29 de janeiro de 2012

A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS


A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS

TEXTO ÁUREO == “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18).

VERDADE PRÁTICA = = “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” Lc 4: 18

LEITURA BIBLICA == Mateus 5: 1 – 12

INTRODUÇÃO

Quando Jesus subiu aquele monte, aos arredores do mar da Galiléia, estava determinado a mostrar ao mundo o que significa realmente ser feliz. BEM-AVENTURANÇAS – TERMOS TEOLÓGICOS? São diversas afirmações de Jesus que começam com a expressão “bem-aventurados os...”, a respeito de certas pessoas – os cidadãos do Reino de Deus.  As bem-aventuranças falam do caráter, conduta e comportamento daqueles que nasceram de novo. A primeira palavra do sermão, bem-aventurados, que seria repetida mais sete vezes neste trecho, chamaria a atenção dos ouvintes. O termos bem-aventurança, é uma palavra especial no grego (makarios),...

O CENÁRIO DO SERMÃO, 5.1-2

Alguém poderia deduzir do primeiro versículo do capítulo cinco que Jesus deixou a multidão (1) e entregou este “sermão” somente para os discípulos. Mas parece que a multidão se reuniu em torno da parte externa do círculo interno e ouviu o discurso (cf. 7.28). A referência a um monte é provavelmente significativa. Assim como Moisés recebeu a antiga Lei no monte Sinai, assim também Jesus, o novo Líder, pronunciou a lei do Reino na encosta de um monte.
Assentando-se. Enquanto os pregadores de hoje seguem o costume grego e romano de ficar em pé para falar, os mestres judeus sempre se sentavam enquanto ensinavam. Discípulos literalmente significa “aprendizes”. A palavra só é encontrada nos Evangelhos e Atos (Mateus, 74 vezes; Marcos, 45; Lucas, 38; João, 81; Atos, 30). Esta é a designação mais antiga para os seguidores de Jesus.

1. As Bem-aventuranças (5.3-12)

a) Os Pobres de Espírito (5.3). Cada beatitude começa com bem-aventurados, o que lembrava aos ouvintes o Salmo 1.1. Lenski comenta: “‘Bem-aventurado!’ entoado repetidas vezes, soa como sinos do céu, tocando neste mundo amaldiçoado, do alto da catedral do reino, convidando todos os homens a entrar”.

A palavra grega makarios significa “feliz”. Mas é óbvio que “... as bênçãos contempladas nas Beatitudes não podem de forma alguma ser expressas em nosso idioma pela palavra ou pelo conceito de ‘felicidade’“. Elas se referem, antes, à bem-aventurança que só vêm para aqueles que desfrutam da salvação em Jesus Cristo. Hunter sugere: “‘Abençoado’ significa ‘Ah, a felicidade de’, e a beatitude é a felicidade do homem que, em comunhão com Deus, vive a vida que é realmente a vida”.  Arndt e Gingrich escrevem: “A tradução Ó, a felicidade de ou saudação àqueles, preferida por alguns, pode ser exatamente correta para o original aramaico, mas ela escassamente exaure o conteúdo que makarios tinha nos lábios dos cristãos de fala grega”. John Wesley tem sido seguido por vários tradutores atuais ao adotar “Feliz”. Mas “Bem-aventurado” talvez seja uma tradução mais adequada.

Os pobres de espírito (3) são aqueles que reconhecem a sua pobreza espiritual. Lucas (6.20) diz: “Bem-aventurados vós, os pobres”. Mas, após o cativeiro babilônico, a frase “os pobres” era freqüentemente usada para os piedosos, em contraste com os opressores ricos, ímpios e mundanos dos pobres. Assim, as afirmações em Mateus e Lucas significam a mesma coisa. Talvez a melhor tradução de 5.3a seja a de Goodspeed: “Bem aventurados são aqueles que sentem a sua necessidade espiritual”.

Por que estes pobres são bem-aventurados? Porque deles é o Reino dos céus. As Beatitudes estão na forma de paralelismo sintético, um tipo de poesia hebraica na qual a segunda linha completa o significado da primeira. Desse modo, aqui a segunda linha define mais especificamente a conotação de “bem-aventurado”.

A primeira beatitude atinge diretamente o centro da necessidade do homem. Fitch declara: “A pobreza de espírito é essencialmente o destronamento do orgulho”.  Depois de declarar que “o orgulho é a própria essência do pecado”, ele continua dizendo: “O orgulho é o pecado de um individualismo exagerado, o pecado do usurpador reivindicando um trono que não é seu, o pecado que enche o universo com apenas um ego, o pecado de destronar a Deus de sua soberania de direito”.

b) Os que Choram (5.4). Quando alguém percebe que está falido de todos os bens espirituais que o tornariam aceitável a Deus, irá chorar (4) sobre o fato. Lloyd-Jones escreve:”‘Chorar’ é algo que vem logo depois da necessidade de ser ‘pobre de espírito’ e acrescenta: “Quando eu confronto Deus e a sua santidade, e contemplo a vida que devo viver, vejo a mim mesmo, o meu total desamparo e falta de esperança”.

Este choro leva ao arrependimento e à conversão. Mas não pára aqui. Continua por toda a vida do cristão consciencioso. Os maiores santos percebem mais intensamente o quanto carecem da perfeita semelhança com Cristo, e choram acerca disso. Só o cristão néscio pode se sentir complacente.

A promessa para aqueles que choram é que eles serão consolados (cf. Is 57.18).
Isto acontece primeiro na consolação do perdão, e depois na consolação da comunhão. Um Cristo compassivo está especialmente perto daqueles que choram.

c) O Manso (5.5). O significado da verdadeira mansidão, infelizmente, tem sido com freqüência mal-entendido. Por diversas vezes ele tem sido imaginado em termos de uma humildade modesta, negativa e quase falsa. Mas, na verdade, é algo muito diferente, mesmo quando se trata de alguém em relação ao seu companheiro. O arcebispo Trench escreve a esse respeito: “A mansidão é uma graça lavrada na alma; e o seu exercício está primeira e principalmente relacionado a Deus”. Ele acrescenta: “E aquele estado de espírito em que aceitamos os seus tratos conosco como bons e, portanto, sem discussão ou resistência”.

De acordo com esta mesma opinião, Fitch diz: “A mansidão é a entrega a Deus, a submissão à sua vontade, o preparo para aceitar o que quer que
Ele possa oferecer, e a prontidão para assumir a posição mais baixa. Colocada em termos simples, a mansidão é a submissão à vontade de Deus. E isto não é primariamente negativo, mas positivo. E um cumprir ativo da vontade de Deus na nossa vida diária. Jesus Cristo é o Exemplo supremo de tal mansidão (cf. 11.29). Esta realização da vontade de Deus inclui uma avaliação correta de si mesmo, uma avaliação que leva a pessoa a “não saber mais do que convém saber” (Rm 12.3).

Dos mansos é dito que eles herdarão a terra (5). O mundo acredita que o caminho
para vencer é fazer valer os seus direitos. Mas Jesus disse que aqueles que aceitam a sua vontade, um dia reinarão com Ele.

d) Os que têm Fome e Sede de Justiça (5.6). Um dos primeiros sinais de vida de um bebê normal é a fome. Assim sendo, aquele que verdadeiramente nasceu de novo sentirá fome e sede de justiça (6)— o que nas Escrituras freqüentemente significa “salvação” (cf. Is 51.6). Para estes, é dada a promessa: eles serão fartos. A palavra grega é chortazo, de chortos, que é geralmente traduzida como “relva” no Novo Testamento. O quadro é o do gado que se alimenta até estar satisfeito. O verbo também é traduzido como “satisfeito”, e isto se encaixa muito bem aqui. Fitch observa: “A plenitude é a resposta de Deus para o vazio do coração do homem”.

e) Os Misericordiosos (5.7). Aqueles que receberam a misericórdia de Deus devem demonstrar misericórdia aos seus companheiros. A ilustração mais vivida de como é irracional se recusar a perdoar os outros, é apresentada na parábola do credor incompassivo (18.23-35). A parábola do Bom Samaritano (Lc 10,30-37) dá um excelente exemplo de misericórdia a alguém necessitado. A misericórdia tem sido definida como a “bondade em ação”
Bowman e Tapp sugerem que as Beatitudes aparentemente representam “um poema aramaico original em duas estrofes de quatro versos cada”.’9 As quatro primeiras beatitudes descrevem: “primeiro, um despertar do seu estado de inadequação...; segundo, a determinação de ‘se converter’ a Deus com arrependimento...; terceiro, a adoção de uma atitude constante de confiança somente em Deus...; e finalmente, o profundo desejo de adquirir a ‘justiça’ completa que constitui a ‘salvação’ para o homem”.” Fitch defende que a primeira estrofe descreve o nascimento do cristão, e que a segunda estrofe descreve a sua vida como cristão.”

f) Os Limpos de Coração (5.8). Sobre esta condição Whedon diz: “Aqui está um traço de caráter que só o Espírito de Deus pode produzir. Isto é a santificação” McLaughlin escreve: “Um coração puro é um coração que não tem, em si, nada que seja contrário ao amor de Deus”

Jesus declarou que somente os limpos de coração verão a Deus (8). E isto se refere à vida aqui, bem como à vida futura. O pecado é como poeira nos olhos. Ele obscurece a visão e distorce a vista. Só podemos entrar em plena comunhão com o Senhor quando os nossos corações estão limpos de todo pecado (cf. 1 João 1.7).

A pureza decoração é a finalidade e a soma das beatitudes anteriores. A possibilidade de tal retidão interior está claramente implícita; mas também está aparente tanto nas Escrituras quanto na experiência universal de que ninguém é puro por natureza (Jr 17.9); os corações só podem ser puros se forem purificados. Nem mesmo a cultura humana poderá purgar as profundezas da corrupção; deve necessariamente haver uma obra da graça divina.

O coração deve ser purificado de seu orgulho (Pv 16.5); se não, em vez de ser “pobre de espírito” ele será arrogante e auto-suficiente; em vez de estar arrependido (alguém que chora verdadeiramente) ele será autocomplacente; em vez de ser “manso”, um homem será obstinado e impetuoso. O coração também deve ser purificado do duplo ánimo (Tg 4.8), do egoísmo e da contenda (Tg 3.14), e da incredulidade (Hb 3.12).

g) Os Pacificadores (5.9). Tiago diz em sua epístola que “a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica” (Tg 3.17). Esta é a ordem aqui. Somente os puros de coração, que foram limpos da natureza carnal (a causa de toda a luta interior), podem ter “a paz de Deus” plenamente em suas almas. Um coração dividido é um coração perturbado. Somente a paz de Cristo, nos controlando, pode nos tornar pacificadores.

Ninguém gosta de um provocador. Mas o desafio para o cristão é: Será que sou um pacificador — na comunidade, na igreja, em casa? Este último local é o teste mais difícil de todos.
Filhos de Deus (9) é, no grego, literalmente, “filhos de Deus”. Quando o artigo definido é omitido no grego, ele enfatiza o tipo ou o caráter. Quando as pessoas promovem a paz, elas são chamadas de “filhos de Deus” porque agem como Deus. No pensamento oriental “filho de” significa “ter a natureza de”

h) Os que sofrem perseguição (5.10-12). Alguns estudiosos classificam as Beatitudes em número de nove. Outros contam oito, considerando o versículo 11 como uma extensão adicional do versículo 10. Seguiremos este último método.
Não se deve falhar em observar que aqueles que sofrem perseguição por causa da justiça (10) são bem-aventurados. Alguns que se fizeram mártires a si mesmos alegam estar sendo perseguidos por causa da justiça, quando na verdade estão sofrendo por causa de sua própria ignorância. Quando criticados por agirem ou falarem de forma insensata, eles citam esta beatitude. Mas isto é “falsificar a palavra de Deus” (2 Co 4.2).

Quando perseguido, o cristão deve exultar e alegrar-se (12). Jesus cita o exemplo dos profetas que foram perseguidos nos tempos do Antigo Testamento. Mas, na verdade, Ele mesmo é o Exemplo supremo daquilo que é descrito no versículo 11. Alguém já disse que as Beatitudes são uma autobiografia de Cristo.

As virtudes que Jesus exalta no Sermão do Monte são quase que exatamente o oposto daquelas admiradas pelos gregos e romanos em seus dias. Ele disse: Bem-aventurados são os pobres de espírito, os limpos de coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição; os que choram, os mansos, os misericordiosos; e aqueles que têm fome e sede de justiça. Estas características também são contrárias ao espírito deste século. Bowman e Tapp se expressam assim: “Parece, então, que o nosso Senhor está esboçando uma personalidade salva que é forçada a viver em um mundo perdido; a justiça cercada pela iniqüidade, com as conseqüentes tensões assim criadas”

AS BEM AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE



Texto: Ap 14.12 -"Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus".

A expressão bem-aventurados aparece sete vezes no apocalipse e contrabalança a severidade dos julgamentos sobre os ímpios nos versículos 9 a 11 do capítulo 14. Em contra-partida, uma bênção especial aguarda os que morrem por Cristo e em Cristo. Eles descansarão, ou receberão refrigério, de suas fadigas e habitarão seguros ao lado do Senhor.
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Bem-aventurados são:

1 - Os que conhecem e guardam a Palavra - "Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nelas escritas, pois o tempo está próximo" (Ap 1.3).
 
2 - Os que morrem no Senhor - "Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham" (Ap 14.13).

3 - Os que aguardam a Vinda de Cristo, com vidas santas - "Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nú, e não se veja a sua vergonha" (Ap 16.15)

4 - Os convidados à ceia das bodas do Cordeiro - "Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. São estas as verdadeiras palavras de Deus" (Ap 19.9).

5 - Os que participam da primeira ressurreição - "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade ; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele os mil anos" (Ap 20.6).

6 - Os que atendem às exortações deste livro - "Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro" (Ap 22.7).

7 - Os que lavam suas vestiduras no sangue do Cordeiro - "Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras (no sangue do Cordeiro), para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Ap 22.14).

Conclusão

Os dias são maus, estamos vivendo o tempo chamado princípio das dores, descrito por Jesus, no Evangelho de Mateus no capítulo 24 a partir do versículo 3, e o nosso Messias e Senhor nos instrui no versículo 13 do mesmo capítulo que: "Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo". Tomemos a decisão de firmarmos em Jesus e chegaremos com Ele à eternidade.

Leia o incidente registrado em João 6.15-21. Enquanto Jesus orava na montanha, os discípulos lutavam contra o mar bravio, tentando chegar à praia. Ao verem Jesus aproximar-se, foram tomados de medo porque não o reconheceram. Ouvindo, porém, a sua voz, que lhes trouxe a certeza da sua presença, receberam-no a bordo e logo chegaram ao seu destino.

Muitas pessoas remam nas águas perturbadas deste mundo, procurando chegar à felicidade. Quando a figura de Cristo se aproxima, gritam com medo, temendo que lhes seja furtado o gozo da vida. Quando, porém, o reconhecem e recebem., seus tem.ores desaparecem, e atingem o alvo da verdadeira bem-aventurança.
Por si só, o Sermão da Montanha é demais para nossa fraca natureza.

OBSERVAÇÃO:- MAIS ESTUDOSOBRE BEM-AVENTURANÇAS VISITE O BLOG:- http://evisaiasjesus.blogspot.com


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Comentário Bíblico Beacon

Comentário Bíblico Mateus – Myer Pearlman

26 de janeiro de 2012

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE A IGREJA

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE A IGREJA

Texto Áureo

“Bendito o Deus e pai de nosso SENHOR Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fossemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.3,4).

Introdução

Na lição de hoje abordaremos as bênçãos do SENHOR sobre Israel e aquelas que cabem a igreja. Existe a necessidade de entendermos que algumas dessas bênçãos, elencadas na palavra de Deus, pode estar relacionada a um período da história, ou sobre um personagem apenas, ou como no caso de Abraão, alcançarem todos aqueles que aceitam a Cristo Jesus como único e suficiente salvador.

I - A Benção de Abraão aspectos gerais

A Bíblia mostra em todas as histórias dos seus grandes personagens, certa seqüência de fatos que levaram esses homens, na sua maioria de origem humilde e limitada economicamente a serem portadores de bênçãos inimagináveis. Ao reportarmos a Abraão, temos em nossas mentes um homem que por obediência a Deus, deixou a terra de seus pais (Gn 12.1).
 Para nós, poderia simbolizar uma pequena mudança, mas consistia em algo maior que isso. Deixar a terra do seu nascimento significava, além de outras coisas, renunciarem os privilégios conquistados naquele lugar. Todo o trabalho empregado pelos seus antepassados. Vivendo em uma comunidade, a cidade de Ur significava segurança, tranqüilidade e prosperidade. Portanto a proposta do SENHOR ao afirma que ele deveria sair para outro lugar seria a priori algo impensável para a realidade vivida por Abraão, “para terra que Eu te mostrarei” (vers 1b).

Enquanto nos dias hodiernos o mundo procura grande comodidade, nos quais as bênçãos parecem ser apenas uma conseqüência de uma vida sem sacrifícios e renúncias. Oferecem um evangelho fácil de pouca ou nenhuma transformação, deixando para trás o verdadeiro do significado da palavra santificação.

A ordem era sair do meio da tua terra e dos teus parentes. O que levaria o Eterno a uma decisão como esta? Poderia a benção vir sobre Abraão ali mesmo? Ou numa cidade próxima? Mas o Altíssimo tem suas maneiras para trabalhar (Is 55.8). Contudo as bênçãos poderiam chegar até ele, mas Deus preferiu algo melhor para seu servo, por isso a necessidade da mudança ( Gn 12.2,3). Deste modo a benção pode simbolizar mudança de um lugar para outro, como conseqüência de uma benção maior e mais importante. Deus disse “em ti serão benditas todas as famílias da terra,” então o lugar onde Abraão estava poderia limitar a bênção de Deus na sua vida.
 O sábio patriarca não titubeou em obedecer às ordens do SENHOR. Poderíamos hoje estar dispostos a fazer uma renuncia que nos traria prejuízos sem saber realmente se alcançaríamos as promessas. Abraão não recebeu em sua vida a posse da terra (At 7.5), por isso peregrinou naquela terra onde teve que comprar o direito de enterrar o sua mulher (Gn 23). O nosso Deus não desamparou o seu maior amigo (Tg 2.23). As nossas vidas precisam ser transformadas a todo o momento, em todas as horas, que Deus nos ajude a entender as suas promessas e que sempre as suas bênçãos possam nos alcançar.
Observemos que as promessas feitas a um único homem alcançou muitos outros após ele, e sempre o SENHOR fazia menção aos seus descendentes quem realmente era Aquele que garante a continuidade; Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó ( Ex 3.6,16; Dt 29.13; 9,5 etc...)

II – A Benção que cabe a cada um.

As bênçãos do SENHOR como se vêem na lição de hoje, pode ser particular e individual, e podem também alcançar aqueles que nos cercam, locais e universais.  Mas, nem todas as bênçãos deferidas na antiga aliança podem se ministradas como plenas nos dias de hoje. Uma analise sistemática e precisa dos textos bíblicos, pode levar a um entendimento de quais bênçãos podem ser alcançadas em nossas vidas.
 Diz o SENHOR a Abraão “em ti serão benditas todas as famílias da terra”,  essa promessa diz respeito a todos que alcançados por Jesus recebem  a salvação ( At 13.26 ). Enquanto alguns procuram pequenos textos proféticos para extraírem deles bênçãos que jamais alcançaram, pois dizem respeito a um povo especifico ou a uma determinada pessoa.     E bom lembrar que todas as palavras de Deus podem ser temporais, isto é, para um tempo proposto para que cumpra e faça valer a sua palavra (Os 1.4,). Enquanto que outras são atemporais alcançam no futuro o seu cumprimento (Ez 38.8). 

Quem não gostaria de ser abençoado ou ser um homem próspero neste mundo? E quantos que por não conseguirem bens materiais “prometidos” (casa, carro, apartamento) não estão no meio do povo evangélico? Outros que por uma fé baseadas em milagres, curas mirabolantes, deixam o verdadeiro caminho e buscam em cisternas rotas bênçãos fácies e uma fé barata. Galgando apenas para suas almas uma sede insaciável pelo consumismo. Onde o mercantilismo da fé que, plagiam entre eles, os destrutivos argumentos para “promoção da fé”. Não esquecem estes homens, capitalistas da fé, que Jesus cedo virá e deixarão de fora todos estes que mercantilizam fé (Mt 7.20-23). 

As promessas feitas pelo nosso SENHOR na antiga aliança, podem ser entendidas a luz da palavra de Deus, como sendo para um povo em um tempo distinto, possivelmente a um futuro breve, ou simplesmente a gerações futuras. A compreensão das promessas feitas a Abraão nos leva um entendimento aproximado da vontade de Deus.  A bíblia apresenta que o evangelho foi pregado primeiro a Abraão (Gl 3.8), isso num passado remoto. Mas a própria palavra do SENHOR nos diz que ele era portador de uma aliança (Gl 3.14), e que a benção  só chegou a nós pela existência de um homem como ele ( Rm 4.3). 

A beleza do evangelho de Cristo Jesus, é algo incomum e muito prazeroso. Ao compreender que tudo provem dEle e tudo é dEle e para Ele,(Rm 11.36)  e sem ele não nos movemos ou existimos. (At 17.28a) ficamos sempre gratos.  Graças ao SENHOR por tudo o que Ele tem nos feito. Considerando a salvação como maior bem adquirido pelo homem, deixamos todo o pecado e vivamos uma vida marcada pelas bênçãos do Eterno, pois a eternidade nos espera.  

Enquanto alguns “engessam” a palavra de Deus com uma rigidez impossível de suportar, outros por sua vez “flexibiliza” a um ponto de não existe mais limites para benção, unção e poder. Verificamos uma nova “fabricação” de bênçãos, e são de todos os tipos, tudo novo. E aquilo que ainda não foi inventado por ninguém é o que faz maior sucesso. E infelizmente muitos se deixam levar por estes ensinamentos que não passam de marketing. Vendem de tudo, e tudo se vende baseado em passagens bíblicas que muito longe de seu significado real se tornam uma potente arma para inovações e promessas infindáveis.

III – “E tu serás uma benção”

Os servos do SENHOR em todos os tempos sempre foram alcançados por ricas e infinitas bênçãos.  Contudo segundo o nosso “conceito de benção” diagnosticamos que este ou aquele foi mais ou menos abençoado. Os pensamentos de Deus são infinitos (Sl 92.5). E somente o Espírito de dEle consegue perscrutar o mais profundo pensamento divino ( 1 Co 2.11). Não cabe ao homem dizer se este ou aquele é prospero ou não. Riqueza e fama não trazem em seu bojo, alegria e paz.
Jesus nos prometeu uma vida plena e abundante (Jo 10.10b). Mas ao homem cabe se submeter à vontade do Eterno. Não existe uma maneira de se medir a quantidade bênçãos derramadas pelo SENHOR sobre nossas vidas. A vida em sim, já é uma dádiva imensurável.
 O alcance das bênçãos do SENHOR foi de certa forma derramada sobre Israel, mas nós fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef 1.3,4). Para a igreja não teve medida, foi algo sem medida, que superabundou (Rm 5.20). A perfeição de Deus é notável, pois antes da fundação dos séculos já havia previsto tudo e nossa mente não consegue ao menos imaginar o tamanho de todas as suas promessas.

 Quando diz o Eterno a Abraão, em ti serão benditas todas as nações, o servo do SENHOR não teve noção de tamanha benção. A promessa sobre a vida de Abraão “caminhou” pelos os séculos e chegou até a igreja;  

Portanto, é pela fé que segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente  à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,( como está escrito: Por pai de muitas nações te constitui) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, crê contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência”. (Rm 4.16,18).

Portanto, algumas promessas são devidamente racionadas ao povo de Israel, cabe a igreja de o SENHOR tomar posse daquelas que realmente são para a igreja do SENHOR Jesus Cristo. A igreja deve estar atenta as verdades bíblicas, pois somente o conhecimento pleno da verdade é que liberta e restaura o homem (Jo 8.32). Portanto a prosperidade de uma pessoa não esta naquilo que tem, ou aparentar ter.              Jesus disse que devemos nos acomodar com o que temos. Enquanto muitos querem a qualquer preço a riqueza e esquecem-se da maior dádiva da salvação que é a vida eterna, essa não tem preço.

Conclusão

No mundo moderno as pessoas vivem como se todas as coisas durassem para sempre. Um carro não dura para sempre, uma casa, por melhor que seja a construção, não dura para sempre. Muitas coisas são destruídas pelo tempo ou pelo uso, mas as nossas almas duram para sempre. Precisamos cada dia mais voltar para a o nosso SENHOR e salvador Jesus Cristo, pois só através dEle que podemos manter o nosso tesouro no céus onde temos as nossas moradas (Jo 14.1,2).  

Evang. Juarez Alves

18 de janeiro de 2012

A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO

A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO

TEXTO ÁUREO = “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).

VERDADE PRÁTICA = O conceito de prosperidade em o Novo Testamento vai muito alem da aquisição de bens terrenos; ele esta fundamentado nas promessas do reino de Deus na época vindoura.

LEITURA BIBLICA = 2 Coríntios 8: 1- 9

INTRODUÇÃO

A prosperidade segundo a Bíblia

Hoje mais do que em qualquer outra época da vida da Igreja o assunto prosperidade tem invadido o arraial evangélico, despertando nele uma sofreguidão pelo que é material. As Igrejas que tem optado como diretriz básica do seu ministério a ênfase nesse assunto numa ânsia de um crescimento numérico rápido têm, muitas delas, explorado esse tema até as últimas conseqüências, inclusive comprometendo a pureza do Evangelho.
Mas o que é prosperidade? Entendendo o assunto conforme o significado da palavra, vemos que prosperar é “melhorar de condição; progredir; crescer, desenvolver-se; enriquecer. Muitos evangélicos acham que pelo fato de serem filhos de Deus (adotivos) devem ser necessariamente ricos financeiramente e o argumento que usam é que se a Deus pertence à riqueza (Ag 2.8), então os seus filhos têm que ser ricos também. E o pior de tudo é quando se ensina que se o crente não é próspero (rico) tem problema na sua vida espiritual, ou falta de fé, ou algum pecado que impede a sua prosperidade.

Mas será que no Novo Testamento é isso que é enfatizado? (Lembramos aos irmãos que um determinado assunto para ser praxe para a vida da Igreja tem que ter necessariamente o respaldo do Novo Testamento, pois a revelação foi dada de forma progressiva. Se não há confirmação do Novo Testamento para um assunto do Antigo Testamento, o mesmo teve o seu valor circunstancial, mas não é normativo para a Igreja. - isto é uma regra básica da Hermenêutica, que é a ciência de interpretação dos textos bíblicos). 

Não restam dúvidas de que o Novo Testamento enfatiza a prosperidade do ponto de vista espiritual. Em Efésios 1.3 nos é dito que Deus já abençoou a Sua Igreja com toda a sorte de bênçãos espirituais. Pedro disse sobre o assunto, que Deus nos deu grandes e preciosas promessas pelas quais nos tornamos participantes da natureza divina (2 Pe 1.3,4). João também tratou do assunto quando se dirigiu a Gaio, o destinatário da sua 3ª carta, dizendo que ele era um homem prospero espiritualmente (3 Jo 1,2).
A luz da Bíblia, Deus é soberano e tem gerência direta na vida de todos os seres humanos. A uns Ele dá riquezas a outros não. “O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez o Senhor” Pv 22.2. “Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz” Sl 115.3. (Veja ainda o Salmo 103.19). Ainda sobre a questão da soberania de Deus é bom que todos saibam que ninguém pode ter coisa alguma se não lhe for dada do Céu (Jo 3.27). Tiago também via o assunto dessa maneira quando disse que toda a boa dádiva e todo dom perfeito vinha do alto, descendo do Pai das luzes (Tg 1.17). 

Se você irmão tem alguma coisa, algum recurso, prosperou, tem um bom emprego, uma boa casa para morar, um automóvel para se locomover, tem influência, o seu futuro e o dos seus filhos estão garantidos (?) não se ensoberbeça, mas adore a Deus que graciosamente lhe deu tudo isso. Se você querido irmão não tem as coisas citadas acima ou as tem em menor escala não se entristeça, pois Deus não lhe deu isso ou lhe deu pouco, mas por outro lado Ele cuida de você com um cuidado todo especial. Dê graças a Deus por isso em obediência ao que Ele disse em 1 Ts 5.18: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
Não estou com isso pregando um determinismo nem sou adepto da “síndrome da Gabriela” (eu nasci assim, vou viver assim e vou morrer assim). Esforce-se, estude, progrida, mas não venda a sua alma por causa disso. Lembre-se de que o Senhor censurou aquelas pessoas que eram ricas materialmente e que eram pobres para com Deus (veja a parábola do rico insensato em Lucas 12.13-21). 

CONSUMIR... CONSUMIR... CONSUMIR

Para refletir - “A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e quatro nunca dizem: Basta.”(Pv 30.15 – ARC).
Neste texto Agur, observa, e de uma forma poética mostra que a insaciabilidade nunca está completa. Alertando-nos a vivermos de forma equilibrada, não se dominando por ela, pois nunca diz “basta”, convidando-nos à vigiar, para que não sejamos dominados pelo consumismo.

Texto Bíblico em estudo: Mt 6.19,25, 33,34.

Vivemos em uma sociedade materialista que exige que estejamos sempre prontos a adquirir mais. Muitas vezes somos assaltados pela mesma mensagem: “Você merece muito mais”. Porém, não é assim que a Palavra de Deus nos ensina.
Provérbios 30.8, nos diz:  “Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada.”
O que vemos é que Deus quer que reconhecemos, que podemos nos aquietar, sossegar, sem anseios, confiando que Ele nos dará nossa porção diária, e que essa porção será suficiente. Não esquecendo que Ele cuida de nós (Mt 6.8).

Consumidores manipulados pela mídia e o valor das pessoas

No texto em estudo o Senhor Jesus contrastou os valores celestiais com o terreno, explicando que não devemos nos afligir com as circunstancias, pois nosso Pai Celestial, sabe o que precisamos, e não está alheio as nossas necessidades. Mas que devemos direcionar nossa vida para buscar as coisas do alto, preocuparmos com nossa posição diante de Deus, pois quando ao cotidiano – “Basta a cada dia o seu mal” – Deus que cuida de toda a criação (animais e vegetais), não cuidará de nós?
As preocupações em excesso causam males terríveis a nossa alma. Portanto não é da vontade de Deus que andemos ansiosos por coisa alguma, “antes, as nossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.16).
Muitos hoje são arrastados pela mídia à comprar desenfreadamente, sem a devida ponderação da necessidade, e mesmo poder aquisitivo para faze-lo.

Alguns critérios para a escolha

1. Consciência da necessidade de sustentabilidade – (Entender e precisar) X (querer) – valores do SER ou do TER;  (Apego ao consumismo, conforto/ prazer) X (poder) – verificar custo e disponibilidade de acesso.

2. Refletir : sobre o que é necessário e planejar o que pretende consumir dando prioridade para a compra de produtos do comércio justo, ético e solidário.

3. Reduzir: o que é possível, recusando o que é desnecessário e supérfluo.

4. Repartir: compartilhar ao máximo produtos e conhecimento, na prática constante da solidariedade...

5. Reutilizar:sempre que possível, aumentar a vida útil de produtos e retardar o descarte.

6. Reciclar: quando já tiver esgotado as alternativas anteriores, enviar para reciclar produtos (quando possível). Se seguirmos esses passos, estaremos livres da influencia da Mídia, que impõe-nos um consumismo desenfreado, e estaremos consumindo com responsabilidade.


A sociedade de consumo é individualista

O mundo contemporâneo, tecnológico e globalizado, sofre grande influência das mídias, cuja atuação ultrapassa de muito a área econômica, interferindo nos comportamentos sociais, nos valores culturais, e criando novas modalidades discursivas e conceituais.Para muitos, a ação midiática é responsável mesmo pela implementação de novas racionalidades e formas de pensamento, com influência na própria produção de sentido e percepção moral, promovendo, assim, alterações profundas de caráter ético, estético e ideológico, cada vez mais vemos o acréscimo do individualismos insensível e esgoista.

A publicidade veiculada pela mídia amplia o potencial de transmissão de informações que objetivam a construção de uma consciência do indivíduo enquanto sujeito-consumidor, assumindo a mesma um papel de grande importância na difusão de práticas sociais compatíveis com a venda de produtos midiáticos. Quando a publicidade atinge a sua finalidade, cria novas regras de acumulação, amplia as faixas de consumo e opera a homogeneização necessária à difusão de uma ideologia de valores consumistas.

Evidentemente, existem aspectos positivos, tais como a acessibilidade da informação, que possibilita uma democratização do conhecimento. Entretanto, esse acesso global e indiscriminado à informação sem uma elaboração crítica pode trazer efeitos nefastos à crianças e adolescentes, e porque não dizem também à adultos,  que não possuem meios de processar o material veiculado com uma postura mais crítica. Os receptores das mensagens produzidas pela mídia são vistos como consumidores passivos a serem hipnotizados e manipulados pelo espetáculo dos produtos apresentados na Mídia.

Cria-se uma nova forma de produção e veiculação da ideologia — não mais fundada num sistema coerente de idéias ou crenças, mas como um sistema de valores introjetados pela sua invasividade, cujo modo de ação é a apresentação de conduta e valores a serem reproduzidos, sustentada pelo fato de a mídia se apresentar como geradora da própria realidade.
O que se deve ter presente é que a mídia e os fenômenos que se representam em seu meio, bem como a ordem lógica, formal, emocional ou moral que encerram, estão articulados num universo próprio, fechado em si mesmo. Trata-se de um mundo industrialmente construído, mundo-mercadoria, que, como qualquer produto acabado, é oferecido ao mercado global. A dimensão fundamental dessa construção midiática da realidade não reside no seu caráter instrumental, extensivo dos sentidos e da experiência; e sim em sua capacidade manipulatória condicionante da consciência.

Com isso, novas linguagens, códigos, posturas e hábitos são difundidos através do discurso da Mídia, que é cuidadosamente produzido para vender serviços e produtos interessantes ao mercado consumidor.
Os consumidores assumem, nesse contexto, um papel interativo com o texto midiático, na medida em que reproduzem os paradigmas projetados, incorporando-os ao seu self e à maneira de perceber a realidade.

Já pensaram nisso? – o Perigo que nossas crianças e adolescentes são expostos diariamente?
Seja você mesmo
Seja você mesmo... Sempre!.
Seja sempre você, autêntico e único!


Deus te fez assim – único. E por que querer copiar, querer ser igual a todos os outros?
Outro dia, estava em um ônibus, e conforme passava pelas ruas, eu observava as calçadas, fiquei admirada, quantas adolescentes, moças e mulheres com cabelos vermelhos... Todas  iguais!
De igual modo os adolescentes e rapazes com cabelos amarelos... Fiquei pensando: “Que falta de originalidade... Isso é horrível, uma falta total de identidade...

E quando isso ocorre com cristão é muito pior... “somos geração eleita, sacerdócio santo”, e vamos nos transformar em marias-vai-com-as-outras”?
Sejamos nós mesmos... autênticos cristãos, e todos nos respeitarão como somos.

Observação:- O mundo hoje gira em torno do consumismo. O maior desejo das pessoas, 
influenciadas pelos veículos de comunicação de massa, está em obter bens; seja uma roupa, carro ou, até mesmo, uma viagem. O importante é ter. A moda agora é  ter o máximo que conseguir. Dessa forma, será bem visto pela sociedade e não será excluído jamais, desde que continue seguindo às regras de consumo.

Isso o tornará uma pessoa em evidência? Não, você apenas será mais um na multidão, como outro qualquer.
Através da Bíblia vemos que não é isso que Deus tem para nós. Ele não está preocupado com a nossa aparência, com quanto vamos gastar para ficarmos na moda, ou o que precisamos fazer para sermos aceitos por outras pessoas. O interesse de Deus é por nossas vidas, pelo nosso ser, nosso coração – quer que sejamos um Nele, quer que sejamos “seu particular tesouro”.

Mesmo sabendo dessa verdade incontestável, o que nos leva ao desejo desenfreado de consumir? Será que está faltando algo em nossas vidas, ou simplesmente ainda não aprendemos a viver segundo os ensinamentos de Jesus? Temos que tomar cuidado com os nossos anseios, “porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12.34). 
Deus nos fez único... Somos sua imagem, pois Deus projetou em nós sua imagem, quando aceitamos à Jesus, por meio do seu sacrifício, a imagem de Deus volta em foco através de nós, uma projeção direta do Todo Poderoso, e a gloria do SENHOR brilha refletindo-O aos homens através de nós.

Por essa razão não é da Vontade de Deus que sejamos manipulados pela mídia, ou por quem que seja, somos feitura de Suas Mãos, quem olhar-nos deve ver Seu reflexo em nós, e não um bando de cópias ditadas por um mundo decaído, de visão deturpada. A imagem que vocês viram no espelho, é a pessoa que Deus fez, detalhe por detalhe, a cor dos olhos, a cor dos cabelos, o timbre de sua voz, tudo... nada escapou do olhar atendo daquele que te formou... Valorize-se... não seja mais um... Seja único.

EM BUSCA DA PROSPERIDADE
Quando se fala em prosperidade nos meios evangélicos, imediatamente vem no coração o desejo em adquirir para si, abundância de bens materiais e viver em esplêndida mordomia. Mas o que diz a palavra do Senhor sobre a prosperidade material, no Antigo e no Novo Testamento do Senhor Jesus?  Em meditação na palavra do Senhor, especificamente no Antigo Testamento encontramos várias referências, onde o Senhor prosperava espiritualmente os que o temiam e lhes eram fieis.  Também lhes concedia muitas bênçãos e prosperidades materiais, como recompensa pela fidelidade.

Podemos citar como exemplo, Abraão, o rei Davi, Salomão, Jó, mesmo depois de ter sido provado e perdido todos os seus bens, e pelo seu temor, humildade e reconhecimento a autoridade e poder do Deus altíssimo, foi agraciado novamente com os seus bens materiais, em porções dobradas.  E mesmo em Malaquias 3.10, há promessa de prosperidades materiais para os dizimistas fieis, conforme uso da Lei de Moisés (Números 18.21-26). 

Porém, no Novo Testamento do Senhor Jesus, não encontramos mais a promessa de prosperidades materiais para os que se arrependerem dos seus pecados, para os que lhes são fieis.

Após Cristo ter-se dado em sacrifício vivo para remissão dos nossos pecados, para alcançarmos a salvação, as prosperidades materiais tornaram-se coisas insignificantes, pequenas diante da grandeza de Deus em nos proporcionar a oferta da vida eterna, pois, agora temos uma melhor e mais confortável esperança em Jesus Cristo, encontramos a vida, pela morte de Cristo na cruz. Algo infinitamente superior a todos os bens materiais deste mundo.  

E não há enigma algum para entender isso. Antigo Testamento: Bênçãos e prosperidades materiais para o homem fiel a Deus. Novo Testamento: Paz no coração e oferta de vida eterna para os que crêem e guardam os mandamentos do Senhor até o fim.

Mas, lamentavelmente, os “eruditos líderes das grandes igrejas que fazem a mídia no ambiente evangélico, criaram um cifrão ($ )  como símbolo de para os que buscam a prosperidade,  priorizando a vontade da carne e a materialidade, em detrimento a graça, as bênçãos espirituais e a oferta da salvação para a vida eterna.

Só vêem o que está diante do nariz, mas não tem olhos espirituais para ver a grande divisão que há entre o Antigo e o Novo Testamento do Senhor Jesus Cristo. Não anunciam o que é mais importante do que todos os bens deste mundo, o propósito de Deus para o homem, a salvação da vida eterna.

O dinheiro poderá  suprir algumas necessidades materiais, e trazer alegria momentânea para as coisas deste mundo, mas também não compra tudo, e jamais irá lhe proporcionar a oportunidade de provar o dom celestial e à consolidação na esperança da salvação para os dias vindouros.

 Hoje, libertos do jugo da lei e vivendo pela “graça” do Senhor Jesus Cristo, a nossa primazia não pode continuar voltada para as prosperidades materiais.  No Novo Testamento não há uma só referência; sequer um versículo de promessa de abundância material para os que esperam pela vinda de Cristo (se alguém souber me informe).  “Ele” nos dá a confortável confiança que não precisamos nos preocupar com o amanhã, com coisas materiais como alimento e as vestes. 

Devemos sim, buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas. Isso é, o essencial para o nosso cotidiano, porque a inquietação com o amanhã são coisas dos gentios, aqueles que não temem e nem confiam no poder do Senhor (Mateus 6.25-33). 
 No Evangelho de Lucas 18.28 – 30, disse Pedro a Jesus: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.
Respondeu-lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus; e não haja de receber muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna.

 A palavra do Senhor no livro de Mateus 6.24 diz: “Ninguém pode servir a dois senhores, ou serve a Deus ou a mamon” (quer dizer dinheiro, riqueza, poder, bens materiais, viver para o mundo).


A parábola do rico insensato: Lucas 12.13 a 21, disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?  E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.

E propôs-lhe uma parábola dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto. Derrubarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens. E direi a minha alma: Alma tem em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga.  
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

Hoje continua da mesma forma, muitos buscam a Cristo como um juiz repartidor de bens materiais. Querem fazer grandes celeiros, e a viverem uma vida farta.  Porém esquecem a finalidade principal da aspersão do sangue de Cristo na cruz, para nos dar da sua “graça”, remir os nossos pecados e nos ofertar a vida eterna, para vivermos num lugar onde a morte já não existe mais, e não haverá mais pranto, nem dor e nem clamor, porque Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.

 Na carta aos Romanos 12.16, a palavra do Senhor diz: Não devemos ambicionar coisas altas, mas acomodar as humildes.

I Timóteo 6.7-11: Porque nada trouxemos para este mundo, e dele nada levaremos, mas tendo roupa e alimento, estejamos com isso contente.
Mas os que almejam bens materiais caem em tentação e acabam na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todas as espécies de males, e nessa cobiça, alguns se desviaram da fé traspassando a si mesmo com muitas dores. E ainda alerta que o homem de Deus deve fugir destas coisas materiais e seguir a fé, a caridade, a paciência, e a mansidão.

I Coríntios 15.19 – Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Jesus alertou:

Mateus 6.19 a 21: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

Mateus 19.24: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu.

Mateus 16.26 - Que aproveita o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
A palavra do Senhor ainda faz uma exortação aos ricos deste mundo, que colocam o seu coração na incerteza das riquezas, nas coisas materiais: Como dizem: Sou rico e de nada tenho falta, mas não sabe que é um desgraçado, e miserável, e pobre e nu e cego (Apocalipse 3.17).     

Mas deixou também o conforto espiritual para os que confiam verdadeiramente no seu poder, dizendo:

Hebreus 13:5: Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.


(Mateus 13:44) - Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.


TESOURO: um tesouro consiste em uma volumosa riqueza: pode ser em dinheiro, jóia, ouro, prata, e inúmeros outros bens que alguém possua. Era costume dos povos nos tempos bíblicos, esconder tesouros em suas terras, afim, de protegê-los contra ladrões e de vizinhos avarentos, ou, pela simples falta de bancos. Muitas vezes acontecia de um camponês achar um desses tesouros enquanto cavava os campos, entretanto, o fato de encontrar um tesouro em terreno alheio, não lhe dava o direito de possuí-lo. Caso estivesse interessado naquela riqueza, teria que adquirir a propriedade na qual o tesouro fora encontrado.
             

Jesus usou esse fato para enfatizar o valor supremo do reino dos céus.

Nesta parábola, o campo, é o mundo; o homem o pecador que encontra Cristo; e o tesouro é o próprio Cristo. Quando o homem encontra Jesus, deixa para trás outros tesouros que ocasionalmente possua para preservar no seu coração apenas Jesus Cristo, o seu maior tesouro. Quando o homem reconhece em Jesus o tesouro incomparável que Ele é, não esita em abrir mão de tudo para ficar com Jesus. (Filipenses 3:7) - Mas o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo.

Aquilo que parecia ser de muita valia, quando verdadeiramente encontramos Jesus, passa a ser algo sem valor. (Filipenses 3:8) - E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.

Nenhum tesouro desse mundo, seja: dinheiro, fama, prestígio ou sabedoria humana, pode ser comparado à grandeza do reino dos céus do qual somos participantes.(Colossenses 2:2, 3) - Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus  Pai, e de Cristo, Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.  


A Bíblia nos aconselha a não entesourarmos nada aqui na terra. (Mateus 6:19) - Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Pois as riquezas desse mundo são passageiras. (Provérbios 23:4) - Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? Porque, certamente criará asas e voará ao céu como as aves.

Nunca devemos comparar o nosso Senhor às riquezas materiais, pois, Ele é mais importante do que ouro ou prata. (Atos 17:29) - Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Muitos rejeitam Jesus, o tesouro incomparável para confiar em coisas perecíveis, preferindo assim ficar fora do reino dos céus. (Lucas 18:22-24) - E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me. Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico, e, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!

Quando o homem aceita Jesus, como seu salvador, e, permanece com Ele, recebe como herança, todas as riquezas do reino de Deus. (Lucas 22:28,29) - E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou. Quando abandonamos as nossas “riquezas” por amor a Jesus, não nos é prometido apenas um tesouro espiritual, no céu, mas, muito receberemos também aqui na terra.  (Lucas 18:29,30) - E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna.

Pois nada desse mundo, nem mesmo as aflições, pode ser comparado ao que Jesus preparou para nós. (Romanos 8:18) - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.  

Mesmo sendo nós fracos, Deus nos escolheu, para colocar em nós o seu mais precioso tesouro. (II Corintios 4:7) -  Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.  Quando temos em nós esse precioso tesouro, Jesus, de nada sentimos falta,.Ele supre todas as nossas necessidades. (Filipenses 4:19) - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

Acumulando tesouros no céu

Em Mateus 6:19-20 o Senhor diz: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu...”. Olha só que ensino surpreendente esse! O Senhor esta dizendo que eu ou você podemos passar nossa vida trabalhando para conseguir uma das duas coisas: Um tesouro que vale muito, ou, um tesouro que não vale nada!

Entretanto eu me pergunto: Como é que alguém poderia entre duas escolhas ficar com a pior? O que levaria um homem ou uma mulher sadios da mente fazer a pior escolha e dedicar sua vida inteira para consegui-la? Gastar o melhor dos seus dias em busca do pior para a sua existência? Francamente – a não ser que a pessoa tenha algum problema mental – isso parece uma coisa impossível de acontecer, pois qualquer pessoa quer o melhor para si. Mas então, qual é a razão desse ensino do Senhor? Acho que o Senhor está nos advertindo contra um poderoso inimigo: o engano. 

O que acontece se uma pessoa pensar que escolheu o melhor enquanto na verdade escolheu o pior? Pense em quantas pessoas já compraram um apartamento – na planta – e concluíram que estavam fazendo o negócio da sua vida. Trabalharam duramente para pagar as prestações. Economizaram. Sonharam. Pense na decepção e amargura delas quando lá na frente descobrem que tudo é uma farsa. A construtora é uma arapuca. O apartamento nunca existiu. Tanto trabalho. Tanto esforço... por uma farsa! Vidas verdadeiramente empenhadas por uma mentira. Pensando que trabalhavam por uma coisa boa, trabalhavam duro por um grande mal. Que poder incrível tem esse tal de engano!!! Usar o melhor de nós para tirar o melhor para ele! 

Talvez essa seja a armadilha contra a qual o Senhor quer nos advertir aqui nesse ensino. Será que sinceridade, esforço e dedicação formam um trio imbatível que nos garanta a salvação? E se, por falta de conhecimento, formos enganados? E se, enquanto acreditamos que estamos trabalhando para nossa salvação, estamos – na verdade – trabalhando para nossa perdição eterna?! Terrível!!! Sinceros, mas enganados! Fervorosos, mas enganados! Dedicados, mas enganados! 
Como ter certeza? Qual a fonte segura? A igreja que frequento? Pregadores que ouço? Artigos como esse? Jesus dá a resposta: “Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não conhecendo as Escrituras ...” (Mateus 22:29).

Essa é a resposta. O conhecimento das Escrituras pode nos livrar dos enganos. É por acreditar nos sentimentos e não na verdade que somos enganados. Jacó trabalhou sete anos para ter Raquel como esposa, mas sem saber trabalhava esforçadamente a cada dia para se casar com Lia. Pensando que trabalhava para ter Raquel, sem saber trabalhava para ter Lia. 
Quantas pessoas fervorosas podem estar nessa situação hoje? Pensando que trabalham para a salvação (tesouros no céu), sem saber trabalham para a perdição (tesouros na terra). Dedicadas. Empenhadas. Amorosas. Evangelizadores. Tantas coisas, que não dá para acreditar que não terão o seu lugar na eternidade ao lado do Senhor. Mas, e se o maldito engano as tiver sob seu controle? E se elas estiverem na mesma situação do pobre Jacó: trabalhando por Lia enquanto pensava que era por Raquel? 

Em Mateus 7:21, Jesus diz muito sobre esse tipo de engano: “Nem todo que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade do meu Pai que esta nos céus”. Olha só? Não é a mesma situação? Aquelas pessoas fizeram muita coisa em nome do Senhor – é só continuar lendo Mateus que a gente vê. Mas desgraçadamente foi tudo um grande engano. Apanhadas em uma poderosa armadilha ficaram cegas. E, cegas, rumaram para longe do Senhor enquanto pensavam que estavam indo ao seu encontro. 

Qual é o verdadeiro tesouro então? Como achar um caminho certo e seguro para ele? Paulo responde: “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo” (Efésios 3:8). Eis aí o mapa do verdadeiro tesouro: o evangelho da salvação. Confie sua vida a ele e seja rico em bençãos celestiais! “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1:3).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

cristoeaverdade.net
www.estudosdabiblia.net
estudosbiblicos.spaceblog.com.br
Pr. Eudes Cavalcanti - 3iec.com.br
Colaboração para o Portal Escola Dominical

SEGUE ABAIXO ESTUDO PARA COMPLEMENTO

A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA
POBREZA: UMA REALIDADE SEMPRE PRESENTE

1. Os pobres. Na America latina, a partir dos anos 1970, se desenvolveram duas grandes correntes teológicas que abalaram as tradições teológicas: a Teologia da Libertação (Católica) e a Teologia Evangélica da Missão Integral. Essas duas correntes enfatizam a necessidade da reflexão teológica a partir do compromisso social do povo de Deus. A condição social da America Latina levou os pensadores cristãos a desenvolver estas teologias baseadas na opção preferencial pelos pobres contra a pobreza e pela sua libertação e propõem o engajamento social dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa e solidaria. A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. 

A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos. Resolver o problema é o desafio dos governos desses lugares. No entanto, não é tão simples quanto parece. O filósofo Karl Marx (1818-1883), interpreta a miséria como um instrumento utilizado pelas classes dominantes. Para ele, a desigualdade é resultado da divisão de classes – entre aqueles que detêm os meios de produção e os trabalhadores, que só têm a força de trabalho para garantir a sobrevivência. O contexto da comunidade cristã em Jerusalém, descrito em Atos 6, é de pobreza e necessidades sociais. 

O resultado do Pentecostes fez com que a igreja de Jerusalém triplicasse em quantidade, mas em contrapartida, crescia na mesma proporção o número de necessitados. Como consequência do crescimento, surgiram carências oriundas de um contexto social de extrema pobreza e miséria. A Igreja Primitiva passara a ser grande, mas seus líderes não podiam fechar os olhos para os pobres e necessitados. Uma igreja que cresce numericamente pode ver seu rebanho adoecer a uma velocidade desproporcional por pura falta de cuidado com as pessoas. A Igreja de Cristo precisa crescer integralmente e priorizar pessoas.

2. O problema da fome. Herdamos um mundo caído, e a pobreza, bem como a doença e a morte, como resultado do primeiro pecado. Antes da queda a terra dava seu fruto livremente, e Adão e Eva entendiam suas responsabilidades sob Deus e percebiam os benefícios da árvore da vida (Gn 2.15, 16). O estado sem pecado de Adão e Eva não significa que eles estavam livres da obrigação de cultivar e guardar o jardim. Antes, a obrigação de lutar pelo seu sustento estava entremeada no mandato e criação. Contudo, desde a queda, a terra passou a negar seu fruto e o homem se tornou irresponsável na execução de sua tarefa de domínio:
maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3.17b-19). 

Alguns vão ainda mais longe, e assassinam outros para possuir o que não lhes pertence (Gn 4.19. 23, 24)[2]. O livro de Juízes refere-se ao fato de que Israel empobreceu muito (Jz 6.1-6).
Os midianitas destruíam as sementeiras, matavam o gado e não deixavam mantimento em Israel. Isso nos mostra que a pobreza era resultado de não haver proteção de Deus. Portanto, a Bíblia nunca lida com a pobreza fora do contexto da queda do homem no pecado. (Todo assunto deve ser considerado em relação à queda da humanidade no pecado. A questão da pobreza não é única nesse respeito.) Isso não quer dizer que, o crente que é pobre esteja em pecado, mas como está inserido num contexto social, sofre as conseqüências do desajuste social, ainda que com um diferencial: há um lugar de descanso, onde ele pode se achegar e descansar, na completa dependência de Deus o homem encontra tudo o que precisa para viver. Sim, o crente considera as circunstâncias da vida sob a ótica de Deus, aprende também a descansar n’Ele. Davi aprendeu isso depois de passar por grandes experiências. Ele disse no Sl 119.165 que “muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço”. Quando o crente está em verdadeira sintonia com Deus, passa a enxergar pelos olhos da fé, passa a ver o invisível e usufruir das verdadeiras bênçãos que Ele reservou para os Seus queridos.

3. Precisamos ouvir a voz de Deus. A solução para a pobreza deve ser respondida à luz do que a Bíblia diz sobre a condição caída do homem, e os fatores que criam as condições para a pobreza. Deus determina que o crente cuide dos pobres, para negar isso, deve-se negar toda a Bíblia: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão” (Zc 7.9) e “O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado” (Pv 14.31). 

Deus instrui o crente a oferecer socorro aos oprimidos, famintos, presos, cegos, estrangeiros, viúvas e órfãos. Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em Cristo (Gl 6.10). Jesus equiparou o cuidado com os irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40,45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). A diaconia foi instituída para cuidar dos necessitados (At 6.1-6). Deus quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2 Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Tiago desenvolve sua teologia prática afirmando que a verdadeira religião é atender aos necessitados (Tg 1.27) e também que Deus escolheu os que são pobres, para a salvação (2.5).

1. Os ricos e os pobres em Israel. Quando lemos, o livro do profeta Amós, a descrição das casas de Samaria, de paredes de ébano e marfim para se ter uma idéia da prosperidade do país. Mas também da injustiça social que dela decorria: As escavações efetuadas em Tersa, a primeira capital, mostram um conjunto de casas bem construídas, separadas, por um muro, de uma ilhota de casebres, verdadeira favela, na realidade a situação daquela época era boa para alguns e ruim para outras, o dinheiro estava concentrado nas mãos dos poderosos das autoridades da época, foi por isso que Amós foi levantado por Deus para combater as injustiças que haviam na época.

Muitos textos da tradição profética apresenta a temática das relações econômicas onde a perspectiva é a partir das pessoas e grupos sociais mais empobrecidos dentro daquela sociedade:

- “Fostes vós que devorastes a vinha, o que roubastes do pobre está em vossas casas. Com que direito esmagais o meu povo e calcais aos pés o rosto dos pobres?” (Is 3.14-15);

- “Teus chefes são rebeldes, parceiros de ladrões. Todos gostam de suborno e correm atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão e a causa da viúva não chega até eles” (Is 1.23);

- “Ai dos que decretam leis injustas e editam escritos de opressão: para afastar os humildes do julgamento e privar do direito os pobres do meu povo, para fazer das viúvas suas presas e roubar os órfãos” (Is 10.1);

- “Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais sobre o monte de Samaria, que oprimis os fracos, explorais os pobres e dizeis aos vossos maridos: Trazei-nos o que beber” (Am 4.1);
- “Eles odeiam quem repreende no tribunal e detestam quem fala com sinceridade. Por isso: porque oprimis o indigente e lhe cobrais um imposto de trigo, construístes casas de pedra lavrada, mas não as habitareis; plantastes esplêndidas vinhas, mas não bebereis o seu vinho. Pois conheço vossos inúmeros delitos e vossos enormes pecados” (Am 5.10-12);

- “Ai do que constrói sua casa sem justiça e seus aposentos sem direito; que faz trabalhar seu próximo de graça e não lhe paga o salário” (Jr 22.13);

- “Eles não sabem fazer o que é reto” (Am 3.10).
Durante o período de dominação romana na Palestina do primeiro século, o povo judeu encontrava-se em situação de “povo dominado” ou “escravizado”.

A sociedade era dividida em quatro grandes grupos socioeconômicos: os ricos, grandes proprietários, comerciantes ou elementos provenientes do alto clero; os grupos médios, sacerdotes, pequenos e médios proprietários rurais ou comerciantes; os pobres, trabalhadores em geral, seja no campo ou nas cidades; e os miseráveis, mendigos, escravos ou excluídos sociais, como ladrões. 

Contudo, as diferenças sociais na palestina não se pautavam somente na riqueza ou pobreza do indivíduo, mas em diversos outros critérios, como sexo, função religiosa, conhecimento, pureza étnica, etc. Dois exemplos: uma mulher, ainda que proveniente de uma família rica, estava numa situação social inferior a de um levita; um samaritano, apesar da miscigenação com os israelitas, era considerado impuro e, socialmente, inferior a uma mulher judia.

2. A escravidão em Israel. Críticos atribuem culpa à religião judaica e à fé cristã, pelo incentivo à escravidão desde tempos remotos, mas se examinarmos o Antigo Testamento veremos que era proibida a escravidão no meio do povo hebreu (Lv 25.42). Os únicos casos de servidão – radicalmente distinto de qualquer modelo das culturas pagãs – eram de punições de criminosos que deveriam restituir o roubo com serviço, (Ex 22.3); e de pobreza, quando as pessoas buscavam sustento trabalhando para outras, (Lv 25.39;Ex 21.7). É relevante que os hebreus escravos, por motivo de crime ou pobreza, só podiam servir aos seus senhores por seis anos, sendo compulsoriamente libertados. 

Mesmo no caso dos pobres, a opção de se tornarem servos era deles, a fim de que não morressem de fome. Na verdade, o princípio da escravidão entre hebreus, nada mais era do que ser tratado exatamente como um trabalhador livre, um empregado pago, (Lv 25.39,40; Cf. Mt 24.45s; Lc 19.11s). A Lei permitia aos hebreus comprar escravos vindos do mundo pagão (Lv 25.44), porém nenhum escravo era permitido no meio do povo se não houvesse profissão de fé e circuncisão para com o Deus de Israel. Isto era previsto para que a santidade do povo e a fidelidade a Deus fossem preservadas contra qualquer mistura de religiões do mundo pagão. Mas o escravo não era compulsoriamente circuncidado, pois a circuncisão só poderia ser administrada se a pessoa concordasse com os preceitos da fé de Israel, (Rm 2.25-29); caso contrário, ele era devolvido ao seu povo de origem. O tempo exigido para a liberdade de um escravo de outra origem era de cinqüenta anos. Jó usou o argumento da criação para referendar os direitos dos seus servos, (Jó 31.13-15):

·Os escravos tinham direito a um dia de descanso como qualquer trabalhador comum, (Êx 20.10; 23.12);

·Havia salário para o escravo, (Lv 25.40);

·Havia indenização por vexames provocados contra o escravo, (Ex 21.8,10);

·Os escravos tinham direito de se casarem com filhos ou filhas de seus senhores, tornando-se assim membros da família, (Ex 21.9);

·Se fugissem de seus senhores não poderiam ser devolvidos para os mesmos, (Dt 23.15-16). Isso era providencial porque os escravos fugiam de senhores que lhes maltratavam, e isso fazia com que seus donos perdessem o direito de seus serviços; a lei proibia todo e qualquer maltrato a um escravo.

·Se um escravo concordasse em ser um professo fiel ao Deus de Israel, ele tornava-se um membro da família, com privilégios que a outro membro poderia ser negado, (Lv 22.10-13);

·O ano sabático e o ano do jubileu eram datas de cada senhor dispensar os trabalhos de seus escravos, a menos que tais escravos se recusassem a deixar o serviço, sendo amados pelos seus senhores, se tornariam servos para sempre, (Ex 21.2,5);

·Havia leis que protegiam os escravos a cada possível circunstância degradante por parte dos senhores malvados, estes, para os quais era previsto punição;

Por estes motivos, o mercado escravagista judaico não interessava aos mercadores de escravos, havendo entre eles até mesmo um ditado que dizia “Quem comprar um escravo judeu arranja um senhor para si mesmo” [3].

3. O socorro aos pobres. No Antigo Testamento vemos que existe uma clara opção preferencial de Deus pelos pobres e oprimidos. Isto não significa que Deus faça acepção de pessoas ou de classe social. Mas com certeza Ele olha de maneira especial para aqueles que não têm vez, que não têm voz. A lei de Moisés continha dispositivos que iam além do mero atendimento de necessidades imediatas, criando condições para que houvesse menor desigualdade na sociedade de Israel. São exemplos disso a lei da rebusca (Lv 19.9-10; 23.22; Dt 24.19-21) e o ano do jubileu (Lv 25.8-34).

Quando se chega à literatura profética, em especial aos “profetas éticos” do século oitavo a.C. (Isaías, Oséias, Amós e Miquéias), a justiça, a misericórdia e a generosidade no trato com os sofredores se tornam um tema dominante (Is 1.17,23; 3.14-15,18-23; 5.7-8; 58.5-10; Os 10.12; 12.5-7; Am 2.6-7; 4.1; 5.12,24; 8.4-6; Mq 2.1-2; 6.8).

A justiça social ordenada por Deus determinava que os ricos não desprezassem os pobres (Dt 15. 7-11), e que o estrangeiro, a viúva e o órfão fossem atendidos em suas necessidades (Ex 22. 22; Dt 10. 18; 14. 29). Ezequiel 16.49 afirma que o pecado de Sodoma, além do orgulho, da vaidade e da imoralidade era que aquela cidade, sendo rica e abastada, nunca atendeu o pobre e o necessitado. O Velho Testamento encerra o objetivo de Deus ao entregar a Lei à Israel: que não houvesse miseráveis e injustiçados no meio do Seu povo.


Na Igreja Primitiva. Quando Cristo veio ao mundo, a Palestina passava por graves problemas sócio-econômicos, de sorte que muitos o buscavam apenas para saciar a fome (Jo 6.26). É justamente nesse contexto que devemos estudar a ação social da igreja primitiva. Ler At 2. 43-46; 6. 1; Rm 15. 25-27; I Co 16. 1-4; II Co 8; 9; GI 2. 9; Fp 4. 18,19, etc. Conforme o relato de Atos, a comunidade cristã em Jerusalém vivia em comunhão exemplar. “Ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”.

Uma prática comum daquela igreja era a partilha de bens para atender aos necessitados (At 2.44,45; 4.34,35). Essa partilha era totalmente voluntária, e não compulsória. O que acontecia certamente era que os cristãos que possuíam uma melhor situação econômica vendiam suas casas e terras para atender aos irmãos mais necessitados. Uma observação a ser feita aqui é que a prática dos cristãos do segundo século, ainda que seja louvável, não é normativa para nós hoje. “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-45) Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra.

Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas? Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. Este foi também o chamado do frade Francisco de Assis, na idade média, e mais recentemente, o chamado de Madre Tereza, em Calcutá, ambos católicos romanos. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos. Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso.

A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas. Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir-lo. Mas, mesmo que não seja nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos.

Nos Evangelhos. O ministério terreno de Jesus objetivou trazer aos homens liberdade do pecado, de satanás, da lei e da morte. Ao definir seu ministério em Lucas 4.17-21, no qual interpreta sua missão em termos proféticos, asseverou: 

(a) um ministério de restauração material, pois se afirma enviado a restaurar os contritos de coração...;

(b) um ministério de libertação social, desde que anuncia “liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos”; 

(c) um ministério de redenção espiritual, porquanto veio “apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança de Deus”...; 

(d) um ministério de consolação moral, uma vez que se propõe a “consolar todos os tristes”. Jesus desenvolveu um ministério libertador deixando transparecer o caráter altruísta de sua Obra. Em Lucas 14.12-14, Jesus ensina o princípio e motivos altruístas ao se realizarem atos de generosidade acrescentando que a recompensa não será devolvida no tempo presente, mas na ressurreição dos justos.

Aqui estão incluídos os pobres, enfermos, deficientes físicos, crianças, idosos, desamparados, desabrigados, encarcerados, bem como os incapazes de retribuir quaisquer favores recebidos (Lc 14. 13,14).

FONTE:- auxilioebd.blogspot.com