14 de abril de 2010

Anunciando ousadamente a Palavra de Deus

Anunciando ousadamente a Palavra de Deus

Data: 18 de Abril de 2010

TEXTO ÁUREO

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra(2 Cr 7.14).

VERDADE PRÁTICA

A Palavra de Deus não é para ser proclamada apenas aos incrédulos. Ela tem de ser ouvida e, incondicionalmente, acatada por aqueles que se chamam pelo nome de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jr 7.2

Jeremias prega na porta do Templo

Terça - Jr 7.3

Jeremias chama os adoradores ao arrependimento

Quarta - Jr 7.4

Jeremias combate a teologia do Templo

Quinta - Jr 7.11

Jeremias defende a pureza do Templo

Sexta - Jr 7.12

Jeremias condena o mau uso da liberdade

Sábado - Jr 7.10

Jeremias fala sobre o futuro do Templo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 7.1-11.

1 - A palavra que foi dita a Jeremias pelo SENHOR, dizendo:

2 - Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.

3 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.

4 - Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, Templo do SENHOR, Templo do SENHOR é este.

5 - Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras fizerdes juízo entre um homem e entre o seu companheiro,

6 - se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,

7 - eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, de século em século.

8 - Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas.

9 - Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,

10 - e então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres, podemos fazer todas estas abominações?

11 - É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o SENHOR.

INTERAÇÃO

Professor, esta lição trata do discurso pronunciado por Jeremias na porta do Templo. Um discurso de repreensão e exortação, pois os israelitas haviam escolhido o caminho da perdição, da adoração aos ídolos. Longe de Deus, eles não mais conseguiam ver o Templo como um lugar sagrado de adoração ao único Deus. O Templo tornou-se uma espécie de talismã, capaz de livrá-los de todo mal. Estavam cegos espiritualmente. Mas Jeremias, com coragem e ousadia, declara que não era o Templo que iria livrá-los, mas sim uma mudança radical de atitude.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

· Compreender o porquê de Jeremias ter pregado na porta do Templo.

· Explicar o que era a teologia do Templo.

· Saber que a Palavra de Deus não é para ser proclamada apenas aos incrédulos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, peça a seus alunos para lerem Jeremias 7.8,9. A seguir, solicite que citem os pecados de Judá apontados pelo profeta Jeremias nestes versículos. À medida que os alunos forem falando, anote-os no quadro-de-giz. Afirme que os israelitas tornaram-se apóstatas e explique que atualmente também estamos vendo o número de apóstatas aumentarem assustadoramente. Alguns já não pregam mais o evangelho da cruz e a renúncia ao pecado (Rm 8.13). Estes, como os falsos profetas do tempo de Jeremias, enganam o povo de Deus com discursos bonitos, mas falsos e vazios de conteúdo bíblico.

Precisamos estar atentos. Leia Gálatas 1.6-10 e ressalte o fato de que em nossos dias muitos que experimentaram da graça de Deus, já abandonaram a “fé recebida”, trocando-a por “outro evangelho”.

COMENTÁRIO

Introdução

Palavra Chave

Templo: Do lat. templum. Santuário erigido em Jerusalém e consagrado ao culto do Único e Verdadeiro Deus.

Como a situação moral e espiritual de Judá era crítica, Deus ordenou ao seu profeta que se postasse na porta do Santuário; e, aqui, entre os adoradores e os ministros do altar, proferisse um duríssimo sermão. Era o derradeiro alerta à casa de Israel.

Se os filhos de Israel não viessem a se arrepender de suas apostasias, haveriam eles de ser entregues aos caldeus que lhes destruiriam as cidades, profanariam Jerusalém e deitariam por terra o mais caro de seus símbolos: o Templo Sagrado.

Infelizmente, as palavras de Jeremias caíram em ouvidos moucos e enfermos. Achavam os judeus que, pelo fato de estar a Casa de Deus entre eles, nenhum mal os alcançaria apesar de seus pecados.

O Senhor verdadeiramente tem compromisso com quem tem compromisso com Ele, devemos fazer a nossa parte para que suas bênçãos nos persigam como está escrito em Dt 28: 2. Temos que ouvir a voz do Senhor, ou seja, a Palvra mas numa dimensão maior não sermos somente ouvintes mas também praticantes.

“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tg 1:22-25)

I. JEREMIAS É CHAMADO A PREGAR NA PORTA DO TEMPLO

Por que a porta do Templo? Não seria mais cômodo o altar? Ou a praça central de Jerusalém? Por que teria o profeta de proclamar a Palavra de Deus num lugar nada convencional?

1. O ambiente da pregação. Era grave a situação de Judá. Jeremias, por conseguinte, não dispunha de tempo para expor um sermão diferençado aos sacerdotes, nem uma mensagem mais apropriada ao povo. Ele deveria proclamar a Palavra de Deus a todos os filhos de Judá (Jr 7.1,2). Por isso, ordenou-lhe o Senhor que se pusesse ele na porta do átrio exterior, pois assim teria acesso também ao átrio interno. E todos haveriam de lhe ouvir perfeitamente a voz.

Quão espinhosa era a missão do profeta!

“ Nunca foi imposto sobre um homem mortal fardo mais esmagador. Em toda a história da raça judaica, nunca houve semelhante exemplo de intensa sinceridade, sofrimento sem alívio, proclamação destemida da mensagem de Deus e intercessão incansável de um profeta em favor do seu povo como se observa no ministério de Jeremias. Mas, a tragédia de sua vida foi esta: pregava a ouvidos surdos e só recebia ódio em troca de seu amor aos compatriotas” (Farley)

2. Nossa responsabilidade. Nestes últimos dias, insta-nos o Senhor a expor a sua Palavra tanto ao mundo quanto à Igreja. Esta é nossa responsabilidade.

Proclamemos toda a Palavra de Deus enquanto é tempo. Confirmemos o restante que está por morrer (Ap 3.2). Se compactuarmos com o mundo, como nos haveremos diante do Cordeiro?

Sua igreja, obreiro, sabe que Cristo, em breve, virá buscar os santos? Suas ovelhas primam por uma vida de santidade como está escrito em 1 Pedro 1.15, “sede vos também santos em toda a vossa maneira de viver”? Ou se acham sem o azeite do Espírito para recepcionar o Noivo? Proclame a Palavra de Deus com amor, ousadia e integridade (At 20.27).

Somos chamdos para sermos atalaias da última hora por isso devemos pretar atenção no chamado de Ezequiel:

“E sucedeu que, ao fim de sete dias, veio à palavra do SENHOR a mim, dizendo: Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre à casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-ás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade, mas o seu sangue, da tua mão o requererei Mas, se avisares ao ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma. Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniqüidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.Mas, avisando tu o justo, para que não peque, e ele não pecar, certamente viverá; porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.” (Ez 3: 16-21)

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Jeremias deveria proclamar a Palavra de Deus a todos os filhos de Judá, por isso, foi para a porta do Templo, onde todos haveriam de lhe ouvir.

II. A MENSAGEM DE JEREMIAS

1. O alcance da mensagem de Jeremias. O profeta é energicamente inclusivo: do sumo sacerdote ao menor dos adoradores, todos são conclamados ao arrependimento: “Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar” (Jr 7.3).

Jeremias denuncia a nação por sua grande iniqüidade. O pecado estava tão arraigado na natureza do povo, que a idolatria e a maldade eram coisas inerentes às suas vidas.Esta infidelidade abrangia “todos” e por causa dela o povo deixaria a sua terras e seria levado como escravo (Jr 17:1-4)

2. O chamado ao primeiro amor. Não está o Espírito Santo a conclamar-nos a voltar ao primeiro amor? (Ap 2.4,5). Obedecerá você a voz de Deus? Chorará aos seus pés até que lhe seja restabelecida a plena comunhão com o Cristo? Não há alternativas! Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação? (Hb 2.3; 1 Pe 4.17).

Em lamentações 5:21 o mesmo profeta(Jeremias) diz:

“Converte-nos, Senhor, a ti, e nós nos converteremos: renova os nossos dias como dantes.”

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A mensagem de Jeremias era uma só: Do sumo sacerdote ao menor dos adoradores, todos deveriam abandonar os seus maus caminhos.

III. JEREMIAS COMBATE A TEOLOGIA DO TEMPLO

Apesar das provações que, em breve, abater-se-iam sobre Judá, os judeus recusavam-se a ouvir a Palavra do Senhor. Rebatendo as advertências do profeta, alegavam: “Templo do Senhor; Templo do Senhor; Templo do Senhor é este” (Jr 7.4).

1. A teologia do Templo. Acreditavam eles que o Senhor jamais permitiria que Jerusalém fosse destruída, porque nela encontrava-se o Santo Templo. Como, pois, consentiria Ele na profanação da Cidade Santa? Afinal, o Templo custodiava-lhe a arca e perenizava-lhe o nome. Por isso, pressupunham-se, arrogantemente, seguros.

“Jesus citou o texto do vV11 ao purificar o Templo (Mc 11:17; Lc 19:46). Essa exortação de Deus serviu para repreender a impiedade que havia no Templo tanto na época de Jesus como na de Jeremias. O Tabernáculo de Deus esteve em Siló, mas a cidade foi abandonada (Sl 78:60; Jr26:6). Se Deus não preservou Siló, estando ali o Tabernáculo, porque preservaria Jerusalém por causa do Templo?” (Bíblia de Aplicação Pessoal)

2. A desmistificação da teologia do Templo. Jeremias rebate energicamente a ilusória teologia. O compromisso de Deus não é com os símbolos ou com os ícones que o homem sedento de glória teima em criar; seu compromisso é com os que lhe guardam a Palavra e observam-lhe as alianças. Se lhe ouvirmos a voz e lhe observarmos os mandamentos, certamente Ele cumprirá a sua parte no concerto que firmou com o seu povo (Dt 4.40). Todavia, se lhe desconsiderarmos as ordenanças, arcaremos com todas as consequências de nossa rebeldia (2 Tm 2.12).

De nada aproveitarão as observâncias, as profissões ou as supostas revelações se os homens não corrigem os seus caminhos e a sua maneira de agir. Ninguém pode alcançar a salvação gratuita se permite praticar um pecado conhecido, ou viver deixando de cumprir o dever conhecido. Eles pensavam que o templo que profanaram seria a sua proteção, mas todos os que continuam em pecado porque a graça tem abundado, ou para que a graça abunde, agem como se Cristo fosse um ministro do pecado; e a cruz de Cristo, corretamente entendida, é o remédio mais eficaz contra esses sentimentos venenosos. O Filho de Deus se deu por nossas transgressões para mostrar a excelência da lei divina e o mal do pecado. Não pensemos que é possível fazer o mal sem sofrer.

3. O comportamento reprovável dos judeus. Iludidos pelas falsas premissas de sua teologia, os judeus puseram-se a andar de apostasia em apostasia. Desprezavam a Deus. Adoravam as abominações dos gentios. E já maltratando os pobres e espezinhando os estrangeiros, em nada diferiam dos pagãos. Viviam como se lei não existisse. Adulteravam, roubavam e sangue inocente derramavam. Depois, escarneciam dos mensageiros de Jeová. Em maldades, excediam as nações vizinhas. Como se nada tivesse acontecido, punham-se a exclamar: “Templo do Senhor; Templo do Senhor; Templo do Senhor é este”.

“O povo cometia todo o tipo de pecado (VV 5-9); depois, no sábado, vinha ao templo, apresentava-se a Deus, e deste modo enganava-se, crendo que estava seguro mediante o amor que Deus lhe tinha. Existe na atualidade esta falsa teologia. Os crentes vivem em desobediência a Deus e à sua Palavra, e julgam-se seguros, porque crêem no “sangue de Cristo”. Na linguagem de Jeremias estão confindo “e, palavras falsas (enganosas), que para nada são proveitosas” (Biblía de Estudo Pentecostal)

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O compromisso de Deus não é com símbolos ou com ícones, mas com todos os que guardam a sua Palavra e observam suas alianças.

IV. A LIÇÃO DE SILÓ

Buscando demovê-los daquela falsa segurança, declara-lhes Jeremias que ao Santo Templo estava reservado um destino semelhante à tenda de Siló, onde o nome do Senhor fora celebrado por longo tempo (Jr 7.14,15). Assim como aquele tabernáculo fora arruinado, arruinado também seria o Santo Templo em Jerusalém.

1. As teologias modernas. Muitas são as teologias que estão sendo erguidas para afrontar o Cordeiro. Tais aleijões vêm induzindo os fiéis a blasfemarem contra Deus e a se portarem irreverentemente diante do Cristo. Como se tudo isso não bastasse, somos assaltados ainda por arremedos homiléticos e litúrgicos, cujo único objetivo é corromper a sã doutrina, profanar o culto, espoliar os santos e deixar os pastores fiéis e verdadeiros em dificuldades. O sangue de Jesus tem poder!

“ O povo de Judá seguia um ritual de adoração, mas mantinha um estilo de vida pecaminoso. Era uma religião desprovida do comprometimento pessoal com deus. Frequentar a igreja, participar da santa ceia, ensinar na escola dominical, cantar no coral serão práticas vãs a menos que estejamos verdadeiramente comprometido com Deus. Essas atividades são boas não por causa da opinião da igreja, mas por nosso desejo de buscar e adorar a Deus” (Bíblia de Aplicação Pessoal)

2. O perigo de nossos triunfos. Que Deus nos guarde de nossos triunfos e monumentos! À semelhança dos contemporâneos de Jeremias, podemos ser tentados a presumir sejamos poderosos em nós mesmos. Não! A nossa força vem daquEle que se fez fraco por amor de nós. Se andamos de vitória em vitória é porque Cristo está à nossa frente.

O Senhor não trabalha com monumentos; trabalha com homens, mulheres, jovens e crianças que se dispõem a servi-Lo e a viver somente para Ele.

“ Há vários paralelos entre a maneira como os judeus viam o Templo em Jerusalém e como muitos hoje vêem suas igrejas. Os judeus não cultuavam a presença de Deus em sua vida cotidiana como faziam no Templo. Hoje é possível frequentar belas e bem equipadas igrejas, mas não levar a presença de Deus conosco durante a semana. O edifício do templo se tornou mais importante para os judeus do que a essência da fé. Ir à igreja e pertencer a um grupo pode tornar-se mais importante do que ter uma vida transformada para Deus. Os Judeus viam apenas o Templo como santuário. Muitos cristãos não se vêem como templo do Espírito e usam a filiação religiosa como um esconderijo, pensando que esta os protegerá dos males e dos problemas. (Bíblia de Aplicação Pessoal)

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Precisamos estar atentos, pois atualmente muitos arremedos homiléticos e litúrgicos têm surgido com o objetivo de corromper a sã doutrina.

CONCLUSÃO

Se os filhos de Judá se arrependessem de suas apostasias, o Senhor não os expulsaria da formosa terra nem permitiria fossem eles destruídos. Infelizmente, não perceberam o tempo de sua visitação.

Dias de trevas se aproximam! Como poderemos subsistir se não atentarmos com diligência à Palavra de Deus?

Igreja, preparemo-nos para a volta de Nosso Senhor!

VOCABULÁRIO

Arremedo: Imitação, cópia.
Espezinhar: Oprimir, humilhar, rebaixar.
Espoliar: Roubar.
Mouco: Que não ouve, ou que ouve pouco ou mal.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HENRY, M. Comentário Bíblico. 1.ed. RJ: CPAD, 2002.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005.

EXERCÍCIOS

1. Qual a importância do sermão pregado por Jeremias na porta do Templo?

R. A importância está no fato de que a mensagem de Jeremias refutava a falsa crença de que Deus não deixaria que dano algum sobreviesse ao Templo ou àqueles que viviam na cidade.

2. Qual a essência deste sermão?

R. "Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar" (Jr 7.3).

3. O que era a Teologia do Templo?

R. Acreditar que Deus jamais permitirá que Judá fosse destruída, pois em Judá encontrava-se a Cidade Santa.

4. Por que a teologia do Templo era perigosa?

R. Porque iludia os israelitas fazendo com que permanecessem em seus pecados.

5. Que perigo hoje corremos com as falsas teologias e modismos?

R. O perigo de acharmos que não mais temos a obrigação de considerar a Palavra de Deus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

Proibido Interceder

“Era necessário uma coragem incomum para uma pessoa sensível como Jeremias proclamar uma mensagem tão devastadora. Ele involuntariamente começa a clamar em oração em favor da sua amada nação, mas Deus o proíbe de interceder (7.16). Deus ainda não tinha acabado com a sua acusação contra o seu povo, e a revelação também não tinha terminado (Jr 7.17). ‘Os filhos [...] os pais [...] as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus’ (Jr 7.18). O povo tinha se tornado completamente descarado em seu pecado, a ponto de estar oferecendo sacrifícios a outros deuses abertamente nas ruas. A Rainha dos Céus evidentemente refere-se a Ishtar, a deusa de um ritual de fertilidade babilônico, que havia sido importada por Judá. Ela é mencionada aqui para indicar a profundidade do pecado em que o povo havia caído. O ponto a que o povo havia chegado marca o início do fim dessa nação. Deus declarou: ‘Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar’; uma perversidade como essa não pode passar impune. Em seguida, Jeremias ataca o uso errado do ritual religioso. Ele deixa claro que a cerimônia religiosa sem o conteúdo ético é vazia. Se os sacrifícios não reforçavam ou fortaleciam a moralidade da nação, não tinham valor algum. Isso vale para todo ritualismo na religião. A menos que a cerimônia religiosa formal (ou informal) reforce a moralidade e o viver santo, ela é um esforço despendido em vão”

(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4: Isaías a Daniel. RJ: CPAD, 2005, p. 285)

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Doutrinário

Reforma moral - “A segurança nacional dependia da reforma moral, não do Templo. Vale notar a ênfase na justiça social constante do versículo 6. Judá deve deixar a idolatria, mas também precisa: 1) abandonar a opressão; 2) não mais levar vantagem sobre o pobre (‘o órfão e a viúva’), e 3) manter um sistema judiciário honesto. 0 louvor a Deus e a moralidade são os pilares duplos sobre os quais a sociedade deve repousar” (29.10-14) (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.453).

Subsídio Devocional

Um covil de salteadores (7.11) - “O ‘covil’ era o refúgio onde os salteadores escondiam o produto furtado enquanto buscavam a próxima vítima. A analogia é devastadora. Como poderia o povo de Deus roubar, matar, cometer adultério e perjúrio, adorar outros deuses (v. 9) e, ainda assim, declarar que ‘estamos seguros’, pela casa do Senhor?” (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.453).

Subsídio Sociológico

O Templo - “Quando os judeus se instalaram no território de Canaã, o tabernáculo tomou uma forma mais permanente em Siló (Js 18.1; Jz 18.31). Passou a ser permanente o bastante para que vivessem a chamá-lo de templo, para que Samuel e Eli morassem nele e para que portas de entrada fossem abertas e fechadas (1 Sm 3.2,15). Mesmo depois dos filisteus terem destruído Siló, se apossado da Arca da Aliança e a devolvido aos judeus via Bete-Semes (1 Sm 6.1-10) e Quiriate-Jearim, ele continuava sendo uma espécie de tenda-templo e ficou ali até que Salomão construísse um templo permanente.

O templo de Salomão seguiu o mesmo princípio geral que o tabernáculo.

O propósito era que o templo servisse de santuário para todo o povo judeu (Dt 12.11), mas havia também outros centros de adoração”. (Adaptado de Usos e Costumes dos Templos Bíblicos de Ralph Gower. 1.ed. RJ: CPAD, 2002, p.341).

REFERÊNCIAS DO COMENTÁRIO:

-http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2010/2010-02-03.htm -http://www.bibliaonline.com.br/acf/s/*/Ouvintes - HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD. 5ªEd, 2006. - STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:CPAD,1995. - Bíblia de Aplicação Pessoal.

Elaboração por:- Pb. Miguel Fiuza Dourados Ms

ANUNCIANDO OUSADAMENTE A PALAVRA DE DEUS

ANUNCIANDO OUSADAMENTE A PALAVRA DE DEUS


Texto Áureo: II Cr. 7.14

Leitura Bíblica em Classe: Jr. 7.1-11.

VERDADE PRATICA = Na adoração, a igreja dirige-se a Deus: no discipulado, dirige-se aos convertidos; na proclamação profética-se ao mundo

INTRODUÇÃO

Nesta lição a proclamação do Evangelho será estudada de acordo com a função profética da Igreja e de sua mensagem escatológica para o mundo moderno.

1. A PROCLAMAÇÃO PROFÉTICA DA IGREJA PRIMITIVA

A Leitura Bíblica em Classe nos mostra que a pregação do Reino de Deus tinha um sentido profético e missionário na vida da igreja primitiva. Um dos termos originais usado no Novo Testamento para descrever a proclamação da igreja é kerygma, traduzido por “pregação” (Rm 16.25; 1 Co 1.21; 2 Tm 4.1 7; Tt 1 .3), e “proclamação” (Lc 4.18; 1 Ts 2.9—ARA).

1. Demonstrada na revelação do mistério da vontade de Deus. As Sagradas Escrituras descrevem a proclamação das boas- novas e o seu conteúdo doutrinário como a revelação do “mistério que desde os tempos eternos esteve oculto em Deus” (Rm 16.25; 1 Co 2.7; Ef 1.9; 3.3,4,9; 5.32; 6.1 9).

Esse mistério não é descrito apenas como uma mensagem (Rm 1 6.2 5; Ef3.3; 6.19), mas como o Verbo encarnado (Cl 1 .26-28; 2.2,3; 4.3). Este revelou a Deus ( Jo 1.18; 8.16; 10.30), a vontade divina (Mt 7.21; jo 4.34) e a Palavra de Deus ( Jo 14; 24 = 17:6 = 14: 17)

a) O mistério revelado à Igreja. Segundo o Novo Testamento, o mistério foi revelado à Igreja para a glória dos santos (1 Co 2.7; CT 1 .26,27); como está escrito: “descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito” (Ef 1 .9). O mistério revelado da salvação em Cristo deve ser anunciado a todos os homens (Ef 3.9; 6.1 9; CI 4.3; 2.2).

b) O mistério desvendado em Cristo. Deus havia planejado a Igreja antes da fundação do mundo e a sua concretização haveria de acontecer na história da humanidade. Todo o plano de restauração e salvação que estava oculto cumpriu-se em Jesus Cristo (Ef 1 .9,10; Cl 1.27; 2.2) “na plenitude dos tempos” (Cl 4.4; Ef 1.10), quando Deus enviou seu Filho para salvar o homem (Lc 1 9.1 0), e despojar a Satanás e seus anjos, triunfando sobre eles (Cl 2.15; 1 Jo 3.5,8). Este é o “mistério da piedade” que inclui os fatos da encarnação, morte, ressurreição e triunfo glorioso de Jesus Cristo (1 Tm 3.16).

2. Revelada na missão de anunciar o reino de Deus. Os Evangelhos são enfáticos quanto à mensagem de Cristo e dos seus discípulos no sentido de proclamar o Reino de Deus a todas as gentes (Mt 3.1,2; Mcl .14,15; Lc 18.16,17). A centralidade da mensagem está no Reino de Deus o foco principal da proclamação da Igreja em seus primórdios (At 1.3; 8.12; 14.22; 19.8; 20.25; 28.23,3 1). Quando se diz “é chegado o Reino (Mt 4.17), o sentido é profético, referindo-se tanto à presença do Reino no presente quanto no futuro. A atual manifestação do Reino de Deus implica salvação do poder do pecado, mas quanto ao futuro, a libertação da presença do pecado (1 Co 1 5.20-25,42-57).

II. DIMENSÕES DA MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA

1. A Grande Comissão (Mt 28.18-20). A missão profética da Igreja está implícita na Grande Comissão que lhe foi outorgada por Cristo. Vários textos dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos falam da abrangência ilimitada da missão profética da Igreja (Mt 28.1 8-20; Mc 16.1 5-20; Lc 24.46,47; At 1 .8).

Essa missão profética de pregar o evangelho tem seu alicerce na autoridade de Jesus. E função da Igreja proclamar a todos que se arrependam, para que sejam perdoados os seus pecados (Mc 1 .14), e possam ingressar no Reino de Deus.

2. O novo pacto de Deus (Ex 19.1,2; Ef 3.2-5). Da semente de Abraão, Deus suscitou Israel e fez um pacto com esse povo para ser o seu representante na Terra. Israel recebeu de Deus uma missão profética, mas falhou. Então, o Todo-Poderoso elegeu um novo povo constituído de judeus e gentios, estabelecendo através de seu Filho Jesus um novo pacto. Deste modo, as promessas de Deus a Abraão cumprem- se na Igreja (Ef 3.10,11; Hb 8.6).

III. A MENSAGEM PROFÉTICA DA IGREJA (AT 3.18-26)

1. Arrependimento (At 2.38; 3.19; 17.30). O arrependimento requer uma mudança completa na vida de rebelião e pecado do homem contra Deus, para uma nova vida de fé e obediencia ao Senhor Jesus ordenou que em seu nome se pregasse o arrependimento a todas as nações ‘ (Lc 24.47). A mensagem de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.1 7) e dos apóstolos (At 2.38) uma veemente chamada ao arrependimento: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1 .1 5). Uma igreja morna perde sua função profética e não prega o arrependimento dos pecados. Todavia, a Igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.1 5). não se associa ao mundo inconverso e perdido; ao contrário, conclama a todos que se arrependam e se convertam, para que sejam perdoados de seus pecados (At 3.19).

2. A segunda vinda de Cristo (vv.20,21; 1 Ts4.13-18). A pregação do evangelho pelos apóstolos anunciava o retorno triunfante de Cristo à Terra, como cumprimento da palavra profética anunciada pelos santos profetas do Antigo Testamento.

A missão profética da Igreja, portanto, inclui a proclamação do retorno triunfante de Cristo como juiz dos vivos e dos mortos (At 1 0.42; 1 7.31), não apenas dos cristãos, mas também dos pecadores.

IV. O SERMÃO DO TEMPLO, 7.1 - 29

Há uma quebra entre o capítulo 7 e os capítulos precedentes. O tema continua o mesmo, mas novas informações nos são apresentadas a respeito do profeta. Como pano de fundo do sermão está a atitude do povo em relação ao sistema de ofertas e o Templo. Jeremias revelou que havia algo tragicamente errado com a religião hebraica dos seus dias. Fica claro que o que falta é o que está no âmago da dificuldade de Judá. Assim, o sermão do Templo marca um importante ponto na carreira de Jeremias, porque ele coloca seu dedo no nervo religioso mais sensível da nação.

Os estudiosos têm debatido a relação entre os capítulos 7 e 26. Alguns acreditam que o capítulo 26 apresenta os resultados do sermão no capítulo 7 e prova, sem dúvida alguma, que o sermão aqui foi anunciado no primeiro ano de Jeoaquim (608 a.C.). Outros estão igualmente seguros de que o sermão foi pronunciado nos últimos anos de Josias, e que Jeremias repetiu os sentimentos em uma data posterior, no capítulo 26. Há bons argumentos a favor das duas posições, mas a primeira parece mais convincente.

V. As Desilusões de uma Consciência Endurecida (7.1-15)

Deus comissionou Jeremias a proferir uma mensagem para o povo de Judá à porta do Templo. Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá (2) sugere que a ocasião era uma festa religiosa nacional, uma em que todo o reino participava. O profeta primeiro roga ao povo para melhorar os seus caminhos (3), i.e., para ser genuíno e sincero no seu arrependimento. Ele então esboça o que isso significava na prática: Não vos fieis em palavras falsas (4), sejam justos uns com os outros, não oprimam o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramem sangue inocente, nem andem após outros deuses (6).

Seu tom é conciliatório e encorajador. O resultado: eles permaneceriam na terra e habitariam em paz (7). Jeremias assegura ao povo que os pensamentos de Deus em relação a eles são bons. No entanto, à medida que o profeta apregoa o seu sermão muda seu tom quando lembra a nação dos seus pecados. Eis que vós confiais em palavras falsas (8). [...] Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério [...] e andareis após outros deuses (9). Depois de ter quebrado a lei de Deus eles tiveram a audácia de vir ao Templo — esta casa, que se chama pelo meu nome (11) — e dizer: “Estamos seguros! ’, seguros para continuar com todas essas práticas repugnantes” (19, NVI).

Eles estavam na verdade fazendo da casa de Deus uma caverna de salteadores (11; veja Mt 21.13; et al.). Eles também estavam trabalhando com a desilusão de que, visto que o Templo era o lugar de moradia de Deus, Ele nunca permitiria que o Templo fosse violado; portanto a nação estava segura. Eles achavam que podiam dizer:

Templo do SENHOR, templo do SENHOR (4), e com essa fórmula mágica proteger-se de qualquer tipo de desastre. Eis que vós confiais em palavras falsas (8) sugere que os falsos profetas tinham colocado essas idéias na mente do povo. Essas noções, no entanto, são as ilusões de uma consciência endurecida, e o tipo mais vil de superstição religiosa. Retrocedendo na história de Israel, Jeremias os lembra de Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome (12). Siló tinha sido um lugar de adoração durante o período dos juízes, mas quando o povo fez da arca um fetiche (1 Sm 4.34ss), a vila foi destruída. Deus disse: Vede o que lhe fiz (a Siló), por causa da maldade do meu povo. [...] Farei também a esta casa (o Templo) E...] como fiz a Siló (12, 14).

Com essa predição, Jeremias tocou no nervo mais sensível da vida religiosa do povo. Eles reagiram (veja o cap. 26) com ressentimento e ira, porque Jeremias expôs sua auto- ilusão e sua pobreza moral. Para satisfazer seus próprios desejos depravados, o povo foi tentado a fazer uma imagem de Deus, e reduziram os preceitos morais dele a ilusões supersticiosas. Aqui está uma tendência inerente da natureza caída do homem (Rm 1.22ss).

Deus declarou: Vocês não estão seguros como acham que estão. Eu vos arrojarei da minha presença, como arrojei a todos os vossos irmãos [...] de Efraim (15). Essa referência aqui é ao exílio do Reino do Norte, que já havia acontecido (721 a.C.), e também é uma predição clara do exílio de Judá. A auto-ilusão sempre termina em tragédia e desolação (cf. Mt 23).

VI. Proibido de Interceder (7.16-20)

Era necessária uma coragem incomum para uma pessoa sensível como Jeremias proclamar uma mensagem tão devastadora. Ele involuntariamente começa a clamar em oração em favor da sua amada nação, mas Deus o proíbe de interceder: Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração (16). Deus ainda não tinha acabado com a sua acusação contra o seu povo, e a revelação também não tinha terminado.

Não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? (17). Os filhos [...1 os pais E...] as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus (18). O povo tinha se tornado completamente descarado em seu pecado, a ponto de estar oferecendo sacrifícios a outros deuses abertamente nas ruas.

A Rainha dos Céus evidentemente refere-se a Ishtar, a deusa de um ritual de fertilidade babilônico que havia sido importada por Judá. Ela é mencionada aqui para indicar a profundidade do pecado em que o povo havia caído. O ponto a que o povo havia chegado marca o início do fim dessa nação. Deus declarou: Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar (20); uma perversidade como essa não pode passar impune.

VII. Obedecer é Melhor do que Sacrificar (7.21-28)

Em seguida, Jeremias ataca o uso errado do ritual religioso. Ele deixa claro que a cerimônia religiosa sem o conteúdo ético é vazia. Se os sacrifícios não reforçavam ou fortaleciam a moralidade danação, não tinham valor algum. Isso vale para todo ritualismo na religião. A menos que a cerimônia religiosa formal (ou a cerimônia religiosa informal) reforce a moralidade e o viver santo, ela é um esforço despendido em vão.

Há um sarcasmo nas palavras de Jeremias: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne (21). Ele está dizendo: Vocês podem juntar seus holocaustos (que eram completamente devotados a Deus, e que ninguém deveria comer) com suas ofertas pacíficas (que era comidas pelos adoradores) e comê-los. Diante de tais circunstâncias seus sacrifícios não tinham valor religioso; eram apenas mera formalidade.

O versículo 22 tem sido interpretado de várias maneiras. De modo superficial, há uma dificuldade em conciliar nesse versículo a história hebraica com a prática religiosa. No entanto, quando o lemos no seu contexto, percebemos que ele simplesmente significa que a ordem principal de Deus não tratava de holocaustos ou sacrifícios quando tirou o povo da terra do Egito (21-22).

A ênfase principal naquela época foi: “Obedeçam à minha voz; então serei o seu Deus e vocês serão o meu povo” (lit.). As exigências morais de Deus sempre são importantes. O sistema sacrifical foi instituído com o propósito de promover a obediência moral e tornar Deus um fator real na vida do povo.

Em vez de obedecer às exigências morais de Deus, o povo começou a caminhar nos seus próprios conselhos (teimosia), no propósito do seu coração malvado (24) e tornou-se ainda mais perverso e pecador. Quando falharam em aprender do sistema sacrifical, Deus instituiu o ofício da profecia. Os profetas eram comissionados para auxiliar o povo no cumprimento dos requerimentos da lei que tinham sido dados no monte Sinai: O povo agora tinha uma ajuda dupla: as lições práticas no viver santo apresentadas pelo sistema sacrifical e a pregação dos profetas. Moffatt interpreta todos os dias madrugando e enviando-os (25) como indicando a profunda preocupação de Deus:

“Tenho enviado a vocês todos os meus servos, os profetas, zelosa e sinceramente”. Ao invés de ouvir a uma dessas “mediações de ajuda”, eles não me deram ouvidos, nem inclinaram os ouvidos, mas {...] fizeram pior do que seus pais (26). Eles endureceram a sua cerviz, i.e., se tornaram mais teimosos. Agora Deus cuida para que não dêem ouvidos nem respondam (27) quando Jeremias lhes falar. Por conseguinte, o profeta deve transmitir o seguinte veredicto: Uma gente é esta que não dá ouvidos à voz do SENHOR, 1...] e não aceita a correção (28). Agora a única coisa que os aguarda é juízo e destruição.

VIII. A Ironia da Retribuição do Pecado (7.29 )

Corta o cabelo da tua cabeça (29) parece ser dirigido à filha de Sião, i.e., Jerusalém, visto que o verbo está no feminino. O restante do versículo indica que o corte de cabelo é um ato de pranto e luto. Esse ato pode se referir ao cabelo dos nazireus, que era um símbolo da sua consagração a Deus. Jerusalém, como cidade, era considerada “um nazireu para Deus, que precisa agora cortar seu cabelo e ser profanada, degradada e separada de Deus”. O SENHOR rejeitou e desamparou a geração do seu furor — “a raça que o suscitou à ira” (Smith-Goodspeed); havia, portanto, amplo motivo para prantear.

IX. A BÍBLIA, UMA MENSAGEM ATUAL

Deus, na Sua presciência. estabeleceu Sua Palavra, de modo que ela abrange o passado, o presente e o futuro. As necessidades dos homens durante toda o tempo, tem sido as mesmas durante sua existência na terra. Somente uma palavra atual, poderia suprir estas necessidades humanas.

Em Hebreus 4.12, encontramos o que é a Palavra de Deus, viva e eficaz, em Sua Mensagem, Seu Poder, cumprindo-se a cada dia na vida daqueles que a procuram como verdadeiro refúgio em dias de tempestade, (Is 32.2).

X. A BÍBLIA TEM MENSAGEM PARA OS NOSSOS DIAS

A Bíblia define os dias de hoje como: dias maus, (Ef 5.16), de aflições, tempos trabalhosos. Temos visto o clamor do povo e até mesmo da Igreja, face aos acontecimentos mundiais. A primeira grande mensagem da Bíblia para nós é sobre a Fé. A Bíblia é um Livro de fé. Em todas as Suas páginas, temos lições de fé.

A fé Bíblica dissipa todas as coisas: incertezas, dúvidas. temores, angústias. depressões, num mundo onde as pessoas andam tateando. A fé vê o invisível, (Hb 11.27). Quando muitos estão caindo e se prostrando diante das situações, os que tem fé estão de pé, (II Co 1.24). Onde encontrar fé num mundo de incredulidade? Na Palavra de Deus. Busque na Bíblia, a fé que você precisa para vencer o mundo (I Jo 5.4).

Outra grande mensagem Bíblica para os dias atuais é a mensagem do revestimento espiritual. Muitas pessoas tem fé, entretanto não estão revestidas. O apóstolo Paulo afirma em Efésios 6.13: "Portanto tomai toda a armadura de Deus". Fé sem revestimento, muitas vezes nos traz decepções. Todas os homens de fé que a Bíblia registra, precisaram do revestimento de Deus para a peleja, (At 6.8,55).

O mundo atual, é um mundo vazio. São corações vazios de Deus, e muitas vezes, cheios do Diabo. Somente uma Igreja revestida pode encarar este mundo. Muitos cristãos tem reclamado que os dias atuais são dias de muita carne. A Bíblia diz em Romanas 13.14, "Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências". Revista-se do Senhor Jesus, através da Sua Palavra. da oração, da adoração e da comunhão.

Os nossos dias são dias de muita procura espiritual. Temos visto como os templos estão cheios de pessoas na busca de algo que satisfaçam suas necessidades. Duas grandes necessidades: a fé e o revestimento do Espírito Santo. Jesus disse aos discípulos "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lc 18.8). Não esqueça o revestimento que Deus tem para dar (I Ts 5.8).

XI. A BÍBLIA TEM ESPERANÇA PARA NOSSOS DIAS

Uma outra grande mensagem da Bíblia para os dias atuais é sobre a esperança. Deus é Deus de esperança, (Rm 15.13), e gostaria que Seus filhos fossem cheios de esperança. Vemos porém o contrário, vidas desesperadas, sem Deus, estranhos à tudo que é espiritual, (Ef 2.12).

Esperança é uma dádiva de Deus, que nem todos conhecem. Jeremias, o profeta das lágrimas disse: "Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor", (Lm 3.26). Esperança é motivo de alegria na vida daqueles que a têem. Nas referências Bíblicas, a esperança produz uma série de bênçãos, (Jr 17.7,8). O mundo em que vivemos necessita urgente de mensagens de esperança. (Jó 8.13). Sem ela o mundo tem vivido em constantes sofrimentos, (I Ts 4.13).

Cabe portanto à Igreja, portadora dessa grande mensagem, divulgá-la com todas os recursos passíveis, pois esperança é uma das virtudes que permanecem, (I Co 13.13). É algo que incentiva a viver na presença de Deus. Esperança para os salvos é vida, é regeneração. Fomos regenerados para uma viva esperança, (I Pe 1.3).

Esperança que precisa ser explicada àqueles que procuram saber sua razão em nossas vidas. A esperança dos salvos tem uma razão, (I Pe 3.15), razão que leva-nos a viver uma vida de santificação na presença do Senhor, esperando-O a cada dia (I Jo 3.3). pacientemente como o lavrador espera pelos frutos. Finalizando, podemos entender que a vida eterna em Cristo Jesus, torna-se o maior resultado da esperança na vida do cristão, (Tt 1.2).

XII. A BÍBLIA TEM SALVAÇÃO PARA OS NOSSOS DIAS

O que mais precisa o mundo moderno? Temos visto que em quase todas as áreas da vida humana tem havido progresso. Nas ciências o homem tem desenvolvido os mais assustadores inventos tecnológicos, e assim por diante. Entretanto, na área moral, pessoal, social, familiar e afins, o homem necessita de salvação. E salvação é com a Palavra de Deus. Não vamos encontrar outro livro, que nos mostre de maneira tão simples e clara tudo que precisamos para nos tornar salvos.

A Bíblia mostra que salvação é um ato de fé, (Ef 2.8), da parte do homem; e um ato da graça, da parte de Deus. Em suma, o homem entra com a fé, Deus o encontra com a graça, (At 16.31). Precisamos mostrar àqueles que estão perto de nós, que salvação é coisa necessária aos dias de hoje. Salvação é uma palavra abrangente, pais quando somos salvos, sentimo-nos seguros em Deus, (SI 91.1), de todo o poder do pecado contra nossas vidas, (Rm 6.14). Somos resgatados acima de tudo, das garras do Diabo.

A Bíblia diz em Atos 26.18 que o Senhor Jesus nos livrou do poder de Satanás, e nos converteu a Deus, Tal experiência tem acontecido hoje, em nossos dias com milhares de vidas, que, dantes presas, agora libertas em Cristo Jesus, foram livres do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, (Gl 1.4).

Salvação abrange também o futuro. A Bíblia nos diz sobre a ira vindoura, quando Deus estará julgando os atos dos homens dissolutos e maus que desprezaram Sua Salvação em Cristo, (Rm 2.5), e salvando de maneira gloriosa e poderosa, todos àqueles que em Cristo, fizeram confissão de sua fé em Deus, (Rm 10.10).

Esta salvação final é descrita na carta aos Romanos cap 8, quando Paulo diz: Parque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora, e continuando, Paulo afirma que não somente a criação mas todos nós que temos as primícias do Espírito, também gememos esperando a redenção do nosso corpo. Esta redenção final se dará no Arrebatamento da Igreja, quando seremos transformados à semelhança do corpo de Jesus, (Fp 3.21), e estaremos para sempre com o Senhor.

XIII. A BÍBLIA TEM SANTIFICAÇÃO PARA NOSSOS DIAS

A santificação Bíblica é um dos aspectos de nossa salvação em Jesus Cristo. Uma vez salvos, devemos buscar a santificação. Ela aparece na Bíblia não como um mandamento apenas, mas sim como, a vontade de Deus, (I Ts 4.3). Santificação tem estado nos propósitos eternos de Deus. Paulo afirma em Efésios 1.4, que antes da fundação do mundo, Deus planejou nossa santificação.

Santificação é coisa tão séria, que o escritor aos hebreus escreve numa linguagem clara e fácil: "Sem santificação, ninguém verá o Senhor." (Hb 12.14). Assim sendo, quando o povo de Deus se reúne, Deus nos vê como uma congregação de santificados, (SI 89.7). A oração do povo de Deus é uma oração de santificados, que desejam a cada dia mais e mais de seu Pai celestial, (Mt 6.9).

A vida do povo de Deus é uma vida de santificados, pois a cada dia esperam a volta do Senhor Jesus, (Fp 4.5). Infelizmente, hoje em dia, muitos tem desprezado a santificação. Cremos ser isto uma investida do inimigo na vida do povo de Deus. A falta de santificação em muito tem atrapalhado a operação de Deus no meio do Seu povo, (Js 3.5). A Santificação começa no interior do crente. É obra do Espírito Santo, que deseja nos preparar a cada dia para o arrebatamento da Igreja. (I Ts 5.23).

CONCLUSÃO

Segundo o texto de 1 Pe 2.9,10, a igreja deve cumprir plenamente o seu tríplice ministério: real, sacerdotal e profético, para que a sua missão satisfaça o projeto de Deus na Terra. Prezado leitor, ao concluirmos esta leitura, vimos claramente o deseja de Deus para nossas vidas através da Sua Palavra. A Bíblia continua atual em Suas Mensagens, porque as necessidades dos homens são as mesmas em todo o tempo. Esperamos que você faça uso dessa tão poderosa Palavra, para ajudar tantas vidas que carecem de Deus. Essas pessoas não estão longe, elas estão perto de nós, no nosso dia a dia, e esperam de nós uma palavra de vida eterna

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Comentário Bíblico Beacon Lições bíblicas CPAD 2007 www.pilb.t5.com.br