3 de junho de 2015

JESUS E O DINHEIRO



JESUS E O DINHEIRO

Texto Áureo = “E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!” (Lc 18.24)

Verdade Prática = As Escrituras não condenam a aquisição honesta de riquezas, e, sim, o amor a elas dispensado.

LEITURA BÍBLICA= Lucas 18:18-24

INTRODUÇÃO

Guerras, assassinatos, fomes e violência. Tanto no passado como no presente, podemos afirmar que boa parte desses males tem como causa primária o amor ao dinheiro. De fato, é o que as Escrituras afirmam em 1 Timóteo 6.10. Já vimos que ser rico e possuir bens não é errado, pois “a bênção do Senhor é que enriquece” (Pv 10.22). Todavia, amar o dinheiro significa torná-lo nosso senhor em vez de nosso servo. Isto traz um grande mal, pois na condição de senhor o dinheiro torna-se um tirano cruel. Por isso, nesta lição, aprenderemos como usar o dinheiro de forma que ele venha a glorificar a Deus.

A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Os termos usados pelos romanos e judeus para gado e para dinheiro mostram o lugar central que o gado possuía nos sistemas romanos e israelitas de permuta.

A palavra latina pecunia (dinheiro) vem de pecus (gado), enquanto a palavra hebraica comum para gado, miqneh, pode significar "preço de compra" ou "posse (adquirida por meio de compra)", como acontece em Gêneses 17.12,13; 23.18; Levítico 25.16. Naturalmente, outras mercadorias e animais, como ovelhas e cabras, também eram usados nas permutas. Hirão foi pago em azeite e trigo por sua ajuda na edificação do Templo (1 Rs 5.11).

A moeda só foi inventada no século VII A.C.. A primeira referência veterotestamentária às moedas aparece em Esdras 2.69, onde se lê sobre as “dracmas”, que eram dários persas de ouro. O Novo Testamento faz alusão a diversas moedas de ouro, de prata e de cobre.

Em parte alguma da Bíblia as riquezas materiais são consideradas como más por si mesmas. De fato, Israel recebeu ordens para honrar ao Senhor com os seus ‘bens’ (Pv 3.9), e os dízimos eram uma parte integral da adoração. Não obstante, as riquezas materiais com frequência se tomavam motivo de tentação, pelo que o salmista sabiamente aconselhou: “... se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10). 

O amor ao dinheiro desperta o lado mais primitivo do ser humano. O homem pode ser capaz de mentir, aplicar golpes, dissimular, roubar e até matar. Gananciosos constroem impérios sem atentar na pobreza estabelecida ao seu redor. O apego ao dinheiro é o elemento responsável pelas tragédias humanas. À luz do ensino de Provérbios, devemos munir-nos da sabedoria divina em relação ao dinheiro para não cometermos as mesmas injustiças que os homens sem Deus cometem.

O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ

1. Para promover valores espirituais. Um dos melhores conselhos sobre a promoção dos valores espirituais pode ser encontrado em Provérbios: “Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência” (Pv 23.23). Aquilo que é eterno custa caro e, por isso, poucos têm interesse nesse investimento.

Para Judas foi mais fácil vender Jesus do que se desfazer de sua cobiça. O mesmo aconteceu com os irmãos de José. Venderam-no para o Egito por um punhado de dinheiro (Gn 37.1-36). Hoje, muitos crentes estão negociando a sua herança espiritual e moral, trocando-a por coisas pecaminosas. Por que não investir o dinheiro naquilo que promove a sabedoria, a instrução e o conhecimento? Cuidado! Não desperdice o seu salário com futilidades. Adquira somente o que glorifica a Deus e honra o Evangelho de Cristo.

Em parte alguma da Bíblia as riquezas materiais são consideradas como más por si mesmas. De fato, Israel recebeu ordens para honrar ao Senhor com os seus “bens” (Pv 3.9), e os dízimos eram uma parte integral da adoração. Não obstante, as riquezas materiais com frequência se tomavam motivo de tentação, pelo que o salmista sabiamente aconselhou: “... se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10). A atitude de Jó para com a totalidade da vida também se aplica ao seu aspecto econômico: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1.21).].

2. Para promover o bem-estar social. Para o pobre, o dinheiro mal dá para suprir as necessidades mais elementares e básicas. Felizmente, o dinheiro não é o único valor que realmente conta, pois “melhor é o pobre que anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico” (Pv 28.6).

Entretanto, há muitos crentes com dinheiro, e muito dinheiro, mas que não o utilizam para honrar a Deus e ajudar ao próximo. Eles não trazem os seus dízimos à Casa do Senhor, não ofertam, não contribuem com a obra missionária, não investem em obras sociais e nem do bem-estar da própria família cuidam. A estes as Escrituras chamam de insensatos (Pv 17.16 — ARA). Os tais ainda não leram o conselho do sábio: “Porque as riquezas não duram para sempre; e duraria a coroa de geração em geração?” (Pv 27.24). 

Quando morrerem, outros irão usufruir o que eles deixarem!Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal “a palavra traduzida por ‘avareza’ (pleonexia) literalmente significa a sede de possuir mais”. A ganância, o desejo excessivo de possuir mais e mais tem levado muitos a se envolverem em negócios ilícitos, como por exemplo, a prática da agiotagem, suborno, corrupção. A agiotagem é uma prática perversa e bem antiga. A Palavra de Deus proíbe tal prática desumana (Dt 23.19,20). Segundo o Código Penal Brasileiro, agiotagem é crime. Devemos ajudar aqueles que estejam realmente sofrendo, sem meios para atender às necessidades básicas da vida (Êx 22.14; Lv 25.35; Mt 5.42). Quanto aos pobres, não devemos emprestar e sim dar-lhes (cf. Mt 14.21; Mc 10.21; ver Pv 19.17).].

O DINHEIRO É UMA BÊNÇÃO DE DEUS

Desde o princípio, o homem lida com o dinheiro (Gn 23.16) que nos foi dado por Deus para ser bênção em nossa vida: “A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto” (Pv 10.22). Através do dinheiro podemos cuidar de nossa família:

“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (I Tm 5.8), adquirir bens: “Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra” (Jó 1.10), abençoar alguém que necessite (At 4.34) e ainda investir no reino de Deus (Mt 6.20).

a) Dinheiro, um recurso material. O crente deve saber que o dinheiro é apenas um recurso material, que precisa ser aplicado com sabedoria para que não traga prejuízos espirituais (I Tm 6.10).

Tais recursos não devem nos tornar gananciosos (Lc 12.16-19), pois a nossa vida não consiste na abundância do que possuímos (Lc 12.15).

b) Um meio para sermos abençoados. O dinheiro é apenas um meio em si, e não o fim, por isso o conselho de Deus: “... se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o vosso coração” (Sl 62. 10b).

Lembremo-nos que o dinheiro é apenas uma “sombra” (Ec 7.12), e não o principal em nossas vidas (I Tm 6.8); um meio para sermos abençoados (Jz 1.15).

c) Uma bênção para a igreja. A casa do Senhor é abençoada com o dinheiro do povo de Deus (II Rs 12.9).

Nossa contribuição é empregada nas mais diversas necessidades da obra e na expansão do reino de Deus (Fp 4.15,16).
Qualquer que sejam os recursos eles devem ser aplicados com sabedoria                                       (II Rs 12.11,12), para que o nome do Senhor seja glorificado.

A DIFERENÇA ENTRE SER RICO E SER PRÓSPERO

A verdadeira prosperidade não é sinônimo de riqueza material, como muitos pensam. Nem sempre um homem rico pode ser considerado como próspero e, da mesma maneira, não podemos dizer que um homem pobre não possa ser próspero. A diferença consiste em possuir a benção de Deus sobre o que se tem (Dt 11.27; 16.17; 28.2,8; Ef 1.3). Nas Sagradas Escrituras, ser próspero não significa, necessariamente, possuir riqueza e bens materiais. José, por exemplo, era próspero, mesmo quando estava como escravo, ou até mesmo na prisão (Gn 39.2,3; 39.23); Daniel e os três jovens hebreus prosperaram em Babilônia, mesmo na condição de cativos (Dn 3.30; 6.28). A prosperidade depende, principalmente, da obediência a Deus, e à Sua Palavra (Nm 14.41; Dt 29.9; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr 24.20; Sl 1.1-3)

USANDO O DINHEIRO COM SABEDORIA

O dinheiro está diretamente ligado aos bens materiais, e precisamos de sabedoria no seu uso para não sermos sufocados por ele (Pv 30.7,8; Mt 13.22).

Devemos atentar para a palavra de Paulo, quando disse: “... porque já aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11).

Precisamos aprender a viver com modéstia para que não sejamos escravizados pelo dinheiro (Fp 4.12,13).

a) Não gastá-lo inutilmente. O profeta de Deus brada ainda hoje, dizendo: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?”(Is 55.2). Quantas pessoas vivem a gastar dissolutamente o que tem recebido como “produto do seu trabalho” (Lc 15.13,14).

Lembre-se, não podemos gastar “tudo o que ganhamos”, mas fazer um depósito para o dia da necessidade (Pv 10.5).

b) Não acumular dívidas. A Bíblia é enfática, quando diz: “Ai daquele que se carrega a si mesmo de dívidas!” (Hc 2.6).
As dívidas são o resultado da má administração do dinheiro; compramos além das nossas possibilidades. Por isso a Bíblia ensina: “... não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes...” (Rm 12.16). E preciso vigiar para que também não sejamos fiadores de dívidas (Pv 22.26).

c) Não viver em função do dinheiro. Infelizmente, muitas pessoas vivem em função do dinheiro, mas veja o que diz a Bíblia:“O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda...“ (Ec 5.10).

Paulo ensina que “o amor do dinheiro” é a raiz de todos os males (I Tm 6.10), enfatiza ainda que “nessa cobiça”, vêm os desvios da fé e muitas dores. Devemos, portanto, viver em função da bênção de Deus: “A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto” (Pv 10.22).

USANDO O DINHEIRO COM GENEROSIDADE

O crente, como bom mordomo do seu dinheiro, atenta para a bênção da generosidade: “A alma generosa prosperará, e o que regar também será regado” (Pv 11.25).

Aqui está o segredo para que recebamos todas as bênçãos de Deus: “Dai e servos-á dado...“ (Lc 6.38).

a) Generosidade, um princípio divino. O apóstolo Paulo nos ensina através da igreja de Corinto que a generosidade é um princípio divino para que haja “igualdade”: “suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade” (II Co 8.14).

As desigualdades sociais são fruto da falta de generosidade dos ricos para com os pobres, o que não havia na Igreja Primitiva (At 4.34,35). Que possamos seguir-lhes o exemplo de generosidade.

b) A generosidade em repartir. Repartir é um dom divino, e precisamos alcançar essa graça: “Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante?” (Is 58.7).

A ordem bíblica para nós, é repartir: “Repartes com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Ec 11.2).
Isto significa ser verdadeiros mordomos daquilo que temos recebido do Senhor, através do nosso trabalho: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28).

c) A generosidade se prova com amor. O crente que compreende o que significa ser “mordomo”, prova sua generosidade através do amor ao próximo: “Quem, pois tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as sua entranhas, como estará nele o amor de Deus?” (I Jo 3.17).

A generosidade é prova de nossa fé e do nosso amor ao próximo (Tg 2.14-16).

A PROSPERIDADE É UMA BÊNÇÃO DIVINA

A prosperidade é derramada sobre a casa do justo (Sl 112.1,2), e a Bíblia complementa dizendo:  “Fazenda e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre” (Sl 112.3).

Isto nos faz entender claramente que a prosperidade é uma bênção divina: “Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o Senhor, que se compraz na prosperidade do seu servo” (Sl 35.27).

a) O exemplo de Abraão. A Bíblia dá testemunho de Abraão como um homem de fé (Gn 12.1,5). Ele peregrinou por Canaã como um homem rico e próspero: “Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro” (Gn 13.2), pois tinha a bênção de Deus.  Paulo diz que a bênção de Abraão tem chegado até nós por Jesus Cristo (Gl 3.14), de maneira que podemos hoje também desfrutar da mesma prosperidade (II Co 8.9).

b) A honestidade na prosperidade. Não há nada de errado ou pecaminoso em sermos prósperos materialmente, desde que sejamos honestos em nossa prosperidade:“Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr em lugar alto o seu ninho, a fim de livrar-se das garras do mal” (Hc 2.9).

Devemos crescer com o fruto do nosso trabalho (Pv 13.11), para que possamos ser exemplos para as gerações futuras (Gn 39.2).

c) A prosperidade aplicada no reino dos céus. Sendo a prosperidade resultado da bênção de Deus em nossa vida, devemos aplicar também parte dessa “bênção” no reino de Deus: “Mas ajuntai tesouros no céu ...“ (Mt 6.20).
Jesus falou sobre isso alertando que, “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.2 1). Se as nossas riquezas estiverem no céu, o nosso coração estará lá também.

FALAR SOBRE FINANÇAS PARECE SER ALGO MUITO POUCO ESPIRITUAL

Acontece, entretanto, que, na prática, não podemos ignorar o fato de que lidamos com esse assunto todos os dias. Existem 1.565 versículos que falam em dinheiro. Curiosamente, dos 107 versículos do sermão do monte 28 se referem a dinheiro. Além disso, Jesus se referiu ao dinheiro (ou riqueza) em 13 parábolas. Isso mostra como a Bíblia trata desse assunto com expressividade.

O Senhorio de Deus é sobre absolutamente todas as coisas, inclusive sobre as riquezas e os recursos. Ele tem todo o poder e autoridade sobre tudo e todos. O profeta Ageu escreveu que o Senhor dos Exércitos disse: "minha é a prata e meu é o ouro" (Ageu 2.8). Desde os tempos de Moisés havia a compreensão que "é Ele que te dá força para adquirires riquezas..." (Deuteronômio 8.18).

Vamos apontar alguns princípios bíblicos sobre finanças e citar referências selecionadas para fundamentar esses princípios. Comentários adicionais se fazem desnecessários. Abra seu coração e deixe o Espírito de Deus revelar em sua vida a aplicação de cada princípio desses para não cair na insensatez.

EM RELAÇÃO A VOCÊ MESMO

1.    Viva do seu trabalho - Efésios 4.28: "Aquele que furtava, não furtes mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir o necessitado". - Salmo 128.2: "Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem".  - 1 Tessalonicenses 4.10-12:  "Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos, de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar".

2.    Não viva à custa dos outros - 2 Tessalonicenses 3.7-8,10,12: "...pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão a custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós ...Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma...A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão..."

3.    Planeje seus gastos - planejar vem antes de gastar! - Lucas 14.28: "Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?"
4.    Invista no que é necessário - Isaías 55.2: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares".

5.    Contente-se com o que tem - 1 Timóteo 6.6-8: "De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com o que vestir, estejamos contentes".

6.    Não tenha apego ao dinheiro - 1 Timóteo 6.9-10: "Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores".

7.    Não seja servo do dinheiro - Mateus 6.24: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de se aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza".

EM RELAÇAO A FAMILIA
8.    Cuide de sua família - 1 Timóteo 5.8: "Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente".

9.    Guarde para seus filhos - 2 Coríntios 12.14: "Eis que pela terceira vez, estou pronto a ir ter convosco e não vos serei pesado, pois não vou atrás de vossos bens, mas procuro a vós outros. Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos".  Provérbios 13.22a: "O homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos".

EM REALAÇAO A DEUS

10.    Reconheça que tudo vem dele - 1 Crônicas 29.14: "Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos".

11.    Honre-o com seus bens - Provérbios 3.9-10: "Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda, e se encherão fartamente os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares".

12.    Mantenha uma posição de fé e confiança - Mateus 6.25ss:  "Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?... O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso".

EM RELAÇAO AOS OUTROS

13.    Nunca fique devendo nada a ninguém - Romanos 13.7-8: "Pagai a todos o que lhes é devido: a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor". Provérbios 22.7b: "O que toma emprestado é servo do que empresta".

14.    Seja fiel com compromissos assumidos - 1 Coríntios 4.1-2: "Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel".

15.    Pague os impostos e tributos devidamente
- Romanos 13.6-7: "Por este motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhe é devido; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra".

16.    Seja fiel com a propriedade do outro - Lucas 16.12: "Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?"

17.    Muito cuidado ao ser fiador de alguém - Provérbios 11.15: "Quem ficar como fiador de qualquer um acabará chorando. Será melhor não se comprometer".

18.    Seja generoso em dar e repartir
- 1 Timóteo 6.18: "Mande que façam o bem, que sejam ricos em boas ações, que sejam generosos e estejam prontos para repartir com os outros aquilo que eles têm".

REFLETIREMOS SOBRE AS AFIRMAÇOES DE ESUS A RESPEITO DE COMO DEVEMOS NOS RELACIONAR COM O DINHEIRO E COMM AS POSSE

Pode parecer surpreendente para alguns que Cristo tenha-se preocupado com isso, já que muitos vêem o evangelho como uma alienação da vida. Mas a verdade é que há inúmeras referências sobre o assunto. Vamos juntos o texto que servirá de base para nós. (Mat6:19-24).

Em nossos dias, o evangelho de Cristo tem sido manipulado para atender as necessidades e expectativas das pessoas. Há uma espécie de acordo entre alguns pregadores e suas igrejas: eu falo o que você quer ouvir e você ouve aquilo que eu falar. O Apóstolo Paulo alertou o jovem pastor Timóteo sobre esses tempos: (2Ti 4:3-5).


Alguns transformaram o evangelho em uma negociata com Deus, onde os céus são intimados, sob ameaça, para fazerem prosperar os negócios particulares daqueles que se acham com o direito de processar o Senhor, caso Ele não cumpra as promessas que eles imaginam ter o direito de receber.

Para esses, talvez Jesus dissesse: não coloque a posse de bens como uma prioridade em sua vida, porque “A vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.”. Outros praticam um evangelho desencarnado, em que a fé está tão divorciada da vida prática que ficam desconfiados (e até escandalizados) quando o assunto da pregação é dinheiro. Para esses, não há qualquer conexão entre seguir a Cristo e a forma como eles administram seus bem e recursos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Para esses outros, talvez a fala de Jesus fosse: não tente separar aquilo que na verdade está junto, porque “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”. A verdade, é que o Senhor não faz negociata com ninguém, mas tem muito a dizer (e a esperar de nós) em relação ao dinheiro, seu uso e seu valor. Você não pode dizer-se um discípulo de Cristo sem que essa área de sua vida tenha sido tratada por Ele. Aqueles que recebem a Cristo como Senhor e Salvador precisam fazer ajustes em sua maneira errada de lidar com o dinheiro, da mesma maneira que promovem ajustes em relação a outros pecados de sua vida.

AJUNTANDO TESOUROS

A raça humana tem o hábito de juntar tesouros. Fazemos isso por causa do nosso medo sobre o futuro e da insegurança sobre continuidade da vida. Sentimentos que parecem fazer parte permanente de nossas vidas. Desde que abandonamos a segurança do Éden, não conseguimos nos sentir seguros em nenhum lugar ou circunstâncias. Os tesouros, então, são formas de nos sentirmos seguros e protegidos.

Dinheiro e posses são capazes de transmitir essa sensação de segurança. Quem tem apenas o necessário para viver, normalmente se sente inseguro, mas quem tem sobrando sente-se melhor e mais seguro para enfrentar qualquer eventualidade. Quanto mais sobrar, mas nos sentimos seguros. Certa vez Jesus contou uma história que ilustra isso: E deu um exemplo: (Lucas 12: 16-19 )

• O dinheiro não dá saúde para ninguém, mas compra os remédios;
• O dinheiro não proporciona um lar, mas permite compra uma casa;
• O dinheiro não torna ninguém amigo, mas atrai as pessoas à sua volta;
• O dinheiro não mata sua sede ou sua fome, mas lhe permite comprar comida e bebida;
• O dinheiro não estabelece a união de uma família, mas é capaz de unir a família em torno de si mesmo (por um tempo).

O Senhor Jesus sabe que nossa natureza humana, o nosso afastamento voluntário de Deus por causa do pecado, nos tornou pessoas que precisam de um tesouro para se sentirem seguras. Se não, uma sensação de vulnerabilidade nos invade. É nesse ponto que a sabedoria do Filho de Deus se revela. De forma misericordiosa e reconhecendo nossas limitações, Ele nos afirma: Mt 6.19-21.

O Senhor sabe que há uma ligação direta entre o tesouro e o coração e por isso ele se preocupa sobre onde está o nosso tesouro. Onde está o seu tesouro? Onde está o que lhe dá segurança? Onde está o que lhe tranqüiliza a alma?

Nós nos ligamos emocionalmente com qualquer coisa que nos dê segurança. Mas Deus não nos criou para sermos íntimos de coisas ou do dinheiro. Isso nos desumaniza. Isso é contrário à intenção de Deus, que nos criou à sua imagem e semelhança, com personalidade para relacionarmos e interagirmos com Ele com as pessoas. Quando o nosso tesouro está nos bens e no dinheiro nós nos tornamos pessoas ansiosas, porque a qualquer momento o dinheiro pode ser roubado, os bens podem se desvalorizar, as roupas podem ser manchadas, as jóias podem perdidas, o carro pode ser batido ou riscado, a casa pode ser assaltada e aí, junto com o seu “tesouro” você perderá também o seu coração, seu ânimo, sua vontade de viver.

DOIS SENHORES

Jesus sempre procura explicar as verdades espirituais de uma forma que fossem compreendidas pelas pessoas mais simples. Ele era um mestre em usar ilustrações do dia-a-dia de uma maneira que profundas verdades espirituais se tornavam facilmente percebidas. Em relação ao Dinheiro, Cristo também usou desse artifício.

Uma das perguntas que nasceram no coração daqueles que ouviram Jesus falar sobre juntar tesouros no céu e não terra, provavelmente era: Mas será que isso não é um exagero?! Será que não dá pra ser uma coisa, assim, mais equilibrada?! Será que eu não posso dividir o meu tesouro?! Assim eu coloco 90% no céu e uns 10% aqui na terra. Cristo, então, responde e diz o seguinte: (Mat6:19-24).

Assim como uma pessoa não pode ser escravo ou servo de dois senhores (porque ficaria em conflito ao tentar atender a vontade dos dois), da mesma maneira não é possível viver em paz tentando ao mesmo tempo juntar tesouros nos céus (buscar segurança em Deus) e na terra (buscar segurança no dinheiro e nas posses).

É preciso destacar que dinheiro e posses não são males em si mesmos. Por exemplo, o mesmo dinheiro que é usado no tráfico de drogas, uma vez apreendido pela polícia, pode ser usado para construir orfanatos e escolas; o carro usado para seqüestrar um pai de família pode ser usado para levar uma criança ao hospital.

POSSUINDO O DINHEIRO

É possível tem dinheiro e posses e ainda assim ser um servo de Deus? Sim, é perfeitamente possível. Mas é preciso sair da posição de servo do dinheiro e transforma-se em senhor dele.

Juntar tesouros nos céus = Quando você considera que o que realmente importa em sua vida é agradar a Deus e fazer a vontade dele, tudo o mais perde valor, inclusive o dinheiro. Juntar tesouros nos céus é aprender a usar uma escala de valores coerente com a sua posição de servo de Deus.Nessa escala, por exemplo, as pessoas são mais importantes do que os bens e o dinheiro. Por isso você não hesitará em usá-los em benefício de outras pessoas.

• Você terá a coragem de poupar um pouco do seu dinheiro e usá-lo apadrinhar crianças carentes.
• Você doará para quem precisa as roupas e os sapatos que, embora em bom estado de conservação, não são mais usados.
• Você optará por uma vida mais simples em vez de sacrificar o tempo em família para ganhar uns trocados a mais no final mês.

ALGUNS CONSELHOS PRATCOS

• Não valorize demais o seu conforto pessoal (alimentos caros, roupas finas, aparelhos diversos...).
• Trate depressão e desânimo com oração e não com um tarde no shopping.
• Aprenda a dizer não para os desejos de seus filhos. Nem sempre é melhor dar o melhor.
• Aprenda a usar sem desperdício (alimentos e item de consumo).
• Seja generoso, mas não esbanje em generosidade.
• Abra mão de usar o dinheiro como afirmação social.

USAR DINHEIRO E BENS PARA A GLORIA DE DEUS

Você se torna senhor do seu dinheiro quando o usa para que Deus receba a glória. Ele recebe glória quando o dinheiro é usado para fazer o seu reino avançar. Há muitas maneiras de fazer o reino de Deus avançar, mas uma delas é o sustento regular das necessidades da igreja. O dinheiro que é devolvido ao Senhor para ser aplicado no avanço da obra de evangelização é uma expressão de confiança no suprimento que vem das mãos do Senhor. Quando você retém essa entrega, você atrasa os passos que poderiam ser dados para o crescimento do reino de Deus.

Lembre-se que aquilo que você possui, possui por empréstimo do Senhor. Nada é definitivamente seu e por tudo deve ser colocado de forma voluntária à disposição para suprir as necessidades da obra. Seu compromisso de contribuição é o que sustenta o avanço da obra de Deus. Veja que se você não contribuir, o Senhor ainda assim providenciará o que for necessário, mas você perderá a bênção de ser um instrumento nas mãos dele.

CONCLUSÃO

Alguns crentes acham que a prosperidade financeira rouba-nos a comunhão com Deus.  Isto acontece quando o crente põe o seu coração no dinheiro como acontece com pessoas mundanas que não conhecem a Palavra de Deus. O verdadeiro cidadão do céu está preocupado com sua vida espiritual e de maneira nenhuma se atrapalhará com negócios “impróprios” dessa vida, pois ele vive para agradar aquele que o salvou.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA


Lições bíblicas BETEL 2002

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2013


A MORDOMIA CRISTÃ DOS BENS = Lc 12.15-21

Trataremos por “bens” todas as coisas materiais que possuímos advindas de nosso trabalho, herança ou doações. Entretanto, tudo isso provêm de Deus, de quem recebemos todas as bênçãos. Só Deus tem o direito de propriedade, e o crente o direito de posse, isto é, o direito de usar os bens materiais. E preciso, portanto, reconhecer, que como mordomos deveram usar as “riquezas” que Deus nos confia para o bem dos nossos semelhantes e para a expansão do seu reino na terra.

DEUS É O SENHOR DE TODA RIQUEZA

É explicada com clareza em toda a Bíblia, que toda a riqueza pertence a Deus (Sl 24.1), enquanto nós somos simples mordomos delas (Mt 24.47). Tudo o que usufruímos vem do Senhor, que fez os céus e a terra (Gn 2.4).

Devemos, portanto compreender que, enquanto aqui estivermos, devemos viver de tal maneira que glorifiquemos o seu nome através de suas dádivas: “Bendize, á minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Sl 103.2).

a) Ele os distribui aos seus filhos. O que pertence ao Senhor, por sua propriedade, Ele tem dado aos filhos dos homens: “Os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu- a Ele aos filhos dos homens” (Sl 115.16).

Através do profeta Jeremias o Senhor reafirma seu propósito de dar a terra a quem, aos seus olhos, lhe agrada: “Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder e com o meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo. (Jr 27.5). Ao nos dar seus bens, c Senhor espera a nossa mordomia, c nosso cuidado (Dt 1.8,21).

b) Ele os dá por sua bondade. Tudo o que recebemos do Senhor é tão somente por sua bondade (Ne 9.25), inclusive as bênçãos que recebemos dele, são “bênçãos de bondade” (Sl 2 1.3).

A sua bondade tem aberto o “seu bom tesouro” sobre seus filhos (Dt 28.12), porque o Senhor é “bom e abençoador” (Sl 119.68). Jesus afirmou que Deus sempre quer o melhor para os seus filhos (Lc 11.13).

c) Ele os preserva por seu Espírito. O Espírito Santo tem o poder preservador: “... e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2b).
Enquanto Deus não agia, o Espírito Santo estava presente preservando a terra para4 um propósito divino, a Criação (Gn 1.3). Certamente, o Espírito Santo esteve presente na Criação (Gn 1.26) e agora participa ativamente de sua preservação (Sl 104.30).

O EXERCÍCIO LEGÍTIMO DA MORDOMIA

O mordomo considera um privilégio poder administrar os bens que lhe foram confiados por seu senhor (Gn 39.4), e, através de sua fidelidade, a bênção de Deus recai sobre a “casa de seu senhor” (Gn 39.5).

Dominado pelo amor de Cristo, o mordomo procura fazer aos outros tudo aquilo que desejaria que os outros lhe fizessem: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12).

a) Devemos preservar os bens materiais. Os bens materiais, ou temporais, fazem parte das bênçãos distribuídas por Deus para nossa sobrevivência nesta terra: “Q Senhor determinará que a bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dão Senhor, teu Deus” (Dt 28.8). Por isso devemos ser sempre gratos, porque são advindos da bondade de Deus: “Quando, pois tiveres comido, e fores farto, louvarás ao Senhor teu Deus pela boa terra que te deu” (Dt 8.10).

b) Devemos preservar os bens espirituais. Os bens espirituais vêem diretamente do “Pai das luzes” (Tg 1.17) e são distribuídos aos seus filhos para sua edificação e crescimento espiritual (Rm 14.19; 15.2). Eles são descritos na Bíblia como: as “fontes superiores” (Jz 1.15); as “coisas que são de cima” (Cl 3.1,2); os “bens espirituais” (Rm 15.27); e as “bênçãos espirituais” (Ef 1.3).  Devemos, portanto, zelar por estes bens (Ap 3.3,11).

c) Devemos ser fiéis em nossa mordomia. A fidelidade à mordomia dos bens é caracterizada na vida de José, um tipo de Cristo, que nos legou o seu grande exemplo:
“... e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha” (Gn 39.4). Por sua fidelidade, o Senhor o fez prosperar (Gn 39.5), até mesmo quando esteve no cárcere (Gn 39. 2 1-23).

Por sua boa mordomia sobre o “pouco”, o Senhor o colocou sobre “muito”  (Gn 41.40,41). Isto nos ensina que devemos ser fiéis no trato com o que é de outrem, para recebermos as bênçãos de Deus: “Se não vos tomastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?” (Lc 16.12).

PRODUZINDO FRUTOS NA MORDOMIA DOS BENS

A vida cristã é uma vida de frutos: “... e vos nomeei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...“ (Jo 15.16). A mordomia que nos foi confiada pelo Senhor precisa frutificar, isto é, produzir resultados visíveis, para que todos vejam e o nome do Senhor seja glorificado (Jo 15.8).

a) Os frutos de nossa responsabilidade. Frutificamos através de nossa responsabilidade, isto é, quando zelamos pelos bens que recebemos do Senhor                   (Lc 19.15). A melhor maneira de frutificar é distribuir com responsabilidade as dádivas divinas através da sua obra (Fp 4.17), como fez a igreja de Filipos, investindo no ministério do apóstolo Paulo (Fp 4.15).

b) Os frutos de nossa honestidade. Na mordomia cristã uma coisa se faz absolutamente essencial, a honestidade:“Pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (II Co 8.2 1).

Honestidade é a nossa integridade nos negócios (Pv 11.1), na palavra (Mt 5.37) e nos compromissos assumidos (Mt 21.28-30). A honestidade é a marca do verdadeiro cristão (Rm 13.13; I Ts 4.12).

c) Os frutos da nossa economia. O mordomo é uma pessoa que sabe praticar a economia na administração dos bens que Deus lhe deu, por insignificantes que eles sejam (Gn 41.47-49). A palavra ”economia” vem da mesma raiz que a palavra “mordomia” no grego, por isso uma está ligada a outra, caracterizando sua importância tanto para o “possuir”, quanto para o “gastar” (Lc 14.28-30).

OS CUIDADOS NA MORDOMIA DOS BENS

Para exemplificar a importância da mordomia cristã no uso dos bens (Lc 12.13,14), Jesus nos ensinou acerca do “cuidado com a avareza”, pois a nossa vida não pode consistir apenas na abundância daquilo que possuímos (Lc 12.15).  E preciso, portanto, sermos sensatos no uso dos bens temporais (Ec 9.18; Lc 16.1; 19.8; Gl 6.6).

a) O orgulho com a abundância. Na parábola proposta por Jesus, o “homem rico” estava orgulhoso de sua abundância (Lc 12.16) e preocupado como recolher os seus frutos (Lc 12.17).

A abundância lhe subiu ao coração, esquecendo-se do que diz a Bíblia: “... se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o vosso coração” (Sl 62.10). O que a Palavra nos ensina é que devemos confiar sempre no Senhor e não nos estribar na “abundância” dos bens materiais (Sl 52.7,8).

b) A necessidade de grandeza. Quando a avareza toma conta de nossos corações, nossos celeiros são pequenos para ajuntar a nossa riqueza (Lc 12.18). Em vez de distribuir com os necessitados, este homem diz: “Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come, bebe e folga” (Lc 12.19). O mordomo cristão deve saber distribuir suas riquezas na terra, a fim de alcançar um tesouro no céu (Mt 19.21).

c) O despreparo espiritual. O avarento só pensa nele (Si 10.3) e nos bens que possui, impedindo-o de ouvir a voz de Deus: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.20). Infelizmente, as riquezas têm impedido que muitas pessoas desprezem as “bênçãos espirituais” (Mt 13.22), ajuntando apenas para si e não sendo rico para com Deus: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lc 12.21).

CONCLUSÃO

A mordomia dos bens é uma questão necessária na vida de todo o cristão, pois temos em Jesus o nosso grande exemplo. Ele soube administrar os bens temporais e espirituais a todos que se aproximavam dele. Nunca despediu vazios os famintos e sempre acolheu os pobres, pois sabia que o maior tesouro não se ajunta na terra, mas nos céus.  Seguindo o seu exemplo e atentando para os conselhos da Palavra de Deus, alcançaremos o grande título de “servo bom e fiel”

Lições bíblicas BETEL 2002