UM
LUGAR DE ADORAÇÃO A DEUS NO DESERTO
TEXTO
ÁUREO = “E me farão uni
santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8).
VERDADE
PRÁTICA = Deus deseja habitar entre nós, para que Ele seja o nosso
Deus e para que nós sejamos o seu povo.
LEITURA
BIBLICA = Exodo 25: 1-9
INTRODUÇÃO
O
ALTAR DOS HOLOCAUSTOS
Temos uma descrição do Altar dos Holocaustos em Êxodo
27:1-8. Em Êxodo 30:28 o altar é conhecido como o Altar dos Holocaustos
A
Descrição do Altar
O Altar dos Holocaustos ficava no pátio externo entre a
entrada e do Lugar Santo. Era o primeiro objeto que alguém via ao entrar no
pátio. Entre este altar e o Tabernáculo se encontrava a Pia.
O altar era uma caixa quadrada de madeira de acácia coberta
de bronze, medindo cinco côvados de comprimento, cinco de largura e três de
altura. Tinha pontas de bronze em cada um dos quatro cantos. O Altar era oco e
com uma grelha dentro dele. As cinzas caíam num recipiente. Ele era
transportado através de varas cobertas de cobre que passavam pelas quatro
argolas. Como nas outras peças da mobília, há diferenças de opinião quanto aos
detalhes da sua construção.
Neste altar queimava um fogo de origem divina (Levítico
9:24). Ele permanecia constantemente aceso (Levítico 6:13). Ali as ofertas
queimadas e de alimentos eram consumidas pelo fogo. O altar era usado
diariamente.
O Simbolismo do Altar dos Holocaustos
O Altar dos Holocaustos ficava diante da porta do pátio do
tabernáculo. Isto era uma figura do sacrifício de Cristo no Calvário. A
localização do altar nos lembra que só podemos entrar na presença de Deus pelo
caminho da cruz (João 14:6). Nós entramos em uma posição de comunhão espiritual
e bênçãos através de Cristo (Efésios 1:3).
Vamos ver os diversos usos do
Altar dos Holocaustos que tipificam a obra
salvadora de Cristo:
A. O
altar era o lugar de oferta queimada (Êxodo 30:28). Esta
oferta mostra Cristo como nosso substituto, sofrendo a penalidade pelos nossos
pecados. Bronze significa ?julgamento? e prefigura Cristo como sendo julgado em
nosso lugar (II Coríntios 5:21). O fogo que consumia o sacrifício é uma figura
do julgamento que cairia sobre o Salvador enquanto Ele sofria a ira de Deus em
nosso lugar.
Tudo isso é plenamente visto em Levítico 1:1-7 onde as
instruções para a oferta queimada foram dadas. No versículo 4 nos é dito que a
oferta era uma expiação pelo pecado. Nos versículos 13 e 17 a oferta é chamada
de cheiro suave ao Senhor. Efésios 5:2 deixa claro o que isto tipifica. A morte
do filho de Deus foi um sacrifício agradável á Deus, pois satisfez a Sua justa
lei e nos fez aceitáveis em Cristo (Efésios 1:6). Estes sacrifícios eram para
ser oferecidos como uma pública confissão de fé no Salvador prometido por Deus
(Salmo 50:5).
B. O
Altar dos Holocaustos era o lugar onde as ofertas de alimentos eram feitas
(Levítico 2:1-3). Novamente isto aponta para Cristo. A flor de
farinha representava a perfeita natureza humana de Cristo. O azeite revelava
Cristo sendo ungido pelo Espírito Santo. Parte desta oferta era queimada no
Altar dos Holocaustos como uma figura da obediência de Cristo até a morte. O
restante era utilizado pelos sacerdotes como alimento (Levítico 2:1-3), assim
como Cristo é o nosso alimento espiritual (João 6:35).
C. O
Altar dos Holocaustos também tinha significado em outras áreas do Tabernáculo
onde Cristo foi tipificado. As brasas usadas para queimar incenso no
Altar de Incenso vinha do Altar dos Holocaustos. Isto revelava que a morte de
Cristo era a chave que abria a porta das orações ao Pai. O sangue aspergido no
Propiciatório vinha de um sacrifício oferecido no Altar dos Holocaustos. Novamente nós vemos que a morte de Cristo era
a chave para que Ele chegasse a presença do Pai para interceder por nós.
D.
Finalmente, o Altar dos Holocaustos era um lugar de refúgio.
Homens em apuros fugiam para se agarrar as pontas do altar (I Reis 1:50-51). A
ponta era um símbolo de força. Cristo é a ponta da salvação (Lucas 1:68-69).
Ele é o poder de Deus para salvação (Romanos 1:16). Pela fé em Cristo nós nos
apoderamos da força salvadora do Senhor (Isaías 27:5).
O
PÁTIO
Em Êxodo 27:9-19 temos a descrição do pátio que cercava o
Tabernáculo. Como tudo que pertence a este assunto, há várias verdades
preciosas reveladas aqui.
Descrição
O pátio media cem côvados de comprimento por cinqüenta de
largura. Ele era cercado por cortinas de linho fino torcido que eram fixadas
através de colunas de cobre e madeira, sendo que as colunas também eram fixadas
em encaixes de cobre. O cálculo feito da quantidade de cobre utilizado no
Tabernáculo prova que foi utilizado madeira nas suas colunas. Havia sessenta
colunas como estas.
Uma porta de vinte côvados de largura permitia a entrada no
pátio pelo lado oriental. Ela era feita do mesmo material utilizado na
confecção dos véus do Tabernáculo e era fixada através de quatro colunas.
Quando alguém entrava por esta porta dava de frente com o
Altar dos Holocaustos, depois com a Pia e finalmente com o Tabernáculo
propriamente dito. A localização exata de cada uma destas coisas era
significativo.
A
Tipologia do Pátio
A. As paredes e o pátio protegiam o Tabernáculo de alguma
profanação acidental ou intencional. Isto nos lembra que devemos chegar à
presença de Deus de maneira séria e reverente (Eclesiastes 5:1-6). Também somos
lembrados que as coisas de Deus como a Sua igreja, ordenanças e adoração devem ser
separadas do mundo.
(Salomão, que foi uma figura de Cristo, era protegido
enquanto dormia em suas viagens por sessenta soldados. Muitos têm a suposição
que o número de soldados é uma alusão as sessenta colunas do Pátio. Esta
referência está em Cantares de Salomão 3:6-7).
B. O
piso do Pátio e do Tabernáculo era a próprio solo. Isto
nos lembra o fato de que quando Cristo, em Sua encarnação e origem humana era
uma !raiz de uma terra seca? (Isaías 53:2). Não há glória terrena em Seu
nascimento.
C. O
Pátio tipificava para nós a comunhão e adoração que os santos gozam na igreja. Como a
igreja é a casa de Deus hoje (I Timóteo 3:15) o Tabernáculo era o lugar onde
Deus encontrava com Seu povo e onde o evangelho era tipificado em suas
ordenanças simbólicas. No pátio o povo de Deus adorava e oferecia seus
sacrifícios (Salmo 84:1-2, 65:4, 100:1-4, 27:4-6).
Os Cristãos hoje são todos sacerdotes que devem servir á
Deus através da Igreja (I Pedro 2:5). (É interessante lembrarmos que a primeira
igreja se reuniu para adoração nos pátios do Templo, como vemos em Atos 2:46.
Sem dúvida, os eventos do dia de Pentecostes ocorreram no pátio do Templo e não
no cenáculo, como muitas vezes é declarado).
D. A
parede do Pátio é de difícil interpretação. Talvez as considerações
abaixo são mais simples e mais corretas.
Os encaixes de cobre revelam nosso pecado sendo julgado na
cruz. A madeira é uma figura de Cristo tomando a forma humana. A prata usada
nas colunas, era do que restara da prata recolhida como dinheiro da redenção e
utilizada para a confecção dos encaixes do Tabernáculo. Ela revelava a redenção
que nos foi comprada, enquanto Cristo era julgado pelos nossos pecados. A prata
sustentava as cortinas de linho torcido. As cortinas de linho tipificavam a
justiça (Apocalipse 19:8). Se juntarmos todos os itens, a parede poderia ser
interpretada de duas maneiras:
1. A redenção que nos foi feita pelo sofrimento de Cristo
sustenta a justiça de Deus em perdoar os nossos pecados (Romanos 3:25-26).
2. Poderíamos também ver no linho, um tipo da justiça
imputada de Cristo, pois cobre todo o que entra na presença de Deus pela fé em
Cristo (II Coríntios 5:21).
E. A
Porta ! Certamente a porta é uma figura de Cristo como a porta e o caminho para
a presença de Deus (João 10:9, 14:6). Havia somente uma porta para a
presença de Deus. Ela fica em frente ao Altar de Bronze, o qual, é uma figura
de Cristo sofrendo pelos nossos pecados.
Que lição há aqui! A primeira visão de quem entrava no
Tabernáculo era o altar. Nós vamos chegar ao lar celestial pelo caminho da
cruz. Os Judeus entravam na presença de Deus vindo primeiramente com um
sacrifício para ser oferecido neste altar. Nós entramos na presença de Deus
pela fé no Cordeiro do Calvário.
AS
VESTES
Êxodo 28:2 e 40 explica que vestes especiais de !glória e
beleza? eram para serem feitas para os sacerdotes. Sabendo que o ofício e
trabalho do sacerdote simbolizava a obra sacerdotal de Cristo, é fácil
entendermos que as vestes também tinham um significado simbólico. As vestimentas nas Escrituras muitas vezes
representam os deveres e atributos espirituais daqueles que as usam (Efésios
6:13-17, Isaías 11:5).
Os
Sábios de Coração! versículos 2-5
Deus concedeu á certos indivíduos a habilidade para fazer o
que era necessária na Sua obra. Estas pessoas dotadas deviam cumprir
explicitamente as ordens do Senhor. Assim também, hoje em dia, os Cristãos são
abençoados com dons espirituais que os capacitam a servir em várias áreas da
igreja. Da mesma forma, nós também
devemos seguir a orientação das Escrituras em tudo que fazemos. Nós não temos
maior liberdade do que aqueles homens !sábios de coração? tinham e não podemos
fazer as coisas a nossa própria maneira.
O
Éfode! versículos 6-14
O Éfode somente era usado pelo sumo sacerdote. Esta
vestimenta era semelhante a um avental duplo fixado por um ?cinto especial? que
era assim chamado para distingui-lo do cinto comum usado pelos outros
sacerdotes (versículo 40). Tanto o cinto especial quanto o éfode eram
confeccionados com o mesmo material utilizado nos véus e nas cortinas
interiores do tabernáculo.
O éfode era um símbolo das funções e deveres sacerdotais. Em
cada ombro havia uma pedra de ônix fixada por engastes de ouro. Os nomes de
cada uma das tribos de Israel estavam gravados nestas pedras. Temos aqui uma
preciosa verdade em ilustração. Quando o sumo sacerdote comparecia diante de
Deus, ele carregava os nomes do povo da aliança. Ele os representava em seus
deveres e intercedia por eles diante de Deus. As pedras estavam nos seus ombros
para revelar que sua força estava prometida para o bem estar deles.
Isto tipifica Cristo, que é a força, o representante e
intercessor do Seu povo. Nossos nomes estão no livro do Seu decreto e aliança !
o da vida do Cordeiro (Apocalipse 13:8). Ele nos representou no Calvário e
agora vive para levar os nossos nomes diante do Pai (João 17:9). Ele é a nossa
força e salvação.
O cinto era usado para amarrar o manto para o trabalho ou
quando em viagem. Nas Escrituras, o
cinto simboliza força e prontidão.
Cristo é sempre pronto para atuar ao favor do Seu povo (João
13:3-5). O Seu trabalho e serviço é
sempre feito em justiça, querendo Ele abençoar o Seu povo ou julgar os inimigos
deles (Isaías 11:5).
O
Peitoral! versículos 15-29
O peitoral tinha aproximadamente 23 centímetros quadrados e
era incrustado com doze pedras preciosas gravadas com os nomes das tribos de
Israel. Ele era fixado ao éfode e o cinto especial, através de cadeiazinhas de
ouro e do cordão azul.
Assim como os nomes gravados nas pedras de ônix revelavam a
força do nosso Salvador,
estas outras revelam o Seu amor. Nós estamos sempre no
coração do nosso grande Sumo Sacerdote (versículo 29) do mesmo modo que as
tribos de Israel estavam sobre o coração de Arão. É maravilhoso saber que
Cristo intercede por nós porque nos ama. Nós somos Suas jóias (Malaquias
3:16-17). Ele nunca comparece perante o Pai sem levar os nossos nomes em Seu
coração.
O
Urim e Tumim! versículo 30
As palavras ? Urim? e !Tumim? significam !luz? e
?perfeição?. Estes objetos que estavam sempre associados ao Éfode e ao Peitoral
estavam relacionados com o serviço sacerdotal de discernir a vontade de Deus
(Números 27:21; I Samuel 23:9-11 e 28:6; Esdras 2:61-63). Elas revelam Cristo
como conselheiro e como aquele que revela a vontade de Deus (Isaías 9:6).
O que estas pedras eram e como elas funcionavam tem sido
objeto de extenso debate. Basicamente há duas teorias pelas quais os homens têm
feito muitas especulações.
A.
Muitos acreditam que o Urim e Tumim eram duas pedras ou objetos guardados no
bolso criado pelo duplo peitoral (versículo 16). De
alguma maneira isto era usado para discernir a vontade de Deus. Alguns
acreditam que elas eram gravadas com um !sim? e um ?não? e de certo modo
revelavam a resposta de Deus quando os homens buscavam Sua direção.
B.
Outros acreditam que o Urim e Tumim eram simplesmente as doze pedras do
peitoral que eram designadas como !luz? e ?perfeição?. O sumo
sacerdote o vestia em razão de ser
o representante oficial de Israel perante o
Senhor. Em virtude da posição do sumo sacerdote, acredita-se que Deus falava ao
povo através dele.
Mesmo que o autor se inclina mais para a segunda teoria, não
podemos esquecer que Deus poderia perfeitamente ter dado todos os detalhes se
Ele achasse conveniente. O importante a ser visto no Urim e Tumim é que Cristo
como nosso Sumo Sacerdote é também nosso profeta e revelador da vontade do Pai.
O
Manto! versículos 31-35
Por baixo do éfode havia um manto azul. Os mantos parecem
simbolizar posição, ofício e caráter (Isaías 61:10). Nosso Salvador é descrito
vestindo um manto (Apocalipse 1:13).
Por que o manto do sumo sacerdote era azul? Era para nos
lembrar da origem celestial de Cristo? Embora isto seja provável, Números
15:37-40 parece nos dar mais informações específicas. Os filhos de Israel
deviam usar cordões azuis a fim de lembrá-los da lei de Deus. Cristo que
perfeitamente cumpriu e honrou a lei de Deus é tipificado pelo sumo sacerdote
vestindo o manto azul.
Por baixo das bordas do manto eram fixadas, em ordem
alternada, romãs azuis, púrpura e carmesim. Campainhas de ouro eram colocadas
entre as romãs.
Qual era o significado disto? Talvez seja melhor vermos as
romãs como um tipo de frutificação espiritual e as campainhas como um tipo da
confissão religiosa. Aprendemos aqui, que diferente dos falsos cristos, nosso
Senhor foi perfeito em obras e palavras (João 7:46; Marcos 7:37). Ele foi tudo
o que professou ser. Que possamos também nos esforçar para fazer o mesmo
(Mateus 5:16).
A
Lâmina e a Mitra! versículos 36-38
Sobre a cabeça do sumo sacerdote estava a !mitra?. Esta palavra
vem do hebraico e significa !envolver?. Era provavelmente um tipo de turbante.
Uma lâmina de ouro gravada com as palavras !Santidade ao
Senhor? era colocada na sua testa. A interpretação disto não parece difícil. A
testa nas Escrituras simboliza a intenção de um individuo. Cristo, nosso Sumo
Sacerdote era perfeitamente santo e totalmente devotado à vontade de Deus. Como
tal, Ele pode morrer pelos nossos pecados e tornar possível a nossa aceitação
diante de Deus (Efésios 1:6). É também através de Cristo que nossos ofertas e
serviços são aceitos pelo Pai. Até mesmo nossas orações são dirigidas em nome
de Jesus?
A
Túnica de Linho Fino? versículo 39
A túnica de linho fino era a roupa mais intima da vestimenta
do sumo sacerdote e era a primeira a ser vestida por ele após a sua purificação
(Levítico 8:7). O linho fino é símbolo nas Escrituras de retidão (Apocalipse
19:8). Sem dúvida isto serve para nos lembrar que da cabeça aos pés, por dentro
e por fora, nosso Salvador era santo (I João 3:5).
Vestimenta
dos Sacerdotes Comuns! versículo 40-43
Apesar de haver algumas tipologias especiais ligadas ao sumo
sacerdote, todo sacerdote Levítico era um tipo do nosso Salvador. Eles eram
vestidos de branco para refletir Sua pureza. Nenhuma falta de modéstia era
permitida, pois a nudez, desde a Queda do homem, reflete a pecaminosidade da
natureza humana.
O
ALTAR DE INCENSO = ÊXODO 30: 1-10
Êxodo 30:1-10 nos dá uma descrição do Altar de Incenso
(Altar de Ouro). Aparentemente, ele parece estar fora de lugar, já que as outras
mobílias do Lugar Santo foram vistas em Êxodo 25. Entretanto, sabendo que a
Bíblia é inspirada, ficamos certos que há uma boa razão para isto. Ao darmos
prosseguimento, ficará claro, que o Altar de Incenso não poderia ser entendido
até que o altar dos holocaustos e seus sacrifícios se tornassem familiares ao
leitor. De fato, o Altar de Incenso não poderia ser usado até que o altar dos
holocaustos entrasse em serviço.
A
Descrição do Altar de Incenso
O Altar de Incenso ficava no Lugar Santo, diante do Véu. Ele
era pequeno, medindo um côvado de comprimento por um de largura e dois de
altura. Ele tinha uma coroa de ouro ao redor do topo e pontas em cada um dos
seus cantos. Como a Arca e a Mesa dos Pães, ele também era carregado através de
varais cobertos de ouro. Quando transportado, o altar era coberto com um pano
azul e sobre ele uma outra coberta de peles de texugo (Números 4:11).
O Altar de Incenso não era usado para sacrifícios. Incenso
era queimado na parte de cima do altar de manhã e à tarde (versículos 7-10). O
incenso era de um tipo especial, o qual estudaremos mais à frente (versículos
34-38). Não havia grelha no altar, e nem fogo era aceso nele. O incenso era
queimado com as brasas provenientes do altar dos holocaustos.
IA
Obra Intercessória de Cristo.
O Altar dos Holocaustos era um símbolo da morte expiatória
de Cristo no Calvário (Romanos 5:8). Ele revelava o julgamento de Deus sobre o
Filho enquanto sofreu em nosso lugar (Isaías 53:10). O Altar de Incenso era uma
figura da atual obra intercessória de Cristo.
Ele agora vive no céu, para testificar através de Sua
presença, que a nossa dívida de pecado foi paga. Este atual ministério de
Cristo é um tema principal das Escrituras (Romanos 5:10; Romanos 8:34; Hebreus
9:24; I João 2:1).
O incenso é uma figura da influência intercessória de Cristo
em nosso favor. Seu cheiro suave revelava que o Pai ficou satisfeito com a obra
redentora de Cristo na cruz (Efésios 5:2). O uso diário do incenso mostrava o
Senhor Jesus vivendo sempre para realizar esta obra (Hebreus 7:25).
A ligação entre o incenso e a expiação feita no altar dos
holocaustos é vividamente retratada em Números 16:46-48. O incenso relembrava
Deus da expiação feita no altar dos holocaustos, ficando assim encerrado o
julgamento.
Pelo fato de Cristo viver sempre na presença do Pai, as
marcas do Calvário estão sempre presentes, como um lembrete de que nossos
pecados foram pagos. Mesmo em glória Ele carrega as evidências dos Seus antigos
sofrimentos (Apocalipse 5:6). Por isso os remidos nunca podem ser condenados
(Romanos 8:34).
Uma maneira de gravarmos melhor a ênfase simbólica do Altar
de Incenso é contrastarmos ele com o altar dos holocaustos. Desta maneira
poderemos ver como cada um apontava para os diferentes aspectos da obra
salvadora de Cristo.
O cobre nas Escrituras tipifica o julgamento. O Altar dos
Holocaustos, de bronze/cobre aponta para o Gólgota, onde Cristo foi julgado por
nossos pecados. O ouro do Altar de Incenso revelava Cristo em Sua atual posição
em glória, onde Ele vive para interceder por Seu povo.
O Altar dos Holocaustos ficava fora do Tabernáculo, para
tipificar o sofrimento de Cristo diante do mundo, enquanto o Altar de Incenso
ficava dentro do Lugar Santo.
O Altar dos Holocaustos tinha grelha e fogo. O Altar de
Incenso não tinha nenhum dos dois, mas queimava incenso com as brasas
emprestadas do altar dos holocaustos. Este ponto é muito importante. O perfume
do incenso subiu pela virtude do poder (as brasas) emprestado do altar dos
holocaustos. Isto claramente mostra, que o sucesso da atual intercessão de
Cristo, está baseada na Sua morte, ocorrida anteriormente no Calvário (Romanos
8:34). Sem o altar dos holocaustos o Altar de Incenso seria inútil. Estas
verdades nos ensinam porque o uso de !fogo estranho? era uma ofensa tão séria
(Levítico 10:1-3). Isto era o mesmo que ensinar que poderia haver aceitação
diante de Deus por outros meios além da cruz de Cristo. Aqueles que pregam a
salvação através dos méritos humanos estão trazendo !fogo estranho? diante do
Senhor.
O Altar dos Holocaustos era um lugar de sofrimento e
tristeza. O Altar de Incenso era um lugar de triunfo e alegria. Quão cegos são
aqueles que pensam que Cristo está ainda se oferecendo como um sacrifício
perpétuo pelos nossos pecados. Nenhum sacrifício era oferecido no Altar de
Incenso.
Cristo morreu uma vez e agora vive para ver que aqueles que
foram comprados pelo Seu sangue nunca perecerão.
O Altar dos Holocaustos não tinha coroa. O Altar de Incenso
tinha uma coroa para tipificar a presente glória de Cristo.
Nossas
Orações
O Altar de Incenso também nos lembra das orações do povo de
Deus. Incenso é uma figura das orações nas Escrituras (Salmo 141:1-2;
Apocalipse 5:8). O povo de Israel orava enquanto o perfume do incenso diário
subia (Lucas 1:8-10).
Nós não estamos nos contradizendo quando vemos no incenso
uma figura tanto das orações de Cristo quanto das nossas orações. De fato, há
uma harmonia maravilhosa. Por causa do pagamento feito por Cristo pelo pecado,
Ele pode se chegar ao Pai em nosso favor . Da mesma forma, através do Calvário,
nós temos acesso ao Pai. Tanto nós quanto as nossas orações somos aceitos
através da obra consumada de Cristo. Esta é a razão de orarmos em nome de Jesus
(João 16:23). Este é o quadro pintado em Apocalipse 8:3-5. O incenso do
precioso nome e obra de Cristo sobe com as nossas orações e por esta razão são
ouvidas.
Assim como o incenso era queimado diariamente pela manhã e à
tarde, vamos então ser constante em orar.
O
AZEITE DA UNÇÃO E DO INCENSO = ÊXODO 30: 22-38
Êxodo 30:22-38 fala das instruções para a preparação do
azeite da unção e do incenso utilizado nos cultos do tabernáculo.
O
Azeite da Unção! versículo 22-23
Os sacerdotes e o tabernáculo eram ungidos com este óleo
especialmente preparado. Apesar todos os sacerdotes eram ungidos (Levítico
8:30), parece que havia uma unção especifica para o sumo sacerdote (Levítico
8:12). O sumo sacerdote recebia uma unção mais copiosa (Salmo 133) a fim de
melhor tipificar nosso Senhor Jesus (Hebreus 1:8-9).
Ao explicar que o azeite era para ser preparado segundo a
arte de um perfumista, devemos muito provavelmente entender que somente a
essências de especiarias faziam parte do azeite. O azeite aromático se tornava
um coroa para o sumo sacerdote (Levítico 21:12) e deveria produzir um cheiro
suave em todo o tabernáculo.
A. O
azeite é certamente uma figura do Espírito Santo. Tanto
o sacerdócio quanto o tabernáculo tinham que ser ungidos, pois eram uma figura
de Cristo. Tanto a palavra !Cristo? quanto a palavra !Messias? significam !O
Ungido? . Nosso Senhor Jesus foi tanto homem quanto Deus.
Como homem Ele foi
ungido pelo Espírito Santo e serviu também pelo Espírito (Lucas 4:16-21; Atos
10:38; João 1:32-34). Da mesma forma que o sumo sacerdote, nosso Senhor recebeu
uma copiosa e ilimitada unção (Hebreus 1:8-9). Num grau menor nós que somos
cristãos e sacerdotes-cristãos, fomos ungidos com a presença do Espírito Santo
(I João 2:20 e 27).
B.
Advertências! Êxodo 30:31-33
1. Este
azeite não deveria ser de uso secular ou pessoal. O
Espírito de Deus trabalha para a glória de Deus e não para o lucro dos homens
ou para fins pessoais. (Atos 8:14-24). Hoje em dia muitos que reivindicam terem
uma !unção especial? estão apenas interessados em recompensas financeiras.
Pense na conduta horrorosa de muitos !curandeiros da fé?.
2. O
azeite da unção não deveria ser imitado. Muitas vezes no círculo
religioso vemos coisas que são feitas como sendo obra do Espírito. O homem
tenta imitar a verdadeira espiritualidade. Em muitos casos a participação de um
espírito imundo é feita, alegando ser o ministério do Espírito de Deus (I João
4:1, II Coríntios 11:4).
3. O
azeite não devia ser derramado na carne dos homens, mas sobre os sacerdotes
quando estivessem devidamente paramentados. O homem natural e o
Espírito Santo não têm comunhão (Gálatas 5:17).
O
Incenso! versículos 34-38
Aqui temos a receita para o incenso queimado sobre o altar
de incenso (Compare versículo 36 com Êxodo 30:1-9). Como notamos nas lições
anteriores, o incenso era uma figura das orações e intercessão (Salmo 141:2). Cristo
intercedeu pelo Seu povo e os cristãos podem orar por si mesmos e pelos outros
.
O incenso em particular nos lembra da morte expiatória de
Cristo (Efésios 5:2). Sua expiação é o poder por detrás da Sua intercessão e é
também a única coisa que fazem nossas orações aceitáveis à Deus (Apocalipse
8:3-4). Este é o motivo de orarmos em nome de Jesus (João 16:23). Porque Cristo
pagou pelos nossos pecados é que o Pai pode nos receber.
Nota do autor: O material que pertence ao capítulo 31 foi
coberto pelos estudos anteriores e por isso não há um estudo separado dele.
A
ALIANÇA RESTAURADA = ÊXODO 34
Israel tinha quebrado a aliança, porém a intercessão de
Moisés tinha sido bem sucedida. Êxodo 34 nos conta como a relação de aliança
foi restaurada entre Deus e Israel.
I.
Moisés é Instruído! versículos 1-3
Moisés recebeu os detalhes a respeito da renovação da
aliança que fora quebrada. Aqui Moisés tinha que talhar as tábuas de pedra. As
que haviam sido quebradas vieram diretamente de Deus (Êxodo 32:15-16).
II.
O Senhor Revelado- versículos 4-7
Ao restaurar a aliança Deus revela Sua glória a Moisés. A
glória de Deus é Seus atributos. Ele é !Jeová?, o Deus auto-existente. O Senhor
possui todos os atributos bons, incluindo a ira justa pelo pecado e a
determinação de julgá-lo. As pessoas imaginam um deus que pode amar e ainda
seja incapaz de sentir ira ou a justa indignação. Tal ser seria um pervertido
disfarçado. Não pode ser bom quem não odeia o mal.
III.
O Senhor Adorado! versículos 8-9
A resposta adequada à glória de Deus é a Sua adoração. O
maior benefício é a Sua presença. O maior desejo de Moisés para Israel é que
Deus estivesse !no arraial?.
IV.
A Grande Promessa de Deus! versículos 10-11
Nunca houve sobre a face da terra uma nação que tivesse um
relacionamento com Deus como a nação de Israel. Ele prometeu fazer grandes
obras em favor deles e expulsar aqueles que possuíam suas terras.
V.
Israel Avisado! versículos 12-17
Quando Israel fosse conquistar a terra prometida eles iriam
enfrentar um perigo. Não era a resistência armada que representava perigo, mas
a contaminação moral e espiritual. Eles deveriam tomar cuidado em formar
alianças ou imitar os caminhos dos povos pagãos.
Mesmo hoje, corremos o mesmo tipo de perigo. Não é a
perseguição, mas a contaminação que é o nosso maior perigo no mundo. Nós
devemos ser um povo separado. Seguir os caminhos da religião mundana é
adultério espiritual (Tiago 4:4). Ninguém pode ser amigo do mundo e de Deus ao
mesmo tempo (II Coríntios 6:16-18). Deus é zeloso para com Seu povo. Infidelidade
espiritual provoca a Sua ira.
VI.
Os Termos da Aliança! versículos 18-27
Estes assuntos foram tratados numa lição anterior. Israel
aqui é lembrado dos deveres da aliança.
VII.
Quarenta Dias -- versículo 28
Este jejum era humanamente impossível. Sua duração prova que
Moisés foi objeto do cuidado divino. Deus estava sustentando Moisés para que
ele pudesse interceder por Israel (Deuteronômio 9:18). É interessante notarmos
que quando Elias estava tentando renovar a aliança de Deus, ele jejuou quarenta
dias no Monte Sinai (I Reis 19:8).
VIII.
Moisés com Rosto Velado? versículos 29-35
Moisés desceu do monte com o seu rosto resplandecendo por
estar na presença de Deus. Como isto assustou Israel, ele cobriu o seu rosto
quando falava com eles. No Novo Testamento Paulo explica o significado ou
figura disto:
A. O
rosto resplandecente de Moisés revelava a glória da Velha Aliança (II Coríntios
3:7-9). Embora a Velha Aliança seja substituída pela Nova, ainda
havia uma maravilhosa revelação do poder e santidade de Deus na Velha Aliança.
B. A
obscuridade da Velha Aliança é vista no véu de Moisés (II Coríntios 3:12-13). A
Velha Aliança conduzia a Cristo, mas não tinha a clareza da Nova Aliança.
C. O
véu no rosto de Moisés nos ensina algo a respeito da cegueira dos Judeus (II
Coríntios 3:14-15). Mesmo hoje, quando o Velho Testamento é lido, o
seu sentido é velado (oculto) ao entendimento deles. De fato, todos os que não
são salvos têm um véu em seus corações (II Coríntios 4:3-4).
Conclusão
Este capítulo conclui o nosso estudo no livro de Êxodo. Os
capítulos 35 a 40 relatam como o tabernáculo foi levantado. Estes assuntos
foram cobertos pelo nosso estudo nos capítulos 25 a 31.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em
Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Pentecostal
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