Entrando
no Tabernáculo o Pátio
TEXTO
ÁUREO
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim,
salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." (Jo 10.9)
Verdade
Prática
Para entrar à presença de Deus, no Lugar Santíssimo,
o pecador deve passar por uma única porta: Jesus.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Êx 25.8,9: O modelo divino do Tabernáculo
Terça - Êx 29.45,46: O lugar da habitação de Deus
Quarta - Lv 26.11-13: A presença de Deus no
Tabernáculo
Quinta - Zc 2.10, 11: Deus deseja estar entre o seu
povo
Sexta - Jo 10.7-9: Jesus é a Porta de acesso à
presença de Deus
Sábado - Ef 2.13-18: Jesus uniu os povos diante de
Deus
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 27.9-19
HINOS
SUGERIDOS: 134, 456, 495 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Conscientizar acerca da centralidade de Deus na
Igreja de Cristo.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
- Apresentar o Pátio entre as Tribos de Israel;
- Expor a construção da cerca do Pátio;
- Enfatizar a porta do Pátio.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Tabernáculo está pronto. Os artesãos fizeram um
lindo e precioso trabalho. Rememore com os alunos essa construção artesanal
revelada na lição passada. Então, inicie a aula dizendo que agora entraremos no
Tabernáculo.
Passaremos pela cerca e pela sua primeira porta.
Pararemos no Pátio. Assim, apresente a lição aos alunos, revelando os três
tópicos principais:
(I) O Pátio entre as Tribos de Israel;
(II) A Construção da Cerca do Pátio;
(III) A Porta do Pátio.
Mostre também que o Pátio tinha uma posição especial
entre as tribos de Israel, conforme o primeiro tópico expõe. Isso aponta para a
necessidade de termos a consciência da centralidade do Pai Celestial em nossa
vida e num mundo onde múltiplas coisas nos convidam a violar a centralidade
divina.
PONTO
CENTRAL
Deus deve ser o centro de nossa vida.
INTRODUÇÃO
Em Êxodo 27:9-19 temos a descrição do pátio que
cercava o Tabernáculo. Como tudo que pertence a este assunto, há várias
verdades preciosas reveladas aqui.
Descrição
O pátio media cem côvados de comprimento por
cinqüenta de largura. Ele era cercado por cortinas de linho fino torcido que
eram fixadas através de colunas de cobre e madeira, sendo que as colunas também
eram fixadas em encaixes de cobre. O cálculo feito da quantidade de cobre
utilizado no Tabernáculo prova que foi utilizado madeira nas suas colunas.
Havia sessenta colunas como estas.
Uma porta de vinte côvados de largura permitia a
entrada no pátio pelo lado oriental. Ela era feita do mesmo material utilizado
na confecção dos véus do Tabernáculo e era fixada através de quatro colunas.
Quando alguém entrava por esta porta dava de frente
com o Altar dos Holocaustos, depois com a Pia e finalmente com o Tabernáculo
propriamente dito. A localização exata de cada uma destas coisas era
significativo.
A
Tipologia do Pátio
A.
As paredes e o pátio protegiam o Tabernáculo de alguma profanação acidental ou
intencional. Isto nos lembra que devemos chegar à presença de Deus de maneira
séria e reverente (Eclesiastes 5:1-6). Também somos lembrados que as coisas de
Deus como a Sua igreja, ordenanças e adoração devem ser separadas do mundo. (Salomão,
que foi uma figura de Cristo, era protegido enquanto dormia em suas viagens por
sessenta soldados. Muitos têm a suposição que o número de soldados é uma alusão
as sessenta colunas do Pátio. Esta referência está em Cantares de Salomão
3:6-7).
B.
O piso do Pátio e do Tabernáculo era a próprio solo.
Isto nos lembra o fato de que quando Cristo, em Sua encarnação e origem humana
era uma !raiz de uma terra seca? (Isaías 53:2). Não há glória terrena em Seu
nascimento.
C.
O Pátio tipificava para nós a comunhão e adoração que os santos gozam na
igreja. Como a igreja é a casa de Deus hoje (I Timóteo
3:15) o Tabernáculo era o lugar onde Deus encontrava com Seu povo e onde o
evangelho era tipificado em suas ordenanças simbólicas. No pátio o povo de Deus
adorava e oferecia seus sacrifícios (Salmo 84:1-2, 65:4, 100:1-4, 27:4-6).
Os Cristãos hoje são todos sacerdotes que devem
servir á Deus através da Igreja (I Pedro 2:5). (É interessante lembrarmos que a
primeira igreja se reuniu para adoração nos pátios do Templo, como vemos em
Atos 2:46. Sem dúvida, os eventos do dia de Pentecostes ocorreram no pátio do
Templo e não no cenáculo, como muitas vezes é declarado).
D.
A parede do Pátio é de difícil interpretação. Talvez as
considerações abaixo são mais simples e mais corretas.
Os encaixes de cobre revelam nosso pecado sendo
julgado na cruz. A madeira é uma figura de Cristo tomando a forma humana. A
prata usada nas colunas, era do que restara da prata recolhida como dinheiro da
redenção e utilizada para a confecção dos encaixes do Tabernáculo. Ela revelava
a redenção que nos foi comprada, enquanto Cristo era julgado pelos nossos
pecados. A prata sustentava as cortinas de linho torcido. As cortinas de linho
tipificavam a justiça (Apocalipse 19:8). Se juntarmos todos os itens, a parede
poderia ser interpretada de duas maneiras:
1. A redenção que nos foi feita pelo sofrimento de
Cristo sustenta a justiça de Deus em perdoar os nossos pecados (Romanos
3:25-26).
2. Poderíamos também ver no linho, um tipo da
justiça imputada de Cristo, pois cobre todo o que entra na presença de Deus
pela fé em Cristo (II Coríntios 5:21).
E.
A Porta ! Certamente a porta é uma figura de Cristo como a porta e o caminho
para a presença de Deus (João 10:9, 14:6). Havia somente uma
porta para a presença de Deus. Ela fica em frente ao Altar de Bronze, o qual, é
uma figura de Cristo sofrendo pelos nossos pecados.
Que lição há aqui! A primeira visão de quem entrava
no Tabernáculo era o altar. Nós vamos chegar ao lar celestial pelo caminho da
cruz. Os Judeus entravam na presença de Deus vindo primeiramente com um
sacrifício para ser oferecido neste altar. Nós entramos na presença de Deus
pela fé no Cordeiro do Calvário.
I
– O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
1.
As montagens provisórias do Tabernáculo.
Como
à que era composto o Tabernáculo? Assim corno nós somos
Corpo, Alma e Espírito, o Tabernáculo era composto por três partes: o Pátio; o
Santo Lugar e o Santo dos Santos.
O
Tabernáculo era um templo fixo?Não. O tabernáculo era
um santuário portátil, que era desmontado sempre que o povo de Israel se
deslocava. Quando se estabeleciam em algum lugar, o Santuário era, novamente,
montado,
Como
é que ele era montado? Sempre que se procedia ã montagem
do Tabernáculo, esta era feita de dentro para fora, ou seja, do Santo dos
Santos par a o Pátio, simbolizando a forma como Jesus opera na vida do ser
humano: a partir do seu interior.
Segundo a Bíblia, a tarefa de montar e desmontar o
Tabernáculo cabia apenas aos levitas. “Faze chegar a tribo de Levi e põe-na
diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam, e tenham cuidado da sua guarda
e da guarda de toda a congregação, diante da tenda da congregação, para
administrar o ministério do tabernáculo, e tenham cuidado de todos os utensílios
da tenda da congregação e da guarda dos filhos de Israel, para administrar o
ministério do tabernáculo.’ (Ex 3.6-8).
Quem
o mandou construir? Deus, quando o povo de Israel saiu do
Egito em direção á Terra Prometida, mandou
Moisés construir o Tabernáculo. “E me farão um santuário, para que eu possa
habitar nomeio dela” (Ex 25.8).
Como
é que foi construído? O Tabernáculo foi construído
através da oferta do povo hebreu. “Fala aos filhos de Israel que me tragam
oferta; de todo o homem cujo coração o mover para Isso, dele recebereis a minha
oferta. Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo
azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de
carneiro tintas de vermelho, e peles finas, e madeira de acácia, azeite para a
luz, especiarias para o Óleo da unção e para o incenso aromático, pedras de
ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral.” (Ex 25.
2-7). Como no passado, ainda hoje os templos são construídos graças á oferta do
povo. De outra maneira não seria possível.
Para
que é que servia? Naquela altura, o Tabernáculo era o elo
de ligação entre Deus e o Homem. Era utilizado pelo povo hebreu como local de
culto a Deus e era através deste que Deus se fazia presente no meio do Seu
povo. Para além disso, também era o símbolo do relacionamento e da intimidade
do ser humano com Crista “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo
dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos
consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a
casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração (..). Guardemos firme a
confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hb
10.19-23).
2.
A posição do Pátio do Tabernáculo.
O santuário do tabernáculo estava ao lado ocidental,
sendo a metade de um pátio retangular, cujas dimensões eram 100 x 50 côvados
(44 x 22 metros). O Tabernáculo estava situado de Leste para Oeste, tendo a
entrada ao Leste. A nuvem da Glória de Deus desceu no tabernáculo:
Qualquer israelita poderia entrar nos átrios, mas só
a tribo sacerdotal poderia ir no Tabernáculo, e apenas o Sumo Sacerdote poderia
ir além, no Santo dos Santos, uma vez por ano no dia do Yom Kippur, O Dia da
Expiação.
3. A posição do Exército de
Israel em torno do Tabernáculo.
Os
exércitos das tribos judaicas estavam localizados em torno do santuário divino.
1) De
frente para a porta principal de acesso ao Tabernáculo. Os exércitos de Judá,
Issacar e Zebulom estavam posicionados na porta principal do Pátio do
Santuário. Juntos, esses exércitos somavam 186.400 homens (Nm 2.3-9);
2) Aos
fundos, do Oeste para o Ocidente. Na retaguarda do Pátio do Tabernáculo estavam
as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim que, juntas, somavam 108.100 homens
(Nm 2.18-23);
3) Ao
norte. Na lateral do Tabernáculo, encontravam-se as hostes de Naftali, Dã e
Aser. Juntas, somavam 157.600 homens (Nm 2.25-30);
4) Ao
Sul. Na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se os exércitos de Ruben, Simeão
e Gade. Ambos somavam 151.450 homens (Nm 2.12-19).
Ao todo
eram 603.550 homens acima de vinte anos de idade que estavam entorno do Pátio
do Tabernáculo. Isso passava a mensagem de que Israel reconhecia a centralidade
de Deus na vida espiritual e social da nação. Assim, devemos tê-Lo como o
centro de todas as esferas da vida.
II
– A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PATIO
1.
O cortinado de linho branco da cerca do Pátio.
O pátio
ao redor tinha cinqüenta côvados de largura (aproximadamente vinte e cinco
metros) e cem côvados de comprimento (cinqüenta metros) – Êx 27: 9-19; Êx 38:
9-20. Ao redor, as cortinas eram de linho fino retorcido (Êx 27: 9) com dois
metros e meio de altura e suportadas por quarenta colunas de bronze, com bases
de bronze, ganchos e vergas de prata, distribuídas em vinte colunas do lado sul
e vinte colunas do lado norte. No lado oeste, as cortinas tinham cinqüenta
côvados de comprimento (vinte e cinco metros) e dez colunas com bases de
bronze, ganchos e vergas de prata. O lado oriental tinha cinqüenta côvados de
comprimento, separados em duas partes, com cortinas de quinze côvados de
comprimento (sete metros e meio) para um lado, com três colunas e três bases.
O outro
lado era de igual medida. Na entrada do pátio havia uma cortina de estofo azul
e púrpura e carmesim, e de linho fino retorcido, com quatro colunas e quatro
bases de bronze e ganchos de prata (Êx 27: 18; Êx 38: 18-20), e cujas medidas
eram: vinte côvados de comprimento (dez metros) e cinco côvados de altura (dois
metros e meio de altura). Em Êx 38: 19-20, podemos também ler em relação a
isso: “As suas quatro colunas e as suas quatro bases eram de bronze, os seus
ganchos eram de prata, e o revestimento das suas cabeças e as suas vergas, de
prata. Todos os pregos do tabernáculo e do átrio ao redor eram de bronze”.
A bíblia
também diz (Êx 27: 17) que todas as colunas ao redor do átrio eram ligadas por
vergas de prata; seus ganchos eram de prata, e as suas bases, de bronze. Todos
os utensílios do tabernáculo para o serviço dos sacerdotes (Êx 27: 19) eram de
bronze.
2.
Colunas, cortinas e varais do Pátio.
As cortinas do pátio eram brancas, as suas colunas,
talvez de madeira, tinham bases de cobre que reluziram gloriosamente. As suas
faixas e os seus colchetes de prata em cada coluna manifestaram a glória tanto
do pátio quanto o serviço ali ministrado. Quem contemplava essa glória de
santidade foi forçado a lamentar por tal glória não fazer parte da sua vida
cotidiana nem dos seus pensamentos toda hora. A glória manifesta pelas cortinas
e pelas suas bases era convincente que o pecador não podia servir O Senhor
Santo perfeitamente. A lei no coração convencia todos que eram contaminados por
pensamentos alheios e pela desobediência das leis de Deus. A beleza da
santidade requerida, representada pela brancura do linho fino torcido,
testificava da separação entre os pecadores e Deus (Jó 42.6; Is 6.1-5).
Vendo as bases de cobre reconhecia que tal santidade
era somente pelo julgamento dos seus pecados. A sua consciência pesava muito e
reconhecia que não era apto para servir o Deus glorioso. Todavia, essas
cortinas eram seguradas às colunas com colchetes de prata. Aquele que desejava
ser santo, vendo o uso do cobre nessas cortinas e colunas, percebia que não
somente os pecados seriam julgados mas a prata (nos colchetes e faixas) pregava
da expiação dada pelo Cordeiro de Deus.
A expiação de Cristo (colchetes de prata)
posicionava entre o julgamento (cobre) e a justiça de Deus (linho fino). Os
pecadores arrependidos podiam, pela fé, alegrar-se pela salvação dessa expiação
idônea. Estes então se dirigiam à Única Porta levando um sacrifício idôneo,
que, em tipo, representava o sacrifício do próprio Cristo, foi oferecido diante
da porta. Através da fé no que representava este sacrifício idôneo, seus
pecados eram remidos e este tornava participante da justiça de Deus. Essa Porta
Única testificava da natureza celestial de Cristo (azul), da Sua soberania
(púrpura), do Seu sacrifício (carmesim), e da Sua pureza (linho fino), ou seja,
da Sua santidade (cor branca do linho). Representando a porta assim o Cristo, o
arrependido que buscava agradar a Deus, podia ir a Deus pelas qualidades de
Cristo e poderia adorá-LO em espírito e em verdade.
3.
A cerca de linho: a santidade e a justiça de Deus
Entre o pátio e o acampamento havia uma barreira
feita por cortinas de linho retorcido sustentadas por uma fundação feita com 60
colunas de madeira cingidas de prata. Sendo 20 em cada comprimento e 10 em cada
largura, espaçadas igualmente e encaixadas nas bases de cobre que eram ficadas
no chão ou na areia.
No topo de cada pilar existia um acabamento ou
cobertura feito de madeira e revestido de prata, chamado de capitel. Existiam
colchetes ou ganchos de prata nas colunas para fixarem as cortinas.
3.1.
Separação do profano
Tratava-se de uma espécie de barreira para impedir a
aproximação ilegal ao edifício sagrado, preservando assim a sua santidade e
separação do mundo (Êx 8.23; Is 59.2; Ez 42.20).
3.2.
Oportunidades para todos
Enquanto o lugar Santo era um local só para os
sacerdotes e todos estavam excluídos do Lugar Santíssimo, exceto o Sumo
Sacerdote, o acesso ao pátio era irrestrito.
3.3.
Símbolo da justiça divina
A cerca de linho fino branco era uma exposição
maravilhosa da Justiça divina (Is 45.8; Ap 19.8).
3.4.
Símbolo da palavra de Deus
A palavra revela como o pecado foi julgado e
colocado sob os pés de Cristo representados pelas bases de cobre (Ap 1.15) que
sustentavam as colunas (Êx 27.10,17).
3.5.
Símbolo de resgate
As colunas eram cingidas de prata, tendo no seu topo
os capitéis e no entorno um filete ou tira de prata. A prata na bíblia
representa resgate.
III
– A PORTA DO PÁTIO
1.
A Porta do Pátio: uma tipificação do único caminho.
A porta única, que dava acesso ao pátio representa
Cristo Que é a própria e Única Porta que dá acesso à presença de Deus e àquela
adoração que Ele deseja (Jo 10.7-9). Jesus é o único por Quem a salvação é dada
e por Quem qualquer serviço ou adoração a Deus é aceita (Jo 14.6). Posso
imaginar, se pessoas naquela época são como hoje, muitas pessoas estão ao redor
da Porta Única. Essas sentem-se bem por saber onde a Porta é localizada. Podem
avisar a todo mundo que essa é a Porta Única para ter acesso a Deus.
Sentem-se confortadas de estarem ao redor da Porta
Única pois seus pais também estavam aí por muito tempo. Todavia, essas
religiosas, as que são satisfeitas pelas aparências, as que são enganadas pelos
que pregam um outro evangelho, essas nunca entram nEla para terem os pecados
expiados. Não conhecem o que é de ter os corações lavados, uma nova natureza e
não têem comunhão com Deus.
2.
As quatro colunas e suas bases: uma tipificação do Evangelho.
As quatro colunas desta Única Porta podem ser
comparadas aos quatro Evangelhos do Novo Testamento e aos quatro animais diante
e por detrás do trono de Deus (Ap 4.6-9).
Desde que os quatro evangelhos pregam o Evangelho a
todo povo, tanto judeu quanto grego, e desde que os quatro animais ao redor do
trono eram semelhantes aos quatro evangelhos (leão como rei, Mateus; bezerro
como Servo, Marcos; rosto como homem, Filho de Homem, Lucas; águia como Deus,
João), as quatro colunas podem representar a verdade que Cristo é
universalmente: o Salvador de qualquer pecador arrependido de “toda a tribo, e
língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). As quatro colunas também podem significar
que Cristo deve ser pregado “a toda criatura” (Mc 16.15).
Se contássemos todas as colunas nas cortinas do
pátio mais as quatro da porta teríamos o número de sessenta. É interessante que
Salomão no seu cântico diz: “Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes
estão ao redor dela, dos valentes de Israel”, Ct 3.7. As sessenta colunas não somente
impedem alguém de entrar na presença de Deus por outra maneira a não pela Porta
Única, como também guarda os que estão dentro do pátio.
Os que entraram pela Porta Única são guardados pelo
O Valente, Cristo. Os que negam a entrar pela Porta Única têm que se encarar os
Valentes: a Lei de Moisés - Rm 7.12, 13; a palavra dos profetas – II Pe 1.19;
dos apóstolos – Gl 1.6-9; de Deus – Mt 17.5; de Jesus Cristo – Jo 12.48; e da
própria Bíblia – Ap 20.12. É melhor submeter-se a Deus e ter os Seus Valentes
lhe segurando do que contrariar estes Valentes e encará-los no juízo.
3.
As cores da cortina de entrada; diversos tipos.
AS CORES E SEUS SIGNIFICADOS. Objetivando
complementar as informações já existentes, procuramos abordar o aspecto “As
Cores e seus Significados” através do fundamento bíblico, visando facilitar o
trabalho da escolha das cores que irão compor o histórico da bandeira já que a
cor ou cores escolhidas tem um “porque” de sua utilização.
As Escrituras não mencionam muitas cores diferentes.
O vocabulário total do AT chega ser de quase dez mil palavras. Os escritores do
NT, em virtude do seu tema, preocuparam-se ainda menos com a questão.
No texto de Gn. 38:28 e Ex 26:1, há relato sobre a
prática do tingimento, arte que os hebreus aprenderam com os egípcios. As cores
comumente usadas eram: a púrpura, mais clara e mais carregada, o azul, o
escarlate, o vermelhão. Os corantes, na sua maioria eram extraídos de plantas e
moluscos. O mais caro era a púrpura extraída do molusco Murex.
O linho era o tecido mais utilizado, e também o mais
difícil de ser tingido, os tecidos tingidos eram largamente usados, e as
tinturas já eram conhecidas: o carmim era extraído dos insetos, o rosa das
romãs, o amarelo do açafrão. Os tintureiros da época costumavam pendurar fios de
linha nas orelhas para se identificar: azul ou vermelho numa orelha, o verde ou
branco na outra.
Vejamos então, as informações sobre as cores
mencionadas na Bíblia:
BRANCO
-
O branco fala da pureza, retidão, luz, vida, santidade, vitória. Os sacerdotes
hebreus vestiam-se de branco, por serem servos do Deus Santo. O branco era a
cor básica do véu que dividia o santuário. A Bíblia registra também: A brancura
das vestes de Jesus, por ocasião da transfiguração (Mt 17:2); as vestes dos
anciãos celestiais que Daniel viu eram brancas(Dn 7:9; nós devemos usar vestes
alvas (metáfora) Ec 9:8 ; Sl 51:7; Is 1:18); é a cor das vestes dos remidos,
lavados no sangue do Cordeiro (Ap 3:5); a cabeça e os cabelos do Cristo
exaltado eram brancos (Ap 1:14); o branco é também a cor do grande trono do
juízo final, (Ap 20:11). No AT a cor branca é aplicada a muitos objetos: leite
(Gn 49:12), o maná (Ex 16:31), a neve (Is 1:18), etc.
VERMELHO
-
Há na Bíblia 56 referências sobre esta cor. Ela está associada com sangue, vida
e guerra, esta cor envolve também a idéia de brilho. Era um pigmento também
usado para os afrescos nas paredes e nos templos; era uma cor muito apreciada
pelos assírios conforme a arqueologia. A Bíblia menciona também o “escarlate”
(vermelho profundo), produzido por um inseto daninho Coccus Ilicis. Esse
corante já era conhecido desde 1700 a.C, pois a parteira pôs um fio escarlate
em torno do pulso de Zera a fim de identificá-lo como primogênito (Gn
38:27-30); Em Is 1:18 o escarlate ou escarlata, esta cor está associada ao
pecado; o texto de II Sm 1:2, fala das vestes das filhas de Israel; e em Pv
31:21 fala do uso das vestes de lã escarlate; e o “carmesim“, (tom de vermelho
forte, brilhante); no AT esta cor é citada 39 vezes e em alguns versões com a
grafia “carmezim”; o carmesim aparece em Ex 25:4 quando o Senhor fala a Moisés
sobre as ofertas para o tabernáculo; Ex 25:1 se referindo às cortinas do
tabernáculo; em II Cr 2:7,14; 3:14 quando Salomão começa a edificação da casa
do Senhor.
AZUL
-
Simboliza o que é celestial, a pureza, a humildade. Na Palestina, essa cor era
normalmente produzida pelo uso de um crustáceo, encontrado na costa da Fenícia.
Nas bordas das vestes dos hebreus havia um cordão azul (Nm 15:38) onde
procuravam demonstrar sua espiritualidade. A cor era usada nos tecidos do
tabernáculo e no templo (Ex 26:1; 2 Cr 2:7); nas cortinas dos palácios (Et
1:6); nas roupas (Jr 10:9; Ez 23:6); nas vestes sacerdotais (Ex 28:6, 28,31).
AMARELO
-
As únicas referências a cor amarelo encontra-se em Sl 68:13 na versão Almeida
Corrigida diz: “…cobertas de prata, com as suas penas de ouro amarelo”; nas
outras versões a expressão “brilho flavo do ouro” que simboliza o amarelo. É
citado também em Ap 6:8, quando o Senhor Jesus abriu o quarto selo. Na
antiguidade, os corantes dessa cor eram provenientes de várias pétalas e erva
como o açafrão, a romã verde. As outras citações bíblicas não se referem ao
assunto em pauta. O amarelo simboliza as atividades intelectuais.
VERDE
-
Indica aquilo que é vigoroso e florescente. Das 42 referências bíblicas com a
palavra é usada para descrever vegetação, árvores, gramas, pastos, frutos e
leito nupcial, citamos dentre elas, (Dt 12:2; 2 Rs 17:10 Jó 15:33; Sl 23:2; Sl
52:8; Ct 1:16; Os 14:8); No NT (Lc 23:31, Ap 8:7).
PÚRPURA
-
Essa cor simboliza realeza. Era obtida de uma espécie de molusco. Foi em Tiro
que se comercializou, pela primeira vez, o produto. Os reis usavam vestes
tingidas de púrpura Jz 8:26, pelos oficiais do governo e ricos em geral (Dn
5:29; Jr 10:9; Lc 16:19; Ap 17:4; 18:16); o manto de Jesus era da cor púrpura
(Mc 15:17, 20; Jo 19:2); assim como, os trajes da mulher virtuosa (Pv 31:22);
era a cor usada também no tabernáculo, no templo e nos mantos reais (Ex 26:1;
27:16; 2 Cr 2:14, Jz 8:26).
CONCLUSÃO
O Tabernáculo assim construído tem uma semelhança
com o nosso ser e com a nossa vida. O Átrio Exterior representa nossos
relacionamentos sociais em que muitas pessoas nos vêem, nos cumprimentam, mas
conhecem pouco de nós. O Lugar Santo é a nossa alma, da qual participam pessoas
mais próximas como a família e os amigos que nos conhecem melhor e sabem do que
se passa no nosso coração. No Santo dos Santos, que corresponde ao nosso
espírito, onde estão os mais íntimos dos nossos desejos e nosso verdadeiro eu,
aí só o Espírito de Deus tem acesso.
Quando Jesus veio, Ele cumpriu o papel do verdadeiro
sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5: 5-6), deu o exemplo de
como ser o Tabernáculo de Deus na terra, nos ensinou a importância da separação
das coisas mundanas para podermos permanecer cobertos pelo Seu sangue e debaixo
da Sua bênção e da Sua aprovação sempre. Também nos ensinou a fazermos o nosso
sacrifício, ou seja, carregar a nossa cruz, vencer os nossos desafios e poder
ser o exemplo para aqueles que ainda não O conhecem possam entrar no Seu reino.
Eles precisam entender que é através do
arrependimento sincero e se submetendo ao Seu julgamento que eles conhecerão a
Sua justiça e o significado do verdadeiro sacerdócio, que Ele já determinou
para todos os Seus filhos, lhes dando o direito de se achegar a Ele sempre que
precisarem, sem nenhum impedimento.
Em Hb 4: 14-16 está escrito: “Tendo, pois, a Jesus,
o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos
firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas,
à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente,
junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para
socorro em ocasião oportuna”.
Por: Ev. Isaias Silva de Jesus
Bibliografia
www.palavraprudente.com.br