QUEM AMA CUMPRE PLENAMENTE A LEI
Texto
Áureo = "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o
amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a
lei" (Rm 13.8).
Verdade
Prática = Amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos
12.8 – 14
INTRODUÇÃO
Neste estudo de hoje,
iremos falar sobre o amor; base de todas as qualidades do fruto do Espírito
gerado em nossos corações. Não se trata
de um amor qualquer, mais do amor de Deus! Somente quem possui o Espírito de
Deus em seu coração pode amar como Cristo amou. Antes de estudarmos sobre esta
primeira qualidade do fruto do Espírito, precisamos definir a que tipo de amor
o escritor está se referindo.
Existem vários “tipos
de amor” (o amor de um homem por uma mulher, o amor entre irmãos, o amor de
amigos, o amor de um pai pelo seu filho...), no entanto, somente um é
verdadeiro: o amor de Deus. Qualquer forma de amor deve ser baseada no amor de
Deus.
Um relacionamento
somente terá sucesso se for baseado no amor de Deus!
Quando lemos o texto de
Gl5. 22 , a palavra grega empregada para amor é “Ágape”, que significa o amor
de Deus.Que tipo de amor é este? É o amor que busca o bem do próximo, é aquele
que é doador. O verdadeiro amor abre mão dos seus próprios interesses em favor
do próximo sem exigir nada em troca.
Deus nos ensina o amor
e mostrou este amor entregando o que ele tem de mais precioso: o seu amado
filho unigênito Jesus Cristo. Jesus veio ao mundo para morrer em nosso lugar! (
Jo 3. 16; I Jo 4.9,10).
No texto que estamos
estudando, vemos que este amor de Deus deve manifestar-se na vida do servo de
Cristo e quem o produz é o Espírito Santo. O amor em nossas vidas revela a
presença de Deus em nosso interior.
I – A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE
AMOR,
UM ASPECTO DO FRUTO.
A primeira virtude do
fruto do Espírito é o amor divino ou ágape, o qual é abnegado, profundo e
constante; sua maior expressão encontra-se em Deus e no ato de Cristo na cruz.
O amor é a essência de todas as virtudes morais de Cristo originadas pelo Espírito
Santo, e implantadas no crente.
O amor, em seu conceito
mais sublime, é personificado em Deus. A melhor e mais curta definição do amor
é Deus, pois, Deus é Amor. Este foi manifesto à humanidade por Jesus Cristo
(João 3.16; 13.1/ Romanos 5.8/ 1 João 4.9,10).
Cristo é o amor
encarnado, a própria personificação do amor perseverante, doador e sacrifical
(João 1.14; 13.1; 15.9-13/ 2 Coríntios 8.9).
O
AMOR ÁGAPE
COM O AMOR “ÁGAPE”
DEVEMOS AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as
tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”
(Mc 12.30-31). Na Bíblia, o termo “ágape” ocorre com mais frequência que os
outros. Isso demonstra a importância desse amor!
Já, no versículo
bíblico seguinte, o apóstolo Paulo cita dois dos quatro tipos de amor: “Quanto,
porém, ao amor fraternal (amor “fileo”, no original “filadélfias”), não
necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus
que vos ameis (“ágape”) uns aos outros” (1Ts 4.9 ). O mesmo apóstolo também
escreveu: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal (no original,
“filadelfia”), preferindo-vos em honra uns aos outros.” (Rm12.10 ). Temos no
primeiro versículo a junção do “fileo” e do “ágape”, enquanto que, no segundo,
a expressão “amor fraternal” é a tradução do grego “filadelfia”.
Amar é um sentimento
que nunca deveria ser extinto do ser humano, apesar de a Palavra de Deus
afirmar que, “por se multiplicar a iniquidade(o pecado), o amor(“ágape”) de muitos
esfriará.”(Mt 24.12).
Bem. Ame sua esposa,
seus filhos, seus pais, seus irmãos, seus amigos e conhecidos, seus inimigos e,
sobretudo, a Deus. Amar faz bem para o corpo, para a alma e, principalmente,
para o espírito.
O
AMOR ÁGAPE DERRMAO EM NÓS
Embora o amor seja um
aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento
(2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver.
Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por
eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento
de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas
suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor,
por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv. 7-9), e Ele o
demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10).
Compartilhamos da sua
natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos amou, nós, que temos
experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o
próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, DEUS
continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).
Como sabermos se amamos
com o amor de DEUS? Se somos capazes de amar como DEUS ama, então sentimos este
amor fluir de cada um de nós.
Jo 3.16 - Porque DEUS
tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna. Somos capazes de amar a ponto de darmos
tudo o que temos de mais precioso, por amor aos outros?
Rm 5.8 - Mas DEUS demonstra
seu amor por nós: CRISTO morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Veja que DEUS não nos
amou porque éramos bons; somos capazes de amar aos pecadores e por eles darmos
nossas vidas?
Mt 5.44 - Mas eu lhes
digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, Somos capazes
de amar nossos inimigos e orar por eles?
Jo 13.35 - A marca
distintiva do crente
CONHECERÃO QUE SOIS
MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores
de CRISTO (1Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e
sacrificial, que visa ao bem do próximo (1Jo 4.9,10).
Por isso, o
relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude
dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos
outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os
sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o
mútuo bem-estar (cf1Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2
Pe 1.7).
II – AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
O
AMOR A DEUS
"Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e com toda a tua força! segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo!"
Os doutores da Lei
adicionaram aos Dez Mandamentos, cerca de 600 outros os quais lhes garantiam
privilégios que os enriqueciam cada vez mais. Jesus resume os Dez Mandamentos e
todos os preceitos, em apenas dois mandamentos.
Amar a Deus e ao próximo.
Amar a Deus de todo o
teu coração e de toda a tua alma, significa amar de verdade, com muita fé,
sinceridade e dedicação. Amar a Deusde todo o nosso entendimento, é agir de
acordo com o que sabemos, a respeito da palavra de Deus explicada por Jesus
Cristo. Exemplo. Se eu aprendi que é pecado maltratar o meu irmão, então em não
vou fazer isto, pois estou sabendo que é pecado. Por outro lado imaginemos que
alguém não soubesse que é pecado cobiçar a riqueza do próximo. Ele fez isso,
então sua falta seria atenuada.
Amar a Deus com toda a
tua força significa que o jovem ou adulto em pleno vigor físico e mental, tem
muito mais condições de servir a Deus do que um idoso, gasto pelo tempo. Então,
enquanto é tempo, enquanto temos forças e estamos lúcidos, façamos tudo o que
pudermos pela causa do Reino, e pelo próximo. Amar o próximo como a ti mesmo,
isso foi explicado pelo próprio Jesus em outra oportunidade. É fazer ou desejar
ao próximo exatamente o que desejamos e fazemos para nós mesmos.
Jesus no Evangelho de
hoje deixa bem claro o que em outra fala disse: "Quero caridade e não
sacrifício." Hoje Jesus afirma que "amar o próximo como a si mesmo é
melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios".
O
AMOR A SI MESMO
É importante ser
ensinável, se submeter à sã doutrina. Mas há algumas coisas que nenhum ser
humano pode ensinar. Há algumas crises que só o ESPÍRITO SANTO pode levar à uma
saída. Às vezes inexistem respostas em lugar algum da mente humana, e então o
ESPÍRITO SANTO precisa nos ensinar como sair da crise! Necessitamos voltar-nos
para o nosso interior, e bloquear todas as vozes e as falas exteriores. Eis a
prova:
“...a unção que dele
recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine...”
(I João 2:27).
“...a loucura de DEUS é
mais sábia do que os homens; e a fraqueza de DEUS é mais forte do que os
homens” (I Coríntios 1:25).
As coisas que DEUS
deseja fazer por nós ainda nem sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios
do mundo.
“...nem olhos viram,
nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem
preparado para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9).
Elas são reveladas pelo
ESPÍRITO em nós!
“...DEUS no-lo revelou
pelo ESPÍRITO...”
Se aquilo que DEUS
preparou para nós ainda “nem penetrou na mente humana”, como alguém poderá me
dizer algo que não sabe?
“Porque qual dos homens
sabe as cousas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim,
também as cousas de DEUS, ninguém as conhece, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I
Coríntios 2:11).
Não estou contra o
cristão buscar bom aconselhamento. Não estou contra a psicologia cristã. Mas
nenhuma delas vale sequer mencionar, a menos que leve a pessoa à esta verdade
absoluta: nenhum outro ser humano pode ser a sua fonte de felicidade e paz!
Os que se apóiam nos
braços da carne cavam poços que não agüentam um teste. Estão sempre precisando
de alguém para lhes derramar um conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.
“Não sabeis que sois
santuário de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (I Coríntios 3:16).
“Mas o fruto do
ESPÍRITO é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gal. 5:22).
“é necessário que
aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe (em nós) e que se torna
galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
“em quem também vós,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo
nele também crido, fostes selados com o SANTO ESPÍRITO da promessa, o qual é o
penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade...” (Efésios
1:13,14).
Você está pronto para
receber essa verdade e agir baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele
está em você: para consolar, para guiar, para guiar à toda a verdade; para lhe
mostrar as coisas que virão; para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas
enfermidades; para lhe ajudar a entender todas as coisas que DEUS graciosamente
lhe concedeu; para lhe trazer alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio
próprio; para lhe dar tudo que foi prometido a um filho de DEUS; para lhe
recompensar por sua diligência; para lhe assegurar liberdade; para lhe prover
acesso ao Pai; para lhe levar a um lugar de repouso suave e de verdade.
O
AMOR AO PRÓXIMO
A questão do
relacionamento humano se torna ajustada, encaminhada e equilibrada quando há o
diferencial DEUS, que nos tornou, pela salvação em CRISTO JESUS, Seus filhos, e
criou a família de fé na qual somos irmãos que devem aprender a se amar.
Afinal, "Aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas;
não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos" e,
"Nisto são manifestos os filhos de DEUS, e os filhos do diabo: quem não
pratica a justiça não é de DEUS, nem aquele que não ama a seu irmão" (1Jo
2.11; 3.10).
Entendamos: para o
Antigo Testamento, para a cultura hebréia, o próximo, o semelhante era o igual.
Os termos de Levítico 19.18 deixam claro esse fato: "Não te vingarás, nem
guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Eu sou o Senhor" (cf. Pv 3.28; Jr 22.13).
Amar o próximo tinha
como contrapartida odiar o inimigo. Assim o refletem Êxodo 15.6 e Levítico
26.8: "A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó
Senhor, despedaça o inimigo"; "Cinco de vós perseguirão a cem, e cem
de vós perseguirão a dez mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de
vós". JESUS e os apóstolos, porém, estendem o significado: "Amar ao
próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios",
disse um escriba ao Mestre, que aprovou a sua exclamação (cf. Mc 12.33).
"Cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação",
enunciou Paulo (Rm 15.2), precisamente na linha de João que deixou a exortação,
"Aquele que não ama a seu irmão a quem viu, como pode amar a DEUS a quem
não viu?" (1Jo 4.20b).
4.7 AMEMO-NOS UNS AOS
OUTROS. Embora o amor seja um aspecto do fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23) e uma
evidência do novo nascimento (2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a
responsabilidade de desenvolver. Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos
outros, a termos solicitude por eles e procurar o bem-estar deles. João não
está falando apenas em sentimento de boa-vontade, mas em disposição decisiva e
prática, de ajudar as pessoas nas suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31).
João nos admoesta a
demonstrar amor, por três razões: (1) O amor é a própria natureza de DEUS (vv.
7-9), e Ele o demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10).
Compartilhamos da sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque DEUS nos
amou, nós, que temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a
obrigação de ajudar o próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos
uns aos outros, DEUS continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós
aperfeiçoado (v. 12).
III – SOB A TUTELA DO AMOR,
REJEITEMOSAS OBRAS DAS TREVAS
DEBAIXO
DA TUTELA DO AMOR.
O que é uma tutela? A
tutela é um “encargo jurídico de vetar por, representar na vida civil e
administrar os bens de menor, interdito ou pessoa desaparecida”. Logo, ter um
tutor significa ter alguém para amparar, defender e proteger. Fora da tutela do
amor ágape, amor divino, o crente pode voltar à prática das velhas obras
infrutuosas da carne. Sem o amor de Deus, em nós, somos capazes de amar mais as
trevas que a luz (Jo 3.19).
AMOR,
ANTÍDOTO CONTRA O PECADO.
O antídoto contra o
pecado é a palavra de Deus (Vontade de Deus). Se a guardamos em nossos
corações, quando vierem as tentações e as propostas que desagradam a vontade de
Deus, então saberemos a melhor decisão a ser tomada. O maior exemplo disso foi
dado pelo próprio Senhor Jesus quando foi tentado no deserto. Esse momento está
registrado no evangelho de Mateus capítulo 4. Todas as vezes que era tentado a
fazer a vontade de Satanás (adversário), Jesus demonstrava que conhecia a
vontade de Deus e escolhia sempre agradar a Deus fazendo a vontade d’Ele e não
a de Satanás. Em uma dessas propostas, Jesus respondeu: Nem só de pão vive o
homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus (o homem vive da
vontade de Deus, sem a mesma, o homem não tem a vida plena) Mateus 4:4.
O
AMOR LEVA À OBEDIÊNCIA.
Jesus disse que se nós
O amamos, obedeceremos aos Seus mandamentos (ver João 14:15), e o apóstolo João
escreveu que amar a Deus consiste em que andemos em obediência (ver 2 João 6).
Gosto de dizer que o nível da nossa obediência a Jesus determina o nível do
nosso amor por Ele. Creio que tanto um quanto o outro podem crescer - e eles de
fato crescem. Em nosso relacionamento com Deus, tudo, depois da salvação
inicial, é um processo. Não se decepcione consigo mesmo se você ainda está no
processo. Jesus não ficará zangado quando, ao vir buscá-lo, você ainda não
estiver chegado à marca da perfeição, mas Ele com certeza espera encontrar
todos nós avançando com determinação.
O mandamento que
deveríamos nos esforçar para obedecer ao longo das nossas vidas é o andar em
amor. Nossas vidas e nosso comportamento mudarão drasticamente se todos os
nossos pensamentos, palavras e atos forem guiados pelo amor. Eles devem ser
conduzidos pelo amor que dedicamos a Deus, a nós mesmos e aos outros. A palavra
de Deus nos ensina a amar a todos, inclusive a nós mesmos. Gosto de dizer:
"Não fique apaixonado por si mesmo, mas ame a si mesmo de forma
equilibrada". Se você se recusa a amara si mesmo, então não está recebendo
o presente que Deus quer lhe dar. Não podemos merecer o amor de Deus. Ele vem
até nós incondicionalmente. Deus é quem nos ama primeiro, e Ele derrama o Seu
amor dentro de nós para que possamos amá-lo, amar a nós mesmos e amar os
outros. Ele não espera que demos nada que não tenhamos.
Às vezes fazemos com
que ser cristão se torne muito difícil e complicado. Achamos que devemos seguir
centenas de regras e fazer uma infinidade de coisas, mas Jesus disse que se
simplesmente andarmos em amor, isto basta (ver João 15:12). A razão disso é que
se nos concentrarmos no amor, todas as outras coisas que Ele pede que nós
façamos também chegarão a ser feitas. O amor nos motiva a obedecer, a orar, a
sermos bons e misericordiosos, a dar, a perdoar, a nos arrependermos e a
colocarmos em prática outros aspectos da nossa fé cristã.
Conclusão
Deus está nos chamando
para o ponto de partida, o inicio mesmo, onde tudo começou, no amor ( 1 Cor
14:8 ). Se a trombeta der um som incerto quem se preparará para a batalha? Este
é o som da trombeta chamando-o, hoje, para uma vida de amor e entrega. Gálatas
2: 20. Jesus nos amou o suficiente para morrer em nosso lugar. Ele escolheu
aceitar o nosso castigo para que pudéssemos passar a eternidade com o Pai. Em
sua morte, Cristo realizou o maior ato de amor já visto por olhos humanos. Tudo
isto, exclusivamente, por amor a nós.
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Setor I - Em Dourados – MS
o amor puro e insondável, proveniente de deus
TEXTO ÁUREO = “E,
respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao
teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27).
VERDADE APLICADA = Demonstrar
amor nem sempre é suficiente, importante é como você ama.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR o amor como dom divino;
► ENSINAR como compartilhar o amor;
► REVELAR para que serve o amor.
TEXTOS BIBLICO – I CORINTIOS 13: 1 – 7
INTRODUÇÃO
Esta lição inicia de fato o estudo sobre o “Fruto do Espírito”, conforme
proposta advinda do próprio tema da Revista. Não que os títulos das lições
anteriores não tivessem nenhuma relação com o tema, mas porque foram abordadas
de forma indireta, destacando apenas os seus aspectos, de um modo geral, à era
pós-modernidade. Nesta lição, portanto estudaremos o significado do amor como
Fruto do Espírito e como ele se manifesta na vida do crente (Gl 5.22-25).
1. AMOR: UM DOM
DIVINO
A Bíblia não diz que Deus poderia e nem tão pouco que Deus poderá amar.
Diz que Deus é amor (1Jo 4.16). Portanto, amor é mais do que “um dom divino”, é
a própria essência do seu Ser e de sua Natureza. Uma vez que Deus é amor, é
absolutamente natural que Ele ame (Jo 3.16), mas isto não é um dom em si é a
sua própria essência (1Jo 4.16). É por isso que podemos afirmar, sem medo de
errar, que não existe uma só pessoa vivendo sobre a face da terra que não seja
amado por Deus.
Mais ainda: Ele ama cada uma dessas pessoas da mesma maneira, pois é da
natureza Dele amar. Entender essa diferença é importante até mesmo para nós que
somos reflexos do seu amor. Sabe por que na Bíblia o amor é Fruto e não Dom?
Pois vou lhe dizer:
1) Os dons são repartidos (1 Co 12.11), enquanto o fruto é produzido
(gerado) dentro de cada um de nós (Gl 5.22);
2). Os dons identificam-se com o que fazemos (1Co 12.7), enquanto o fruto
identifica-se com o que somos (Mt 12.35);
3) os dons vêm de fora (At 2.2), enquanto o fruto brota do interior (Mt
12.35);
4) dons habilitam a servir com poder (1 Co 12.1-11), enquanto fruto
capacita a ser como Cristo (Gl 2.20; Ef 4.24; 1 Co 1.30);
5) Dons são vários e distintos(1 Co 12.1-11), enquanto o fruto é um só,
acompanhado de nove qualidades singulares(Gl 5.22-23);
6) dons são manifestações rápidas (1 Co 14.27); enquanto o fruto cresce e
desenvolve gradativamente (Tg 5.7);
7) dons são temporais (1 Co 13.8), enquanto o fruto permanece para a
eternidade (1 Co 13.8); etc.
Diante disto, podemos afirmar que o Amor divino é mais do que um mero
dom, ele é a vitória sobre a natureza carnal, obtida mediante o fruto do
Espírito Santo e com ele somos desafiados a amar até mesmo nossos inimigos (Gl
5.22; Mt 5.43-47; Rm 12.9-14; 17-21; Cl 3.14).
1.1. O amor
identifica o servo de Cristo
No Reino de Deus, o serviço só tem valor quando o amor divino está
presente no coração daqueles que professam servir a Jesus (1Co 13.3). O
verdadeiro discípulo de Jesus é identificado pelo amor (Jo 13.35). A Bíblia nos
assevera que sem esse amor nada tem importância ou expressividade uma vez que
todas as coisas se anulam pela ausência do amor (1Co 13.1-3). De que adianta ao
crente ser dotado de todos os dons e até demonstrar auto-sacrifício, se ele não
pratica o amor de Deus em sua vida cotidiana? Sem o verdadeiro amor de Deus
operando em nossos corações, os mais destacados dons tornam-se ineficazes (1Co
13.1-3). É com amor altruísta e desinteressado que devemos servir ao Senhor
Jesus e ao próximo (Mc 12.31; Lc 10.25-37; 1Jo 3.16). Quem não exercita o amor
não pode ser tido como verdadeiro serve de Cristo (1Jo 4.7-8; Jo 13.35; Rm
5.5-8).
1.2. Amor, essência
do Evangelho
O Evangelho existe porque o amor existe. O amor de Deus só é sentido
verdadeiramente e em sua plenitude por aqueles que já experimentaram o
evangelho da graça de Deus. O amor é a própria essência do Evangelho, e Jesus
Cristo é nosso exemplo. Sua vida aqui na terra foi um legado de amor. Ele curou
os enfermos, ergueu os debilitados e salvou os pecadores. Seu amor é de tal
natureza que garante um constante interesse no bem estar físico e espiritual de
suas criaturas, a ponto de levá-Lo a fazer um sacrifício além da concepção
humana para manifestar esse amor.
Sendo assim, seu amor já não é um mero sentimento, mas um ato totalmente
manifesta através da graça, e, isto por si só, prova que a virtude do amor, é
não só, a essência do Evangelho, mas a essência de todas as virtudes morais de
Cristo, germinada pelo Espírito Santo na vida do crente (1Co 13.13).
1.3. Amar pregando o
Evangelho
O Evangelho de Jesus Cristo está sintetizado na prática do amor. Ele nada
mais é do que: Amar a Deus acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo (Mt
22.37-39). Jesus nos deixou como principal mandamento, que nos amássemos uns
aos outros assim como Ele nos amou. O nosso amor a Deus manifesta-se através de
nosso amor aos nossos semelhantes. Quando amamos ao próximo, estamos amando
também a Deus. Se não amamos o próximo, não há como amarmos a Deus (1Jo
4.7-8,11-12,20-21). Com base no exemplo de Cristo, esse amor não deve ser
apenas um sentimento, mas uma prática (1Jo 3.16-17).
Devemos fazer se preciso sacrifícios por alguém, por mais desmerecedor
que ela seja. Temos que procurar servi-la como a nós mesmo, sem querer receber
algo em troca (1Co 13.5). Será que amo de fato a Deus e ao próximo? Como tenho
demonstrado esse amor? ... Então, por que não evangelizamos? Porque falta o
amor. Por que temos dificuldade em perdoar? Porque falta o amor. Por que não
mantemos nossa vida em santidade? Porque falta o amor. Por que somos
inconstantes ao fazer a vontade de Deus? Por que falta o amor, etc. Deste modo
o amor divino deve servir como base para o amor que devemos ter para com o
próximo (Lc 10.27; Mt 22.39).
2. COMPARTILHANDO O
AMOR
O Fruto do Espírito é imprescindível à vida cristã, pois são virtudes e
qualidade geradas pelo Espírito Santo no caráter e na personalidade do crente,
objetivando sua transformação segundo a natureza divina (Ef 3.19; 2Co 3.18;
4.10-11; 2 Pe 1.3-4; Jo 15.1-5). O fruto pode ser visto em três cachos ou
aspectos relacionais:
1) Na relação do cristão com Deus: Amor, paz e alegria (virtudes obtidas
através de autêntico e verdadeiro relacionamento com Deus);
2) na relação do cristão com os outros: Longanimidade, benignidade e
bondade (virtudes que devemos exercitar na relação para com nossos
semelhantes);
3) na relação do cristão consigo mesmo: Fé, mansidão e domínio próprio
(virtudes ligadas à nossa conduta interna e pessoal).
O amor por ser a seiva (base) que ativa o fruto e dá qualidade a ele em
todos os cachos ou aspectos, muitos confundem à sua classificação. Alguns
apresentam como sendo da relação para consigo mesmo, como apresentado pelo
comentarista; outros como sendo de relação com os outros, pois ligam à
caridade, que seria o amor buscando o interesse do outro, etc.
Mas, isto não tem muita importância, pois não muda a essência do fruto em
si. A verdade é que nenhuma parte do fruto do Espírito subsiste isoladamente.
Não podemos dizer que temos paz e alegria se não temos amor; nem ainda que
somos longânimes, benignos e bondosos se também não demonstrar amor; muito
menos que temos fé, mansidão e domínio próprio se não há amor jorrando dentro
de nós.
2.1. Relacionamentos
comprometidos
A maioria de nossos relacionamentos está comprometida por causa de nosso
individualismo, cujas manifestações trazem consigo o egoísmo, a inimizade, o
ódio, etc (Rm 1.29). Precisamos entender que toda nossa vida consiste em
relacionamentos. Tudo que o ser humano é reflete-se em seu modo de lidar com as
pessoas. Por isso, a Bíblia nos ensina não só a viver em grupo, mas como viver
em grupo. O padrão de comportamento, em todo e qualquer relacionamento,
conforme ensinado nas Escrituras é e sempre será pautada no amor e ele não
aceita que se leve em consideração os próprios interesses (1Co 13.5), já que a
sua base está no amor e se contrapõe ao individualismo egocêntrico tão
praticado nos dias atuais. Para evitar que nossos relacionamentos sejam
comprometidos ou causem rompimentos precisamos exercitar no dia a dia o amor,
pois além de nos conservar perto de quem amamos é também o distintivo de que
nossa vida foi realmente transformada pelo poder de Deus.
2.2. O esfriamento
do amor
Tudo o que a Bíblia diz sobre os sinais proféticos dos fins do tempo já
se cumpriram e estão se cumprindo, e, muitos cristãos de certa forma, estão
“atentos” para o cumprimento desses sinais “externos e visíveis”. Todavia, a
maioria em todo o mundo (a Bíblia diz: quase todos), tem se esquecido e estão
“despreocupados” com um sinal “interior” que é o esfriamento do amor (Mt
24.12).
É lamentável que um cristão esteja em alerta quanto ao cumprimento dos
sinais proféticos em sua volta e no final se torna vítima do cumprimento de uma
em sua própria vida, ocasionando-lhes enormes prejuízos espirituais. Isso deve
servir como motivo de alerta para todos nós! Basta uma breve reflexão para ela
nos revelar que muitas de nossas ações indicam um esfriamento ou até mesmo a
falta de amor em nossas vidas: Lamentavelmente, há entre nós muita hipocrisia;
muitos falsos e maus testemunhos; muita falta de compromisso com a verdade, com
as coisas santas; muitos que não conseguem suportar e nem perdoar o outro, etc.
Nós fomos escolhidos pelo Senhor para fazer a diferença nessa terra, portanto,
vamos tomar posse das nossas responsabilidades e fazer com que o amor de Deus seja
visto e sentido por todos aqueles que nos cercam.
2.3. Difundindo o
verdadeiro amor
O verdadeiro amor tem de produzir atitudes, obras e serviços, do
contrário a ela poderá ser apresentada como morta e sem valor (1Jo 3.14; Tg
2.17,26). O amor de Deus em nós é o resultado da transformação espiritual
experimentada na conversão, e por isso, só pode ser verdadeiramente sentido e
difundido, em sua plenitude, por aqueles que vivenciam a graça.
Lamentavelmente, há muitos nos dias de hoje que vivem uma “fé teórica” e acham
que deve amar o próximo “do jeito que puder”, dizem que são discípulos de
Cristo, mas estão a redil dos compromissos e virtudes cristãs.
Encontram seriíssimas dificuldades em evidenciar sua fé por intermédio de
suas ações, atitudes e comportamentos, e, alguns quando conseguem, ainda o
fazem desprovidos do amor, porque visam interesses pessoais e não ao bem-estar
espiritual, físico ou emocional dos outros e muito menos a glória de Deus (Mt
5.16; 1 Jo 3.18). A despeito de nossas limitações o Apóstolo Paulo, declara que
o verdadeiro amor segue o mesmo padrão do Meigo Nazareno: “Portanto, sejam
imitadores de Deus, como filhos amados e vivam em amor, como também Cristo nos
amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus”
(Ef 5.1-2).
O Apóstolo João ratifica o que disse Paulo e apresenta o amor como
sacrifício para que os cristãos comprovem o seu verdadeiro amor: “Nisto
conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e nós devemos
dar a nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16). Alguém ainda pode questionar
dizendo: como nós, meros humanos mortais e finitos, podemos imitar o supremo
Deus, imortal e eterno? É bem verdade que não há nenhuma possibilidade de nós,
seres humanos, nos assemelharmos a Deus em seus atributos naturais, isto é,
naqueles atributos que pertencem unicamente à Sua natureza como a onisciência,
a onipresença, a onipotência, etc.
No entanto, há outros atributos, os quais são conhecidos como atributos
morais, que também pertencem à natureza de Deus, mas que, no entanto, foram
comunicados e transferidos a nós seres humanos, a fim de nos fazer
participantes de Sua natureza, tais como santidade, amor, fidelidade, etc (Hb
12.10).
Exemplifiquemos: Deus é Santo (Lv 11.44-45; Ex 15.11; I Sm 2.2; Sl
99.5; Is 6.3).
Esse é um atributo moral de Deus e que foi transferido ao homem. É por
isso, que Deus requer de todo aquele que com Ele se relacione também seja santo
(1Pe 1.15,16; I Ts 4.7; I Co 1.2; Rm 1.7);
Da mesma forma, Deus é amor (1Jo 4.16; 4.7-8), e todo aquele que
com Ele se relaciona deve também amar uns aos outros com amor ágape, isto é,
amor sacrificial (1 Jo 4.11-12; 1 Jo 3.16; Ef 5.1-2).
O fato é que todo ser humano, ao nascer de novo, adquiri a possibilidade
de desfrutar dos atributos morais, isto é, comunicáveis ou transferíveis de
Deus.
3. LIÇÕES PRÁTICAS
“Pelos seus frutos os conhecereis...” (Mt 7.16). Disse Jesus acerca dos falsos
profetas. Na prática, nós também somos conhecidos pelos nossos frutos, ou para
ser mais específico, pelo fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23). Assim como a
carne manifestam suas obras (Gl 5.19-21), da mesma forma, o Espírito
manifesta-se através do seu fruto. Quando a carne domina, as suas obras
se tornam evidentes. Mas quando o senhorio é do Espírito Santo, torna claro por
quem ele está sendo dominado.
3.1. Os benefícios
do amor
A Bíblia sempre mostra que na vida cristã quando nos abnegamos em prol de
situações que fogem de nossos próprios interesses, sempre somos recompensados
ou beneficiados (Mt 5.12; 6.4-6,18; 10.41-42; 25.14-46). Em relação ao amor,
não é diferente. As Escrituras também nos dão a ideia de que quando amamos de
fato somos premiados, não com coisas necessariamente materiais, mas com
benefícios provenientes do próprio amor.
Por exemplo: a) Quando amamos provamos do verdadeiro amor de Deus. Ele
não é apenas o nosso exemplo de amor (Jo 13.15), mas também aquele que capacita
a amar mediante o Espírito Santo que habita em nós (Rm 5.5; 8.9; 2Co 1.22); b)
Quando estamos arraigados no amor, estamos também arraigados em Cristo (Cl 2.7;
Ef 3.17); c) O amor de Deus nos dá segurança e firmeza espiritual (Ct 2.4); d)
O amor de Deus afasta o temor (1 Jo 4.18; 2 Tm 1.7); e) O amor de Deus nos
torna uma só família (1 Jo 4.21).
3.2. A prova do
amadurecimento
A prova do amadurecimento na vida cristã está diretamente proporcional à
prática do amor. É o amor que nos dá a capacidade de crescer em todas as áreas
de nossa vida até alcançarmos o amadurecimento e a maturidade espiritual. À
medida que o homem recebe a luz do evangelho, as trevas vão sendo dissipadas, o
Espírito Santo vai transformando e o amor de Cristo vai aperfeiçoando e
elevando-nos para as alturas espirituais (Rm 8.29). Só podemos ser considerados
espiritualmente adultos ou maduros quando somos aperfeiçoados pelo amor de
Cristo (2Co 12.15).
Com o passar do tempo e sendo constantemente exercitado, o amor de Cristo
tende a ser cada vez mais intenso e visível (Rm 12.9-10; 13.8-10; Fp 1.9). O
homem quando pecou comprometeu a imagem de Deus recebida na criação; porém,
quando ele se converte e é redimido no sangue de Jesus, resgata a natureza de
Deus que outrora fora perdida.
E quando ele se põe atento ao processo de transformação em que o Espírito
Santo o colocou, ele é transformado diariamente a fim de alcançar a estatura de
varão perfeito (Ef 4.13). O amor é o elo que determina o amadurecimento e
aperfeiçoamento dos crentes (Cl 3.14; 2.2).
3.3. Ganhando almas
pelo amor
O amor é uma das formas mais eficazes de ganhar almas para o Reino de
Deus. Os incrédulos só saberão o que significa amor, quando nós cristãos
vivenciarmos e falarmos deste amor. O mundo está cobrando este amor por parte
de cada um de nós, e Deus, um dia, certamente também irá cobrar! (1Pe 4.17).
Para ganhar almas é preciso primeiro amor e depois disposição e comprometimento
com o Reino de Deus.
Da mesma forma como fomos alcançados pelo amor, estando nós ainda mortos em
ofensas e pecados (Ef 2.1), assim devemos encontrar disposição para levar a
Palavra de Deus a todos àqueles estão no mundo, a fim de que possam ser também
alcançados e ganhados pelo amor. Jesus quer manifestar seu amor através de nós,
mas é necessário fazermos uma avaliação de nossos procedimentos e verificar o
quanto temos obedecido à Ele tocante à essa pratica.
CONCLUSÃO
O amor cristão é o
resultado da transformação espiritual experimentada no Novo Nascimento e a prática central da mensagem da fé cristã. É lamentável que
haja no seio da igreja pessoas que acalentam sentimentos de ódio, inveja,
contenda, discórdia, rivalidades, etc. Cristãos que aborrecem e odeiam uns aos
outros. Tais comportamentos são inaceitáveis aos olhos de Deus (Mt 24.10). É uma
tristeza saber que em nosso meio as virtudes do fruto do Espírito sejam tão
raras e a impiedade e os conflitos entre irmãos tão comuns! Quem se diz crente,
mas se deixa dominar pela ira ou amargura contra seu irmão, não pode ser
chamado de discípulo de Jesus e muito menos de filhos de Deus, pois Deus é amor
(Jo 13.34-35, 1 Jo 3.10-18; 4.7-8).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revista do
professor: Jovens e Adultos. Fruto
do Espírito. Destacando os aspectos do caráter cristão na era da
pós-modernidade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2016. Ano 26 n° 99. Lição 05 – O amor puro e insondável, proveniente de Deus.
Revista do
professor: Jovens e Adultos.
Fidelidade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 94. Lição 11 – Amor: fundamento da fidelidade.
LIÇÕES BÍBLICAS: Jovens e Adultos. Verdades Pentecostais. Editora CPAD –
1º Trimestre de 1998. Lição 11 – O Fruto do Espírito.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Almeida Revista e
Corrigida. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel Ltda. 1ª Edição, 2014.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Amor: O fruto excelente
TEXTO
ÁUREO = “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus;
e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4.7).
VERDADE
PRÁTICA = O amor é a essência de todas as virtudes morais de Cristo
originadas pelo Espírito Santo, e implantadas no crente.
LEITURA BÍBLICA= João 13.34.35; Lucas 6.27-35.
PONTO DE
CONTATO
Professor, como está a motivação
de seus alunos para o tema em apreço? Eles participaram das aulas? Responderam
as questões propostas? É preciso ensinar com dinamismo, criatividade e
profundidade. Não são poucos os alunos que desconsideram estes assuntos por
acharem que já os conhecem: “Já sei o que vão ensinar: que preciso amar e ter
paz com meu irmão...”. Para estes, uma aula monótona e repetitiva é
desmotivadora. Por isso, você deve ensinar utilizando todos os recursos
didáticos que estiverem a sua disposição. Use constantemente das ilustrações.
Procure “tocar” não apenas a razão, mas a alma e os sentimentos de seus alunos.
Se possível, adquira a revista Ensinador Cristão n° 21. Nela, você encontrará
várias sugestões de dinâmicas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
• Estabelecer a diferença
entre o amor agapē, philia e eros.
• Distinguir as três
dimensões do amor.
• Refletir sobre seu
relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
SÍNTESE
TEXTUAL
A recomendação de Jesus em
Lucas 6.27-35 corresponde, com ligeiras modificações, a de Mateus 5.38-48. No
contexto do Evangelho de Mateus, o ensino sucede à Lei do Talião, e incorporado
à lei mosaica, exigia o castigo proporcional ao crime (Mt 5.38). Lucas, por
escrever aos gregos, dispensa a frase-padrão “ouviste o que foi dito” por esta
referir-se à tradição hebraica. A estrutura das estrofes dos versos 20-22
(bem-aventurados) se opõe aos versos 24-26 (os ais).
Os termos pobres, fome, choro
e aborrecer contrastam com ricos, fartos, riso e falar bem, formando o que se
chama de paralelismo antitético. Esses jogos de palavras e efeitos estilísticos
são recursos retóricos do ensino de Cristo para enfatizar que o pobre, o
faminto, o aflito e o odiado devem amar apesar de tudo: “Mas a vós, que ouvis, digo:
Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem” (Lc 6.27).
Os verbos estão no
imperativo, isto é, em forma de ordem: amai... fazei... bendizei... orai,
responsabilizando o indivíduo como agente ativo da prática do bem (vv.27-28).
Entretanto, nos versos 29-30, verificamos a passividade do ofendido: te
ferir..., te tirar a capa..., te pedir..., tomar o que é teu... Amar ao inimigo
é ser solícito ao bem estar e salvação deste. Este amor inaudito foi
demonstrado por Jesus que amou a todos, sem distinção.
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA
Professor, vamos ministrar
esta lição usando um recurso didático já no primeiro tópico? Trata-se do Quadro
de Relações Múltiplas. Este auxílio permite ao aluno compreender as múltiplas
relações de uma mesma palavra. No tema Os Três Tipos de Amor, temos três termos
que o estruturam: agapē, philia e eros. Para que a classe perceba a ênfase de
cada um destes vocábulos reproduza o gráfico abaixo. Este pode ser feito na
lousa, apresentado no flipchart ou no flanelógrafo. Acrescente um outro tipo de
amor definido pelos gregos, storge, o amor do núcleo familiar.
INTRODUÇÃO
O amor, em seu conceito mais
sublime, é personificado em Deus. A melhor e mais curta definição do amor é
Deus, pois, Deus é amor. Este foi manifesto à humanidade por Jesus Cristo (Rm
5.8; Jo 13.1).
A quem Jesus tanto amou que
voluntariamente deu sua própria vida? A indivíduos perfeitos? Não! Um dos
discípulos negou-o; outro duvidou dele; três dos que compunham o círculo
interno dormiram enquanto Ele agonizava no jardim do Getsêmani; dois desses
almejaram elevadas posições em seu Reino; outro tornou-se o traidor.
E quando Jesus ressuscitou,
alguns não creram. Mas Jesus amou-os até ao fim — até à plena extensão do seu
amor. Ele foi abandonado, traído, desapontado e rejeitado, contudo, amou!Nesta
lição, estudaremos o significado do amor como fruto do Espírito, e como é
manifestado na vida do crente.
I. OS TRÊS TIPOS DE AMOR
Amor é a suprema virtude do
fruto espiritual! Jesus foi persistente ao ensinar os discípulos acerca do amor
(Jo 13.34,35). A respeito de que amor Jesus estava falando? Há pelo menos três
tipos de amor que consideraremos resumidamente.
1. Amor
divino (Jo 3.16). O amor divino é expresso pela palavra grega
agapē que significa “amor abnegado; amor profundo e constante”, como o amor de
Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso
intelecto, emoções, vontade, enfim, todo o nosso ser.
O Espírito Santo a manifestará em nós, à proporção que lhe entregamos inteiramente a
vida. Este predicado flui de Deus para nós que o retornamos em louvor a Deus,
adoração, serviço e obediência a sua Palavra: “Nós o amamos porque ele nos amou
primeiro” (1Jo 4.19). É o amor agapē descrito em 1 Coríntios 13.
2. Amor
fraterno. Em 2 Pedro 1.7, encontramos o amor expresso pela palavra original
philia, que significa “amor fraternal ou bondade fraterna e afeição”. É
amizade, um amor humano, limitado. Esse tipo é essencial nos relacionamentos
interpessoais, no entanto, é inferior ao agapē, porquanto depende de uma
reciprocidade; ou seja, somos amigáveis e amorosos somente com os que assim
agem (Lc 6.32).
3. Amor
físico. Há outro aspecto do amor humano, o qual não é mencionado na
Bíblia, contudo, está fortemente subentendido através de fatos: o eros. Este é
o amor físico proveniente dos sentidos naturais, instintos e paixões. Costuma
basear-se no que vemos e sentimos; pode ser egoísta, temporário e superficial,
e tornar-se concupiscência. É inferior aos outros porque muitas vezes é usado
levianamente.
O maior desses é o amor agapē
— o amor de Deus, que foi manifestado na vida de Jesus. Este possui três
dimensões: amor a Deus, a si mesmo e ao próximo (Lc 10.27).
II. AMOR A DEUS — A DIMENSÃO VERTICAL
1. Amar
a Deus acima de tudo. Amar a Deus é nosso maior dever e privilégio.
Como fazer isso? De todo o nosso coração, alma, força e entendimento! A palavra
coração refere-se ao homem interior, isto é, envolve espírito e alma. Devemos
amar a Deus com toda a plenitude de nosso ser, acima de tudo. Assim sendo, também
amaremos o que Ele ama e lhe pertence: sua Palavra, seus filhos, sua obra, sua
igreja e as ovelhas perdidas, pelas quais estaremos dispostos a sofrer (Fp
1.29). Quando sofremos por Cristo, dispomo-nos a padecer perseguições a fim de
glorificá-lo, e revelamos seu amor ao pecador. Ao sofrermos com Cristo,
sentimos o que Ele sentiu pelo pecado e pelo pecador, conforme está descrito em
Mateus 9.36.
2. O
exemplo de Jesus. Sabemos o que é o amor agapē pelo exemplo de
Jesus. É o amor que Jesus ensinou e viveu (Jo 14.21); é difícil de compreender.
O apóstolo Paulo fala a esse respeito em Efésios 3.17-19. Neste texto,
observamos que este amor leva-nos a amar: arraigados em amor, para
compreendê-lo e conhecê-lo!
3. O
teste do amor agapē. Seu amor agapē é direcionado a Deus? Isto pode
ser verificado através de sua obediência. Jesus disse: “Se me amardes,
guardareis [obedecereis] os meus mandamentos” (Jo 14.15); “Aquele que tem os
meus mandamentos e os guarda [obedece], este é o que me ama” (Jo 14.21); “Se
alguém me ama, guardará [obedecerá] a minha palavra. [...] Quem não me ama não
guarda [obedece] as minhas palavras” (Jo 14.23,24). O Espírito Santo revela-nos
o amor de Deus com o intuito de amá-lo e conhecê-lo ainda mais. Nossa
sensibilidade em sua direção expressa obediência, e agrada a Deus.
III. AMOR AO PRÓXIMO — A DIMENSÃO HORIZONTAL
Não conseguiremos amar nosso
semelhante com amor agapē, salvo se amarmos a Deus primeiro. É o Espírito Santo
que nos capacita para cumprir o segundo maior mandamento da lei (Lv 19.18). O
apóstolo João enfatizou a importância do amor agapē ao próximo: “Amados,
amemo-nos uns aos outros, porque a caridade [o amor] é de Deus; e qualquer que
ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus,
porque Deus é caridade [amor]. [...] Se nós amamos uns aos outros, Deus está em
nós, e em nós é perfeita a sua caridade [amor]. Se alguém diz: Eu amo a Deus e
aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu,
como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1Jo 4.7,8,12,20).
Ao exortar um intérprete da
lei a amar a Deus e o próximo, Jesus afirmou: “Faze isso e viverás”, ele,
porém, perguntou-lhe: “Quem é o meu próximo?”. Leia a resposta do Mestre em
Lucas 10.30-37.
IV. AMOR A SI MESMO — A DIMENSÃO INTERIOR
1. O
“amor a si mesmo” reflete o amor de Deus por nós. Pode
parecer estranho sugerir que o amor agapē inclui amar a si mesmo. Este amor
leva-nos a preocuparmo-nos com o eu espiritual, e a buscar primeiro o Reino de
Deus e sua justiça, porquanto reconhecemos ser a vida eterna mais importante do
que nossa existência aqui na terra.
O cristão que ama a si mesmo
com amor agapē não só cuidará de suas necessidades pessoais, mas também
permitirá ao Espírito Santo desenvolver o seu caráter mediante o estudo da
Palavra de Deus, a oração e a comunhão com outros crentes. Ele desejará que o
fruto do Espírito manifeste-se em sua vida, conformando-o à imagem de Cristo
diariamente.
2. O
pecado impede que a pessoa ame a si mesma. Há indivíduos que acham
difícil amar a si mesmo em virtude de erros cometidos no passado. Eles sofrem
de remorso. Contudo, o amor agapē, que flui de Cristo, proporciona perdão
completo a cada pecado cometido (Rm 8.1). Podemos nos olhar através da graça de
Deus e contemplar homens limpos de todo o pecado, purificados pelo sangue
precioso de Jesus e com uma nova natureza concedida pelo Espírito Santo.
Podemos amar esta nova criatura, e transmitir esse amor aos outros.
3.
Relação entre as três dimensões do amor agapē. Estas
dimensões são interdependentes. O amor que dedicamos a nós mesmos revela o
nosso amor ao próximo, o qual, evidencia o nosso amor a Deus (1Jo 4.20,21).
Precisamos aprender com o Espírito Santo o que significa o amor agapē. Em
Efésios 5.10 está escrito para aprendermos a discernir o que é agradável ao
Senhor. Como? Com o auxílio do Espírito Santo! Sem ele, podemos amar mais a
glória dos homens do que a de Deus (Jo 12.43); mais as trevas do que a luz (Jo
3.19); mais a família do que Jesus (Mt 10.37); e priorizar os lugares mais
importantes (Lc 11.43).
CONCLUSÃO
Jesus almeja que amemos as
pessoas como Ele nos ama: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos
outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12). Isso nunca seria possível mediante
o amor humano, limitado. Entretanto, à medida que o Espírito Santo desenvolve a
semelhança de Cristo em nós, aprendemos a amar como Cristo amou.
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Setor I - Em
Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
LUCADO, Max. Um amor que vale
a pena. CPAD, 2003.
BRUNELLI, Walter. Conhecido
pelo amor. CPAD, 1995.
Lições Bíblicas CPADJovens e
Adultos1º Trimestre de 2005, O Fruto do Espírito — A plenitude de Cristo na
vida do crente, Comentarista: Antonio Gilberto