20 de dezembro de 2023

O Propósito de Missões

 

O Propósito de Missões

TEXTO ÁUREO

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)

Esmiuçando o Texto Áureo

Não tenho de que me gloriar. O que ele escreve aqui é entendido à luz do versículo 15; aqui ele diz que a sua glória não era pessoal, enfatizando que não esperava, dissimuladamente, alguma recompensa deles. Ele não estava orgulhoso como se fosse seu evangelho, tampouco se orgulhava da maneira como o pregava, como se fosse habilidade dele. Paulo não pregava por orgulho próprio, mas por obrigação divina. Ele não tinha outra escolha, porque Deus, de modo soberano, o havia separado para a obra (At 9.3-6,15; 26.13-19; Gl 1.15; Cl 1.25; Jr 1.5; 20.9; Lc 1.13-1).

O castigo mais severo de Deus está reservado para os ministros infiéis, por essa razão, o curto termo “Ai” (Hb 13.17; Tg 3.1).

VERDADE PRÁTICA

Pregar o Evangelho a toda a criatura não é uma opção, mas uma imposição divina.

Esmiuçando a Verdade Prática

Ai de mim… – Deveria estar miserável e miserável se não pregasse. Minha pregação, portanto, por si só considerada, não pode ser um assunto de glória. Estou calado para isso. Sou convidado a isso de todas as formas. Deveria estar miserável se não o fizesse e buscasse qualquer outro chamado. Minha consciência me reprovaria. Meu julgamento me condenaria. Meu coração me machucaria. Eu não deveria ter conforto em nenhum outro chamado; e Deus franziria a testa para mim. Todos os ministros que são devidamente chamados para o trabalho podem dizer a mesma coisa. Eles seriam miseráveis em qualquer outro chamado. A consciência deles os reprovaria. Eles não teriam interesse nos planos do mundo; nos esquemas de riqueza, prazer e fama. O coração deles está neste trabalho, e somente nele. Nisto, apesar de circunstâncias de pobreza, perseguição, nudez, frio, perigo, doença, eles têm consolo. Em qualquer outro chamado, apesar de cercados por riquezas, amigos, riquezas, honras, prazeres, alegria, moda, eles seriam infelizes. Um homem cujo coração não está no ministério e que seria tão feliz em qualquer outro chamado, não é adequado para ser um embaixador de Jesus Cristo. A menos que seu coração esteja lá, e ele prefira isso a qualquer outro chamado, ele nunca deve pensar em pregar o evangelho. (1 Coríntios 9:16, Comentário de Albert Barnes).

LEITURA BÍBLICA = Apocalipse 5.9-14

Esmiuçando a Leitura Bíblica em Classe

5.9 - novo cântico. Cf. 15.3. O AT está repleto de referências ao novo cântico que provém de um coração que experimentou a redenção ou libertação de Deus (cf. 14.3; Sl 33.3; 9 6.1 ; 144.9).

Esse novo cântico antecipa a redenção final e gloriosa que Deus está por iniciar, com o teu sangue compraste para Deus. A morte sacrifical de Cristo em favor dos pecadores o tornou digno de tomar o livro (cf. 1Co 6.20; 7.23; 2Co 5.21; Gl 3 .3; 1Pe 1.18-19; 2Pe 2.1).

- Cantavam – grego, “cantar”: é sua ocupação abençoada continuamente. O tema da redenção é sempre novo, sempre sugerindo novos pensamentos de louvor, incorporados na “nova canção”. [Comentário A. R. Fausset]

5.10 - reino e sacerdotes. Veja nota em 1.6. reinarão sobre a terra. Veja nota em 1.6.

- Nos fez – A, B, Aleph, Vulgata, siríaco e copta lêem, “eles”. A construção hebraica da terceira pessoa para a primeira, tem uma relação gráfica com os remidos, e também tem um som mais modesto do que nós, sacerdotes (Bengel).

- Então B lê. Mas A, Aleph, Vulgata, copta e Cipriano lêem: “Um reino”. Aleph também lê “um sacerdócio” para os sacerdotes. Aqueles que lançam suas coroas diante do trono, não se consideram reis à vista do grande Rei (Apocalipse 4:10-11); embora seu acesso sacerdotal tenha tanta dignidade que seu reinado na terra não pode excedê-lo. Assim, em Apocalipse 20:6 eles não são chamados de “reis” (Bengel).

Nós devemos reinar sobre a terra – Este é um novo recurso adicionado a Apocalipse 1:6. Aleph, Vulgata e Copta leram: “Eles reinarão”. A e B leram: “Eles reinam”. Alford faz essa leitura e a explica da Igreja MESMO AGORA, em Cristo, seu Cabeça, reinando sobre a terra: “todas as coisas estão sendo colocados sob seus pés, como sob os seus; seu cargo e hierarquia real são afirmados, mesmo no meio da perseguição ”. Mas mesmo se lermos (acho que a autoridade mais pesada é contra),“ Eles reinam ”, ainda é o presente profético para o futuro: o vidente sendo transportados para o futuro quando o número total de redimidos (representados pelos quatro seres viventes) será completo e o reino visível começar. Os santos reinar espiritualmente agora; mas certamente não como quando o príncipe deste mundo for amarrado (ver Apocalipse 20:2-6). Tão longe de reinar sobre a terra agora, eles são “feitos como a imundícia do mundo e o derramamento de todas as coisas”.

Em Apocalipse 11:15,18, a localidade e o tempo do reino são marcados. Kelly traduz, “reinar sobre a terra” (grego, “{epi tees gees}”), o que é justificado pelo grego (Septuaginta, Juízes 9:8; Mateus 2:22). Os anciãos, embora governando a terra, não necessariamente (de acordo com esta passagem) permanecerão na terra. Mas a versão inglesa é justificada por Apocalipse 3:10. “Os anciãos eram mansos, mas o rebanho dos mansos é independentemente maior” (Bengel). [Fausset, aguardando revisão]

5.11 - Milhões de milhões e milhares de milhares. Lit., "miríades de miríades". O número tenciona expressar uma quantidade impossível de ser calculada. A expressão grega também pode ser traduzida por "inumerável" (Lc 12.1; Hb 12.22).

- E eu olhei – os anjos: que formam o círculo externo, enquanto a Igreja, o objeto da redenção, forma o círculo mais próximo do trono. Os exércitos celestiais rodeavam o olhar com intenso amor e adoração nesta manifestação suprema do amor, da sabedoria e do poder de Deus.

Dez mil vezes dez mil – grego, “miríades de miríades”. [Fausset, aguardando revisão]

5.12 - Poder... e louvor. Esta doxologia registra sete qualidades intrínsecas de Deus e do Cordeiro, que exigem o nosso louvor.

- De receber poder – grego, “o poder”. Os seis restantes (sendo o todo sete, o número para perfeição e completude) são todos, assim como “poder”, variou sob o único artigo grego, para marcar que eles formam um agregado completo pertencente a Deus e Seu co-igual, o Cordeiro. Compare Apocalipse 7:12, onde cada um dos sete tem o artigo.

- Riquezas – espirituais e terrenas.

- Bênção – louvor atribuído: a vontade da parte da criatura, embora não acompanhada pelo poder, para retornar bênção para a bênção conferida (Alford). [Fausset, aguardando revisão]

5.13 - No céu e sobre a terra, debaixo da terra. O coro universal da criação, incluindo os círculos externos e internos (de santos e anjos), acaba com a doxologia. A plena realização disto é ser quando Cristo toma Seu grande poder e reina visivelmente.

- Cada criatura – “todas as suas obras em todos os lugares do seu domínio” (Salmo 103:22).

- Debaixo da terra – os espíritos que partiram no Hades.

- No mar grego “, no mar”: os animais marinhos que são considerados na superfície (Alford).

- Todas as coisas que nelas há – Então a Vulgata lê. A omite “todas (coisas)” aqui (em grego, “{panta}”), e lê, “Eu ouvi tudo (grego, {pantas}) dizendo”: implicando o concerto harmonioso de todos nos quatro quartos do universo.

- Bênção, etc. – Grego, “a bênção, a honra, a glória e o poder aos séculos dos séculos”. A atribuição quadruplicada indica universalidade mundial. [Fausset, aguardando revisão]

5.14 - Quatro seres viventes. disse – Então A, Vulgata e Siríaco leem. Mas B e Coptic leram: “(eu ouvi) dizendo”.

- Amém – Então A lê. Mas B lê, “o (acostumado) Amém.” Como em Apocalipse 4:11, os vinte e quatro anciãos afirmaram que Deus merecia receber a glória, como tendo criado todas as coisas, então aqui os quatro seres viventes ratificam por sua “ Amém ”toda a criação da atribuição da glória a ele.

- Quatro e vinte – omitidos nos manuscritos mais antigos: a Vulgata o apoia.

- Aquele que vive para todo o sempre – omitido em todos os manuscritos: inserido pelos comentaristas de Apocalipse 4:9. Mas lá, onde a ação de graças é expressa, as palavras são apropriadas; mas aqui menos, como o culto deles é o da prostração silenciosa. “Adorado” (a saber, Deus e o Cordeiro). Assim, em Apocalipse 11:1, “adoração” é usada de maneira absoluta. [Fausset, aguardando revisão]

INTRODUÇÃO

Como introdução, cabe esclarecer que, o propósito da Igreja neste mundo está definido em Atos 2.42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Assim, entendemos que, de acordo com esta Escritura, o propósito da Igreja é quadruplo:

- (1) o ensino da doutrina bíblica;

- (2) providenciar um espaço de adoração para os crentes;

- (3) observar a Ceia do Senhor, e

- (4) oração.

Há ainda uma outra “comissão” dada à igreja: proclamar o Evangelho de salvação através de Jesus Cristo (Mt 28.18-20; At 1.8). A igreja é chamada a ser fiel em compartilhar o Evangelho através de palavras e ações. A igreja deve ser um “farol” na comunidade: mostrando às pessoas o caminho para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve tanto promover o Evangelho quanto preparar seus membros para proclamar o Evangelho (1Pe 3.15).

Por fim, para ilustrar bem qual o propósito da Igreja no mundo, 1º Coríntios 12:12-27, Paulo ensina que a Igreja é o “Corpo” de Deus; somos Suas mãos, boca e pés neste mundo. Devemos fazer as coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser “cristã”, no que esta palavra significava para os crentes de Antioquia da Síria: “como Cristo”, “parecidos com Cristo” e “seguidora de Cristo”.

I. O ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA

 

1. O fundamento da realidade salvífica. A salvação é a maior de todas as bênçãos espirituais que o ser humano pode receber de Deus. Apesar disso, muitas pessoas não sabem o que ela é. Isso se deve, em parte, ao caráter simplório e superficial de boa parte da educação cristã ministrada em algumas denominações evangélicas e, em parte, pela ampla divulgação de algumas doutrinas massificantes que não chegam à essência da questão. Salvação é a mudança do estado de condenação em que o pecador se encontra, por causa do pecado, para o estado de bem-aventurança, para o qual é conduzido pela graça de Deus. O apóstolo Paulo menciona esta mudança de estado em sua carta aos crentes de Colossos: “Ele [Deus] nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1.13-14). Então, entenda que a nossa missão é fazer essa ‘boa notícia’ se espalhar e chegar ao conhecimento de todos.

2. Um propósito global. A Escritura afirma com muita clareza que todos os seres humanos são pecadores (Rm 3.23; 5.12). Portanto, todos nós somos igual­mente merecedores da retribuição correspon­dente ao pecado. De acordo com a Escritura, esta justa retribuição é a morte (Rm 6.23) no seu sentido mais profundo e abrangente: morte física, morte espiritual e morte eterna. Isso implica no total rompimento de nossa comunhão com Deus.

E é importante, então, que se diga, a missão da Igreja é levar o Evangelho a toda criatura; essa ordem é atemporal, acultural e urgente! Não se trata de comunicar uma tradição, ou uma cultura, ou placa, mas de comunicar o evangelho, a boa notícia de que o homem se encontra terrivelmente condenado e precisa desesperadamente de salvação porque esta é a única maneira de termos nossa comunhão com Deus restaurada e, também, de escaparmos da condenação do inferno (Ef 2.1; Is 59.2).

II. PREGAR O EVANGELHO: A RESPONSABILIDADE DE TODO CRISTÃO

 

1. Qual é a nossa disposição? “Para os incrédulos, o Reino de Deus é só uma promessa lançada ao vento, para os discípulos de Cristo é uma realidade encarnada e já vivenciada hoje. Os fariseus, assim como os discípulos de Jesus, em determinado momento de suas jornadas, não tinham maturidade espiritual suficiente para perceber que a transformação prometida pelos profetas no Antigo Testamento não iniciaria com uma mudança governamental, como a restauração política de Judá, mas com a libertação dos corações da opressão do Inferno (Jo 14.8,9). O problema de muitos dos crentes carnais é exatamente este: como eles são afeitos às manifestações exteriores (Mt 23-5-7). Sua compreensão do Reino também é refém de sinais materiais (Lc 17.21). Só os santos vêem o invisível (Cl 1.15)”. 3° Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: Imitadores de Cristo – Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos | Escola Bíblica Dominical | Lição 06: Quem segue a Cristo Compreende o Reino de Deus.

Baseados no que acabamos de ler nessa lição destinadas aos jovens, fazer o Reino avançar parte de pequenas ações no nosso dia-a-dia, até o comprometimento de fato com a Missões. São todas as ações originadas no amor, que promove justiça, paz e alegria para a glória de Deus, ações que devem caracterizar o nascido de novo. Nunca abandone a alegria que vem do Céu (Ne 8.10) por momentos efêmeros de prazeres fugazes! Mantenha-se firme no propósito de fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10.32). Paulo, de uma forma eloquente, caracteriza o modo como devemos servir ao Reino de Deus. Nossos juízos acerca dos outros devem ser carregados da misericórdia de Cristo, caso contrário, não passam de acusações covardes e injustas contra as filhas e filhos de Deus. A vida no Reino é de doação, de dedicação ao outro, quem vive no egoísmo serve ao Maligno, nunca ao Altíssimo. É sempre importante destacar que, na medida em que o apóstolo afirmava as qualidades intrínsecas do Reino de Deus, ele estava, em 1 Coríntios 4, desmascarando o estilo de vida reprovável daqueles que, de modo arrogante, tentavam trazer confusão sobre os coríntios. E aqui mais uma vez, entenda que, espalhar o reino não significa levar nossa placa mais longe, mas sim, levar o evangelho mais longe!

2. “Pois me é imposta essa obrigação”. O apóstolo Paulo via a responsabilidade de pregar o Evangelho como uma obrigação imposta a ele (1 Co 9.16). A expressão “ai de mim se não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros: 1) a obrigação; 2) a punição. O apóstolo estava consciente de que pregar o Evangelho é uma obrigação que inside privilégio, pois é a partir do que Cristo fez por nós. Nesse sentido, é um ato de obediência a Deus. Contudo, essa obrigação também leva em conta a punição em relação à recusa sistemática dessa obrigação imposta ao apóstolo. Ora, pregar o Evangelho não é uma opção para o cristão, mas uma imposição divina.

Paulo não se gloriava de suas realizações pelo Evangelho [o quanto difere dos fenômenos de hoje...]. A glória para Paulo não era pessoal. Ele não estava orgulhoso como se fosse seu evangelho, tampouco se orgulhava da maneira como o pregava, com o se fosse habilidade dele.

Paulo não pregava por orgulho próprio, mas por obrigação divina. Ele não tinha outra escolha, porque Deus, de modo soberano, o havia separado para a obra (At 9.3-6,15; 26.13-19).

O Comentário de A. R. Fausset, neste versículo de 1Co 9.16, afirma: “para mim não é orgulho – isto é, se eu pregar o Evangelho, e não o fizer gratuitamente, eu não tenho nenhum motivo para “orgulhar-me”. Pela “obrigação” que me é colocada de pregar (compare Jeremias 20:9, e o caso de Jonas) acaba-se a base para o  “orgulho”. O único fundamento para que eu tenho para me “orgulhar” é pregar o evangelho de graça (1Coríntios 9:18): já que não tenho necessidade quanto ao último, é meu ato voluntário pelo amor do Evangelho” [Jamieson; Fausset; Brown].

Não há glória em fazer o que se é obrigado a fazer; todo cristão é obrigado a pregar o Evangelho.

CONCLUSÃO

A salvação é a ação de Deus que nos tira do império das trevas e nos conduz gracio­samente ao reino de seu Filho. Esta salvação oferecida graciosamente por Deus em Cristo é a única solução para o problema do pecado e o único recurso dado por Deus para que o homem não seja condenado ao inferno, mas desfrute da eterna e gloriosa comunhão com seu Senhor.

Boa aula

 

5 de dezembro de 2023

Missões e a Igreja Perseguida

 

Missões e a Igreja Perseguida

TEXTO ÁUREO

“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm 3.12)

Esmiuçando o Texto Áureo

 

Os cristãos fiéis devem esperar a perseguição e o sofrimento nas mãos de um mundo que rejeita Cristo (Jo 15.18-21; At 14.22).

 

Considerando que Satanás domina o sistema ímpio do mundo em rebelião contra Deus (Jo 14.30),

 

O resultado é que o mundo odeia a Jesus bem como aos que o seguem (2Tm 3.12).

 

Ódio a Jesus significa também ódio ao Pai que o enviou (Jo 15.23).

 

Os verdadeiros discípulos de Jesus devem esperar o mesmo tratamento que foi dado ao Mestre, porque os que odiavam a Jesus não conheciam a Deus (Jo 15.21),

 

Odiaram também os discípulos; por outro lado, aqueles que ouviam com fé a Jesus, também dariam ouvidos aos discípulos.

 

VERDADE PRÁTICA

 

Precisamos aprender com os cristãos perseguidos aspectos da fé cristã que só eles conhecem devido à natureza da opressão que eles experimentam.

Esmiuçando a Verdade Prática

 

Jesus nunca escondeu que seus seguidores seriam perseguidos por causa da sua fé.

 

Diante dessa certeza é importante estudarmos sobre a Igreja Perseguida e o desafio de seguir a Jesus aonde Ele é rejeitado.

 

Momento oportuno para voltamos nossos pensamentos para estes nossos irmãos que padecem por servirem ao reino e ao Rei.

 

LEITURA BÍBLICA - Atos 6.8,9,13,14; 8.1-4

Esmiuçando a Leitura Bíblica em Classe

 

6.8 = prodígios e grandes sinais. prodígios... sinais. (At 4.30; 5.12; 14.3; 15.12).

"Prodígios" refere-se à perplexidade que as pessoas sentem quando testemunham obras sobrenaturais (milagres). "Sinais" apontam para o poder de Deus por trás dos milagres — maravilhas não têm valor a não ser que apontem para Deus e sua verdade. Tais obras muitas vezes foram realizadas pelo Espírito Santo por intermédio dos apóstolos (At 5.12-16)

 

E seus companheiros (At 6.8) para autenticá-los como mensageiros da verdade de Deus (2Co 12.12; Hb 2.3-4

 

6.9 = Parece que esse versículo descreve três sinagogas: a sinagoga dos Libertos, outra composta de cireneus e alexandrinos, e uma terceira composta de pessoas da Cilícia e da Ásia. Diferenças culturais e linguísticas entre os três grupos tornam pouco provável que eles frequentassem a mesma sinagoga; As sinagogas eram lugares de reunião, que começaram a existir no período intertestamentário onde os judeus dispersos (geralmente helenistas), que não tinham acesso ao templo, podiam reunir-se na sua comunidade para culto e leitura do Antigo Testamento.

 

Os Libertos eram descendentes de escravos judeus capturados por Pompeu (63 a.C.) e levados para Roma. Mais tarde foram libertados e formaram uma comunidade judaica ali; Cireneus eram homens de Cirene, cidade no norte da África. Simão, o homem que foi obrigado a carregar a cruz de Jesus, era natural de Cirene (Lc 23.26), e Alexandrinos, oriundos de Alexandria, outra cidade importante no norte da África, localizava-se perto da boca do rio Nilo.

 

O poderoso pregador Apolo era de Alexandria (At 18.24).

 

Cilícia e Ásia, províncias romanas na Ásia Menor (atual Turquia). Pelo fato de a cidade natal de Paulo (Tarso) se localizar na Cilícia, ele provavelmente frequentava essa sinagoga. discutiam com Estevão. A palavra traduzida por "discutiam" significa debate formal. Sem dúvida, eles centravam-se em temas como a morte e ressurreição de Jesus e a evidência do Antigo Testamento de que ele era o Messias.

 

6.11 = blasfêmias contra Moisés e contra Deus. Incapazes de vencer o debate com Estêvão, seus inimigos recorreram à fraude e à conspiração. Assim como fizeram com Jesus (Mt 26.59-61), eles recrutaram secretamente falsas testemunhas para espalhar mentiras a respeito de Estevão. As acusações foram sérias, pois a blasfêmia era punível com a morte (Lv 24.16).

 

6.14 = Jesus, o nazareno, destruirá este lugar. Outra mentira, pois as palavras de Jesus (Jo 2.19) referem-se ao seu próprio corpo (Jo 2.21).

 

8.1 = consentia. A ira assassina de Paulo contra os crentes foi manifestada aqui na sua atitude em relação a Estêvão (1Tm 1.13-15). exceto os apóstolos.

Eles permaneceram por causa de sua devoção a Cristo para cuidar dos crentes de Jerusalém e para continuarem a evangelizar a região (At 9.20-27). foram dispersos.

 

Liderada por um judeu chamado Saulo de Tarso, a perseguição espalhou a comunidade de Jerusalém e gerou a primeira ação missionária da igreja. Nem todos os membros da igreja de Jerusalém foram forçados a fugir; os helenistas, pelo fato de Estêvão ser provavelmente um deles, suportaram o impacto da perseguição (At 11.19-20).

 

8.2 = homens piedosos. Provavelmente judeus piedosos (At 2.5; Lc 2.25) que protestaram publicamente contra a morte de Estêvão.

 

8.3 = assolava a igreja. O verbo "assolar" foi usado em escritos extra bíblicos para referir-se à destruição de uma cidade ou ser estraçalhado por um animal feroz.

 

8.4 = iam por toda parte. O verbo grego é usado frequentemente em Atos para expressar esforços missionários (At 8.40; 9.32; 13.6; 14.24; 15.3,41; 16.6; 18.23; 19.1,21; 20,2).

 

INTRODUÇÃO

 

Quando falamos de perseguição religiosa logo vem à nossa mente países como Coréia do Norte, China, Irã, entre outros, e esquecemos que aqui mesmo no Brasil temos a nossa “Janela 10/40” que permanece inalcançada e por vezes, se mostra uma perseguidora da fé. Perseguição aos cristãos é o conjunto de atos de maus tratos físicos ou psicológicos, incluindo agressões e assassínios exercidos por não cristãos sobre cristãos, motivados os primeiros pela diferente identidade e manifestações religiosas e étnicas dos segundos.

 

O site do noticias.uol.com.br trouxe a seguinte manchete: “Mais de 360 milhões de cristãos foram perseguidos em 2022; veja os países que oferecem maior risco...” a reportagem traz a Coréia do Norte como “o pior país para cristãos”.

 

A missão Portas Abertas (https://portasabertas.org.br/) publica anualmente um "índice global" da perseguição aos cristãos, listando todos os ataques, desde a "discreta opressão diária" até a "violência mais extrema". Os registros preocupantes de martírios e ataques a igrejas são uma amostra de quanto é difícil ser cristão em boa parte do mundo moderno, algo que não passa em nossas mentes ocidentais e nem nos preocupa.

 

Esta lição deverá ser o “start” que precisamos nesse momento para lembrarmos da igreja sofredora, nos preocuparmos com eles, orarmos por essa igreja subterrânea e investimos em obras evangelizadoras que arriscam tudo levando Jesus em terras avessas ao evangelho.

 

I. A IGREJA NASCEU EM UM CONTEXTO DE PERSEGUIÇÃO

 

1. A perseguição contra Estêvão, o primeiro mártir. Estêvão foi o um dos sete homens escolhidos por ordem dos apóstolos para serem diáconos da Igreja Primitiva de Jerusalém. Ele cuidava da distribuição da assistência às viúvas e aos necessitados. O ministério de Estêvão foi muito além da diaconia das mesas. Além de cumprir suas responsabilidades perante a Igreja Primitiva, Estêvão se empenhou em proclamar o Evangelho, ficando marcado na História da Igreja. O texto bíblico nos informa que Estêvão, tomado de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Estêvão e Filipe são citados no Novo Testamento realizando milagres semelhantes aos realizados pelos apóstolos. Após ser acusado de blasfêmia, Estêvão foi levado perante o Sinédrio. Ali, falsas testemunhas depuseram contra ele, o acusando de pregar contra a adoração no Templo e contra a Lei (At 6.13). A pregação de Estevão não caiu bem nos ouvidos do Sinédrio e eles ficaram irados com Estêvão. Mas Estêvão não estava preocupado com isso. Ele estava recebendo uma visão de Jesus no Céu (At 7.55-56).

 

2. A igreja foi dispersada. Liderada por um judeu chamado Saulo de Tarso, a perseguição espalhou a comunidade de Jerusalém e gerou a primeira ação missionária da igreja. Nem todos os membros da igreja de Jerusalém foram forçados a fugir. A morte de Estêvão foi um momento de grande tristeza e marcou o início da primeira perseguição feroz aos cristãos. Mas, ao mesmo tempo, esse acontecimento fez com que o evangelho fosse pregado em muitos lugares novos, fazendo a igreja crescer ainda mais!

 

O exemplo de Estêvão deu (e ainda dá) coragem a muitos outros cristãos que enfrentaram grandes perigos por sua fé. Mas Deus, em Sua soberania e governança, e que sabe como conter as crescentes paixões dos homens, anulou a posição dos perseguidores para o cumprimento de Sua própria vontade – a expansão do Evangelho.

 

Hoje não é diferente, Deus não deixou de ser Soberano sobre sua criação, Ele governa e certamente, onde ainda há resistência ao Evangelho, aí há um propósito divino, ainda que encoberto para nós. Nisso é verdadeira a frase cunhada por Tertuliano (150 – 220 d.C.): “o sangue dos mártires é a semente da igreja.” Diferentemente da igreja primitiva, que pagava com sofrimentos e com a própria vida por sua fé, a igreja de hoje é desafiada a assumir o seu mandato e seu sentido de estar contida no mundo.

 

3. A perseguição cristã é uma realidade. O primeiro caso documentado de perseguição aos cristãos pelo Império Romano direciona-se a Nero. Em 64 d.C. houve o grande incêndio de Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia sido posta em questão, era o suspeito de ter ateado fogo.

Em seus Anais, Tácito afirma que: “Para se ver livre do boato, Nero prendeu os “culpados” e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamada cristãos pelo populacho”.

 

No período da conversão de Tertuliano, se deu a perseguição sob o governo de Setímio Severo (193-211). Durante algum tempo ele favoreceu os cristãos, mas perto do ano 202 sua benevolência chegou ao fim. Os cristãos do norte da África foram os que mais sofreram com a crueldade das perseguições sob seu governo. De nada adiantaram as defesas jurídicas do advogado e apologista cristão Tertuliano.

 

O número de mártires era grande. Um exemplo disto foi o martírio de duas cristãs, Perpétua e Felicidade, que foram estraçalhadas pelas feras. Não obstante, o número de conversões era ainda muito maior a ponto de Tertuliano exclamar: o sangue dos mártires é semente da igreja. Penso ser necessário, a igreja repensar sua trajetória, olhar para o passado, para o seu nascedouro e o testemunho daquela tão espessa “nuvem de testemunhas”, Cf. Heb 12: 1.

 

Sua fé não sucumbiu em meio às perseguições. Eles testemunharam na história da igreja de forma MAIÚSCULA, embora muitos de forma anônima. Certamente o mais importante para eles era o legado e não seus nomes. Vivemos hoje em um mundo em que o homem deseja ser visto, notado. Há uma febril e frenética busca por deixar o nome e não um legado para a história. Precisamos vencer a tentação de sermos aceitos pelo “mundo” e  fazer a diferença para ele. Nós temos uma missão, e esta não consiste em querer ser aprovado pelo mundo, mas mostrar ao mundo, o desejo de Deus para ele. Que possamos continuar sendo a semente de Deus neste mundo. "O SANGUE DOS MÁRTIRES É A SEMENTE DA IGREJA" - Um desafio ao Testemunho Cristão, pelo Pr. Edmar Leonardo da Silva, disponível em: http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=3513.

 

II. A PERSEGUIÇÃO CRISTÃ NA ATUALIDADE

 

1. Em muitos lugares ser cristão é perigoso. O Artigo 5º da nossa Constituição nivela todos os cidadãos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. O inciso VI diz que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. É emblemático para nós cristãos em especial, porquê buscamos esse direito mas, por vezes, corremos o risco de sermos intolerantes com outras crenças.

É interessante o Artigo 5º porquê, enquanto nos protege em relação à crença e culto, também pode ser um elemento restringidor à evangelização. Veja estas duas situações emblemáticas:

(1) Ação direta de inconstitucionalidade – designação de pastor evangélico para atuar nas corporações militares – ofensa à liberdade religiosa

 

"1. A regra de neutralidade do Estado não se confunde com a imposição de uma visão secular, mas consubstancia o respeito e a igual consideração que o Estado deve assegurar a todos dentro de uma realidade multicultural. Precedentes.

 

2. O direito à liberdade de religião, como expectativa normativa de um princípio da laicidade, obsta que razões religiosas sejam utilizadas como fonte de justificação de práticas institucionais e exige de todos os cidadãos, os que professam crenças teístas, os não teístas e os ateístas, processos complementares de aprendizado a partir da diferença.

 

3. O direito dos militares à assistência religiosa exige que o Estado abstenha-se de qualquer predileção, sob pena de ofensa ao art. 19, I, da CRFB. Norma estadual que demonstra predileção por determinada orientação religiosa em detrimento daquelas inerentes aos demais grupos é incompatível com a regra constitucional de neutralidade e com o direito à liberdade de religião." (grifamos) ADI 3478/RJ

 

(2) Ação direta de inconstitucionalidade – manutenção obrigatória de exemplares da Bíblia Sagrada nas unidades escolares da rede estadual de ensino e nos acervos das bibliotecas públicas – violação dos princípios  da liberdade religiosa e da laicidade estatal

 

"2. A laicidade estatal, longe de impedir a relação do Estado com as religiões, impõe a observância, pelo Estado, do postulado da imparcialidade (ou neutralidade) frente à pluralidade de crenças e orientações religiosas e não religiosas da população brasileira. 3. Viola os princípios da isonomia, da liberdade religiosa e da laicidade estatal dispositivos legais que tornam obrigatória a manutenção de exemplares da Bíblia Sagrada nas unidades escolares da rede estadual de ensino e nos acervos das bibliotecas públicas, às custas dos cofres públicos.” ADI 5256/MS (Disponível em: https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/direito-constitucional/fundamentos-da-liberdade-de-religiao.)

Como todos sabem, o apóstolo Paulo era judeu, nascido em Tarso, Capital da Cilícia, Província Romana situada na Ásia Menor e possuía cidadania romana. Naquela época, possuir a cidadania romana era muito importante e assegurava aos que a possuíam direitos e privilégios especiais. Cidadãos romanos eram isentos (pelas leis de Valério e Pórcio) desses métodos brutais de interrogação. A afirmação de Paulo não seria questionada, porque a penalidade para uma pessoa que falsamente dizia ler cidadania romana era a morte. O centurião informou ao comandante sobre a Cidadania de Paulo, alertando-o contra um ato que podia pôr um fim na carreira militar de Lísias — ou até mesmo custar-lhe a vida.

A cidadania romana não estava oficialmente à venda, mas às vezes podia ser obtida mediante o suborno de oficiais corruptos.  Como citado no texto da lição, Paulo não usurpou-se de fazer uso do direito que a lei lhe garantia.

 

2. Coreia do Norte: a nação mais fechada ao Evangelho. O portal https://exame.com/mundo traz a seguinte reportagem: “Os 10 piores países para ser cristão - Religião mais globalizada, o cristianismo é minoria nos países desta lista, onde seus seguidores são perseguidos, hostilizados e até assassinados (...)Um em cada 12 cristãos no mundo vive em países onde a prática da sua religião é proibida. Nesses lugares, quem segue Jesus sofre perseguições, hostilidade e violência. Só no ano passado, ao menos 3 mil praticantes do cristianismo foram mortos e mais de 700 igrejas foram depredadas, aponta a mais nova edição do relatório "World Watch List".” A Coreia do Norte tem uma população estimada em 25.405.000, destes, o número de cristãos é de apenas 300.000.

 

O regime ditatorial norte-coreano é o principal opressor do cristianismo. No país que idolatra líderes supremos da família Kim, os cristãos são vistos como elementos hostis na sociedade e, por isso, devem ser erradicados. Segundo o relatório, devido à constante doutrinação que permeia todo o país, vizinhos e até membros da família são vigilantes e denunciam qualquer atividade religiosa suspeita para as autoridades. Portas Abertas disse que a Coreia do Norte é o país número 1 na Lista Mundial da Perseguição desde 2002. Isso classifica a nação como o país mais fechado do mundo ao evangelho e onde é mais difícil viver como cristão.

 

III. COMO AJUDAR A IGREJA PERSEGUIDA

 

1. Conhecer a gravidade da situação. Na verdade experimentamos em nossa nação uma espécie silenciosa de “cristofobia”. Os cristãos são o grupo religioso mais perseguido mundialmente, um em cada oito cristãos sofre com isso, de acordo com relatório da Open Doors. Essa perseguição, e também a omissão da mídia e poder público no nosso país, parece fazer vistas grossas a perseguição que surge aos poucos no Brasil.

 

Ainda que seja uma nação majoritariamente cristã, entre católicos e evangélicos, a cristandade é maioria, mas isso parece não dizer nada à mídia e ao poder público. É bem recente episódios de invasão de templos católicos durante a missa, a pichação de templos evangélicos; acusação de outras crenças, e tudo isso não sai uma nota na mídia, ao contrário, quando sai, é nesse teor, por exemplo, o portal Carta Capital trouxe a seguinte reportagem: “‘Cristofobia’ no Brasil, a mentira que não quer calar - Existem, sim, registros de casos pontuais de intolerância contra cristãos, especialmente evangélicos. Porém, são situações isoladas, que não representam uma ação coletiva ou mesmo política”.

 

2. Ore pela igreja perseguida. e se convertam ao Evangelho, como ocorreu com o apóstolo Paulo. Os cristãos devem ser capazes de se identificar com o sofrimento de outros porque eles também sofrem dor física ("em pessoa") e passam por dificuldades. Para nós, que vivemos em contexto de “não-perseguição”, ou pelo menos uma perseguição voraz como estas nações da Janela 10/40, não é muito fácil interceder de forma correta pelos cristãos perseguidos. A realidade parece ser tão distante da nossa e nem mesmo sabemos qual é exatamente o pedido de oração deles.

 

Não devemos, repito, não devemos orar com extrema compaixão, com pena, ou mesmo pedir a Deus que os livre de tanto sofrimento e perseguição. Interceda pelos cristãos perseguidos não como se eles fossem “coitadinhos”, mas como pessoas dignas, que se sentem honradas por participar dos sofrimentos de Cristo. Há muitas passagens bíblicas que mostram isso, como a Primeira Carta de Pedro, escrita em contexto de intensa perseguição ao evangelho (1Pe 4.12-16).

Devemos orar pedindo por intrepidez, coragem, sinais e poder – não necessariamente por livramento, segurança e tranquilidade (At 4.29-31); Devemos interceder crendo na soberania de Deus, que usa o sofrimento e a perseguição para os seus desígnios de alcançar mais pessoas com a sua maravilhosa graça. Paulo compartilha com Timóteo que, apesar de estar preso, a palavra de Deus não está algemada (2Tm 2.8-10).

 

3. Se envolva com a causa da igreja perseguida. Devemos interceder de forma inclusiva. É interessante que na área de perseguição, os cristãos estão todos no “mesmo balaio”: ortodoxos, católicos e protestantes. Eles são igualmente perseguidos em locais em que radicais de outra religião são a maioria e a presença cristã os incomoda de variadas formas. Por isso, devemos incluir todos eles em nossa intercessão.

 

O relatório de 2010 sobre ações anticristãs, produzido pela Associação Evangélica da Índia, descreve de forma cronológica as ações contra protestantes (de diferentes matizes) e católicos no país. (Trata-se de um impressionante relatório de 27 páginas, contendo dados de ações de violência e intimidação aos cristãos em 18 estados)

 

A Agência Fides revelou que em 2010 foram assassinados 23 agentes pastorais católicos no mundo. O dado surpreendente é que o continente americano foi o campeão, com a morte de 15 destes agentes: 10 sacerdotes, 1 religioso, 1 seminarista e 3 leigos.

Devemos transformar a intercessão em ações práticas.

 

A maior necessidade dos cristãos perseguidos é de encorajamento – por meio de orações, sim, mas também por meio de ações simples, como:

 

Escrever cartas de encorajamento;

 

Assinar listas e abaixo-assinados, destinados a autoridades responsáveis pela integridade física dos cristãos e cidadãos de um modo geral (há outros grupos religiosos no mundo, não-cristãos, perseguidos por radicais de religiões majoritárias);

 

Prestar advocacia mais ampla, na defesa dos direitos humanos também na área religiosa;

 

Contribuir financeiramente com a igreja sofredora;

 

Ir viver no meio deles, para encorajá-los e servir à igreja nacional.

Há várias organizações que podem ser procuradas para nos ajudar a ajudar5. Que Deus nos ensine a orar e a agir como convém em favor dos nossos irmãos da igreja sofredora.

 

 CONCLUSÃO

De acordo com o Irmão André, fundador da Portas Abertas, a perseguição acontece quando um sistema político ou religioso não permite que cristãos tenham acesso à Bíblia, proíbe ou limita o evangelismo, não permite que cristãos se reúnam em igrejas ou ensinem sobre missões.  Falando de perseguição em contexto brasileiro, nós podemos expressar nossa fé livremente, ninguém é expulso de algum local por ser cristão, nenhuma pessoa morre ou é presa no Brasil por ser cristã, no entanto, ela se mostra por outro viés, o da omissão e do preconceito.

Precisamos com urgência lutar em jejum e oração pelos cristãos perseguidos mundo a fora, sem esquecer da nossa Janela 10/40! Sim, prezados. Nesta faixa marrom do mapa abaixo é quase proibido falar do Evangelho. É o Sertão brasileiro! Em alguns lugares se perde o emprego. Em outros se perde a família. A hegemonia católica “popular” se impõe e desafia o evangelismo. Pior, algumas igrejas brasileiras afeitas à região fecham os olhos. A alegria que existe, por vezes, para enviar um missionário em missões transnacionais não é a mesma para enviar alguém ao Sertão Nordestino ou aos povos ribeirinhos e ciganos.

 

 

FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA

Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB