossa sensibilidade em sua direção expressa obediência, e agrada a Deus.
 
III. AMOR AO PRÓXIMO — A DIMENSÃO HORIZONTAL
 
Não conseguiremos amar nosso semelhante com amor agapē, salvo se amarmos a Deus primeiro. É o Espírito Santo que nos capacita para cumprir o segundo maior mandamento da lei (Lv 19.18). O apóstolo João enfatizou a importância do amor agapē ao próximo: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade [o amor] é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade [amor]. [...] Se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade [amor]. Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1Jo 4.7,8,12,20).
 
Ao exortar um intérprete da lei a amar a Deus e o próximo, Jesus afirmou: “Faze isso e viverás”, ele, porém, perguntou-lhe: “Quem é o meu próximo?”. Leia a resposta do Mestre em Lucas 10.30-37.
 
IV. AMOR A SI MESMO — A DIMENSÃO INTERIOR
 
1. O “amor a si mesmo” reflete o amor de Deus por nós. Pode parecer estranho sugerir que o amor agapē inclui amar a si mesmo. Este amor leva-nos a preocuparmo-nos com o eu espiritual, e a buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça, porquanto reconhecemos ser a vida eterna mais importante do que nossa existência aqui na terra.
 
O cristão que ama a si mesmo com amor agapē não só cuidará de suas necessidades pessoais, mas também permitirá ao Espírito Santo desenvolver o seu caráter mediante o estudo da Palavra de Deus, a oração e a comunhão com outros crentes. Ele desejará que o fruto do Espírito manifeste-se em sua vida, conformando-o à imagem de Cristo diariamente.
 
2. O pecado impede que a pessoa ame a si mesma. Há indivíduos que acham difícil amar a si mesmo em virtude de erros cometidos no passado. Eles sofrem de remorso. Contudo, o amor agapē, que flui de Cristo, proporciona perdão completo a cada pecado cometido (Rm 8.1). Podemos nos olhar através da graça de Deus e contemplar homens limpos de todo o pecado, purificados pelo sangue precioso de Jesus e com uma nova natureza concedida pelo Espírito Santo. Podemos amar esta nova criatura, e transmitir esse amor aos outros.
 
3. Relação entre as três dimensões do amor agapē. Estas dimensões são interdependentes. O amor que dedicamos a nós mesmos revela o nosso amor ao próximo, o qual, evidencia o nosso amor a Deus (1Jo 4.20,21). Precisamos aprender com o Espírito Santo o que significa o amor agapē. Em Efésios 5.10 está escrito para aprendermos a discernir o que é agradável ao Senhor. Como? Com o auxílio do Espírito Santo! Sem ele, podemos amar mais a glória dos homens do que a de Deus (Jo 12.43); mais as trevas do que a luz (Jo 3.19); mais a família do que Jesus (Mt 10.37); e priorizar os lugares mais importantes (Lc 11.43).
 
CONCLUSÃO
 
Jesus almeja que amemos as pessoas como Ele nos ama: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12). Isso nunca seria possível mediante o amor humano, limitado. Entretanto, à medida que o Espírito Santo desenvolve a semelhança de Cristo em nós, aprendemos a amar como Cristo amou.
 
 
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Setor I - Em Dourados – MS
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 
LUCADO, Max. Um amor que vale a pena. CPAD, 2003.
 
BRUNELLI, Walter. Conhecido pelo amor. CPAD, 1995.
 
Lições Bíblicas CPADJovens e Adultos1º Trimestre de 2005, O Fruto do Espírito — A plenitude de Cristo na vida do crente, Comentarista: Antonio Gilberto