TIAGO FÉ QUE SE MOSTRA PELAS OBRAS
TEXTO ÁUREO = “Assim também a fé, se
não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17).
VERDADE
PRATICA = A
nossa fé tem de produzir frutos verdadeiros de amor, do contrário, ela se
apresenta falsa.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Tiago
2.14-26
INTRODUÇÃO
A
Epístola de Tiago é conhecida como uma das Epístolas Gerais do Novo Testamento.
Esses livros receberam esse nome porque foram escritos como cartas circulares
para serem lidas em várias igrejas. Esse aspecto está em contraste com a
maioria das Epístolas Paulinas, que eram endereçadas a igrejas específicas ou a
indivíduos.
Autoria
O autor
identifica-se somente como “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo”
(1.1). Havia vários homens importantes no Novo Testamento que se chamavam
Tiago. No entanto, há uma forte evidência, defendida por muitos estudiosos da
Bíblia, de que o autor era o líder da igreja em Jerusalém (At 15.13). Paulo se
refere a ele como “Tiago, irmão do Senhor” e o inclui entre os “apóstolos” (Gl
1.19). Em Gálatas 2.9. ele caracteriza Tiago como um dos “pilares” da Igreja.
Este
Tiago é mencionado duas vezes nos evangelhos Mt 13:55: Mc 6.3. Nas duas
passagens ele é identificado como um dos irmãos de Jesus. Ele somente se tomou
um seguidor do nosso Senhor após a Ressurreição. Ele estava entre os discípulos
primitivos que, no cenáculo, esperavam pela descida do Espírito Santo e
“perseveravam unanimemente em oração e súplica” (At 1.14).
A
habilidade e fé de Tiago logo o colocaram num lugar de proeminência entre os
cristãos primitivos. Quando Pedro deixou a Palestina (At 12.17), tudo indica
que Tiago assumiu a liderança da igreja de Jerusalém. Três anos apos a
conversão de Paulo, ele visitou os líderes de Jerusalém e lá viu “Tiago, irmão
do Senhor (GI l:19). Em Atos 15, na assembléia que discutia a admissão dos
gentios na Igreja, Tiago era o ministro que presidia a reunião. Na mesma visita
a Jerusalém. Tiago. Cefas e João” estenderam a destra da comunhão a Paulo e
Barnabé ( Gal 2:99). Na sua última visita a Jerusalém, quando Paulo apresentou
seu relatório, Tiago, e todos os anciãos vieram ali (At 21.18).
De um
homem nessa posição de responsabilidade e autoridade haveriamos de esperar uma
carta pastoral de conselhos práticos concernentes a questões que afetavam a
vida espiritual da Igreja. E isso que encontramos nesta epístola.
Destino
Tiago
dirige sua carta “às doze tribos que andam dispersas ( 1:1). Estes
provavelmente eram cristãos que em tempos passados haviam sido judeus e que foram
espalhados pelas primeiras perseguições à Igreja. E bem possível que a saudação
também incluísse os cristãos judeus ganhos para Cristo por Paulo e outros
missionários onde foram estabelecidas igrejas em cidades gentias. Na maioria
dessas igrejas havia pelo menos um núcleo de crentes judeus que aceitaram
Cristo como resultado da pregação em suas sinagogas.
Data
Não há
evidência na epístola ou de fontes externas que ajudem a determinar exatamente
a data em que foi escrita esta carta. Alguns estudiosos conservadores
argumentam que esta carta pode ter sido escrita em 45 d.C., outros já acreditam
que ela foi escrita em 62 d.C. As datas mais precoces se baseiam no fato de que
na epístola o autor não faz nenhuma menção do problema da admissão de gentios na
Igreja. Sabemos que Tiago estava profundamente preocupado com esta questão numa
época posterior.
Aqueles
que propõem uma data posterior ressaltam a condição relativamente estabelecida
da Igreja refletida na epístola. Tiago não parece estar muito preocupado em
colocar os fundamentos e ressaltar doutrinas evangélicas para uma Igreja que
está dando seus primeiros passos na fé. Isto favorece a idéia de a epístola ter
sido escrita numa data posterior. Assim, o conteúdo sugere que esta carta foi
escrita numa data posterior às cartas aos Gálatas e aos Romanos, nas quais o
autor tratou de assuntos doutrinários fundamentais, O aspecto-chave não é o ano
exato, mas o período. Se, como tudo indica, Tiago foi martirizado em 63 dc., a
epístola obviamente foi escrita antes dessa data.
A
epístola foi destinada a fomentar o viver cristão prático, como era o caso das
seções éticas das cartas de Paulo. Já havia se passado um longo período desde
os primeiros dias da Igreja, e atitudes e práticas corrosivas estavam começando
a aparecer. Tiago fala contra esses males com seriedade e uma severidade santa,
exortando os cristãos em toda parte a permanecerem fiéis aos ensinamentos e
práticas da fé.
Observa-se
com freqüência que Tiago é o livro com uma característica judaica mais marcante
do Novo Testamento. Por causa desse aspecto e por causa da ênfase em um
comportamento piedoso, o livro pode ser comparado à literatura sapiencial do
Antigo Testamento. Devido à sua preocupação com a justiça social, Tiago é
freqüentemente chamado de o Amós do Novo Testamento. Há também nessa epístola
uma similaridade marcante com os ensinamentos de Jesus IM Sermão do Monte. Isso
talvez faça sentido já que Tiago foi criado na mesma família de Jesus e estava
próximo dele durante os anos anteriores ao ministério público do nosso Senhor.
Hayes escreve: “Tiago diz menos acerca do Mestre do que qualquer outro autor do
NT, mas o seu discurso é mais parecido com o do Mestre se comparado ao discurso
dele?
A profunda
preocupação com os resultados práticos da fé cristã parece às vezes torná-lo um
oponente à ênfase de Paulo no que tange à salvação somente pela fé. Foi essa
ênfase de Tiago que fez com que Martinho Lutero denominasse o livro de Tiago de
“epístola de palha”. Mas Lutero estava, errado. A posição de Tiago não é um
ataque à salvação pela fé; ela é um protesto contra a hipocrisia. Tiago quer
que o mundo saiba que a fé é uma forca transformadora. A salvação pela fé
resulta em um viver santo. Isto não contradiz o ensino de Paulo — ele o
complementa. As duas ênfases compreendem as duas facetas de uma fé cristã
completa — redenção e vida santa. Tasker apresenta uma avaliação apropriada da
função singular do livro:
Propósito
e Natureza
Esta
epístola tem um valor especial para o cristão individual durante o que podemos
chamar de segundo estágio do seu progresso como peregrino. Depois de ser levado
a aceitar o evangelho da graça e vir a ter a certeza jubilosa de que é um filho
de Deus redimido, se ele deseja avançar no caminho da santidade, e para que as
implicações éticas da sua nova fé possam ser traduzidas em realidades práticas,
então ele precisa do estímulo e desafio da epístola de Tiago.
O AUTOR, 1.1
As cartas no
primeiro século geralmente iniciavam com o nome do autor, seguido pelo nome do
receptor e uma fórmula de saudação na mesma ordem que aparecem nesta carta. O autor
identificou-se simplesmente como Tiago. Provavelmente, nenhuma outra explicação
era necessária para os cristãos daquela época. Eles logo compreendiam tratar-se
de Tiago de Jerusalém. o reconhecido líder da Igreja.
AS CREDENCIAIS
DO AUTOR.
Com um verdadeiro espírito cristão, Tiago
apresentou-se aos seus leitores, não como o líder da Igreja, mas como servo de
Deus e do Senhor Jesus Cristo.
O termo servo ( doulos) é literalmente um servo ou escravo. O termo
escravo era entendido quando usado em relação ao homem, No entanto, quando esse
termo era usado em relação a Deus, os leitores judeus compreendiam tratar-se de
um adorador.
As vezes trata-se de maneira negativa o fato de Cristo ter sido
mencionado somente três vezes nesta epístola ( 1.1; 2.1;5.8 ). Pode-se
supor que a razão não era um desinteresse por parte de Tiago, mas sim que os
leitores cristãos conheciam o fundamento da sua mensagem. Em todo caso uma
evidente declaração da suprema lealdade cristã na frase de abertura do
apostolo. Servo de Deus era uma frase comum do Antigo Testamento. Tiago
acrescenta a ela a dimensão distintamente neotestamentária — um adorador do
Senhor Jesus Cristo. O autor desta carta é um homem que serve a Deus e aceita a
divindade de Jesus.
OS
RECEPTORES
A carta é endereçada às doze tribos que andam dispersas. Em termos
judaicos as doze tribos significavam Israel como um todo. Da maneira como Tiago
usou o termo, ele referia-se aos cristãos judeus. (Veja Int., “Destino”).
Parece provável que embora Tiago tivesse como foco da sua atenção os judeus
convertidos, estas palavras incluíam todo Israel espiritual, i.e., os cristãos
em toda parte.
A SAUDAÇÃO,
Saúde
(chairein; lit., regozijar-se) era a saudação comum nas cartas do primeiro
século, como foi o caso de Cláudio Lísias a Félix ( At 23.26). Essa forma de
saudação é usada somente mais uma vez no Novo Testamento, na carta de Tiago apos
a assembléia de Jerusalém (At 15.23). Esse fato serve como prova de que Tiago
irmão de Jesus escreveu esta epístola que leva o seu nome.
Sua morte. De acordo com Josefo, historiador, corroborado por Hegesipo, “judeu
cristão”, Tiago morreu apedrejado por ordem do sumo sacerdote Anano. Este,
reunido o Sinédrio, colocou o apóstolo diante do templo e ordenou que ele
negasse que Jesus era o Messias, ante enorme multidão. Tiago, em lugar disso,
bradou que Jesus era “o filho de Deus e juiz do mundo” (Halley). Foi jogado ao
chão, apedrejado e espancado. Agonizante, ele orou como seu irmão, Jesus: “Pai,
perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Seu martírio ocorreu por volta do
ano 62.
Seu exemplo. Esse corajoso servo de Deus, irmão de Jesus, deixou-nos um exemplo
extraordinário de fé e humildade. Sendo irmão do Salvador, nunca se aproveitou
disso para ter privilégios. Pelo contrário, foi humilde e fiel até a morte.
O TEMA DA
EPÍSTOLA DE TIAGO
Embora haja
comentaristas que vêem “as doze tribos dispersas”, como tema principal da
epístola, parece-nos razoável aceitar que o tema principal de Tiago é “a
religião pura”, no seu aspecto prático encontrada em Tg 1.27. Como base nesse
tema, estudaremos alguns aspectos importantes:
1. Com relação a fé. Tiago aponta-nos dois tipos de fé: a
verdadeira e a falsa. A primeira, se manifesta através do amor expresso em
atitudes visíveis e não apenas teóricas ou subjetivas (Tg 2.18); a segunda (a
falsa), se limita à crença interior, egoísta e desprovida de ação (Tg 2.14,
20).
2. Com relação as obras. O apóstolo da fé pragmática ressalta que as
obras importantes, não para a salvação, mas para o testemunho cristão, são as
que resultam da genuína fé em Cristo (Tg 2.22-24).
3. Com relação as epístolas paulinas. Ao longo
dos séculos, há quem procure enfatizar possíveis discrepâncias entre a epístola
de Tiago e as epístolas de Paulo, no que se refere à justificação pela fé ou
pelas obras. Mas não há contradição alguma entre os escritos dos dois
apóstolos. Ambos foram inspirados pelo mesmo Espírito para escreverem as
mensagens enviadas por Deus à Sua Igreja.
A
IMPORTÂNCIA DA EPÍSTOLA DE TIAGO
1. Para os destinatários originais. A epístola
de Tiago foi endereçada, no seu tempo, “às doze tribos que andam dispersas” (Tg
1.1), as quais tratavam-se, não dos israelitas, que professavam o judaísmo, mas
dos judeus convertidos que estavam na diáspora. Aqueles crentes passavam por
sérios problemas:
a) Estavam dispersos (1.1). O pastor, bispo e ancião (presbítero) Tiago
tinha o cuidado denodado com as ovelhas dispersas, pois sabia que elas,
distantes de sua pátria, estavam vivendo a instabilidade dos que se acham longe
do lar. Precisavam de apoio espiritual, ensino, e encorajamento.
b) Estavam passando por tentações (1.2,3). Certamente,
ficaram muito fortalecidos, quando, ao abrirem o pergaminho da epístola de
Tiago, leram, logo no início: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em
várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência”. Que
conselho, que incentivo aos irmãos distantes, na dispersão. Tiago enviou-lhes
uma palavra de encorajamento. Em Pv 25.25, lemos: “Como água fria para uma alma
cansada, assim são as boas-novas de terra remota”.
c) Estavam passando por conflitos entre eles. Havia falta
de sabedoria. O apóstolo mandou dizer-lhes: “E, se algum de vós tem falta de
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto,
e ser-lhe-á dada” (1.5).
d) Estavam passando por crise de integridade. Havia
acepção de pessoas. O seu pastor exortou-os a não fazerem distinção entre os
mais pobres e os ricos, entre eles (Tg 2.1-4).
2. Para os crentes de hoje.
a) Peregrinos e forasteiros. A exemplo dos convertidos no
tempo de Tiago, os crentes em Jesus também estão dispersos pelo mundo, como
“peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2.11a). Da mesma forma, nós hoje como Igreja
do Senhor, estamos, além de dispersos pelo mundo, vivendo sob tentações as mais
pesadas.
b) Conflitos e crises. Há conflitos sérios na cristandade e,
também, de certa forma, uma verdadeira crise de identidade em muitas igrejas,
num embate entre os “marcos antigos” e a modernidade avassaladora.
OS
PROPÓSITOS DA EPÍSTOLA DE TIAGO
1. Encorajar os crentes em suas provações. Os
primeiros cristãos experimentaram provações e tentações as mais diversas. O
Diabo os fustigava com as ameaças do Império Romano; o judaísmo os acusava de
traidores e blasfemos. Tiago escreveu-lhes, exortando-os a terem “grande gozo”
nas tentações, sabendo que “a prova” da fé haveria de produzir paciência (Tg
1.1,2). Esse ensino está de acordo com o que Paulo exorta em Rm 5.3-5.
2. Corrigir doutrinas erradas quanto à salvação. Havia,
entre os destinatários da epístola, dificuldades em entender a justificação,
como aspecto fundamental da salvação. Uns criam que a justificação era somente
pela fé, independente das obras, interpretando os ensinos paulinos (ver Gl
6.16); outros, no entanto, talvez supervalorizavam o sentido das obras. Tiago
escreveu- lhes, colocando “os pontos nos is”.
3. Mostrar o resultado prático da fé. Tiago
mostra que a fé precisa ser vivida, demonstrada, através das obras que dela
resultam, de maneira que os crentes são exortados “a demonstrarem uma fé ativa,
e não uma profissão de fé vazia” (2.14 16).
DESCREVER
O QUE É UM CRISTÃO VERDADEIRO:
1.
Entra em provações, 1.1-12.
2.
Encontra tentações, 1.13-21.
3.
Pratica a Palavra, 1.22-27.
4. Não
faz acepção de pessoas, 2.1-9.
5.
Importa-se em seguir a moral da lei, 2.10-13.
6.
Pratica boas obras, 2.14-26.
7.
Refreia a sua língua, 3.1-18.
8.
Conserva-se separado do mundo, 4,1 T(i,
9. É
firme, 5.7-12.
10.
Vive uma vida rica de oração, 5.13-20. Pelas sentenças, muitas vezes curtas e
interessantes, é apresentado um quadro, onde Tiago alcança o seu alvo, que é
dizer o que é o cristianismo prático.
A FÉ DÁ
FORÇA À FIRMEZA, cap 1:
1. Não somos livres de tentações, vv 2-15.
a.
Pelas circunstâncias exteriores difíceis, somos postos em prova, vv 2-12;
b. Pelo
nosso próprio desejo, seduzidos a pecar, vv 13-15, mas é possível resistir e ficar
firmes.
2. Podemos ter a experiência de que a
Palavra é poder, vv 16-27.
a.
Fez-nos renascer, v 17;
b. É
implantada em nós, v 21;
c. Vai
salvar-nos na tentação (se for praticada);
A FÉ DÁ
FORÇA ÀS BOAS OBRAS,
1. A fé
é morta se não traz consigo obras, vv 1- 17; aqui Tiago indica aquilo que
testifica duma fé morta:
a.
Fazer acepção de pessoas, v 1;
b.
Conduzir ao desprezo os pobres e os símplices, v 6.
2. A fé
viva expressa-se em obras, vv 18-26,
pois não pode ser de outra maneira, de vez que a fé da qual Tiago fala é alguma
coisa que Deus criou pela Palavra. Por isso é urna força que transforma os
homens. Ex: Abraão e Raabe.
A FÉ DÁ
FORÇA PARA QUE A VIDA DIÁRIA SEJA ABENÇOADA, cap 3:
1. Pelo
refreio da nossa língua, vv 1-12. Em sentenças curtas, interessantes, Tiago
fala acerca do que a língua pode causar, não só o mal mas também o bem, se é
que a fé torna-se uma força na vida do homem.
2. Pela
sabedoria que nos caracteriza, vv 13-18, pois isto se torna uma bênção para nós
e para outros, porque a sabedoria é “pacífica, moderada, tratável”, 17.
A FÉ -
UMA FORÇA PARA O CARÁTER SANTIFICADO, cap 4:
1. Ela
não existe sem mais nem menos, vv 1-4; Tiago descreve os grandes males que
podem acontecer onde a fé não é operante: lutas, discussões e desejos.
2. Mas
pode acontecer algo conosco, vv 5-17.
a. Onde
nós nos humilhamos, v 6;
b.
Chegamo-nos a Deus, v 7;
e.
Purificamo-nos, v 8;
d.
Entristecemo-nos e choramos, v 9, para que haja um término do pecado.
A FÉ DÁ
FORÇA A UMA VIDA RICA DE ORAÇÃO, cap 5:
1. Onde
nós esperamos o Senhor, vv 1-12.
a.
Tiago dirige-se primeiramente àqueles que se aproveitam de outras pessoas, vv
1-6;
b.
Depois aos que foram explorados, vv 7-12; ele os exorta a esperar no Senhor,
que vai tratar a causa deles. Pela oração podem ser firmes como Jó.
2.
Contamos com o Senhor, vv 13-20. não somente esperando o que vai fazer quando
vier, mas o que Ele está fazendo agora. Aqui temos a palavra:
a. A
“oração da fé salvará o doente”, v 15; e
b. “a
súplica do justo pode muito”, v 16.
PENSAMENTOS
FUNDAMENTAIS
“A fé
sem obras é morta.” Pode-se dizer que isto é o pensamento principal da carta de
Tiago. Sua apresentação, porém, tem causado preocupação. Parece não estar em
concordância com aquilo que Paulo diz. Podemos, por exemplo, comparar Rm 3.28:
“O
homem é justificado pela fé sem obras da lei”, com Tg 2.24: “Vêdes então que é
pelas obras que,o homem é justificado, e não somente pela fé”; e observamos uma
aparência de contradição.
Entretanto,
podemos mostrar que aquilo que Paulo e Tiago tinham em vista, tem grande
importância para a compreensão. Pode-se dizer que Paulo fala de “obras mortas”,
quer dizer, tudo que o homem mesmo pode produzir. Isto nunca pode salvá-lo.
Tiago, ao contrário, fala da “fé morta”, quer dizer, a fé que inclui aquilo que
achamos por verdade e por isto pode produzir. Aquela fé nunca pode salvar.
Na
realidade tanto Paulo como Tiago são unidos de que nunca podemos ser salvos por
aquilo que nós produzimos - NEM PELA NOSSA FÉ OU NOSSAS OBRAS. Somos
dependentes de que Deus faça alguma coisa, que Ele cria uma fé viva e essa fé
nunca pode ser inativa. Como alguém tenha dito
“Somos
salvos só pela fé,
Mas a
fé nunca é só.”
Tanto
Tiago como Paulo pode assinar abaixo. Temos visto no “conteúdo” desta carta que
“apóstolo das obras” Tiago fala muito da fé. No mesmo tempo podemos constatar
que “apóstolo da fé” Paulo fala muito das obras — assim por ex. em Ef 2.8-10 —
somos salvos — não das obras (v 8) mas para as obras. Depois pode acontecer que
a situação da igreja requer que às vezes acentua mais uma parte .e outras vezes
a outra parte. Talvez isto seja a explicação mais simples “da diferença” entre
Tiago e Paulo.
CONCLUSÃO
A epístola
de Tiago tem ensinamentos práticos para os dias de hoje e um relacionamento
muito estreito com os ensinos de Jesus. Assim, orientações, recomendações e
mandamentos inspirados pelo Espírito Santo, constantes do livro, são de muita
valia para todos os crentes.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico Beacon Tiago
LIÇÕES
BIBLICAS CPAD 1º. TRIMESTRE DE 1999
SINTESE
BIBLICA DO NOVO TESTAMENTO = CARLO JOHANSSON E IVAN HELLSRRON