31 de janeiro de 2018

Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica


Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica

TEXTO ÁUREO

"Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão." (Hb 4.14)

VERDADE PRÁTICA

Como Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua Igreja.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 4.14 Jesus, Sumo Sacerdote qualificado para representar os homens diante de Deus

Terça - Hb 4.15: Jesus, Sumo Sacerdote identificado com a condição humana

Quarta – Hb 5.4:  Jesus, Sumo Sacerdote e ministro do santuário

Quinta - Hb 5.7 Jesus, o Sumo Sacerdote de vida santa

Sexta - Hb 5.8,12.28: Jesus, o Sumo Sacerdote obediente e submisso que nos ensina

Sábado – Hb 5.9-14: Jesus, o Sumo Sacerdote transcendente e necessário

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Hebreus 4.14-16 – 5. 1-14

Hebreus 4.14-16

14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.

15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

Hebreus 5.1-14:

1 PORQUE todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados;

2 E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.

3 E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados.

4 E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.

5 Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei.

6 Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.

7 O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.

8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.

9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;

10 Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

11 Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.

12 Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento.

13 Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.

14 Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.

HINOS SUGERIDOS: 152, 291,402 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Pontuar o sacerdócio do Senhor Jesus como superior à ordem levítica e que, por isso. Ele teve autoridade para inaugurar uma nova ordem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I. Demonstrar biblicamente a natureza da superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo;

II. Ensinar que o sacerdócio de Cristo foi superior quanto ao serviço; 

III. Expressar a importância teológica do sacerdócio do Senhor Jesus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Hebreus 4.14-16 talvez seja a passagem mais enfática acerca da perfeição do ministério sacerdotal de Jesus Cristo. Ali, o texto apresenta nosso Senhor como um sumo sacerdote capaz de compadecer-se de nossas fraquezas porque Ele havia sido tentado em tudo. Com base nesse fato que o autor aos Hebreus encoraja os cristãos: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, afim de sermos ajudados em tempo oportuno" (v.16). Encoraje sua classe a partir dessa Palavra!

INTRODUÇÃO

Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento, apesar de serem santos, eram limitados e imperfeitos. Arão, por exemplo, ainda que grandemente honrado ao ser separado para o ofício de sumo sacerdote, cometeu uma falha indecorosa: levantou um ídolo em forma de bezerro de ouro e levou o povo a pecar.

Mas Cristo, nosso Sumo Sacerdote, é superior a Arão, não somente por sua infalibilidade e perfeição, mas porque cumpriu cabalmente o plano divino de redenção de toda a humanidade.

I. O SUMO SACERDOTE DO ANTIGO TESTAMENTO

1. Características básicas (v.1).

a) “Tomado dentre os homens”. O sumo sacerdote na Antiga Aliança era uma pessoa comum que, apesar de separada por Deus, levava para o sacerdócio suas virtudes e defeitos. Ele não era tomado dentre anjos ou espíritos, mas “dentre os homens”. E essa é uma característica muito importante.

b) “Constituído a favor dos homens”. O sumo sacerdote não era eleito pelos seus pares, nem pelo povo em geral. Sua investidura no cargo era por nomeação direta da parte de Deus. Hoje, há diversas formas utilizadas na escolha e consagração de um pastor, porém, acima de tudo é indispensável que o pastor seja constituído por Deus.

c) “Nas coisas concernentes a Deus”. O sacerdote falava e agia em nome de Deus, no que concernia à sua expressa vontade. Por outro lado, ouvia os homens e intercedia por eles diante do Altíssimo. Em tudo, a missão sacerdotal era cuidar dos interesses de Deus em relação ao povo e os do povo em relação a Deus. Era um mediador, um representante do Eterno.

2. Funções primordiais. De modo geral as principais funções do sumo sacerdote eram ensinar a lei de Deus e interceder pelo povo.

a) Oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (v.1b). Na Antiga Aliança os oferentes não podiam dirigir-se diretamente a Deus. Traziam suas dádivas e ofertas e as apresentavam ao sacerdote. Segundo estudiosos do Antigo Testamento, os dons eram ofertas de cereais e os sacrifícios eram “ofertas de sangue”. No Novo Testamento, Jesus, nosso Sumo Sacerdote quanto a nossa salvação, é tanto o oferente como a própria oferta vicária: “ofereceu-se a si mesmo [por nós] a Deus”.

b) “Compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados” (v.2). O sumo sacerdote deveria ter simpatia, ou seja, capacidade para compartir as alegrias ou as tristezas das pessoas que lhe procuravam e, ao mesmo tempo, ter empatia, capacidade para se colocar na situação do outro. Só quem tem essas qualidades pode de fato ser um intercessor. Da mesma forma devem proceder os obreiros do Senhor no trato com os que erram por ignorância ou por fraqueza.

II. DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE CRISTO E ARÃO

1. Jesus, sacerdote perfeito. A Lei previa a possibilidade de erro ou pecado por parte dos sacerdotes (v.3; Lv 4.3). O próprio sumo sacerdote Arão tinha a orientação de Deus para oferecer sacrifícios não só pelo povo (Lv 16.15ss.), mas por si próprio (Lv 16.11-14). Enquanto o sumo sacerdote do Antigo Testamento estava sujeito a pecar, Jesus nunca pecou. Ele é perfeito. Satisfez todas as condições para o perfeito sacerdócio. Foi ungido como Rei, como Filho (Sl 2.6,7); e Sacerdote Eterno (Sl 110.4); foi enviado por Deus (Jo 5.30); veio em nome do Pai (Jo 5.43). Jesus não se glorificou a si mesmo para fazer-se sumo sacerdote (v.6). Diante de todas essas qualificações, o Mestre nunca ofereceu sacrifícios por si próprio. Ele deu-se a si mesmo por nossos pecados (Gl 1.4).

2. Sacerdote eterno (v.6). O escritor aos hebreus faz referência a dois textos bíblicos no livro de Salmos para demonstrar o caráter especial do sacerdócio de Cristo: um sacerdócio que não tem fim: “Tu és meu filho; hoje te gerei” (Sl 2.7); e “Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4).

III. A MISSÃO TERRENA DE JESUS

1. “Nos dias de sua carne” (v.1). É uma referência direta à vida humana de Jesus. O escritor já houvera acentuado esse aspecto no cap. 2.14-17. Aqui, mais uma vez, ele demonstra que o nosso Sumo Sacerdote, mesmo provindo de uma linhagem especial, encarnou-se, tomando a forma de homem, como vemos no Evangelho de João (1.14): “E o verbo se fez carne...”. O Verbo refere-se a Jesus Cristo (cf. Ap 19.13).

Os gnósticos ensinavam que o corpo é intrinsecamente mau. Mas Jesus, o Verbo divino, provou o contrário. Ele se fez carne, “e habitou entre nós”, tornando-se homem completo, pleno, perfeito.

E não apenas se fez carne, mas tomou a “forma de servo” (Fp 2.7); na semelhança da “carne do pecado” (Rm 8.3), suportou a “paixão da morte” (Hb 2.9).

2. Clamor, lágrimas, orações e súplicas (v.7). A Escritura diz que Jesus clamou a Deus, com “lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte”. No Evangelho segundo João 11.35 está escrito que Jesus chorou, mas aquela não foi a única vez, como atesta o v.7. É por isso que Jesus entende de lágrimas e, um dia, como Deus, enxugará dos olhos toda a lágrima (Ap 7.17; 21.4).

3. Aprendeu a obediência (v.8). Haverá prova mais autêntica da humanidade de Jesus? “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.8). Ele, sendo divino, obedeceu a Deus. A mente humana é, por vezes, levada a indagar: “Afinal, se Ele era Deus, porque deveria obediência a alguém?”. Esse é um mistério que só a fé pode aceitar.

Jesus como ser humano teve um desenvolvimento humano normal: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52). Como Filho de Deus, Ele obedeceu ao Pai.

4. “Por aquilo que padeceu” (v.8b). A prova suprema da obediência de Cristo foi a sua paixão e morte. O Diabo tudo fez para que Jesus não executasse o plano da salvação. Na tentação no deserto, seu objetivo era que o Senhor obedecesse suas sugestões (Mt 4.1-11); na crucificação, o inimigo usou alguém para lhe sugerir que “provasse” que Ele era o Filho de Deus, descendo da cruz (Mt 27.40).

5. Trouxe eterna salvação (v.9). “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem”, (grifo nosso) Jesus declarou ao Pai: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo 17.4). Na cruz, no momento supremo de seu sacrifício em favor dos pecadores, Ele exclamou: “Está consumado...” (Jo 19.30).

Nesse aspecto, é oportuno lembrar que alguns teólogos, baseados no versículo em foco e em outras referências, pregam a doutrina da predestinação absoluta, resumida na sentença “uma vez salvo, para sempre salvo”. Entretanto, o versículo mostra inequivocamente que a salvação não é eterna a priori, mas sim condicional. Ela é eterna para “todos os que lhe obedecem”. Desse modo, exclusivamente é salvo quem crê e segue a Cristo em obediência.

6. Chamado por Deus (v.10). Jesus pertenceu a uma ordem sacerdotal singular, diferente da de Arão. Nisto, vemos mais uma importante distinção entre o sacerdócio de Cristo e o sacerdócio arônico. Jesus, como diz o v.10, foi “chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (v.10).

CONCLUSÃO

Como podemos constatar no capítulo cinco de Hebreus, o texto revela com clareza meridiana a superioridade do sacerdócio de Cristo em relação ao de Arão. Outro ponto importante diz respeito a humanidade de Cristo: o escritor assevera que Jesus foi humano o suficiente para buscar a Deus, o Pai, em oração, súplicas e lágrimas, sendo obediente como Filho. Trata-se de um exemplo inigualável e uma lição incomparável para nós, mortais, que, às vezes somos relapsos em fazer a vontade do Senhor, em obediência irrestrita.

 

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibigrafia

Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos 3º Trimestre de 2001

 

VOCABULÁRIO

 

Condicional: Dependente de condição, que envolve condição.

Distinção: Ato ou efeito de distinguir(-se); diferença, separação.

Dom: Donativo, dádiva, presente.

Indecoroso: indecente, indigno, vergonhoso.

Investidura: Ato de investir ou dar posse.

Mediador: Que ou aquele que medeia ou intervém, medianeiro.

Oferente: Oferecedor.

Relapso: Aquele que reincide em erro, obstinado, contumaz, que ou aquele que falta a seus deveres.

Simpatia: Sentimento caloroso e espontâneo que alguém experimenta em relação a outrem.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Bibliológico

“‘Todo sumo sacerdote’ (Hb 5.1). Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio. (1) O sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27-29). (2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos os requisitos.

A origem de Melquisedeque (5.6). Melquisedeque é uma personagem misteriosa do Antigo Testamento, que aparece em Gn 14 como o sacerdote de Deus em Salém (que é Jerusalém, Gn 14.18; Js 18.28; Sl 110.1-4; Hb 7.1), antes dos tempos do sacerdócio levítico. O sacerdócio de Cristo é do mesmo tipo que o de Melquisedeque” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1905, 1906).

“Em relação a Cristo, os cristãos hebreus não o reconheciam sob a figura de Sumo Sacerdote. Por isso, não compreendiam a aplicação desse título e ofício à sua pessoa. Não sendo Ele da linhagem de Arão, naturalmente não o contemplariam como sacerdote. Seu ministério também não lhes despertara tal pensamento, uma vez que não reivindicou nenhum privilégio de acesso ao templo, nem executou nenhuma função sacerdotal, e sempre criticou o concerto judaico do sacerdócio (Vicent).

O autor resumidamente apresenta as características e atribuições do sumo sacerdote (5.1-4), demonstrando que são perfeitamente satisfeitas em Cristo (5.5-10).

Segundo o sistema levítico, todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens. Ele traz ao altar tanto sacrifícios cruentos como sem sangue (5.1). Exige-se dele que possa condoer-se ou ter compaixão do povo. A expressão significa ser ‘moderado’ ou ‘tenro’ em seu julgamento, nem severo demais nem tolerante demais. Não deve ser homem que se irrita diante do pecado e da ignorância, nem transigente com o mal (vv.2,3) Ele deve ser chamado por Deus (v.4)” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, pág. 135).

 

 

25 de janeiro de 2018

Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus


Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus

TEXTO ÁUREO

"Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência." (Hb 4.11)

VERDADE PRÁTICA

O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial, eterno e completo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 4.2: A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé

Terça - Hb 4.6: A mensagem de Deus deve ser acompanhada pela obediência

Quarta – Hb 4.7: A mensagem de Deus dever ser acolhida com contrição

Quinta - Hb 4.8,9: A mensagem de Deus promove um descanso real e total

Sexta – Hb 4.11: A mensagem de Deus promove um descanso eterno

Sábado – Hb 4.12: A Palavra de Deus é viva e eficaz

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Hebreus 4. 1-13

Hebreus 4.1-13:

1 TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.

2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.

3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.

4 Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.

5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.

6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,

7 Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.

8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.

9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.

10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.

11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.

12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.

HINOS SUGERIDAS: 47,146, 212 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico com os seus respectivos subtópicos.

I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;

II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;

III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto - primeiro porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram -, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo.

Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué, conforme abaixo:

 

JOSUÉ —> Terreno -> Temporário -> Incompleto

JESUS -> Celestial -> Eterno -> Completo

Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da "politização ideológica" dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao "céu" formaremos cristãos "escapistas". O problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29).

INTRODUÇÃO

O Descanso Necessário, 4.1-16

 

Este capítulo poderia ser intitulado: “Entrando no seu Descanso”. Este é o tema central do capítulo 4. O termo “descanso” ocorre nove vezes nestes dezesseis versículos, oito vezes como katapausis e uma vez como sabbatismos. A primeira palavra denota uma paz estabelecida ou um estado de descanso; e a segunda, encontrada somente aqui no NT, significa “repouso sabático”.

Este termo “entrar”, nas suas várias formas, é encontrado oito vezes neste capítulo, todos em conexão com “descanso”.

 

Este repouso para o povo de Deus (9) freqüentemente é entendido como uma segunda obra da graça. Entre os Quacres a terminologia de Hebreus tem sido mantida e forma a base para a estrofe de Philip Doddridge:

 

Agora descanse, meu coração dividido há tanto tempo;

Fixado neste centro ditoso, descanse;

Nunca se afastando do seu Senhor,

Com Ele refletindo todo o bem.

 

Entre os wesleyanos, a terminologia paulina de santificação completa é comum. A urgência da entrada definitiva é ressaltada nos versículos 1, 6, 11 e, em cada caso, a forma é o aoristo infinitivo, que é categórico em importância. Não há sinal de uma entrada gradual ou parcial no repouso ou descanso de Deus. A lição central é que a história está sendo repetida; exatamente onde os israelitas estavam em Cades-Barnéia, estes cristãos Hebreus estão agora, exceto que a situação é mais grave.

 

1. Um Perigo Semelhante (4.1-3)

 

Por causa do exemplo histórico diante de nós, Temamos (“ter um temor ansioso”, Mueller), pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás (1).

Em relação a este repouso uma disposição de ânimo casual, que é indiferente ou demasiadamente otimista, está completamente fora de cogitação. Este é um assunto de vida ou morte, por isso o cristão deveria estar profunda e intensamente preocupado, para que não “fique para trás” (Mueller). Os vagarosos estão em perigo bem como aqueles que rejeitam este repouso por completo.

 

Que esta promessa é deixada, ou “reservada”, para nós (kataleipo, deixar para trás, reservar”; cf. Rm 11.4) é confirmado no versículo 2: Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles. Deveria constar literalmente: “Fomos evangelizados da mesma forma — ou tão completamente — quanto eles”. Os israelitas, por meio de Moisés, ouviram as boas-novas da provisão e vontade de Deus para eles.

 

Da mesma maneira, nós ouvimos as boas-novas de Deus por meio de Cristo. Mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou — não resultou em um benefício completo e final — não porque não foi pregada de maneira adequada, mas porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. Ouvir a Palavra não é suficiente; ela deve ser crida e obedecida. Não importa a profundidade da fé do pregador, precisa haver fé voluntária no ouvinte. A fé deve estar associada à Palavra como um tipo de agente espiritual catalisador, para que o evangelho traga salvação.

 

O versículo 3 é obscuro na KJV, no entanto, podemos estar certos de que seu verdadeiro significado o liga de maneira coerente ao pensamento iniciado no versículo 1. Aidéia- chave está na expressão “parecem não ter alcançado” (ficar atrás). Novamente o autor está se referindo, por meio de uma breve frase, a Salmos 95.8-11.

 

Ao harmonizar estas idéias aparentemente discrepantes do versículo 3, precisamos observar certos detalhes que ajudarão na compreensão deste texto. A ARC já corrigiu a tradução da KJV de Salmos 95.11, como segue: “Por isso, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso” (Salmos 95.11). E importante observar que as três cláusulas são coerentes e significativas, somente quando interpretadas à luz não somente do contexto imediato mas do contexto de todo o salmo da qual a citação foi tirada. Além do mais, para entender a idéia, é necessário sugerir que o verbo do presente do indicativo da cláusula principal, nós [...] entramos no... (eiserchometha) deveria ter uma construção futura: “entraremos no”.

 

Quem? Os que temos crido (aoristo) entraremos no repouso. Nós que confessamos ser cristãos, tendo aceitado Cristo por meio da fé verdadeira, somos qualificados para entrar no repouso que resta para o “povo de Deus” (v. 9), desde que não percamos nossa qualificação ao endurecer os nossos corações. Porque, de acordo com o decreto divino, eles (os resistentes teimosos, os apóstatas) não entrarão no meu repouso (3b). Este ultimato, de que os crentes entrarão e os que rejeitam não entrarão, é verdadeiro, embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Como explica o versículo seguinte, meu repouso está relacionado com a cessação das obras criativas de Deus.

 

 

A referência, deste ponto até a conclusão destas obras, implica que Deus desde o princípio desejou compartilhar seu repouso com o seu povo; mas eles não podem entrar sem a obediência da fé, e enquanto não obedecerem, estão excluídos, não importa quanto tempo Deus tem esperado.

 

Para percebermos a conexão possível entre esta referência às obras terminadas de Deus e a linha anterior de pensamento precisamos ler o Salmo 95 na sua totalidade. O salmista está exaltando a grandeza de Deus em seu trabalho de criação e desafiando seus ouvintes a adorá-Lo. Mas as obras de Deus não incluem coerção. Suas obras terminadas são evidência suficiente do seu poder para levar seu povo para dentro da Canaã deles. No entanto, isto não deve ser interpretado como garantia que, não importa o que façamos, Ele vai dar um jeito de nos levar até lá. Pelo contrário, esta evidência da grandeza de Deus nos deixa completamente indesculpáveis em nossa descrença temerosa; ela justifica sua ira em declarar que, apesar de tudo o que tem feito até aqui, Ele não nos levará para dentro agora (cf. 1 Co 10.1-12).

 

Estes parágrafos intensos são uma forte tentativa de chacoalhar os cristãos hebreus em sua falsa segurança, ao mostrar-lhes que não possuem imunidade contra os perigos da cerca espiritual. O Salmo 95 é interpretado como uma advertência direta ao povo de Deus — incluindo os próprios hebreus — contra a rebelião da sua Cades-Barnéia.

 

2. Um Repouso Espiritual (4.4-10)

 

Ao usar o Salmo 95 como uma advertência contra a confiança falsa, e especialmente contra a rejeição da nova luz, o autor interpreta meu repouso como o plano e provisão de Deus para o seu povo. Este é um descanso tipificado por Canaã, e a crise da entrada é tipificada por Cades-Barnéia. As conseqüências desastrosas de fracassar em entrar nesta Canaã foram apresentadas. Agora, nestes próximos versículos, a natureza deste descanso é revelada.

 

Já temos visto a relevância deste repouso em relação às obras concluídas de Deus no versículo 3. Isto é ampliado imediatamente. O autor cita Gênesis 2.2 (mas, como de costume, sem especificar a referência): E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia (4). De alguma maneira este fato está relacionado com meu repouso (5). Que resta (6), i.e., para o seu povo entrar.

Visto que a geração dos dias de Moisés perdeu sua chance por causa da desobediência, Deus, em sua misericórdia, proclamou mais uma oportunidade por meio de Davi. Há mais um Hoje, mesmo muito tempo depois (7). O autor vê no Salmo 95 uma profecia especial para a época do evangelho — uma profecia que contém tanto uma promessa quanto uma ameaça.

 

Também não podia se dizer que o verdadeiro descanso de Deus tinha sido dado por Josué (“Jesus”, na KJV; v. 8) quando levou a próxima geração para a Terra Prometida e os estabeleceu nas suas próprias casas, com suas vinhas e campos.

 

Porque se este repouso nacional tivesse sido o que Deus queria, então não falaria (Deus, não Josué), depois disso, de outro dia. Josué deu aos israelitas descanso de um tipo (Js 22.4), como cumprimento de uma promessa (Dt 31.7); mas este repouso político, civil e material em Canaã não era o repouso — era apenas uma tipificação daquele repouso. Resta ainda (ainda a ser experimentado) um repouso para o povo de Deus (9). O povo de Deus, no novo Hoje, tem a opção de um descanso que ainda não conhece por experiência, mas que pode conhecer — na verdade deve conhecer — ou deixar de ser o povo de Deus.

 

Observe os três fios que estão entrelaçados aqui. Fio número um: o repouso de Deus e suas obras acabadas estão relacionados. Fio número dois: o repouso de Deus é espiritual em natureza, não nacionalista. Fio número três: o repouso está agora disponível neste novo Hoje. Mas a KJV deixa escapar o significado deste ponto crítico, porque o grego diz sabbatismos, “um repouso sabático” (ou “descanso sabático”, NVI). O restante que permanece é o repouso sabático da alma — certamente não do corpo, porque o trabalho diário continua sendo necessário.

 

E certamente isto não é uma referência ao sétimo dia — o sábado, como os adventistas ensinam. Isto seria uma inversão da tipificação e uma interpretação completamente errada da realidade, semelhantemente aos judeus que não conseguiam enxergar nada além da prosperidade materialista e autonomia política em relação à Terra Santa. O significado está ligado à explanação subseqüente: Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas (10). Tudo nesta seção tem apontado para esta proposição conclusiva. Isto representa o repouso sabático que é o repouso de Deus restante para o seu povo. Como uma declaração culminante, ela é habilmente devastadora à essência das suas inclinações judaicas.

 

Quer tenha sido Paulo que escreveu esta epístola ou não, nada podia ser mais paulino (cf. Rm 10.1-11; G1 3.16; 4.9-31; Cl 2.20-23). A tendência muito forte de voltarem para Moisés, ou pelo menos de se ligarem a ele e a Jesus com sujeição compartilhada, era a evidência de uma relutância em abandonar todas as formas de esforço próprio e depender somente da obra terminada de Cristo.

 

Veja o significado exato. Deus não descontinuou sua obra de providência e redenção, mas apenas a da criação. O crente que desfruta o repouso perfeito também cessou das suas próprias obras de criação, não no sentido natural ou material, mas no sentido espiritual (Jo 6.62-63). Os israelitas de Cades-Barnéia calcularam sua probabilidade de entrar em Canaã à luz dos seus recursos, e, é claro, se desesperaram. Então quando viram seu pecado, “tentaram subir”, mas, novamente baseados em suas próprias forças, e acabaram sendo derrotados pelos amalequitas (Nm 14.40-45).

 

Desta forma, sempre ocorrerá a falência do puramente humano no domínio espiritual. Não pode ser com base em fé e obras. Este é o caminho da ansiedade e frustração — não do repouso. Mas o lugar do “repouso tranqüilo, perto do coração de Deus” é o lugar da autocrucificação, da total entrega de si mesmo a Deus, do completo abandono dos nossos esforços vãos ou para criar o Reino de Deus na terra ou para criar santidade em nós mesmos.

Não devemos apenas nos submeter, mas confiar. “Solte e entregue-se a Deus”.

 

3. Um Dever Imediato (4.11-16)

 

a) Se uma queda final deve ser evitada (4.11). Existe um progresso distinto de pensamento em Hebreus, com transições intercaladas, em vez de mudanças abruptas e radicais. Muitas vezes, um versículo de transição está ligado com aquilo que acabou de ser dito, como sua conclusão, e igualmente com a nova idéia que introduz. Além do mais, estes versículos de transição são repetitivos, quase cíclicos, em forma e idéia, ainda que cada um apresente uma idéia-chave sinalizando avanço. Como ocorre no versículo 11: Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. Tanto este versículo quanto o versículo 1 falam de entrar no repouso e apresentam uma construção semelhante: Procuremos (“Temamos”) [...] para que (“pois, que”).

 

Mas no versículo 1, a exortação é “temer”, e no versículo 11 é procurar “esforçar-se” (ARA). No versículo 1, a advertência era contra a possibilidade de ficar “para trás”, i.e., contra o perigo da relutância e lentidão espiritual. No versículo 11, a advertência é contra o resultado inevitável e final desta lentidão (cf. 2.3) — uma queda final e irrevogável — tal como aconteceu com os israelitas no deserto. Mueller traduz a última cláusula da seguinte forma: “não cair no mesmo padrão de obstinação”.

 

Há somente uma maneira de evitar este desastre, isto é, “ser zeloso, empenhar-se e lutar diligentemente” (NT Amplificado). Ninguém flutua indiferentemente para o repouso. Ele deve ser visto como uma esfera indispensável de vivência,um ingresso imediato que requer nossa completa concentração.

 

Pode parecer incongruente ter acabado de definir este repouso como uma cessação das obras (v. 10) e em seguida insistir para entrar por meio do esforço. De que maneira o esforço pode ser o meio para entrar no repouso que é o fim das obras? O NT nos assegura de uma coisa: E impossível que o significado seja que devemos trabalhar duro para assegurar nosso repouso no céu.

 

Uma resposta é dizer que o arrependimento é o labor espiritual, mas um labor que termina no repouso do perdão e um repouso da escravidão das obras da iniqüidade (Mt 11.28). Vamos observar que a consagração — a autocrucificação — também é uma obra (esforço) intensa e árdua, mas que prontamente se torna o repouso do poder da ressurreição espiritual, de habitar em Jesus pelo Espírito Santo, e da libertação da tirania de um ego arrogante e inflexível.

 

E o repouso de um sistema de valores materialistas e escravizantes; um repouso no qual nossas obras, nossa autonomia, nossos direitos, nossos planos e ambições e nossos esforços incansáveis são rendidos de forma determinada e habitual. Esta atitude pode ser tão habitual que a rendição se torna uma disposição de ânimo feliz e segura (Mt 11.29,30).

 

 

E importante salientar que o significado primário de spoudasomen, seguido de um infinitivo, não significa “esforço” mas “pressa, apressar”, e é usado desta forma em 2 Timóteo 4.9, 21 e Tito 3.12. Embora a idéia de esforço esteja incluída por inferência, o sentido temporal é provavelmente a ênfase pretendida aqui, de acordo com o tom do contexto.

 

Este tom é o mesmo tipo de desafio imediato anunciado em alta voz por Josué e Calebe: “Subamos animosamente e possuamo-la” (Nm 13.30); e é o mesmo tom da urgência intensa e dever imediato que vez após vez caracteriza esta epístola. Aquele que está propenso a esperar até amanhã para entrar no repouso nunca entrará nele.

 

Em 3.17—4.11, encontramos “O Repouso para o Povo de Deus”: 1) Existe um repouso prometido, 4.9.2) Devemos fazer um esforço para entrar neste repouso, 4.11. 3) A fé no chamado de Deus é essencial, 4.2. 4) Alguns o deixaram escapar — falharam em entrar nele, 3.17—4.1 (John Knight).

 

b) Porque a palavra de Deus continua exigindo resposta (4.12-13). Estes versículos que falam tão vividamente da penetrante palavra de Deus não se referem primeiramente ã palavra escrita na Bíblia (embora a palavra escrita não esteja de forma nenhuma excluída); nem podem ser adequadamente entendidos sem estarem atrelados à discussão anterior, como se constituíssem uma súbita digressão de pensamento.

 

Eles são essenciais para a exortação geral. O autor não quer ser entendido como estando excessivamente preocupado com as ações dos israelitas antigos. O ponto da lição objetiva é que eles estavam “brincando”, não com a palavra de Moisés ou Josué, mas com a palavra de Deus (12). Este é precisamente o ponto desta exortação urgente. A palavra de Deus de acordo com Davi, e mais recentemente de acordo com Cristo e os apóstolos, não é uma carta morta, mas viva. Ela está em ação neste exato momento.

 

Ela não é como uma linha de energia elétrica velha e obsoleta; ela é viva no momento em que Deus fala. A palavra particular ouvida pelos israelitas era a vontade de Deus para eles a respeito de Canaã, enquanto a palavra particular exigindo a atenção deles é a palavra de Deus a respeito de Jesus e o repouso que Ele deseja que encontrem nele.28 Esta é a palavra que Deus falou ao mundo “nestes últimos dias, pelo Filho” (1.2); é a mensagem do evangelho da salvação eterna por meio de Cristo que Ele falou por intermédio dos ensinos do nosso Senhor, dos ensinos dos apóstolos e confirmada pela manifestação do seu poder em sinais (2.3-4); esta mensagem do evangelho é a voz predita no Salmo 95 para este novo “Hoje” (3.15; 4.1-2, 7-8). Tudo isto está incluído na “Palavra que Deus fala” (NT Ampl.).

 

Esta palavra divina não está somente viva, mas é eficaz, i.e., ativa em convencer, examinar e descobrir. Como uma espada de dois gumes, a mensagem do evangelho penetra de tal forma no ouvinte que alma e espírito são divididos; i.e., nosso eu espiritual é separado do nosso eu alma. Podemos ser religiosos — mas não salvos.

Podemos ser sensíveis ao homem, mas insensíveis para com Deus. Uma pessoa pode ser culta e atenta na mente e corpo, mas atrofiada e dormente no espírito.29 Ela pode conhecer o êxtase estético, mas não a alegria espiritual. O mundo ao redor, com o qual se comunica por meio das janelas da alma, pode ser bastante real, e ainda assim o mundo de Deus e Cristo pode ser muito irreal. O evangelho descobre e chama a nossa atenção para este tipo de entorpecimento.

 

Este poder cortante e penetrante divide juntas e medulas, uma sugestão figurada, possivelmente, indicando que o evangelho nos encontra não só no nível da personalidade, mas no nível do nosso eu invisível. E na medula que doenças do sangue se alojam muito antes que o mecanismo do corpo seja visivelmente afetado.

 

As pessoas caminham eretas, no entanto seus ossos podem estar doentes por dentro, como uma árvore que está em pé até que uma tempestade violenta a derruba até o chão, revelando seu cerne apodrecido. E nessa auto-revelação, o evangelho discerne os pensamentos e intenções do coração. Nós separamos as palavras e atos de uma pessoa; o evangelho é como quem discerne (um juiz), examina seus motivos e imaginações secretas e pronuncia a sentença. Na verdade, “não há coisa criada” (Mueller) encoberta diante dele; todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar (13).

 

A expressão daquele refere-se Aquele que é o assunto do nosso discurso. Visto que não podemos esconder-nos de Deus, não podemos escapar do nosso Cades-Barnéia. Nosso fracasso em entrar no seu repouso não pode ficar escondido dele, nem mesmo nossas descrenças secretas ou nossos desejos ardentes pelas cebolas e alhos do Egito.

 

c) Porque Jesus nos ajudará (4.14-16). Estes versículos constituem uma continuação do discurso de exortação acerca do repouso e uma recapitulação e resumo dos quatro primeiros capítulos. Vamos primeiro considerar o discurso acerca do repouso. Tendo chamado a atenção para a penetrante e inescapável luz da Palavra de Deus, o autor agora redireciona a atenção para a necessidade desesperadora de um Sumo Sacerdote — Jesus, o Filho de Deus.

O Deus, a respeito de quem ele tem falado, é o mesmo Deus que rejeitou seus pais antigos na sua ira santa; Ele não pode ser menosprezado e vai igualmente rejeitá-los. Portanto, eles deveriam estar alegres pelo seu Sumo Sacerdote, e rapidamente refugiar-se nele.

 

A terrível e incriminadora revelação do seu coração pela Palavra de Deus é motivo de medo, mas o ministério sumo sacerdotal de Jesus é motivo de esperança. Portanto, retenhamos firmemente a nossa confissão (14). Vamos nos apegar à nossa fé pessoal e à confissão pública de Jesus como nosso Salvador. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compade- cer-se das nossas fraquezas (15). Literalmente, Jesus pode “sentir as nossas debili- dades” (Mueller).

 

A palavra fraquezas (astheneiais) tem uma conotação moral em Hebreus (cf. 5.2) e significa não apenas fraqueza física ou uma limitação humana, mas uma fraqueza consciente e instável na tentação. Nosso Senhor também nos entende nesta fraqueza, porque, como nós, em tudo foi tentado.

Visto que foi tentado como nós, Ele sabe por experiência o que significa para nós ser tentado. Ele não foi tentado em todas as particularidades ou em cada situação possível; e.g., Ele não foi tentado como marido, ou pai, ou dono de uma propriedade, ou empregador, ou soldado, porque não exerceu nenhuma dessas funções.

 

Mas Ele foi tentado em três áreas básicas da suscetibilidade humana: corpo, alma e espírito. Jesus conhecia a tentação no campo do apetite do corpo, no campo dos relacionamentos humanos e no campo dos relacionamentos espirituais. Eu — os outros — Deus: Ele foi tentado nestes três pontos. O que deveria governá-lo? Seu desejo por pão? Seu desejo por aceitação? Seu desejo por poder? Ou sua lealdade a Deus? Estas são perguntas fundamentais da vida que cada pessoa deve responder. Certamente, nestes aspectos básicos as tentações do Senhor eram exatamente iguais (kathhomoioteta) às nossas.

 

Mas sem pecado. Embora seja perfeitamente verdadeiro que Jesus não enfrentou a tentação com a desvantagem do pecado original, esta não é a idéia aqui. O que o autor de Hebreus ressalta neste texto é que Jesus não cedeu uma única vez à tentação. Ele foi perfeitamente triunfante. Se não fosse tentado como nós, não poderia compreender os nossos sentimentos em nossas muitas tentações; por outro lado, se não tivesse sido perfeitamente vitorioso, não poderia ajudar-nos, mas necessitaria Ele próprio de ajuda.

 

Parece que estava claro na mente do autor a tentação peculiar que estes cristãos hebreus estavam enfrentando. Eles foram tentados a voltar atrás, e desta forma, falhar em entrar no seu repouso prometido. Jesus também teve sua experiência de deserto — em certo sentido, seu Cades-Barnéia — e, portanto, sabia o que estavam passando. Ele entende o deserto do ataque satânico que segue a primeira emoçãogloriosa da fé. Por isso, eles não devem permitir que a idéia de voltar atrás ocupe a mente, nem devem ficar envergonhados ou ceder à paralisia do desespero. Eles precisam chegar com confiança ao trono da graça, para que possam alcançar misericórdia (perdão pelo fato de vacilar) e achar graça, a fim de serem ajudados neste tempo oportuno (16).

 

Estes versículos também são um resumo de toda a argumentação até aqui nesta epístola. Jesus é um grande sumo sacerdote, visto que não é um ser angélico nem está numa posição de igualdade com Moisés. Ele é o Filho de Deus, Aquele que “assentou-se à destra da Majestade, nas alturas” (1.3), ou, como está expresso aqui: que penetrou nos céus (14). O trono da graça ao qual somos convidados a vir com confiança em oração é o trono não só de Deus o Pai, mas de Deus o Filho — não só daquele cuja palavra é lei, mas daquele que se tornou Mediador e Intercessor.

 

O Jesus da história recente e o Javé do AT se fundem em um Deus num único trono. Lá, no trono, nossos pecados são condenados e perdoados. Lá encontramos justiça e misericórdia. Lá encontramos acesso renovado para o restante do povo de Deus. Mas tudo isto é mediado por Jesus. Nossa ousadia só ocorre nele e por meio dele.

 

 

Se Jesus não é o Filho de Deus, que está à destra do Pai, tendo cumprido plenamente e, desta forma, substituído a ordem mosaica, nossa ousadia não passa de uma arrogância insensata. É o Pai, por meio de Jesus, ou é o repouso por meio de Jesus, ou não é nada. E assim que o autor determina a finalidade da pessoa de Jesus Cristo.

 

 

 

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Comentário Bíblico Beacon Hebreus a Apocalipse

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus

 

TEXTO ÁUREO:

 

“Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).

 

VERDADE PRÁTICA:

 

Nosso Sumo Sacerdote, Jesus, preparou-nos um repouso sublime, no qual só teremos acesso se ouvirmos a sua voz, não endurecendo o coração.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:HEBREUS 4.1-16 

 

PONTO DE CONTATO:

 

Você crê, realmente, que Deus fará o que prometeu na sua vida? A Palavra de Deus é digna de confiança? Deus fez uma promessa ao povo de Israel: Ele se responsabilizaria pela sua segurança ao entrar em Canaã. Israel  respondeu com incredulidade: o povo duvidara da veracidade divina. No texto em estudo, o sacro escritor adverte aos crentes hebreus acerca do perigo da incredulidade e relembra-os que, dentre os que saíram do Egito, somente dois (Josué e Calebe) entraram no descanso prometido, na terra de Canaã. Mesmo tendo presenciado milagres portentosos, operados por Deus, o povo duvidou da capacidade do Altíssimo para expulsar os poderosos habitantes daquela terra. Há também um descanso para os cristãos no campo espiritual, mas para tomar posse desse repouso é necessário ter fé, obediência e perseverança em Deus.

 

INTRODUÇÃO

Em consequência da desobediência do povo de Israel durante sua peregrinação, os que pecaram, rebelando-se contra o Todo-Poderoso, morreram, e seus corpos caíram no deserto. De acordo com o juramento de Deus, os desobedientes não entraram no seu repouso. Que isto jamais venha a acontecer conosco! Nesta lição, veremos em que consiste o repouso espiritual reservado aos crentes fiéis.

I. AS BOAS NOVAS FORAM PREGADAS

1. Ouviram mas não obedeceram. Segundo cálculos razoáveis, os israelitas tirados do Egito pela poderosa mão de Deus foram cerca de três milhões de pessoas. Somente os homens de guerra somavam 600.000 (Êx 12.37). Desses, só entraram em Canaã, dois: Josué e Calebe (Dt 1.36,37). Por causa da desobediência e da incredulidade, o juízo de Deus prostrou-os no deserto, impedindo-os de chegar à Terra Prometida. Isso mostra que Deus dá mais valor à qualidade do que à quantidade. No Dilúvio, só oito escaparam. Na destruição de Sodoma e Gomorra, somente três ficaram vivos.




2. A pregação sem proveito (v.2). Os israelitas ouviram as “boas novas”. A razão pela qual muitos não entraram no “repouso”, ou seja, em Canaã, é que “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (v.2). Aí, vemos a importância da fé para a salvação. A Bíblia
assevera que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Hoje, em todo o mundo, é grande a provocação ao Senhor. Os ímpios estão em rebelião aberta e declarada contra Deus. Infelizmente, também há crentes que ouvem a Palavra nas igrejas, mas preferem continuar desobedecendo aos preceitos do Senhor.

II. O DESCANSO PARA O POVO DE DEUS

1. A ilustração do descanso de Deus. O escritor, no v.10, relembra o que está escrito em Gn 2.2, quando Deus, no sétimo dia, descansou de suas obras: “Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas”. Obviamente que aqui não se trata de descanso físico, pois por ser Espírito,  Deus não sofre desgaste. 


2. O descanso dos israelitas. O sofrimento dos israelitas no Egito após a morte de José foi cruel. Por mão de Moisés e pelo poder de Deus, o povo foi libertado milagrosamente. Entretanto, por causa da incredulidade e rebeldia, grande parte deles não pôde entrar na Terra Prometida. Foram obrigados a passar 40 anos caminhando  no deserto (Hb 3.19; 4.6,11; 1 Co 10.1-11). Somente por misericórdia, Deus lhes destinou a terra de Canaã, onde enfim encontraram o descanso de seus sofrimentos. 


3. O descanso (repouso) do povo de Deus (v.9). Aqui o descanso prometido não é físico, mas espiritual, celestial, mirífico, indizível e pleno para os salvos: “Ainda resta um descanso para o povo de Deus”. Trata-se do bendito estado da alma e do espírito, em que os crentes, obedientes e santos, que ouvem a Palavra e a obedecem, terão direito à paz e a tranquilidade perene, na comunhão com o Senhor. Lembremo-nos de que o descanso espiritual só se obtém através da nova vida em Cristo (ver Mt 11.28,29). É preciso ouvir e obedecer a Palavra de Deus. “Procuremos pois entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo
exemplo de desobediência” (v.11).

III. O PODER PENETRANTE DA PALAVRA DE DEUS

1. Ela é viva. A Palavra de Deus mostra quem vai entrar no repouso eterno. Ela não se constitui de meras argumentações humanas ou filosóficas, que atingem o intelecto, mas não penetram no coração, no mais íntimo do ser humano. A Palavra de Deus é viva, poderosa e vivificante. Jesus afirmou: “as palavras que eu vos disse são espírito e vida” (Jo 6.63). Somente Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6.68).

 

2. Ela é eficaz. A palavra de Deus sempre produz efeitos: “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11).

Ninguém ouve a palavra de Deus sem ser alcançado por seus resultados. Quem ouve e crê “tem a vida eterna” (Jo 5.24). Quem ouve e não crê “já está condenado” (Jo 3.18). 

 

3. Ela é penetrante. É comparada a uma espada cortante, que “penetra até à divisão da alma e do espírito e das juntas e medulas”. Sendo “espírito e vida”, a palavra de Deus atinge a parte sensorial do homem. O espírito, a alma e o corpo são alcançados pelo poder penetrante da palavra divina. Por quê? Quando o homem ouve a Palavra e crê, no seu interior ocorrem modificações extraordinárias que beneficiam inclusive o  funcionamento orgânico do seu corpo. 

 

4. Ela discerne pensamentos e intenções. Muitos filósofos, com seu intelectualismo frio e racionalista, têm confundido os homens afastando-os ainda mais do seu Criador. A Bíblia, no entanto, sendo a Palavra de Deus, tem transformado a vida de inúmeras pessoas, elevando-as à condição de salvas e remidas pelo sangue de  Jesus. No v.13 o escritor adverte que diante do poder penetrante da palavra de Deus, “não há criatura alguma encoberta diante dele”, e todas as coisas estão “nuas e patentes aos seus olhos”, ou seja, não há nada velado diante do Todo-Poderoso.

IV. NOSSO GRANDE SUMO SACERDOTE (vv.14-16).

1. “Jesus, Filho de Deus”. Ele é grande, no sentido absoluto. Os “sumo sacerdotes” de outras religiões jamais chegaram aos céus. Buda pregou que chegaria ao Nirvana (no budismo, estado de ausência total de sofrimento); Chrisna, mentor do Hinduísmo, também não foi aos céus; para seus adeptos, deve estar reencarnando por aí. Os seguidores de Maomé imaginam que ele esteja num “paraíso”, onde há muitas  mulheres e tâmaras. Os sumo sacerdotes do Antigo Testamento só adentravam uma vez por ano, no lugar Santíssimo, onde era manifestada a glória de Deus. Eles não podiam permanecer lá. Mas Jesus, nosso Sumo Sacerdote por excelência, “penetrou nos céus”, “está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34b). 


2. Sacerdote compassivo. Em seu ministério terreno, Jesus sempre se preocupou com as multidões sofredoras (Mt 9.36; 14.14). Em sua missão sacerdotal, demonstra grande compaixão por nós: sendo “longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8), Ele suporta as nossas fraquezas, não querendo que ninguém se perca (2Pe 3.9).
Não perecemos unicamente em razão de sua infinita misericórdia. 


3. Em tudo foi tentado. Mesmo com a natureza divina, Jesus “em tudo foi tentado”, diz a Palavra de Deus. Só conhece o que é tentação quem já passou por ela. As tentações de Jesus não partiam de seu íntimo, como ocorre com o “homem natural” (1Co 2.14). Elas foram provações e provocações externas, advindas do
tentador e seus agentes. Além das tentações no deserto, o Mestre certamente experimentou a opressão do Maligno em outras ocasiões. Para nós é muito significativo saber que Jesus, como homem, foi tentado em todas
as coisas, “mas sem pecado”.

A Bíblia nos assegura: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21). Diante disso, compreendemos o grande amor de Jesus por nós: Ele sofre conosco, colocando-se sempre ao nosso lado.
4. Acheguemo-nos ao trono da graça (v.16). Tendo Jesus como nosso Sumo Sacerdote, podemos pela fé adentrar ao trono da graça, à sua santa presença a qualquer momento, e sermos “ajudados em tempo oportuno”. Glória a Ele para todo o sempre.

CONCLUSÃO

Três das grandes mensagens da lição estudada são: a) Deus tem preparado um verdadeiro descanso espiritual em Cristo para os que a Ele vêm; b) Deus tem um prometido lugar de descanso celestial para seu povo, em sua presença, na eternidade. Para chegarmos lá, só precisamos ser fiéis, obedientes e santos e c) Jesus é o nosso  Sumo Sacerdote perfeito, que, como homem, “em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Que o Senhor nos ajude a servi-lo conforme a sua vontade; e que jamais venhamos a dar lugar à desobediência.

 

Subsídio Bibliológico

“Pareça que algum de vós fique para trás’ (4.1). Deixar de perseverar na fé e na obediência a Jesus resulta em deixar de alcançar o prometido repouso eterno no céu (cf. 11.16; 12.22-24). (1) A expressão “pareça que algum de vós” é falada à luz dessa possibilidade terrível e do juízo de Deus. (2) A perseverança na fé exige que
continuemos a nos aproximar de Deus, por meio de Cristo, com sincera resolução (v.16; 7.25). “‘Entramos no repouso (4.3).

 

Somente nós, que temos crido na mensagem salvadora de Cristo, entramos no repouso espiritual de Deus. Isto é, Cristo carrega nossos fardos e nossos pecados, e nos dá o “repouso” do seu perdão, da sua salvação e do Espírito Santo (Mt 11.28) Mesmo assim, nesta vida, o nosso repouso é apenas parcial, porque somos como peregrinos que caminham com dificuldade na penosa estrada deste mundo. Ao morrermos no Senhor, entramos no seu repouso perfeito no céu.“‘Resta ... um repouso (4.9). O repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial (vv. 7,8 cf. 13.14).

 

Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb11.10,16). Entrar nesse repouso final significa cessar do labor, dos sofrimento e das perseguições, tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar eterna alegria. Deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21,22). (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1902,1905)

 

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