A MORDOMIA DA ADORAÇÃO
TEXTO ÁUREO
“Dai ao
Senhor a gloria de seu nome: trazei presentes, e vinde perante Ele: adorai ao
Senhor na beleza dá sua santidade” (1 Cr 16.29).
VERDADE PRÁTICA
A adoração a
Deus é a expressão sincera e espontânea de reverência de vida e do serviço ao
Senhor Deus Todo-Poderoso.
TEXTO BIBLICO = Ef
1.4-6,11,12; 1 Pe 2.5,9
INTRODUÇÃO
A adoração é
uma das doutrinas vitais do Cristianismo e está em toda a Bíblia. Entretanto, a
questão da adoração não tem sido compreendida como realmente merece. Houve
tempo em que a adoração era claramente compreendida, sua necessidade
reconhecida e sua força motivadora apreciada. A igreja, na terra, constitui-se
de pessoas tiradas do mundo, para servir a Deus e para “louvor e glória da sua
graça” (Ef 1.6).
1.0 QUE É MORDOMIA DA
ADORAÇÃO
A adoração
está implícita na vida religiosa do povo de Deus.
1. Definindo o Sentido de Adoração. Um dos sentidos mais fortes e
significativos da adoração é o de atribuir valor ou mérito a um objeto ou pessoa.
Quando se trata da adoração cristã, o termo tem um sentido especial e único. A
adoração a Deus não é a mesma atribuição de valor como o que se dá um objeto. A
atribuição feita a Deus é singular e incomparável. Por isso, quando adoramos a
Deus, estamos administrando nossa atitude e posição em relação a Ele.
2. O Papel da Igreja na Adoração. (1
Pe 2.4,5,9,10). A
Igreja esta na terra como uma comunidade exclusiva e especial de Deus para
adorá-lo, através da sua missão de pregar o Evangelho e de mostrar ao mundo que
é “povo adquirido” para ser o “louvor e glória da sua graça” (Ef 1.6).
II. RAZÕES PARA A
MORDOMIA DA ADORAÇÃO
O homem foi
criado com a capacidade de adorar ao Deus que o criou, de modo livre e
espontâneo. Com a queda do homem pelo pecado, esse senso de adoração, inerente
à sua natureza religiosa, foi completamente desviado. Mas Deus providenciou a
recuperação da comunhão com o homem, através das dispensações históricas,
culminando com a revelação de Seu Filho amado, Jesus.
1. A Revelação de Deus. O motivo básico para compungir o
homem a adorar a Deus é a Sua revelação. Significa que a adoração se baseia num
fato — os homens experimentam essa revelação divina. A maior fonte reveladora
de Deus está na Bíblia. Ela conta quem Ele é e o que faz.
A Moises, no
monte Horebe, Ele se identificou como o “Eu Sou”. Essa identificação pessoal de
Deus revela que Ele existe. Ele é Espírito, e os “verdadeiros adoradores O
adoram em espírito e em verdade” ( Jo 4.24).
2. A Presença de Deus. No Antigo Testamento, Deus instituiu
o culto e os serviços cio Tabernáculo, para promover a adoração. Os serviços
incluíam os sacrifícios, as ofertas e os símbolos materiais dentro do
tabernáculo. Mediante o cumprimento correto das regras para adoração é que Deus
se manifestava e todos podiam constatar que Deus estava presente (Ëx 29.38-461.
No Novo
Testamento. Deus está presente em Cristo, Seu Filho amado, o qual é chamado de
o “Emanuel”, que significa “Deus conosco”. Hoje podemos conhecer a Deus pela
presença de Cristo (GI 4.S.9.
3. O Poder de Deus. Um dos nomes de Deus o qual indica
na sua essência o poder divino é ELOHIM. O prefixo EL fala de um “Deus forte e
poderoso”. Seu poder é singular e inigualável. Toda a vida emana dle e é sustentada
por Ele (Hb 1.3; At 17.25,28; Dn 5.23).
4. A Bênção de Deus. Nossa adoração não se baseia numa
idéia, mas num fato. Não em algo fictício. mas em algo experimentado pelos homens.
As bênçãos de Deus são muito abrangentes. As bênçãos da vida cotidiana têm nele
a sua origem: portanto, devemos agradecer- lhe (SI 68.19; Lc 12.22-30; Tg
1.17,18).
Ele
instituiu as estações para o plantio e a colheita (Sl 104.14; 147.8; At 14.17).
Porém, a bênção maior que o homem pode usufruir da parte de Deus é a comunhão
com Ele, através da obra expiatória de Cristo Jesus feita por todos os homens
(Ef 1.3; .3.11-15; 1 Pe 1:3.
III. A MORDOMIA DA
ADORAÇÃO NA IGREJA
1. Adoração a Cristo. A base do cultivo da adoração cristã
é Cristo. Satanás tem procurado desviar a nossa devoção a Deus para ele mesmo,
e o faz, incutindo na mente de crentes fracos e presunçosos, a reivindicação de
homenagens e louvores para si próprios. Foi dessa maneira que a Igreja dos
primeiros séculos se desviou para a idolatria Entretanto, a verdadeira adoração
que se oferece no Novo Testamento é “ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao
Único Deus” (1 Tm 1.17).
2. A Igreja Existe Para Adorar a Deus
Sobre Todas as Coisas. O sentido de adoração está implícito na vida e missão da Igreja no mundo.
(Jo 4.20-23). Paulo advertiu nos filipenses acerca do regozijo (Fp 1.4) que
marcava a adoração cristã da Igreja primitiva e a capacitava a enfrentar todas
as tentações e perseguições. Notemos o que está escrito em At 5.4. Outros
textos comprovam esse aspecto da adoração cristã (At 8.39; 13.48: 15.3,31).
IV. ASPECTOS E MODOS DA
ADORAÇÃO CRISTÃ
A. mordomia
da adoração cristã requer uma administração racional, espiritual, dinâmica e
disciplinada.
1. A Administração do Batismo em
Águas. O batismo é
parte essencial da adoração cristã no que tange à sua essência doutrinária. Desde
o Antigo Testamento a água fazia parte das abluções rituais. com o sentido de
limpeza e purificação (Ex 40.12-15: Lv 8; Nm 8).
Pelo ato do
batismo, não só confessamos fé em Cristo, mas ficamos ligados com Cristo. Essa
ligação com Cristo pelo batismo, implica em sermos sepultados com Ele, isto é.
morrermos .com Ele. Assim como Ele se levantou da sepultura. nós nos levantamos
com Ele para viver uma nova vida.
2. A Administração da Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor é o modo mais
singular e glorioso da adoração cristã. O grande paralelo da adoração cristã
quanto à Ceia é a Páscoa judaica a qual foi instituída como memorial na vida
religiosa de Israel para lembrar a libertação do cativeiro do Egito.
3. Administrando a Palavra do Senhor.
a. A leitura da Palavra. No Antigo Testamento, mui
especialmente nas sinagogas, a leitura e a dissertação das Escrituras tinham um
sentido especial dentro da adoração judaica. Nos primórdios da Igreja, quando o
Novo Testamento não havia sido ainda constituído, os cultos cristãos utilizavam
o Antigo Testamento, mui especialmente os livros proféticos, que se referiam a
Jesus.
b. A pregação da Palavra de Deus. A pregação é, indiscutivelmente, um
modo de adorar a Deus
4. Os Cânticos na Adoração Cristã. Uma das formas mais expressivas da
adoração cristã é cantar ao Senhor. Os cânticos, quando inspirados pelo
Espírito Santo, são conteúdos cheios de gratidão. testemunho, e edificação. Os
hinos anunciam a obra salvadora de Cristo ( At 2.1-13: 3M: 5.41: 8.39).
5. As Orações na Adoração Cristã. A oração é o modo do crente ter
comunhão com Deus. A adoração sem sem oração é como um corpo sem vida.
6. A Contribuição na Adoração Cristã. As contribuições fazem parte da sincera
adoração cristã. O texto de 1 Co 16.1-4, contém os princípios da adoração
cristã quanto à contribuição material para a obra de Deus.
Lições
Bíblicas CPAD 2º. Trimestre 1987
A MORDOMIA DA ADORAÇÃO
TEXTO ÁUREO
“Dai ao Senhor a glória de seu nome; trazei presentes, e
vinde perante Ele; adorai ao Senhor na beleza da sua santidade” (1 Cr 16.29).
VERDADE PRÁTICA
O ato de adorar a Deus implica reconhecer a sua soberania e
dar-lhe a glória que lhe é devida, com espontânea reverência e serviço amoroso.
LEITURA BÍBLICA = EFÉSIOS 1.4-6, II,I2; 1 PEDRO 2.5,9
INTRODUÇÃO
A mordomia da adoração se constitui numa doutrina essencial
na vida da, Igreja. Nesta lição, trataremos do culto a Deus através da
adoração, como a Bíblia nos ensina. Trataremos também da sua prática na vida
cotidiana da igreja.
1. MORDOMIA DA ADORAÇAO A DEUS
A primeira verdade da mordomia da adoração é que ela é um
privilégio concedido ao povo salvo para, deste modo, servir a Deus.
1. O ato de adorar a
Deus. Na teologia bíblica não há espaço para adoração de coisas ou objetos.
Existe uma palavra no hebraico bíblico (histahawah) que literalmente significa
“curvar-se em humilde reverência e prostração”. Essa atitude indicava que todo
israelita devia manter e administrar sua vida religiosa, como reconhecimento da
soberania divina (Gn 24.52; 2 Cr 7.3; 29.29). No Novo Testamento, o grego usa a
palavra proskyneo e o sentido é o de “prostrar-se diante de alguém maior, ou de
render homenagem.
2. A igreja e a
adoração a Deus. O texto de 1 Pedro 2.4,5,9,10 indica que o crente em Jesus
Cristo é conhecido primeiramente como adorador, O texto declara que exercemos
um sacerdócio santo. Num sentido especial, tudo o que a igreja faz e realiza na
vida diária em obediência às Escrituras se constitui numa forma de adoração (2
Co 4.15; Rm 12.1; Hb 13.16).
3. Reverência e
adoração. O ato de adorar deve ser precedido pela obediência aos
mandamentos de Deus. Porém, equivocadamente, a maioria dos cristãos entende que
reverenciar a Deus refere-se apenas à postura física. Mais do que prostrar-se,
ou colocar, o rosto na terra, a autêntica reverência na adoração tem a ver com
a atitude do coração. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado: a
um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).
II. RAZÕES PARA A ADORAÇAO
O homem foi criado para adorar ao Criador de modo livre e
espontâneo. Com a queda de Adão e Eva, esse senso de adoração foi completamente
desvirtuado. Mas Deus providenciou a restauração da humanidade mediante a
revelação de Seu Filho Jesus Cristo.
Foi o próprio Jesus quem proveu essa recuperação humana
abrindo o caminho para a adoração ao Pai, revelando-O de modo especial.
1. Revelação de Deus
Pai. A Bíblia declara em Colossenses que Ele “é a imagem do Deus invisível,
o primogênito de toda a criação”(Cl 1.15). Jesus foi e é a expressa imagem
desse Deus grandioso que tornou-se conhecido através de seu Filho, o qual,
sendo Deus, “humilhou-se a si mesmo”“...pelo que Deus o exaltou soberanamente e
lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.8,9). Jesus revelou o Pai a
todos os homens.
2. Presença de Deus.
A adoração no Novo Testamento é uma resposta à presença de Deus em Cristo
Jesus. Um dos nomes de Jesus é Emanuel que quer dizer:
“Deus conosco”. Deus se revela na pessoa de Cristo (Gl
4.8,9), por isso, podemos chamá-lo Pai (Rm 8.15,16; Gl 4.6).
III. ASPECTOS DA ADORAÇÃO CRISTÃ
1. Administrando o
culto a Deus.
a) Leitura da
Palavra. Hoje, a leitura individual com atitude de reverência produz paz
interior e orientação espiritual para a vida cotidiana. A leitura pública ainda
é um hábito positivo e indispensável aos cultos cristãos, como parte da
adoração cristã. Na Bíblia, aprendemos que um dos maiores momentos de adoração
ao Senhor ocorreu quando o sacerdote Esdras leu a Lei perante o povo (Ne
8.5,6).
b) Pregação e ensino
da Palavra de Deus. Um verdadeiro culto de adoração a Deus i’ião pode ficar
sem ensino ou pregação bíblica. Através da exposição desta, o homem pode
reconhecer Deus como seu único Senhor e Salvador (2 Cr 34.30-3 3).
c) O cântico na
adoração. Uma maneira de expressarmos alegria, gratidão e desejo de
comunhão com nosso Senhor é através dos cânticos (Si 136; Si 126.3). Os
cânticos devem ser inspirados em música e letra com conteúdo suficiente para
elevar o povo à presença de Deus (Ex 15.1-2 1).
d) A oração na
adoração. Outro elemento importante na adoração é buscar a sua face em
oração. É o meio de comunicação entre os santos e o Senhor. A oração deve ser
sempre acompanhada de ações de graças a Deus. O Novo Testamento apresenta dois
tipos distintos de orações, a individual e a coletiva. A oração individual está
relacionada à nossa intimidade pessoal e secreta com o Senhor (Mt 6.5-8; Lc
11.5-13). A oração coletiva reúne toda a congregação (Mt 18.19,20). Esse último
tipo de oração promove união, confraternização e comunhão. Era o tipo de oração
exercitada nas casas dos crentes primitivos quando ainda não tinham templos
próprios (At 2.42,46; 4.23; 5.42).
e) Contribuição e
adoração. A entrega dos dízimos e ofertas faz parte da adoração cristã (Sl
96.8). O texto de 1 Coríntios 16.1-4 contém os princípios e bênçãos dos que
contribuem para a obra de Deus.
CONCLUSÃO
O homem foi criado para a glória de Deus, que deseja e
espera receber.o devido louvor de sua criação (Is 43.7). A adoração do crente
deve ser direcionada única e exclusivamente a Deus (Mt 4.10), pois, nas
Escrituras, encontramos as principais razões para assim procedermos, “porque
nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 4º. TRIMESTRE 2003
Celebrando a Deus no domingo – Adoração na família Cristã
TEXTO ÁUREO
“Alegrei-me quando me
disseram: Vamos à Casa do Senhor” SI 122.1
VERDADE APLICADA
O domingo deve ser
dedicado para o serviço divino, louvor e adoração a Deus.
Leitura Bíblica – João 20: 19-25
A INTRODUÇÂO
£ZI..o ressurgir dentre os mortos, o Senhor Jesus inaugurou
uma nova fase espiritual, agora na Igreja, o domingo, caracteristicamente
chamado “o dia da ressurreição”. Este dia marcou uma nova etapa espiritual na
história da humanidade, porque nele Cristo venceu a morte e conquistou sua
vitória no reino das trevas. A Igreja, portanto, comemora este dia na casa do
Senhor, servindo-o e adorando-o, na certeza de sua presença no meio do seu
povo.
I. DOMINGO, UM DIA ESPECIAL PARA A IGREJA - ADORAÇÃO
O domingo se caracteriza por um dia especial, de natureza
unicamente cristã, pois esse é o dia que comemoramos a ressurreição do Senhor
(Mt 28.1,6). A partir da ressurreição de Jesus, o domingo passou a ser um dia
especial para a Igreja, que se reunia sempre no “primeiro dia” da semana (At
20.7). a) Um dia especial na história — No Antigo Testamento, o sábado
tornou-se “o dia do descanso” para o povo de Deus (Êx 16.29), era também um dia
especial para orações e celebrações (Ex 20.8; Lc 4.16). No Novo Testamento,
Jesus declarou- se “Senhor do sábado” (Mt 12.1-8) e tornou-se o nosso “perfeito
descanso” (Mt 11.28) celebrando tudo isto com uma “nova aliança” no seu sangue
(Mt 26.28). Após sua ressurreição, no primeiro dia da semana (Mc 16.9), este
dia tornou-se especial na história do povo de Deus.
b) Um dia especial
para os discípulos — A ressurreição de Jesus marcou o “primeiro dia da
semana” como um dia especial para seus discípulos (Jo 20.19). Nesse dia o
Senhor lhes apareceu e lhes mostrou os sinais dos cravos (Jo 20.20), como prova
visível de sua ressurreição. Portanto, o “domingo” ficou marcado como
comemorativo ao Senhor no Novo Testamento (Ap 1.10).
c) Um dia especial
para a igreja — A igreja de Cristo tem o domingo como um dia especial, para
celebrar a “comunhão do corpo de Cristo” (At 20.7). Este dia tornou-se peculiar
na igreja onde “todos os que criam estavam juntos” (At 2.44) e partilhavam suas
bênçãos com os necessitados: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de
parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade ...“ (1 Co 16.2). Ainda
hoje este dia é especial para a igreja do Senhor Jesus, por isso devemos estar
presentes na Escola Dominical e nos cultos de louvor e adoração a Deus (At
2.47).
II. PRIORIZANDO DEUS NESTE DIA ESPECIAL
O domingo não pode ser desprezado pelo povo de Deus em lugar
de nossas atividades peculiares (Lc 16.13); Jesus foi claro: “Não podeis servir
a Deus e a Mamom”. Quando desprezamos o dia do Senhor, desonramos a Deus, que é
misericordioso com todos nós (Ml 1.6; Mt 5.45).
a) Desprezamos até
dia com negócios — Vivemos em um mundo em que as atividades comerciais
estão se intensificando, cada vez mais, aos domingos. Precisamos, portanto,
exercer vigilância para não nos “conformarmos com o mundo” (Rm 12.2). Não
permitamos que o este dia seja trocado pelas “riquezas” do mundo: “Não confieis
naquilo que extorquis, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas
prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10). Não façamos, pois, como os
judeus nos dias de Neemias, que desprezaram o mandamento do Senhor por negócios
(Ne 13.17,18).
b) Desprezamos o
Senhor com festas pessoais - Muitas pessoas aproveitam o domingo para
festejarem aniversários, viagens e festas afins, desprezando conscientemente o
Senhor: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias
solenes não tenho nenhum prazer” (Am 5.2 1). Desta maneira foge-se de dedicar a
Deus o dia que lhe pertence. A nossa alegria aos domingos deve ser estar
presente na casa do Senhor: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do
Senhor” (Sl 122.1).
c) Desprezamos o
Senhor com divertimentos fúteis — Há hoje em nossas casas diversos aparatos
eletrônicos que nos desviam do propósito espiritual do domingo (Os 11.7).
Infelizmente, em muitos lares evangélicos perde-se tempo diante da “televisão”
sem percebermos que estamos sendo maus mordomos (Lc 16.2). Por isso, os pais
devem disciplinar seus filhos quanto ao uso da TV e dos chamados “joguinhos”
eletrônicos, que desviam o uso do domingo e da Escola Dominical (Pv 22.6).
III. O DOMINGO É DIA DE ATIVIDADES PARA DEUS
Nesse dia o cristão se ocupa inteiramente no serviço da casa
de Deus (Si 84.10; 1 Tm 4.13-15). Nosso prazer deve ser “servir ao Senhor” (Sl
100.2), dando a Deus prioridade em tudo (Si 118.24).
a) Sua importância
para as atividades espirituais — Geralmente, no domingo, o crente começa
sua atividade espiritual cedo, na Escola Dominical, onde o seu prazer está na
Lei do Senhor (Si 1.2). Em seguida ele se ocupa na evangelização, nas visitas
(At 15.36; Tg 1.27) e à noite, ele está sempre presente ao culto, pois sua alma
tem sede de Deus (Si 42.1,2). Dessa maneira nosso domingo é sempre ocupado com
as coisas de Deus, não sobrando tempo para o pecado (Fp 4.8).
b) Sua importância
para o testemunho cristão — O verdadeiro cristão deve aproveitar todas as
ocasiões para testemunhar de Cristo (2 Tm 4.2). Mas, no domingo ele dispõe de
tempo integral para testemunhar, assim como fazia Paulo nos dias apostólicos
(At 15.35; 18.28). O crente pode testemunhar de Cristo, nas praças, nos hospitais,
nas prisões, nos asilos (Mt 25.35,36) e em todos os lugares que ele possa
chegar com a mensagem de vida eterna (At 8.4).
c) Sua importância
para a edificação espiritual — O domingo é dia de estudar a Palavra de Deus
na Escola Dominical. Este costume veio dos dias apostólicos, quando os judeus
se reuniam nas sinagogas para estudar a Lei e os profetas (At 13.15). Com a
consolidação da igreja, este dia se caracterizou como o domingo, o primeiro dia
da semana (At 20.7). A importância do ensino é a nossa edificação espiritual (1
Co 14.26; Ef 4.12).
IV. O DEVER DE ZELÁR PELA ÓBRA DE DEUS
Administrar um dia ao Senhor é um privilégio dado aos
crentes no Senhor Jesus, que crêem que Ele ressuscitou no “primeiro dia da
semana” (Jo 20.1). Assim como as mulheres foram “cedo” ao sepulcr0, devemos nós
também despertar cedo para o serviço do mestre (Mc 1.35). Devemos seguir o
exemplo de Jesus, que se levantava cedo para ensinar ao povo a Palavra de Deus
(Jo 8.2).
a) A mordomia do
domingo — Os dias sempre tiveram importância para os religiosos: “Guardais
dias, e meses, tempos e anos” (Gl 4.10), como o sábado tem importância para os
judeus (Ex 3 1.16). Entretanto, para o povo de Deus, o domingo se reveste de
caráter especial, (Ap 1.10). Priorizar este dia para as nossas atividades
espirituais faz parte da mordomia cristã, e só traz benefícios para as nossas
almas (Si 112.1; Pv 3.13; Cl 3.16).
b) A mordomia do
ensino aos domingos — O verdadeiro crente está sempre buscando conhecer o
Senhor (Os 6.3). Assim faziam os crentes bereanos (At 17.11), sempre examinando
a Palavra. Isto significa dizer que, aqueles que ensinam aos domingos nas
classes dominicais, devem ter grande responsabilidade: “... se é ensinar haja
dedicação ao ensino” (Rm 12.7). Cabe ao professor de classe ter a capacidade
espiritual (2 Co 3.5) de explicar e o povo entender (Ne 8.8).
c) A mordomia na
prestação de contas — O profeta Daniel exaltou o professor da Escola
Dominical, dizendo: “... e os que a muitos ensinam ajustiça refulgirão como as
estrelas sempre e eternamente” (Dn 12.3). Entretanto, Paulo afirma que essa
recompensa virá, se o fizermos com dedicação (1 Co 9.17). Isto significa dizer
que prestaremos contas daquilo que o Senhor nos concedeu, e receberemos ajusta
recompensa (Tg 3.1). Portanto, devemos repartir com sabedoria a Palavra de Deus
(2 Tm 2.2).
CONCLUSÃO
Não temos o direito de usar o que não é nosso. Somos apenas
mordomos desse dia especial. Que saibamos desfrutar dele na presença de Deus e
da sua Palavra. Não podemos permitir que situações adversas venham roubar o
tempo que lhe pertence, pois se formos bons mordomos do domingo, certamente
seremos abençoados durante toda a semana.
Lições Bíblicas Betel 4º. Trimestre 2002