27 de fevereiro de 2012

UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA


UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA
TEXTO ÁUREO - Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6.33.

VERDADE PRÁTICA - A verdadeira prosperidade consiste em ter A Deus como o nosso Supremo Bem, como nosso Criador, Salvador e Senhor.

INTRODUÇÃO

Denomina-se Teologia da prosperidade o conjunto não sistematizado de doutrinas que ensinam que a prosperidade econômica e o êxito nos negócios materiais são evidências externa da salvação. É um ensino que se tornou comum por muitos pregadores e também em algumas igrejas. As quais estabelecem que Deus faz questão de que os crentes sejam prósperos em tudo, mas particularmente na área  financeira.

O ensino da Teologia da prosperidade é um paradoxo diante da realidade, pois nem todos os crentes são curados ou prósperos financeiramente como querem os defensores dessa doutrina. Os pregadores que defendem essa idéia geralmente não pregam não Países Mais pobres e subdesenvolvidos, preferem os grandes centros urbanos onde se pode viver mais esplendidamente. Esse Evangelho de prosperidade enfatiza as riquezas materiais, em vez do provedor das riquezas. A confiança nas riquezas materiais tem dado causa que muitos esqueçam de depender de Deus.  Essa não é a verdadeira prosperidade que Deus tem prometido ao seu povo.

O QUE É PROSPERIDADE

Estaremos estudando a promessa da verdadeira prosperidade. Este assunto tem sido alvo de falsos ensinamentos nos dias tão difíceis em que vivemos. - A palavra “prosperidade” vem do latim “prosperitas”, cujo significado é “ventura, boa saúde”, que tem como raiz “prosper”, que significa “feliz, venturoso, ditoso”. Vemos, pois, que “prosperidade” está ligado a satisfação, prazer. A verdadeira prosperidade esta ligada a uma vida de comunhão com Deus que é a fonte inesgotáveis de todos os verdadeiros tesouros, temos que tomar cuidado de quando falarmos de prosperidade não se voltarmos apenas para o lado material, mas também esta relacionado principalmente o espiritual, assim sendo não  há como haver prosperidade sem que busque a Deus

POR QUE OS ÍMPIOS PROSPERAM

1. A decepção de Assaf. A prosperidade dos ímpios incomodou a Assaf como incomoda alguns crentes. Salmos 73.1-16.  Davi também teve essa mesma percepção. Salmos. 37.1-40. Parece-nos não nos conformar com a prosperidade das pessoas más, egoístas, violentas, opressoras e descrentes. Os salmistas, Davi e Assaf, buscam orientar, animar e sustentar a esperança do crente fiel para que este se mantenha firme diante de toda provocação causada pela prosperidade dos ímpios. 

Diante do sucesso dos malvados, recomendam: não se exasperar, não ter inveja, confiar no Senhor e fazer o bem, habitar a terra e cultivar a fidelidade, por suas delícias no Senhor, confiar seu caminho ao Senhor e Nele esperar, isto acalma a ira, e reprime o furor; evitar o mal e fazer o bem; observar o homem íntegro e ficar atento no que é reto; todas estas recomendações são justificadas pela fé na atuação de Deus. Ele satisfará os desejos de teu coração; fará surgir tua justiça como a aurora e o teu juízo como o meio-dia; Ele realizará os desejos de teu coração e atuará; os malfeitores serão exterminados e os que esperam no Senhor possuirão a terra;
O Senhor se ri do ímpio, porque vê chegando seu dia; o Senhor firma os passos do homem, e o sustenta pela mão; Ele ama o que é justo; Ele conhece os dias dos íntegros; o Senhor não abandona os que lhe são fiéis; o Senhor não entrega o justo nas mãos dos ímpios, nem permite que o condenem no tribunal; Ele te dará posse da terra; o Senhor socorre e livra os justos. A prosperidade crescia entre os ímpios, em conseqüência disso fora escrita estas instruções para os crentes. 

Assaf, Davi, Jeremias, Habacuque, questionam dos ímpios prosperarem; mas o direito de desenvolver as suas potencialidades humanas e prosperar intelectualmente, adquirir uma boa profissão e consequentemente boa remuneração e melhor lugar na classe social é direito de todos. O contexto nos faz entender que eles questionam e não se conformam com o fato dessas pessoas prosperarem e se tornarem injustas, arrogantes, prepotentes e pior, esquecem de Deus.

2. O questionamento de Assaf. O mesmo questionamento de Assaf, fora feito pelo profeta Jeremias. Porque prosperam os malvados? Jeremias. 12.1-6, o mais grave o profeta acusa Deus, uma tremenda acusação contra Deus, de o ímpio prosperar; Deus responde duramente. Outro que questionou Deus foi Habacuque. Habacuque 1.2; 2.4, 12-17, e sem dúvidas constitui a preocupação central do livro de Jó.

Jeremias replica, por essa “injustiça”, acusa Deus de permitir o domínio dos ímpios sobre os justos, apesar destes serem: desleais, usarem dos feitos de Deus para encobrirem as más, provocarem a destruição dos animais e aves, e propagarem mentiras sobre Deus, ações O profeta justifica sua acusação, mencionando algumas conseqüências danosas e provocadas pelos prósperos ímpios  a), a gula de prosperidade alimenta e multiplica a deslealdade; b), a ansiedade pelo lucro fácil não tem limites, agredindo e destruindo a natureza a flora e a fauna a ponto de justificar seus atos com uma mentira, Deus não vê o nosso futuro. O pequeno diálogo se encerra de modo surpreendente para o profeta, ele não recebe uma resposta satisfatória e tranqüilizadora para o problema do mal e do sofrimento, provocado pelas pessoas prósperas e ímpias, que ele experimentava na própria carne.

3. A descoberta de Assaf. A forma de prosperidade, denunciada por Jeremias e Assaf, é extremamente perigosa para a estabilidade e o bem-estar da vida humana. É uma prosperidade que gera pobreza, desnível social, descrença, sacrifício dos mais fracos, falta de sensibilidade para com a natureza, soberba de uns e humilhação de outros, complexos de inferioridade, medo. Tudo isso ocorre porque o valor maior é o dinheiro, a promoção pessoal, o êxito empresarial. 

Quando a dignidade humana estiver sujeita ao dinheiro, o mundo ficará perigoso para se viver. É por essa razão que o salmista pede socorro. Salmos. 12.1 e Jeremias se impacienta: “Até quando”? Jeremias. 12.4. O sistema de vida que a teoria da prosperidade defende está cheio de competições: patrão/empregado; nação rica/nação pobre.
Quem é mais forte explora ou elimina o mais fraco.

Jeremias, Assaf, Habacuque e o rei Davi ensinam o crente como enfrentar o sistema de vida dos prósperos. Ambos sugerem formas para confrontar esse inimigo. Sugerem formas de enfrentar essa praga que está apagando da memória do povo o conhecimento de Deus. Jeremias reflete toda a perplexidade do crente diante do crescimento de prosperidade e poder dos ímpios. Tentam instruir os crentes fiéis para enfrentar o problema.

A solução do problema em torno da prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos não é imediata. A Bíblia ensina que a superação desse problema não tem data marcada, mas está na fidelidade do justo. Eles não orientam os perplexos crentes a fugirem para longe dos ímpios, mas a se manterem firmes na fé, que é duradoura, enquanto que a prosperidade material é efêmera.

Priorizar a busca pelos bens materiais, colocando-os acima de Deus e de seu Reino, é uma espécie de idolatria das coisas. Salmos 52.7; 62.10; Provérbios 11.28; 23.4,5; Jeremias 9.23; Mateus 6.19-21, 24,33; Lucas 8.14; 12.13-31; Romanos 1.25; I Timóteo 6.17-19; II Timóteo 3.4; Tito. 3.3. Geralmente, a falsa prosperidade vem acompanhada da avareza e da cobiça.  Êxodo 20.17; Lucas 12.15; Efésios 4.19; 5.3; I Timóteo 6.10; II Pedro 2.3.

O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE.

1. Deus é o nosso Supremo Bem. O Deus Criador é nosso Supremo Bem, e criou este mundo e tudo o que nele há, e toda sua criação é essencialmente boa, e o homem tem a liberdade de usufruir de todo dom de Deus. observando que o espiritual tem prioridade sobre o material,à luza da Bíblia e não na ótica da filosofia pagã, conforme Mateus 6.19-34; Romanos 13.14; Colossenses 3.1-3; Hebreus 13.14; I João 2.15-17. A Bíblia não se contradiz quando afirma que devemos nos alegrar com todos os dons que Deus nos concedeu. I Reis 4.20; Salmos 23. 5; Salmos 104.14,15; Eclesiastes 3. 12,13; 5.19. Estas são bênçãos espirituais e materiais. 

Portanto devemos ter em mente que o mal não está nas coisas, mas no coração do próprio homem. Marcos 2.15-17; Lucas 7.36-38; 19.1-10; João 2.1-11; Mateus 8.11; Lucas 15.22-14.
Esta liberdade do crente usufruir das coisas boas, ainda que materiais tem base numa fé esclarecida, na convicção Romanos 14.2,5, 14, 23, no conhecimento do Deus que tudo criou. I Coríntios 10.26: I Timóteo 4.4. Conhecimento de Jesus como Senhor. Romanos 14.14, cuja redenção abrange a criação toda. Colossenses 1.13-20.

2. Deus é a fonte da verdadeira prosperidade. Jamais devemos questionar a prosperidade que Deus proporciona aos seus filhos, mas temos que saber, o que determina nossa prosperidade é o nosso posicionamento e a consciência de onde vem essa prosperidade. Deus é a fonte de nossa prosperidade, pois Ele é dono de todo ouro e de toda prata.
Quando temos uma aliança com Deus da prosperidade podemos ter a certeza que em todas as coisas seremos supridos. Uma coisa é certa quem anda com Deus, anda na estrada da prosperidade. Ser fiel ao Senhor é ser prospero, podemos perceber que essa marca existe na Igreja do Senhor. Estamos debaixo desta cobertura, desta autoridade e assim podemos desfrutar das riquezas que o Senhor reservou para nós. Lucas 12.42-47; Deus sendo o dono tudo somos administradores do que Ele coloca a nossa disposição. Mateus 16.15.

Nesse ponto de vista incluem-se os bens materiais, que devem ser administrados sob a perspectiva de que também pertencem ao Senhor. Cabe-nos, porém esforçar-nos, pois a Bíblia condena a preguiça Provérbios 6.6; e honra aqueles que trabalham, estudam se preparam Mateus 25.24-25. Para quem compreende esta verdade: o dinheiro e outros bens não são fins em si mesmo, mas instrumentos para ser utilizado segundo a ótica do Reino de Deus. Provérbios 3.9-10.

COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE

1. O Novo Testamento e a verdadeira prosperidade. Algo que parece relativamente simples é um grande desafio, quando se constata pela nossa vivência, a certeza de que as razões dos nossos conflitos e das nossas dificuldades residem nessa necessidade do desapego na busca do poder material, apontando para uma grande divisão dentro do  homem. Não há possibilidade de se buscar a justiça sem viver, em profundidade desapego aos bens materiais. Há dois tipos de pobreza: a material (que é aquela mais evidente) e a espiritual.

No contexto do Antigo Testamento, havia uma forte idéia de que quando alguém faz uma coisa errada, diante de Deus ele é castigado, perdendo bens e se ele é rico, então é porque ele é perfeito. O indivíduo que tivesse muitas propriedades, uma família bem estruturada estava agindo corretamente. O livro de Jô mostra isso, pois, tendo perdido tudo e mantendo-se fiel a Deus, ele recupera tudo. Uma visão muito clara de que a riqueza material correspondia a uma graça divina.

Os profetas começam a mudar essa visão de que a carência material é castigo divino e a riqueza material é bênção. O Novo Testamento mostram que o que se deseja com prioridade é a riqueza espiritual que significa não colocar na riqueza material a sua esperança de salvação. Deuteronômio 8.13; Salmos 62.10; Provérbios 28.20; Mateus 19.23; Marcos 4.19; I Timóteo 6.9.

Nós necessitamos dos bens; Apenas que nós não devemos fazer do Acúmulo de riquezas o objetivo de nossa vida em detrimento da vida de outras pessoas. E o interessante é que se nós achássemos que o Senhor gosta da pobreza material, todos nos queríamos ser na ilusão de estarmos agradando a Ele.  É justamente o contrário, a promessa de Deus é que todas essas coisas        (materiais) serão acrescentadas, e que o homem tenha justiça tão grande que não precise haver essa carência no mundo.  Gênesis 13.2; 26.14; 30.43; 32.5; II Samuel 19.32; I Crônicas 29.28; II Crônicas 1.15; Jó 1.3;  Mateus 27.57.

2. Vivendo a verdadeira prosperidade. Todas estas bênçãos virão sobre os crentes que vivem em obediência a Deus e a Sua Palavra. Deuteronômio 28.2. Aqueles que pecam e escondem as suas transgressões não prosperam. Provérbios 28.13; Mateus. 3.2; somos abençoados em tudo o que pomos as mãos.

 Deuteronômio 29.9; somos aconselhados a buscar ao Senhor e prosperar. II Crônicas 26.5; crentes generosos prosperam. Provérbios 11.25; Mateus. 25.26,27; os que confiam no Senhor prosperarão. Provérbios 28.25, mesmo nas aflições podem ser prósperos. Gênesis 41.52, pois esta é à vontade e a promessa de Deus para nós. III João 2. Mateus. 6.10; 26.39; Hebreus. 10.7-9, obedecer ao Espírito Santo. Romanos. 8.14, permanecer separados do mundo. Romanos. 12.1,2; II Coríntios. 6.16-18, amar a Palavra de Deus. Tiago. 1.21; I Pedro. 2.2, buscar a sua ajuda em oração Mateus. 6.11; Hebreus. 4.16, trabalhar com afinco II Tessalonicenses. 3.6-12; I Pedro. 5.7 e claro, o nosso texto de ouro: viver segundo o princípio de buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça. Mateus. 6.33.

AS CARACTERÍSTICAS DA PROMESSA BÍBLICA DA PROSPERIDADE

Dentro das promessas bíblicas a prosperidade é resultado de uma vida de comunhão com o Senhor, em obediência a ele, na verdade é uma conseqüência  de uma vida de obediência a Deus.
Como filhos e querendo ganhar alguma coisa de nosso pai terreno, sempre procuramos lhe agradar, este agradar é causar uma satisfação no coração de nosso pai para depois pedirmos o que queremos na vida com Deus é da mesma forma se queremos receber as suas benção temos que provocar satisfação em seu coração.

Como a prosperidade na Bíblia esta relacionada a vida com Deus, posso afirmar que sem Deus não há prosperidade, e sim ilusão. Os verdadeiros tesouros estão no céu, onde a ferrugem não corrói e a traça não chega, o ladrão não rouba, onde só a justiça e felicidade.
Não esquecendo que é uma promessa condicional, a satisfação não esta relacionada aquilo que temos de bem material mas sim a comunhão com o Senhor, a certeza de salvação e o poder do Espirito Santo em nossa vida. Aleluia.

A verdadeira prosperidade coloca, a posse dos bens materiais no seu legítimo lugar, ou seja, um lugar secundário, o lugar do “acréscimo”, daquilo que é necessário mas que, por ser passageiro e vinculado a esta existência terrena, nunca poderá ser a prioridade ou o alvo de uma vida de comunhão com Deus, de uma vida feliz. É neste sentido que, em continuidade ao Seu ensino, o Senhor Jesus diz que a pessoa próspera busca primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que tudo o mais será acrescentado (Mt.6:33).

Erramos quando colocamos os bens materiais como prioridade, e não como acréscimo ou resultado daquilo que Deus nos dá. Não posso por como regra geral, porque muitas pessoas fiéis passam dificuldades porque Deus decidiu prová-los, mas a prosperidade é o resultado de uma vida com Deus, qual pai que seu filho lhe agradando não  dara o melhor a seu filho. Assim é Deus quanto mais lhe agradamos mas ele tem para nos dar, tanto nesta vida como na vida eterna.

EM BUSCA DA PROSPERIDADE
            Quando se fala em prosperidade nos meios evangélicos, imediatamente vem no coração o desejo em adquirir para si, abundância de bens materiais e viver em esplêndida mordomia. Mas o que diz a palavra do Senhor sobre a prosperidade material, no Antigo e no Novo Testamento do Senhor Jesus?           

Em meditação na palavra do Senhor, especificamente no Antigo Testamento encontramos várias referências, onde o Senhor prosperava espiritualmente os que o temiam e lhes eram fieis.  Também lhes concedia muitas bênçãos e prosperidades materiais, como recompensa pela fidelidade.

Podemos citar como exemplo, Abraão, o rei Davi, Salomão, Jó, mesmo depois de ter sido provado e perdido todos os seus bens, e pelo seu temor, humildade e reconhecimento a autoridade e poder do Deus altíssimo, foi agraciado novamente com os seus bens materiais, em porções dobradas.  E mesmo em Malaquias 3.10, há promessa de prosperidades materiais para os dizimistas fieis, conforme uso da Lei de Moisés (Números 18.21-26). 
            
Porém, no Novo Testamento do Senhor Jesus, não encontramos mais a promessa de prosperidades materiais para os que se arrependerem dos seus pecados, para os que lhes são fieis.

Após Cristo ter-se dado em sacrifício vivo para remissão dos nossos pecados, para alcançarmos a salvação, as prosperidades materiais tornaram-se coisas insignificantes, pequenas diante da grandeza de Deus em nos proporcionar a oferta da vida eterna, pois, agora temos uma melhor e mais confortável esperança em Jesus Cristo, encontramos a vida, pela morte de Cristo na cruz. Algo infinitamente superior a todos os bens materiais deste mundo.  

            E não há enigma algum para entender isso. Antigo Testamento: Bênçãos e prosperidades materiais para o homem fiel a Deus. Novo Testamento: Paz no coração e oferta de vida eterna para os que crêem e guardam os mandamentos do Senhor até o fim.
            
Mas, lamentavelmente, os “eruditos líderes das grandes igrejas que fazem a mídia no ambiente evangélico, criaram um cifrão ($ )  como símbolo de para os que buscam a prosperidade,  priorizando a vontade da carne e a materialidade, em detrimento a graça, as bênçãos espirituais e a oferta da salvação para a vida eterna.

Só vêem o que está diante do nariz, mas não tem olhos espirituais para ver a grande divisão que há entre o Antigo e o Novo Testamento do Senhor Jesus Cristo. Não anunciam o que é mais importante do que todos os bens deste mundo, o propósito de Deus para o homem, a salvação da vida eterna.

O dinheiro poderá  suprir algumas necessidades materiais, e trazer alegria momentânea para as coisas deste mundo, mas também não compra tudo, e jamais irá lhe proporcionar a oportunidade de provar o dom celestial e à consolidação na esperança da salvação para os dias vindouros.
            
Hoje, libertos do jugo da lei e vivendo pela “graça” do Senhor Jesus Cristo, a nossa primazia não pode continuar voltada para as prosperidades materiais.  No Novo Testamento não há uma só referência; sequer um versículo de promessa de abundância material para os que esperam pela vinda de Cristo (se alguém souber me informe).  “Ele” nos dá a confortável confiança que não precisamos nos preocupar com o amanhã, com coisas materiais como alimento e as vestes. Devemos sim, buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas. Isso é, o essencial para o nosso cotidiano, porque a inquietação com o amanhã são coisas dos gentios, aqueles que não temem e nem confiam no poder do Senhor (Mateus 6.25-33). 

            No Evangelho de Lucas 18.28 – 30, disse Pedro a Jesus: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.
Respondeu-lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus; e não haja de receber muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna.

       A palavra do Senhor no livro de Mateus 6.24 diz: “Ninguém pode servir a dois senhores, ou serve a Deus ou a mamon” (quer dizer dinheiro, riqueza, poder, bens materiais, viver para o mundo).

          A parábola do rico insensato: Lucas 12.13 a 21, disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?  E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.

E propôs-lhe uma parábola dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto. Derrubarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens. E direi a minha alma: Alma tem em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga.  

Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.
           
 Hoje continua da mesma forma, muitos buscam a Cristo como um juiz repartidor de bens materiais. Querem fazer grandes celeiros, e a viverem uma vida farta.  Porém esquecem a finalidade principal da aspersão do sangue de Cristo na cruz, para nos dar da sua “graça”, remir os nossos pecados e nos ofertar a vida eterna, para vivermos num lugar onde a morte já não existe mais, e não haverá mais pranto, nem dor e nem clamor, porque Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.

            Na carta aos Romanos 12.16, a palavra do Senhor diz: Não devemos ambicionar coisas altas, mas acomodar as humildes.

            I Timóteo 6.7-11: Porque nada trouxemos para este mundo, e dele nada levaremos, mas tendo roupa e alimento, estejamos com isso contente.
Mas os que almejam bens materiais caem em tentação e acabam na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todas as espécies de males, e nessa cobiça, alguns se desviaram da fé traspassando a si mesmo com muitas dores.

E ainda alerta que o homem de Deus deve fugir destas coisas materiais e seguir a fé, a caridade, a paciência, e a mansidão.

I Coríntios 15.19 – Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

Jesus alertou:
Mateus 6.19 a 21: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

Mateus 19.24: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu.

Mateus 16.26 - Que aproveita o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
          
A palavra do Senhor ainda faz uma exortação aos ricos deste mundo, que colocam o seu coração na incerteza das riquezas, nas coisas materiais: Como dizem: Sou rico e de nada tenho falta, mas não sabe que é um desgraçado, e miserável, e pobre e nu e cego (Apocalipse 3.17).

        Mas deixou também o conforto espiritual para os que confiam verdadeiramente no seu poder, dizendo:

            Hebreus 13:5: Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.

A IGREJA SUA NATUREZA E MISSÃO

Atos 2. 41-47; Efésios 1. 22; Colossenses 1. 18-24

A IGREJA NA PERSPCTIVA BÍBLICA E TEOLÓGICA

1. Uma visão cristocêntrica da Igreja. Em Mateus 16.18 Cristo cita duas palavras da mesma raiz, mas com significados diferentes, que expressam a dimensão exata da revelação. A primeira, petros (o nome do discípulo), significa um fragmento de pedra. A segunda, petra, traduz-se como rocha inabalável (1 Pe 2.4-7). Está claro que o Senhor, ao mesmo tempo em que reconheceu a sensibilidade espiritual de Pedro, como um fragmento de pedra, deixou também estabelecido que a Igreja seria edificada sobre aquela pedra inabalável - Cristo, o Filho do Deus vivo - isto é, a confissão pública sobre Cristo, que o apóstolo acabara de fazer.

 2. O sentido da palavra “igreja” no original. O termo “igreja” no original grego é composto da preposição ek “fora de” e o verbo kaleõ “chamar”. Igreja (ekklêsia) denota um grupo de cidadãos “chamados para fora”. Corresponde literalmente a “uma convocação de cidadãos de uma cidade para fora de suas casas mediante o soar de uma trombeta a fim de reuni-los em assembléia”. Os verdadeiros crentes são convocados para fora do pecado, para viverem em plena comunhão com o Senhor Jesus Cristo.

3. A Igreja na perspectiva do Novo Testamento. Nesta parte da Bíblia temos vários conceitos sobre a Igreja.

a) Igreja visível e invisível. A Igreja é um só organismo independente dos títulos e das denominações existentes. Entretanto ela pode ser vista sob dois aspectos:
visível e invisível. A Igreja invisível representa singularmente o povo de Deus espalhado em todo o mundo, enquanto que a Igreja visível refere-se à igreja local, a uma comunidade de pessoas num determinado lugar.

b) Corpo universal de Cristo. A Igreja de Cristo como corpo possui diversos órgãos e muitos membros, mas todos trabalham de forma orgânica e harmônica, interligados, em função do corpo. Ela é composta de todos os cristãos autênticos em toda a história do cristianismo (Mt 16.18; 1 Co 12.27; Ef 3.10,21; 5.23-32; Hb 12.23). São milhões de membros espalhados pelo mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se beneficia, mas se algum deles está enfermo espiritualmente e não é logo restaurado, afeta todo o corpo.

c) Igreja local. A igreja local é o lado visível da Igreja que vivencia em sua forma comunitária a mesma herança apostólica, os mesmos ideais de vida, e as mesmas expressões de fé (Rm 16.1; Cl 4.16; Gl 1.2,22; At 14.23).

Ávida em comunidade foi uma das características predominantes dos cristãos primitivos (At 2.46; 4.32,33; 5.42; 12.5,12). Eles freqüentemente se reuniam motivados sempre pela mesma razão: a fé no Cristo ressuscitado.

d) Igrejas domésticas. Como não havia templos cristãos construídos no primeiro século da Era Cristã, os crentes daquela época tinham por hábito reunirem-se nas casas, uns dos outros (1 Co 16.19; Rm 16.5,23; Fm v.2). Essas igrejas domésticas acomodavam perfeitamente o corpo de Cristo naquelas localidades. Cada igreja local ou doméstica era a manifestação física e visível da Igreja universal.

E) A Igreja representa a criação de uma nova humanidade em Cristo. Efésios 2.15 diz: “ele aboliu na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz”. Ao referir- se a “dois homens”, metaforicamente o texto quer dizer, dois povos; judeus e gentios. Deus quis fazer dos dois, um só povo, uma nova humanidade, a Igreja. Trata- se de uma criação no plano espiritual mediante a obra regeneradora do Espírito Santo. A Igreja tem a vida do Espírito e cumpre a missão de reconciliar o mundo com Deus (Rm 8.18-23; 2 Co 5.19).

A IGREJA SUA MISSÃO == Ef 3. 14-21

A MISSÃO DA IGREJA

1. Evangelizar o mundo (At 1.8). Uma vez que a Igreja é o aspecto visível de Cristo aqui na terra, isto é, o Seu Corpo, sua missão é tornar Cristo conhecido dos homens, e conduzi-los á salvação pela proclamação do Evangelho e a demonstração do Seu amor.

a. Evangelizar a todos. As boas- novas do Evangelho devem ser levadas a “todo o povo” (Lc 2.10). Esta mensagem trazida pelo anjo no momento em que Jesus nasceu é de fato abrangente, pois o Seu nascimento envolveu todo tipo de pessoas, a saber:

• Crianças, uma vez que o próprio Jesus nasceu como criança.
• Pais, pois José foi o pai adotivo de ,Jesus, e estava recebendo aquela doce mensagem
• Mães, visto que Maria, a mãe do Salvador teve papel todo especial na vinda do Salvador ao mundo.
• Jovens, porque a virgem Maria e José eram jovens quando ,Jesus nasceu.
• Velhos. Simeão e Ana eram muito idosos quando ouviram as boas-novas do nascimento do Redentor. Os velhos também são candidatos à salvação, mas como ouvirão, se a Igreja não os evangelizar?
• Os grandes também precisam ouvir de Jesus, pois Herodes e César são mencionados no Natal do Salvador.
• Os sábios, uma vez que uns magos do Oriente vieram ao Salvador após o seu nascimento.
• Os religiosos também estão incluídos em “todo o povo”, da mensagem angelical, pois relacionados com ela estão sacerdotes e escribas daqueles dias; eles eram os religiosos da época.
• Os pobres esperam ouvir da Igreja o evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo o que crer. José e Maria eram pobres, visto que sua oferta para cumprir a lei, foi a dos pobres (Lc 2.24; Lv 12.8).

b. Um evangelho objetivo. O pregador e obreiro pessoal que fala de Jesus individualmente deve ter cuidado para não dificultar a mensagem do Evangelho, nem torná-la mística com tanta retórica. Deve entregar o recado de Deus de maneira clara e simples como ele é.

c. Um evangelho completo (Mt 9.35). O evangelho que Jesus trouxe ao mundo incluía a pregação, o ensino, e os milagres pelo Seu poder.

d. Um evangelho genuíno. Paulo fala várias vezes de um falso evangelho, que ele chama de “outro evangelho”, em Gl 1.6-9.

2. Glorificar a Deus. O livro de Efésios que é o livro da Igreja, inicia destacando o louvor a Deus pela Igreja. Três vezes encontramos no capítulo 1 a expressão “para louvor” (Ef 1.6,12,14). Muitas outras expressões de louvor a Deus pela Igreja encontramos em Efésios.

a. Louvor e glória pertencem a Deus. “Glória e majestade estão ante a Sua face, força e formosura no seu santuário. Dai ao Senhor, ó famílias dos povos, dai ao Senhor glória e força” (Sl 96.6,7). E lastimável que dentre- os seres criados, somente o homem não louva a Deus (quando não crente).

b. Louvor a Deus pela conversão dos pecadores. A conversão de um só pecador redunda em louvor a Deus do tipo mais elevado, que é aquele tributado pelos anjos (Lc 15.7-10). Daí, dizer-se que a evangelização é um principal meio da Igreja louvar a Deus, porque mediante ela as almas se salvam e os anjos se regozijam no céu, perante Deus, louvando-O pelos novos membros da Sua família.

c. Louvor a Deus pela oração (Ef 3.14,21). A oração deve ser algo- contínuo na vida de um cristão. “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17). “Em tudo sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas com ações de graças” (Fp 4.6). Aqui vemos ações de graças em conjunto com a oração. E uma forma de louvor a Deus.

d. Louvor a Deus pelo Espírito Santo. E o Espírito que gera em nós o verdadeiro louvor a Deus e nos leva a expressar esse santo louvor. D’Ele disse Jesus: “Ele me glorificará” (,Jo 16.14). Quando o Espírito encheu os discípulos logo eles engrandeceram a Deus (At 2.11).

3. Cuidar dos seus membros. Esta é outra missão da Igreja aqui na terra, que é a de estar promovendo a edificação de cada um (Ef 2.22). E o delicado trabalho do discipulado, de levar o crente a plena frutificação, à vida de maturidade cristã (Ef 4.12; Mt 28.19,20; Jo 15.2).

Essa indispensável edificação vem pelo ensino da sã doutrina bíblica:

• Através do ministério (Ef 4.11-16)
• Através do exercício dos dons espirituais (1 Co 14.26).
• Através dos membros da Igreja entre si, em cooperação uns com os outros. Se no nosso corpo não houvesse união e cooperação dos membros entre si, tudo seria destruído num instante. Ver Ef 4.2-6.

• Através do próprio crente, cuidando de sua edificação (Jd v.20). Há crentes que pedem a Deus que faça algo por eles, quando se trata de coisas que o próprio crente deve cuidar e fazer. E aquilo que não podemos fazer, que Deis toma a Si ou nos concede graça especial
para fazermos.

a. O significado da edificação. E algo lento, meticuloso e cuidadoso. Mais de uma construção já desabou porque o prédio (ou seja o que for) foi feito rápido demais ou foi ocupado antes que se desse a consolidação dos materiais. Dá para desconfiar de certas pessoas que “amadurecem à força” como fazem os vendedores gananciosos, com as frutas, utilizando estufas e outros artifícios. Israel foi comparado a um bolo mal cozido (Os 7.8). Há muita gente por aí assim espiritualmente.

b. Edificação pelo poder de Deus (2 Co 10.8; 13.10). Deus nos concede poder para que este seja usado para edificação dos outros não para destruição. Ele nos concede poder e autoridade mas não é responsável pelo uso desse poder, se bem que o uso indevido da habilidade que Deus nos concede não será tolerada por Ele por muito tempo. Estamos nós exercendo o poder de Deus para edificação uns dos outros, ou para a destruição?

c. Coisas que edificam o crente. Algumas são:

• O culto a Deus pela congregação reunida. O culto coletivo é um importante meio de edificação do corpo de Cristo.
• A participação na Ceia do Senhor. Sempre que o crente participa, com fé, da Ceia do Senhor, ele é edificado espiritualmente. A Ceia é “do Senhor”, portanto Ele está presente para abençoar.
• O crente a sós com Deus. E a devoção pessoal a sós com Deus. Jesus, como homem, deu exemplo disso, comungando a sós com o Pai, como vemos nos Evangelhos (Mc 1.35).

Exercício dos dons do Espírito Santo (1 Co 14.12). O exercício dos dons, regulados pela Palavra e equilibrados pelo amor traz grande edificação para a Igreja. Nos vv. 3-5 deste mesmo capítulo, quatro vezes aparece o termo edificar em relação aos dons espirituais. Para que os dons do Espírito Santo operem na igreja para edificação dos crentes é preciso que Ele tenha liberdade, isto é, não seja entristecido.

A RESPONSABILIDADE DA IGREJA

1. Responsabilidade diante do Senhor.

a. A obediência ao seu Senhor. A Igreja é a possessão do Senhor. Ela Lhe pertence porque Ele a adquiriu mediante a Sua morte. Portanto, ela deve obedecer e honrar Seus preceitos, fazendo de coração Sua vontade. Quando isso não acontece o crente está sujeito a julgamento para que aprenda e se corrija.

Esta responsabilidade esta bem clara nas últimas palavras de Jesus à Igreja antes da Sua volta para o céu, quando Ele disse: “Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.20).

b. Esperar o seu Senhor. Quando Paulo escreveu aos Tessalonicenses ensinou sobre o tríplice aspecto da vida de Cristo.

2. Responsabilidade diante da verdade (1 Tm 3.15). Este texto declara que a Igreja do Deus vivo é a coluna e firmeza da verdade. “Firmeza” é no original base ou fundamento. Mas a Igreja atualmente continua a ser isso para Deus? Em muitas terras, não. A Igreja não está aqui apenas para proclamar a Palavra, mas ser a guardiã da Palavra.

3. Responsabilidade diante do mundo. Na sua oração sacerdotal ao Pai, Jesus disse da Igreja: “Eles estão no mundo, e eu vou para ti” (Jo 17.11). Porque Jesus deixou Sua Igreja neste mundo, quando seria muito mais segura após a nossa conversão levar-nos para o céu? A resposta disto está em At 1.8.

4. Responsabilidade social (Tg 1.27). A Igreja, no seu início, deu a devida importância ao trabalho de assistência social. Isto está bem patente no livro de Atos — o livro padrão da Igreja. Ver At 6.1-6; 11.29; Rm 15.16; 1 Co 16.1. O amor divino em nós deve ser expresso não apenas por palavras, mas por obras. Aí estão os pobres, órfãos, doentes, necessitados. Que Deus nos conceda mais graça e poder para que, como membros da Igreja do Senhor cumpramos sua missão, para que na Sua vinda ouçamos o que está escrito em Mt 25.21.

CONCLUSÃO

Não há como negar que a prosperidade material, em importância perante o Senhor Deus, nem pode ser comparada com a prosperidade espiritual, pois a primeira tem tempo certo de duração, e essa duração é fugaz, é altamente insignificante perante a prosperidade espiritual, a única que nos pode levar ao Reino Grandioso de Deus, ao Paraíso Eterno, onde não haverá preocupações com o dia de amanhã e com tudo a ver com a matéria.

Na Bíblia, Deus promete aos justos, de fato, fartura, conforto e segurança e paz, mas não necessariamente cofres abarrotados de ouro, de jóias ou de outras riquezas que podem produzir usura e avareza e outros muitos males. Ao contrário do sofrimento, Deus promete sua paz e prosperidade material suficiente e extensa prosperidade espiritual aos homens e mulheres, e o único caminho para conseguir ambas ao mesmo tempo é comprometer-se com a sua Palavra e buscar como prioridade o Seu Reino e a Sua Justiça.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus


BIBLIOGRAFIA

cristoeaverdade.net
Lições bíblicas CPAD 1985
Lições bíblicas CPAD 2001
Colaboração:- Pastor Alcione Alves do Nascimento

21 de fevereiro de 2012

DIZIMOS E OFERTAS


DIZIMOS E OFERTAS

TEXTO ÁUREO - "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança" (Ml 3.10).

 VERDADE PRÁTICA - Adorar a Deus com os nossos dízimos e ofertas é uma forma de expressar-lhe nosso amor por sua provisão.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Malaquias 3.7-12.

INTRODUÇÃO

 Para enriquecer o conhecimento de seus alunos acerca do dízimo, faça a seguinte atividade: Solicite à classe que leia as referências indicadas sobre o dízimo e descubra os propósitos, princípios e verdades relacionadas ao tema na Bíblia.

Lv 27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de todos os produtos da terra e dos rebanhos.

18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote. 

Dt 14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.

Dt 26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição. De início, escreva no quadro de giz apenas as referências. Seus alunos deverão lê-las e interpretar o texto. É natural que tenham dificuldades. Porém, ajude-os com um breve comentário sobre cada texto.

  Ao descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: "O dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir do qual começamos". Não há como discordar do irmão Blanchard. Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã.
Afinal, por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se: as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.

O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS

1. Definição. Os dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16).
Em nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: "Oferta entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua suficiência".

2. Mordomia cristã. A entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados.
A mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2).

ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES

 Vejamos por que os dízimos e ofertas são importantes.

1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus. "Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares" (Pv 3.9,10).

2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7).

3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário: "Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada" (Êx 25.1,2).

4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento. "Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta sidos de prata" (2 Sm 24.24).

A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA

 A mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo; é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo haviam recebido.

1. Antigo Testamento. Embora a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente, imitando-lhe o gesto:

a) Abel. Um dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um sacrifício a Deus: "E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta" (Gn 4.4).

b) Abraão. Abraão foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe "trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gn 14.18-20 - ARA).

c) Israel. Os filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: "Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação" (Nm 18.21 - ARA).

2. Novo Testamento. Ao contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois, como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o Senhor.

a) Jesus não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam: "Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras" (Lc 11.42).

b) Tipologicamente, Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o Nazareno: "Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo" (Hb 7.1,2 - ARA).

c) A Igreja Primitiva contribuía regularmente no primeiro dia da semana: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1 Co 16.2 - ARA).

d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: "José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos" (At 4.36,37 - ARA).

 A CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA NA IGREJA

2 CORÍNTIOS 9.1-9; = 1 CORINTIOS 16. 1-4


O dízimo está presente ao longo de todo o Antigo Testamento e na prática do povo de Deus desde os tempos mais remotos. Em Gn 14. 20, Abraão, ancestral de Israel, entrega dízimos a Melquisedeque. A partir deste evento, a contribuição financeira passa a fazer parte inseparável da estrutura de fé dos que servem a Deus e sua Igreja. Nesta lição, nos ateremos a analisar o dizimo e suas implicações na vida do crente.

I. IDÉIAS ERRADAS QUANTO AO DÍZIMO.

Antes de fornecermos uma definição equilibrada do dízimo, seguem-se algumas afirmações sobre como o dízimo não deve ser encarado.

1. Não é legalismo. Moisés, inspirado por Deus, estabeleceu que o povo, como um todo, deveria entregar aos sacerdotes a décima parte de tudo que arrecadassem. Com o passar do tempo, o povo passou a fazê-lo apenas por causa do peso da lei, sem discernir o verdadeiro sentido de sua ação. Ações meramente legalistas tem pouco ou nenhum valor diante de Deus.

2. Não é um substituto das virtudes cristãs. Entregar o dízimo não exime o crente da prática das grandes virtudes da Bíblia. Em Lucas 11. 42, Jesus repreende os fariseus: “Ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o juízo e o amor de Deus! Importa fazer estas coisas e não deixar as outras” A prática do dízimo não desobriga o crente de produzir o fruto do Espírito e de ser um exemplo para os que com ele convivem.

3. Não deve se transformar numa carga insuportável. Deve ser uma manifestação espontânea e livre; fazê-lo com constrangimentos diminui, ou anula, o valor do ato em si. Às vezes, a avareza e conceitos errados se interpõem como um obstáculo para que o crente haja de maneira correta e de todo coração. O dízimo deve ser entregue com liberalidade e alegria.

4. Não concede poder de barganha. Hoje em dia, há pessoas que se sentem tentadas a negociar com Deus, e algumas vezes com a liderança da igreja, imaginando que o tamanho e assiduidade com que entregam seu dízimo lhes darão mais prestígio ou quem sabe um cargo de destaque na igreja.
Este tipo de ação é comum em corações que precisam urgentemente amadurecer e alinhar o valor das coisas em seu devido lugar.

5. Não nos torna merecedores da graça divina. O substantivo “graça” já diz tudo por si mesmo; toda bênção que recebemos é inteiramente por mérito de Deus. Ele é tão bom que nos concede todas as coisas sem que o mereçamos. Nosso dízimo não compra a graça divina: “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Ef 2.8,9).

DEFININDO O TERMO “DÍZIMO”.

A palavra dízimo significa: décima parte. O judeu, após a colheita, antes de efetuar o pagamento de qualquer despesa, retirava a décima parte de tudo que produzia e dedicava-a ao Senhor em gratidão por suas bênçãos. Isto implicava também na consagração da vida do ofertante e de tudo que possuísse. Mas, o que é o dízimo?

1. É um dever de todo crente. Não importando quanto cada um produz, todos os que servem ao Senhor têm, entre outros compromissos, o de entregar o seu dízimo. Ml 3.10 diz: “Trazei os dízimos à casa do tesouro”. Ser cristão é ser partícipe de privilégios, mas é também assumir responsabilidades intransferíveis. Entregar o dízimo é uma delas.

2. É um ato de obediência. Trazer a quantia devida e entregá-la no templo é uma questão de obediência. Ml 3.8 diz: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas”. Segundo este texto, o homem se coloca em franca desobediência quando não traz os dízimos à casa do tesouro.

3. É um ato de fé. Os dízimos não são dados ao pastor da igreja, mas sim ao Senhor e à sua obra. Para se compreender isso é necessário que se tenha uma mente transformada. É quase impossível ao não regenerado chegar a esta compreensão. Mas o crente nascido de novo o faz de coração e por fé.

4. É um ato de amor com a obra de Deus. Ml 3.10b diz: “para que haja mantimento em minha casa”. O crente quando entrega seu dízimo, precisa fazê-lo na certeza de que a sua contribuição é que possibilita a marcha da Igreja, sustenta seus projetos missionários e a mantém em crescimento.

5. É um ato de gratidão. O dízimo, quando praticado de forma correta, constitui-se em demonstração de nossa gratidão ao Senhor. Ele nos tem dado tudo, por que não lhe daremos o dízimo que é tão pouco?

6. O dízimo é entregue ao Senhor. É necessário que se saiba que o dízimo é entregue, em última instância, ao Senhor. É uma consagração que se faz ao Deus Todo-Poderoso.

7. O local da entrega dos dízimos. Os levitas eram os responsáveis pelo seu recebimento (Hb 7.9). O povo poderia trazer parte de sua colheita ou o correspondente em dinheiro. Após a construção do templo em Israel, e principalmente após o cativeiro babilônico, todos os recursos financeiros eram trazidos à Casa do Senhor. É por isto que o texto de Ml 3.10 diz:” Trazei todos os dízimos”. Não é correto ao crente entregar suas contribuições financeiras onde lhe aprouver. Existem alguns que deliberadamente o estão “enviando” para este ou aquele pastor ou missionário, mas o verbo enfatiza a ação de “trazer” e não de “enviar”.

8. Sobre que tipo de renda deve-se dizimar. O dízimo deve ser separado ao Senhor sobre tudo o que produzirmos. Se tenho uma, duas, três ou mais fontes de rendas, devo separar o que pertence ao Senhor de todas estas fontes.

9. Cada um contribui proporcionalmente aos seus rendimentos. O valor não reside na quantia que entregamos, mas no ato de ofertar a Deus. Este privilégio não exclui a ninguém. Sobre a viúva pobre, Jesus respondeu: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro”. A razão para esta resposta é simples: o dízimo é proporcional aos nossos rendimentos. A oferta da viúva era maior porque em relação aos outros ela nada tinha, mas em seu quase nada, dera tudo.

BÊNÇÃOS ADVINDAS DA FIDELIDADE EM DIZIMAR

1. O devorador é repreendido. Produzir muito não significa, necessariamente, ter o suficiente para se conseguir segurança nas finanças. Se o devorador estiver livre para agir, tudo o que se ganha será sempre pouco. É como depósito feito em sacolas sem fundo (Ml 3.11).

2. Respeito pelos de fora. “Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.12). Este texto ensina que entregar fielmente o dízimo traz ao crente um elevado conceito por parte de todos.

3. Vitória sobre a avareza. Ef 5.5; Cl 3.5. Assumir uma atitude correta em relação ao dízimo permite ao crente vencer sentimentos negativos como a avareza e o egoísmo, preparando-o a ter um coração mais predisposto a dar do que a receber.

4. Dispõe o coração de Deus em nosso favor. “Tomai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.7). Nossa atitude de voltar-se para Deus permite que Ele se volte para nós. Isto nos mostra que o tema do dízimo faz parte do elenco das grandes virtudes cristãs.

Quatro classes de contribuintes

Em toda igreja existem quatro classes de contribuinte, que são:

Os dizimistas fiéis. São os 300 de Gideão, que sempre dão e têm para dar. Quanto mais contribuem, mas têm prazer em contribuir. Esses são os que mantêm o equilíbrio financeiro da igreja.

Os dizimistas infiéis. São os que assumem o compromisso diante de Deus e da igreja e depois de algum tempo falham ou desistem de uma vez. Outros que também pertencem a esta classe são os que dão apenas uma parte do dízimo, para ver o seu nome na lista da tesouraria. São como Ananias e Safira.

Os liberais não dizimistas. Esta classe é a menos numerosa. Não são contrários ao dízimo e nem combatem os dizimistas. Mas não o são porque ainda não compreenderam a doutrina do dízimo.

Os antidizimistas, mesquinhos e derrotistas. Esta classe é a mais numerosa em todas as igrejas. São crentes perigosos e nocivos ao crescimento da obra e do Evangelho. São antidizimistas declarados e se opõem a qualquer campanha financeira.


PORQUE SOU DIZIMISTA


• Sou dizimista porque o dízimo é santo (Lv 27.30-32);
• Sou dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos (Ml 3.10-12);
• Sou dizimista porque amo a obra de Deus, na face da Terra;
• Sou dizimista porque Deus é o dono do mundo (Sl 24.1);
• Sou dizimista porque eu mesmo vou gozá-lo na casa de Deus (Dt 14.22-23);
• Sou dizimista porque mais bem aventurado é dar do que receber (At 20.35);
• Sou dizimista porque Deus ama o que dá com alegria (I Co 9.7);
• Sou dizimista porque tudo vem das mãos de Deus (I Cr 29.17);
• Sou dizimista porque não sou avarento (I Tm 6.10);
• Sou dizimista porque meu tesouro está no céu (Mt 6.19-21);
• Sou dizimista porque obedeço a lei de Deus (At 5.29);
• Sou dizimista porque a benção de Deus é que enriquece (Pv 10.22).


CONCLUSÃO

 Os dízimos e as ofertas, por conseguinte, devem ser trazidos a Deus não como uma penosa obrigação; devem ser entregues como um ato de ações de graças.
Não agiam assim os santos do Antigo e do Novo Testamento? Mostremos, pois, ao Pai toda a nossa gratidão; ofertemos não para sermos abençoados, mas porque já fomos abençoados. O ofertar faz parte tanto do nosso culto público como individual.
Devemos ser fiéis na entrega da décima parte de nossa renda, pois, tudo pertence a Deus. Nosso trabalho, família, nossa saúde, tudo provém de Deus. O fato de não sabermos se estaremos vivos amanhã, indica que, inclusive, a nossa vida é uma dádiva divina.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Lições bíblicas CPAD 1997
Lições bíblicas CPAD 2008
HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? RJ: CPAD, 1998.
SILVA, S. O crente e a prosperidade. RJ: CPAD, 1992.
SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro. RJ: CPAD, 2001

ESTUDO PARA COMPLEMENTAR A AULA

A MORDOMIA DO DÍZIMO

TEXTO ÁUREO - “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos (Ml 3. 10).

VERDADE PRÁTICA - A prática do dízimo faz parte da adoração cristã como reconhecimento de que Deus é a fonte de todo o bem que possuímos.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ml 3.7-10; I Co 16.1,2

INTRODUÇÃO

Disse certo escritor que “o dízimo é a muralha que o cristianismo edifica para sustar os ataques do materialismo”. Sem dúvida, a doutrina do dízimo tem sido debatida e rebatida por vários grupos com a intenção de negá-la como doutrina do cristianismo.
Entretanto, é inegável essa doutrina porque ela põe em evidência o fato de que somos mordomos dos bens que Deus nos tem dado a usufruir. O dízimo foi estabelecido nos primórdios da criação do homem, reconhecido por Jesus quando esteve na terra como o “Verbo feito carne” e mantido pelos seus discípulos na formação da Igreja. O dízimo está diretamente ligado à idéia da mordomia cristã.
A Bíblia estabelece três princípios básicos de mordomia:

1) Deus é Senhor de tudo;
2) Cada pessoa é um mordomo daquilo que Deus lhe confiou:
3) Cada pessoa deve dar conta da sua mordomia a Deus.

I.                   O QUE É DIZIMO

“O dízimo é o hábito regular pelo qual um cristão, procurando ser fiel à sua crença, põe à parte, pelo menos dez por cento de suas rendas, como um reconhecimento das dádivas divinas.  Ele reconhece, assim, que Deus é o Senhor de todas as fontes terrenas, escreveu G. Ernest Thomas. (Confira o assunto com as Escrituras: I Co 10.26; Ag 28; Sl 50. 10,11; Os 2. 8,9)

Quando um crente se recusa a entregar o dízimo ao Senhor, é porque ainda não reconheceu plenamente o senhorio e a bondade de Deus. Usufrui dos bens que a terra proporciona, mas age como “posseiro” ou “grileiro”, que se apossa da terra e dos seus bens, sem reconhecer qualquer direito de propriedade alheia. Quando tributamos a Deus com os nossos dízimos, estamos reconhecendo, automaticamente, o senhorio de nosso Deus (I Co 10.26; Ag 2.8).

1. Reconhecimento pelas bênçãos divinas. O dízimo é um reconhecimento de que Deus é o doador de tudo na vida, O homem pertence a Deus, (Gn 1.27; Ez 18.4).

A terra pertence a Deus (Sl 24.1; Hb 11.3; CI 1.17; Sl 104.30).

2. Adoração. Faz parte da adoração cristã a contribuição feita à igreja para a obra de Deus, através dos “dízimos e ofertas” (I Co 16.1-4).

3. Fé. A entrega, sem fé, do dízimo, é um legalismo sem fruto. Quando o crente separa um décimo dos seus rendimentos, deve fazê-lo com fé, isto é, com a convicção de que Deus é o Senhor de todas as Coisas e que o dízimo é tributo espontâneo que se faz a Ele.

II.                O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO

1. O Exemplo de Caim e Abel (Gn 4.2-7). A raiz da doutrina do dízimo é identificada ainda nos primórdios da criação.

Após a queda do homem, começou um novo diálogo entre Deus e o Homem. Caim e Abel, nossos primeiros irmãos, foram ensinados a que fossem leais ao Criador e oferecessem, espontaneamente, ao Senhor alguma coisa do produto do seu trabalho, em gratidão pela sua bondade (Gn 4.3,4).

2. O Exemplo de Abraão (Gn 14.18-24). De fato, a primeira menção específica do dízimo, no Antigo Testamento, ocorre quando Abraão trouxe a sua oferta ao Senhor e a entregou ao “Sacerdote do Deus Altíssimo”. Notemos que Abraão o fez espontaneamente em atitude de reconhecimento da sua mordomia (Gn 14.22).

Nascia aqui a idéia do dízimo para o povo de Deus. Abraão tornou-se agradecido a Deus, por isso entregou seus dízimos ao sacerdote Melquisedeque, que representava os interesses divinos na terra.

3. O Exemplo de Jacó (Gn 28.18-22). Com a mesma característica da atitude de seu avô Abraão, o dízimo de Jacó era voluntário e expressava sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas.

Observa-se que Jacó já havia recebido instruções acerca do dízimo através dos seus pais, Isaque e Rebeca. E um exemplo positivo para a família cristã, hoje, ensinar os filhos a serem fiéis e agradecidos a Deus com seus dízimos e ofertas. Se os nossos filhos aprenderem cedo a importância para o sustento da obra de Deus e para a propagação do Evangelho, certamente serão abençoados em todas as esferas da vida.

4. Nos dias de Moisés. A prática do dízimo foi incorporada à lei dada ao povo de Israel. Na lei vemos por três vezes a citação do dízimo.

A primeira referência (Lv 27.30-32) ao dízimo é o estabelecimento oficial da prática do mesmo pelo povo de Deus. Essa lei sancionou com a autoridade divina a questão do dízimo. Cada judeu, temente a Deus, deveria dar a décima parte de tudo o que a terra produzisse, vegetal ou mineral.

A segunda referência sobre o dízimo esclarece a finalidade do dízimo. Ele era para o sustento do sacerdócio (Nm 18.20-32). A tribo sacerdotal de Levi era a única tribo que não recebia qualquer porção de terra para plantar ou colher.

Essa tribo foi designada para exercer o ministério espiritual do povo de Israel. Por isso deveria ser sustentadas pelas demais tribos. A tribo sacerdotal, envolvendo toda a família de cada sacerdote, era sustentada com os dízimos e ofertas oferecidas a Deus. Os dízimos e as ofertas atualmente são para o sustento da obra e isto inclui o sustento dos obreiros que se dedicam inteiramente ao ministério pastoral da Igreja de Cristo.

Outro texto do Antigo Testamento está em Dt 14.22,23. Era, de fato, a instituição de um segundo dízimo dado uma vez por ano como uma celebração de agradecimento em que todo o povo participava como uma família.

5. Na história de Israel. Houve um período da vida religiosa dos judeus em que o desleixo espiritual e a rotina dos serviços religiosos levaram o povo ao esquecimento das responsabilidades espirituais. Os levitas tiveram que deixar os afazeres sagrados para ganhar o sustento de sua família.

Posteriormente, o rei Ezequias reorganizou a vida religiosa de seu povo, porque entendia que o sucesso do seu reino dependia totalmente de Deus. Organizou as turmas de sacerdotes e levitas e despertou o seu povo à fidelidade na entrega dos seus dízimos.
O povo acolheu a palavra de Ezequias e, liberalmente, trouxe seus dízimos, de modo que, como diz o texto: “e se fizeram muitos montões” (II Cr 31.5,6). No último livro do Antigo Testamento, o profeta Malaquias ergue a sua voz contra os pecados de Israel, entre os quais, o abandono à prática do dízimo.


III.             O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO

Alguns grupos cristãos negam a doutrina do dízimo, afirmando que a referida prática pertence apenas ao Antigo Testamento e nada tem a ver com o Novo Testamento. Entretanto, o dízimo passou a ter uma nova perspectiva sob a dispensação da graça                         (Mt 23.23).

1. O exemplo de Jesus (Jo 13.15; Mt 6.33). Notemos que Jesus praticou a mordomia desde cedo.  Com 12 anos de idade Jesus demonstrou uma mordomia consciente quando respondeu a seus pais terrenos, dizendo:  “Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). Quando foi tentado no deserto a transformar pedra em pão, Jesus não esqueceu sua mordomia  (Mt 4.4).

Quando lhe foi oferecido o reino da terra, Satanás quis fazê-lo esquecer de Sua mordomia, mas Jesus o venceu (Mt 4.10).

Observe os preceitos da mordomia, estabelecidos por Jesus, nos seguintes textos:                      Mt 6.19,25,33; Mt 7.12; Mc 12.17; Lc 12.15,33,48; Mt 10.8; At 20.35: Mc 8.37, etc.

2. O exemplo da Igreja Primitiva (At 4.32; II Co 8.7). Sem dúvida o derramamento do Espírito Santo, nos primórdios da Igreja, quebrou as amarras da avareza e do egoísmo, e os crentes contribuíram alegremente com tudo quanto tinham.

3. O exemplo das igrejas da Macedônia (II Co 8.1-9). A igreja da Macedônia resultou dos trabalhos missionários de Paulo. Era uma igreja constituída, na sua maioria, de crentes materialmente pobres, mas era rica em generosidade. Paulo solicita à igreja da Macedônia que contribua financeiramente para ajudar a igreja em Jerusalém, e isto foi de modo maravilhoso aceito entre aqueles crentes.

4. A prática do dízimo ensinada no Novo Testamento. Há três referências acerca do dízimo no Novo Testamento. Duas delas são paralelas e se referem ao ensino de Jesus dado aos fariseus, conforme já abordados (Mt 23.23; Lc 11.42).

A terceira referência encontra-se na carta aos Hebreus (Hb 7.1-10). Notemos que o autor da carta (e é óbvio que foi escrita para judeus cristãos) traz a figura de Melquisedeque para tipificar a Cristo. O texto está provando a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação e, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico.
O texto diz que Abraão pagou seu dízimo a Melquisedeque, que era sacerdote do “Deus Altíssimo”. Ora, isto era muito antes da instituição da lei no Antigo Testamento. Se Melquisedeque era figura de Cristo, e Abraão lhe deu o dízimo, é claro que hoje, os crentes dão a Cristo os dízimos, pois Ele é Sacerdote Eterno.

5. O sustento do Ministério Cristão (I Co 9.1-13). Paulo declara e ensina à igreja em Corinto acerca do direito dos que trabalham no ministério cristão, ou seja, que vivam do ministério (I Co 9.13).

Destaca, também, que o principio do sustento do ministério sacerdotal na dispensação da lei é o mesmo na dispensação da graça. Cada igreja é responsável diante de Deus pelo sustento de seus ministros, de forma digna e honrada.

IV.             O PADRÃO NEOTESTAMENTÁRIO DO DÍZIMO

1. A teoria da mordomia paulina. Paulo tinha convicções definidas acerca do dinheiro e do seu uso pelos crentes em Cristo. Sua teoria se resumia no seguinte: o dinheiro deve ser ganho honestamente (I Ts 4.12): deve-se trabalhar, e não pedir ou roubar (Ef 4.28); se alguém não quer trabalhar, não coma também (II Ts 3.10); o crente deve ser econômico e juntar o necessário para seu sustento; deve contribuir para as causas dignas e as pessoas necessitadas (Ef 4.28).

2. O sistema da contribuição neotestamentária (I Co 16.2-4). A contribuição cristã deve obedecer a uma sistematização pessoal de cada crente.

Note a ordem do sistema paulino:

1) “no primeiro dia da semana” (ofertas semanais); “cada um de vós” (todos tem responsabilidade no sustento da obra de Deus); “ponha da parte” (prepare-se para fazer a contribuição, de modo consciente); “o que puder ajuntar” (contribuição proporcional). Portanto, o dízimo é a única proporção conhecida na Bíblia (I Co 16.2).

a. Deve ser feita com alegria. (II Co 9.7). Paulo destaca que o crente que ama ao Senhor contribua com abundância de gozo, “não com tristeza nem por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”.

b. Deve ser voluntária. “Não por necessidade” - expressão que dá idéia de uma obediência racional e legal. Contribuir para provar que contribui; não o faz por fé, nem com voluntariedade. Contribuição voluntária implica vontade e decisão.

c. Deve ser conforme o seu ganho real (I Co 16.2). O dízimo é uma questão de fé e obediência. A fé não duvida das promessas do Senhor e a obediência propicia o cumprimento dessas promessas divinas. Quando o crente recebe o seu salário mensal, quinzenal ou semanal, deve imediatamente separar o que pertence ao Senhor.

d. Deve ser feita com fidelidade e regularidade. Um dos grandes tropeços espirituais de muitos crentes está no fato de que, quando tudo transcorre bem na vida cotidiana, eles contribuem com seus dízimos, mas quando vêm às dificuldades, o dizimo é facilmente esquecido. A fidelidade para com Deus, em relação ao dízimo, deve ser exercida em todas as circunstâncias da vida.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Lições bíblicas CPAD 2003