25 de outubro de 2017

A Obra Salvífica de Jesus Cristo


A Obra Salvífica de Jesus Cristo

TEXTO ÁUREO = "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." (Jo 19.30)

VERDADE PRÁTICA = A obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de "Pai".

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 27.29,30: Um evento de humilhação em nosso favor

Terça - Mt 27.39,40: Blasfemado por nossa causa

Quarta - Lc 23.34: O perdão imerecido, Jesus ofereceu na cruz

Quinta - Ef 2.13,14: Pelo sangue de Cristo nos aproximamos de Deus

Sexta - Rm 3.24: Fomos justificados mediante a obra salvífica de Cristo

Sábado - Gl 2.18-20: Fomos crucificados com Cristo: vivamos uma vida santa

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – João 19. 23-30

23 Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.

24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas.

25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.

26 Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

29 Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha chegaram à boca.

30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

HINOS SUGERIDOS: 45,196, 533 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Explicar que a obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de Pai.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I - Apresentar o significado do sacrifício de Cristo;

II- Explicar como se deu a nossa reconciliação com Deus;

III- Discutir a respeito da redenção eterna.

INTRODUÇÃO

Quando pensamos na obra salvífica que Jesus realizou, é comum lembramos em primeiro lugar da cruz que ele carregou e onde foi crucificado. É fato que não podemos desprezar outros aspectos da vida de Cristo como seu nascimento, seus ensinamentos, seus milagres e etc. Mas, podemos afirmar que a cruz é o cerne de sua obra salvífica, já que foi através dela que nosso Senhor se ofereceu em sacrifício pelos pecados de seu povo. “Foi também na cruz, por meio da cruz, experimentando a cruz, que Jesus como Cristo realizou a obra de Redenção e uniu seu povo para a eternidade”.

O SACRIFICIO DE JESUS

Assim, Jesus é o sacrifício perfeito, pois ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). O Cordeiro de Deus puro e imaculado é perfeito porque ele não conheceu pecado (2 Coríntios 5.21; Hebreus 4.15; Hebreus 7.26). Por isto pôde oferecer-se a si mesmo. Sua oferta é perfeita e agradável diante do Pai. Ele o fez porque quis, por causa do seu grande amor para conosco, somente ele poderia oferecer um sacrifício perfeito, o seu próprio corpo. Ele ofereceu sua própria vida por amor de nós (João 10.17-18).

Jesus é também o sacrifício eficaz. Sua morte foi aceita por Deus como expiação pelos nossos pecados. Seu sacrifício se torna totalmente eficaz para todo aquele que nele crê. Seu sangue derramado naquela cruz nos purifica de todo pecado, pois “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9.22; Mateus 26.28; Atos 10.43).

Em Cristo, pela fé, somos redimidos dos nossos pecados.  Somente encontramos o perdão e a remissão dos nossos pecados mediante o seu sacrifício “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10.4).

Jesus é o sacrifício completo e definitivo. Sua oferta exclui todas as outras. Não há mais necessidade de sacrifícios: “está consumado” (João 19.30). Sua obra na cruz do calvário não somente é perfeita e eficaz, mas completa, suficiente e definitiva. Sua morte na cruz exterminou com o sacrifício de animais e com qualquer outro tipo de sacrifício. Uma vez para sempre. Assim Cristo se ofereceu por nós: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.24-28). Uma vez, uma única vez ele se ofereceu, não resta mais nada a ser feito a não ser crermos no seu grande amor e recebermos tão grande salvação, pela fé.

O SACRIFICIO MERITÓRIO . "Farás também o altar de madeira de acácia, de cinco côvados será o comprimento, de cinco côvados a largura, e de três côvados a altura. Farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas formarão uma só peça, e o cobrirás de bronze. (Ex 27:1-2)

Material: Madeira de Acácia revestida de bronze. Com 4 pontas que formam uma só peça. Uma grelha como se fosse uma rede presa por 4 argolas.

Comentário: Era comum os altares antigos serem quadrados, isso é verdade quando lemos 2Cr 4:1, pelas dimensões que mostram comprimento e largura iguais. O altar era a maior mobília do santuário. Usada para a adoração, sempre estava aberto aos israelitas. Para cristãos, o altar está cheio de significado e ensino espiritual, pois há muita história sobre altares na Bíblia.

A acácia é uma madeira dura, incorruptível, indestrutível que cresce no Deserto de Sinai. Retrata a humanidade de Cristo de que veio formosamente e era sem pecado na sua natureza humana (Hb 4:15; 7:26). A indestrutibilidade da madeira fala de Cristo resistiu o fogo da crucificação (Jo 10:18).

Os metais que cobrem a madeira tipificaram a retidão divina e julgamento de Cristo, o íntegro (1Jo 3:5), que levou o julgamento divino de Deus e se tornou pecado por nós (2Co 5:21).

Como os Israelitas foram salvos da morte quando olharam para a serpente de metal, assim, todos que confiam em Jesus Cristo serão salvos (Jo 3:14-15). O aparecimento de Cristo à João na Ilha de Patmos com "pés como bronze" (Ap 1:15) fala-nos do caráter judicial sobre àqueles que não o aceitam como sacrifício substituto.

O altar de bronze foi posto para sacrifício. Sem sacrifício, não poderia haver nenhuma compensação para o pecado (Lv 17:11; Hb 9:22). Sobriamente, os Israelitas trouxeram os oferecimentos prescritos sem defeito. O ser sacrifício queimado no altar como um doce aroma para Deus (Lv 1:9) tipificou Cristo quando foi oferecido "um sacrifício a Deus como aroma suave".

A localização deste altar fala-nos que antes de se passar ao templo, teria que se oferecer um sacrifício de sangue no altar de bronze. Hoje, ser recebido por Deus só pode se dar passando pela morte sacrificatória de Cristo (1Tm 2:5; Hb 9:15).

Chegar ao tabernáculo sem oferecer um sacrifício no altar significava morte certa. Se nós rejeitarmos o sacrifício meritório do trabalho de Cristo na cruz, nós seremos separados de Deus e o resultado será o mesmo, a morte eterna (Jo 3:36; 1Jo 5:12).

O altar de sacrifícios é o lugar de morte, é a primeira coisa que se via ao entrar no santuário, é o primeiro encontro do ser humano com o plano da redenção, o lugar onde deve-se morrer. Símbolo dos pés da cruz, que é o local onde devemos deixar tudo. "Se alguém quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me" Mt 16:24.

É neste altar que Deus trata com os "Isaques da vida". Você já pensou porque o Senhor pediu o filho a Abraão? Porque o filho ocuparia um lugar que só a Deus pertencia, Isaque começaria a entrar no coração de Abraão e até mesmo "Isaques" não podem ocupar este espaço, o nosso coração diz Deus, deve ser só meu. Portanto se algo tende a ocupar este espaço o Senhor diz em Mt 10:37 "...quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.

O altar de sacrifícios era elevado em um montículo de terra, mais alto que outras mobílias, esta é uma projeção de Cristo, nosso sacrifício erguido para cima na cruz, num local mais alto, o Gólgota, "... importa que o filho do homem seja levantado" Jo 3:14. Havia chifres neste altar, chifres eram um símbolo de força e poder em tempos bíblicos. O sacerdote ao tocar de leve nas pontas do altar mostra o poder do sangue para reconciliar o pecador. Há poder regenerador no sangue de Jesus Cristo. Representa o calvário, onde Cristo deu sua vida em sacrifício contínuo. As ofertas que eram feitas diariamente, pela manhã e pela tarde, são símbolos de Jesus, que está a disposição 24h por dia, queiramos nós ou não. Estes sacrifícios eram feitos em fogo lento para que durassem até a tarde, hora nona (15h) quando o outro chegava. O sacrifício da manhã expiava os pecados da noite e os da noite os pecados da manhã.

A oferta era cortada em pedaços pois simbolizava o que está escrito em Is 53 "...foi moído por nossas iniqüidades". É o primeiro estágio da vida do cristão, a justificação, o momento em que chega aos pés da cruz. O altar de holocausto, com seu sangue derramado, representa a grande verdade evangélica da expiação do pecado por meio do sacrifício de Cristo (Is 53:4-7,10, Hb 13:10-12; 1 Pd 1:18,19; Ap 5:9). A posição deste altar, junto à porta do átrio, numa posição onde seria a primeira coisa que o pecador veria ao entrar ali, indica que a primeira necessidade do pecador é que seus pecados sejam lavados pelo sangue de Cristo (Hb. 9:13,14; 1 Jo 1:7; Ap 7:14), e que até que se faça isso, não deve nem sequer adorar a Deus, nem mesmo entrar em sua presença (Hb 9:22). O altar era uma testemunha da culpa do homem e de sua necessidade de expiação e reconciliação; logo lhe assegurava que isto já era possível (Jo 1:29; Rm 5:10; 2 Cr. 5:18, 19). Existe um fato interessante, assim como os cordeiros da Páscoa eram comidos e depois sacrificados, alguns dos cordeiros mortos também foram comidos. Não foi nenhuma coincidência que na noite antes da Páscoa quando Jesus foi crucificado, Ele "tomou o pão, deu graças e disse: comam, este é o meu corpo" Mt 26:26, mais tarde ele morria pela raça humana. O próprio Jesus é o cordeiro de Deus e o cordeiro da páscoa.

Tipos de ofertas que eram oferecidas: Cordeiro Macho (Ex 12:5); Novilho (Nm 8:8); Ovelha (Lv 5:6); Pombinha ou rolinha (Lv 12:6); Cabrito (Ex 12:5); Boi (Lv 4:10); Cabra (Lv 4:27-35); Bode (Nm 29:5); Aves (Lv 14:1-32); Novilha Ruiva (Nm 19); Novilha que nunca trabalhou (Dt 21:1-9); Cordeiro (Lv 14:10); Bezerro (Nm 29:8); Cordeira (Lv 14:10).

Ofertas queimadas: Ao Israelita querer demonstrar sua consagração. O animal era queimado por completo, tirando apenas o couro. Lv 1

Ofertas pacíficas: Ofertas voluntárias, ação de graças, votos. Queimava a gordura no altar, o peito e a coxa direita ficavam para o sacerdote, depois havia um banquete com o resto da carne para demonstrar alegria. Lv 3

Ofertas pelo pecado e pela culpa: Em busca de perdão, aqueles pecados que aconteciam de forma "ignorante". Não havia nenhuma oferta para os que pecavam voluntariamente, devia-se restituir aquele a quem foi a vítima, então a oferta pela culpa esta ali demonstrando que a situação tinha sido resolvida. Era considerado pecador atrevido aquele que afrontasse diretamente a Deus, pecando conscientemente, é eliminado do meio do povo. Lv 4-6

Quando a oferta tinha como motivo pecado e culpa, sendo o transgressor o próprio sacerdote e toda a congregação, levava-se o sangue para dentro do santuário, para aspersão 7 vezes diante da cortina do véu, então a carcaça do animal era queimada fora do acampamento, mas a gordura ficava no altar de sacrifícios. Quando quem pecava eram os príncipes/chefes ou pessoas comuns, o sangue não entrava no santuário, era posto apenas nas pontas dos chifres e na base do altar de sacrifícios. A oferta era comida pelo sacerdote apenas quando o sangue não entrava no santuário e não era oferta pelo pecado. Mas lembre-se, o fato do sacerdote está comendo a carne, transmite-se simbolicamente as responsabilidades dos pecados para o sacerdote.

O SACRIFICO REMIDOR. A palavra grega se deriva do verbo que significa “libertar ante o recebimento de um resgate”. O redentor é Jesus Cristo, o parente remidor dos eleitos de Deus — “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lc 1.68). O preço que Jesus pagou em favor da redenção de seu povo foi o seu próprio sangue, derramado em sua morte, no lugar dos eleitos — “o Filho do Homem... veio para... dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E o Redentor é também, Ele mesmo, a redenção — “Cristo Jesus, o qual se nos tornou... redenção” (1 Co 1.30). Cristo redimiu seu povo do pecado e de tudo o que a ele se associa.

1. Cristo redimiu de todo pecado — original ou atual, público ou secreto, de comissão ou omissão, de pensamentos, palavras ou ações. “Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Rm 11.26,27; Is 59.20,21). “É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades” (Sl 130.8). Cristo “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).

2. Cristo nos redimiu da culpa do pecado — o pecado visto com base na justiça de Deus. “O Senhor resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado” (Sl 34.22). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7; Cl 1.14); “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). (Redenção é um termo legal e, por isso, está mais relacionado à nossa culpa do que à nossa corrupção.)

3. Cristo nos redimiu do poder do pecado — o domínio do pecado sobre os pecadores. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).

4. Cristo nos redimiu da punição do pecado — a penalidade de morte merecida pelo pecado, devido à transgressão da lei de Deus. Cristo profetizou a respeito dos eleitos de Deus: “Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?” (Os 13.14; cf. 1 Co 15.54, ss.) Portanto, “vindo... a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).

 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3.13). Por conseguinte, Cristo é o único que “da cova [destruição] redime a tua vida” (Sl 103.4).

5. Cristo nos redimiu da presença do pecado — um benefício a ser outorgado por Ele em sua vinda. O Espírito Santo é “o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade” (Ef 1.14). “Também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30). “ Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.27-28).

A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI

A nossa reconciliação tem a ver com a nossa inimizade contra Deus e a nossa alienação dele.[9] Assim, a reconciliação, propriamente dita, é a remoção desta alienação proporcionando uma relação harmoniosa e pacífica com Deus.

Esta idéia fica mais clara quando percebemos, por exemplo, a argumentação de John Murray, que expande a idéia. Ao comentar o texto de Romanos 5.11, uma das referências bíblicas centrais acerca da doutrina da reconciliação, ele afirma que na reconciliação o que se destaca não é a remoção da nossa inimizade contra Deus, pelo contrário, o verso supracitado salienta o fato de que Deus removeu de nós a alienação que havia da parte dEle para conosco.

Podemos também observa que esta reconciliação, ou a remoção da base da alienação, tem a ver com a não imputação das nossas transgressões. Ele diz “De modo que em sua misericórdia Deus recusou-se a levar em conta contra nós os nossos pecados ou exigir que sofrêssemos a penalidade deles.”[11]. Contudo, vale ressaltar que esses pecados foram imputados à Cristo. Portanto, cremos que somos plenamente reconciliados com Deus e aceitos por ele, porque nossos pecados foram imputados a Cristo e Sua justiça nos foi imputada.

Desse modo, podemos dizer que a Reconciliação é a obra do Pai através da qual Ele remove a alienação do pecado[12], libertando o homem de toda inimizade, por meio de Cristo. Assim, Deus remove a barreira tanto por causa da nossa rebeldia, quando por causa de sua ira. Devemos notar ainda que ao fazê-lo por meio de Cristo, Deus se revela como o verdadeiro Emanuel, ensinando-nos que toda a manifestação do seu amor pelo eleito tem seu fundamento no sacrifício de Cristo.

A ELIMINAÇÃO DA CAUSA DA INIMIZADE. Inimizade na Bíblia é estar em conflito ou em oposição contra outra pessoa, desejando seu mal. Inimigos lutam um contra o outro. A Bíblia diz que devemos ser inimigos do mal mas amar nossos inimigos humanos. A Bíblia diz que nosso verdadeiro inimigo é o diabo.

O diabo não quer nosso bem; ele quer nos destruir (1 Pedro 5:8). Ele é nosso inimigo porque está lutando ativamente contra nós. Por isso, devemos lutar contra o diabo e suas forças.

Vencendo a inimizade. Jesus veio para trazer reconciliação: com Deus e com outras pessoas. Quando ele morreu e ressuscitou, Jesus destruiu a barreira de inimizade criada pelo pecado (Colossenses 1:21-23). Agora podemos ser amigos de Deus!

Quando deixamos Jesus trabalhar em nossas vidas, ele nos ensina a perdoar e a viver em paz com outras pessoas. Ele nos ajuda a ver nossos inimigos como pessoas que também precisam dele, pessoas que devemos amar (Lucas 6:27-28). O amor de Jesus vence a inimizade e conserta

Vivificado em Cristo – Efésios 2:4-6. Nestes versos, encontramos a verdade mais importante em todo cristianismo. “Por causa de seu grande amor por nós, Deus deu-nos vida com Cristo.” No passado a vida não tinha esperança, agora podemos ter a promessa e segurança em Deus. A vida anterior era vazia e sem efeito, agora temos a alegria do Senhor e podemos começar a ser normal e desfrutar a vida com Ele ao nosso lado.

Olhando mais profundamente para esta passagem maravilhosa realizamos que estávamos mortos espiritualmente, por causa dos pecados e porque não estávamos livres do poder da nossa vida pecaminosa. Nascemos por natureza filhos da ira, e nos tornamos filhos de desobediência, depois de rejeitar Cristo quando atingimos à idade da responsabilidade.

Por causa do Seu grande amor por nós. . . Deus deu-nos vida com Cristo, quando admitimos que somos pecadores e que não podemos alcançar a vida eterna por nós mesmos – (Romanos 3:23).

Acreditamos em Jesus Cristo como Filho único de Deus que foi crucificado por nossos pecados – (Romanos 5:8). E confessamos que Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida – (Romanos 10:9), e Ele perdoou todos os nossos pecados. Então sendo sido salvos pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, os crentes são vivificados por escolher renascimento espiritual de acordo com o amor e a misericórdia de Deus. A salvação é uma escolha feita conscientemente por aqueles que procuram um relacionamento com o Pai divino e Seu filho Jesus Cristo.

Ser vivificados com Cristo significa experimentar a vida de Deus em nós; significa ser nascido de Deus por meio de Seu Espírito. O vazio em nossas vidas é preenchido com a alegria da salvação e somos completados quando somos levantados do túmulo do pecado, e estamos sentados com Ele nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Ser vivificado com Cristo significa que “somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” (Efésios 2:10)

Ser vivificado com Cristo significa que Ele veio viver em nós, e Ele se juntou a nós, e nós somos uma pessoa com Ele. O próprio Jesus nos ensinou: “Eu sou a videira, vós sois os ramos” (João 15:05). Assim como a videira e o ramo estão interligados compartilhando a vida juntos, então agora a nossa identidade não é mais em Adão, mas é em Cristo. Nós não somos mais seres humanos comuns, somos novas criações ligadas a vida de Jesus Cristo e estamos intimamente unidos a Ele, porque Cristo é a nossa vida.

REDENÇÃO ETERNA

O ESTADO PERDIDO  DO PECADOR. Quem são os ‘perdidos’ e como Deus os trata? A Bíblia diz em Isaías 53:6: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.” De acordo com esse texto todos nós andávamos desgarrados como ovelhas. A humanidade é essa ovelha que se desgarrou e se perdeu no pecado. Então Deus vai em busca do homem para salvá-lo e resgatá-lo do pecado. Sobre Jesus Cristo caiu a iniquidade de todos nós, para que por meio de Seu sacrifício substitutivo pudéssemos ser absolvidos de qualquer penalidade provocada pela transgressão da lei divina. A Bíblia diz que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Quando depomos nossa fé e esperança unicamente em Deus que pode nos salvar por meio do sacrifício que Cristo fez na cruz, somos resgatados, reconciliados e salvos.

Os ‘perdidos’ são muito importantes para Deus. No contexto da parábola da moeda, ovelha e filho perdidos, a Bíblia declara: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7). “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).

A REDENÇÃO DO PECADOR. Livramento de alguma forma de escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor (q.v.). Ato de remir, isto é libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Redenção é um conceito básico para a visão bíblica da salvação. No AT, a redenção está integralmente associada à vida familiar, social e nacional de Israel. Um indivíduo israelita podería agir como um redentor, pagando um resgate para a libertação de um escravo (Lv 25.48ss.), para recuperar um campo (Lv 25.23ss.), ao invés de sacrificar um macho primogênito (Ex 13.12ss.), e em favor de alguém que de outra forma seria condenado à morte (Êx 21.28 ss.).

Redenção significa que o próprio Deus, por meio do pagamento de um preço, nos perdoa e paga a nossa divida, dando-nos uma nova vida e a absolvição. Deus perdoa a nossa divida, e a condenação não mais se aplica a nós. Esse preço capaz de pagar a nossa divida altíssima foi a morte de Jesus Cristo na cruz. O sangue de Jesus foi o preço pago pelos nossos pecados. Nós é que deveríamos ser condenados e pagar com o nosso sangue, mas Jesus nos substituiu e foi condenado em nosso lugar para nos dar a absolvição dos nossos crimes (pecados contra Deus).

UMA REDENÇÃO PLENA. A condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1Co 15.19).

CONCLUSÃO:

Ao concluir esta mensagem, devemos refletir:

1) Grande foi o nosso resgate! Vivíamos sob o domínio do diabo e escravizados pelo pecado, sem qualquer possibilidade de escapar de tal situação por nós mesmos. No entanto, Deus interveio mediante Jesus e nos “...libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”, Cl 1.13-14.

2) Agora resgatados, salvos, colocados numa posição segura – “...e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”, Ef 2.6 – devemos amar intensamente nossos irmãos em Cristo. Devemos lembrar que o amor ao irmão nos é imposto como “mandamento” de Deus: “20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1 Jo 4.21.

A fé e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm 1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.

 

Por. Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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18 de outubro de 2017

Salvação: O Amor e a Misericórdia de Deus


Salvação  O Amor e a Misericórdia de Deus

TEXTO ÁUREO = 'Vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia."(1Pe 2.10)

VERDADE PRÁTICA = A partir de seu amor misericordioso, aprouve a Deus enviar seu Filho para morrer em lugar da humanidade.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 3.16: O amor e a misericórdia de Deus

Terça – Lm 3.22,23: A nossa existência é fruto da misericórdia divina

Quarta – 1Jo 3.16: Cristo deu a sua vida por nós, assim, devemos oferecer a nossa em favor dos nossos irmãos

Quinta – Rm 5.5-8: Cristo morreu em nosso lugar

Sexta – Ef 2.4,5: A grande benignidade de Deus por intermédio de Cristo

Sábado – Jo 1.10-12: O projeto redentor de Jesus, o Filho de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE I João 4: 13-19

13 Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito.

14 E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.

15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus.

16 E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.

17 Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo.

18 No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor.

19 Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.

HINOS SUGERIDOS: 27,310,411 da harpa cristã

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a salvação é resultado do amor misericordioso de Deus.

 

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico com os seus respectivos subtópicos.

I - Apresentar o maravilhoso amor de Deus;

II- Explicar a misericórdia de Deus no plano da salvação;

II – Analisar o amor, a bondade e a compaixão na vida do salvo.

INTRODUÇÃO

Nós fomos criados para o amor e temos um Pai que nos ama incondicionalmente. Esse amor nos proporciona, quando trilhamos o caminho com Ele, viver a misericórdia, independente da nossa natureza pecadora, a qual herdamos de Adão. O amor de Deus nos cura de tudo. Entender o amor de Deus em nossa vida é compreender que misericórdia é amor, é compreender que a compaixão de Deus para conosco é inesgotável. Mas não é compreender isso apenas para usufruir, mas levar esse amor àqueles que padecem por falta dele.

O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS

O amor de Deus é objeto de inúmeros estudos e questionamentos. É algo profundo e extremamente valioso. É esse amor que nos mantém, ajuda e consola.

Deus é Amor. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. (1 João 4:8)

O amor de Deus é fruto de sua essência. Nós amamos. Deus é amor. A diferença é infinita. Por quê?

Tudo o que Deus cria, executa, fala, estabelece, etc, é fruto do seu amor. Até mesmo os juízos e a justiça. A Bíblia diz que Ele é Bondade, Justiça, Fidelidade, etc. Mas todos esses atributos derivam do seu amor.

Ou seja, dizer que Deus é amor é reconhecer que todas as suas atitudes são ditadas pelo amor.

O Amor de Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. (1 João 4:16)

O apóstolo afirma que Deus é amor. Logo, isso nos faz pensar que estar em Deus é estar diretamente ligado ao amor e estar ligado ao amor é estar ligado a Deus. Mas como ocorre essa conexão com o amor de Deus?

João diz que isso acontece por que conhecemos e confiamos (ou cremos) nesse amor de Deus. Aqui existe uma “via de mão dupla”: conhecer é crer, e crer é conhecer (Ver Estudo Bíblico Sobre Comunhão entre os Irmãos).

A fé gerada pelo Espírito Santo nos faz “entender em parte” o funcionamento desse amor de Deus. Essa revelação embora limitada (1 Coríntios 13:12) produz em nós a confiança da salvação, nos mostrando o que Deus tem feito por nós em Jesus Cristo.

Sem o reconhecimento da obra de Deus através da morte de Jesus na Cruz e da sua ressurreição, dificilmente conheceremos o amor de Deus. Permanecer nessa revelação, é permanecer no amor de Deus.

O amor de Deus não se revela em qualquer manifestação de amor ou relacionamento. Esse se revela na manifestação do amor que está em consonância com a personalidade de Deus, Sua Palavra e Sua Vontade. O amor de Deus se manifesta tanto quando ele age com bondade, como quando ele age com justiça, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam. Justiça e juízo também são manifestações do amor de Deus. O verdadeiro amor pune com o fim de preservar.

Deus de Amor. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. (Efésios 2:4,5)

Como já foi dito o amor de Deus é o responsável por todos os atos de Deus. Aqui ele produz a misericórdia. Que é abundantemente derramada sobre nós. Antes que o amor de Deus manifestasse a sua misericórdia, “estávamos mortos em transgressões”. Deus é quem nos dá o maior exemplo de altruísmo ao enviar Jesus como expiação para os nossos pecados. Dessa forma ele manifesta a sua misericórdia (compaixão) por nós. Isso veio impresso na alma de Jesus. “Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor (Mateus 9:36).

Amor de Deus por Nós. Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. (João 3:16,17).

O amor de Deus não é seletivo. Exclusivista. Deus não ama apenas aos espertos, ou de pele e olhos claros, ou mesmo os negros. Nem apenas aos pobres ou aos ricos. Nem mesmo, somente aos santos, como também aos pecadores.Ele ama todo o mundo. Isso ficou ainda mais evidente com o nascimento de Jesus Cristo. O propósito de Deus não é a condenação da humanidade. Ele enviou seu Filho Jesus para nos mostrar isso pessoalmente.

O amor de Deus não está à disposição de alguns, como afirmam algumas doutrinas teológicas. “Deus amou o mundo…”. E “enviou seu Filho… não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele”.

O Amor de Deus Nos Constrange. Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. (2 Coríntios 5:14)

Analisando o amor de Deus por nós o apóstolo Paulo chegou a uma conclusão: “o amor de Cristo nos constrange”. Ele se sentia impelido, impulsionado, catapultado a testemunhar sobre o amor de Deus revelado em Jesus.

Na verdade, todos nós devemos nos sentir assim. Ao observarmos o sofrimento de Jesus no Getsêmani, vemos o quão difícil foi o seu ministério. O quanto doeu nos salvar. O quanto ele precisou doar a si mesmo e abrir mão de tudo o que ele é. Tudo isso por mim e por você. Isso não te constrange? A ser melhor? Mais fiel? Mais consagrado? Dedicado?

UM DEUS MISERICORDIOSO

1. Misericórdia: o que é? Para entender o que é misericórdia, vamos começar a partir de Lucas 10:30-37. Lá, Jesus está usando uma parábola para responder à pergunta de um advogado a respeito de quem é seu vizinho: Lucas 10:30-37.

Em contraste com o sacerdote e o levita, o samaritano negou ser indiferente ao viajante quase morto. Em vez disso, ele teve compaixão por ele, mostrou-lhe graça e o ajudou. Misericórdia, portanto, é ter compaixão por alguém; para ajudar por amor sem esperar algo em troca. E o Senhor é muito rico na mesma. Como Efésios 2, caracteristicamente, nos diz:

 Efésios 2:4-6.  "mas Deus que é rico em misericórdia, por causa de seu grande amor com que nos amou, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntos, e nos fez assentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus, para que nos séculos vindouros Ele possa mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus. "

 Não foi o nosso valor ou o que poderíamos fazer que nos deu a salvação, mas a graça, o amor e a misericórdia de Deus. Como o viajante que os ladrões haviam deixado meio-morto, assim também nós estávamos mortos em nossos delitos. Religião, filosofia e tudo o mais não poderia nos ajudar. Eles passaram por nós como o levita e o sacerdote. No entanto, o Senhor ", que é rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo." Ele estendeu sua mão e "nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor "(Colossenses 1:12-13). Como I Pedro 1:3 nos diz:

 I Pedro 1:3. "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que segundo a Sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos".

 Romanos 5:8.  "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, no fato que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós."

Estávamos mortos. Ele estava cheio de amor, misericórdia e compaixão. Ele estendeu a mão e fez-nos vivos. Ainda que indigno, Ele nos fez dignos. Embora pecadores, Ele nos fez justos. Embora Seus inimigos, Ele nos reconciliou com Ele mesmo. Embora no reino das trevas, Ele nos transportou para o reino do Filho do Seu amor. Realmente, quão grande é a Sua graça, amor e misericórdia para cada um de nós pessoalmeO PAI

O PAI DAS MISERICÓRDIA. II Coríntios 1:3: … o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação. A fonte da misericórdia e consolação é Deus. No sofrimento não devemos nos esquecer que Ele é O Pai das misericórdias e de toda consolação. Quando Paulo disse “toda consolação” é porque Deus pode consolar qualquer sofrimento. Não há algo tão doído que Deus não possa consolar. Nele há consolação e Misericórdia.

Deus consola através de Sua Palavra. A Bíblia é um verdadeiro bálsamo para a alma humana. São tantas passagens que apaziguam a alma e confortam em momentos difíceis. Muitas vezes preguei em sepultamentos palavras de consolo baseadas na Palavra. Outras tantas vezes pessoas encontraram orientação para tomar decisões acertadas na Palavra.

As orações são recursos de Deus para consolo. Foi o caso de Ana e de tantas outras pessoas em todas as gerações que tiveram seu semblante mudado depois que oraram. O próprio Espírito intercede por nós enquanto oramos para que haja consolo em nós.

Às vezes o consolo divino se manifesta através do próximo, palavra de aconselhamento, abraços, uma boa música. Na maioria dos casos é Deus manifestando sua consolação através do próximo. Eu sempre olho aquele versículo que fala que se meu pai, ou minha mãe me abandonar, Deus me acolherá, de forma horizontal. Afinal Deus vai acolher como? Através de alguém é a resposta.

O consolo de Deus se manifesta até fisiologicamente. O choro é um escape fisiológico dado por Deus ao homem. A expressão “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados” tem muitas aplicações, mas expõe também a natureza fisiológica do choro que após ser derramado proporciona certo alívio para aquele que chora.

A Bíblia toda conta a história de Deus sendo o consolador da humanidade. Jesus ao falar do Espírito Santo o chamou de consolador e alertou: não vos deixarei órfãos, ou seja, inconsoláveis, enviarei do meu Espírito e Ele será o consolador de vocês.

Precisamos fazer esta consideração durante o sofrimento. Deus é a fonte da verdadeira consolação. Tão preciosas foram as palavras de Cristo: Não se turbe o vosso coração, credes no Pai, credes também em mim. A fé neste Deus consolador apazigua a alma e consola.

A misericórdia de Deus. Nenhum homem merece a misericórdia de Deus. Nenhum homem pode reclamar a misericórdia de Deus por mérito. As Escrituras concluem: “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).

 As Escrituras do Velho Testamento mostram repetidamente os pecados do povo com afirmações tais como “nós pecamos,” “eu pequei” e “pecamos contra o Senhor”. João diz: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:10). E nos é dito, “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” (1 João 3:8).

O pecado é definido como “transgressão da lei” de Deus, revelada nas Escrituras (1 João 3:4). O povo do Velho Testamento tinha uma lei, dada por Deus através de Moisés e dos profetas. Ninguém guardou a lei, e pecou ao transgredi-la. O povo, agora, vive sob a lei do Novo Testamento dada por Deus através de Cristo, do Espírito e dos apóstolos. Quando deixamos de segui-la, pecamos, ao transgredi-la.

Tiago conta-nos os passos que conduzem ao pecado. “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:14-15). O homem peca porque deixa de resistir às tentações do diabo e, assim fazendo, viola a lei de Deus.

Este processo de sedução começou com o primeiro homem e a primeira mulher, pelo diabo (Gênesis 2:3), e continua até o dia presente. O homem foi, e é, culpado diante de Deus, e Paulo diz, “... naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).

Você percebe por que precisamos apreciar a misericórdia de Deus? O homem não tinha esperança de nada além da culpa do pecado. Ele era impotente para livrar-se do pecado porque não podia resistir às tentações do diabo. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5:8-9). É-nos dito que, sob a nova aliança, “... para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hebreus 8:12). Agradeçamos a Deus por sua misericórdia. Mas lembremo-nos que ainda que agora tenhamos esperança através de sua misericórdia em Cristo, ainda podemos pecar. A misericórdia de Deus não é incondicional. Assim como mostrou misericórdia a Israel e depois tirou-a, por causa da desobediência, ele nos promete o mesmo.

Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.

De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26-31).

Conhecendo a misericórdia de Deus, bem como nossa fraqueza da carne, advertimos a todos: “... guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 1:21), e a que “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).

MISERICORDIA COM O PECADOR. A misericórdia de Deus é demonstrada ao dar Seu Filho para morrer no lugar do pecador. Foi pela misericórdia de Deus “que o oriente do alto nos visitou”. Lucas 1:78. Foi misericórdia e não justiça que mandou Cristo Jesus para nos redimir da condenação da lei. Cristo não trouxe para nós a misericórdia de Deus, mas foi a misericórdia de Deus que O trouxe a nós. Cristo é o meio pelo qual a misericórdia chega a nós, mas Ele não é a causa. A morte de Cristo torna possível o outorgar das misericórdias do concerto por Deus de maneira a satisfazer a justiça, sendo Cristo o penhor de Seu povo. A misericórdia vem de Deus, mas somente através do Senhor Jesus Cristo.

A misericórdia é vista também na regeneração dos pecadores. Vivificar-nos quando ainda mortos em pecados foi certamente um ato de misericórdia, como também o foi a morte de Cristo em nosso lugar. Em Efésios 2:1-3, Paulo descreve o pecador como andando no curso deste mundo, de acordo com o príncipe das potestades, guiado pelo espírito que opera nos filhos da desobediência, sendo por natureza filhos da ira. Mas em seguida ele diz: “Mas Deus que é rico em misericórdia, pelo (por causa de) seu imenso amor com que nos amou, ainda quando mortos em pecados e ofensas, vivificou-nos juntamente com Cristo”. Isto não retrata o pecador fazendo algo que faça Deus regenerá-lo, mas retrata a misericórdia triunfando sobre a depravação humana.

Em Tito 3:5, lemos que não foi por obras de justiça nossas, mas segundo a Sua misericórdia que Ele nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo. E Pedro diz que foi de acordo com Sua abundante misericórdia que fomos gerados de novo para uma esperança viva. 1 Pedro 1:3. Como pecadores não fizemos nada para merecer nosso novo nascimento nem para merecer a morte de Cristo em nosso lugar.

Temos um exemplo concreto da misericórdia de Deus na regeneração de Saulo de Tarso. Ele atribuiu sua conversão à misericórdia de Deus. Ele diz que outrora blasfemava, perseguia e injuriava, “mas alcancei misericórdia”, ele exclama, “pois fiz isto ignorantemente em incredulidade”. Isto não indica que a ignorância e a incredulidade sejam base para a misericórdia, antes, evidencia que sua salvação foi um ato de misericórdia.

A ignorância e a incredulidade não podem merecer a salvação, portanto a salvação de Saulo foi um ato da misericórdia divina. Paulo era o principal entre os pecadores, mas alcançou misericórdia. Não há pecador perverso demais, que não possa receber a misericórdia da salvação.

AMOR, COM ADORAÇÃO A DEUS

O ser humano foi criado para adorar a Deus. A adoração não é só quando estamos na igreja, totalmente envolvidos com os louvores. Ela vai além das canções, além das palavras. Adorar é “prostrar-se” ou “curvar-se”, mas não precisamos andar curvados por aí para adorar a Deus. Temos uma vida de adoração quando vivemos em obediência e submetidos a Deus, com atitudes que o honram.

Adorar a Deus é mostrar que vivemos para servi-lo. É reconhecê-lo como nosso criador e expressar todo nosso amor por Ele. Deus é soberano, maravilhoso, perfeito e merece toda nossa adoração por quem Ele é.

Deus está a procura de verdadeiros adoradores que o adorem em “espírito”; e para isso temos que ter o Espírito Santo habitando em nós, para que seja uma adoração que venha do nosso interior e que não se limita a lugar nenhum. Podemos e devemos adorá-lo onde estivermos. Deus também procura aqueles que o adoram em “verdade”. Só iremos adorar Deus em verdade se conhecermos a sua Palavra, pois ela é a verdade (João 17:17), e é de acordo com ela que devemos adorá-lo.

A adoração só será possível se nós amarmos Deus de todo nosso coração. Se Ele for o nosso maior amor e se estivermos totalmente entregues a Ele. Caso contrário, se Ele não estiver em primeiro lugar na nossa vida, não será uma adoração em espírito e em verdade, pois provavelmente estaremos muito ocupados com nossos afazeres, deixando a comunhão com Deus de lado.

Quando o conhecemos e o amamos, sentimos prazer em adorá-lo. Queremos lhe agradar em tudo e vê-lo feliz conosco. Se Ele está procurando tais adoradores, vamos dizer: “Eis-me aqui Senhor”. E adorá-lo em espírito e em verdade, sempre.

Só Deus é digno de adoração. Não há mais ninguém e mais nada que mereça ser adorado, somente Ele. Quando o adoramos, Ele se alegra e nós também, pois quando vivemos em adoração estamos em comunhão com Deus a todo momento, e isso nos mostrará como é maravilhoso sentir a sua presença em nossa vida.  Ajudar alguém que precisa, ler a bíblia, evangelizar, louvar, fazer o bem, isso é uma vida de adoração. É uma vida que honre o nome de Deus, é viver no seu altar.

AMAR AO PRÓXIMO. A parábola do bom samaritano (Lucas 10:30-37) é um dos mais conhecidos ensinamentos de Jesus. A história apresenta quatro conjuntos de  personagens: O homem que foi roubado, espancado e deixado como morto. Quase nada sabemos sobre este homem, exceto que estava viajando de Jerusalém para Jericó. Não sabemos sua classe social, seu caráter, nem mesmo sua raça.

Não sabemos se ele tinha feito alguma coisa para merecer estes ferimentos. Não faz diferença: O amor ao próximo responde à necessidade, não à identidade da pessoa.  Os assaltantes. Eles se aproveitaram de sua vítima, tomaram o que puderam, e se desfizeram dela. Muitos hoje em dia olham para os outros do mesmo modo que os ladrões.

Procuram ganhar o que podem de alguém e depois não se preocupam mais com ele. Um sacerdote e um levita que estavam viajando pela estrada. Eles viram o homem ferido e se desviaram, passando pelo outro lado. A despeito da posição religiosa deles, evidentemente encontraram alguma desculpa para não ajudar. O samaritano. Um judeu poderia ter esperado que o samaritano tivesse sido o vilão da história. Mas Jesus mostrou que alguns dos desprezados samaritanos eram mais justos até mesmo que sacerdotes e levitas.

O que tornou o samaritano diferente? Ele teve compaixão pelo homem ferido. Os outros estavam tão absorvidos consigo mesmos que realmente não se interessaram por ele, mas quando o samaritano viu a vítima, ele teve compaixão dela. Ele se arriscou. O assalto mostrava vividamente que a estrada era perigosa. Mas ele parou, cuidou dos ferimentos do homem e levou-o a uma hospedaria para receber tratamento. Ele fez o que pôde. O samaritano não era um centro médico totalmente equipado. Ele não era médico. Ele não construiu nenhum hospital. Sem dúvida, havia outros que poderiam estar bem mais qualificados para ajudar se estivessem na cena. Mas este samaritano fez o que pôde com o que tinha. Ele tomou de seu próprio óleo e vinho e tratou os ferimentos. Ele usou seu próprio animal para transportar o homem. Ele pagou a estadia do homem na hospedaria e prometeu pagar quaisquer despesas restantes quando voltasse.

Jesus perguntou ao intérprete da Lei qual deles tinha-se mostrado ser o próximo do homem ferido. Ele respondeu corretamente que foi aquele que o tinha socorrido. O homem tinha aprendido que a identidade de nosso próximo não depende de lugar ou raça, mas que todo aquele que necessita de nossa ajuda é nosso próximo. De novo, Jesus ordenou ao homem: "Vai e procede tu de igual modo" (Lucas 10:37). O amor precisa ser praticado, não admirado.

Jesus concordou que amar a Deus e amar ao próximo são as coisas que temos que fazer para ir para o céu. Em outra ocasião ele disse que estes são os dois maiores mandamentos (Mateus 22:37-39). É impossível ressaltar demais estes dois princípios. Contudo, o amor é pouco entendido e ainda menos praticado. Muitos vêem o amor como uma sensação, um sentimento ou emoção. Uma vez que têm uma bondosa disposição para com Deus e um espírito pacífico para com os outros, eles crêem que já cumpriram todas as responsabilidades do amor. Precisamos prestar cuidadosa atenção a estas ilustrações do amor porque elas nos ajudam a entender o que o amor realmente significa na prática.

 

O bom samaritano socorreu o homem necessitado. O amor é ativo. O amor vê aqueles que têm problemas --físicos ou espirituais-- e sente compaixão por eles. Muitas pessoas estão muito absorvidas consigo mesmas para se preocuparem com os outros e suas dificuldades. Para amar como o samaritano amou, precisamos esquecer de nós mesmos e nos comovermos com o sofrimento dos outros. Isso nunca é mais verdadeiro do que quando vemos pessoas que precisam de auxílio espiritual. Jesus viu as multidões como ovelhas sem pastor e sentiu compaixão por elas, ainda que ele mesmo estivesse exausto (Marcos 6:34). Ele partilhou ansioso a água viva com uma mulher imoral, a despeito de sua própria fome, sede e fadiga (João 4).

O amor aceita riscos para ajudar os outros. Algumas vezes o maior risco que tememos é a rejeição. Se outras pessoas desprezarem nossas tentativas para ajudá-las, sentiríamos feridos. Assim, buscando isolar-nos do risco de ter nosso ego arranhado, evitamos aproximarmo-nos delas. É arriscado convidar um vizinho a ler a Bíblia conosco, chegar a um irmão e reprová-lo, ou desafiar um amigo com respeito à vida dele. O amor arrisca rejeição para ajudar os outros.

O amor faz o que pode. Não podemos fazer tudo o que alguém possa precisar, mas podemos fazer alguma coisa. Não temos todas as respostas, mas temos algumas. O amor serve.

Maria escolheu a boa parte e essa escolha demonstrou seu amor por Jesus. Nossas escolhas sempre demonstram o que amamos. E uma coisa é certa: escolhas serão feitas porque ninguém pode fazer tudo. Algumas coisas que, por si mesmas, são boas e apropriadas, terão que ser omitidas. O que escolheremos? Algumas pessoas escolhem o urgente em vez do importante, fazendo as coisas que precisam ser feitas imediatamente em vez das coisas que são muito mais valiosas a longo prazo.

Uma vez que muitas tarefas espirituais (coisas como orar e estudar) podem ser feitas a qualquer tempo, elas tendem a ser postas de lado enquanto nos concentramos em atividades com limite de tempo. Alguns escolhem as coisas que são visíveis em vez das coisas que as pessoas não podem ver. Uma vez que as atividades espirituais não são percebidas pelos outros, elas podem ser facilmente negligenciadas. Marta recebeu bem a Cristo, porém não escolheu a boa parte. Tinha tantas outras coisas que a sobrecarregavam e preocupavam que não teve tempo para senar-se e ouvir Jesus. O tempo que gastamos com Jesus é um sinal de quanto o amamos. O amor é a chave para herdar a vida eterna. Amamos a Deus? Amamos nosso próximo?

AMOR COMO SERVIÇO DIACONAL

Trabalhar para Deus tem um sabor muito especial mas não é fácil, pois temos que renunciar muitas coisas. Todos os crentes são chamados para servir, pois fomos criados para servir! Encontramos este texto precioso na Bíblia: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. Efésios 2:10

O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço voluntário. Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:28.

Servo não é um título que se ganha, mas sim um estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou. Temos que sentir em nosso coração uma urgência em relação ao mundo sobre a salvação que há em Cristo Jesus, para então levarmos as Boas Novas àqueles que ainda não O conhecem. Nossa oração deve ser: "Senhor, usa-nos para a Tua glória e para ajudar as pessoas que necessitam de nós". Esse desejo deve nos consumir todos os dias e deve ser o clamor do nosso coração!

 Fomos criados para dar nossa contribuição em favor do mundo e não apenas para consumir os produtos existentes no mundo. Deus nos criou para fazermos a diferença! O que importa não é quanto tempo vivemos mas sim como vivemos. Deus nos diz que fomos criados e salvos para servir e que recebemos dons e que fomos moldados para servir.

CONCLUSÃO

O amor de Deus é a mola propulsora de todas as suas decisões, ações, criações, etc. Tudo o que Deus faz é com base no seu amor. Não é à toa que a Escritura declara que Deus é amor.

Deus nos ama de forma profunda, intensa, calorosa e demonstrou isso no nascimento, na vida, no ensino, na morte e na ressurreição de Jesus. Qual a importância do amor de Deus na sua vida? Que lugar ele ocupa? Como ele tem impactado você? Deixe seu comentário. Expresse sua opinião, será ótimo.

A misericórdia do Senhor e a compaixão para com Seus filhos é realmente sem medida, como a distância entre o céus e a terra. Nós somos vasos de misericórdia, vasos preparados por Ele para a glória! Ele cercou-nos com Seu amor e compaixão. Ele é rico em misericórdia. Para reiterar o convite de Hebreus 4:

O cristão verdadeiro não é apenas aquele que tem a verdade, mas é aquele que a ama e proclama com a vida e com os lábios. Portanto, de uma forma ou de outra, todos devem se envolver com a pregação do evangelho de Jesus Cristo de forma direta e indireta com a pregação, distribuição de materiais, livros, dvds, sites de evangelismo, estudos bíblicos, levantamento de interessados, produção de conteúdo cristão. Mas todos podem ser cristão no lar, no trabalho, na sociedade desenvolvendo os frutos do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22.

 

 

 

Por. Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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