Dádiva,
Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
TEXTO ÁUREO
"Cheguemo-nos
com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da
má consciência e o corpo lavado com água limpa." (Hb 10.22)
VERDADE
PRÁTICA
A
Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes responsabilidades.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– Hb 10.15: Uma única oferta santificou aos s que creem
Terça
– Hb 10.12: O único ofertante suficiente para o sacrifício
Quarta
– Hb 10.10: Uma única vez, um único sacrifício e a substituição do culto
Quinta
– Hb 10.23: A necessidade de vigilância para continuar crendo na promessa
Sexta
– Hb 10.35: Anecessidade de confiança na grande recompensa
Sábado
– Hb 10.36: A necessidade de perseverança para alcançara promessa
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Hebreus 10.1-7,22-25
Hebreus
10.1- 7, 22 - 25
1
PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas,
nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode
aperfeiçoar os que a eles se chegam.
2
Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os
ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.
3
Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados,
4
Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.
5
Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo
me preparaste;
6
Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.
7
Então disse: Eis aqui venho ( No princípio do livro está escrito de mim ), Para
fazer, ó Deus, a tua vontade.
22
Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os
corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
23
Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.
24
E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas
obras,
25
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes
admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai
aproximando aquele dia.
HINOS
SUGERIDOS: 208, 242, 303 DA harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Mostrar
que a Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes responsabilidades.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I.
Saber qual a dádiva da Nova Aliança;
II.
Apresentar os privilégios da Nova Aliança;
III.
Explicar as responsabilidades da Nova Aliança.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Prezado
(a) professor (a), nesta lição veremos os inúmeros privilégios que a Nova
Aliança oferece a todos aqueles que creem no sacrifício de Jesus e buscam se
achegar a Deus. Mediante a fé em Jesus fomos justificados e regenerados e hoje
temos livre acesso a presença do Pai. Com certeza, este é o maior benefício que
nos foi concedido pelo Senhor. Todos os benefícios da Nova Aliança só se
tornaram possíveis mediante a obra expiatória de Jesus Cristo, pois na Antiga
Aliança somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos uma vez no
ano no Dia da Expiação. Hoje por meio do sacrifício perfeito e eterno de Cristo
temos livre acesso à presença de Deus. Este é um grande privilégio que conduz a
uma grande responsabilidade. Como crentes jamais devemos negligenciar a Nova
Aliança menosprezando a graça de Deus.
O Caminho
para o Santuário, 10.1-22
No
capítulo 10, a epístola aos Hebreus se aproxima do clímax. Três idéias
principais no capítulo 9 são aqui trazidas ao seu desenvolvimento final e
conclusivo. Em primeiro lugar, não devemos perder o alvo de vista, que é o
livre acesso ao Santuário (“Santo dos Santos”, 9.8). Em segundo lugar,
precisamos ver que somente o sangue de Jesus pode qualificar-nos ao purificar
nossa consciência das obras mortas (9.14). Em terceiro lugar, não podemos
perder de vista a validade perpétua e a finalidade definitiva do sacrifício do
Senhor (9.26).
Embora
estes sejam pensamentos importantes no capítulo 9, a ênfase no capítulo 10 está
na preparação, não do adorador, mas dos lugares santos. O novo concerto como um
testamento precisava ser ratificado, a nova ordem oficialmente instituída e as
“coisas celestiais” consagradas. Mostrou-se que tudo isto foi cumprido. Agora o
autor inspirado retorna para mostrar que o mesmo sangue precioso que ratificou
o novo testamento e consagrou a nova ordem também nos qualifica a entrar no
Santo dos Santos. Esta qualificação inclui uma justificação que traz paz e uma
santificação (“inicial” e “inteira”) que purifica.
O
tom do autor no capítulo 10 se torna dogmático. Ele reúne os fios de evidências
que têm tecido e declara seu significado para o adorador em uma série de
conclusões afiadas e finais.
1. A Lei é
uma Rua sem Saída (10.1-4)
O
autor primeiro recapitula a total impotência de todo o sistema sacrificial
mosaico. Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das
coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano,
pode aperfeiçoar os que a eles se chegam (1). Nunca [...] pode! Isto é claro e
inequívoco; portanto, apegar-se esperançosamente ao Templo é algo completamente
vão. Esta incapacidade é provada pela repetição dos sacrifícios; se estes
sacrifícios aperfeiçoassem o adorador, por que precisariam ser realizados
novamente?
Doutra
maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os
ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado (2).
A
purificação aqui explica o aperfeiçoamento no versículo 1. A oferta pelo pecado
não aperfeiçoou o adorador; apenas o purificou cerimonialmente. Esta exigência
inclui muito mais do que expiação (embora inclua este aspecto), e certamente
muito mais do que purificação cerimonial (a lei era suficiente para isto,
9.13). Ela inclui uma purificação subjetiva do próprio adorador. A palavra é
katharizo (purificar), e, neste caso, é o particí- pio passivo perfeito, com
hapax (uma vez); i.e., “tendo sido purificados uma vez e mantidos puros”. O
tempo perfeito indica uma condição permanente baseada em uma ação completa.
Somente este tipo de purificação resultaria em nunca mais ter consciência
(percepção) de pecado (“sentimento de pecado”, NEB).
Este
não é um pretexto geral para pecar continuamente sem que a consciência
perturbe. A consciência não é anestesiada, nem o pecado é tolerado ou a lei
moral anulada. Mas a necessidade de uma purificação que traz paz absoluta em
relação aos pecados passados e um poder suficiente para evitar o pecar
contínuo. Isto a lei mosaica não podia fazer (9.9). Pelo contrário, nesses
sacrifícios, [...] cada ano, se faz comemoração dos pecados (3).
Todo
Dia da Expiação anual era um lembrete agonizante dos pecados novos e dos
pecados antigos. Por quê? Porque é impossível que o sangue dos touros e dos
bodes tire pecados (4). Não há poder redentor no sangue de animais; acreditar
nisto é subestimar grosseiramente a natureza e enormidade do pecado.
O
rito anual de matar o touro e o bode e enviar o segundo bode para o deserto
como uma figura ilustrativa de mandar embora o pecado era uma prefiguração do
verdadeiro cancelamento e purificação que um dia poderia ser proporcionada por
um Sangue melhor. Persistir em depositar esperança em sangue de animais, que em
si é algo completamente inútil, é o cúmulo da insensatez. A salvação
simplesmente não é possível desta forma.
2. A Lei é
Substituída por um Novo Caminho (10.5-18)
O
autor tem recorrido constantemente às Escrituras. Ele aqui introduz uma nova
passagem (SI 40.6-8), mas seu uso é ofuscado pela invocação direta do autor ao
Deus Trino e Uno, Pai (w. 5-10), Filho (w. 11-14) e Espírito Santo (vv. 15-18).
É este Deus Trino e Uno que provê o novo caminho ao Santo dos Santos.
a) Pela
vontade do Pai (10.5-10). Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste,
mas corpo me preparaste (5). No ato de vir ao mundo como Redentor, Cristo está
dizendo ao Pai: “Tu não estás satisfeito com os sacrifícios atuais e me
preparaste para tornar-me um sacrifício melhor”. O Filho foi encarnado para um
propósito redentor: por meio do nascimento virginal, o Espírito gerou no ventre
de Maria um corpo físico, Jesus, que se tornaria o instrumento de sacrifício.
Na
verdade, a citação é do salmo de Davi (40.6-8); mas Hebreus a interpreta como
sendo palavras de Cristo para Deus, em vez de considerá-las palavras de Davi.
Ou pode-se dizer que nosso Senhor vê estas palavras cumprindo-se plenamente
nele. Além do mais, a citação é uma versão resumida da LXX, não do texto
hebraico. Isto explica a substituição de corpo me preparaste, em vez de: “meus
ouvidos abriste” (SI 40.6). O abrir de ouvidos por ser entendido como uma
sinédoque, em que se usa uma parte para o todo. Em todo o caso, o significado
não é essencialmente alterado, mas fortalecido e esclarecido.
Holocaustos
e oblações pelo pecado não te agradaram (6) é um paralelismo do versículo 5, e,
conseqüentemente, um texto explanatório. Holocaustos, representando consagração
e ofertas pelo pecado iperihamartias), não agradam a Deus, mesmo que Ele os
tenha ordenado como um meio temporário de adoração e o seu uso esteja de acordo
com a lei (v. 8). Deus não é um Ser sádico que se agrada com a morte das suas
criaturas ou de cenas de matança; mas Ele também não se agrada dos resultados
do pecado. Muitas coisas desagradáveis e não ideais são necessárias por causa
da corrupta e destruidora natureza do pecado, incluindo o repugnante derramar
de sangue da época da lei e o infinitamente mais trágico derramar do sangue de
Cristo.
A
lógica da passagem é simples, e o autor de Hebreus a apresenta de maneira muito
clara. O fato de os sacrifícios anuais não agradarem a Deus, junto com o
anúncio do Filho: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade (9),
redunda na seguinte conclusão: Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. A
ação de Cristo é a vontade completa e final de Deus, diferente do sistema
anterior (que não tinha sido a vontade final de Deus). Na qual vontade temos
sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez (10).
Basicamente, isto quer dizer que o sacrifício de uma vez por todas de Cristo
como a base e o meio da nossa santificação encontra sua eficiência na vontade
de Deus, o Pai. Avontade de Deus é o motivo máximo da nossa santificação. A
soberania de Deus sustenta tudo. Procuramos aqui pela fonte original e iniciadora.
E a “graça de Deus” que traz salvação (Tt 2.11).
A
santificação que é assim provida não é somente cerimonial, mas interior e
moral. Não somos meramente consagrados pela morte de Cristo, no sentido de que
sua morte nos leva a um relacionamento novo e sagrado com Deus. Isto seria
somente uma santidade posicionai, que já estava disponível anteriormente. A
fraqueza da ordem antiga residia neste ponto — ela não oferecia nada além de
santidade posicionai.
A
natureza mais completa desta santificação pode ser vista por meio de três
detalhes exegéticos.
1) O texto
não diz que somos santificados por um ato soberano da vontade de Deus, como a
ARC pode dar a entender. A preposição é en, “em” ou mais apropriadamente “dentro”. E
dentro do contexto da vontade de Deus que somos santificados.
2) O texto
também diz que somos santificados pela morte de Cristo, havendo o
uso da preposição dia, com o genitivo, com o significado de “por meio de”, no
sentido de uma agência secundária. Nossa santificação, então, é da vontade de
Deus e se tornou possível pela obra de Cristo. Nossa santificação não ocorreu
quando Cristo morreu, mas tornou-se possível neste acontecimento. Subjetiva e
imediatamente a obra de santificação é a obra do Espírito Santo (2Ts 2.13; 1 Pe
1.2).
3) A forma
verbal hegiasmenoi, “tendo sido santificados”, está no
tempo passado perfeito, que significa que nós, os adoradores, estamos, por meio
de Cristo, em um estado de santificação que resulta de um passado santificador.
Mas para a maioria destes cristãos hebreus isto ainda não era subjetivamente um
fato da experiência. Portanto, podemos chamar isto de um “perfeito profético”,
tendo uma força futura. Pela oblação do corpo de Jesus Cristo somos
provisoriamente santificados e podemos ser pessoal e interiormente
santificados.
b) Cumprida
pela obra de Cristo (10.11-14). A vontade de Deus é implementada por
intermédio de um sacerdócio. A tentativa de cumprir esta função mantinha os
sacerdotes levíticos ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos
sacrifícios (11). Não era apenas uma vez por ano no Santo dos Santos que o sumo
sacerdote ministrava, mas um batalhão de sacerdotes esgotava-se todos os dias,
repetindo a mesma rotina.
Seus
sacrifícios não eram somente fatigantes, mas ineficientes, como já foi
mostrado, e agora reiterado: que nunca podem tirar pecados (deveria ser
“pecado”, singular). Esta é mais uma afirmação dogmática. O verbo reflete
grande intensidade, periaireo, “remover totalmente”. Mas este (Jesus), havendo
oferecido um único sacrifício pelos pecados (“perpetuamente [pela continuidade
ininterrupta]” — Mueller), está assentado para sempre à destra do trono de Deus
(12).
No
grego, os versículos 11-12 estão na forma: “por um lado — pelo outro lado”. Por
um lado, o autor aponta para o serviço incessante dos inúmeros sacerdotes no
Templo; então, por outro lado, Ele aponta para o Sacerdote único — este — que
por muitos pecados ofereceu um sacrifício, e então se assentou à destra do Pai.
Os sacerdotes que permaneciam em pé ministrando contrastam com o Jesus
assentado. Esta é uma figura viva de uma obra nunca acabada em comparação com
uma obra plenamente terminada e para sempre. Em um caso, os muitos sacrifícios
nunca são completos; no outro, o sacrifício único é tão perfeito que sua
eficácia nunca é exaurida. De forma silenciosa, este sumo sacerdote
bem-sucedido aguarda esperançosamente “até que os seus inimigos sejam colocados
como estrado dos seus pés” (v. 13, NVI).
A
conquista final de todo mal e de toda força opositora emergirá daquele único
ato no Calvário. Seu poder é suficiente para a obra completa da redenção.
No
versículo 14, a profundidade deste poder para os crentes, disponível agora, é
resumida de forma concisa mas abrangente: Porque, com uma só oblação,
aperfeiçoou para sempre os que são santificados (14). Os tempos dos verbos
precisam ser cuidadosamente estudados. “Fomos santificados e continuamos sendo”
é a melhor tradução do tempo perfeito do versículo 10.
Mas
neste versículo, aperfeiçoado está no tempo perfeito, enquanto o particípio com
artigo toushagizomenous, “que está sendo santificado”, está no tempo presente.
A vontade de Deus é que haja uma santificação definitiva e completa, na
verdade, um estado já experimentado pelo “nós” (oculto) do versículo 10.
Portanto, o particípio presente do versículo 13 deve ser interpretado como um
presente freqüentativo; consequentemente, são aqueles que estão sendo
santificados de tempo em tempo, um após o outro. Todos os que são santificados
em cada geração são igualmente aperfeiçoados para sempre com uma só oblação.
Ser
aperfeiçoado não significa ser completo em caráter, no sentido de não mais
precisar crescer. Significa, sim, ser levado a uma experiência de realidade e
um estado de cumprimento em um relacionamento de coração com Deus que a antiga
ordem não podia oferecer. E perfeição no sentido de ser levado a um nível
intencional e desejado. Este nível é indicado pelo termo santificação,28 Ser
aperfeiçoado para sempre não é estar incondicionalmente estabelecido e seguro
nesta “santificação”. A frase simplesmente declara na linguagem mais forte
possível que todo aquele que de tempo em tempo é santificado o é perfeitamente
por meio deste único sacrifício (oblação). Os efeitos da oblação na alma do
adorador são tão perfeitos (completos e satisfatórios) como a própria oblação,
e estes efeitos estão disponíveis perpetuamente. “O Sangue nunca perderá o seu
poder”.
c)
Confirmada pelo testemunho do Espírito (10.15-18). A nossa
santificação é a vontade do Pai, e seu aperfeiçoamento é obra do Filho, mas seu
cumprimento é a predição do Espírito Santo.
E
também (concernente à perfeição dos santificados) o Espírito Santo no-lo
testifica (15). Isto, com freqüência, é entendido como o testemunho interior do
Espírito Santo ao crente que está buscando a santificação; mas, embora exista
este testemunho, este dificilmente é o pensamento aqui. O “testemunho”, na verdade,
é a profecia inspirada de Jeremias, já citada (8.8-12), delineando o conteúdo
do novo concerto. O brarei de seus pecados e de suas iniqüidades.30 A NVI
(apoiada por outras versões) traz uma tradução mais clara do que a KJV:
O
Espírito Santo também nos testifica a este respeito. Primeiro ele diz:
“Esta
é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor.
Porei
as minhas leis em seu coração e as escreverei em sua mente”;
e
acrescenta:
“Dos
seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais”.
Onde
esses pecados foram perdoados, não há mais necessidade de sacrifício por eles
(w. 15-18).
Fica
claro que a parte especial do testemunho do Espírito, especificamente relevante
no momento, é o caráter final do perdão de Deus, que confirma o caráter final
do sacrifício do nosso Senhor. Literalmente, Deus está sendo citado, dizendo:
“Não serei mais lembrado” (Mueller). No antigo sistema “cada ano, se faz
comemoração dos pecados” (v. 3). Mas os termos do novo concerto repudiam
claramente essas comemorações anuais. “Não quero ser lembrado”, diz Deus.
Não
há esta necessidade, visto que uma expiação perfeita, adequada para todos os
pecados, por meio da cruz, torna possível uma remissão absoluta. Tal remissão
torna desnecessária qualquer oferta pelo pecado. O pecado debaixo do sangue de
Jesus não precisa de mais sangue.
Assim,
ao recorrer ao Espírito, o autor prova em seguida o caráter final e a eficácia
do sacrifício realizado uma única vez para aperfeiçoar “aqueles que são
santificados”.
Mas,
enquanto o versículo 17 é o seu clímax em provar este caráter definitivo, a
importante relação entre a remissão absoluta no versículo 17 e a santificação
interior do versículo 16 não pode ser negligenciada. De quem os pecados são
perdoados e esquecidos? Daqueles que permitiram que Deus colocasse as suas leis
(pela sua graça) em seu coração e seus entendimentos. Estes não são mestres
presunçosos que persistem no pecado, ou mesmo crentes inconstantes, mas aqueles
que lembram da lei e lhe obedecem de coração.
Para
eles, a lei não é só de Deus, mas agora também faz parte da sua natureza
redimida. O perdão ilimitado depende da realidade experimental da retidão
interior. Estes, portanto, são os santificados que foram “aperfeiçoados para
sempre”. Sua justificação é aperfeiçoada para sempre, bem como a sua santidade.
Todos são privilégios perpetuamente disponíveis pelo poder inesgotável deste
sacrifício único!
O argumento
chegou ao fim. O autor mostrou o caráter definitivo na pessoa, sacerdócio e
paixão do nosso Senhor. A natureza e a superioridade do novo concerto foram
expostas e o antigo concerto mostrou ser obsoleto e inválido. Agora ele faz uma
aplicação exortativa, e, ao fazê-lo, coloca seu dedo no alvo central da nova
ordem e o objetivo da sua exposição: o caminho para o Santo dos Santos.
3. Temos,
pois, ousadia para entrar (10.19-22)
Tendo,
pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus [...]
cheguemo-nos (19, 22a). O predicado principal destes quatro versículos é
cheguemo-nos (aproximemo-nos”, ARA); tudo o mais é subordinado. Antes desta
oração central, tudo o mais é controlado por Tendo, pois (19), e aponta para
Jesus como o novo e vivo caminho (20) de acesso para o Santo do Santos. Depois
desta oração principal, a atenção é dirigida às qualificações pessoais
necessárias para entrar. Vamos dividir esta parte por versículos.
a) O véu
rasgado (10.20). É bom lembrar que o autor colocou o seu olhar no caminho para
dentro do Santo dos Santos em 9.8, onde declara que “ainda o caminho do
Santuário não estava descoberto”. Mas agora o caminho está aberto e revelado.
Este caminho é novo no sentido de que foi feito novo recentemente.
Novo
(prosphaton) literalmente significa “morto recentemente”; aqui há um caminho de
entrada que nunca fica velho. Este caminho é vivo no sentido de que é válido
perenemente, nunca é antiquado; mas especialmente no sentido de que é eficaz.
Dessa
forma, ele nos consagrou (20). O ato de instituir (aoristo) é a ação que o
autor tem discutido. Mas Cristo instituiu este caminho pelo véu, isto é, pela
sua carne. Véu é katapetasmatos, “cortina”, de katapetannumi, “expandir”. O
véu, portanto, é um tipo de “cortina de ferro” que não só separa mas “expande”,
no sentido de ressaltar a distância entre Deus e o homem. O tipo original no Tabernáculo
é mencionado em 9.3, enquanto o protótipo espiritual é mencionado em 6.19. Lá,
a entrada “até o interior do véu” é descrita como a “esperança proposta”, e
Jesus entrou por nós como “nosso precursor”.
A
cena foi assim confirmada, mas o autor ainda não estava pronto para expor o
caminho que transformaria esperança em fé e esta em fato. Neste
versículo-chave, no entanto, Jesus não é simplesmente o “precursor” através do
véu, mas a sua carne (natureza humana) é o véu. Este é um conceito radicalmente
novo, e altamente figurado, cuja interpretação precisa da iluminação de Mateus
27.51: “E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”.
Uma
interpretação entende o véu como um tipo de Jesus fundamentalmente. Isto
explicaria o fato de que no Tabernáculo o véu era primorosamente belo, com
símbolos costurados que representavam a humanidade e a divindade (Ex 26.31-33).
Haldeman comenta: “Enquanto Cristo caminhava na terra em sua beleza e
humanidade perfeita, Ele excluiu o homem de Deus”.
Jesus,
apenas como Exemplo perfeito traria condenação, não salvação, porque
ressaltaria o abismo instransponível entre a pecaminosidade do homem e o
requisito de pureza para se ter comunhão com o Deus santo. Se o véu deve
tornar-se caminho, precisa ser sacrificado; precisa ser rasgado. A eficácia
salvadora do corpo quebrado e do sangue derramado ocorreu na perfeição da
natureza e vida totalmente humanas do nosso Senhor, um substituto apto e
aceitável, o “justo pelo injusto”.
Mas
como o Sangue fala mais da expiação, e é a base da nossa justificação (sua vida
física como preço pela nossa vida espiritual), assim o corpo de Cristo (v. 5;
Sua natureza humana) é mais particularmente associado ao caminho para dentro do
Santo dos Santos. Não fala da sua vida dada por nós, mas da sua natureza humana
tornando-se disponível para nós, para que a nossa se torne uma natureza
transformada (Tt 2.14).
Assim,
não há só expiação, mas santificação; não só o caminho para dentro do primeiro
santuário, com os direitos de perdão, mas o caminho para dentro do segundo, com
os direitos de santidade interior — completa unidade com Deus.
Uma
interpretação alternativa (e talvez a preferível) do véu é vê-lo como um tipo
da pecaminosidade do homem, que o desqualifica a ter acesso ao Santo dos Santos.
Neste caso, Jesus foi esta natureza — este véu — pela identificação espiritual.
Ele assumiu em seu próprio corpo a desonra desta natureza e a levou para a cruz
(Rm 6.6; 8.30). Este corpo quebrado na cruz liberou poder para a salvação da
pecaminosidade do homem: 1) “De alto” — os esforços do homem para mudar sua
natureza são em vão; 2) “a baixo” — uma destruição completa da natureza
pecaminosa é a provisão; o véu não foi rasgado pela metade (Rm 8.4).
Independentemente da interpretação, se entendermos Cristo como o véu, ou se o
véu representa a pecaminosidade do homem, ele nos leva ao mesmo lugar: o
obstáculo é removido e temos completo acesso ao Santo dos Santos.
b) O
Sacerdote real (10.21). O rasgar da carne de Jesus como oferta pelo pecado não era o fim,
porque Ele ressuscitou e ascendeu à destra do Pai, onde vive “sempre para
interceder” por nós (7.25). Temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus.
Este Sacerdote não só provê o “novo e vivo caminho”, mas está próximo para nos
acompanhar para dentro e ficar conosco como nossa Garantia. O “caminho” é
“vivo” porque o Criador do caminho e Guia do caminho está vivo. O autor já
apresentou em 4.14—7.28 o sacerdócio de Cristo e sua relação com a nossa
redenção. As grandes verdades da fé cristã requerem ação. Ele se refere a elas
como a base do privilégio e obrigação do adorador.
c) A
abordagem certa (10.22). Por causa da morte de Cristo, tanto para o perdão como para a
perfeição, e por causa do seu sacerdócio perpétuo, que é uma certeza de ajuda e
misericórdia sempre disponível, o autor faz de uma forma exaltada e ansiosa sua
súplica comovida: cheguemo-nos (22).Mas a exortação não é indiscriminada. Ela é
tão verdadeira como sempre foi — de que existe um caminho prescrito para
entrar, e o privilégio está restrito a adoradores qualificados. O “novo [...]
caminho” requer uma maneira certa de usá-lo. 1) Deve haver um coração
purificado. Isto quer dizer uma dedicação simples e sincera à perfeita e
completa vontade de Deus. Um coração dividido, inflexível ou morno será
repelido. 2) Também deve haver inteira certeza de fé. A palavraplerophoria
significa “convicção completa”, “persuasão firme”, “produzida pela fé”.
Estas
grandes verdades fundamentais do evangelho precisam ser cridas tão
profundamente que nossa aproximação ao Santo dos Santos seja com ousadia e
confiança, sem hesitação.34 A fé vacilante é o tendão de Aquiles destes
cristãos hebreus. Para curar esta fragilidade a maior parte da epístola é
devotada a ela. Mas estas duas exigências — consagração e fé constante — são as
condições humanas que devem ser satisfeitas na crise da completa santificação.
3) Mas em correspondência com essas duas exigências gêmeas para uma entrada
imediata existem duas qualificações importantes: Tendo o coração purificado da
má consciência e o corpo lavado com água limpa.
Estas
frases altamente simbólicas falam de justificação e regeneração, sem as quais
não somos qualificados para entrar no Santo dos Santos. Implícito aqui está o
sacerdócio de todos os crentes. Nenhum sacerdote se atreveria a entrar no
santuário interior sem ter passado pela purificação do sangue, derramado no
altar e um cuidadoso lavar no vaso de bronze. O sangue servia para a expiação
de pecados e a água para a purificação da imundície. Haldeman diz: “O vaso à
porta do Tabernáculo é o símbolo de regeneração”.
Mas
agora, embora seja usada linguagem figurada, aqueles que entram como
“sacerdotes” ministradores e adoradores precisam ter a essência, não a sombra.
No sistema antigo, o aspergir com sangue era externo (9.13,19, 21); aqui ele é
interno, no coração (1 Pe 1.2). O lavar do nossos corpos com água pura é tão
figurativo quanto o aspergir; portanto, isto não pode se referir à água do
batismo. Isto seria uma volta à antiga camisa de força exterior da qual Cristo
nos libertou. Enxergar nada além de água material aqui é continuar preso ao
sistema judaico. Nenhuma água é pura o suficiente para purificar a depravação
da nossa vida terrena.
E
necessário agora compreender um aspecto básico que para algumas mentes pode
ainda parecer incerto. Desenvolveu-se uma interpretação que entende o Santo dos
Santos como fundamentalmente uma santidade de coração em vez de o céu como uma
habitação futura. O céu não é apenas um lugar, mas uma esfera de graça divina,
e semelhantemente ao Reino de Deus (Lc 17.21), está “entre vós”. Hebreus indica
que o “céu” é um correlativo espiritual do Tabernáculo terreno (os dois
santuários, 9.24, KJV).
No
entanto, de acordo com Paulo, agora podemos sentar em “lugares celestiais” (Ef
1.3; 2.6). A epístola aos Hebreus também nos admoesta a chegarmos “com
confiança ao trono da graça”, o mesmo trono compartilhado pelo Filho, e a mesma
presença majestosa à qual Cristo entrou além do véu. A única maneira de os
sacerdotes se aproximarem da “figura” do Tabernáculo deste trono era entrar no
interior do véu.
De
que maneira chegamos “com confiança” a este trono? Pela oração e fé, o que
sugere que tempo e espaço não são barreiras na esfera celestial. O trono de
Deus está onde está o suplicante. Pelo Espírito, o Pai e o Filho estão unidos.
O desdobramento da exposição do autor indica fortemente que, para o crente, o
Santo dos Santos não é um estado futuro ou um lugar distante, mas um lugar
permanente na companhia do Deus Trino e Uno no qual podemos entrar agora e no
qual podemos viver. Observe:
(1)
A arca refere-se às tábuas da lei; e a essência do novo concerto é a gravação
desta lei em nosso coração (cf. Rm 8.2-4).
(2)
Há também a vara que florescia e o vaso de maná, emblemas da habitação de
Cristo e do fruto do Espírito, que são a norma característica da santidade
cristã agora (Ef 3.16-20).
(3)
Há também o assento de misericórdia e as asas protetoras da presença divina.
Este lugar secreto com Deus pode se tornar o lar das nossas almas agora.
(4)
O clímax de Hebreus é a afirmação de que temos “ousadia para entrar no
Santuário” (v. 19), ou “plena confiança para a entrar no Santo dos Santos”
(NVI). Vincent diz: “Lit. para a entrada no Santo dos Santos [...] Eisodos no
NT habitualmente significa o ato de entrar”.36
(5)
Visto que o peso da evidência indica que “ousadia” é nosso direito adquirido
para a entrada imediata, devemos entender cheguemo-nos neste contexto. Não
seria muito razoável que a entrada confiante realçada no versículo 19 fosse
reduzida a uma abordagem respeitosa e esperançosa, como seria o caso se um
futuro céu fosse o Santo dos Santos. Além disso, o grego não sugere essa
hesitação.
A
palavra proserchometha, “cheguemo-nos”, é exatamente a mesma usada em 4.16:
“Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça”. Este trono fica
simbolicamente além do véu, não do lado de fora; e não devemos meramente nos
“aproximar”, parando esperançosamente a uma certa distância, mas “chegar-nos”
(veja também 7.15; 12.18, 22).
Há
motivo suficiente para acreditar que a exortação cheguemo-nos é um clamor
urgente para entrar imediatamente nesse relacionamento íntimo com Deus e nesse
estado de retidão e santidade interior que não era a norma do antigo concerto,
mas que agora está disponível livremente para todos os adoradores qualificados.
É isto que constitui a realização pessoal e experimental do cerne do novo
concerto. O apelo perderia a sua verdadeira urgência se a verdadeira intenção
se resumisse a uma mera contemplação do céu.
Para
entendermos de maneira correta o tom de urgência é necessário observar sua
conexão com um apelo semelhante em 4.11: “Procuremos, pois, entrar naquele
repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”
D. As
Obrigações do Santo dos Santos, 10.23-25
Enquanto
o sumo sacerdote judeu “se achegava” somente uma vez ao ano, e nunca com
“ousadia”, é um privilégio para os crentes habitarem no Santo dos Santos. Mas
não é um privilégio sem exigências, e não é uma “experiência” definitiva e
perfeita. Seus termos precisam ser mantidos e suas obrigações cumpridas.
(Observe o esboço homilético dos itens 1, 2 e 3.)
1. Uma
Confissão Resoluta (10.23)
Ao
sermos exortados para que retenhamos firmes a confissão da nossa esperança,
somos lembrados que uma identificação aberta e pública com o plano de Deus em
Cristo nunca deve ser renunciada. O tempo presente sugere a necessidade de
continuar a expressarmos a nossa fé, sem nos tornarmos apologéticos ou
hesitantes. Não podemos esquecer que as pessoas precisam ser influenciadas pela
nossa firmeza e constância. Além disso, a manutenção da nossa própria vitória
está em jogo. Quando honramos a Deus ao afirmar a nossa confiança em sua
integridade, Ele nos honra ao aprofundar a nossa segurança.
A
palavra costumeira na epístola para “fé” é pistis, mas a palavra usada aqui é
elpis, que significa “esperança”. De acordo com Thayer, esta palavra era o
equivalente na LXX da palavra hebraica “confiança”, e no NT chegou a ter o
sentido cristão de “uma expectativa alegre e confiante na salvação eterna”.
A
fé necessária para entrar no Santo dos Santos (v. 22) pode ser entendida como a
fé de apropriação, enquanto elpis é a fé de expectativa ou esperança. A
promessa, a do novo concerto, é cumprida à medida que a apropriação se torna
realização. Mas ainda havia muita coisa não realizada. A promessa da Segunda
Vinda (9.28) ainda estava para se cumprir. Eles precisavam continuar
confessando a confiança nessa promessa específica — porque fiel é o que
prometeu.
2. Uma
Provocação Contínua (10.24)
O
verdadeiro Santo dos Santos, desfrutado agora pela fé, envolve uma certa
responsabilidade coletiva e social. Os sacerdotes antigos nunca entravam em
grupos ou em dois, mas sempre sozinhos. E no isolamento solitário, com Deus do
lado de dentro e o mundo do lado de fora, que somos completamente santificados.
Somos santificados como indivíduos, e no Santo dos Santos aprendemos a
encontrar o sustento para a nossa alma em Deus, não nas pessoas.
Todavia,
essa dependência em Deus não pretende fomentar um distanciamento dos nossos
irmãos. Há um individualismo moral importante, que faz parte da essência da
verdadeira santidade; mas o tipo de individualismo que é desatencioso, e não
pode trabalhar com outros, não é apenas uma caricatura, mas uma falsidade. Além
da nossa inabalável confissão de fé, consideremo-nos (tempo presente —
continuar considerando) uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às
boas obras (24).
Vamos
nos conhecer mutuamente com o propósito de inspirar e estimular amor e boas
obras. Quando provocamos tristeza, raiva e desânimo um no outro, como a
negligência de boas obras, é porque não mostramos consideração suficiente.
Fomos descuidados em vez de atenciosos. Não demos atenção devida às
necessidades do outro e à fineza da nossa forma de agir.
E
impressionante observar a maneira em que alguns cristãos inspiram seus irmãos
para fazer o melhor e fazer sempre mais, enquanto outros mantêm as pessoas ao
seu redor em um estado quase constante de irritação e obstinação. Na verdade, o
cristão santificado deveria mostrar esta consideração agora, porque ele está
num estado de graça, em que pode realmente esquecer-se de si mesmo e mostrar
interesse e preocupação pelos outros.
3. Uma
Prática Constante (10.25)
A
esta exortação de consideração mútua constante o autor acrescenta: não deixando
a nossa congregação. A preservação fiel desta comunhão que pode desenvolver-se
somente na adoração coletiva é um dos meios de “estimular” um ao outro.
Portanto,
devemos prestar atenção à graça regularmente, se por nenhuma outra razão, ao
menos por “consideração” pelos outros. Mas esta fidelidade é também uma das
“boas obras” às quais devemos encorajá-los — e, certamente, não há um meio
melhor de fazê-lo do que pelo exemplo. O triste reconhecimento: como é costume
de alguns sugere que alguns desses cristãos hebreus não achavam necessário
participar dos cultos da igreja.
Isto
pode ter sido motivado por uma piedade falsa, que supunha que a adoração
solitária era melhor; ou uma presunção religiosa, que achava que a necessidade
para a adoração coletiva era coisa do passado; ou um declínio do fervor
espiritual, que resultou em uma indiferença crescente. Mas, independentemente
do motivo, a negligência no que diz respeito à freqüência nas reuniões pode ser
fatal, tanto para a nossa influência quanto para a nossa própria alma. A
entrada no Santo dos Santos não anula nossa necessidade da igreja, nem nos
garante privilégios especiais que nos isentam das nossas obrigações coletivas.
A prática de se reunir regularmente não é dispensável, mas indispensável para a
santidade.
Somente
ao nos reunirmos podemos cumprir o dever positivo contido na expressão
admoestando-nos uns aos outros. A palavra parakaleo, “exortar”, tem muitos
sinônimos: convidar a vir, chamar, invocar, admoestar, persuadir, rogar,
implorar, encorajar e consolar. Que ministério gracioso e multiforme! Não somos
chamados para ir à igreja para criticar, raramente para repreender e sempre
para encorajar. Do púlpito deveria vir esta nota confortadora e encorajadora; e
esta deveria ser a nota do nosso testemunho público e saudação pessoal. Para
isso não precisamos de uma “licença para exortar!”.
Esta
preocupação afável e fiel de uns para com os outros aumenta à medida que
contemplamos a Segunda Vinda: e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando
aquele Dia.
Quanto
mais crermos que a sua vinda está próxima, maior é a nossa responsabilidade de
um para com o outro. A apostasia dos nossos dias deveria nos alertar contra a
negligência e relaxamento tanto em nós como em nossos irmãos.
Por:
Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bibigrafia