15 de maio de 2019

O LUGAR SANTO


O LUGAR SANTO

TEXTO ÁUREO

“Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.” (Hb 9.2)

Verdade Prática

Através de sua morte expiatória, Jesus nos garantiu o livre acesso ao Santíssimo Deus.
LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 25.31-40: O Castiçal iluminava o ambiente
Terça - Jo 1.4-9: Jesus ilumina o homem
Quarta - Jo 8.12: A luz que dá vida
Quinta - Êx 29.1-9: Cerimônias da consagração
Sexta - Êx 37.25-28: O Altar de Incenso
Sábado - Hb 5.7; 1 Ts 5.17; Jo 17.1-9: Obra de sacrifício e oração

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 25.23,30,31; 26.31-37; 30.1,6-8

HINOS SUGERIDOS: 90, 97, 252 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Conscientizar que devemos prestar um verdadeiro serviço e adoração a Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conceituar o Lugar Santo;
Elencar as três peças que compunham o interior do Lugar Santo; Explicar o véu que demarca o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na lição passada vimos que as cores das cortinas do Tabernáculo apontavam para a obra completa de salvação. Nesta lição, veremos a importância do serviço e da adoração a Deus refletida no Lugar Santo, um lugar de reverência e sacrifícios ao Altíssimo. Não podemos perder o senso de serviço e adoração divina. Uma vida piedosa é o que Deus requer de seus servos. Para isso, não precisamos de intermediários para entrar na presença de Deus. Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, nos abriu essa porta.


PONTO CENTRAL

Sejamos zelosos em nossa vida de serviço e adoração a Deus.

INTRODUÇÃO

O Santo dos Santos, também conhecido como Lugar Santíssimo, era a parte do templo onde ficava a Arca da Aliança, que representava a presença de Deus. No Antigo Testamento, somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos mas agora todos que creem em Jesus podem entrar na presença de Deus.

LUGAR SANTO UM LUGAR DE SERVIÇO E COMUNHÃO COM DEUS

O anteparo (Êx 26.36,37; 36.37,38). Essa peça, também chamada “véu exterior”, era colocada em frente ao tabernáculo. Tratava-se de um reposteiro de linho fino retorcido, bordado com estofo azul, púrpura e carmesim; sustentado por cinco colunas de madeira de acácia cobertas de ouro, com colchetes de ouro; firmadas sobre cinco bases de bronze, serviam de porta para a tenda da congregação. 

O anteparo também tipificava Cristo: a porta das ovelhas, o caminho e a verdade por onde todos têm de passar para alcançar a vida eterna (Jo 10.7-9; 14.6). O anteparo não servia apenas de entrada para o Lugar Santo, mas também de revelação das verdades declaradas pelo tabernáculo. 

O sacerdote, ao passar por essa cortina, encontrava-se face a face com os símbolos do Lugar Santo que simbolizava o Senhor Jesus Cristo, a revelação de Deus Pai, cheio de amor e graça, poderoso para salvar o mais vil pecador. Jesus é a expressão da verdade, o próprio Deus manifesto em carne, habitando entre os homens; o prometido Emanuel, o Deus conosco (Is 7.14; Jo 1.14).

Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (Hb 9.6). O interior se dividia em duas seções separadas por uma cortina — o véu , que era suspensa por quatro colunas de ouro em capitéis do mesmo material e bases de bronze (Ex 26.36-37).

Lugar Santo ou Santuário. Era o lugar destinado t ministração do serviço, cuja entrada era permitida somente aos sacerdotes no desempenho de suas funções. Media dez metros e continha no lado norte a mesa dos pães da proposição, e no sul o castiçal ou candelabro; bem defronte ao véu estava o altar do incenso (Hb 9.7), que simbolizava a Igreja, a sala de espera dos homens.

O Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos. Era o trono de Deus. Depois de oferecer o sacrifício no altar dos holocaustos por si e pelo povo, o sumo sacerdote entrava nesse recinto. Isso ocorria uma vez por ano (Hb 9.7). O Lugar Santíssimo ocupava um espaço menor que o santuário no interior do tabernáculo e nele estava a arca da aliança ou do testemunho (Êx 16.34; 25.16).

AS TRES PEÇAS QUE COMPUNHAM O INTERIOR DO LUGAR SANTO

Os mobiliários do lugar. O Lugar Santo era o espaço de preparação dos sacerdotes para a entrada na segunda divisão do Tabernáculo, o Lugar Santíssimo. No Lugar Santo, havia três peças que compunham um ambiente perfeito de oração, intercessão, adoração e louvor: o castiçal de ouro (candeeiro ou candelabro), a mesa para os pães da proposição e o altar de ouro para os incensos (este ficava no centro do Lugar Santo e de frente para o véu que dava para o Lugar Santíssimo).

O CASTIÇAL. Luz espiritual. Enquanto no pátio há a luz natural do Sol, da Lua e das estrelas, no Santuário brilha somente a luz do candeeiro, símbolo da iluminação do Espírito Santo. Quando crescemos em Cristo e assumimos nossa privilegiada posição de sacerdotes reais (I Pe 2.9), já não somos mais guiados pela nossa falível e enganosa mente racional (Jr 17.9), mas sim pela mente de Cristo (Rm 8.14; I Co 2.13-16), pelo Consolador que nos conduz em toda a Verdade (Jo 14.26; 16.13).

1. Tipologia geral

1.1 - Sua fabricação. O candelabro era feito de ouro batido, puro e maciço (Nm 8.4). O seu pedestal, as suas hastes, os seus copos, as suas maçãs e as suas flores formavam uma só peça.

1.2 - A tipologia de Jesus. O ouro batido representa os sofrimentos e a tristeza de Cristo ao ser esmagado pelas nossas transgressões (Is 53.5-6). O candelabro era sempre de ouro e refletia a glória de Jesus, porém para que ele ocupasse o seu lugar de porta- luz deveria ser submetido às marteladas. Cristo é o eterno Filho de Deus, mas para que se constituísse o Salvador da humanidade aceitou tornar-se o “homem de dores”, obediente até a morte de cruz (Is 53.3,4; Fp 2.8; Hb 12.2).

1.3 - Tipologia da Igreja. “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14; Lc 12.35; Fp 2.1-15). Os sete candeeiros ou lâmpadas mencionadas em Apocalipse também representam a Igreja (Ap 1.12,13,20; 2.5).

1.4 - Tipologia dos indivíduos. Ver João 5.35 e Filipenses 1.20.

1.5 - Tipologia de Israel. O candelabro também tipifica Israel (Zc 4).

2. Tipologia específica

2.1 - As hastes ou braços do candelabro. O candelabro tinha sete hastes ou braços: uma haste central e três de cada lado. A haste central representava Cristo. Ela era o apoio das outras, que por sua vez tipificavam a Igreja.

2.2 - As lâmpadas ou pavios. Em cada haste do candelabro havia uma lâmpada ou pavio que deveria estar aceso. Os pavios eram limpos com espevitadores. Havia também os apagadores especiais, todos de ouro puro (Ex 25.38; 37.22). A sujeira das lâmpadas representa as coisas que não glorificam a Deus em nossas vidas.

Todas as manhãs, o sumo sacerdote limpava os pavios, removendo o carvão produzido pela fuligem. Assim, quando estamos submissos à Palavra de Deus e ao poder do Espírito Santo, Cristo, o Sumo Sacerdote, remove diariamente todo “carvão” ou sujeira de nossas vidas. Deus nos disciplina, pois somos seus filhos (Hb 12.3-li). Ele nos submete à limpeza com os espevitadores, a fim de nos aperfeiçoar.

2.3 - Os enfeites do candelabro (Êx 25.31-40; 37.17-24). A haste central com quatro copos em formato de amêndoas, com as suas maçãs e com as suas flores e 12 frutos representavam uma árvore frutífera (Ex 37.20).

O número completo simbolizava Cristo que distribui à Igreja a seiva representada pelos dons e frutos do Espírito. As seis hastes laterais com os três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor em cada uma (3x3 = 9) e de cada lado representavam os nove dons do Espírito Santo, bem como os frutos destes concedidos à Igreja (1 Co 12.8-10; Gl 5.22,23).

2.4 - O óleo do candelabro (Êx 27.20). Era a substância usada no candelabro. Seu processo de produção consistia em esmagar e espremer a azeitona até transformá-la em azeite. Semelhantemente, Jesus Cristo foi “esmagado e espremido” pelas nossas culpas e transgressões (Is 53.10). O óleo é um dos símbolos do Espírito Santo. Cristo foi ungido com esse “óleo especial” (Lc 4.18: Is 61.1; At 4.27; 10; 38). Ele foi derramado sem medida sobre Jesus (Jo 3.34). A Igreja como a luz do mundo também precisa desse óleo especial para propagar o seu brilho e iluminar todos os povos.

A MESA COM OS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Literalmente quer dizer “pães da presença”. Eram em número de doze, postos em duas pilhas sobre a mesa que ficava no lugar santo diante do Senhor continuamente, seis de um lado, e seis do outro. Cada sábado eram trocados por outros, novos, Os pães velhos pertenciam aos sacerdotes que os comiam no lugar santo (Ex 25.30; Lv 24.5-9; 1 Sm 21.6; Mt 12.4). Esse pão também se denominava o pão perpétuo, isto é, o pão que estaria sempre sobre a mesa (Nm 4.7), exposto na presença do Senhor (2 Cr 2.4), preparado sempre fresco todos os sábados (1 Cr 9.32). 

Diz Josefo que esses pães eram asmos, isto é, sem fermento, Antiguidades 3.6,6. Cada um deles continha dois décimos de um efa de flor de farinha, como se usava fazer para honrar os hóspedes de distinção e conforme o costume da mesa dos reis (Gn 18.6; 1 Rs 4.22), e serviam para vários fins cerimoniais (Lv 2.1; 5.11). 

Os doze pães representavam as doze tribos de Israel (Lv 24.7; Ex 28.10-12; 24.4; 28.21), e postos na presença de Jeová, provavelmente significavam a comunhão constante de seu povo com Ele, naquelas cousas que a sua bondade lhe prodigalizava, as quais gozavam na sua presença, consagradas a seu serviço. Alguns dos filhos de Coate tinham a seu cargo os pães da proposição (1 Cr 9.32) (Dicionário da Bíblia).

1. Simbologia da mesa

Os sacerdotes colocavam o incenso sagrado sobre os pães da proposição, pois eram uma oferta ao Senhor.

1.1 - Um símbolo da Igreja. A Igreja é chamada de um só pão (1 Co 10.17). Cristo e a Igreja constituem um só corpo (1 Co 12.12). Ele tipifica a mesa, pois sustenta a sua Igreja perante Deus Pai (Jd 24,25) e apresenta-se como pão.

1.2 - Era o centro de união da família sacerdotal. A Igreja é um sacerdócio (1 Pe 2.5; Rm 12.1; Hb 13.15). Através de Cristo temos comunhão uns com os outros (Mt 18.20; 1 Jo 1.3; 1 Co 15.6).

1.3 - Era o centro da alimentação da família sacerdotal. Aos sábados, os sacerdotes comiam os pães que eram substituídos por outros novos. Eles só podiam comê-los no Lugar Santo (Lv 24.9). Esses pães representavam Jesus, o Pão da vida, o verdadeiro Pão que desceu do Céu e se entregou em sacrifício pelo pecado do mundo (Jo 6.32-35,48,51,57,58). O crente alimenta-se de Cristo e vive por Ele. Assim sendo, essa propiciação não inclui apenas o novo nascimento, mas uma vida mais profunda e abundante de fé (Jo 10.10; 1 Pe 2.1,2; Hb 4.12; Sl 23.5; Gl 2.20).

2. Simbologia do pão

Vejamos ainda estes preceitos:

2.1 - Os pães eram asmos. Eles simbolizavam a verdade (1 Co 5.6-8). Havia uma divergência marcante entre eles e o fermento do legalismo, da incredulidade e da ambição (Mt 16.6-12; Mc 8.15). Estes últimos se opõem a uma adoração sincera a Deus, em espírito e em verdade (Jo 4.24; 1 Ts 5.23).

2.2 - O processo que transforma o trigo em pão. O trigo tinha de ser triturado no moinho, amassado e moldado em forma de pão. Em seguida, era assado no forno em uma temperatura máxima. Esse processo simboliza as duas experiências pelas quais Cristo passou (Is 28.28; Lm 1.13).

2.3 - Como o pão deveria ser comido. O acesso à mesa era obtido somente pelo caminho do altar. Sem passar por ele, o sacerdote não podia participar da celebração. Da mesma forma, a comunhão com Cristo depende, em primeiro lugar, do reconhecimento de que Ele é o nosso Salvador pessoal.

O ALTAR DO INCENSO

Era o lugar de adoração e louvor. Os holocaustos não podiam ser oferecidos sobre ele, e nenhum incenso estranho podia ser queimado; tampouco era permitido derramar libações ali. Porém, todos os dias, Arão, servo do Senhor, queimava sobre ele o incenso. Esse ritual devia ser perpétuo por todas as gerações. O altar também simbolizava Cristo, sobre cujo nome “queimamos” o incenso: as nossas orações que sobem à presença de Deus (Lc 1.9,10).

1. O material usado

Os objetos eram feitos de madeira de acácia coberta com ouro. A madeira tipificava a humanidade de Jesus, e o ouro, a sua divindade.

2. A posição que ocupava no tabernáculo

O altar do incenso situava-se no Lugar Santo, em frente ao véu e à arca. Ele representava Cristo, o nosso caminho ao Pai (Jo 14.6). “Porque, por Ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito” (Ef 2.18).

3. Os chifres

Eles eram colocados um em cada canto do altar e aspergidos com sangue uma vez por ano pelo sumo sacerdote; representavam o poder do sangue de Jesus e da oração que jamais perdeu a sua eficácia (Ex 30.10; Hb 9.14).

4. A relação entre os dois altares

Do altar de bronze provinha o fogo que queimava o incenso. Vê-se que a eficácia e o poder da oração de Jesus dependiam de seu sacrifício na cruz do Calvário. O sacerdócio de Cristo vigorou, oficialmente, desde a sua ressurreição (1 Co 15.17; Lv 16.12,13,27). 

Se Ele não tivesse morrido em nosso lugar e ressuscitado, não haveria intercessão por nós, pecadores. No Antigo Testamento, o incenso foi oferecido por Arão e pelos sumos sacerdotes que o sucederam (Ex 30.7,8). Estes últimos também simbolizavam Cristo (Hb 9.24; 8.1). 

Arão ofereceu o incenso, intercedendo apenas por Israel; Cristo orou por seus discípulos pouco antes de se oferecer como sacrifício perfeito e, na qualidade de Sumo Sacerdote, intercedeu por eles (lo 17.9). Hoje Ele também recebe as nossas orações e as apresenta perante o trono do Pai (Ap 8.3; lo 14.6; Ap 5.8).

O INCENSO

Como já dissemos, o incenso deveria ser queimado continuamente. Ele tipifica as nossas orações (Si 141.2; Ef 6.18; Ap 5.8). No altar de bronze, vemos Cristo suprindo a necessidade do pecador. No altar de ouro, a do crente. Além do estoraque, da onicha e do gálbano, a composição deveria ser complementada com o incenso, propriamente dito, que era uma resina aromática extraída de uma pequena árvore, de cor branca, de gosto amargo e picante mas extremamente odorífera, como indica o seu nome em hebraico lebonah. A árvore que o produz cresce na Arábia e na India; e a sua goma aromática é extraída através de uma incisão feita na casca, à tarde. Essa substância escorre lentamente durante a noite. O incenso simboliza a fragrância do sofrimento de Jesus e lembra o seu lado ferido pela lança do soldado romano. Apenas os méritos da morte de Cristo podem outorgar valor às nossas orações. 

A composição descrita acima refere-se a um perfume preparado segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo, o qual era reservado aos sacerdotes e utilizado somente na administração do culto sagrado. Tudo deveria ser reduzido a pó (Ex 30.36). O serviço ao próximo constitui-se, portanto, um aroma suave e aprazível a Deus (Fp 4.18).

1. A composição do incenso sagrado

1.1 - Estora que. Essa resina era extraída de uma árvore dos montes de Gileade sem nenhum corte, espontaneamente. Portanto, o louvor e a oração são uma adoração espontânea ao Senhor. A plenitude do Espírito Santo produz essa espontaneidade no crente (Ef 5.18-20).

1.2 - Onicha. Essa substância era encontrada somente em uma certa espécie de caranguejo existente no fundo do mar Vermelho. Sugere que a verdadeira oração deve sair do fundo da alma contrita.

1.3 - Gálbano. Essa substância era extraída das folhas de um arbusto da Sfria, as quais eram quebradas e moídas, produzindo uma seiva rala. Seu processo de produção nos indica que a oração e o louvor devem sair de um coração quebrantado (Sl 51.17).

O VEU QUE DEMARCA O LUGAR SANTO E O LUGAR SANTISSIMO

No hebraico, a palavra masak é usada para descrever a cortina da entrada da tenda (Êx 27.16;35.17;38.18;39.40;40.8,33). Algumas vezes, essa palavra é usada para se referir ao véu que separava o lugar santo do santíssimo (Êx 35.12;39.34;40.21; compare com o termo véu em Êx 26.31).
Essa separação era feita com fios multicoloridos e acabamento artístico. Era pendurada em cinco colunas de madeira de cetim, revestidas de ouro, e ainda havia cinco bases de cobre. A cortina que permitia a entrada no tabernáculo não poderia ser levantada por qualquer vento. O acesso ao interior da tenda era altamente restrito por esta pesada e ornamentada barreira. Isso lembra ao cristão que o maravilhoso acesso ao Deus vivo se deu porque Cristo completou Sua obra (Hb 4.16).

1. O Véu "tkrp - poreketh", foi construído para fazer a separação entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, Hb 9.3, "mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos". "O santuário interno, o lugar santíssimo (34), no qual estava colocada a arca, era separado do santuário frontal, por uma cortina entrelaçada em uma só peca, semelhante à coberta mais interna do tabernáculo".(1) Um comentário importante sobre o véu nos faz Cole:


 "O véu separava um terço da área do Tabernáculo. A tenda era pequena (digamos 15 metros por 5 metros) comparada a qualquer templo moderno. Além disso, não possuía aberturas para ventilação e era escura, a não ser pela luz do candelabro de ouro e a pouca luz que acidentalmente ali penetrava quando o reposteiro que ficava sobre a porta da tenda era levantado para permitir a entrada dos sacerdotes. 
 
O candelabro ficava no "santo lugar’’: o santo dos santos ficava absolutamente às escuras, por detrás do espesso véu. Todavia, a escuridão e o frescor do interior do Tabernáculo seriam um grande alívio depois do ofuscante calor do deserto (observe quantas vezes a "sombra" de YHWH é mencionada como um símbolo de refrigério e salvação, por exemplo, Sl 17:8) e sua extrema escuridão, a partir do Sinai, passou a ser um símbolo apropriado para Deus (1 Rs 8:12).(2)

2. Esta cortina deveria confeccionada em linho fino torcido, nas cores azul, purpura e carmesim, v. 31, "Farás também um véu de azul, púrpura, carmesim, e linho fino torcido; com querubins, obra de artífice, se fará". Era sustentado por quatro colunas de madeira, apoiadas em bases de ouro. Era prendido por colchetes também de ouro, com bases de prata, v. 32, "e o suspenderás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata".

O SEGUNDO VÉU. O véu é a peça de tapeçaria do tabernáculo que mais conhecemos. Cantamos sobre esse véu e louvamos a Deus porque Ele foi rasgado no dia da morte de Jesus. Mas também foi uma das peças menos vistas pelo povo que adorava e servia a Deus naquele tempo, pois ele ficava no santo lugar, ao qual somente os sumos sacerdotes tinham acesso.

A palavra hebraica para véu no original vem do verbo separar e traz a idéia de separação ou vedação. O véu continuou a ser usado no templo e permaneceu em uso até a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. Há comentaristas que dizem que alguns sacerdotes costuraram o véu que foi rasgado no dia da morte de Cristo para poder dar seguimento ao serviço no templo.

As cores indicam quatro diferentes qualificações inerentes a pessoa de Jesus. Tanto aqui no segundo véu (Êx 2.36) como no primeiro (Êx 27.16), bem como também no terceiro - que separa o Santuário do Santo dos Santos (Êx 26.31) - a ordem é sempre a, mesma: azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido, O significado é que o Messias é Deus, é Rei, é Servo e é Homem. E assim que os quatro evangelistas nos apresentam Jesus.

A LOCALIZAÇÃO DO VÉU. As cortinas do tabernáculo serviam como uma espécie de porta ou barreira à grande multidão que cercava aquele lugar de adoração, o acesso a pessoas autorizadas. Havia uma cortina na porta do átrio que certamente bloqueava o acesso da grande multidão que ficava fora do tabernáculo, uma outra na porta do Santo dos Santos e o véu que separava o Lugar Santo do Santíssimo Lugar. Era plástico usar cortinas como portas, uma vez que Israel era um povo nômade que desmontava seu santuário quando mudava o acampamento para outro lugar.

CONCLUSÃO

Os israelitas, mediante o Tabernáculo, podiam aprender corretamente como achegar-se a Deus, adorá-lo, servi-lo e viver para Ele em santidade. Assim deve fazer a igreja, conforme Hebreus 10.21-23. O Senhor é Santo e sem santidade nosso louvor e adoração não poderão agradá-lo.

Por.  Evangelista Isaias Silva de Jesus 

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia

http://ibvir.com.br
Livro O Tabernaculo Cristo, e o Cristão

Comentário Bíblico Êxodo – CPAD = Armando Chaves Cohen