21 de novembro de 2023

A Igreja e o Sustento Missionário

 

A Igreja e o Sustento Missionário -

TEXTO ÁUREO

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Fp 4.19)

Esmiuçando o Texto Áureo

Segundo a sua riqueza - Deus daria o aumento aos filipenses proporcionalmente aos seus infinitos recursos, e não apenas uma pequena porção de suas riquezas; Sua plenitude é infinita; e através de Cristo, cujos seguidores somos, ele dispensará todas as bênçãos necessárias da providência, graça e glória para nós.

Cada uma de vossas necessidades - Paulo abrangeu todas as necessidades materiais dos filipenses, as quais, provavelmente, tinham sido exauridas em certo grau por causa da generosa oferta deles (Pv 3.9).

VERDADE PRÁTICA

O sustento missionário é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos doadores.

Esmiuçando a Verdade Prática

Muitos de nós impedimos que Deus nos dê por não praticarmos a lei que Ele mesmo estabeleceu para que Ele pudesse dar a nós. Recusamo-nos a suprir a Casa de Deus e as necessidades de outros, por meio da contribuição, e depois não entendemos porque não somos supridos pela intervenção divina!

LEITURA BÍBLICA = Filipenses 4.10-20

Esmiuçando a Leitura Bíblica em Classe

4.10 - vos faltava oportunidade. Aproximadamente dez anos haviam se passado desde que os filipenses haviam feito a primeira oferta a Paulo a fim de ajudar a suprir suas necessidades, quando ele havia estado em Tessalônica pela primeira vez (vs. 15-16). Paulo estava consciente do desejo deles de continuar a ajudar, mas percebeu, na providência de Deus, que eles não haviam tido "oportunidade" (tempo) para ajudar.

4.11 - contente. O termo grego significa "ser autossuficiente" ou "estar satisfeito". É a mesma palavra traduzida por "suficiência" em 2Co 9.8. Indica independência de qualquer necessidade de ajuda (Lc 3.14; 1Ts 4.12; 1Tm 6.6,8; Hb 13.5).

Em toda e qualquer situação. Paulo definiu as circunstâncias no versículo seguinte.

4.12 - humilhado... honrado. Paulo sabia como passar com recursos modestos (comida, vestimenta, necessidades diárias), bem como viver em prosperidade ("abundância"), de fartura como de fome.

A palavra grega traduzida por "fartura" era usada para a alimentação e engorda dos animais. Paulo sabia como estar contente tanto quando tinha muito para comer quanto quando era privado do suficiente para comer.

4.13 - Tudo posso. Paulo usa um verbo grego que significa "ser forte" ou "ter força" (At 19.16,20; Tg 5.16). Ele tinha forças para suportar "todas as coisas" (vs. 11-12), incluindo a dificuldade e a prosperidade no mundo material; naquele que me fortalece. A palavra grega para fortalecer quer dizer "colocar força em". Porque os cristãos estão em Cristo (Gl 2.20), ele instila neles a sua força, a fim de sustentá-los até que recebam alguma provisão (Ef 3.16-20; 2Co 12.10).

4.14 - Paulo acrescenta uma palavra de esclarecimento aqui, para que os filipenses não pensassem que ele não estava sendo grato pela oferta mais recente deles, por causa do que acabara de escrever (11-13).

4.15 - no início do evangelho. Quando Paulo pregou o evangelho em Filipos pela primeira vez (At 16.13). quando parti. Quando Paulo deixou Filipos pela primeira vez, aproximadamente dez anos antes (At 16.40). Macedônia. Além de Filipos, Paulo também ministrou em duas outras cidades na Macedônia: Tessalônica e Bereia (At 17.1-14). no tocante a dar e receber. Paulo utilizou três termos empresariais. "No tocante" pode ser traduzido por "computando". "Dar e receber" diz respeito a despesas e receitas. Paulo era um fiel mordomo dos recursos de Deus e registrava cuidadosamente tudo o que recebia e gastava; senão unicamente vós. Somente os filipenses enviaram provisões para Paulo afim de suprir suas necessidades.

4.16 - até para Tessalônica. Paulo pregou lá por poucos meses, durante a sua segunda viagem missionária.

4.17 - fruto. A palavra grega pode ser traduzida por "lucro"; aumente o vosso crédito. Os filipenses estavam, de fato, armazenando para si mesmos tesouros no céu (Mt 6.20). As ofertas que eles deram para Paulo estavam acumulando dividendos para crédito espiritual deles (Pv 11.24-25; 19.17; Lc 6.38; 2Co 9.6).

4.18 - Epafrodito. Um filipense nativo sobre quem pouco se sabe. Seu nome era um nome grego comum, tirado de uma palavra familiar que, originalmente, significava "o favorito de Afrodite" (deusa grega do amor). Posteriormente, o nome veio a significar "adorável" ou “amoroso". Ele foi enviado a Paulo com doações (4.18) e deveria permanecer e servir a Paulo como pudesse; aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. No sistema de sacrifício do AT, todo sacrifício linha de produzir um aroma e ser aceitável a Deus. Somente se fosse; oferecido com a atitude correta seria agradável a ele (Gn 8.20-21; Êx 29.18; Lv 1.9,13,17). A oferta dos filipenses foi um sacrifício espiritual (Rm 12.1; 1Pe 2.5) que agradou a Deus.

4.19 - segundo a sua riqueza. Deus daria o aumento aos filipenses proporcionalmente aos seus infinitos recursos, e não apenas uma pequena porção de suas riquezas, cada uma de vossas necessidades. Paulo abrangeu todas as necessidades materiais dos filipenses, as quais, provavelmente, tinham sido exauridas em certo grau por causa da generosa oferta deles (Pv 3.9).

4.20 - Essa doxologia é o louvor de Paulo em resposta direta à grande verdade de que Deus supre todas as necessidades dos santos. Num sentido mais geral, esse é o louvor em resposta ao caráter de Deus e à sua fidelidade.

INTRODUÇÃO

Imagine por um momento que você receba um convite para mudar-se com sua família para trabalhar em outro país. Você analisa a oferta e, do seu ponto de vista atual, parece muito boa. O pacote oferecido parece que dará a você condição de cuidar bem da sua família e ainda sobrar. Não existe prazo determinado para você ficar no outro país, mas existem dois detalhes muito importantes. A sua pátria só permite você permanecer em outro país enquanto estiver ativo (trabalhando). Então, ao encerrar sua época de trabalho naquele país, você terá que voltar para a sua pátria.

É proibido retornar à sua pátria com dinheiro em espécie. Então qualquer valor que você queira ter, após encerrar seu tempo no outro país, você terá que enviar para sua pátria antes, através de remessas. Analisando o convite, você chega a algumas conclusões: A vida naquele país será boa. Ao mesmo tempo, você sempre precisará ter em mente que a vida lá é temporária, embora o prazo seja indeterminado. Financeiramente, não fará sentido acumular grandes riquezas naquele país, pois você não conseguirá levar nada com você quando o tempo lá acabar.

Você precisará planejar e ser proativo, pois não dependerá só de você a decisão de quando encerrará o seu trabalho naquele país. Você deverá enviar, antecipadamente, as riquezas para sua pátria. Analisando a história e as conclusões apresentadas, o que você faria? Se fosse sua história, quais decisões tomaria? E se eu lhe falar que esta é a sua história? Embora sua história esteja ainda sendo escrita, você está vivendo em “outro país”, e um dia o seu trabalho terminará. Na história contada acima, o fim do período de trabalho é a morte. No dia da sua morte, você não terá mais como usufruir das riquezas acumuladas nesta vida. Tudo que você acumular aqui, ficará aqui, para que outras pessoas usufruam.

Os cristãos, em sua maioria, vivem esta vida completamente esquecidos de que, embora seja boa a vida aqui, ela é temporária; e que um dia iremos para nossa pátria celestial, deixando para trás não somente tudo que consumimos nesta vida, mas também tudo que acumulamos. Alguns, quando finalmente se dão conta desta realidade, passam a viver uma vida de gastos cada vez maiores e, infelizmente, com cada vez menos contentamento. Mas Jesus estava querendo ensinar aos seus discípulos que existe uma solução para que não sejam desperdiçadas as riquezas nesta vida. A solução de Jesus está registrada no livro de Mateus 6.19-21”. Este é um trecho de: “O princípio do tesouro: uma estratégia de câmbio para a vida e além”, Por Brian Heap, disponível em: ultimato.com.br.

I. A IGREJA DE FILIPOS E O SUSTENTO MISSIONÁRIO

1. Paulo e a igreja de Filipos.  O apóstolo Paulo foi um missionário incrível que dispôs sua vida para ser usado por Deus em contextos transculturais. Saiu da sua zona de conforto e viajou pelo mundo afora conforme o Espírito de Deus o direcionava. Mas Paulo reconhecia uma necessidade vital em seu ministério. O propósito deste texto destacado na leitura Bíblica em Classe é claro: agradecer a dádiva que Epafrodito (2.25-30) trouxe ao apóstolo Paulo em Roma (4.18).

É nesta parte da carta que Paulo chega a uma das principais razões por que está escrevendo: expressar sua gratidão pela oferta que Epafrodito lhe trouxera da igreja de Filipos. O apóstolo a reservou para o fim com o objetivo de dar-lhe ênfase. Paulo não poderia levar a cabo tudo o que fez sem o apoio e a ajuda da igreja de Filipos. Essa igreja deu-lhe suporte financeiro e sustentação espiritual. Aqueles que estão na linha de frente precisam ser encorajados pelos que ficam na retaguarda: “... porque qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais” (1Sm 30.24).

Deus chama uns para irem ao campo missionário e aos demais para sustentar aqueles que vão. A obra missionária é um trabalho que exige um esforço conjunto da igreja e dos missionários. Neste texto, vemos claramente como essa parceria funciona.

2. O privilégio de participar do sustento missionário. O momento que vivemos está sendo saturado por temas escatológicos e muitos estão dedicando seu tempo ao escrutínio desse tema. O momento talvez, esteja mais propício ao tema Missões! Incentivarmos a Igreja a a participar e a sustentar missionários. O texto de Atos 1.6-8 nos expõe o princípio da prioridade. O texto mostra que a prioridade de Jesus não era escatológica, mas missiológica. Jesus criou uma igreja funcional e não apenas contemplativa. Criada para espalhar a sua Palavra a todos os povos, em todas as gerações, até a sua volta. E em Atos 13.1-3 nós vemos como se dá o processo de envio do missionário.

O texto não nos esclarece como o Espírito Santo se manifestou e falou à igreja, mas toda a ação deixa bem claro que a igreja prontamente ouviu. É interessante notar no texto lido que a maior alegria de Paulo não era receber o donativo enviado pela igreja, mas saber que os dividendos espirituais da igreja aumentaram por conta da sua generosidade. O apóstolo enfatiza que sente gratidão não apenas porque eles lhe enviaram uma oferta, mas, também, porque esse enviar serviu de sinal da graça celestial na vida deles. Financiar a obra missionária, ser generoso com missões, é um sinal claro e evidente da plenitude da graça de Deus na vida da Igreja.

3. Esferas de sustento missionário. O Texto escolhido está cheio de termos comerciais, “...procure o donativo” talvez seja um termo técnico para a exigência de pagamento de juros.

Já a palavra “fruto” é lucro ou juros. A expressão grega pleonazein, “que aumente”, é um termo bancário regular para crescimento financeiro; “vosso crédito” significa conta. Assim, a sentença toda é um jogo de palavras que procura exprimir a esperança de Paulo, num jargão comercial: “aguardo os juros que serão creditados em vossa conta”, de tal forma que Paulo, no último dia, estará satisfeito com os seus investimentos em Filipos.

Quando ofertamos, nos beneficiamos a nós mesmos na mesma medida em que socorremos os necessitados (2Co 9.10-15). Quem dá ao pobre, a Deus empresta. Quem semeia com abundância, com abundância também ceifará (2Co 9.7). O texto bíblico de Hebreus 6.10 diz: “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos”.

O doador enriquece as duas pessoas: a que recebe e a si próprio. O donativo era realmente um investimento que entrava como crédito na conta dos filipenses, um investimento que lhes acresce paulatinamente ricos dividendos. A Palavra de Deus é enfática em afirmar que um donativo feito de modo correto sempre enriquece o doador. “A alma generosa prosperará” (Pv 11.25). “Quem se compadece do pobre ao Senhor empresta” (Pv 19.17). “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35).

II. PRINCÍPIOS BÁSICOS ACERCA DO SUSTENTO MISSIONÁRIO PELA IGREJA

1. O custo do sustento financeiro. Nesse processo de envio e cumplicidade existem várias formas de a igreja participar no projeto de Deus:

 • Orando pelo missionário (2 Co 1.11; Rm 15.30; Cl 4.2-4);

• Apoiando quem está se preparando para missões (At 18.11; At 19.9,10);

• Dando apoio moral e espiritual ao missionário (Fl 1.3-5; At 15.24,25);

• Sendo um missionário em tempo integral (1Co 9.16);

• Enviando o missionário escolhido por Deus (At 13.1-3);

• Possibilitando o envio do missionário ao campo (Rm 15.24), e

• Investindo financeiramente na obra missionária (Lc 8.1-3; Fp 4.10-19).

2. Princípios básicos do sustento missionário. O que está descrito aqui é o ideal do projeto missionário. Fato é, que, pouco ou quase nunca esse esquema é seguido. A realidade missionária é bem diferente do ideário. No campo, o missionário enfrenta muitos problemas como, por exemplo, costumes diferentes, língua, cultura, estresse, depressão, desânimo, além da saudade da família ou país, etc. Sem o devido preparo e sem o apoio necessário, tudo isso será insuportável.

A igreja local deve planejar-se para viabilizar a ida do obreiro ao campo missionário. Um dos mais importantes planejamentos é o financeiro. É preciso calcular os custos da obra missionária, prevendo criteriosamente as diferentes etapas que compreendem o trabalho missionário: a ida, a estada e o regresso do missionário. Deve-se considerar os gastos de transporte com o obreiro e sua família até o campo missionário, sua instalação no país de destino e demais assistências que se fazem necessárias até a estruturação do trabalho.

Feito o planejamento fica mais fácil ter uma visão global do custo que será necessário desembolsar e traçar ações específicas que contribuam com o resultado a ser alcançado.

O que relatamos acima é uma orientação do Senhor Jesus, onde nos adverte em diversas passagens bíblicas a sermos previdentes e providentes (Lc.14, 28:32). Dentre as ações específicas que podem ser empregadas pela igreja local é a organização de eventos que tenham como finalidade contribuir com a obra missionária. A cada evento ou atividade realizada, a liderança deve informar à igreja sobre resultados dessas ações a fim de manter os irmãos estimulados a contribuir. 

É importante também que toda a igreja, inclusive as crianças, se sintam motivados a colaborar e participar no labor missionário.  Muitos entregam esse labor apenas ao missionário e acabam se esquecendo que a missão de pregar o evangelho é uma obra de todo cristão.

Cabe à igreja a responsabilidade de acompanhar o obreiro em toda sua trajetória missionária, em contrapartida, o obreiro tem o dever de manter a igreja sempre bem informada sobre  o andamento do trabalho. O obreiro de missões não deve também assumir compromissos financeiros ou de qualquer ordem para serem saldados pela igreja de origem, uma vez que atitudes como essa influenciarão diretamente no planejamento financeiro da igreja local.

Muitas igrejas têm usado de criatividade para reunir fundos para a manutenção do trabalho de missões, realizando eventos, cantinas missionárias, almoços etc. São igrejas poderosamente abençoadas por Deus. Os resultados dos trabalhos são comprovados com vidas se rendendo aos pés do Senhor Jesus. Investir em Missões é investir em vidas. Vidas sendo salvas pelo Senhor Jesus.

Sem dinheiro não é possível realizar Missões. Contribuir com Missões é ajuntar tesouros no céu. (Mt 6.20). O que você tem feito em favor da obra missionária? Você pode orar, contribuir ou ir.” Uma responsabilidade da igreja enviadora, por: Ingrid Cicca (ingrid@guiame.com.br), disponível em: guiame.com.br.

3. Um apoio fiel e permanente. A sustento financeiro é vital para que os missionários possam se dedicar completamente ao trabalho no campo. A Bíblia nos incentiva a contribuir para as missões. Em Filipenses 4.15-16, Paulo agradece aos filipenses pela sua parceria financeira.

Os mandamentos de Deus são dados para serem obedecidos. Deus nunca nos dá uma ordem sem nos dar o poder necessário para cumpri-la. Por isso, os dízimos são um imperativo de Deus que devem ser devidamente obedecidos. Se formos fiéis em nossa contribuição em dízimos e ofertas, não haverá falta na “casa do tesouro” para suprir as demandas missionárias!

A igreja primitiva cresceu graças à fidelidade dos cristãos nos dízimos e ofertas.

Ressalto que, embora a devolução dos dízimos e ofertas seja um princípio bíblico, Deus nos dá liberdade de escolha. Não somos “obrigados” a devolver o dízimo. Porém, quando levamos nosso dízimo à casa do Senhor, estamos demonstrando que confiamos em Suas promessas. É a melhor maneira de dizer: “Ó Deus, confio ao Senhor minha vida, minhas finanças e tudo que sou e tenho.”

III. APRENDENDO A INVESTIR NA OBRA MISSIONÁRIA

1. Igreja de Filipos x Igreja de Corinto. E interessante destacar que Paulo põe toda a ênfase de sua alegria no Senhor, e não na generosidade dos filipenses. Ele sabia que os crentes de Filipos eram apenas os instrumentos, mas que o Senhor era o inspirador. Paulo tinha profunda consciência de que a providência de Deus, às vezes, opera por meio das pessoas. Assim, Deus supriu suas necessidades por intermédio da igreja de Filipos. Ele agradece à igreja a provisão, mas sua alegria está no provedor. Quando ofertamos, nos beneficiamos a nós mesmos na mesma medida em que socorremos os necessitados (2Co 9.10-15). Quem dá ao pobre, a Deus empresta. Quem semeia com abundância, com abundância também ceifará (2Co 9.7).

O texto bíblico de Hebreus 6.10 diz: “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos”. Filipos foi a única igreja que se associou a Paulo desde o início para sustentá-lo (Fp 4.15). Enquanto Paulo esteve em Tessalônica, eles enviaram sustento para ele duas vezes (4.16). Enquanto Paulo esteve em Corinto, a igreja de Filipos o socorreu financeiramente (2Co 11.8,9).

Quando Paulo foi para Jerusalém depois da sua terceira viagem missionária, aquela igreja levantou ofertas generosas e sacrificais para atender os pobres da Judéia (2Co 8.1-5). Quando Paulo esteve preso em Roma, a igreja de Filipos enviou a ele Epafrodito com donativos e para lhe prestar assistência na prisão (4.18).

2. Tendo consciência de nosso dever.  Quando um cristão generoso oferta pela fé e confiança em Deus, com o desejo de produzir a maior bênção possível essa pessoa receberá esse tipo de colheita de bênção (Pv 3.9-10; Ml 3.10). Deus dá um retorno sobre a quantia que alguém investe nele. Se investir pouco, receberá pouco, e vice-versa. O apóstolo Paulo escreve: “Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos, porque bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio junto aos macedônios, dizendo que a Acaia está preparada desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado a muitíssimos” (2Co 9.1,2).

Paulo gloriou-se do exemplo dos coríntios junto aos macedônios, e essa atitude inicial dos coríntios despertou muitíssimos irmãos a abraçarem a obra da assistência aos necessitados da Judéia. Um exemplo positivo vale mais do que mil palavras. Quando abraçamos a obra de Deus, outras pessoas são despertadas a fazer o mesmo.

3. Pessoas financiando a obra divina. Em Lucas 8, a citação de algumas mulheres é interessante, isso porque, normalmente os mestres não tinham mulheres entre seus discípulos. Maria, chamada Madalena, seu nome provavelmente deriva da cidade de Magdala, na Galileia. Alguns acreditam que ela é a mulher descrita em Lc 7.37-50, mas parece altamente improvável que Lucas a apresentasse aqui, pelo nome pela primeira vez, se ela fosse a personagem principal do relato que acabou de concluir.

Do mesmo modo, embora esteja claro que ela sofrerá nas mãos de "demônios”, não há qualquer razão para se pensar que fora prostituta. Joana também é mencionada em Lc 24.10, mas em nenhum outro lugar da Escritura. É possível que ela tenha sido a fonte de alguns dos detalhes que Lucas conta sobre Herodes (Lc 23.8,12). Suzana, fora essa referência, ela não é mencionada em nenhum lugar da Escritura.

Ela provavelmente é alguém que Lucas conhecia pessoalmente. Essas mulheres serviam ao Mestre com os seus bens. Era um costume judaico que os discípulos apoiassem os rabis dessa maneira (Lc 10.7; 1Co 9.4-11; Gl 6.6; 1Tm 5.17-18).

Contribuir com o Reino é uma graça! A igreja de Corinto havia perdido o entusiasmo inicial de contribuir para os pobres da Judéia (8.6,7), e Paulo não queria ficar envergonhado diante dos macedônios nem deixar os próprios crentes de Corinto em situação constrangedora. Por isso, enviou-lhes Tito (8.6,7) e também mais dois irmãos (9.3) para ajudá-los a abundar também na graça da contribuição.

Em 1 Coríntios 16.1 Paulo já havia ensinado à igreja de Corinto que a oferta precisa ser periódica (“no primeiro dia da semana”), pessoal (cada um de vós), previdente (“ponha de parte”), proporcional (“conforme a sua prosperidade”) e fiel (“e vá ajuntando para que não façam coletas quando eu for”). Agora, Paulo reforça seu argumento dizendo aos coríntios que eles precisavam se preparar de antemão para essa oferta (9.5a). Se as necessidades são constantes, nossa contribuição não pode ser esporádica.

CONCLUSÃO

Investir em missões é uma expressão tangível do amor e obediência a Cristo. Por isso, ao ensinar, enviar e sustentar missionários, a igreja estará cumprindo sua missão de fazer discípulos em todas as nações, conforme ordenado por Jesus. Que você e sua igreja se comprometam sinceramente a se envolver ativamente nas missões, garantindo assim que a mensagem do evangelho alcance os confins da terra. A Grande Comissão é um chamado para todos nós, e o sustento missionário é uma maneira prática de investir na expansão do Reino de Deus. Deus é generoso em sua dádiva. Ele deu o melhor, deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu próprio Filho. Jesus é generoso em sua dádiva. Ele deu sua própria vida. O apóstolo João escreve: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16).

Porque somos filhos de Deus precisamos expressar o caráter e as ações do nosso Pai na manifestação de nossa generosidade. Deus abençoe a todos!

 FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA

Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB