25 de junho de 2021

A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS

 

A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS

Texto Áureo

para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,

Efésios 3.10

“Multiforme” ( do “grego” polypoikilos) ocorre somente aqui no Novo Testamento. Significa “matizado,isto é, variado com diferentes cores”. Esta “metáfora é retirada da beleza complexa de um padrão bordado das costureiras”. O vocábulo “polypoikilos” pinta a sabedoria divina como algo que tem muitíssimas facetas, dotado de enorme variedade, com os mais variados modos de manifestação e expressão Indicando a beleza e a variedade da sabedoria de Deus em seu grande plano de salvação.

 

Quem pode sondar a majestade e a diversidade da sabedoria de Deus em redimir o mundo? Em Romanos 11.33, Paulo excplica que: “Fica maravilhado diante da insondável riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus. Como o homem poderia entender os motivos das ações divinas ou explicar seus métodos de trabalho?”

Os planos de Deus são perfeitos em sua conformidade com a santidade divina, e, ao mesmo tempo, são ordenados de acordo com a capacidade humana e as necessidades complicadas da vida humana. O resultado final é a redenção das almas.

 1. Os Dons Espirituais e Ministeriais

1.  São diversos.

2.  São Amplos.

3.  Dádivas do Pai.

 

A Bíblia não dá uma lista exaustiva ou completa sobre a quantidade exata de “dons espirituais” que existem. Eles são concedidos ao homem de acordo com a soberana vontade de Deus e não de acordo com a vontade do homem. No que diz respeito a “dons espirituais”, os cristãos tem de evitar dois erros comuns;

 

1-  Alguns se orgulham dos dons recebidos tornando-se soberbos espirituais, isto deve ser evitado a todo custo,  pois Deus resiste aos soberbos (Tiago 4.6).

 

 

2-  Alguns por terem dons que consideram “menores ou inferiores” ou por não terem o real conhecimento sobre os “dons” pensam que não tem nada a oferecer para “Igreja” e se sentem inferiorizados ou até chateados com Deus.

 

Em vez de nos compararmos com os outros, devemos usar nossos dons (sejam quais forem) para, juntos, propagarmos o Evangelho.

 

Todos os dons espirituais e ministeriais são dádivas de Deus e devem ser usados para a edificação da “Igreja” (Tiago 1.17; Efésios 4.11-13).

 

As dádivas (ou dons de Deus) são dados não por merecimento, não para aqueles que se consideram “superiores”, mas são dados pela misericórdia de Deus e por sua graça. Não deveria haver de forma alguma rivalidade entre possuidores de “dons espirituais ou ministeriais”, pois os dons são para ser usados em benefício da “Igreja” e não em benefício próprio. Devemos procurar ser cristãos maduros na fé, deixando de lado toda a soberba, todo sentimento de grandeza e todo o “espírito competitivo” dentro da “Igreja”, pois cristãos maduros, crescem em sua fé e conhecimento de Cristo e veem as coisas do ponto de vista de Cristo. Busquemos pois ser cristãos maduros na fé.

 2. Bons Despenseiros dos Mistérios Divinos

1.  Com sobriedade e vigilância.

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;

1 Timóteo 3.2

Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado (isto é, o trabalho na obra de Deus) como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério. Esse termo (Vigilante) pode significar «ajuizado» (cuidadoso, atento, espiritualmente apto a enxergar a aparência do mal).

 

“Sóbrio” do grego sõphrón”, é um vocábulo grego que quer dizer

«prudente», «previdente»,«autocontrolado», ao passo que, quando aplicado a mulheres, esse adjetivo significava «casta», «decente», «modesta».

2.  Amor e hospitalidade.

Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos. Quem não ama seus irmãos, não pode ser considerado cristão em hipótese alguma.

Conhecemos a caridade (amor) nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.

1 João 3.16

Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade (amor).

1 João 4.8

34.   Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

 

35.   Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

João 13.34,35

A respeito da “hospitalidade”, todo o pastor deveria ser «amante da hospitalidade». E isso deveria ser feito sem «murmurações», mas antes, livre e espontaneamente (isto é, sem se sentir forçado) , como demonstração do amor e da amizade fraternais (conforme se lê em I Pedro 4:9). Havia a necessidade de hospitalidade, na “Igreja” cristã primitiva, porquanto naquele tempo eram raríssimas as hospedarias, as quais, com grande freqüência, eram apenas antros de ladrões e meretrizes. Os crentes, porém, que são membros da família divina, deveriam ter interesse por seus irmãos na fé, provendo-lhes conforto e o necessário para a vida diária sempre que houver necessidade. E os oficiais da “Igreja”, por serem os representantes da “Igreja”, com freqüência tinham de abrigar visitantes,  evangelistas em viagem, vindos de outros lugares, além de simples irmãos na fé, o que significa que deveriam mostrar-se dispostos a cumprir essa obrigação, com verdadeiro interesse e amor cristãos.

3. O despenseiro deve administrar com fidelidade.

 

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu (Em outras palavras, use o “dom” que Deus te deu para “servir aos outros”.De um modo geral, mas particularmente neste versículo, este servir aos outros quer dizer “trabalho físico”, ou seja, é preciso estar disposto para usar seu tempo, seu dinheiro, sua vida para “servir a Deus e aos outros), como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (Champlin observa que, cada cristão tem uma missão específica dada por Deus, e Deus espera que tal missão seja cumprida com fidelidade).

1 Pedro 4.10

 

Quando Deus dá um dom a um cristão, Ele espera que, o recebedor do “dom” use o “dom” com fidelidade, honrando a Deus e aos irmãos.

A vida na comunidade cristã é uma vida de serviço aos outros. Jesus foi o Servo de Deus, Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Marcos 10.45).

Na Sua vida, tal como nos ensina a Bíblia, Ele demonstrou esse princípio, servindo ao seu povo e aos seus (como ilustrado em João 13.1-17). Servir uns aos outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se dedicar aos outros. É nessa exteriorização que está o fundamento da ética cristã, como vida de serviço aos outros.

3-                                                                           Os Dons espirituais e o Fruto do Espírito 

1. A necessidade dos dons espirituais. 2.Os dons espirituais e o amor cristão.


Os dons espirituais dados por Deus sempre foram necessários para o crescimento da “Igreja” de Deus no mundo, e continuam sendo.

 

Atualmente muitos usam os “dons” recebidos por Deus para ganhar fama, posição no meio da “Igreja” e “status”, mas Deus nunca ensinou ao se povo esse tipo de “caminho”.

 

Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.

1 Coríntios 12.31

 

O “caminho ainda mais excelenteque Paulo cita aqui é o caminho do Amor, que Paulo passaria a descrever no capítulo 13 de 1 Coríntios.

Não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los.

3. A necessidade do fruto do Espírito.

 

O fruto do ESPÍRITO é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de crescimento espiritual. Em outras palavras, o fruto do ESPÍRITO consiste em virtudes ou qualidades cristãs produzidas pelo habitar do ESPÍRITO SANTO na vida do cristão que permanece em Cristo.

Você viu alguém que se diz cristão falar palavrões, maldizer o seu patrão ou local de trabalho, comprar e não pagar, ter o nome sujo “na praça”, maltratar o cônjuge, não respeitar os pais, ou a liderança espiritual que DEUS colocou acima dele?

Pois bem, se já, saiba que tal cristão não demonstra os frutos do ESPÍRITO, mas sim, as obras da carne (tal cristão nem deveria ser chamado de cristão, pois, em uma vida onde não frutos do ESPÍRITO, não um compromisso verdadeiro com DEUS)

Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5.22

 

O fruto de que Paulo está tratando é a criação do ESPÍRITO SANTO. Ele (o fruto) não brota da nossa natureza, nem é produto da educação mais refinada. Esse fruto é variado, uma vez que Paulo menciona nove virtudes morais que são produzidas pelo próprio Espírito. Finalmente, esse fruto precisa ser cultivado de forma espontânea para que se torne proveitoso e saboroso, por assim dizer.

 

O bacharel em teologia Juarez Marcondes Filho observa que, “O fruto do ESPÍRITO não pode ser criado artificialmente e nem pode ser simulado, ninguém frutificará sem a operação do ESPÍRITO SANTO, essas nove virtudes são como gomos de um mesmo fruto”. (Gálatas 5.22).

 

(Saiba mais sobre os frutos do Espírito solicitando gratuitamente meu estudo da lição 5 do 1º Trimestre de 2021 pelo Whatsapp: 18 9 9691-1591).

Conclusão:

 

A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.

Fontes:

Revista Cristão Alerta Trimestre de 2021,

O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo – Russel Norman Champlin,

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,

Bíblia de Estudo Pentecostal,

Comentários Expositivos Hagnos,

1 Pedro Introdução e Comentário – Ênio R. Mueller,

Apontamentos teológicos professor José Junior.

 

 

 

 

 

 

18 de junho de 2021

O DIACONATO

 

O DIACONATO

Texto Áureo

 

Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na que em Cristo Jesus.

1 Timóteo 3.13


O diaconato não é uma plataforma de privilégios, mas de serviço. Não é um cargo a ser ocupado, mas um ministério de serviço aos outros. Aqueles que se esmeram no ministério de servir aos homens em nome de Deus, recebem de Deus a recompensa.

 

1 A Diaconia de Jesus Cristo

 

1.  Significado do termo.

Em Atos capítulo 6 vemos os termos gregos “diakonia” (Atos 6.1 traduzido por distribuição) e “diakoneo”, Atos 6.2 traduzido por servir) Mais na frente vemos o apóstolo Paulo falando das características exigidas aos diáconos 1 Timóteo 3.8-13 Lucas, em Atos 6 não usa a palavra “diakonos” para descrever os sete homens, mas as palavras para servir e diácono derivam da mesma raiz grega .São mencionados em Filipenses 1.1 e 1 Timóteo 3.8-13 assim, é apropriado usar este título para os sete homens que foram escolhidos para servir.

Apalavra “diácono” vem do verbo servir, usado na expressão servir às mesas (Atos 6 .2) de modo que sua função era, literalmente, diaconar às mesas.

Vejamos o que diz o Dicionário Bíblico Tyndale:

 

DIÁCONO, DIACONISA: Termos que descrevem um oficial em uma igreja local, derivado de uma palavra grega que significa “servo” ou “ministro”. O termo “diaconato” é usado para a função em si ou para o corpo coletivo de diáconos e diaconisas. Como muitas outras palavras bíblicas usadas hoje no sentido técnico, as palavras “diácono” e “diaconisa” começam como termos populares, não técnicos. Tanto na cultura grega secular do século 1, como no NT, eles descreviam uma variedade de serviços.

Origens do conceito

Uso grego:

Foram encontradas referências em escritos extrabíblicos, onde a palavra grega “diákonos”significava “garçom”, “servo”, “mordomo”, “criado” ou “mensageiro”. Em ao menos dois exemplos,ela indicava um padeiro ou um cozinheiro. No uso religioso, a palavra descrevia vários criados nos templos pagãos. Documentos antigos mostram “diáconos” presidindo a dedicação de uma estátua ao deus grego Hermes. Serápis e Isis, deidades egípcias, eram servidas por um conselho de“diáconos” presidido por um sacerdote.

 

Uso geral no Novo Testamento:

A mesma palavra foi usada por autores bíblicos em sentido geral para descrever vários ministérios ou serviços. Bem mais tarde, no desenvolvimento da igreja apostólica, o termo foi aplicado a um corpo distinto de oficiais da igreja. Entre seus usos gerais, “diácono” refere-se ao serviçal nas refeições (João 2.5,9), a um servidor do rei (Mateus 22.13), a servos de Satanás (2 Coríntios 11.15), a servos de Deus (2 Coríntios 6.4), a um servo de Cristo (2 Coríntios 11.23), a um servo da igreja (Colossenses 1.24,25) e uma autoridade política (Romanos 13.4).

O NT apresenta o servir no sentido de ministério como uma marca de toda a “Igreja”, ou seja, como norma para todos os discípulos (Mateus 20.26-28; Lucas 22.26,27). O ensinamento de Jesus sobre o juízo final define o ministério como alimentar os famintos, acolher os estrangeiros, vestir os que estão nus e visitar os enfermos e os que estão presos (Mateus 25.31-46). Todo o NT enfatiza o cuidado compassivo das necessidades físicas e espirituais dos indivíduos, bem como a autodoação para o suprimento dessas necessidades. Esse serviço é, no final das contas, um ministério ao próprio Cristo (Mateus 25.45).

2.  Serviço de escravo.

4.  levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. (Os discípulos executavam todos os tipo de serviço para seus rabinos (os mestres), mas soltar as correias das sandálias era algo a que se negavam, porque era uma tarefa servil, compatível apenas com o trabalho escravo.

 

Se Jesus tivesse pedido para que lavassem seus pés, eles possívelmente fariam com alegria, mas se Jesus tivesse pedido para que lavassem os pés uns dos outros, isso não seria bem aceito aos olhos dos discípulos, pois já haviam disputado entre eles sobre, qual dos discípulos era o maior, Lucas 22.24 ).

 

5.  Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido (As pessoas do tempo de Jesus caminhavam nas estradas empoeiradas calçadas apenas com sandálias, e os pés ficavam cobertos de sujeira. As regras de etiqueta exigiam que, quando um viajante entrasse numa casa como convidado, o anfitrião tomasse as providências para lhe lavar os pés. Essa tarefa desagradável era geralmente delegada ao criado mais

humilde da casa).

João 13.4,5

 

Donald Carrel Stamps (autor das notas de estudo da Bíblia de Estudo Pentecostal) diz que, o ato comovente de Jesus ter lavado os pés dos discípulos mostra que;

-   Jesus assim o fez para mostrar aos seus discípulos o quanto Ele os amava.

-   Para prefigurar o sacrifício de si mesmo na cruz.

-   Para comunicar aos seus discípulos a verdade de que Ele os estava chamando para servirem uns aos outros em humildade, pois a ânsia de granandeza inquietava os discípulos (Mateus 18.1-8; 20.20-27; Marcos 9.33-37; Lucas 9.46-48; 22.24).

-   É interessante observar também que, embora fosse o “Sumo Pastor” (1 Pedro 5.4), Jesus exerceu a “diaconia” (ou seja, o serviço de um “servo” mais do que todos os “servos” de Deus (Lucas 22.27; Filipenses 2.7).

Eu acho também muito interessante um comentário de Warren Wendel Wiersbe (pastor, teólogo, escritor conferencista e autor do Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe), ele observa que; “Convém notar que vários líderes mencionados nas Escrituras foram provados antes como servos. José foi um servo no Egito durante treze anos antes de se tornar o segundo no poder sobre aquela terra. Moisés cuidou de ovelhas durante quarenta anos antes de ser chamado por Deus.

Josué foi servo de Moisés antes de se tornar seu sucessor. Davi cuidava das ovelhas de seu pai quando Samuel o ungiu rei de Israel. Até mesmo Jesus veio como servo e trabalhou como carpinteiro; e o apóstolo Paulo fazia tendas. Primeiro um servo; depois um líder”.

12.  Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?

13.  Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.

14.  Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.

15.  Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.

16.  Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.

17.  Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

João 13.12-17

 

3. O discípulo é um serviçal.

35.  E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que pedirmos.(A respeito deste versículo,Jimmy Swaggart diz:Este sem dúvida foi um pedido egoísta, quantas vezes nos aproximamos de Deus fazendo o mesmo?).

36.  E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? (Jesus sabia sobre o pedido egoísta dos discípulos, mas mesmo assim, perguntou-lhes, para lhes ensinar uma lição. Muitas vezes Deus faz o mesmo conosco, nos “corda” para nos ensinar preciosas lições).

37.  E eles lhe disseram: Concede-nos que, na tua glória, nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.(A demonstração de coragem moral, nem sempre é uma demonstração de sabedoria e poder espiritual, pois eles, embora muito corajosos no pedido, não sabiam o que estavam dizendo).

Marcos 10.35-37


Até este ponto os discípulos ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. Jesus foi um “servo”, e Ele espera que seus discípulos também o sejam.

Com o tempo eles (os discípulos) aprenderiam, especialmente João, que com o passar dos anos passou a compreender bem que para “servir bem a Deus e aos irmãos” é preciso um amor genuíno. Cerca de 60 anos depois do fato narrado em Marcos 10.35-37 João declarou;

3.  E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.

4.  Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.

5.  Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele.

6.  Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou.

1 João 2.3-6

 

2- A Instituição dos Diáconos.

1.  O conceito da função.

O vocábulo “diáconos” alude aos que serviam à congregação em funções especiais no culto. Eram responsáveis por tratar das questões materiais da igreja (Atos 6.1-7). - Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais (Earl D. Radmacher Ronald B. Allen

  H. Wayne House).

 

Diáconos eram “servos”, “mensageiros”, que prestavam serviços voluntários a “Igreja” primitiva.

Segundo Russel Norman Champlin, o famoso filósofo romano Epicteto (contemporâneo da época historiada no livro de Atos) observou que é uma honra autêntica a um homem ser um “diácono” (servo) de Deus. - Enciclopédia Bíblica Russel Norman Champlin.

 

A “Igreja” de Deus também deve reconhecer a importância (não só dos diáconos) mas de todos os seus ministros. Eles são responsáveis por alimentar, proteger e administrar o rebanho de Deus, e por isso merecem respeito especial.

Contudo, os líderes devem seguir o exemplo de nosso Senhor e dos apóstolos, não utilizando seus cargos (ou posições) privilegiados para darem ordens aos membros da “Igreja”. Em vez disso, devem ser modelos de serviço cristão. - Grifo Pessoal – Comentário Bíblico Africano.

 

2.  Origem do diaconato.

 

1.  Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos (ou helenistas) contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.(Surgiram queixas de que os gregos ou helenistas, isto é, os judeus que falavam a língua grega e viviam fora dos limites de Israel, estavam sendo negligenciados pelos hebreus, os judeus nascidos em Israel. Uma vez que os dois grupos eram judeus, não se trata de um incidente de discriminação racial. A comunidade de bens também não havia fracassado, mas seu sistema de distribuição se mostrou falho. Os apóstolos não tinham mais como lidar sozinhos com o numeroso grupo e ainda assim garantir uma distribuição justa. O sistema funcionou, contudo, no sentido de que eles não demoraram a perceber que havia um problema. Ao que parece, quando algumas viúvas passaram necessidades , a comunidade ficou sabendo e tomou providências para que a situação não persistisse).

 

2.  E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.(Os Apóstolos não permitiam que absolutamente nada impedisse o seu trabalho de evangelizar e ensinar a Palavra de Deus, mas é claro, que não podiam desprezar uma questão tão importante quanto o socorro das viúvas).

 

3.  Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.

 

(Os Apóstolos não deixaram os irmãos sem saber o que fazer. É interessante notar que, não foi Deus quem deu a ideia de constituir “diáconos”, mas sim os Apóstolos, e a “Igreja” prontamente apoiou. Vemos que, homens na direção de Deus, guiados pela Palavra de Deus, que não permitem que nada os impeça de “fazer a obra de Deus” tem a presença e a sabedoria de Deus para realizar a “obra de Deus”.

E assim se originou o “diaconato”, ou seja, o ministério de serviço para ajudar os líderes da “Igreja”).

Atos 6.1-3

 

3. A escolha dos diáconos.

 

É muito interessante e importante observar os requisitos necessários para a escolha dos diáconos:

Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.

Atos 6.3

Como primeira qualificação, deviam ser homens de boa reputação (confira também 1Timóteo 3:2). A função exigia pessoas de confiança. Esse princípio deve ser levado em consideração ao eleger os membros do conselho da igreja, pois muitos líderes eclesiásticos se mostram repreensíveis ao receber a oportunidade de administrar os recursos da igreja, especialmente quando se trata das finanças.

 

A segunda qualificação consistia em ser cheios do Espírito. Mesmo as tarefas administrativas possuíam caráter espiritual, e a plenitude do Espírito era tão essencial para cuidar da distribuição dos alimentos quanto para a pregação da Palavra. A unidade dos cristãos, pela qual esses indivíduos deviam zelar, era um testemunho tão importante quanto o ensino em nome de Jesus (confira também João 17:21).

 

Por fim, a fim de realizar sua incumbência com eficácia, eles precisavam ser homens de sabedoria para distinguir necessidades genuínas de meros desejos. De acordo com o princípio da distribuição, não devia faltar nada a ninguém, mas isso também significava que ninguém devia receber mais que os outros (confira também 2 Coríntios 8:15). Era preciso que os assistentes soubessem avaliar a quantidade exata de que cada pessoa precisava. Ao delegar essas incumbências a outros, os apóstolos puderam concentrar-se na pregação e oração (Atos 6:4). As tarefas dos assistentes, porém, não se restringiam à distribuição de alimentos, pois pelo menos dois deles, Estêvão e Filipe, participavam do ministério evangelístico (Atos 6:5; 6:8;7:60; 8:5- 40).

 

3- O Perfil e Função do Diácono

 

 

1. Qualificações do diácono.

 

8. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,

9.   guardando o mistério da em uma pura consciência.

1 Timóteo 3.8,9

Os diáconos devem ter as mesmas qualidades que os pastores (3:8), pois sua tarefa é tão importante quanto a deles (a despeito da percepção muito difundida de que os pastores são superiores aos diáconos) e porque os diáconos (dependendo da situação) também podem assumir responsabilidades pastorais . Pelo fato de os diáconos também tomarem parte no ensino e (muitos diáconos) não serem responsáveis apenas pelo trabalho social na “Igreja”, eles precisam ter uma compreensão segura conservando o mistério da fé (3:9), segundo Jimmy Swaggart o “mistério da fé” é uma alusão a “obra redentora de Cristo”. Essas verdades profundas só podem ser compreendidas pelos filhos de Deus que são iluminados pelo Espírito.

 

2.  A função dos diáconos em Atos.

3.  A função dos diáconos hoje.

 

A função dos diáconos em Atos já foi bem abordada neste PDF, por isso vou falar um pouquinho sobre a função dos diáconos hoje:

Diaconato é (como já vimos) um ministério de serviços a outros (a Deus e a “Igreja”), e não simplesmente um “cargo”. Portanto, o diaconato hoje (isto é, a função de diáconos) é hoje, em suma, o que era nos tempos da “Igreja” primitiva, um ministério de “serviços” a Deus e a “Igreja”.

 

Conclusão

 

O diaconato foi instituído pelos Apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido lato (extenso), todos somos diáconos da Igreja de Deus.

Fontes

O Novo Testamento Interpretado Versículo po Versículo – Russel Norman Champlin,

Bíblia de Estudo Holman,

Comentário Bíblico Africano,

O Novo Comentário Bíblico Com Recursos Adicionais- Earl D. Radmacher,

Ronald B. Allen, H. Wayne House, Bíblia de Estudo do Expositor,

Encontrando Presbíteros e Diáconos Fiéis -Thabiti Anyabwile ,

Bíblia de Estudo Arqueológica,

Dicionário Bíblico Tyndale,

Revista Cristão Alerta – 2º Trimestre de 2021,

Comentários Expositivos Hagnos,

Apontamentos teológicos professor José Junior