A
Bondade que Confere Vida
Texto
Áureo = "Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida.
E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna."(1Jo
3.15)
Verdade
Prática - A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de
tirá-la a não ser o próprio Deus.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.20 – 26
INTRODUÇÃO
A bondade é a prática ou expressão da benignidade,
fazer o que é bom. Inclui servir aos outros e ser generoso. Pode ser afável e
forte, mas também implica repreensão e disciplina com a finalidade de conduzir
ao arrependimento e ao perdão. Bondade denota serviço ou ministério em favor do
próximo, um espírito de generosidade colocado em prática, concernente a servir
e a doar (Romanos 15.14/ 2 Tessalonicenses 1.11).
É o resultado natural da benignidade, a manifestação
da ternura, compaixão e brandura. A benignidade é o sentimento que nos destaca,
ao passo que a bondade é a atitude que nos destaca. Se entendermos que
benignidade é uma qualidade, bondade é a prática de um coração benigno. Quando
os frutos da bondade e da benignidade são desenvolvidos em nós, contemplamos as
pessoas com o olhar divino e alcançamo-las através do amor de Deus manifestado
em nós.
Nosso serviço é conduzir as pessoas a conhecer Jesus
Cristo como seu Salvador pessoal e atender às necessidades que porventura
possam ter. Isso implica ser companheiro, oferecer hospitalidade, ajudar com os
problemas, encorajar e, acima de tudo, demonstrar amor. Deus é a Fonte da
bondade, porque Ele é bom (1 Crônicas 16.34/ 2 Crônicas 5.13; 7.3/ Esdras 3.11/
Salmos 33.5; 100.5; 106.1; 107.1,8,15,21,31; 118.1; 136.1/ Jeremias 33.11/ Naum
1.7/ Marcos 10.17,18/ Romanos 2.4).
O Espírito Santo transmite essa virtude como um
fruto, para que cada um, do bom tesouro do seu coração, possa tirar o bem
(Lucas 6.45/ Efésios 5.9).
Barnabé foi cheio do Espírito Santo e, por isso, se
tornou um homem bom (Atos 11.24).
Diante da eternidade será manifestado o fato de que
Deus dá valor à bondade (Mateus 25.23).
O homem bom, que serve aos outros, é rico, embora
lhe falte bens materiais. Certamente esta era a situação dos cristãos na igreja
de Esmirna (Apocalipse 2.9) e nas igrejas da Macedônia (2 Coríntios 8.1-3).
Conforme está descrito no texto bíblico precedente,
uma característica distintiva da bondade cristã é a generosidade (2 Coríntios
9.6-12).
Segundo a Bíblia, Deus abençoa os que ajudam os
pobres e necessitados (Deuteronômio 15.10,11).
Os dízimos e as ofertas do crente são um modo de
reconhecermos a Soberania de Deus sobre nossa vida e bens, inclusive o
dinheiro. A entrega dos dízimos e ofertas demonstra o que está em nosso
coração, ou seja, desprendimento das coisas temporais (Mateus 6.19-21).
Devemos tratar os outros da mesma maneira que Deus
nos trata, com misericórdia e graça (Colossenses 3.12,13/ Efésios 4.32).
Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, que
perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente
merece (confere: Mateus 20.1-16).
Deus é generoso para conosco, assim, podemos ser
generosos para com os outros. Estar em Cristo exige que sejamos pessoas boas,
tenhamos intenções boas e pratiquemos boas obras. Não praticamos boas obras
para ser salvos, e sim por já ser salvos. A salvação é adquirida mediante a fé
no sacrifício vicário de Cristo, e não por causa de nossa bondade e santidade
(Efésios 2.8).
Contudo, como cristãos, devemos refletir o caráter
de Cristo através da manifestação do fruto do Espírito produzido em nós. Não
somos salvos por meio das boas obras, mas, para praticá-las. Por nossas boas
ações somos identificados como filhos de Deus e Este é glorificado (2
Tessalonicenses 1.11,12).
Nossas boas obras devem ser feitas de forma a não
chamar a atenção, para que não sejam feitas como para agradar aos homens, mas a
Deus. A discrição na realização das boas obras agrada a Deus, motivo pelo qual
podemos esperar dEle a retribuição (Mateus 6.2-4).
A
BONDADE DE DEUS
O Salmo 33.5
diz que a terra está cheia da bondade de Deus. Esta bondade está presente na
Sua criação.
O universo
reflete a bondade de Deus. Eu gosto de ler as páginas sobre ciência nos jornais
e revistas. Um dos temas que me fascina é a idade do cosmos. A cada dia aparece
uma teoria nova, dando alguns bilhões a mais ou a menos para o nosso mundo. A
sabedoria bíblica fala que tudo começou “no princípio”. Os astrônomos querem
datá-lo. Por isto, de vez em quando eles fotografam alguma estrela nascendo. É
fascinante saber que ela está onde está há alguns bilhões de anos, mas só agora
conseguimos fotografá-la porque só agora a sua luz pôde ser captada por algum
telescópio gigante espionando o cosmos. Nós sabemos pouco sobre o cosmos, mas o
pouco que sabemos mostra que nele está presente a bondade de Deus, bondade
ordenadora, bondade harmonizadora.
O ser humano
reflete a bondade de Deus. Alguns biólogos têm procurado uma explicação para a
natureza humana. Contra a corrente dos que acham que os genes são egoístas,
Matt Ridley escreveu um livro para mostrar um paradoxo: os genes, embora
egoístas, são solidários para que possam sobreviver.
O debate entre esses autores apenas confirma que a
biologia não pode explicar a natureza humana, senão parcialmente. Recentemente,
o mundo assistiu a frustração dos geneticistas encarregados de mapear os
genomas humanos; sua conclusão foi patética: ainda não dá para entender a
natureza humana. Nós sabemos pouco sobre a natureza humana, mas o pouco que
sabemos mostra que nela está presente a bondade de Deus, bondade que injeta no
homem o desejo de ser bom.
É por isto
que o Espírito Santo produz bondade. Ele produz algo que a natureza humana
deseja, mas não consegue produzir por si só. Deus, portanto, está presente no
desejo do bem e está presente na capacitação para a prática deste bem.
Este desejo
humano é uma decorrência da bondade de Deus. A Bíblia afirma a sua bondade como
algo que dura para sempre (Salmos 106.1; 107.1; 118.1; 136.1; Jeremias 33.11).
Diz mais ainda a Bíblia, agora pela boca do Filho Jesus Cristo, que só Deus é
bom (Marcos 10.18; cf. Lucas 18.19) Só produzimos o bem pela presença do
Espírito conosco. Fora dEle, nossa inclinação é para o caos, não para a beleza;
é para a maldade, não para a bondade. O caos e a maldade são naturais; a beleza
e a bondade são espirituais.
Estamos sendo naturais ou espirituais?
A
BONDADE HUMANA O apóstolo Paulo apresenta três
sinônimos para fruto do Espírito que guardam relação muito próxima entre si.
Conquanto todas sejam produções do Espírito em nós e por nosso intermédio, são
expressões com sentidos complementares mas distintos. São elas: amor,
benignidade e bondade. O amor é um sentimento a ser aprendido e que se
caracteriza pela entrega incondicional sem espera pelo troco.
A benignidade é a qualidade que uma pessoa tem de
fazer com que os outros se sintam à vontade em sua presença; tem a ver,
portanto, com empatia e simpatia.
A bondade é uma virtude interior que inunda todas as
ações. A mais perfeita ilustração bíblica para a bondade é a parábola contada
por Jesus acerca de um homem caído. Por ele passaram várias pessoas, entre elas
duas que não eram boas. No interior deles não havia nada que as impelisse em
direção àquele viajante caído e abandonado. Por ele, no entanto, passou uma
pessoa boa. Sua bondade abafou-lhe a lógica, segundo a qual a imprudência
daquele merecia ser punida como fora. Sua bondade libertou-lhe do medo das
conseqüências e dos custos do seu gesto. Sua bondade livrou-lhe do sentimento
de impotência diante de um quadro tão grave. Sua bondade falou mais alto que
seus afazeres e seus compromissos. Os dois viajantes deram o que tinham para
dar: nada, porque não eram bons. O terceiro viajante deu o que tinha para dar.
Há muitos crentes se comportando como os dois
primeiros viajantes. Há muitos crentes que tocam suas vidas num plano apenas
natural, sem produzir o fruto espiritual da bondade. Crente cansado de ser bom
é crente que abafou o Espírito Santo na sua vida.
Ao contrário, a bondade deve estar presente nos Seus
filhos. Nossa tarefa, como seres habitados pelo Espírito Santo, é encher a
terra de bondade. Se não o fizermos, o mundo não terá como ver a bondade de
Deus.
A
NOSSA BONDADE VEM DA PARTE DE DEUS
Pelo Espírito
Santo, podemos produzir bondade, embora não sejamos bons.
1.
Produzimos bondade quando reconhecemos a bondade de Deus, que nele significa
perfeição absoluta e generosidade completa. Este
reconhecimento implica que este é o padrão que buscamos para nós mesmos. Se
queremos produzir bondade, precisamos meditar na bondade de Deus. O nosso
louvor deve ser parte desta contemplação. Quando exaltamos a Deus, contemplamos
a Sua bondade. Diante dela, eis o que nos cabe fazer: meditar nela, esperando
que ela nos penetre.
2.
Produzimos bondade quando reconhecemos que a bondade Deus nos alcançou e nos
alcança. Quando achamos que somos o que somos porque somos
esforçados, não produzimos bondade. Ao contrário, quando nos lembramos que é a
bondade de Deus que permite que estejamos vivos e ativos (Lamentações 3.22),
nosso compromisso muda. Quando recordamos que Ele nunca se cansou de nós, nem
se cansa de nós, nossa disposição muda.
3.
Produzimos bondade quando deixamos de nos considerar os crentes-padrões.
A nosso respeito, o apóstolo Paulo traça um retrato arrasador. Eu tomo o que
ele escreveu sobre os judeus, porque se aplica completamente aos cristãos:
Se, porém, tu, que tens por sobrenome cristãos;
repousas no evangelho; te glórias em Deus; conheces a sua vontade e aprovas as
coisas excelentes, sendo instruído no evangelho; estás persuadido de que és
guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutor de ignorantes, mestre de crianças,
tendo no evangelho a forma da sabedoria e da verdade; porque (....) não te
ensinas a ti mesmo? Por que tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Por
que dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Por qe abominas os ídolos
e lhes roubas os templos? Por que tu, que te glórias na lei, desonras a Deus
pela transgressão da lei? (Romanos 2.17-23)
O moralista tem dois pesos: um para si mesmo,
brandíssimo, e outro para o próximo: severíssimo. O moralista produz justiça
para os outros, nunca bondade, a não ser para si mesmo; bondade para si mesmo
não é bondade, é auto-indulgência.
4.
Produzimos bondade quando temos interesse em perfumar a terra com ela.
Podemos pensar as nossas vidas como sendo frascos de perfume. Enquanto o perfume
está fechado, não passa de um frasco de perfume. Ninguém sabe qual é o seu
cheiro. Às vezes, o frasco é lindo. Às vezes, a marca é charmosa. Há muitos
cristãos-frascos. Precisamos ser cristãos-perfumes.
Quando queremos perfumar a terra, nós nos desencapsulamos,
nós nos desenfrascamos. É assim que damos o fruto da bondade. Se nos
contentamos em ficar fechados em nós mesmos, não produzimos bondade.
II
– HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO PRÓXIMO
1.
NÃO MATARÁS
O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, é a
coroa da criação e o representante de Deus na terra investido de autoridade
sobre as demais criaturas (Gn 1.26, 27; SI 8.5, 6). Todos os seres humanos são
irmãos porque vieram de um só casal e têm o mesmo sangue (At 17.26). O respeito
à vida é o respeito a Deus. A primeira tábua do Decálogo se refere à santidade
de Deus, e a segunda, à santidade da vida. O sexto mandamento inicia a série de
proibições absolutas expressas com duas palavras num ritmo lógico. Começa com a
proteção da vida, o bem maior e inalienável, em seguida vem a proteção da
família, a célula mater da sociedade; depois aparece a proteção da propriedade,
dos bens e da honra.
O respeito à vida é o princípio dos deveres para com
o próximo, a ordem divina de amar o próximo como Jesus nos amou (Jo 13.34).
"Não matarás” proíbe o homicídio e os pecados vinculados à violência, tais
como "o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça
pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos
meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o
ódio, a inveja, o desejo de vingança"
2.
ABORTO, A MORTE DE UM INOCENTE INDEFESO
Aborto:
Uma Perspectiva Bíblica. No Brasil, como em muitos outros
países, a palavra "aborto" provoca fortes reações e gera discussão
acalorada. Legisladores e juízes convocam testemunhas "peritas"
(médicos, psicólogos, teólogos, etc.) para influenciar a política pública.
Casos extremos, tais como a gravidez de jovens vítimas de estupro, são usados
para injetar um alto nível de simpatia emocional nas discussões.
Mas esta não é uma mera questão emocional ou legal.
Não podemos confiar nas autoridades do governo para decidir o que é certo e o
que é errado em questões que envolvem a vontade de Deus. Governos humanos estão
longe de serem perfeitos, e freqüentemente permitem coisas que Deus proíbe.
Precisamos seguir o exemplo de Pedro e dos outros apóstolos: "Antes,
importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29).
Como deve ver o aborto uma pessoa que respeita a
Deus e quer obedecê-lo? Será o aborto uma opção aceitável para resolver os
problemas de gravidez indesejada? Será que os princípios bíblicos defendem o
direito de uma mulher escolher o aborto?
Deus
faz uma distinção
Desde a Criação, Deus fez uma distinção entre as
diferentes formas de vida. Ele criou as plantas e os animais, e depois criou o
homem. Este era claramente distinto das outras formas de vida pelo menos de
duas maneiras: 1. o homem foi feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27), e 2. o
homem foi colocado acima de todas as outras formas de vida que Deus tinha
criado na terra (Gênesis 1:28-30). Isso incluiu o direito do homem matar e
comer plantas e animais (Gênesis 1:29-30; 9:2-3). Observe que o homem mata com
permissão. Podemos matar uma bananeira, um frango ou uma vaca porque Deus nos
deu permissão para matá-los.
Deus não nos deu permissão para matar seres humanos.
Enquanto ele usa governos humanos para punir os malfeitores, especialmente os
assassinos (Romanos 13:1-7; Gênesis 9:6), ele nunca deu para nós o direito de
matar seres humanos inocentes.
Para defender biblicamente o ato de uma mulher e seu
médico de tirar a vida de uma criança ainda não nascida, a pessoa teria que
provar que ela é uma planta ou um animal, e não uma vida humana. Todas as
espécies criadas se reproduzem segundo sua espécie (Gênesis 1:11-12,21,25,28).
Sementes de maçã produzem macieiras. Cães produzem cães. Humanos produzem
humanos. É impossível colocar um humano não nascido em alguma das categorias de
vida que Deus nos permitiu matar. É nos permitido matar porcos inocentes, porém
não humanos inocentes.
Debates sobre o aborto freqüentemente agitam esta
questão, e as águas estão turvas pelos argumentos filosóficos e médicos. Alguns
sugerem que a vida começa quando o feto é "viável" ou capaz de
sobreviver fora do útero. Mas uma tal definição é artificial e está
constantemente se alterando. Mesmo depois do nascimento, um recém-nascido é
totalmente dependente da proteção e do cuidado de outros. Outras pessoas
sugerem que a vida começa com a primeira respiração. É verdade que a vida de
Adão começou deste modo (Gênesis 2:7) e que os corpos ressuscitados foram
considerados vivos quando o espírito respirou sobre eles e eles se levantaram
(Ezequiel 37:8-10; Apocalipse 11:11). Mas esses fatos não provam que uma
criança ainda não nascida (Adão nunca foi um feto) não esteja viva, ou que Deus
não reconhece o seu valor.1 Não podemos usar o caso excepcional da criação de
Adão para justificar a matança de seus inocentes descendentes!
Aqueles que buscam indicações bíblicas para o começo
da vida deverão considerar também o princípio em Gênesis 9:4 de que a vida está
no sangue. Ao tempo em que a maioria das mulheres conseguem confirmar que estão
grávidas, o sangue já está circulando no corpo do filho ainda não nascido. Deus
não autoriza a mãe nem a ninguém a derramar o sangue dessa criança inocente.
É interessante observar o modo como são descritas na
Bíblia as crianças em gestação. Dois fatos notáveis se tornam evidentes: A
linguagem usada para descrever a criança não nascida é a mesma usada para
descrever a criança humana já nascida (veja Gênesis 25:21-22; Jó 3:3; Lucas
1:36 ,41,44,57; 2:7,12; Atos 7:29; etc.).
Tentativas modernas de desumanizar as crianças em
gestação referindo-se a elas como meras massas de tecidos ou fetos impessoais
não são baseadas em princípios bíblicos. Deus reconheceu a importância das crianças
desde antes de nascer. Ele freqüentemente falou sobre pessoas que foram
escolhidas, mesmo antes do nascimento, para papéis especiais no serviços dele
(Salmo 139:13-16; Isaías 49:1, 5; Jeremias 1:5; Gálatas 1:15).
Não há apoio bíblico para a idéia de que a vida de
uma criança no útero possa ser destruída como se fosse nada mais do que um
animal ou planta.
A vasta maioria dos abortos é feita por motivos
inegavelmente egoístas. O grito de guerra dos que são favoráveis ao aborto
reflete claramente uma devoção idólatra ao suposto direito da mulher de
"livre escolha". É o corpo dela, eles insistem, assim ela teria
direito de decidir abortar ou não. Este não é o lema de preocupação amorosa e
desprendida pelos outros (a criança não tem escolha!). É a divisa das pessoas
egoístas que colocam sua liberdade sexual, progresso na carreira, segurança
financeira ou sua própria saúde acima do bem-estar da criança que está no
útero. Uma vez que ela concebeu, seus interesses egoístas devem dar lugar ao
amor materno.
Ela deve buscar o que é melhor para seu filho, e não
para si. A mulher que mata seu filho demonstra egoísmo e uma falta de afeição
natural, sinais claros de inimizade com Deus (2 Timóteo 3:2-5). A mulher que
ama a Deus também amará seus filhos (Tito 2:4).
Durante décadas, os defensores do aborto têm usado
casos emocionais para abrir as comportas e permitir o aborto ilimitado. O caso
jurídico mais famoso até hoje2 foi baseado no testemunho de uma mulher que mais
tarde admitiu que tinha mentido sob juramento, dizendo que tinha concebido como
resultado de estupro. O fato foi que ela havia cometido fornicação e então
queria matar o filho que tinha concebido.
Mas, ocasionalmente, há um caso real de uma vítima
de estupro ou incesto que procura abortar. A pesquisa tem documentado que todos
esses casos extremos (estupro, incesto, risco à vida da mãe, defeitos natos
sérios) respondem por uma pequena porcentagem (provavelmente menos de 2%) de
todos os abortos.3 Estupro e incesto são errados e os criminosos deverão ser punidos.
Mas antes de nos atirarmos a uma conclusão emocional que justifique a matança
de crianças antes do nascimento, considere como tais justificações são ilógicas
e contra a ética.
Suponhamos que alguém que você nem conhece invada
sua casa e roube seu aparelho de televisão. Você teria, então, o direito de
invadir a propriedade de seu vizinho e roubar o carro dele? Claro que não! A
pessoa que roubou seu televisor cometeu crime contra você. Isto não lhe dá o
direito de prejudicar seu vizinho inocente. Estupradores cometem um crime
terrível contra mulheres e meninas inocentes. Isto, contudo, não justifica a
matança de crianças inocentes.
Crianças mortas não são as únicas vítimas de aborto.
Aqueles que tomam e executam a decisão de tirar vida inocente (mães, amigos e
membros da família, namorados, médicos, etc.) sofrem muito tempo depois que o
ato é praticado.
Primeiro, têm que enfrentar o sofrimento espiritual
de saber, apesar de todas as racionalizações e justificações, que o que fizeram
era errado. Somente o arrependimento genuíno e submissão a Deus pode curar o
dano espiritual feito em um aborto. Segundo, o aborto quase sempre causa
problemas emocionais duradouros na vida daqueles que se envolveram,
especialmente a mãe que nunca esquece da criança que ela resolveu matar. A
pesquisa tem mostrado que os abortos freqüentemente causam problemas
psicológicos severos, tanto imediatos como duradouros.
O
perdão é possível?
O trauma após o aborto é freqüentemente tão severo
que a mulher ou seus cúmplices sentem-se imperdoáveis. É óbvio que não podemos
desfazer os erros do passado. Mas o remorso que sentimos pelos pecados passados
não precisa destruir o futuro. Não podemos ignorar o que fizemos ou
simplesmente esquecê-lo.
Precisamos voltar-nos para Deus e resolver o problema
com seu auxílio: "Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento
para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz
morte" (2 Coríntios 7:10). Deus quer perdoar. Precisamos querer voltar
humildemente para ele para receber perdão de acordo com os termos que ele
determinou. Nosso alívio pode ser encontrado no mesmo lugar em que Paulo
encontrou perdão depois de levar inocentes cristãos à morte: "Desventurado
homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus
Cristo, nosso Senhor" (Romanos 7:24-25).
O
Primeiro Homicídio
Com certeza, a morte de Abel pela mão do seu próprio
irmão, Caim, se tornou um dos crimes mais conhecidos de toda a história.
Milhares de anos depois, ainda perguntamos quantos outros assassinatos teriam
sido evitados se os infratores tivessem aprendido as lições importantes que
esse caso ensina.
Caim e Abel foram os primeiros dois filhos de Adão e
Eva. Cresceram e aprenderam trabalhar. Caim cultivava os campos enquanto Abel
cuidava de ovelhas. Aprenderam, também, da importância de servir ao Senhor:
“Aconteceu que nos fins de uns tempos trouxe Caim do
fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do
seu rebanho e da gordura deste” (Gênesis 4:3-4). As informações aqui não
respondem a todas as nossas curiosidades. Mais tarde, Deus daria orientações
para seus seguidores a fazerem ofertas – tanto de plantas como de animais –
então é difícil concluir que isso seria uma distinção crítica no caso de Caim e
Abel. A palavra “primícias” pode ser outra dica, pois Deus sempre pediu o
melhor do homem. Pode ser que Abel ofereceu o melhor do seu rebanho enquanto
Caim mostrou menos capricho na seleção do fruto do campo que ele ofereceu. Com
certeza, houve alguma outra comunicação anterior sobre a vontade de Deus, e
Abel deu mais importância às instruções do que fez seu irmão. A consequência?
“Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua
oferta não se agradou” (Gênesis 4:4-5).
Uma situação ruim ficou muito pior. Caim deveria ter
se preocupado com sua relação com Deus, procurando corrigir seu erro para ser
aceito pelo Senhor. Ao invés de fazer a modificação necessária no seu
comportamento, ele ficou bravo e deprimido: “Irou-se, pois, sobremaneira, Caim,
e descaiu-lhe o semblante” (Gênesis 4:5). Quando nossas falhas se tornam motivo
de nos retrair e resmungar sem procurar melhorar, perdemos uma grande
oportunidade para crescer.
Deus ainda foi paciente com Caim, e tentou ensinar a
lição necessária: “Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que
descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se,
todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra
ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4:6-7). Deus disse que ainda tinha como
tomar o caminho certo para ser aprovado. Não há nenhum tom de condenação, e sim
um aviso para prevenir sofrimento evitável. Deus não procura pegar o homem nos
seus fracassos; ele deseja que todos alcancem a vida na sua presença. Ele
continua sendo paciente por esse mesmo motivo (2 Pedro 3:9).
Caim não admitiu que o obstáculo à sua felicidade
estava dentro dele. Ele focalizou sua ira no irmão inocente: “Disse Caim a
Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou
Caim contra Abel, seu irmão, e o matou” (Gênesis 4:8). Resolveu o que? O
problema não estava em Abel, e não morreu com Abel. E seu problema com Deus
ficou bem mais complicado, por dois motivos: (1) Matou um ser humano, uma criatura
feita à imagem de Deus (Gênesis 9:6), e (2) Quando perguntado, Caim mentiu
diretamente para Deus, que conhece até os pensamentos do coração (Gênesis 4:9).
As consequências? Deus ainda foi misericordioso,
pois deixou esse assassino viver. Mas Caim foi condenado à vida de um fugitivo,
e seu nome foi lembrado por toda a história pelo grande crime que cometeu.
Não é somente no caso de homicídio que esse caso nos
instrui. Devemos prestar atenção nas instruções de Deus para podermos
agradá-lo. Quando falhamos, precisamos aprender do erro e corrigi-lo. Deus é
paciente, mas não devemos desperdiçar as oportunidades que ele nos dá. Nunca
devemos tentar culpar os outros, e jamais devemos atribuir alguma falha a Deus.
Todos nós enfrentamos o mesmo desafio que ficou diante de Caim. Podemos
proceder bem ou mal. O pecado deseja nos dominar, mas devemos e podemos
dominá-lo.
III
– SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS
1.
SERVINDO AO OUTRO COMO AMOR.
Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também
Cristo nos acolheu para a glória de Deus. (Rm 15:7).
Em busca de uma conduta cristã mais correta, alguns
irmãos criam regras extra-bíblicas para seguir e, infelizmente, passam a
desprezar seus próprios companheiros de fé, considerando-se melhores ou mesmo
julgando que os padrões daqueles sejam menos criteriosos que os seus. Os
outros, por sua vez, julgam estes irmãos como legalistas ou radicais. Não há
nada mais prejudicial à união do corpo de Cristo que este tipo de divisão
interna, marcada por julgamentos e por uma falsa espiritualidade. Neste estudo
abordaremos a importância da aceitação entre os irmãos a despeito de suas
diferenças.
Para entendermos a razão de Paulo insistir com os
irmãos que aceitassem uns aos outros, precisamos verificar o contexto em que
tal orientação se encontra. Este assunto começou no capítulo 14, e, quando
lemos o texto, vemos que os irmãos da igreja de Roma vinham discordando entre
si por questões secundárias, ou seja, não referentes aos mandamentos. Ao longo
do capítulo, Paulo procura exortar aos irmãos a que não criticassem ou
julgassem seus companheiros na fé e conclui o ensinamento no texto destacado
acima de Romanos 15, versículo 7. Veremos, então, a explicação para tal
conselho do apóstolo.
Aceitar as diferenças. Este é o procedimento
adequado: O texto básico diz: ... acolhei-vos uns aos outros. A palavra grega
traduzida pelos verbos acolher, receber ou aceitar é proslambano e significa
tomar como companheiro, receber em casa, conceder acesso ao coração, acolher em
amizade. O acolhimento que Paulo ensina visa à unidade da igreja e à aceitação
entre membros. Numa mesma comunidade cristã, sempre haverá diferenças entre os
irmãos; entretanto, estas não devem ser relacionadas a doutrinas, ou seja,
aquilo que Deus deixou claro como padrão. As diferenças normalmente estão
relacionadas a tradições ou preferências pessoais. Este era o problema da
igreja de Roma.
A igreja era composta por judeus e gentios
convertidos a Jesus. Os judeus, os quais Paulo chama de fracos na fé, não
compravam carne, porque seguidores de outras religiões ofereciam-nas aos seus
ídolos e, depois, colocavam-nas à venda. Sendo assim, só se alimentavam de
vegetais, pois criam que, se ingerissem carne consagrada, fariam participação
na idolatria. Ainda queriam impor aos gentios a participação nas festas,
feriados e jejuns.
E os gentios, que são chamados de fortes na fé,
sabiam que não havia problema em comer as carnes de animais limpos oferecidas,
pois o ídolo em si não é nada. Isso não significa que os cristãos gentios iam
ao templo pagão participar da mesa deles e comprar carnes. O fato é que, no
mercado da cidade, a carne comercializada era oferecida aos ídolos primeiro,
pois os comerciantes eram idólatras. Sobre as datas da tradição judaica,
compreendiam que, com a morte de Cristo, estas perderam seu significado na
cruz. A discussão não tem relação com a abstinência de carnes imundas de Levítico
11, nem com o sábado.
Havia desprezo de ambos os grupos devido à
intolerância com os graus de maturidade espiritual. Paulo ensina que essas
questões secundárias não deveriam ser motivo de brigas e julgamentos, mas
insiste em que a falta de tolerância é considerada pecado, diante de Deus, pois
ameaça a unidade.
O ideal é que pessoas maduras na fé suportem as
imaturas, compreendendo suas limitações e encorajando-as ao crescimento. As
imaturas não devem julgar as maduras pelo seu procedimento. O conhecimento do
forte leva à aceitação e não ao desprezo. [1] A responsabilidade é de ambas as
partes, pois devem visar à união do corpo de Cristo. O verdadeiro amor implica
aceitação. Quem aceita, preserva a comunhão. Assim como havia diferentes grupos
entre os cristãos de Roma, hoje temos também, em nossas igrejas, grupos
distintos, tais como: os jovens, os mais velhos, os mais tradicionais, os que
gostam de orar mais etc. Isso pode gerar conflitos, diferença de opiniões e
choque de preferências. A aceitação é a solução correta apontada pela Bíblia.
2.
AJUDANDO O FERIDO
O
bom Samaritano (Lucas 10. 30-35)
A parábola do Bom Samaritano é muito conhecida e
muito comum. Nos dias de hoje encontrarmos instituições de caridade, hospitais,
asilos e orfanatos que usam este nome: “O Bom Samaritano”. Inclusive, em
Israel, no caminho de Jerusalém para Jericó, existe um hotel para os turistas
que viajam à Terra Santa se hospedarem chamado Hospedaria do Bom Samaritano.
E Jesus, nesta ocasião do versículo acima, estava
indo para Jerusalém quando de repente foi questionado por um intérprete da Lei
que lhe indagava: “E quem é o meu próximo”. E Jesus começou a dizer: “Um certo
homem descia de Jerusalém para Jericó...”. Esta estrada que levava as pessoas
de uma cidade a outra tinha 28 Km de distância.
E ela era conhecida como o “Caminho de Sangue” por
causa da insegurança e dos assaltos que eram freqüentes naquele lugar. O
caminho sinuoso, pedregoso, que ia de Jerusalém a Jericó, em apenas 28km descia
mil metros. Jericó, uma das mais velhas cidades do mundo, está a 350 m abaixo
do nível do mar, formando um oásis numa região desértica.
O caminho entre Jericó e Jerusalém era conhecido
pelos assaltos. O deserto, as cavernas e gargantas facilitavam o esconderijo e
a fuga. O caminho era bastante usado, por ser, então, a única subida do vale do
Jordão para a Cidade Santa. Negócios, obrigações legais e religiosas faziam
movimentar a estrada perigosa, onde os viajantes costumavam subir ou descer em
grupos, para se protegerem. Muitos sacerdotes que prestavam serviços no templo
de Jerusalém, moravam em Jericó, assim como os levitas, que eram os serviçais e
cantores do templo.
Este homem que descia para Jericó, Jesus não fala
acerca da sua nacionalidade, da sua raça, se era branco ou negro, se era rico
ou pobre. Este homem de repente se viu numa emboscada, caindo nas mãos dos
salteadores, foi sem piedade assaltado e, reagindo ao assalto ele foi
espancado; roubaram-lhe todos os seus pertences, o feriram bastante e o
deixaram como morto aos trapos à beira do caminho.
A lição de Jesus está em dizer que a misericórdia
exige que se deixe de lado o bem-estar pessoal para socorrer um necessitado.
Noutra ocasião, Jesus foi ainda mais explícito, citando o profeta Oséias:
“Quero misericórdia e não sacrifícios”. Mt 9:13/Mt 12:7
Quem perguntou sobre o infeliz que caiu nas mãos dos
ladrões foi um doutor da lei, portanto, um judeu. E os judeus restringiam muito
os que podiam ser denominados próximo: eram só familiares, os que tinham o
mesmo sangue, os compatriotas observantes da Lei Mosaica, os pagãos que
adotassem as leis, a fé e as tradições judaicas, desde que circuncidados.
Ficavam expressamente excluídos os estrangeiros, os que trabalhavam para
estrangeiros, os inimigos de qualquer espécie, a plebe ignorante, os que
exerciam certas profissões que facilitavam a impureza legal - a pesca, o
pastoreio, o curtimento de couros -, os pobres e os leprosos. A lição de Jesus
é clara e inovadora, de maneira forte: a misericórdia não tem fronteiras
religiosas, geográficas ou de sangue. A misericórdia não faz restrições, ela é
obrigação de todos. Tg2:13/Cl 3:12
O semi-morto é um desconhecido, um anônimo, mas um
ser humano. Quem o atende é um samaritano que, para o doutor da lei, é
estrangeiro, inimigo e pecador. O homem desprezado pelo escriba é apresentado
por Jesus como exemplo de misericórdia, porque socorreu um irmão necessitado,
sem saber quem era, sem medir perigos e conseqüências. Assim deve ser o
verdadeiro discípulo de Jesus na nova comunidade. A dureza de coração e a supremacia
dos interesses pessoais, mesmo se sagrados, devem ceder lugar à misericórdia. O
próprio Jesus é o grande modelo: deixou seu LUGAR DE GLÓRIA para recolher e
curar o ser humano assaltado pela força do mal e deixado ferido à beira da
estrada da vida.1 Jo 3:17
Se vemos Jesus figurado no samaritano, podemos dizer
que Jesus é o modelo perfeito do verdadeiro discípulo.
Mas vamos agora interpretar esta parábola do Senhor
Jesus. Nós falamos do Homem à beira do caminho, ferido, impotente, incapaz de
conseguir sozinho a sua salvação. Este é o pecador, éramos nós antes de
conhecermos a Jesus.
Os salteadores são os demônios e os seus anjos, que
querem matar, roubar e destruir;
O sacerdote e o levita representam a Lei, a velha
aliança; e a Lei e a velha aliança não salvam ninguém. Vivemos, graças a Deus,
no tempo da graça;
O samaritano é Jesus;
O óleo é o Espírito Santo;
O vinho é o sangue de Jesus que cura o pecador;
A hospedaria é a igreja;
As duas moedas são os dois mandamentos:
1º
Mandamento: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e todas as tuas
forças".
2º
Mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
O dono da hospedaria é Deus!
3.
AJUDANDO OS IRMÃOS
Todos os membros de uma família mutuamente precisam
ser ajudados, o texto escrito por Paulo aos Gálatas manifesta isso muito claro,
principalmente os membros da família cristã, pois o que assim não perpetra é
pior que o infiel “Porém aquele que não cuida dos seus parentes, especialmente
dos da sua própria família, negou a fé e é pior do que os que não crêem.” (I Tm
5.8). “A vida controlada pelo Espírito de Deus produz harmonia e unidade na
comunidade cristã.” (Fp 2.3,4).
Necessariamente devemos ajudar as outras pessoas,
embora que essa ajuda nem sempre seja financeira, mas também com atitudes e
ações que as auxiliem, às vezes são mais importantes que o dinheiro, por
exemplo, a cooperação dos irmãos para com o Apóstolo Paulo durante o seu
ministério (Rm 16.4; Fp 1.5; 2Tm 1.16).
CONCLUSÃO:
Devemos ser gentis com àqueles que estão a nossa
volta, principalmente com os nossos irmãos na fé ( Gl 6.9,10). A bondade deve
ser estimulada entre os cristãos ( Hb 10.24); não basta apenas ser benigno,
mais sim, colocar em prática a nossa disposição em fazer o bem; muitos ficam
apenas na vontade! O homem bondoso receberá a benção do Senhor ( Pv 22.9 )
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Setor I - Em Dourados – MS
Bibliografia
http://mensagensdevalor.blogspot.com.br
A BONDADE
QUE CONFERE VIDA
TEXTO
ÁUREO - “Eu próprio, meus irmãos,
certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios
de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.” (Rm 15.14)
VERDADE
APLICADA - Bondade é a capacidade de
praticar o bem, sem expectativa de recompensa.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
► ENSINAR como praticar a bondade;
► REVELAR o que fazer para desfrutar da bondade de Deus;
► MOSTRAR o quanto é bom abrir mão do nosso eu.
TEXTOS
BIBLICO - EFESIOS 5: 9, -rOMANOS 15:2, - eFESIOS 4:28, SALMOS 145: 6-7
1.
FAZENDO O BEM E DESPREZANDO O MAL
Ao
praticar o bem e desprezar o mal, podemos ter a certeza de que, mais cedo ou
mais tarde, essa oportunidade de fazer o bem a alguém, que não desperdiçamos,
retornará na forma de alguma bondade, na forma de alguma bênção, ainda que
disfarçada ou ocorrida de forma totalmente inesperada. Façamos o bem apenas
pela gratidão de fazer o bem, e não esperando algo em troca. Essa troca, não
devemos nos preocupar, ela virá, porque a lei do retorno é certa. (GL 6.7).
1.1. Um ato de bondade transforma
uma vida
Demonstrar
com atitudes a bondade a alguém, faz com certeza com que as pessoas se sintam
melhor, a
bondade pode acalentar o coração de todos os envolvidos, mesmo se sua bondade
não for valorizada, isso não significa que demonstrá-la seja perda de tempo,
ela tem grande valor aos olhos de Deus. A Bíblia nos garante que, quando
mostramos bondade a outros, é como se estivéssemos emprestando a Deus (Pv
19.17).
Ser bom
faz bem, primeiro aos outros, mas também a nós mesmo. Muitas pesquisas
científicas já comprovaram que ajudar os outros favorece a pessoa que está
fazendo o bem e a pessoa que recebe. Entre os muitos benefícios, podemos citar
o aumento do bem-estar geral, uma expectativa de vida maior, a diminuição das
dores e o reforço do sistema imunológico. O verdadeiro cristão deve sempre
promover atos de bondade, pois fazendo assim, estaremos agradando a Deus e não
cometeremos pecado (Tg 4.17).
1.2. Ser bom é ser generoso
Segundo
o Dicionário Houaiss, generosidade é a "virtude daquele que se dispõe a
sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem".
Na
palavra de Deus encontramos o maior exemplo de generosidade que vai além de
qualquer outro, o apóstolo Paulo afirmou acerca de Jesus: “Porque já sabeis a
graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez
pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2Coríntios 8:9). O Deus a
qual servimos é generoso, Ele nos dá muito mais do que merecemos, da mesma
forma, devemos ser generosos com outras pessoas, mesmo se não merecem. Ser
generoso é uma forma de mostrar o amor de Deus a todos aqueles que nos cercam.
Este é o sentimento de Jesus e que: “De sorte que haja em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2.5).
1.3. Apresentar os padrões
bíblicos é um ato de bondade
Muitos
cristãos levam suas vidas apenas no plano natural, sem produzir o fruto
espiritual da bondade. A bondade é um fruto do Espírito (Gálatas 5.22), o
cristão não pode se cansar de ser bom, pois se isso acontecer, esse cristão
abafou o Espírito Santo na sua vida. Nosso dever, como seres habitados pelo
Espírito Santo, é encher a terra de bondade, apresentando os padrões bíblicos,
se não o fizermos, o mundo não terá como ver a bondade de Deus.
2. DESFRUTANDO DA BONDADE DE DEUS
A
bondade é um atributo de Deus, a bíblia destaca esse atributo afirmando: “Tu és
bom e abençoador; ensina-me os teus estatutos”(Sl 119.68). A bondade é sempre manifestado em ações, a
palavra de Deus nos fala que verdadeiramente Deus nos ama e que seu amor, sua
bondade foi mostrada, foi manifestada: “Foi assim que Deus manifestou o seu
amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos
viver por meio dele" (1 João 4.9).
2.1. A bondade de Deus produz
vida
Deus é
bom, e não somente isso, Ele é a própria bondade. A bondade de Deus é tão
perfeita como o seu amor, como a sua graça. A bondade de Deus produz vida,
expectativas para aquele que acha que não tem mais solução para seus problemas,
sua bondade é infinita, não tem limites, não tem tamanho, e é imutável. Toda
bondade que praticamos uns com os outros é bondade derivada de Deus, pois esse
atributo é comunicável, isto é, Deus concede que imitemo-lo, mesmo com infinita
precariedade, pois só Ele é bom (Mc 10.18), por isso a bondade que manifestamos
é originada em Deus, não temos bondade habitando em nós de uma forma natural,
nossa dependência é total Nele. (Rm 11.36).
2.2. A humanidade e a bondade de
Deus
A
bondade de Deus é perfeita e completa, se queremos produzir bondade, precisamos
meditar na bondade de Deus. A bondade de Deus é tão grandiosa, que permitiu que
Jesus Cristo fosse castigado em nosso lugar, dando-nos assim a vida eterna
através Dele (Isaías 53.6-7). Deus demonstra sua bondade ao estender sua
misericórdia, seu favor e seu amor para suprir a necessidade do ser humano.
O
caráter de Deus é movido por bondade, Ele espontaneamente se dispõe a conceder
sua graça à humanidade pecadora em tempos de aflição. A bondade de Deus é
espontaneamente favorável a outorgar favor imerecido, amor e misericórdia
àqueles que Ele escolhe dentre a humanidade desmerecedora.
2.3. Liberalidade é bondade
Liberalidade
é a disposição de praticar o bem sem esperar recompensa, é um presente de Deus
para o homem e são de suma importância para a nossa existência. Vivemos para o
propósito de servir e ajudar, Jesus Cristo veio para servir e ajudar, nisto Ele
permanece para sempre, suas obras ultrapassam séculos. Nossa vida está baseada
neste querer de Deus: que amemos uns aos outros assim como Ele nos amou (João
13.34).
3. LIÇÕES PRÁTICAS
A
palavra de Deus nos exorta a sabedoria e conhecimento para controlarmos nossas
emoções. Deus prometeu dar-nos liberdade, descanso e paz por nossas cargas
emocionais. Cristo promete descanso para aqueles que estão cansados e oprimidos
(Mt 11.28). O Espírito Santo nos ajuda a controlar as emoções, cultivando os
frutos do Espírito (Gálatas 5.22-23).
3.1. Ser bom é abrir mão do nosso
eu
Quando
Deus se fez humano para viver entre uma humanidade que não merecia nada, ele
estava, abrindo mão de sua glória celestial por amor a nós. Assim, quando
renunciamos algo por amor ao Senhor, possivelmente vamos sofrer perdas e, com
elas, virá certa dose de sofrimento. Mas com certeza valer a pena, pois o que
ganharemos abrindo mão do nosso eu será algo de valor incalculável, certamente
teremos a aprovação de Deus. No mundo atual, abrir mão do nosso eu em favor do
próximo é visto como fraqueza, mas o cristão deve andar na contramão do mundo,
Paulo escreveu: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12.10). Portanto, abrir mão do
nosso eu, aos olhos de Deus é sinal de grandeza.
3.2. O fruto promove a
santificação.
Os
frutos da santificação se revelam em como vivemos e nas obras e atitudes que
realizamos. Quando nos dedicamos no processo de santificação, os frutos que
iremos produzir são frutos de quem conhece a Deus, pois revelaremos através de
nossas atitudes a vida e a justiça de Deus que foi cumprida em Cristo Jesus na
cruz para que pudéssemos ter vida e vida em abundância (João 10.10). A
santificação é a pessoa de Cristo sendo formada em nós e manifestada
visivelmente em nossa experiência como seus filhos. Qualquer manifestação que
não seja a vida de Cristo em nós, é fruto da nossa carne e não o fruto que
promove a santificação. Devemos com nossas atitudes procurar o amadurecimento
do fruto da santificação, fazendo assim, veremos ao Senhor. Hebreus 12.14 diz:
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
3.3. Permanecendo naquilo que
aprendemos
Permanecer
naquilo que aprendemos e manter o equilíbrio espiritual no mundo de hoje é um
desafio, no entanto, a permanência e firmeza do cristão deve ser fundamentada
no Senhor (Fp 4.1). Tiago nos exorta para que não sejam pessoas de mente
dividida, instáveis (1.8), o cristão deve manter-se firme de acordo com o que
aprendeu por meio do evangelho (2Tm 3.13-15). Jesus Cristo é nossa rocha, a pedra
angular em que nos firmamos, e se o Espírito de Deus que habita em nós
capacita-nos sobre todas as dificuldades, precisamos demonstrar esta firmeza
nas dificuldades da vida, é desejo do nosso Deus que sejamos fortes, firmes e
permanentes no chamado celestial (1Pe 5.10).
CONCLUSÃO
É
através da manifestação do fruto do Espírito Santo que a maturidade espiritual
torna-se perceptível, que Deus é glorificado em nossa vida, e assim muitos são
abençoados através de nosso bom testemunho (João 15.8). O caminho para a
frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo em nosso interior, a bíblia
declara que o fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado por Deus
em nossos corações (Rm 5.5).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-
Revista jovens e adultos – 2º Trimestre de 2016.
-
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa – 2009 – 1ª edição – Editora: Objetiva.
-
Bíblia de Referência Thompson – Tradução João Ferreira de Almeida – São Paulo:
Editora Vida, 2007.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS: