9 de janeiro de 2013

ELIAS O TISBITA


ELIAS O TISBITA

TEXTO ÁUREO = “E ele lhes disse: Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita”(2 Rs 1.7,8).

VERDADE PRÁTICA = A vida de Elias é uma historia de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simples para torná-las gigantes espirituais.

LEITURA BIBLICA EM CLASSE = 1 REIS 17: 1-7

INTRODUÇÃO

Neste capítulo estudaremos de uma forma mais detalhada os fatos relacionados à vida e a obra de um dos maiores personagens da história bíblica: Elias, o tesbita! Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato, a Escritura silencia-se a respeito identidade de seus pais e também de sua parentela, apenas diz que ele era tesbita, dos moradores de Gileade (1 Rs 17.1-7)! Parece pouca informação para um homem que irá ocupar um grande espaço na literatura bíblica posterior. Raymond B Dillard (2011, p.21), destaca que “Elias aparece em cena de maneira surpreendentemente repentina. Ele é apresentado sem qualquer informação sobre sua vida anterior, sem referência à sua família ou tribo em Israel, e até mesmo seu lugar de nascimento (Tisbe) não é conhecido ao certo ainda hoje.

Não lhe é atribuída nenhuma linhagem elaborada, por meio da qual talvez pudéssemos identificá-lo no registro social do antigo Israel, e não é mencionado nenhum grupo específico do qual ele pudesse ser considerado o porta-voz; habitava em Gileade, uma área periférica no antigo Israel, isolada do outro lado do Jordão. Ele não tinha fama nem notoriedade, nenhuma influência política específica, não tinha credenciais para comandar um interrogatório, nenhum título acadêmico acompanhando o seu nome”.

Todavia é esse homem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso acontece quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. O expositor bíblico Oracio Simian Yofre (2010, pp. 516,517) observa que “do ponto de vista da história da religião de Israel, a importância do profeta Elias reside no fato de que com ele se chega a um novo nível no desenvolvimento da profecia bíblica.


De modo mais claro do que acontece com Balãao ou Natã, estabeleceu-se em Elias a clara distinção entre o profeta escolhido pela vontade divina explícita e os grupos proféticos (ou escolas proféticas), movimentos carismáticos mais ou menos espontâneos, dos quais nos falam outros textos do Antigo Testamento.

Com efeito, os profetas do tempo de Elias e também os anteriores mostram-se como um grupo (1 Sm 10.5,10-13; 2 Rs 10.19); estão ligados a um lugar de culto (um lugar alto ou bamah 1 Sm 9.12) ou mais propriamente a um santuário (Guibeá: 1 Sm 10,5.10; Shiló: 1 Sm 3.19- 21); atuam em êxtase profético (1 Sm 19,18-24); muitas vezes ocasionados pela música (2 Rs 3.15) e pela dança (1 Rs 18.26-29). A eles pertence a interrogação sobre o futuro (1 Sm 28,4-7; 1 Rs 14,1-18). Elias se encontra, porém, mais próximo dos profetas individuais dos “tempos novos” (profetas “escritores” a partir do séc. VIII) do que das escolas proféticas. Com Elias se atinge assim alguns traços do profetismo que permanecerão estáveis no desenvolvimento ulterior da profecia bíblica.

A identidade de Elias

Seu nome, sua terra e sua gente = Como vimos, o relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua pessoa, sua terra e seu povo: “Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade” (1 Rs 17.1). O nome Elias, deriva do termo hebraico Helohim, traduzido como Deus. Helohim aparece muitas vezes na sua forma abreviada El. Por outro lado, a palavra Jah é uma abreviação hebraica para o lahvé, o nome impronunciável de Deus para os judeus. Dessa forma o nome “Elias” é uma combinação das abreviaturas dos nomes El (Deus) e Jah (Senhor).

Quando levamos em conta o pronome possessivo hebraico, a tradução do nome Elias é O Senhor é o meu Deus ou ainda Meu Deus é Jeová. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.17; 2 Rs 1.3,8; 9.36).

Charles R. Swindoll (2010, pp. 28,29) destaca que Gileade, região onde vivia o profeta Elias, “era um lugar solitário e de vida ao ar livre, onde seus habitantes eram provavelmente rudes, queimados do sol, musculosos e fortes. Nunca foi um lugar de educação, sofisticação e diplomacia. Era uma terra árida, e muitos acham que a aparência de Elias tinha muita relação com sua terra. Seus hábitos beiravam o grosseiro e o áspero, o violento e o severo — não muito diferente de outros personagens fortes que Deus introduzira na cena em certos momentos da história de um mundo insuspeito.

Estes personagens podem não ter muitos amigos, mas uma coisa é certa: eles não são ignorados. Os profetas são sempre assim. Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade não foi Tisbe que deu nome a Elias, mas foi Elias que colocou Tisbe no mapa! “Elias foi um grande campeão de Deus. Sua vitória estava no fato de que ele fazia o que Deus lhe ordenava e confiava que Deus não o decepcionaria. A vida de Elias nem sempre transcorreu tranquila. Ele viveu em uma época de grande corrupção política, moral e espiritual. A sua vitória é prova de que o crente pode ser vencedor, mesmo que tenha de viver e trabalhar entre ímpios.

Quanto maiores são as trevas, maior é o brilho da luz (Mt 5.14-16).
Davi, Pedro, Paulo, também construíram uma história cheia de sentido e significância. Da mesma forma Gunnar Vingren, Daniel Berg,
Emílo Conde, etc. Todos nós deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para a posteridade.

Sua fé e seu Deus = Para termos uma compreensão sobre o lugar que o Deus de Israel ocupa no contexto dos profetas Elias e Eliseu, se faz necessário entendermos a teologia dos livros dos Reis. A teologia desse livro mostra claramente que há um único Deus bem como um único local de adoração, o Templo. Thomas Romer (2010, p.377) destaca que “a veneração do Senhor em Betei ou em Dan constitui o “pecado de Jeroboão” (2 Rs 10.30). Seu culto em outros “lugares altos” e sua veneração em companhia de Baal, de Ashera ou outras divindades caracterizam o “pecado dos pais” (isto é, dos reis anteriores, cf. 1 Rs 15.3). A ideologia de Reis é, portanto, antipoliteísta, exclusivista e antissamaritana”.

Elias era um homem comprometido com a adoração verdadeira.
Como um israelita professava sua fé no Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo. Com o desenrolar dos fatos, vemos o profeta afirmando essa verdade. Quando ele desafiou aos profetas de Baal, orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel e que eu sou teu servo e que segundo a tua palavra fiz todas essas coisas” (1 Rs 18.36). Essa oração do profeta revela pelo menos três fatos que são cruciais no contexto do livro de 1 Reis:

1. Uma teologia correta sobre a divindade “Tu és Deus”. O deus Baal existia na mente do povo, mas ele não era Deus. Se a teologia do povo estava errada, então sua crença forçosamente também estava. Sem uma teologia correta a fé fica deformada. Elias procura corrigir esse aleijão da fé israelita quando chama- lhes a atenção para o fato de uma única divindade — essa divindade é o Deus dos patriarcas. Infelizmente os problemas com as igrejas evangélicas hoje também estão no campo teológico.

Uma teologia deformada, onde Deus é entendido como um grande garçom a serviço dos mais variados desejos, sem dúvida alguma é a grande responsável pelo processo de fragmentação que ora passamos. Estamos crescendo, mas é um crescimento com espumas.

2. Uma correta antropologia “Eu sou teu servo”. As culturas pagãs possuíam não só uma teologia errada, mas também uma antropologia errada. Sem uma compreensão adequada do papel do homem na religião, se torna muito fácil o culto se perverter. O estudo das religiões comparadas revela que os homens são divinizados e os deuses humanizados.

Nos dias de Elias, Baal era o deus não apenas da natureza, mas também da fertilidade. Nesses rituais era natural a prostituição como parte do culto. Onde a teologia está errada, a antropologia também está. Merrill F. Unger (2008, p.174) comenta que “os textos ugaríticos de Ras Shamra (Ugarite), datados do século XIV a.C., mostram Baal como filho de El, o rei do panteão cananeu, deus da chuva e da tempestade.

Em Ugarite, a consorte de Baal era sua irmã, Anat, mas na Samaria do século 9o a.C., Aserá assume esse posto (18.19). Como Anat, ela era a padroeira do sexo e da guerra. Culto à serpente, prostituição masculina e feminina, assassinato e sacrifícios de crianças e todo vício concebível estavam associados à religião Cananeia. Os sacerdotes e profetas de Baal eram assassinos oficiais de criancinhas, por isso mereceram a morte (18.40).

3. Uma correta bibliologia “Conforme a tua Palavra fiz essas
coisas”. O desprezo à Palavra de Deus esposada nos livros da Lei de Moisés sem dúvida fora a causa dessa apostasia. Os erros na teologia, antropologia ou em qualquer outra área da fé, tem sua origem numa compreensão inadequada da Palavra de Deus.

Antonio Vieira, escritor do século XVI, costumava dizer que a Palavra de Deus quando dita no sentido daquilo que Deus disse, é a Palavra de Deus.Todavia quando dita no sentido daquilo que Deus não disse, são antes palavras do demônio. De fato existem milhares de cultos e crenças usando a Bíblia nos seus rituais. Todavia a Bíblia pregada por eles não são a Palavra de Deus, porque são ditas no sentido daquilo que Deus não disse. São interpretações para apoiar uma doutrina ou crença equivocada. São palavras do demônio.

O ministério profético de Elias

Sua vocação e chamada = Em suas notas homiléticas sobre a Missão do profeta Elias, a obra The Pulpit Commentary destaca:


1. De onde foi derivada. Ele não foi ensinado por homem. Ele era inculto e iletrado. O Deus que o separou desde o ventre de sua mãe o chamou pela sua graça. Ele era um mensageiro extraordinário para uma grande emergência. Mas observe: quando Deus usa tal mensageiro, homens cuja missão é derivada diretamente do alto, os “sinais de um apóstolo” são realizadas por eles. Nós não somos obrigados a ouvir um anjo do céu, a menos que ele nos mostre as suas credenciais.

2. Quando foi conferida. (1) Foi quando a iniquidade abundava. Quando Hiel tinha construído Jericó; quando Acabe levantou um templo para Baal; quando Jezabel reuniu seu exército de falsos profetas; quando a fé dos eleitos de Deus estava em perigo. A hora mais escura é sempre antes do amanhecer.

(2) Quando os meios ordinários eram insuficientes. Havia verdadeiros sacerdotes em Jerusalém; havia “filhos dos profetas”, provavelmente em Betei e Samaria; havia sete mil fiéis em Israel, mas o que eram estes contra uma rainha como Jezabel, contra toda essa propaganda e um sistema como o dela? A própria existência do povo de Deus estava em jogo. Elias foi convocado para fazer um julgamento, ele estava armado com “poder de fechar o céu que não choveu nos dias de sua profecia”. Somente a luz da verdade, a luz que iluminou a escuridão do mundo, preservou a nação da extinção total.

A vocação e chamada de Elias foram, portanto, divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.

A vocação de Elias se manifesta em um contexto onde:

1. Não havia referenciais — no antigo Israel os reis não agiam apenas como governantes do povo, mas também como referencial espiritual. Quando um rei fazia o que era mau aos olhos do Senhor, as consequências de suas ações eram logo sentidas pelo povo. Se havia uma apostasia generalizada, como de fato havia, isso se devia a falta de um modelo ou referencial para seguir.



Acabe com sua esposa, Jezabel, infelizmente eram modelos, mas modelos de um culto idólatra. E nesse contexto que Deus levanta o profeta de Tisbe para trazer o povo novamente para o verdadeiro modelo de adoração. Elias se torna uma referência.

2. Havia uma privatização do ministério profético Logo que chegou à posição de rainha em Israel, Jezabel empreendeu uma campanha para exterminar os profetas do Senhor (1 Rs 18.4).

O holocausto só não foi total porque o Senhor preservou os sete mil que não se dobraram diante de Baal (1 Rs 19.18). No lugar dos verdadeiros profetas, Jezabel pôs seus profetas particulares: “Vendo-o, disse-lhe: És tu, ó perturbador de Israel? Respondeu Elias: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do S e n h o r e seguistes os baalins. Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que comem da mesa de Jezabel”(l Rs 18.17-19).

Os profetas que “comiam da mesa de Jezabel” eram aqueles aos quais ela havia alugado. Eram profetas comprados, profetizavam somente o que ela e seu marido gostavam de ouvir. O verdadeiro profeta não se vende porque nenhuma profecia parte da vontade humana (2 Pe 1.20).

Nenhum sistema é profético e nenhum profeta se rende ao sistema. Os profetas do Senhor geralmente dizem coisas que não queremos ouvir, mas que precisamos ouvir. Eles não satisfazem vontades, mas necessidades. É um perigo quando nos cercamos de “profetas particulares” que estão sempre amaciando o nosso ego.

Ninguém gosta de ser confrontado, mas a crítica também faz parte do nosso crescimento. Quando o cristão cai na tentação de se auto-vitimar, ficando sempre na defensiva achando que todos estão contra ele, então corre um sério perigo. Ele corre o risco de rejeitar um conselho divino apenas porque ele veio na forma de confronto ou crítica. Evidentemente não podemos viver em função das críticas, mas não devemos nos fechar ao ponto de não vermos em algumas delas um instrumento divino para nos corrigir.

Aprecio o que escreveu John Maxwell (2002, pp.151-156) sobre
como tratar corretamente com as críticas: “Não veja somente o crítico; veja se há uma multidão”. A história a seguir ilustra esse ponto: A Sra. Jones convidou um grande e famoso violonista para entreter o seu chá de tarde.


Quando ele acabou a sua apresentação, todos se aglomeraram ao redor. “Eu tenho que ser honesto com você”, disse um dos convidados: “Eu acho que o seu desempenho foi absolutamente terrível. Ouvindo aquela crítica, a anfitriã interpôs: não preste atenção nele. Ele não sabe o que está dizendo.

Ele só repete o que ouve de todo mundo. Eu estou sugerindo que você amplie sua visão; vá além do crítico e veja se ele possui um pouco de humor. Considere a possibilidade de que você está ouvindo a mesma crítica de várias pessoas. Se este é o caso, e os críticos estiverem certos, então você precisa perceber que tem um desafio a encarar.”

A natureza do seu ministério = A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta de Tisbe é uma história de milagres. De fato, o primeiro livro dos livros de Reis atribui ao profeta Elias sete grandes milagres: Elias faz cessar as chuvas; multiplica a comida da viúva; restaura à vida o filho da viúva; faz descer fogo do céu no monte Carmelo; restaura as chuvas; invoca fogo sobre soldados e divide as águas do Jordão.

É, portanto, uma história de intervenções divinas no Reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo cronista bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs 9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.

Mas não são somente os milagres e a inspiração divina os elementos autenticadores do ministério profético de Elias, mas o seu caráter também. As palavras de Elias eram autenticadas por suas ações. Os falsos profetas também possuem uma certa margem de acertos em suas predições, todavia as suas práticas distanciadas da Palavra de Deus são quem os desqualificam. Elias, portanto, possuía carisma e caráter.

Podemos então dizer que o caráter pode não ter dado fama a Elias, mas com certeza lhe deu nome (1 Rs 17.1); pode não lhe ter dado notoriedade, mas certamente lhe conferiu autoridade (1 Rs 17.1); não o transformou em herói, mas o fez reconhecido como profeta (1 Rs 17.2,3); e fez com que ele enxergasse Deus até mesmo onde aparentemente Ele não estava (1 Rs 17. 8-9 — foi sustentado por uma mulher, gentia, viúva e pobre). Com acerto, o pastor Claudionor de Andrade (2007, pp.16,17) destaca com muita precisão alguns dos aspectos do caráter de Elias como sendo: ‘'fidelidade; coragem; determinação; obediência; coragem e fragilidade. ”

Elias e a monarquia

Buscando a justiça social = Na história do profetismo bíblico observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (1 Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o pioneiro a atuar dessa forma. Na verdade, as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus.

Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exemplo, revela esse fato de uma forma muita clara (1 Rs 21.1-16). Acabe foi confrontado e denunciado pelo profeta Elias pela forma injusta como agiu!

Os expositores bíblicos Bill T. Arnold e Bryan E. Beyer (2001, pp.
232-234) comentam que: “O famoso episódio da vinha de Nabote (capítulo 21) ilustra a extensão do pecado de Acabe e sela o seu destino. Nabote era um cidadão cuja propriedade era vizinha ao palácio em Samaria. O rei queria anexar a vinha de Nabote às propriedades reais, mas a antiga lei israelita proibia a venda de uma herança. A ideia pareceu absurda para Nabote (v.3) e Acabe tinha respeito suficiente pela lei para saber que ele não conseguiria fazer Nabote voltar atrás em sua decisão (v.4).

Sendo a filha do rei de Sidom, Jezabel supôs que o rei de Israel deveria estar acima da lei, como era o caso em outros países. Ela tomou para si a responsabilidade de resolver a questão. Mediante traição, engano e o assassinato de Nabote, ela adquiriu a vinha para Acabe. Mais uma vez, o profeta Elias estava lá para anunciar o julgamento (w. 17-24).
Acabe “se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor” (v.25; ver também o v. 20). Como resultado disso, Elias declarou que a dinastia de Acabe seria completamente destruída.”

Restauração do culto = Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias, as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus, coube a Elias a missão de restaurar o altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 18.30).

Matthew Polle (2010, pp. 701,702) comenta que a prioridade do profeta Elias foi reparar o altar. Isso foi feito rapidamente visto que ele pode ter contado com a ajuda do próprio povo. Esse altar foi reparado especificamente para aquele momento. Poole ainda observa que esse altar fora construído pelos antepassados objetivando a oferta do sacrifício, mas por haver sido negligenciado necessitava de reparos. Os danos causados a esse altar, que estava quebrado, pode ter sido feito pelos próprios sacerdotes de Baal ou por seguidores do baalismo que rivalizavam com o culto ao Deus verdadeiro.

Elias e a literatura bíblica

Nos livros da literatura bíblica de 1 e 2 Reis, a história do profeta
Elias deve ser vista em um contexto onde “os profetas são enviados por
Javé para exortar a que não se renegue o verdadeiro culto a Javé. Ele dispõe de poderes milagrosos, e sua palavra se realiza. Esse elemento vale também e sobretudo para os seus prenúncios da ruína do reinado e dos estados de Israel e Judá. O arrependimento do rei pode provocar um adiamento da chegada da desgraça (1 Rs 21.17-29; 2 Rs 22.15-20;n2 Rs 20.1-11).”15

No Antigo Testamento = Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crônicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Elias. O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias que abriu caminho para outros profetas que vieram depois dele. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social. Seu ministério também é usado na literatura bíblica em um sentido escatológico. O profeta Malaquias predisse o aparecimento de Elias antes “do grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).

No Novo Testamento = Em o Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ministério do profeta Elias. Jesus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 1.14; 17.10-13). No monte da transfiguração, o evangelista afirma que Elias e Moisés falavam com o Salvador acerca da sua “partida” (Mt 17.3).

Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.5-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus a acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Mc 6.15; 8.28).16

Os comentaristas bíblicos observam que os capítulos 17 à 22 do  livro de 1 Reis, que cobre o período do reinado de Acabe, mostra que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino.

De fato observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arrependimento e não a manifestação da ira divina. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias, que a graça de Deus é maior do que o pecado e suas consequências. Fomos alcançados por essa graça!


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus 


BIBLIOGRAFIA

1 - DILLARD, Raymond B. Fé em Face da Apostasia: o evangelho segundo Elias e Eliseu. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2011.

2 - YOFRE, Oracio Simian. In: Dicionário de Homilética. São Paulo: Ed.
Paulus/Loyola, 2010.

3 - Keil & Delitzsch argumentam que o complemento “dos moradores de Gileade” nos informa que Elias não vivia em seu lugar natal senão que foi estrangeiro em Gileade. Toshav em si não se refere aos não-israelitas,mas da mesma forma como ger refere-se àquele que vivia fora de sua pátria e de sua tribo sem ser parte desta, como em Lv 25.41 e Jz 17.7 onde vivia um levita originário de Betei, chamado de gar da tribo de Efraim” (KEIL & DELITZSCH in Comentário Al Texto Hebreo Del Antiguo Testamento - Pentateuco e históricos, tomo 1. Editorial CLIE, Barcelona, Espana.

4 - SWINDOLL, Charles R. Elias: um homem de heroísmo e humildade. São Paulo: Editora Vida, 2010.

5 - GILBERTO, Antonio. Elias, o campeão de Deus. In: Lições Bíblicas para a Escola Dominical, CPAD, trimestre de 1984.

6 - ROMER, Thomas. Antigo Testamento: história, escritura e teologia.São Paulo: Ed. Loyola, 2010.

7 - UNGER, Merril Frederick. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova,
2008.

8 - VIEIRA, Antonio. Sermões. Ed. Lello &c Irmãos, Porto, Portugal.
9 HAMMOND, J. In: The Pulpit Commentary, vol. V, 1 Kings. Hendrickson Publishers Marketing. USA, 2011.

10 – MAXWELL, John C. Seja o Líder Que Todos Querem Ter usando o seu carisma para motivar pessoas. Ed. SEPAL, 2002.

11 - Para um comentário detalhado sobre os milagres de Elias, veja o livro de Larry Richards: Todos os Milagres da Bíblia. Editora United Press, 2003.

12 - ANDRADE, Claudionor. In Lições Bíblicas para A Escola Dominical: A Busca do Caráter Cristão - aprendendo com homens e mulheres da Bíblia, CPAD, 3º trimestre de 2007.

13 - ARNOLD, Bill &c BEYER, Bryan E. Descobrindo o Antigo Testamento uma perspectiva cristã. São Paulo: Ed. Cultura Cristã, 2001.

14 – POOLE, Matthew. Matthew Poole’s Commentary on the Holy Bible, volume 1 — Genesis to Job. Hendrickson, USA, 2010.

15 - ZENGER, Erich Sc BRAULIK, Georg. Introdução ao Antigo Testamento. Edições Loyola, 2003.

16 - Enciclopédia de Cultura Bíblica. Editora Mundo Cristão.

17 - Livro Porção Dobrada - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - José Gonçalves – 2012


ELIAS, O TISBITA


ELIAS, O TISBITA

TEXTO ÁUREO = “E ele lhes disse: Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita”(2 Rs 1.7,8).

VERDADE PRÁTICA = A vida de Elias é uma historia de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simples para torná-las gigantes espirituais.

LEITURA BIBLICA EM CLASSE = 1 REIS 17: 1-7

INTRODUÇÃO

Elias "o tesbita, dos moradores de Gileade" (1 Rs 17.1) é o personagem que estudaremos nesta lição. Seu nome significa "Jeová é Deus". Foi de fato um grande profeta. Realizou grandes façanhas e até hoje, sua vida nos serve de exemplo. Sua pessoa aparece subentendida na galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11.32, que diz: "...e dos profetas" .

OBSERVAÇÃO =  TISBITA, Elias, o profeta, foi assim designado (1Rs 17:1; 1Rs 21:17, 28, etc). Em 1Rs 17:1, a palavra traduzido por “moradores” é, no original, a mesma que é traduzida por “tisbita”. Por isso, este versículo pode ser lido da forma como vem na LXX: “Elias, o tisbita, de Tisbi, em Gileade”. Alguns interpretam esta palavra como significando “estrangeiro” e lêem o versículo da seguinte maneira: “Elias, o estrangeiro, de entre os estrangeiros de Gileade”. O profeta é designado desta forma porque, provavelmente, nasceu em Tisbi, uma cidade situada na Galileia Superior, de onde ele migrou para Gileade. Josefo, o historiador judeu, contudo, supõe que Tisbi se situava algures na terra de Gilade. Tem sido identificada com el-Ishtib, que se situa a cerca de 35 Kms a sul do Mar da Galileia, entre as montanhas de Gileade.

A IDENTIDADE DE ELIAS

Nada temos de informação sobre a vida de Elias antes de exercer o seu ministério profético, apenas que era dos moradores de Gileade (1 Rs. 17.1). No entanto, analisando os textos bíblicos de 1 Rs. 17-19; 21; 2 Rs. 1 e 2, onde o ministério de Elias é narrado, podemos conhecer um pouco mais desse grande profeta do século IX A.C.

1. Sua personalidade

As Escrituras revelam que Elias "era um homem sujeito às mesmas paixões que nós." (Tg. 5.17a) Uma pessoa de pouca aparência e evidenciando uma vida solitária (2 Rs. 1.8-9). Sua depressão e seu complexo de inferioridade são características próprias do introvertido. (1 Rs. 19.3,4).

2. Seu caráter

Como homem de Deus (1 Rs. 17.24), manteve-se zeloso no seu ministério, guardou a aliança com o seu Deus, e se resguardou da idolatria combatendo-a com veemência (1 Rs 18.21-24; 19.10). No entanto, deixou transparecer a sua fraqueza, ao supor que era o único fiel em Israel. O Senhor o repreendeu dizendo que havia reservado para Si, sete mil homens que não dobraram seus joelhos diante de Baal (1 Rs. 19.14-18; Rm. 11.1-4). Elias era cheio do Espírito Santo (2 Rs 2.9; Lc. 1.17).
Há muito tempo, na cidade de Tisbe, na região de Gileade, local onde ser produzia os melhores azeites, usados em várias tarefas nos afazeres do templo e na vida cotidiana (leia a mensagem AZEITONAS DE JEOVÁ), uma família vivia normalmente até que a matriarca da casa fica grávida, e os dias se passam, chegando perto da hora do nascimento da criança; então os amigos perguntam ao pai, como se chamaria a criança, visto que os judeus muito valorizam este momento, o momento de saber qual nome se daria à criança que nasceria. Então o pai disse: Meu filho se chamara Eliahu, que traduzido é O Senhor é Deus. Diz à história que ninguém entendeu, pois era costume dar nomes de pessoas da família, e não se tinha história desse nome naquele tempo, mas o pai não voltou atrás e confirmou, meu filho se chamará Eliahu.

Aquela criança cresceu nos ensinamentos do Senhor, se tornando um jovem com ousadia e sabedoria, e ainda nos fala os sábios judeus que Eliahu era de exuberante força física, cabelos longos e de uma voz estrondeante. Então o jovem se torna um homem e tem um encontro com aquele que seu nome com tanta propriedade afirmava ser Deus, o Eterno. Ao receber o chamado sai, vivendo pelos campos comendo mel silvestre e gafanhotos, se vestindo com peles de animais e cingido de uma corda na cintura. Eliahu, que era descendente de Arom, ou Arão, é um dos profetas de personalidade mais forte, uma das figuras mais poéticas da história judaica, e depois de Moisés, é o maior e o mais venerado entre os profetas, segundo Talmud e o Midrash, é um profeta místico, pois aparece misteriosamente na bíblia e da mesma forma desaparece, seu ministério aparentemente foi curto, mas de grande impacto na história do povo de Deus.

A OBRA REALIZADA POR ELIAS

Apenas saber que Elias foi um grande profeta, não nos traz grande proveito. Precisamos saber o que ele de fato realizou e como podemos tornar seu exemplo em algo prático para as nossas vidas hoje. Podemos perceber três virtudes na vida de Elias através da obra que realizou:

1. Sua fé em Deus

O desafio proposto aos profetas de Baal (1 Rs. 18.20-40) é uma demonstração clara de fé. Segundo Hebreus 11.1, "fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.
" Elias tinha total certeza de que seria ouvido por Deus (1 Rs. 18.24). Uma falha qualquer e seria devorado pelos 450 adversários.
A sua fé foi demonstrada também, ao afirmar para a viúva de Sarepta, que não ia acabar a farinha e nem faltar o azeite, apesar da insignificante quantidade. (1 Rs. 17.12-14)

2. Sua intimidade com Deus

Elias demonstrava grande intimidade com o seu Deus. Falava com Deus como alguém que comungava com Ele. Por exemplo diante do filho morto da viúva ele diz: "Ó Senhor meu Deus, também até esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?" (1 Rs. 17.20). Diante dos profetas de Baal : "...fique hoje sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo..." (1 Rs. 18.36b). Podemos perceber, pelo exemplo de Elias, que para sermos profetas de Deus, precisamos gozar desta intimidade com Ele. (Sl. 25.14)

3. Sua obediência a Deus

Elias era conhecedor da vontade de Deus e obedecia-lhe prontamente. À ordem de retirar-se para a banda do oriente, e ali ficar, sendo alimentado pelos pássaros (1 Rs. 17.2-5); em seguida, ir a Sarepta e viver ali sustentado por uma pobre viúva (1 Rs. 17.9,10); apresentar-se ao perigoso Acabe (1 Rs 18.1,2); a ordem de ameaçar Acabe e Jezabel (1 Rs. 21.17-26); repreende o rei Acazias e profetiza a sua morte (2 Rs. 1.1-4), a todas estas ordens, Elias obedeceu prontamente.

O MINISTÉRIO PROFÉTICO DE ELIAS

Jesus Cristo autentica o ministério profético de Elias ao afirmar que ele foi enviado por Deus. (Lc. 4.25,26). A importância do seu ministério é evidenciado em Mt. 17.3,4, quando ele aparece na transfiguração de Jesus Cristo na qualidade de representante dos profetas.

1. Sua mensagem

Elias teve a responsabilidade de profetizar durante um período do reinado de Acabe. Um mau rei de Israel. No entanto, não se intimidou. Predisse a seca e por isso Deus o mandou fugir para um certo lugar onde os corvos o sustentaram com pão e carne durante alguns dias. Passado esse tempo, o Senhor o mandou de volta a Acabe (1 Rs. 18.1), o profeta foi firme diante da reação pouco pacífica do rei e o repreendeu. (1 Rs. 18.17-19) Elias predisse a chegada da chuva (1 Rs. 18.41). Com sua mensagem repreendeu Acabe e Jezabel por matar Nabote e roubar a sua vinha. Ainda prevê a morte de ambos (1 Rs. 21.17-26). Esta profecia se cumpriu em 1 Rs 22.34-40; 2 Rs. 9.30-37. 

2. Sua oração 

Elias era homem de oração. Obtinha respostas imediatas. O texto de Tiago 5.17,18. Afirma que Elias "orou com instância para que não chovesse... E orou de novo e o céu deu chuva." Elias orou pelo filho da viúva (1 Rs. 17.20-22); orou pedindo a intervenção do Senhor diante dos profetas de Baal (1 Rs. 18.36,37).

O MINISTÉRIO DE ELIAS

Elias foi um dardo de fogo que Deus desferiu contra o perverso Acabe e a idolatria de Israel. Ele atravessa essa página da história de modo rápido e terrível como um relâmpago. Elias, o tesbita, que era dos moradores de Gileade, é a breve biografia com que se apresenta. O nome Elias significa “Jeová é meu Deus” e adaptava-se perfeitamente a ele. Foi o mais notável dos profetas. Acompanhe seu aparecimento repentino, sua coragem intrépida, o zelo, seu triunfo no monte Carmelo, a profundeza de seu desalento, seu glorioso arrebatamento ao céu num redemoinho e a aparição no monte da Transfiguração.

Foi uma figura notável das montanhas de Gileade, e seus longos cabelos caíam-lhe sobre o manto de pele de carneiro. Jeová o enviou para por o fim ao detestável culto a Baal, praticado durante o reinado de Acabe, que se casara com a ímpia Jezabel. Surgindo inesperadamente do deserto e pondo-se diante do rei corrupto, no esplendor de sua corte, o severo profeta falou-lhe ousadamente: “Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra (1Re 17.1)”. Fora-lhe dado poder para fechar os céus de tal modo que não chovesse em Israel durante três anos e meio. Pediu que descesse fogo do céu diante dos profetas de Baal no monte Carmelo. Foi o evangelista do seu tempo, levando severas advertência ao povo idolatra.

Eliseu sucedeu Elias. Era um tipo caridoso, em contraste com o ardoroso Elias que o preparou para ser seu sucessor, seu ministério profético durou cinquenta anos. A maior parte de seus milagres foram atos de bondade e misericórdia. Teve grande influencia sobre os reis de seus dias e embora não aprovasse os atos deles vinha sempre em seu socorro.

Elias e Eliseu apresentam acentuado contraste: Elias foi o profeta do julgamento, da lei, da severidade; Eliseu foi o profeta da graça, do amor da ternura.

ELIAS E A MONARQUIA

ELIAS EXERCIA GRANDE INFLUÈNCIA ESPIRITUAL SOBRE O POVO

1. O Ministério de profeta no tempo do Velho Testamento.

a. O profeta, no Velho Testamento, era como um mediador entre Deus e o povo. Por exemplo, Moisés transmitia a Deus a palavra do povo, e levava ao povo as Palavras de Deus,  Dt 9,7. Assim também Samuel leva as palavras do povo a Deus, 1 Sm 8.21, e transmitia a mensagem de Deus ao povo, 1 Sm 9.6.

b. No tempo do Novo Testamento, nenhum ministério tem esta incumbência, porque agora temos “um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,homem”, 1 Tm 2.5. Todo e qualquer crente tem acesso ao Pai, em um mesmo Espírito, Ef 2.18; 3.12. Deus fala agora a todos os crentes como um pai ao filho, seja pela sua Palavra, Em 15.4,5, ou pelo seu Espírito, Rm 8.16.

ELIAS E A LITERATURA BIBLICA

A ne­cessidade e o anseio de tornar Deus conhecido no meio do seu próprio povo, que estava en­volvido com idolatria, motivou o profeta Elias a proferir uma das mais notáveis, destemidas e fervorosas orações do Antigo Testamento.

Elias arriscou sua vida e demonstrou submissão, coragem e fé em Deus diante de todo o povo escolhido e dos profetas de Baal e Asera (quantos podem fazer isso abertamente como Elias nos dias atuais?) e orou, depositando toda sua con­fiança no Deus de Israel, pedindo fogo do céu, no que foi pronta­mente atendido. O Senhor foi glorificado no meio do povo, e a história de Israel mudou naquele dia (1 Rs 18.36-39).

Estudar o Antigo Testamento leva o crente a aprimo­rar seu relacionamento e crescer em maturidade para com Deus. Homens do passado usufruíram de íntima comunhão com o Criador mediante a oração. Como seres humanos, nossas ansiedades e necessidades podem e devem ser colocadas diante daquEle que é o nosso Pai (Fp 4.6; 1 Pe 5.7).

CONCLUSÃO

Elias era homem de Deus e deixou para nós o seu grande exemplo. Foi levado ao céu num redemoinho (2 Rs. 2.11). Muitos procuraram por Elias, mas não o encontraram e então voltaram para Eliseu (2 Rs. 2.15-18). E hoje o mundo chama por profetas, homens de Deus que lhes diga o que fazer para serem salvos (At. 2.37, 16.30).

1. Você é um enviado por Deus?
2. Você sempre fala o que Deus lhe manda falar?
3. Você sempre obedece a Deus incondicionalmente?

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1981
Bíblia de Estudo Pentecostal
Apontamentos do Autor


A CHAMADA E PREPARACAO DE ELIAS

Texto áureo = Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneia bem a Palavra da Verdade. II Tm 2.15.

Verdade Prática = Deus cuida daquele que lhe é fiel e «rida no caminho da obediência.

Leitura em Classe = i Rs 17.1-5; Tg 5.17,18

INTRODUÇÃO

Elias aparece na Bíblia como um dos grandes instrumentos de Deus, para transmitir a Israel o despertamento do Senhor, num tempo muito escuro. A Biblia nos exorta a tomar tais exemplos, Tg 5.11; lHIb11.32-38. Quanto ao exemplo de Elias, ele é para nós o mais importante porque a Biblia diz a respeito dele, que “era um homem sujeito às mesmas paixões que nós”, Tg 5.17. Aquilo que Deus fez através dele, poderá fazer por intermédio de qualquer um de nós.

1. ELIAS OBEDECEU A CHAMA DA DIVINA

A Bíblia começa a contar a história de Elias desde o dia em que ele aceitou a chamada de Deus. Antes disso, sabemos a respeito dele, somente que era “ o tisbita”, dos mora dores de Gileade, 1 Es 17.1. O plano de Deus para Elias começou a ser executado no dia em que ele obedeceu à ordem de Deus e procurou o rei Acabe para transmitir-lhe a mensagem divina: “Nestes anos não haverá chuva nem orvalho, senão segundo a minha palavra”, I Rs 17.1. Naquele momento, Filias iniciou o seu Ministério de profeta e foi usado por Deus de modo poderoso, para fazer voltar os corações do povo para o bom caminho.

Querido leitor! Deus tem um plano preparado para cada cristão, Ef 2.10; GI 1.15. E também tem para ti. Importa que cada um se entregue inteiramente a Deus para obedecê-lo em tudo. Então o próprio Deus fará o resto. Ele usa os que se consagram como instrumentos em sua potente mão.

II. CONDIÇÕES PARA SE TORNAR UMA BÊNÇÃO

Muitos gostariam de ser uma bênção, mas faltam-lhes condições para isto. Porém, Elias as possuía em sua vida. Quais eram?

1. Elias era justo. O apóstolo Tiago escreveu a respeito dele: “A oração feita por um justo”, Tg 5.16. A justiça que Elias possuía não era dele mesmo. Ele havia sido justificado junto ao ALTAR DE DEUS, quando sacrificava pelos seus pecados, abraçando as promessas sobre o Messias que havia de vir, Hb 11.13. Deus, que faz concerto com sacrifícios, SI 50.5, também justificou Elias pela fé, e assim ele podia praticar justiça, Hb 11.33. Foi por meio de sua vida justa que Elias pôde representar, diante do mundo, o Deus que é justo, SI 145,17; Dt 32.4.
Elias permaneceu firme na sua justiça num tempo em que muitos tinham perdido a coragem para isto. Conforme a Palavra de Deus, havia 7000 que não se dobraram perante Baal, 1 Rs 19.18. Isto, para eles, foi uma vitória pessoal, porém, eles não possuíam nenhuma força para representar Deus diante do povo, que coxeava entre dois pensamentos, 1 Rs 18.21. E somente por meio da justiça de Deus em nossa vida, que temos entrada às bênçãos da graça de Deus, Rm 5-1,2, sem a qual ficamos sem condições de servi-lo, Mt 2.8,9.

2. Elias possuía o poder de Deus, II Rs 2,9. A sua experiência deste poder não era uma coisa passageira, mas permanecia sobre ele e dominava todas as atividades de. seu Ministério. Os moços que o acompanhavam (os filhos dos profetas), falavam, de experiência própria, sobre “o espírito de Elias”, II Es 2.15.

No tempo do Novo Testamento, também chamado “Ministério do Espírito”, II Co 3.8, Deus quer que os seus servos possuam esse poder através do batismo com o Espírito Santo, Lc 24.49; At 1.8. Coisa nenhuma poderá, jamais, substituir esse poder na vida dos que desejam ser uma bênção. Não basta recebê-lo uma vez, mas convêm que vivamos e andemos em Espírito, GI 5.25.

a. Elias era um homem de oração. A Bíblia diz a respeito dele: “orou nutra vez”, Tg 5,18. A oração de Elias era muito potente porque orava conforme a vontade de Deus, 1. Jo 5.14,15; Tg  5.17,18. A viúva, conforme a parábola de Jesus, pedindo de acordo com a justiça, podia fazê-lo com insistência, Lc 18.3,7,8. Quando nós oramos “segundo Deus”, Rm 8.27, alcançamos vitória; isto porque oramos “segundo a sua vontade”, J Jo 5,14,15. Elias orava com insistência, 1 Rs 18.42-46. Oração de poder exige tempo. Jesus foi, também nisto, um exemplo para nós, Lc 6.12- A Bíblia mostra outros exemplos, como Samuel, 1 Sm 15.11; Daniel, Dn 10.2,12; Paulo, Cl 1.13; I Ts 1.2, etc. Carecemos deste poder na oração, para assim podermos vencer a resistência dos demônios, Ef 6.10; 1 Co 15.32.

III. ELIAS EXERCIA GRANDE INFLUÈNCIA ESPIRITUAL SOBRE O POVO

1. O Ministério de profeta no tempo do Velho Testamento.

a, O profeta, no Velho Testamento, era como um mediador entre Deus e o povo. Por exemplo, Moisés transmitia a Deus a palavra do povo, e levava ao povo as Palavras de Deus,  Dt 9,7. Assim também Samuel leva as palavras do povo a Deus, 1 Sm 8.21, e transmitia a mensagem de Deus ao povo, 1 Sm 9.6.

b. No tempo do Novo Testamento, nenhum ministério tem esta incumbência, porque agora temos “um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,homem”, 1 Tm 2.5. Todo e qualquer crente tem acesso ao Pai, em um mesmo Espírito, Ef 2.18; 3.12. Deus fala agora a todos os crentes como um pai ao filho, seja pela sua Palavra, Em 15.4,5, ou pelo seu Espírito, Rm 8.16.

2. Filias tornou-se respeitado diante do rei e do povo. Eliseu o chamou “meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros”,  II Rs 2.12.

a. A verdadeira influência que alguém exerça é sempre uma coisa relacionada com a sua íntima comunhão com Deus. A Bíblia diz: “Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo o cuidado de guardar todos os seus mandamentos”, Dt 28.1, “o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo”, Dt 28.13. Porém, se não deres ouvido à voz do Senhor, teu Deus”, Dt 28.15, então, “o estrangeiro se elevará muito sobre ti e tu mui baixo descerás. Ele será por cabeça, e tu serás por cauda”, Dt 28.43,44.

b. Se alguém procura impor uma influência espiritual, seja por meio duma posição, ou superioridade intelectual, ou financeira, sem que possua um contato real com Deus, ele se torna como a erva que logo seca, 1 Pe 1.24; Os 13,3. Quando, porém, um servo de Deus, seja qual for a sua posição na igreja, depende inteiramente de Deus, 1 Co 4.20, o qual nele opera, Cl 1.29, ele se torna uma bênção. São os vencedores que terão poder sobre as nações, Ap 2.26. E quando Deus abençoar um de seus servos, todos então sentirão que o tal é confirmado por Deus, 1 Sm 3.20; x 14.31; 19.9. Vemos assim que o caminho para ser uma bênção é o mesmo que Deus mostrou a Abraão: “Abençoar-te-ei, e tu serás urna bênção”, Gn 12.2.

IV. DEUS CUIDOU TAMBÉM DO SUSTENTO DE SEU SERVO

1. No tempo em que Elias iniciou o seu ministério, havia fome na terra. Foi ele mesmo quem transmitiu ao rei Acabe, a mensagem de Deus, que não cairia chuva sobre a terra. As águas nos rios se secaram e a fome reinava. Porém, Deus sempre se responsabilizou pela vida e pelo sustento de seus servos. Ele é um Bom Patrão. Jesus disse: Vosso Pai sabe! Mt 6.32. Ele que conta até os nossos cabelos, Lc 12.7, e que tem cuidado dos passarinhos e dos lírios do campo, Mt 6.26-30, Ele mesmo cuidará daqueles que o servem. Devemos, portanto, confiar no Senhor, que tem cuidado de nós, SI 40.17; Lc 12.30, e não deixar que os cuidados da vida, Lc 21.34, venham a sufocar nossa vida espiritual. Mt 13.7,22.

2. Elias alcançou as provisões materiais de Deus quando obedeceu às suas ordens. Quando Deus disse: “Vai-te daqui ao ribeiro de Quente”, 1 Rs 17.3. ele foi e achou a água que faltava em tantos lugares.
Ali, Deus- ordenou aos corvos que o sustentassem, 1 Rs 17.4.6. Foi milagre de Deus, tanto o providenciar a carne como o impedir que os corvos mesmo comessem tal comida.

3. Quando as águas do ribeiro Querite se secaram, Deus mandou Elias para Zarefate onde Ele, também por meio dum milagre; ó sustentou, usando uma pobre viúva, 1 Rs 17.9. Isto continuou por muitos dias, 1 Rs 18.1.

Confiemos, pois, no Senhor, Sl 27.3: 33.18, 19; 34.9, e então poderemos responder da mesma maneira que os discípulos responderam quando Jesus lhes perguntou: “quando vos mandei sem bolsa, alforje ou alparcas, faltou vos porventura alguma coisa? Eles respondera. NADA!” Lc 22:35.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Lições bíblicas CPAD 1981

O ARREBATAMENTO DE ELIAS

TEXTO ÁUREO = “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados” 1 Co 15,51

VERDADE PRÁTICA = O arrebatamento de Elias nos faz lembrar o arrebatamento da Igreja, que em breve acontecera.
Leitura em Classe = II Rs 2: 1-11.

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos a respeito do fim que o Senhor deu ao seu servo Elias, Tg 5.11, que foi, realmente, singular. Só havia acontecido a mesma coisa a Enoque, cerca de 1208 anos antes, Gn 5.24. Todavia o fim de Elias nos interessa bastante porque a Igreja do Senhor se acha às vésperas de um fim semelhante. Estamos esperando, não um carro de fogo, mas o próprio Jesus que virá e nos livrará da ira futura, 1 Ts 4.16; 1.10; e nos levará para estarmos sempre com Ele, 1 Ts 4.13-18.

1. DEUS HAVIA DETERMINADO O ARREBATAMENTO DE ELIAS

1. O Espírito Santo havia revelado isto a Elias. Ele falou disto a Eliseu, II lIs 2.9. Também os filhos dos profetas o sabiam, II Rs 2.3,5.
Hoje o Espírito Santo revela que a vinda de Jesus está às portas. Ele o faz de várias maneiras:

a. Ele vivifica, J0 6.63, e nos faz compreender a palavra profética, II Pe 1.19; Dn 12.10.

b. Ele fala por meio dos dons de profecia, língua estranha com interpretação, 1 Co 12.10, e por meio de revelações e visões.

c. Ele faz-nos compreender os sinais dos tempos, pelos quais é possível saber que a nossa redenção está próxima, Lc 21.28. Veja a situação internacional, Israel, os terremotos, a fome, a decadência moral, etc... Tudo fala uma linguagem só: Jesus vem breve!

2. O Espírito Santo não revelou a Elias o momento exato do arrebatamento. Por isso ele só podia dizer a Eliseu que ficasse observando “quando for tomado de ti”, II Rs 2.10.
Quanto à vinda de Jesus, jamais será conhecido, o dia ou a hora, Mc 13.32. Isto não nos pertence, At 1.7. Deus somente ordena esperar e estar preparado, Rm 13.11,12; Lc 12.35,36. Não devemos dar atenção os ensinos que procuram predizer esse dia. Paulo disse aos crentes de Tessalônica que não se perturbassem, “quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto”, II Ts 2.2.

II. ELIAS ESTAVA EM PLENA ATIVIDADE NO DIA DO SEU ARREBATAMENTO

Elias estava fazendo visitas de rotina ao campo, II Rs 2.4-6. No momento do arrebatamento, estava “andando e falando”, II Ra 2.11, a respeito do modo como o seu sucessor poderia alcançar poder. Foi naquele instante que o carro de fogo apareceu. Aleluia!
E assim mesmo que Jesus ensinou. Ele disse: “Negociai até que eu venha”, Lc 19.11; e disse ainda: “bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim”, Mt 24.46. Irmãos, vamos trabalhar até então!

Aqui observamos que a Bíblia jamais apóia o fanatismo. Não apóia que alguém oriente os crentes que, por causa da proximidade da vinda de Jesus, não devam estudar, trabalhar, construir casas, etc. Alguns dizem até que não se deve construir novos templos. Todavia, não devemos trabalhar como se Jesus demorasse, mas devemos esperá-lo como se viesse agora...

III. A SIMBOLOGIA DOS LUGARES QUE ELIAS VISITOU

Ele disse: O Senhor me enviou a Betel, a Jericó, ao Jordão, II Rs 2.2,4,6. A sua visita, certamente, era rotineira, porém aqueles lugares traziam recordações de acontecimentos passados.
Parece uma coincidência que o Espírito Santo tenha enviado Elias logo para os lugares onde, no passado, aconteceram coisas importantes. Estas coisas são, simbolicamente, importantes para todos nós que desejamos subir na vinda do Senhor Jesus.

Vejamos:

I. Elias estava em Gilgal quando lhe foi revelado seu arrebatamento. Cilgal foi o primeiro lugar onde Israel acampou após ter passado o Jordão, Is 5.9. Foi ali que o povo, vindo do deserto, foi circuncidado. Deus, assim, revolveu o “opróbrio do Egito” de sobre eles, ,Js 5.9. Ali também celebraram a Páscoa, Js 5.10.

Gilgal traz para nós o símbolo da nossa páscoa Cristo, I Co 5.7, que na cruz do Calvário, nos preparou uma salvação completa, pela qual, ainda hoje, é possível revolver o opróbrio do mundo. Deus é santo e quer que o seu povo também o seja, 1 Pe 1.15; 1 Ts 5.23; Hb 12.15. Os que desejarem subir têm que passar pelo Gilgal, isto é, experimentar a libertação divina em sua vida. Ninguém pode servir a dois senhores, Mt 6.24, nem pode aceitar um jugo desigual ou a comunhão com as trevas, II Co 6.14-18. Jesus nos tirou do mundo, Jo 15.19, para sermos dele, Rm 1.6, e os que são dele serão arrebatados na sua vinda, 1 Co 15.23.

2. Betel foi o segundo lugar para onde o Senhor enviou Elias antes do seu arrebatamento. Betel significa casa de Deus, Gn 28.19. A Bíblia mostra a grande importância da igreja para a nossa preparação:
“Não deixando a nossa congregação como é costume de alguns, tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”, Hb 10.25. A Igreja é a noiva de Cristo, Ef 5.31,32; Ap 22.17. Irmão, vive bem com a Igreja. Ame-a! O Senhor te enviou a Betel!

3. Jericó foi o terceiro lugar, II Rs 2:4. Jericó nos faz lembrar a grande vitória que Israel ganhou pela fé e pela obediência à palavra de Deus, Js 6.20. O Senhor sempre estimula o seu povo a vencer o mal. Nas cartas às sete igrejas, em todas elas, Jesus falou: A quem vencer, Ap 2.7,11,17,26; 3.5,12,21. E em Ap 21.7, a Bíblia diz: “Quem vencer herdará todas as coisas”.

4. Jordão foi o último lugar. O rio Jordão é a divisa para o oriente - Simbolicamente, Jordão fala da experiência que nos faz entrar na terra de Canaã, o batismo com o Espírito Santo. Como Canaã era a promessa de Deus para Israel, o Pai celestial nos deu a promessa do Espírito Santo. Jesus chamou esta bênção de “a promessa de meu Pai”, Lc 24.49; At 1,4. Esta bênção é de muita importância para todos nós, pois nos dá poder nestes tempos difíceis que antecedem a vinda do Senhor.

IV. DE REPENTE VEIO UM CARRO DE FOGO COM CAVALOS DE FOGO

I. Deus tem milhares de carros, SI 68.17. Agora enviou um para buscar o profeta. Quando quis defender Eliseu, enviou tantos que o monte ficou cercado, II Rs 6.16,17.

2. O cano era de fogo. Isto nos fala, simbolicamente, que o arrebatamento da Igreja será feito pelo poder do Espírito Santo. Jesus foi elevado ao céu pelo Espírito Santo, Ef 1.19,20. A Igreja subirá pelo mesmo poder, Rm 8.11; Fl 3.21.

3. Elias foi elevado ao céu, II R.s 2.11. Ele ali encontrou com Deus, que tanto o havia ajudado. Que alegria! Que vitória! Isto será a grande vitória no arrebatamento da Igreja! Estaremos sempre com o Senhor, 1 Ts 4.18.

4. Elias não foi encontrado aqui. Quando Elias foi arrebatado, 50 filhos de profetas quiseram buscá-lo nas montanhas ou nos vales, II Rs 2.16. De nada adiantou, Elas já estava no Céu. Quando Jesus vier, Ele nos levará para a sua glória e nenhum de nós, os salvos, será achado aqui.

5. Elias subiu, porém Eliseu ficou. Deus havia determinado levar somente Elias. Eliseu tinha ainda uma grande missão para cumprir. Porém, quando Jesus vier, levará todos os que estiverem preparados. Não ficará nenhum! Jesus, nós queremos-subir. Guarda-nos até aquele dia! Amém!

“Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho, Amém. Ora vem, Senhor Jesus”, Ap 22.20.


Lições bíblicas CPAD 1988