25 de outubro de 2017

A Obra Salvífica de Jesus Cristo


A Obra Salvífica de Jesus Cristo

TEXTO ÁUREO = "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." (Jo 19.30)

VERDADE PRÁTICA = A obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de "Pai".

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 27.29,30: Um evento de humilhação em nosso favor

Terça - Mt 27.39,40: Blasfemado por nossa causa

Quarta - Lc 23.34: O perdão imerecido, Jesus ofereceu na cruz

Quinta - Ef 2.13,14: Pelo sangue de Cristo nos aproximamos de Deus

Sexta - Rm 3.24: Fomos justificados mediante a obra salvífica de Cristo

Sábado - Gl 2.18-20: Fomos crucificados com Cristo: vivamos uma vida santa

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – João 19. 23-30

23 Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.

24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas.

25 E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.

26 Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

29 Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha chegaram à boca.

30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

HINOS SUGERIDOS: 45,196, 533 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Explicar que a obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de Pai.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.

I - Apresentar o significado do sacrifício de Cristo;

II- Explicar como se deu a nossa reconciliação com Deus;

III- Discutir a respeito da redenção eterna.

INTRODUÇÃO

Quando pensamos na obra salvífica que Jesus realizou, é comum lembramos em primeiro lugar da cruz que ele carregou e onde foi crucificado. É fato que não podemos desprezar outros aspectos da vida de Cristo como seu nascimento, seus ensinamentos, seus milagres e etc. Mas, podemos afirmar que a cruz é o cerne de sua obra salvífica, já que foi através dela que nosso Senhor se ofereceu em sacrifício pelos pecados de seu povo. “Foi também na cruz, por meio da cruz, experimentando a cruz, que Jesus como Cristo realizou a obra de Redenção e uniu seu povo para a eternidade”.

O SACRIFICIO DE JESUS

Assim, Jesus é o sacrifício perfeito, pois ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). O Cordeiro de Deus puro e imaculado é perfeito porque ele não conheceu pecado (2 Coríntios 5.21; Hebreus 4.15; Hebreus 7.26). Por isto pôde oferecer-se a si mesmo. Sua oferta é perfeita e agradável diante do Pai. Ele o fez porque quis, por causa do seu grande amor para conosco, somente ele poderia oferecer um sacrifício perfeito, o seu próprio corpo. Ele ofereceu sua própria vida por amor de nós (João 10.17-18).

Jesus é também o sacrifício eficaz. Sua morte foi aceita por Deus como expiação pelos nossos pecados. Seu sacrifício se torna totalmente eficaz para todo aquele que nele crê. Seu sangue derramado naquela cruz nos purifica de todo pecado, pois “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9.22; Mateus 26.28; Atos 10.43).

Em Cristo, pela fé, somos redimidos dos nossos pecados.  Somente encontramos o perdão e a remissão dos nossos pecados mediante o seu sacrifício “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10.4).

Jesus é o sacrifício completo e definitivo. Sua oferta exclui todas as outras. Não há mais necessidade de sacrifícios: “está consumado” (João 19.30). Sua obra na cruz do calvário não somente é perfeita e eficaz, mas completa, suficiente e definitiva. Sua morte na cruz exterminou com o sacrifício de animais e com qualquer outro tipo de sacrifício. Uma vez para sempre. Assim Cristo se ofereceu por nós: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.24-28). Uma vez, uma única vez ele se ofereceu, não resta mais nada a ser feito a não ser crermos no seu grande amor e recebermos tão grande salvação, pela fé.

O SACRIFICIO MERITÓRIO . "Farás também o altar de madeira de acácia, de cinco côvados será o comprimento, de cinco côvados a largura, e de três côvados a altura. Farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas formarão uma só peça, e o cobrirás de bronze. (Ex 27:1-2)

Material: Madeira de Acácia revestida de bronze. Com 4 pontas que formam uma só peça. Uma grelha como se fosse uma rede presa por 4 argolas.

Comentário: Era comum os altares antigos serem quadrados, isso é verdade quando lemos 2Cr 4:1, pelas dimensões que mostram comprimento e largura iguais. O altar era a maior mobília do santuário. Usada para a adoração, sempre estava aberto aos israelitas. Para cristãos, o altar está cheio de significado e ensino espiritual, pois há muita história sobre altares na Bíblia.

A acácia é uma madeira dura, incorruptível, indestrutível que cresce no Deserto de Sinai. Retrata a humanidade de Cristo de que veio formosamente e era sem pecado na sua natureza humana (Hb 4:15; 7:26). A indestrutibilidade da madeira fala de Cristo resistiu o fogo da crucificação (Jo 10:18).

Os metais que cobrem a madeira tipificaram a retidão divina e julgamento de Cristo, o íntegro (1Jo 3:5), que levou o julgamento divino de Deus e se tornou pecado por nós (2Co 5:21).

Como os Israelitas foram salvos da morte quando olharam para a serpente de metal, assim, todos que confiam em Jesus Cristo serão salvos (Jo 3:14-15). O aparecimento de Cristo à João na Ilha de Patmos com "pés como bronze" (Ap 1:15) fala-nos do caráter judicial sobre àqueles que não o aceitam como sacrifício substituto.

O altar de bronze foi posto para sacrifício. Sem sacrifício, não poderia haver nenhuma compensação para o pecado (Lv 17:11; Hb 9:22). Sobriamente, os Israelitas trouxeram os oferecimentos prescritos sem defeito. O ser sacrifício queimado no altar como um doce aroma para Deus (Lv 1:9) tipificou Cristo quando foi oferecido "um sacrifício a Deus como aroma suave".

A localização deste altar fala-nos que antes de se passar ao templo, teria que se oferecer um sacrifício de sangue no altar de bronze. Hoje, ser recebido por Deus só pode se dar passando pela morte sacrificatória de Cristo (1Tm 2:5; Hb 9:15).

Chegar ao tabernáculo sem oferecer um sacrifício no altar significava morte certa. Se nós rejeitarmos o sacrifício meritório do trabalho de Cristo na cruz, nós seremos separados de Deus e o resultado será o mesmo, a morte eterna (Jo 3:36; 1Jo 5:12).

O altar de sacrifícios é o lugar de morte, é a primeira coisa que se via ao entrar no santuário, é o primeiro encontro do ser humano com o plano da redenção, o lugar onde deve-se morrer. Símbolo dos pés da cruz, que é o local onde devemos deixar tudo. "Se alguém quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me" Mt 16:24.

É neste altar que Deus trata com os "Isaques da vida". Você já pensou porque o Senhor pediu o filho a Abraão? Porque o filho ocuparia um lugar que só a Deus pertencia, Isaque começaria a entrar no coração de Abraão e até mesmo "Isaques" não podem ocupar este espaço, o nosso coração diz Deus, deve ser só meu. Portanto se algo tende a ocupar este espaço o Senhor diz em Mt 10:37 "...quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.

O altar de sacrifícios era elevado em um montículo de terra, mais alto que outras mobílias, esta é uma projeção de Cristo, nosso sacrifício erguido para cima na cruz, num local mais alto, o Gólgota, "... importa que o filho do homem seja levantado" Jo 3:14. Havia chifres neste altar, chifres eram um símbolo de força e poder em tempos bíblicos. O sacerdote ao tocar de leve nas pontas do altar mostra o poder do sangue para reconciliar o pecador. Há poder regenerador no sangue de Jesus Cristo. Representa o calvário, onde Cristo deu sua vida em sacrifício contínuo. As ofertas que eram feitas diariamente, pela manhã e pela tarde, são símbolos de Jesus, que está a disposição 24h por dia, queiramos nós ou não. Estes sacrifícios eram feitos em fogo lento para que durassem até a tarde, hora nona (15h) quando o outro chegava. O sacrifício da manhã expiava os pecados da noite e os da noite os pecados da manhã.

A oferta era cortada em pedaços pois simbolizava o que está escrito em Is 53 "...foi moído por nossas iniqüidades". É o primeiro estágio da vida do cristão, a justificação, o momento em que chega aos pés da cruz. O altar de holocausto, com seu sangue derramado, representa a grande verdade evangélica da expiação do pecado por meio do sacrifício de Cristo (Is 53:4-7,10, Hb 13:10-12; 1 Pd 1:18,19; Ap 5:9). A posição deste altar, junto à porta do átrio, numa posição onde seria a primeira coisa que o pecador veria ao entrar ali, indica que a primeira necessidade do pecador é que seus pecados sejam lavados pelo sangue de Cristo (Hb. 9:13,14; 1 Jo 1:7; Ap 7:14), e que até que se faça isso, não deve nem sequer adorar a Deus, nem mesmo entrar em sua presença (Hb 9:22). O altar era uma testemunha da culpa do homem e de sua necessidade de expiação e reconciliação; logo lhe assegurava que isto já era possível (Jo 1:29; Rm 5:10; 2 Cr. 5:18, 19). Existe um fato interessante, assim como os cordeiros da Páscoa eram comidos e depois sacrificados, alguns dos cordeiros mortos também foram comidos. Não foi nenhuma coincidência que na noite antes da Páscoa quando Jesus foi crucificado, Ele "tomou o pão, deu graças e disse: comam, este é o meu corpo" Mt 26:26, mais tarde ele morria pela raça humana. O próprio Jesus é o cordeiro de Deus e o cordeiro da páscoa.

Tipos de ofertas que eram oferecidas: Cordeiro Macho (Ex 12:5); Novilho (Nm 8:8); Ovelha (Lv 5:6); Pombinha ou rolinha (Lv 12:6); Cabrito (Ex 12:5); Boi (Lv 4:10); Cabra (Lv 4:27-35); Bode (Nm 29:5); Aves (Lv 14:1-32); Novilha Ruiva (Nm 19); Novilha que nunca trabalhou (Dt 21:1-9); Cordeiro (Lv 14:10); Bezerro (Nm 29:8); Cordeira (Lv 14:10).

Ofertas queimadas: Ao Israelita querer demonstrar sua consagração. O animal era queimado por completo, tirando apenas o couro. Lv 1

Ofertas pacíficas: Ofertas voluntárias, ação de graças, votos. Queimava a gordura no altar, o peito e a coxa direita ficavam para o sacerdote, depois havia um banquete com o resto da carne para demonstrar alegria. Lv 3

Ofertas pelo pecado e pela culpa: Em busca de perdão, aqueles pecados que aconteciam de forma "ignorante". Não havia nenhuma oferta para os que pecavam voluntariamente, devia-se restituir aquele a quem foi a vítima, então a oferta pela culpa esta ali demonstrando que a situação tinha sido resolvida. Era considerado pecador atrevido aquele que afrontasse diretamente a Deus, pecando conscientemente, é eliminado do meio do povo. Lv 4-6

Quando a oferta tinha como motivo pecado e culpa, sendo o transgressor o próprio sacerdote e toda a congregação, levava-se o sangue para dentro do santuário, para aspersão 7 vezes diante da cortina do véu, então a carcaça do animal era queimada fora do acampamento, mas a gordura ficava no altar de sacrifícios. Quando quem pecava eram os príncipes/chefes ou pessoas comuns, o sangue não entrava no santuário, era posto apenas nas pontas dos chifres e na base do altar de sacrifícios. A oferta era comida pelo sacerdote apenas quando o sangue não entrava no santuário e não era oferta pelo pecado. Mas lembre-se, o fato do sacerdote está comendo a carne, transmite-se simbolicamente as responsabilidades dos pecados para o sacerdote.

O SACRIFICO REMIDOR. A palavra grega se deriva do verbo que significa “libertar ante o recebimento de um resgate”. O redentor é Jesus Cristo, o parente remidor dos eleitos de Deus — “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lc 1.68). O preço que Jesus pagou em favor da redenção de seu povo foi o seu próprio sangue, derramado em sua morte, no lugar dos eleitos — “o Filho do Homem... veio para... dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E o Redentor é também, Ele mesmo, a redenção — “Cristo Jesus, o qual se nos tornou... redenção” (1 Co 1.30). Cristo redimiu seu povo do pecado e de tudo o que a ele se associa.

1. Cristo redimiu de todo pecado — original ou atual, público ou secreto, de comissão ou omissão, de pensamentos, palavras ou ações. “Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Rm 11.26,27; Is 59.20,21). “É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades” (Sl 130.8). Cristo “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).

2. Cristo nos redimiu da culpa do pecado — o pecado visto com base na justiça de Deus. “O Senhor resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado” (Sl 34.22). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7; Cl 1.14); “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). (Redenção é um termo legal e, por isso, está mais relacionado à nossa culpa do que à nossa corrupção.)

3. Cristo nos redimiu do poder do pecado — o domínio do pecado sobre os pecadores. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).

4. Cristo nos redimiu da punição do pecado — a penalidade de morte merecida pelo pecado, devido à transgressão da lei de Deus. Cristo profetizou a respeito dos eleitos de Deus: “Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?” (Os 13.14; cf. 1 Co 15.54, ss.) Portanto, “vindo... a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).

 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3.13). Por conseguinte, Cristo é o único que “da cova [destruição] redime a tua vida” (Sl 103.4).

5. Cristo nos redimiu da presença do pecado — um benefício a ser outorgado por Ele em sua vinda. O Espírito Santo é “o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade” (Ef 1.14). “Também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30). “ Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.27-28).

A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI

A nossa reconciliação tem a ver com a nossa inimizade contra Deus e a nossa alienação dele.[9] Assim, a reconciliação, propriamente dita, é a remoção desta alienação proporcionando uma relação harmoniosa e pacífica com Deus.

Esta idéia fica mais clara quando percebemos, por exemplo, a argumentação de John Murray, que expande a idéia. Ao comentar o texto de Romanos 5.11, uma das referências bíblicas centrais acerca da doutrina da reconciliação, ele afirma que na reconciliação o que se destaca não é a remoção da nossa inimizade contra Deus, pelo contrário, o verso supracitado salienta o fato de que Deus removeu de nós a alienação que havia da parte dEle para conosco.

Podemos também observa que esta reconciliação, ou a remoção da base da alienação, tem a ver com a não imputação das nossas transgressões. Ele diz “De modo que em sua misericórdia Deus recusou-se a levar em conta contra nós os nossos pecados ou exigir que sofrêssemos a penalidade deles.”[11]. Contudo, vale ressaltar que esses pecados foram imputados à Cristo. Portanto, cremos que somos plenamente reconciliados com Deus e aceitos por ele, porque nossos pecados foram imputados a Cristo e Sua justiça nos foi imputada.

Desse modo, podemos dizer que a Reconciliação é a obra do Pai através da qual Ele remove a alienação do pecado[12], libertando o homem de toda inimizade, por meio de Cristo. Assim, Deus remove a barreira tanto por causa da nossa rebeldia, quando por causa de sua ira. Devemos notar ainda que ao fazê-lo por meio de Cristo, Deus se revela como o verdadeiro Emanuel, ensinando-nos que toda a manifestação do seu amor pelo eleito tem seu fundamento no sacrifício de Cristo.

A ELIMINAÇÃO DA CAUSA DA INIMIZADE. Inimizade na Bíblia é estar em conflito ou em oposição contra outra pessoa, desejando seu mal. Inimigos lutam um contra o outro. A Bíblia diz que devemos ser inimigos do mal mas amar nossos inimigos humanos. A Bíblia diz que nosso verdadeiro inimigo é o diabo.

O diabo não quer nosso bem; ele quer nos destruir (1 Pedro 5:8). Ele é nosso inimigo porque está lutando ativamente contra nós. Por isso, devemos lutar contra o diabo e suas forças.

Vencendo a inimizade. Jesus veio para trazer reconciliação: com Deus e com outras pessoas. Quando ele morreu e ressuscitou, Jesus destruiu a barreira de inimizade criada pelo pecado (Colossenses 1:21-23). Agora podemos ser amigos de Deus!

Quando deixamos Jesus trabalhar em nossas vidas, ele nos ensina a perdoar e a viver em paz com outras pessoas. Ele nos ajuda a ver nossos inimigos como pessoas que também precisam dele, pessoas que devemos amar (Lucas 6:27-28). O amor de Jesus vence a inimizade e conserta

Vivificado em Cristo – Efésios 2:4-6. Nestes versos, encontramos a verdade mais importante em todo cristianismo. “Por causa de seu grande amor por nós, Deus deu-nos vida com Cristo.” No passado a vida não tinha esperança, agora podemos ter a promessa e segurança em Deus. A vida anterior era vazia e sem efeito, agora temos a alegria do Senhor e podemos começar a ser normal e desfrutar a vida com Ele ao nosso lado.

Olhando mais profundamente para esta passagem maravilhosa realizamos que estávamos mortos espiritualmente, por causa dos pecados e porque não estávamos livres do poder da nossa vida pecaminosa. Nascemos por natureza filhos da ira, e nos tornamos filhos de desobediência, depois de rejeitar Cristo quando atingimos à idade da responsabilidade.

Por causa do Seu grande amor por nós. . . Deus deu-nos vida com Cristo, quando admitimos que somos pecadores e que não podemos alcançar a vida eterna por nós mesmos – (Romanos 3:23).

Acreditamos em Jesus Cristo como Filho único de Deus que foi crucificado por nossos pecados – (Romanos 5:8). E confessamos que Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida – (Romanos 10:9), e Ele perdoou todos os nossos pecados. Então sendo sido salvos pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, os crentes são vivificados por escolher renascimento espiritual de acordo com o amor e a misericórdia de Deus. A salvação é uma escolha feita conscientemente por aqueles que procuram um relacionamento com o Pai divino e Seu filho Jesus Cristo.

Ser vivificados com Cristo significa experimentar a vida de Deus em nós; significa ser nascido de Deus por meio de Seu Espírito. O vazio em nossas vidas é preenchido com a alegria da salvação e somos completados quando somos levantados do túmulo do pecado, e estamos sentados com Ele nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Ser vivificado com Cristo significa que “somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” (Efésios 2:10)

Ser vivificado com Cristo significa que Ele veio viver em nós, e Ele se juntou a nós, e nós somos uma pessoa com Ele. O próprio Jesus nos ensinou: “Eu sou a videira, vós sois os ramos” (João 15:05). Assim como a videira e o ramo estão interligados compartilhando a vida juntos, então agora a nossa identidade não é mais em Adão, mas é em Cristo. Nós não somos mais seres humanos comuns, somos novas criações ligadas a vida de Jesus Cristo e estamos intimamente unidos a Ele, porque Cristo é a nossa vida.

REDENÇÃO ETERNA

O ESTADO PERDIDO  DO PECADOR. Quem são os ‘perdidos’ e como Deus os trata? A Bíblia diz em Isaías 53:6: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.” De acordo com esse texto todos nós andávamos desgarrados como ovelhas. A humanidade é essa ovelha que se desgarrou e se perdeu no pecado. Então Deus vai em busca do homem para salvá-lo e resgatá-lo do pecado. Sobre Jesus Cristo caiu a iniquidade de todos nós, para que por meio de Seu sacrifício substitutivo pudéssemos ser absolvidos de qualquer penalidade provocada pela transgressão da lei divina. A Bíblia diz que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Quando depomos nossa fé e esperança unicamente em Deus que pode nos salvar por meio do sacrifício que Cristo fez na cruz, somos resgatados, reconciliados e salvos.

Os ‘perdidos’ são muito importantes para Deus. No contexto da parábola da moeda, ovelha e filho perdidos, a Bíblia declara: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7). “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).

A REDENÇÃO DO PECADOR. Livramento de alguma forma de escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor (q.v.). Ato de remir, isto é libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Redenção é um conceito básico para a visão bíblica da salvação. No AT, a redenção está integralmente associada à vida familiar, social e nacional de Israel. Um indivíduo israelita podería agir como um redentor, pagando um resgate para a libertação de um escravo (Lv 25.48ss.), para recuperar um campo (Lv 25.23ss.), ao invés de sacrificar um macho primogênito (Ex 13.12ss.), e em favor de alguém que de outra forma seria condenado à morte (Êx 21.28 ss.).

Redenção significa que o próprio Deus, por meio do pagamento de um preço, nos perdoa e paga a nossa divida, dando-nos uma nova vida e a absolvição. Deus perdoa a nossa divida, e a condenação não mais se aplica a nós. Esse preço capaz de pagar a nossa divida altíssima foi a morte de Jesus Cristo na cruz. O sangue de Jesus foi o preço pago pelos nossos pecados. Nós é que deveríamos ser condenados e pagar com o nosso sangue, mas Jesus nos substituiu e foi condenado em nosso lugar para nos dar a absolvição dos nossos crimes (pecados contra Deus).

UMA REDENÇÃO PLENA. A condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1Co 15.19).

CONCLUSÃO:

Ao concluir esta mensagem, devemos refletir:

1) Grande foi o nosso resgate! Vivíamos sob o domínio do diabo e escravizados pelo pecado, sem qualquer possibilidade de escapar de tal situação por nós mesmos. No entanto, Deus interveio mediante Jesus e nos “...libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”, Cl 1.13-14.

2) Agora resgatados, salvos, colocados numa posição segura – “...e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”, Ef 2.6 – devemos amar intensamente nossos irmãos em Cristo. Devemos lembrar que o amor ao irmão nos é imposto como “mandamento” de Deus: “20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1 Jo 4.21.

A fé e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm 1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.

 

Por. Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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