APREDENDO
COM AS PORTAS DE JERUSALEM
TEXTO ÁUREO: Neemias 4. 6. Assim edificamos o muro; e
todo o muro se completou até a metade da sua altura; porque o coração do povo
se inclinava a trabalhar.
VERDADE
PRÁTICA - A crise, apesar de seu desconforto, sempre nos abre grandes e
oportunas portas.
Leitura Bíblica em Classe: Neemias. 3.1,2,3,6,13-15.
INTRODUÇÃO
A CONSTRUÇÃO EM
TEMPOS DE CRISE
Assim,
edificamos o muro, e todo o muro se cercou até sua metade; porque o coração do
povo se inclinava a trabalhar (Ne 4.6)
Na obra do Senhor é necessário
que haja união, esforço e amor para que a edificação tenha prosperidade. A
reconstrução dos muros de Jerusalém foi um grande desafio não só para
Neemias, mas para todos os que
desejavam ver o crescimento da Cidade Santa. Graças à bênção de Deus sobre os
trabalhos desenvolvidos, com união e amor, foi possível completar a obra, mesmo
com a oposição dos inimigos do povo de Deus. Neste capítulo, veremos como os
judeus se uniram naquele momento de grande dificuldade.
É uma lição que pode ser
aproveitada pelos que amam a obra do Senhor neste tempo de crise espiritual e
moral que avassala o mundo. Neste comentário, desejamos aplicar os significados
históricos e geográficos aos ensinos espirituais para a Igreja do Senhor, com a
edificação das dez portas e das torres da muralha de Jerusalém. Vemos também a
execução de um dos conceitos de administração que é a divisão do trabalho.
A união entre os que trabalham na
igreja local é fator indispensável para o sucesso da missão profética da Igreja
de Cristo. Essa missão foi expressa pelo Senhor na Grande Comissão quando ele
disse: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”
(Mc 16.15). Sempre foi difícil evangelizar, proclamar as Boas Novas de salvação
em todos os tempos e em todos os lugares. Para que esse alvo seja alcançado, é
indispensável a união entre os líderes e os membros da igreja. A construção dos
muros de Jerusalém, sob a liderança dc Neemias, evidenciou uma completa união
entre os edificadores.
O esforço dos que trabalham é
requisito primordial em qualquer obra que demande a construção, edificação ou o
desenvolvimento de qualquer atividade entre o povo de Deus.
Quando Deus chamou Josué para
assumir o lugar de Moisés, declarou-lhe: “Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu
farás a este o povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente
esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a
lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita
nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que
andares” (Js 1.6,7).
Na reconstrução dos muros de
Jerusalém, foi notável o esforço dos que se dispuseram a trabalhar. Além disso,
eles o fizeram com muito amor. Não havia o sentimento de individualismo, nem o
desejo de mostrar-se e nem o de reclamar posição na obra. Os edifica- dores
demonstraram desprendimento, ousadia e dedicação à difícil e penosa tarefa de
edificar sobre as cinzas e as ruínas dos muros.
O amor a Jerusalém foi a
motivação. Sendo assim, todo o esforço foi recompensado. Hoje, mais do que
nunca, a obra do Senhor por meio da igreja exige esforço, união e amor.
A Porta do Gado
e a Porta do Peixe
A
porta do gado.
Na Jerusalém cm construção, essa porta era utilizada para a saída e a entrada
dos animais usados na celebração do culto a Deus no grande Templo reconstruído
no tempo de Esdras. De acordo com os estudiosos, essa porta situava-se na
“entrada mais oriental do lado norte das muralhas da antiga cidade de Jerusalém
(Ne 12.3 9; Jo 5.2)”) Por essa porta, que se achava queimada, e o muro
destruído, foi que se iniciou e se concluiu o circuito da reconstrução dos muros
(Ne 3.1,32) no sentido anti-horário. Em algumas versões bíblicas, no Novo
Testamento, é chamada de “Porta das Ovelhas”. Junto a essa porta, no tempo de
Jesus, havia o “tanque de Betesda”, onde Jesus curou o paralítico enfermo havia
trinta e oito anos (Jo 5.2-9).
Quem a edificou. A porta do gado
ou “porta das ovelhas” foi edificada sob a liderança do sumo sacerdote
Eliasibe, “com os seus irmãos, os sacerdotes, edificaram a Porta do Gado a qual
consagraram e levantaram as suas portas; e até a Torre de Meã consagraram e até
a Torre de Hananel” (Ne 3.1). Aqui, percebemos que os sacerdotes deram início à
reconstrução dos muros da cidade. É um ótimo modelo a ser seguido pelos
“sacerdotes” atuais que são os obreiros do Senhor, os quais devem dar o exemplo
na edificação espiritual da Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Entretanto, os sacerdotes ou os
pastores não devem dispensar o trabalho dos leigos na Casa do Senhor. O texto
diz: “E, junto a ele, edificaram os homens de Jericó; também, ao seu lado,
edificou Zacur, filho de Inri (Ne. 3.2). Isto é, junto ao sumo sacerdote houve
o generoso trabalho de outras pessoas igualmente úteis na edificação dos muros.
Nas igrejas pentecostais
históricas se reconhece o valioso esforço e trabalho dos leigos, incluindo
homens, mulheres, adultos, pessoas de todas as idades. Desde que sejam
convertidos, “os homens de Jericó” são úteis na obra do Senhor.
Aplicação
à igreja.
Nos dias atuais, nas igrejas cristãs, podemos dizer que a “Porta das Ovelhas” é
uma figura de Cristo, ou seja, a “Porta da Salvação”: “Tornou, pois, Jesus a
dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos
vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.
Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e
achará pastagens” (Jo 10.7-9).
Quando a “Porta das Ovelhas”, nas
igrejas locais, é objeto de zelo e dedicação, o rebanho do Senhor Jesus cresce
a cada dia não só em número, mas “na graça e conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).
Essa porta é de fundamental
importância, pois toda a vida cristã começa em Cristo e todo o desenvolvimento
da construção espiritual tem início no momento da conversão. Essa porta pode
ser queimada ou destruída quando a igreja local ou a denominação descuida-se da
pregação do evangelho de Cristo de modo genuíno e passa a pregar mensagens
heréticas que são comuns neste século. Na porta da salvação o centro é Cristo,
não o homem. Quando o homem tem preeminência, tem-se o “evangelho
antropocêntrico”, ou seja, o homem é o centro e Jesus fica de fora, como
ocorreu com a Igreja de Laodiceia (Ap 3.20). Como toda porta, a porta da
salvação precisa de cuidado, de zelo e manutenção.
A
porta do peixe (Ne 3.3). Era a porta vizinha à porta do gado. Segundo
estudiosos, essa porta ficava na muralha noroeste. Tinha esse nome pelo fato de
ser a porta de entrada e saída para os comerciantes que vendiam peixes em um
mercado próximo, mas fora da cidade. Essa porta dava acesso pelo muro
exterior.2 Em Sofonias 1.10, lê-se que a Porta do Peixe ficava na Cidade Baixa.
Quem
a edificou.
Foi edificada pelos “filhos de Hassenaá que emadeiraram e levantaram as suas
portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos. E, ao seu lado, reparou
Meremote, filho de Urias, filho de Coz; e, ao seu lado, reparou Mesulão, filho
de Berequias, filho de Mesezabel; e, ao seu lado, reparou Zadoque, filho de
Baaná. E, ao seu lado, repararam os tecoítas; porém os seus nobres não meteram
o seu pescoço ao serviço de seu senhor” (Ne 3.3-5).
Neste registro, dos edificadores
da Porta do Peixe, vemos que o trabalho tinha como cabeça “os filhos de
Hassenaá”, mas eles tiveram a cooperação de diversas pessoas. A expressão “ao
seu lado, reparou...” indica que houve um trabalho cooperativo em que um grupo
de habitantes ajudava o outro na dificil tarefa da reconstrução. interessante é
que Mesulão era sogro de Tobias, um dos inimigos de Neemias ao lado de
Sambalate e Gesém, mas foi um homem de bem, que não se deixou levar pelos laços
de família a fim de fosse contra a obra do Senhor.
Também é digno o registro dos
homens de Técoa (tecoítas), que nem faziam parte da lista dos que voltaram do
cativeiro, contudo trabalharam na reconstrução dos muros. Certamente eram
pessoas que admiravam a obra do Senhor e tinham um apreço pela cidade de
Jerusalém. Sem dúvida, não ficarão sem o seu galardão (Mc 9.41).
De igual modo, há também uma
referência negativa sobre os “nobres” da cidade que não se dispuseram a ajudar
no árduo trabalho, pois diziam que “os seus nobres não meteram o seu pescoço ao
serviço de seu senhor”. Os “nobres” constituíam-se de pessoas de maior nível
social, talvez fossem intelectuais, ou ocupavam cargos elevados na
administração da cidade, mas nada faziam para ajudar na restauração dos muros.
Eram acomodados, preguiçosos e indolentes. Esse tipo de gente atrapalha no
desenvolvimento da obra, pois cria problemas para os que querem trabalhar. Que
Deus os mantenha bem longe de nós.
Na edificação dessa porta, o
escritor registrou que, além da parte do madeiramento, as portas tinham
fechaduras e ferrolhos. Há uma lição importante aqui. Fechaduras e ferrolhos
falam de segurança, de portas seguras que não se abrem de qualquer forma.
Aplicação
à igreja.
Na igreja atual, a “Porta do Peixe” pode ser figura da “Porta da
Evangelização”. Os que evangelizam são comparados a pescadores. “E disse-lhes:
Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). A pregação do
evangelho é comparada por Jesus a uma grande pescaria. “Igualmente, o Reino dos
céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de
peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para
os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora” (Mt 13.47,48).
Dessa forma, em toda igreja local
deve estar sempre aberta a “Porta do Peixe”, ou a “Porta da Evangelização”. Por
ela devem passar os pregadores, os evangelizadores que são os pescadores de
almas para o Reino de Deus. Por ela devem passar também todos aqueles que
querem passar pela “Porta das Ovelhas”. Uma dá sequência a outra na vida
cristã. Ao entrar pela “Porta do Peixe”, o pecador chega à “Porta das Ovelhas”,
que é Jesus.
Vale a pena ressaltar que a
construção de portas com fechaduras e ferrolhos pode representar o cuidado com
a sã doutrina. Somente a ministração da palavra, com fidelidade e unção, pode
evitar que o mundanismo tome conta da Igreja do Senhor. A “Porta do Peixe” nas
igrejas locais aponta para a evangelização, que é a missão precípua da Igreja
de Jesus. Apenas com a evangelização eficaz e o discipulado dinâmico pode-se
ver a “Porta da Evangelização” ou “do Peixe” sendo utilizada para o crescimento
do Reino de Deus.
A Porta Velha e
a Porta do Vale
A
porta velha.
Por que esse nome? Não se sabe ao certo. quem afirme que se tratava de uma
velha porta na parte mais antiga da cidade. Sua localização não ficou bem clara
no livro de Neemias. Champlin diz que “Seja como for, parece que essa entrada
da cidade ficava na esquina noroeste ou próximo a ela”.
Quem
a edificou.
Diz o livro: “E a Porta Velha repararam-na Joiada, filho de Paseia; e Mesulão,
filho de Besodias; estes a emadeiraram e levantaram as suas portas com as suas
fechaduras e os seus ferrolhos. E, ao seu lado, repararam Melatias, o
gibeonita, e Jadom, meronotita, homens de Gibeão e Mispa, que pertenciam ao
domínio do governador daquém do rio. Ao seu lado, reparou Uziel, filho de
Haraías, um dos ourives; e, ao seu lado, reparou Hananias, filho de um dos
boticários; e fortificaram a Jerusalém até ao Muro Largo. E, ao seu lado,
reparou Refaías, filho de Hur, maioral da metade de Jerusalém. E, ao seu lado,
reparou Jedaías, filho de Harumafe, e defronte de sua casa; e, ao seu lado,
reparou Hatus, filho de Hasabneias” (Ne 3.6-10).
Nada se sabe acerca dos líderes
da construção da “Porta Velha”. Nessa edificação, notamos que há funcionários
públicos, como Jadom, homens de Gibeão e Mispá que “pertenciam ao domínio do
governador daquém do rio”. Havia ourives, como Uziel; um boticário, uma pessoa
que manipulava remédios, e até um “maioral da metade de Jerusalém” participou
da reconstrução.
Ap1icaço
à igreja.
A “Porta Velha” pode-se compreender como a “Porta da Doutrina”. Desde que a
Igreja existe, a doutrina fundamental, que é a sua base de fé e prática, está
firmada na Palavra de Deus. Ela não é nova, não é moderna, nem pós-moderna. É
antiga, quando se pensa no tempo de sua existência. Foi o profeta Jeremias quem
melhor recebeu de Deus o sentido dos ensinos antigos que haveriam de nortear a
vida do povo de Deus.
Diz o texto bíblico: “Assim diz o
Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual
é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma; mas eles
dizem: Não andaremos” (ir 6.16). “Veredas antigas” ou “o bom caminho”, sem
dúvida alguma, é uma referência aos fundamentos da doutrina que Deus mandou
ensinar ao seu povo, mas por causa da rebeldia disseram “Não andaremos”. No
mundo atual, em pleno áeulo 21, há muitos crentes, membros de igrejas locais,
que não querem submeter-se à doutrina. Não querem passar por baixo da ‘Porta
Velha”.
Preferem as “portas novas”
construídas sobre o humanismo e o relativismo, que são parâmetros do
pósmodemism0. Em muitas igrejas, os modismos doutrinários têm mais importância
do que os antigos ensinos sagrados fundamentados na Palavra de Deus. Muitos
querem remover os “limites antigos” (Pv 22.28) que constituem a base espiritual
e moral sobre a qual a igreja do Senhor se assenta, ao sabor dos modismos e das
inovações dos tempos pósmoderno.
A Igreja não é formada de pedras
nem de cimento, mas de pessoas resgatadas do mundo, do pecado e do Diabo para
serem “o templo do Deus vivente”, como nos declara a Bíblia: “Neles habitarei e
entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (2 Co
6.16).
Como “coluna e firmeza da
verdade” (1 Tm 3.15), a Igreja do Senhor Jesus Cristo precisa ser a referência
espiritual ética, moral e doutrinária para o mundo. Não pode admitir mudanças e
inovações que minem suas bases. Na verdade, a igreja não precisa de inovações,
mas, sim, de renovação espiritual a fim de receber o poder, a graça e a unção
para manter-se como “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27). É um desafio de grande
dimensão para os nossos dias, mas podemos confiar em sua vitória, pois Jesus é
o responsável por sua edificação, visto que ela é: “a cidade que tem
fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11.l0).
Os modismos doutrinários, tais
como teologia da prosperidade confissão positiva, teísmo aberto, teologia do
processo G-12, entre outros, são fruto da mentalidade pós moderna que tem
dominado muitos teólogos e ensinadores. É comum ouvirmos desses “mestres”
pósmodern05 críticas aos antigos ensinos baseados em argumentos falaciosos,
como por exemplo, “não estamos mais nos tempos arcaicos”, “precisamos rever
nossos velhos conceitos teológicos”.
Contra tais pseudo-avanços, em
termos doutrinários, a Bíblia diz:
“Não removas os limites antigos
que fizeram teus pais” (Pv 22.28). Esses limites são fronteiras doutrinárias e
ensinos fundamentados na Palavra de Deus. Eles não devem ser ultrapassados sob
pena de a Igreja sofrer graves prejuízos espirituais e morais diante do mundo,
e perder sua vigorosa e saudável capacidade de ser “sal da terra “e “luz do
mundo” (Mt 5.13,14). Se há uma porta que devemos considerar é a “Porta Velha”
da doutrina bíblica, consolidada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
A
porta do vale.
Como o nome indica, essa porta dava saída para um vale ao lado oeste de
Jerusalém. É mencionada em 2 Crônicas 28.6 e Neemias 2.13,15; 3.13. Foi por ela
que Neemias iniciou a sua inspeção para constatar pessoalmente como se
encontrava a cidade. Foi também onde ele concluiu sua inspeção ao passar por
outras portas da muralha.
Quem
a edificou.
A parte que incluía a Porta do Vale era de grande extensão. “A Porta do Vale,
reparou-a Hanum e os moradores de Zanoa; estes a edificaram e lhe levantaram as
portas com fechaduras e os seus ferrolhos, como também mil côvados do muro, até
à Porta do Monturo” (Ne 3.13). Para as condições de trabalho à época, era um
trecho muito grande, com cerca de quinhentos metros (1.000 côvados). Ao que
parece, a reconstrução não foi apenas da parte de alvenaria, mas das portas de
madeira. O texto acrescenta: “levantaram as portas (de madeira), com fechaduras
e ferrolhos” (parêntese acrescido).
Aplicação
à igreja.
Que seria a porta do vale para os dias de hoje? Dentre outras aplicações,
podemos dizer que seria “A Porta da Adoração”, ou a “Porta da Oração”, ou ainda
“A Porta da Humilhação”. Topograficamente, o vale é uma depressão de terra
entre lugares elevados, entre montes ou montanhas. Espiritualmente, existem
diversos sentidos para se entender o vale. Significa atitude de descer na
presença de Deus. O Senhor queria falar como o profeta Ezequiel. Poderia tê-lo
feito onde ele se achava, mas mandou que descesse: “E a mão do Senhor estava
sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te e sai ao vale, e ali falarei contigo”
(Ez 3.22). Foi uma experiência extraordinária descer ao vale para ouvir Deus
falar.
Diz o texto bíblico: “E
levantei-me e sai ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a
glória que vi junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto. Então, entrou em
mim o Espírito, e me pôs em pé, e falou comigo, e me disse: Entra, encerra-te
dentro da tua casa” (Ez 3.23).
Descendo ao vale, o profeta viu a
glória de Deus; caiu sobre o seu rosto e foi cheio do Espírito de Deus. Muitas
vezes o crente está no ápice do ministério, contudo não ouve mais a voz de
Deus. Talvez esteja no pedestal do orgulho pessoal da posição social ou
financeira, e se esquece de Deus. Assim como Zaqueu, que precisou descer da
figueira brava, é necessário descer ao vale da humildade, ao vale da oração e
do quebrantamento para sentir a presença de Deus e ouvir a sua voz.
O vale pode ser lugar de lutas e
batalhas. No senso comum, muitos irmãos dizem: “Estou atravessando um vale
profundo...” referindo-se às tribulações que enfrentam. Gideão enfrentou os
midianitas, no vale (Jz 7.1); a batalha contra os filisteus se deu num vale
onde Golias foi derrotado por Davi (1 Sm 17.3; 48-5 1). Mas para vencer os
vales de lutas, é preciso descer ao vale da oração. “Os sacrifícios para Deus
são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus” (SI 5 1.17).
A Porta do
Monturo e a Porta da Fonte
A
porta do monturo.
Esta porta só se abria para fora. Era por ela que os lixeiros ou os moradores
jogavam o lixo que era despejado flO Vale de Hinon, por onde atravessava o
ribeiro de Cedron. Segundo Champlin, era “uma espécie de esgoto a céu aberto.
Cf. Ne 2.l3.6
Quem
a edificou.
“E a Porta do MontUro, reparou-a Malquias, filho de Recabe, maioral do distrito
de Bete-Haquerém este a edificou e lhe levantou as portas com as suas
fechaduras e os seus ferrolhos” versículo (Ne 3.14). Ao se referir a reparos, o
texto sugere que aquela parte do muro não tinha sido destruída, mas necessitava
de reparos. Tal como a porta anterior, o versículo em apreço diz que as portas
foram levantadas com fechaduras e ferrolhos.
Isso indica que as portas
propriamente ditas tinham sido destruídas e queimadas a fogo. O seu edificador
foi Malquias, que era uma espécie de governador ou administrador distrital de
Bete-Haquerém, que significa “Casa de Vinhedos”.
Aplicação
à igreja.
Toda a igreja local, em qualquer tempo, precisa ter sua “Porta do Monturo”.
Isso porque, em qualquer denominação, no sentido local, há coisas que podem ser
comparadas a lixo no sentido espiritual ou moral. Esse “lixo” pode ser pecado,
maus procedimentos, mau testemunho, intrigas, invejas, mexericos, fofocas e
outros comportamentos que não devem ser tolerados na casa do Senhor. As “obras
da carne” (Gi 5.19-2 1) quando surgem na igreja, de uma forma ou de outra,
precisam ser despejadas para fora com a autoridade do Espírito Santo.
Inclusive, algumas vezes, o
“lixo” é produzido por líderes que ocupam cargos no ministério. Desonestidades,
má administração dos recursos financeiros, que incluem os dízimos e as ofertas,
muitas vezes, são usados ilicitamente.
Pecados ocultos são lixos
guardados nos “depósitos espirituais”, e, quando são expostos, causam grandes
prejuízos. Esse é o “lixo” que mais fede. O caminho é a confissão de pecados
com o abandono de sua prática (Pv 28.13). Os líderes das igrejas precisam usar
a disciplina de modo correto, com justiça, para que a sujeira espiritual não
prolifere no meio do povo de Deus.
A
porta da fonte.
O nome indica que ficava próxima a uma fonte. Seu construtor foi Salum. Os
estudos indicam que se tratava da Fonte de Siloé (Selá), pois ficava próxima ao
jardim do rei. Em João 9.7, vemos o episódio em que Jesus mandou o cego de
nascença ir lavar-se no “Tanque de Siloé”, onde ele foi curado. Ali havia um
viveiro de peixes, onde as pessoas se abasteciam do pescado.
Quem
a edificou. “E
a Porta da Fonte reparou-a Salum, filho de Col-Hozé, maioral do distrito de
Mispa; este a edificou, e a cobriu, e lhe levantou as portas com as suas
fechaduras e os seus ferrolhos, corno também o muro do viveiro de Selá, ao pé
do jardim do rei, mesmo até aos degraus que descem da Cidade de Davi” (Ne
3.15). A partir dessa parte da muralha, outros edificadOres foram registrados.
Neemias, líder da parte “da metade de Bete-Zur”, também contribuiu com um belo
exemplo para seus liderados. Esse Neemias não era o escritor do livro.
Diz o texto: “Depois dele,
edificou Neemias, filho de Azbuque, maioral da metade de Bete-Zur, até defronte
dos sepulcros de Davi, e até ao viveiro artificial, e até a casa dos varões”
(Ne 3.16). Ao que parece, foi extensa a faixa da muralha na qual esse Neemias
cooperou. O texto destaca o papel dos sacerdotes levitas que não se limitaram a
cuidar do louvor ou dos objetos do santuário, mas puseram “a mão na massa”
ajudando seus irmãos no esforço para recuperar a cidade. “Depois dele,
repararam os levitas, Reum, filho de Bani, e, ao seu lado, reparou Hasabias,
maioral da metade de Queila, no seu distrito” (Ne 3.17).
Aplicação
à igreja.
A Porta da Fonte tem ligação com a Porta Velha (Porta da Doutrina). Mas podemos
dizer que “a Fonte”, propriamente dita, é a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Esta é a fonte da pregação, do ensino, da doutrina, do discipulado e de todas
as orientações necessárias à vida saudável da Igreja do Senhor Jesus Cristo.
A Palavra de Deus é uma fonte
inesgotável de ciência e de sabedoria. É dela que emana a luz para os nossos
caminhos (SI 119.105). “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lej, uma luz, e
as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv 6.23). A Palavra tem a
sabedoria do Senhor (Pv 2.6). As palavras do Senhor são fonte de vida
espiritual e de saúde para o corpo: “Filho meu, atenta para as minhas palavras;
às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar- se dos teus
olhos; guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e
saúde, para o seu corpo” (Pv 4.20-22).
A Palavra de Deus é fonte do
saber e do entendimento, pois sua eficácia atinge a parte espiritual, emocional
e física do homem. “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais
penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da
alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante
dele; antes, todas as coisas estão fluas e patentes aos olhos daquele com quem
temos de tratar” (Hb 4.12,13).
A Porta das
Águas e a Porta dos Cavalos
A
porta das águas (Ne 3.26). Esta porta “ficava ao lado oriental do monte Siló,
defronte da Torre de Giom”, junto da “Torre Alta”. Seu nome deve-se,
naturalmente, à existência de fontes de águas em suas proximidades.
Quem
a edificou.
“Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esquina e a torre que sai da casa
real superior, que está junto ao pátio da prisão; depois dele, reparou Pedalas,
filho de Parós, e os netineus, que habitavam em Ofel, até defronte da Porta das
Águas, para o oriente, e até à torre alta” (Ne 3.25,26). Os netineus, ou
“netinim”, eram serviçais do templo, que cooperavam com os sacerdotes e os
levitas (Ed 2.43,58,70). Sua origem remonta aos gibeonitas que enganaram a
Josué e foram feitos tiradores de água e rachadores de lenha (Js 9.21). Os que
habitavam junto à Porta das Águas, provavelmente, dedicavam-se ao transporte de
água para o Templo.
Aplicação
à igreja.
Em cada igreja local faz-se indispensável ter a “Porta das Águas”. Sem água, é
impossível viver. A Terra é formada de 70% de águas. O corpo humano tem a mesma
proporção do precioso líquido. No sentido espiritual, águas representam a
presença, o enchimento e a unção do Espírito Santo. “E, no último dia, o grande
dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que
venha a mim e beba.
Quem crê em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do
Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo
ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo 7.37-39).
Quando os crentes creem Jesus,
“como diz as Escrituras, rios de água viva” correm do seu interior. Quando há a
“Porta das Águas”, por onde passa esse rio, a unção do Espírito Santo flui do
púlpito para a comunidade. O profeta Isaías viu essas águas que saem das fontes
divinas: “E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12.3).
A
porta dos cavalos (Ne 3.28). Corno o nome sugere, por esta porta
entravam os cavalos do rei para os estábulos. Situava-se “na extremidade ocidental
da ponte que conduzia do monte de Sião ao Templo de Jerusalém (Jr 31 .40)”. Há
diversas referências a essa porta no Antigo Testamento. Foi junto a ela que a
ímpia rainha, Jezahei, foi morta (2 Rs 11.16; 2 Cr 23.l5).
Quem
a edificou.
“Desde a Porta dos Cavalos, repararam os sacerdotes, cada um defronte da sua casa.
Depois deles, reparou Zadoque, filho de Imer, defronte de sua casa, e, depois
dele, reparou Semaias, filho de Secanias, guarda da Porta Oriental” (Ne
3.28,29). Aqui, vemos os sacerdotes que serviam no Templo encarregarem-se de
participar da reedificação dos muros e das portas. Interessante é notar que
eles cuidaram de edificar “cada um defronte de sua casa”. É uma lição positiva.
Não adiantaria edificar em outras partes da muralha e deixar a frente de sua
casa arruinada.
Não deveria haver nas igrejas a
“Porta dos Cavalos”. Ela ficava próxima às residências dos sacerdotes que se
situavam entre o Templo e o palácio. Igreja é lugar de ovelhas, e não lugar de
equinos. Ao que tudo indica, os antigos reis demonstravam seu poder e sua
vaidade possuindo muitas mulheres e muitos cavalos que eram verdadeiras “armas
de guerra” usadas pela maioria dos exércitos antigos.
Salomão, por exemplo, foi o
exemplo exagerado dessa vaidade e soberba. Ele reuniu milhares desses animais
em suas estrebarias. “Tinha também Salomão quarenta mil estrebarias de cavalos
para os seus carros e doze mil cavaleiros” (1 Rs 4.26). Como se não bastasse, o
filho de Davi construiu um escandaloso harém, com “setecentas mulheres,
princesas e trezentas concubinas e suas mulheres lhe perverteram o coração” (1
Rs 11.3).
Em resumo, no nosso entender,
cavalos representam a força e o poder humano. Quando numa igreja local o poder
humano tem prevalência, o poder do Espírito Santo se afasta. Infelizmente, o
que se vê, em muitas igrejas, e, lamentavelmente, em muitas convenções de
pastores. A busca pelo poder humano é tão grande, tão ostensiva e tão
descarada, que montados em “seus cavalos” de prestígio, carregados de dinheiro,
não medem preço para comprar consciências em campanhas políticas que em nada ficam
a desejar em termos de corrupção.
Eles entram e saem, transitando
pela “Porta dos Cavalos” com total desenvoltura, atropelando a Palavra de Deus,
a ética e a moral que deveriam nortear a conduta dos líderes cristãos. Esquecem-se.
Mas haverá um julgamento, “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo
a Deus” (Rm 14.12).
A Porta da
Guarda e a Porta Oriental
Porta
da guarda (Ne 3.31).
Há divergências entre os estudiosos da Bíblia quanto ao significado e a
localização dessa porta. Na versão portuguesa, é chamada de porta de Micfade
(hb. miphkad). O nome também é controverso, pois micfade significa assembleia
ou recenseamento. Ficava na seção nordeste de Jerusalém. Intérpretes entendem
que em cima da muralha, junto a essa porta, reuniam-se membros do Sinédrio. A
nosso ver, é razoável a tradução por Porta da Guarda.
Quem
a edificou.
“Depois dele, reparou Malquias, filho de um ourives, até à casa dos netineus e
mercadores, defronte da Porta de Mifcade, e até à câmara do canto. E, entre a câmara do canto e a Porta do Gado,
repararam os ourives e os mercadores” (Ne 3.3 1,32). Essa parte da muralha foi
edificada por Malquias, ajudado pelos ourives e pelos pescadores.
Aplicação
à igreja.
A porta da Guarda é indispensável em qualquer igreja local que se preze. A
guarda fala dos encarregados da segurança de uma instituição militar, de um
quartel, de um acampamento, de um exército. Depois que o homem pecou, nunca
mais as pessoas dormiram tranquilas, sem adotar cuidados de segurança, às
vezes, até exagerados. Os perigos rondam por toda a parte, a qualquer hora do
dia ou da noite.
Nas igrejas, de igual modo,
existe a necessidade de segurança continuamente. Os guardas da igreja local são
os obreiros que lideram a obra do Senhor sob a direção do pastor, que é o líder
do rebanho que o Senhor lhe confiou. Cada membro deve ter a consciência de que
precisa zelar pela segurança da casa do Senhor, não apenas em termos humanos,
mas, sobretudo, em termos espirituais. Diz Pedro: “Sede sóbrios, vigiai, porque
o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a
quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
O pastor é o atalaia da igreja
local. Deus lhe confiou a segurança espiritual de seus servos. “Filho do homem,
eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a
palavra e os avisarás da minha parte.” (Ez 3.17). É ensinando a palavra,
ministrando a sã doutrina, que o obreiro propicia segurança à igreja. Mas se
ele for negligente, e houver prejuízo ao rebanho, a cobrança de Deus será terrível.
“Mas, se, quando o atalaia vir
que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada
vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o
seu sangue demandarei da mão do atalaia.
A ti, pois, ó filho do homem, te
constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da
minha boca e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio,
certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho,
morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua
mão (Ez 33.6-8).
A
porta oriental (Ne 3.29). O nome indica que esta porta ficava bem ao lado
oriental da cidade. Era a porta do oriente no Templo. Também se chamava a Porta
do Rei, depois que os judeus voltaram do exílio (1 Cr 9.17). O profeta Ezequiel
teve visões importantes com essa porta. Os querubins postaram-Se junto a ela
(Ez 10.19). Ele viu a glória de Deus entrar na casa do Senhor pela porta
oriental (Ez 43.14). Ali, segundo a Bíblia, “o príncipe” entrará por ela, para
oferecer holocaustos. Os judeus fecharam essa porta esperando que um dia o
Messias entrará por ela (cf. Ez 46.12).
Essa porta é tão importante que é
também chamada de Porta Formosa, e ainda hoje, permanece fechada. Certamente,
Jesus entrará por ela com a sua igreja para implantar o reino milenial com a
sua capital em Jerusalém.
Quem
a edificou.
“Depois deles, reparou Zadoque, filho de Imer, defronte de sua casa, e, depois
dele, reparou SemaíaS, filho de SecaniaS, guarda da Porta Oriental. Depois
dele, reparou HananiaS, filho de Selemias, e Hanum, filho de Zalafe, o sexto,
outra porção; depois deles reparou Mesulão, filho de Berequias, defronte da sua
câmara” (Ne 3.29,30). Aqui, o que nos chama a atenção é o fato de Mesulão ter
construído “defronte de sua câmara”, ou seja, em frente ao seu quarto de
dormir.
Aplicação
à igreja.
Nas igrejas locais, a Porta Oriental deve ser a mais observada, a mais vista.
Ela também é chamada de
“A
Porta Formosa”.
Podemos dizer que essa porta, espiritualmente, é a Porta da Direção de Deus. O
oriente ou o leste sempre foram o ponto cardeal, símbolo da direção divina. E
não o Norte. O Éden foi construído da banda do oriente (Gn 2.8). O exército de
Judá que dava direção ao deslocamento das tribos, no deserto, ficava no oriente
(Nm 2.3). A glória do Senhor apareceu ao oriente (Ez 11.23; 43.4). As águas
purificadoras saíam para o oriente (Ez 47.1). Os magos foram guiados a Jesus
por uma estrela que viram no oriente (Mt 2.9). Zacarias, pai de João Batista,
cantou, dizendo que “o oriente do alto nos visitou” (Lc 1.78).
Em toda a igreja, é
indispensável, mais do que nunca, que haja a direção de Deus. Existe uma
confusão espiritual e doutrinária tão grande que causa perplexidade até nos
mais experientes seguidores de Cristo. Contudo, a Igreja do Senhor alcançará os
seus objetivos e será coroada na vinda do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A análise sucinta a cerca da
reparação ou da edificação, das portas do muro de Jerusalém, ao tempo de
Neemias, leva-nos a meditar como é importante não só haver uma igreja local bem
edificada espiritual e fisicamente, mas é indispensável que haja muros de
proteção, que garantam a segurança espiritual e moral dos salvos em Jesus
Cristo.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Livro de Neemias – Integridade e
Coragem em Tempo de Crise – Elinaldo Renovato