A Obra Salvífica de Jesus Cristo
TEXTO ÁUREO = "E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito." (Jo 19.30)
VERDADE PRÁTICA = A obra
salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e
chamá-lo de "Pai".
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 27.29,30: Um evento de
humilhação em nosso favor
Terça - Mt 27.39,40: Blasfemado por
nossa causa
Quarta - Lc 23.34: O perdão imerecido,
Jesus ofereceu na cruz
Quinta - Ef 2.13,14: Pelo sangue de
Cristo nos aproximamos de Deus
Sexta - Rm 3.24: Fomos justificados
mediante a obra salvífica de Cristo
Sábado - Gl 2.18-20: Fomos crucificados
com Cristo: vivamos uma vida santa
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – João 19. 23-30
23 Tendo, pois, os soldados crucificado
a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma
parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não
tinha costura.
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não
a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se
cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a
minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas.
25 E junto à cruz de Jesus estava sua
mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.
26 Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que
o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o
teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí
tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
28 Depois, sabendo Jesus que já todas
as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho
sede.
29 Estava, pois, ali um vaso cheio de
vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha
chegaram à boca.
30 E, quando Jesus tomou o vinagre,
disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
HINOS SUGERIDOS: 45,196, 533 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar que a obra salvífica de Cristo
nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de Pai.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I - Apresentar o significado do
sacrifício de Cristo;
II- Explicar como se deu a nossa
reconciliação com Deus;
III- Discutir a respeito da redenção
eterna.
INTRODUÇÃO
Quando pensamos na obra salvífica que
Jesus realizou, é comum lembramos em primeiro lugar da cruz que ele carregou e
onde foi crucificado. É fato que não podemos desprezar outros aspectos da vida
de Cristo como seu nascimento, seus ensinamentos, seus milagres e etc. Mas,
podemos afirmar que a cruz é o cerne de sua obra salvífica, já que foi através
dela que nosso Senhor se ofereceu em sacrifício pelos pecados de seu povo. “Foi
também na cruz, por meio da cruz, experimentando a cruz, que Jesus como Cristo
realizou a obra de Redenção e uniu seu povo para a eternidade”.
O SACRIFICIO DE JESUS
Assim, Jesus é o sacrifício perfeito,
pois ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29). O
Cordeiro de Deus puro e imaculado é perfeito porque ele não conheceu pecado (2
Coríntios 5.21; Hebreus 4.15; Hebreus 7.26). Por isto pôde oferecer-se a si
mesmo. Sua oferta é perfeita e agradável diante do Pai. Ele o fez porque quis,
por causa do seu grande amor para conosco, somente ele poderia oferecer um
sacrifício perfeito, o seu próprio corpo. Ele ofereceu sua própria vida por
amor de nós (João 10.17-18).
Jesus é também o sacrifício eficaz. Sua morte foi aceita por Deus como expiação pelos nossos
pecados. Seu sacrifício se torna totalmente eficaz para todo aquele que nele
crê. Seu sangue derramado naquela cruz nos purifica de todo pecado, pois “sem
derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9.22; Mateus 26.28; Atos
10.43).
Em Cristo, pela fé, somos redimidos dos
nossos pecados. Somente encontramos o
perdão e a remissão dos nossos pecados mediante o seu sacrifício “porque é
impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10.4).
Jesus é o sacrifício completo e definitivo. Sua oferta exclui todas as outras. Não há mais necessidade
de sacrifícios: “está consumado” (João 19.30). Sua obra na cruz do calvário não
somente é perfeita e eficaz, mas completa, suficiente e definitiva. Sua morte
na cruz exterminou com o sacrifício de animais e com qualquer outro tipo de
sacrifício. Uma vez para sempre. Assim Cristo se ofereceu por nós: “Porque
Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no
mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se
oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo
dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse
sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem
os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de
si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez,
vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez
para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado,
aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.24-28). Uma vez, uma única vez
ele se ofereceu, não resta mais nada a ser feito a não ser crermos no seu
grande amor e recebermos tão grande salvação, pela fé.
O SACRIFICIO MERITÓRIO . "Farás
também o altar de madeira de acácia, de cinco côvados será o comprimento, de
cinco côvados a largura, e de três côvados a altura. Farás as suas pontas nos
seus quatro cantos; as suas pontas formarão uma só peça, e o cobrirás de
bronze. (Ex 27:1-2)
Material: Madeira de Acácia revestida
de bronze. Com 4 pontas que formam uma só peça. Uma grelha como se fosse uma
rede presa por 4 argolas.
Comentário: Era comum os altares
antigos serem quadrados, isso é verdade quando lemos 2Cr 4:1, pelas dimensões
que mostram comprimento e largura iguais. O altar era a maior mobília do
santuário. Usada para a adoração, sempre estava aberto aos israelitas. Para
cristãos, o altar está cheio de significado e ensino espiritual, pois há muita
história sobre altares na Bíblia.
A acácia é uma madeira dura,
incorruptível, indestrutível que cresce no Deserto de Sinai. Retrata a
humanidade de Cristo de que veio formosamente e era sem pecado na sua natureza
humana (Hb 4:15; 7:26). A indestrutibilidade da madeira fala de Cristo resistiu
o fogo da crucificação (Jo 10:18).
Os metais que cobrem a madeira
tipificaram a retidão divina e julgamento de Cristo, o íntegro (1Jo 3:5), que
levou o julgamento divino de Deus e se tornou pecado por nós (2Co 5:21).
Como os Israelitas foram salvos da
morte quando olharam para a serpente de metal, assim, todos que confiam em
Jesus Cristo serão salvos (Jo 3:14-15). O aparecimento de Cristo à João na Ilha
de Patmos com "pés como bronze" (Ap 1:15) fala-nos do caráter
judicial sobre àqueles que não o aceitam como sacrifício substituto.
O altar de bronze foi posto para sacrifício.
Sem sacrifício, não poderia haver nenhuma compensação para o pecado (Lv 17:11;
Hb 9:22). Sobriamente, os Israelitas trouxeram os oferecimentos prescritos sem
defeito. O ser sacrifício queimado no altar como um doce aroma para Deus (Lv
1:9) tipificou Cristo quando foi oferecido "um sacrifício a Deus como
aroma suave".
A localização deste altar fala-nos que
antes de se passar ao templo, teria que se oferecer um sacrifício de sangue no
altar de bronze. Hoje, ser recebido por Deus só pode se dar passando pela morte
sacrificatória de Cristo (1Tm 2:5; Hb 9:15).
Chegar ao tabernáculo sem oferecer um
sacrifício no altar significava morte certa. Se nós rejeitarmos o sacrifício
meritório do trabalho de Cristo na cruz, nós seremos separados de Deus e o
resultado será o mesmo, a morte eterna (Jo 3:36; 1Jo 5:12).
O altar de sacrifícios é o lugar de
morte, é a primeira coisa que se via ao entrar no santuário, é o primeiro
encontro do ser humano com o plano da redenção, o lugar onde deve-se morrer.
Símbolo dos pés da cruz, que é o local onde devemos deixar tudo. "Se
alguém quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me" Mt 16:24.
É neste altar que Deus trata com os
"Isaques da vida". Você já pensou porque o Senhor pediu o filho a
Abraão? Porque o filho ocuparia um lugar que só a Deus pertencia, Isaque
começaria a entrar no coração de Abraão e até mesmo "Isaques" não
podem ocupar este espaço, o nosso coração diz Deus, deve ser só meu. Portanto
se algo tende a ocupar este espaço o Senhor diz em Mt 10:37 "...quem ama
seu filho mais que a mim, não é digno de mim.
O altar de sacrifícios era elevado em
um montículo de terra, mais alto que outras mobílias, esta é uma projeção de
Cristo, nosso sacrifício erguido para cima na cruz, num local mais alto, o
Gólgota, "... importa que o filho do homem seja levantado" Jo 3:14.
Havia chifres neste altar, chifres eram um símbolo de força e poder em tempos
bíblicos. O sacerdote ao tocar de leve nas pontas do altar mostra o poder do
sangue para reconciliar o pecador. Há poder regenerador no sangue de Jesus
Cristo. Representa o calvário, onde Cristo deu sua vida em sacrifício contínuo.
As ofertas que eram feitas diariamente, pela manhã e pela tarde, são símbolos
de Jesus, que está a disposição 24h por dia, queiramos nós ou não. Estes sacrifícios
eram feitos em fogo lento para que durassem até a tarde, hora nona (15h) quando
o outro chegava. O sacrifício da manhã expiava os pecados da noite e os da
noite os pecados da manhã.
A oferta era cortada em pedaços pois
simbolizava o que está escrito em Is 53 "...foi moído por nossas
iniqüidades". É o primeiro estágio da vida do cristão, a justificação, o
momento em que chega aos pés da cruz. O altar de holocausto, com seu sangue
derramado, representa a grande verdade evangélica da expiação do pecado por
meio do sacrifício de Cristo (Is 53:4-7,10, Hb 13:10-12; 1 Pd 1:18,19; Ap 5:9).
A posição deste altar, junto à porta do átrio, numa posição onde seria a
primeira coisa que o pecador veria ao entrar ali, indica que a primeira
necessidade do pecador é que seus pecados sejam lavados pelo sangue de Cristo
(Hb. 9:13,14; 1 Jo 1:7; Ap 7:14), e que até que se faça isso, não deve nem
sequer adorar a Deus, nem mesmo entrar em sua presença (Hb 9:22). O altar era
uma testemunha da culpa do homem e de sua necessidade de expiação e
reconciliação; logo lhe assegurava que isto já era possível (Jo 1:29; Rm 5:10;
2 Cr. 5:18, 19). Existe um fato interessante, assim como os cordeiros da Páscoa
eram comidos e depois sacrificados, alguns dos cordeiros mortos também foram comidos.
Não foi nenhuma coincidência que na noite antes da Páscoa quando Jesus foi
crucificado, Ele "tomou o pão, deu graças e disse: comam, este é o meu
corpo" Mt 26:26, mais tarde ele morria pela raça humana. O próprio Jesus é
o cordeiro de Deus e o cordeiro da páscoa.
Tipos de ofertas que eram oferecidas:
Cordeiro Macho (Ex 12:5); Novilho (Nm 8:8); Ovelha (Lv 5:6); Pombinha ou
rolinha (Lv 12:6); Cabrito (Ex 12:5); Boi (Lv 4:10); Cabra (Lv 4:27-35); Bode
(Nm 29:5); Aves (Lv 14:1-32); Novilha Ruiva (Nm 19); Novilha que nunca
trabalhou (Dt 21:1-9); Cordeiro (Lv 14:10); Bezerro (Nm 29:8); Cordeira (Lv
14:10).
Ofertas queimadas: Ao
Israelita querer demonstrar sua consagração. O animal era queimado por
completo, tirando apenas o couro. Lv 1
Ofertas pacíficas: Ofertas
voluntárias, ação de graças, votos. Queimava a gordura no altar, o peito e a
coxa direita ficavam para o sacerdote, depois havia um banquete com o resto da
carne para demonstrar alegria. Lv 3
Ofertas pelo pecado e pela culpa: Em busca de perdão, aqueles pecados que aconteciam de
forma "ignorante". Não havia nenhuma oferta para os que pecavam
voluntariamente, devia-se restituir aquele a quem foi a vítima, então a oferta
pela culpa esta ali demonstrando que a situação tinha sido resolvida. Era
considerado pecador atrevido aquele que afrontasse diretamente a Deus, pecando
conscientemente, é eliminado do meio do povo. Lv 4-6
Quando a oferta tinha como motivo
pecado e culpa, sendo o transgressor o próprio sacerdote e toda a congregação,
levava-se o sangue para dentro do santuário, para aspersão 7 vezes diante da
cortina do véu, então a carcaça do animal era queimada fora do acampamento, mas
a gordura ficava no altar de sacrifícios. Quando quem pecava eram os
príncipes/chefes ou pessoas comuns, o sangue não entrava no santuário, era
posto apenas nas pontas dos chifres e na base do altar de sacrifícios. A oferta
era comida pelo sacerdote apenas quando o sangue não entrava no santuário e não
era oferta pelo pecado. Mas lembre-se, o fato do sacerdote está comendo a
carne, transmite-se simbolicamente as responsabilidades dos pecados para o
sacerdote.
O SACRIFICO REMIDOR. A
palavra grega se deriva do verbo que significa “libertar ante o recebimento de
um resgate”. O redentor é Jesus Cristo, o parente remidor dos eleitos de Deus —
“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”
(Lc 1.68). O preço que Jesus pagou em favor da redenção de seu povo foi o seu
próprio sangue, derramado em sua morte, no lugar dos eleitos — “o Filho do Homem...
veio para... dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E o Redentor é
também, Ele mesmo, a redenção — “Cristo Jesus, o qual se nos tornou...
redenção” (1 Co 1.30). Cristo redimiu seu povo do pecado e de tudo o que a ele
se associa.
1. Cristo redimiu de todo pecado — original ou atual, público ou secreto, de comissão ou
omissão, de pensamentos, palavras ou ações. “Virá de Sião o Libertador e ele
apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu
tirar os seus pecados” (Rm 11.26,27; Is 59.20,21). “É ele quem redime a Israel
de todas as suas iniqüidades” (Sl 130.8). Cristo “a si mesmo se deu por nós, a
fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo
exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).
2. Cristo nos redimiu da culpa do pecado — o pecado visto com base na justiça de Deus. “O Senhor
resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado”
(Sl 34.22). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados,
segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7; Cl 1.14); “Sendo justificados
gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm
3.24). (Redenção é um termo legal e, por isso, está mais relacionado à nossa
culpa do que à nossa corrupção.)
3. Cristo nos redimiu do poder do pecado — o domínio do pecado sobre os pecadores. “Visto, pois, que
os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele,
igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o
poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte,
estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).
4. Cristo nos redimiu da punição do pecado — a penalidade de morte merecida pelo pecado, devido à
transgressão da lei de Deus. Cristo profetizou a respeito dos eleitos de Deus:
“Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó
morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição?” (Os 13.14; cf.
1 Co 15.54, ss.) Portanto, “vindo... a plenitude do tempo, Deus enviou seu
Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a
lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5).
“Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3.13). Por conseguinte,
Cristo é o único que “da cova [destruição] redime a tua vida” (Sl 103.4).
5. Cristo nos redimiu da presença do pecado — um benefício a ser outorgado por Ele em sua vinda. O
Espírito Santo é “o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade”
(Ef 1.14). “Também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos
em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm
8.23). “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o
dia da redenção” (Ef 4.30). “ Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem,
com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e
erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.27-28).
A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI
A nossa reconciliação tem a ver com a
nossa inimizade contra Deus e a nossa alienação dele.[9] Assim, a
reconciliação, propriamente dita, é a remoção desta alienação proporcionando
uma relação harmoniosa e pacífica com Deus.
Esta idéia fica mais clara quando
percebemos, por exemplo, a argumentação de John Murray, que expande a idéia. Ao
comentar o texto de Romanos 5.11, uma das referências bíblicas centrais acerca
da doutrina da reconciliação, ele afirma que na reconciliação o que se destaca
não é a remoção da nossa inimizade contra Deus, pelo contrário, o verso
supracitado salienta o fato de que Deus removeu de nós a alienação que havia da
parte dEle para conosco.
Podemos também observa que esta
reconciliação, ou a remoção da base da alienação, tem a ver com a não imputação
das nossas transgressões. Ele diz “De modo que em sua misericórdia Deus
recusou-se a levar em conta contra nós os nossos pecados ou exigir que
sofrêssemos a penalidade deles.”[11]. Contudo, vale ressaltar que esses pecados
foram imputados à Cristo. Portanto, cremos que somos plenamente reconciliados
com Deus e aceitos por ele, porque nossos pecados foram imputados a Cristo e
Sua justiça nos foi imputada.
Desse modo, podemos dizer que a
Reconciliação é a obra do Pai através da qual Ele remove a alienação do
pecado[12], libertando o homem de toda inimizade, por meio de Cristo. Assim,
Deus remove a barreira tanto por causa da nossa rebeldia, quando por causa de
sua ira. Devemos notar ainda que ao fazê-lo por meio de Cristo, Deus se revela
como o verdadeiro Emanuel, ensinando-nos que toda a manifestação do seu amor
pelo eleito tem seu fundamento no sacrifício de Cristo.
A ELIMINAÇÃO DA CAUSA DA INIMIZADE. Inimizade na Bíblia é estar em conflito ou em oposição
contra outra pessoa, desejando seu mal. Inimigos lutam um contra o outro. A
Bíblia diz que devemos ser inimigos do mal mas amar nossos inimigos humanos. A
Bíblia diz que nosso verdadeiro inimigo é o diabo.
O diabo não quer nosso bem; ele quer
nos destruir (1 Pedro 5:8). Ele é nosso inimigo porque está lutando ativamente
contra nós. Por isso, devemos lutar contra o diabo e suas forças.
Vencendo a inimizade. Jesus
veio para trazer reconciliação: com Deus e com outras pessoas. Quando ele
morreu e ressuscitou, Jesus destruiu a barreira de inimizade criada pelo pecado
(Colossenses 1:21-23). Agora podemos ser amigos de Deus!
Quando deixamos Jesus trabalhar em
nossas vidas, ele nos ensina a perdoar e a viver em paz com outras pessoas. Ele
nos ajuda a ver nossos inimigos como pessoas que também precisam dele, pessoas
que devemos amar (Lucas 6:27-28). O amor de Jesus vence a inimizade e conserta
Vivificado em Cristo – Efésios 2:4-6. Nestes versos, encontramos a verdade mais importante em todo
cristianismo. “Por causa de seu grande amor por nós, Deus deu-nos vida com
Cristo.” No passado a vida não tinha
esperança, agora podemos ter a promessa e segurança em Deus. A vida anterior
era vazia e sem efeito, agora temos a alegria do Senhor e podemos começar a ser
normal e desfrutar a vida com Ele ao nosso lado.
Olhando mais profundamente para esta
passagem maravilhosa realizamos que estávamos mortos espiritualmente, por causa
dos pecados e porque não estávamos livres do poder da nossa vida pecaminosa.
Nascemos por natureza filhos da ira, e nos tornamos filhos de desobediência,
depois de rejeitar Cristo quando atingimos à idade da responsabilidade.
Por causa do Seu grande amor por nós. .
. Deus deu-nos vida com Cristo, quando admitimos que somos pecadores e que não
podemos alcançar a vida eterna por nós mesmos – (Romanos 3:23).
Acreditamos em Jesus Cristo como Filho
único de Deus que foi crucificado por nossos pecados – (Romanos 5:8). E
confessamos que Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida – (Romanos 10:9), e Ele
perdoou todos os nossos pecados. Então sendo sido salvos pela graça mediante a
fé em Jesus Cristo, os crentes são vivificados por escolher renascimento
espiritual de acordo com o amor e a misericórdia de Deus. A salvação é uma
escolha feita conscientemente por aqueles que procuram um relacionamento com o
Pai divino e Seu filho Jesus Cristo.
Ser vivificados com Cristo significa
experimentar a vida de Deus em nós; significa ser nascido de Deus por meio de
Seu Espírito. O vazio em nossas vidas é preenchido com a alegria da salvação e
somos completados quando somos levantados do túmulo do pecado, e estamos
sentados com Ele nos lugares celestiais em Cristo Jesus.
Ser vivificado com Cristo significa que
“somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as
quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” (Efésios 2:10)
Ser vivificado com Cristo significa que
Ele veio viver em nós, e Ele se juntou a nós, e nós somos uma pessoa com Ele. O
próprio Jesus nos ensinou: “Eu sou a videira, vós sois os ramos” (João 15:05).
Assim como a videira e o ramo estão interligados compartilhando a vida juntos,
então agora a nossa identidade não é mais em Adão, mas é em Cristo. Nós não
somos mais seres humanos comuns, somos novas criações ligadas a vida de Jesus
Cristo e estamos intimamente unidos a Ele, porque Cristo é a nossa vida.
REDENÇÃO ETERNA
O ESTADO PERDIDO DO
PECADOR. Quem são os ‘perdidos’ e como Deus os
trata? A Bíblia diz em Isaías 53:6: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele
a iniqüidade de todos nós.” De acordo com esse texto todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas. A humanidade é essa ovelha que se desgarrou e se
perdeu no pecado. Então Deus vai em busca do homem para salvá-lo e resgatá-lo
do pecado. Sobre Jesus Cristo caiu a iniquidade de todos nós, para que por meio
de Seu sacrifício substitutivo pudéssemos ser absolvidos de qualquer penalidade
provocada pela transgressão da lei divina. A Bíblia diz que “o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus,
nosso Senhor” (Romanos 6:23). Quando depomos nossa fé e esperança unicamente em
Deus que pode nos salvar por meio do sacrifício que Cristo fez na cruz, somos
resgatados, reconciliados e salvos.
Os ‘perdidos’ são muito importantes
para Deus. No contexto da parábola da moeda, ovelha e filho perdidos, a Bíblia
declara: “Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se
arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento” (Lucas 15:7). “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido” (Lucas 19:10).
A REDENÇÃO DO PECADOR. Livramento
de alguma forma de escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor
(q.v.). Ato de remir, isto é libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou
alguém. Redenção é um conceito básico para a visão bíblica da salvação. No AT,
a redenção está integralmente associada à vida familiar, social e nacional de
Israel. Um indivíduo israelita podería agir como um redentor, pagando um
resgate para a libertação de um escravo (Lv 25.48ss.), para recuperar um campo
(Lv 25.23ss.), ao invés de sacrificar um macho primogênito (Ex 13.12ss.), e em
favor de alguém que de outra forma seria condenado à morte (Êx 21.28 ss.).
Redenção significa que o próprio Deus,
por meio do pagamento de um preço, nos perdoa e paga a nossa divida, dando-nos
uma nova vida e a absolvição. Deus perdoa a nossa divida, e a condenação não
mais se aplica a nós. Esse preço capaz de pagar a nossa divida altíssima foi a
morte de Jesus Cristo na cruz. O sangue de Jesus foi o preço pago pelos nossos
pecados. Nós é que deveríamos ser condenados e pagar com o nosso sangue, mas
Jesus nos substituiu e foi condenado em nosso lugar para nos dar a absolvição
dos nossos crimes (pecados contra Deus).
UMA REDENÇÃO PLENA. A
condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas
garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial
(Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida por meio do
sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e espaciais da
vida humana (1Co 15.19).
CONCLUSÃO:
Ao concluir esta mensagem, devemos
refletir:
1) Grande foi o nosso resgate! Vivíamos
sob o domínio do diabo e escravizados pelo pecado, sem qualquer possibilidade
de escapar de tal situação por nós mesmos. No entanto, Deus interveio mediante
Jesus e nos “...libertou do império das trevas e nos transportou para o reino
do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”, Cl
1.13-14.
2) Agora resgatados, salvos, colocados
numa posição segura – “...e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez
assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”, Ef 2.6 – devemos amar
intensamente nossos irmãos em Cristo. Devemos lembrar que o amor ao irmão nos é
imposto como “mandamento” de Deus: “20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a
seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento:
que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”, 1 Jo 4.21.
A fé e o arrependimento devem
acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento
das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe
arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à
fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm
1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer
dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co
13.2).
No tocante à salvação, confissão
significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o
coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm
10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle
crer é hipocrisia.
Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou
presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te
ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma
porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para
receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e
à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada
mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim,
satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à
salvação.
Por. Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Bibiografia
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