28 de novembro de 2017

O Processo da Salvação



O Processo da Salvação

TEXTO ÁUREO = "Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espirito não pode entrar no Reino de Deus." (Jo 3.5)

VERDADE PRÁTICA = O processo bíblico de salvação se dá por meio da justificação, regeneração e santificação do ser humano.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 1.12,13: A experiência do Novo Nascimento espiritual
Terça – 2Co 5.17: O Novo Nascimento torna o homem uma nova criação
Quarta – 1Jo 3.1,2:  Quem nasce de novo verá a glória de Deus
Quinta – 1Pe 1.23: Fomos regenerados pela Palavra de Deus
Sexta – Rm 6.11: Novo Nascimento: mortos para o pecado e vivos para Deus
Sábado – Cl 3.9: Despindo-se da prática do pecado

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 3.1-7

1 E HAVIA entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

HINOS SUGERIDOS: 15,111,177 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL

Explicar que o processo da salvação se dá mediante a justificação, regeneração e santificação.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I- Mostrara natureza da justificação divina;
II- Explicar o que é a regeneração pelo Espírito Santo;
III- Compreender que somos santificados em Cristo.

INTRODUÇÃO

Deus é o autor da justificação. O homem nada tem que ver com a sua justificação, salvo para recebê-la através da fé que o Espírito Santo o habilita a exercer. A Escritura declara: “É Deus que justifica” (Rom. 8:33). E outra vez lemos: “Sendo justificados livremente pela Sua (de Deus) graça por meio da redenção que está em Cristo Jesus” (Rom. 3:24). De Cristo se pode dizer que nos justifica só no sentido que Ele pagou o preço da redenção.

Justificação é ser olhado por DEUS via JESUS CRISTO e seu sacrifício. Se tirar JESUS aparece a ira e a condenação de DEUS.

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Romanos 10:9

Assim que funciona. Se eu quero DEUS, ele já providenciou minha salvação, ELE então me fornece a fé para ser salvo. SIMPLES ASSIM.

Arrependimento, Fé e Salvação, mas se retirar a graça de DEUS tudo isso não vale nada.
Não podemos dizer que somos salvos pela fé - está errado - Efésios: 2. 8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; 9. não vem das obras, para que ninguém se glorie. 10. Porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS para boas obras, as quais DEUS antes preparou para que andássemos nelas. 

JUSTIFICADOS POR DEUS

A NATUREZA DA JUSTIFICAÇÃO. A justificação é um tema muito abordado em sermões e estudos, mas nem todos os crentes têm uma ideia muito clara de o que ela real­mente é. Podemos definir a justificação como um ato judicial de Deus, no qual ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. A justificação envolve o perdão de pecados e a restauração do pecador ao favor divino. O pecador justificado recebe o perdão de pecados e tem paz com Deus (Rm 5.1), se­gurança da salvação (Rm 5.1-10) e herança com os que são santificados (At 26.18).

O que está em jogo é a questão de nosso estado diante de Deus em termos de sua lei. Pelo seu pecado, Adão mergulhou a raça hu­mana em culpa. Nós infringimos a lei justa e santa de Deus e somos culpados diante dele. A penalidade é a morte. Paulo deixa isso claro em Romanos 5.12-21, onde ele traça os efei­tos do ato único de desobediência de Adão, mostrando que tal ato resultou na condenação e morte para todos. Em outras palavras, a jus­tificação traz em perspectiva a possibilidade da absolvição da culpa, por sermos declarados justos e então recebermos a vida.

A justificação está claramente associada à expiação. Talvez a demonstração mais clara da conexão entre expiação e justificação seja aquela feita por Paulo em Romanos 4.25. Cristo “…foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”. Aqui, como sempre, a morte e ressurreição de Cristo são vistas por Paulo em uma unidade ininterrupta. Por esta razão, a morte expiatória de Cristo assegura uma parte de nossa justifica­ção, ou seja, aquela que diz respeito ao perdão, enquanto sua ressurreição obtém para nós o outro elemento, o da justiça. Como morte e ressurreição permanecem juntas como aspectos gêmeos da realização central de Cristo, o mes­mo acontece com a expiação e a justificação. 

A morte na cruz não foi o final para Jesus. Sua morte foi o cumprimento de uma importante etapa de sua obra, que teve continuidade em sua ressurreição, ascensão, sessão à destra do Pai e em sua obra permanente como Profeta, Sacerdote e Rei. Por sua vez, foi a ressurreição que deu significado à morte e lançou luz para os discípulos sobre tudo o que havia ocorrido anteriormente. Foi sua ressurreição que deixou claro para os discípulos e para todos aqueles que o viram pregado na cruz que ele realmente era quem dizia ser: o Messias prometido. Além do mais, a própria ideia da ressurreição exige a morte primeiro, ou isso não é ressurreição. 

Da mesma forma como morte e ressurreição são inseparáveis e mutuamente necessárias, assim também a justificação não pode ocorrer sem a expiação pelos pecados, pois as pessoas não podem ser consideradas justas se elas estão sob a ira de Deus. Por outro lado, a expiação também não pode ser entendida sem seu com­panheiro inseparável, o recebimento da justiça, que nos capacita não apenas a sermos trazidos a um estado de inocência, mas nos faz aptos para entrarmos em comunhão com um Deus justo e santo.

Cristo é a única base da nossa justificação. Em nós mesmos, somos culpados diante de Deus. Todos nós pecamos em Adão. A única solução para o pecado e para a culpa que o acompanha é a morte expiatória de Cristo, realizada em nosso lugar. Somente Cristo, que cumpriu perfeitamente a lei e não come­teu pecado, poderia se apresentar em nosso benefício e realizar a expiação pelos nossos pecados. Ao fazer isso, ele obteve perdão para nós e aplicou sua justiça a nós. Como a expiação não possui nenhuma outra base além de Cristo, o mesmo ocorre com nossa justificação. É por isso que somos justificados somente pela graça, pois é pela justiça de outra pessoa (Jesus Cristo) que somos feitos justos diante de Deus. Isso não é nossa obra própria, mas o dom de Deus, o resultado de tudo o que Cristo fez em favor de seu povo. 

Isso é imerecido, uma obra da bondade e misericórdia de Deus. Como consequência, também somos justificados somente pela fé ou mediante a fé, pois a fé salvadora é o abandono da confiança em nós mesmos e o es­tabelecimento de um compromisso com Jesus Cristo. Ao nos entregarmos a ele estamos con­fessando tanto nossa pecaminosidade quanto apenas a justiça de Cristo, a qual é suficiente para nos capacitar a viver com Deus.

A NECESSIDADE  DE JUSTIFICAÇÃO

a) Por natureza, o homem não apenas é filho do Diabo, mas também um transgressor e criminoso Efé 2:1-3; Tit 3:3; ler depois: Rom 3:23; 5:6-10; Col 1:21. Como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher? (Jó 25:4) Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; (Romanos 5:1).

E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, 2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. 3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. (Efésios 2:1-3).

Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. (Tito 3:3)  

b) A pergunta angustiada sempre foi: "Como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?" (Jó 25:4, acima).

- O rogo angustiado sempre foi: "E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente." (Salmos 143:2).

c) "Na sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta o homem pecador num tribunal, em julgamento por sua própria vida. A acusação é alta traição contra o rei do universo (ler depois: Rom 3:23). O juiz presidindo é o próprio Senhor Jesus Cristo (ler depois: Joã 5:22; Ato 17:31). O júri é composto da Lei de Deus e das obras do homem Rom 2:6,12. Após apropriada deliberação, um justo e imparcial veredicto de "culpado" é pronunciado Rom 3:9-20. Uma terrível sentença é então imposta -- morte espiritual, significando ser separado de Deus, para sempre, sofrendo no Lago de Fogo por toda a eternidade Rom 6:23; Apo 20:11-15.

À luz de tudo isto, pode-se facilmente ver a desesperada necessidade de justificação." 

A IMPOSSIBILIDADE DA  AUTOJUSTIFICAÇÃO. Como poderia um pecador, um ser humano decaído e miserável, sobreviver diante do tribunal de um Deus absolutamente santo e justo?
A justiça inerente do homem é insuficiente para a justificação, considerada como trapos de imundícia (Is 64.6; Fp 3.8,9), sendo necessária uma justiça superior que está fora do homem e que Lhe seja atribuída. A essência da justificação é de que o homem é perdoado com justiça, entretanto, é preciso entender que tal justiça alcançada por Cristo por sua perfeita obediência e o sacrifício de si mesmo, sendo posteriormente atribuída ao crente. 

Essa justificação traz como efeito o perdão, a paz com Deus e a certeza da salvação. As boas obras não são consideradas como causa, mas como consequências da justificação. Antes da justificação, Deus é um juiz irado que mantém a condenação da lei, mas após a justificação inocenta e trata o pecador como filho.

 A parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14). Os fariseus observavam os mais rigorosos padrões legalistas com jejuns, orações, esmolas e outros rituais que excediam as leis cerimoniais mosaicas. Jesus apresenta por meio da parábola algo que chocou seus ouvintes: colocar um cobrador de impostos, considerado, traidor pelos judeus, em melhor posição, quanto à justificação, do que um fariseu.

A lição de Jesus é clara: O publicano reconhecia que sua dívida era muito alta e não tinha condições de pagá-la, a única coisa que poderia fazer era rogar pela misericórdia de Deus. Não recorreu a obras que havia realizado, nem ofereceu fazer nada, simplesmente rogou que Deus fizesse por ele o que ele próprio não podia fazer, somente baseado na fé e misericórdia divinas. Por outro lado, o fariseu demonstrou arrogância, confiando que os jejuns realizados, dízimos e outras obras consideradas justas, o tornariam aceito por Deus. Uma cobrança de retribuição. Porém Jesus afirma que dos dois, somente o publicano foi justificado.

REGENERADOS PELO ESPIRITO SANTO

A regeneração é o aspecto da salvação no qual o pecador morto – com todas as suas faculdades da alma em ruína moral, paralisado em relação a Deus e à santidade, totalmente incapaz de agradar a Deus – torna-se filho de Deus, passando a gostar de tudo aquilo que é de Deus.

Portanto, a regeneração pode ser definida como a obra graciosa de Deus na alma humana, através da qual o coração se torna capaz de amar a Deus, a mente se torna capaz de entender o Evangelho de Cristo e a vontade se torna capaz de escolher a Cristo, tanto como Salvador quanto como Senhor. Esta definição está em harmonia com a Declaração de Fé de New Hampshire que diz: “A regeneração consiste em se dar uma inclinação santa à mente; a qual é efetuada de um modo acima da nossa compreensão, pelo poder do Espírito Santo de Deus em conexão com a verdade divina, a fim de assegurar nossa obediência voluntária ao Evangelho e que esta evidência peculiar aparece nos frutos santos do arrependimento, fé e novidade de vida”.

Regeneração não é fazer uma pessoa vir a existir; é o nascimento de alguém que já existe; portanto, um segundo nascimento. Não é fazer novas faculdades ou partes virem a existir. 

O homem pecador tem tantas partes ou faculdades em seu ser quanto o regenerado. Nenhuma parte do homem foi aniquilada na queda, mas todas as partes se tornaram depravadas. A regeneração não se baseia numa não-existência, mas sim numa existência depravada. A alma do homem é dotada de coração, mente e vontade. O homem pecador possui todas as faculdades, porém num estado em ruínas ou depravado. Ele tem uma mente, que pode pensar e entender, mas não gosta de pensar em Deus, nem pode entender as coisas de Deus. Tem um coração, para que possa amar, porém não ama a Deus. Tem uma vontade, a fim de poder escolher, mas não escolhe Cristo como Senhor e Salvador.

A NECESSIDADE DA REGENERAÇÃO

O que escrevemos anteriormente revela porque o novo nascimento é necessário, mas agora vamos ampliar e ilustrar esta verdade.

A depravação da natureza humana faz com que o novo nascimento seja necessário. O nascimento físico não produz qualidade nenhuma que agrade a Deus. “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. Romanos 8:8. Paulo lembra aos judeus que ser descendente carnal de Abraão, não os torna filhos de Deus (Romanos 9:8). O homem possui a corrupção herdada através da natureza caída. Davi não estava refletindo sobre a virtude da sua mãe, porém confessava sua depravação inata, ao exclamar: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). 

Talvez alguém diga: “Sei que faço coisas erradas, mas meu coração é bom”. Deus, porém, dá outro veredicto bem diferente. Cristo ensinou que o coração humano é a própria fonte de tudo quanto é pecaminoso: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” (Marcos 7:21-23). As afeições humanas são mal colocadas. O homem ama, naturalmente, aquilo que é contrário a Deus. Ele tem que nascer do alto, a fim de amar a Deus. “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido (já tem nascido) de Deus e conhece a Deus” (I João 4:7).

A vontade humana é antagônica a Deus. A vontade de Deus deve ser suprema em cada vida. No entanto, a natureza humana é dominada pela vontade própria. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho”. Isaías 53:6. Na vida de Cristo, a qual é a única perfeita, a vontade de Deus foi suprema: Ele veio, não fazer Sua própria vontade, mas a vontade do Pai.

Além disto, por natureza, o homem se encontra num estado de escuridão moral, completamente ignorante das coisas de Deus. Ele não pode compreender as coisas do Espírito: “Por lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. I Coríntios 2:14. Tem que haver nascimento espiritual, antes de poder existir um entendimento espiritual.

O autor, certa vez, ouviu sobre uma menina com um defeito visual desde o nascimento. Os pais não perceberam logo, que ela não podia ver muitos objetos comuns aos outros. A menina já estava quase uma mocinha, quando finalmente a levaram ao oftalmologista. Ele aconselhou os pais, os quais aceitaram que ele a operasse. A menina foi mantida num quarto escuro, por várias semanas, após a cirurgia. Certa noite, clara e fragrante, ela foi sozinha à varanda. Na mesma hora, entrou em casa correndo, cheia de animação; Ei, vamos lá fora! Venham ver o que aconteceu no céu!

Os pais saíram correndo com ela, mas não viram nada, a não ser a glória costumeira das estrelas – coisas que a filha nunca vira antes. Nada havia acontecido com o céu, mas algo acontecera aos olhos dela. Assim também, o homem pecador tem os olhos do entendimento obscurecidos em relação à verdade espiritual que salva. As estrelas da verdade do Evangelho brilham no firmamento da Palavra de Deus, mas o perdido não as vê. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto”. II Coríntios 4:3.

CONSEQUÊNCIAS DA REGENERAÇÃO

1. O REGENERADO NÃO CONTINUA VIVENDO EM PECADO

• 1 João 3. 9: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”

• Não significa dizer que o regenerado não peca. Não é isso que o texto diz. Não há perfeição nessa vida.

• O que João está dizendo é que o regenerado não faz do pecado o seu habitat natural. Não faz do pecado a sua habitação.

• O crente pode cair em pecado, mas não pode andar nele. Por quê?

1º Ele não tem prazer nele. Salmo 1. 1,2 : Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.

• Esse prazer na Lei do Senhor se dá porque Deus muda a natureza (Exemplificar com a natureza da ovelha e do porco);

2º O Espírito Santo o incomoda quando ele peca. Salmo 32. 1-5: Experiência do rei Davi.
- Por tudo isso é impossível o crente viver deliberadamente na prática do pecado. Ele cai em si (Lucas. 15.17, o filho pródigo).


SANTIFICADOS EM CRISTO

Conhecemos a realidade da igreja de Corinto, o quanto era imatura e andava segundo o pensamento dos homens, e Paulo escrevendo  a sua carta, afirma o seguinte: ” …,  aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos,  com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:” (1 Coríntios 1:2, ), afirma também, “o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Coríntios 1:8,).

Precisamos ter claro o entendimento da salvação que opera pela graça de Deus por meio da fé. A salvação é a nossa reconciliação com o Criador, quando por meio da cruz, somos santificados em Cristo Jesus, pela loucura da pregação (1 Co 1:18), e resultante da obra de Cristo na cruz, somos apresentados santos, inculpáveis e irrepreensíveis perante Deus. Isto é obra de Deus, justiça de Deus concretizada na cruz.

Quando somos reconciliados, saímos da condição de homem natural e passamos a ser homens espirituais, nascidos do Espírito, agora para viver em novidade de vida segundo o coração e vontade de Deus. Recebemos na reconciliação a mente de Cristo (1 co 2:16-17) e por sermos espirituais passamos a discernir as coisas espirituais, mas precisamos aprender que este é o processo que Deus deseja que nos empenhemos, na santificação de nossos atos, procedimentos. Precisamos materializar através de nossos membros a realidade espiritual que estamos agora inseridos.

Esta é a jornada que Deus nos chama, santificar o nosso procedimento, correr a carreira rumo ao nosso destino, sermos santos, sermos imitadores de Deus como filhos amados. Este processo é a consolidação, a confirmação da salvação, é o processo de Deus nos conduzindo ao amadurecimento, para não sermos crianças espirituais, mas sim, maduros da fé e vasos úteis ao reino para expressar a Sua vontade entre os homens.

Este processo de santificação não é algo que depende de Deus, mas do nosso compromisso com o Pai e o Seu reino: compromisso individual, assumido perante o Criador, para sermos úteis ao Seu reino, para expressarmos as Suas virtudes, para andarmos segundo o Seu coração em toda a Sua vontade, submetendo-nos a Ele, para que por meio da igreja, revelemos a realidade do reino de Deus. Ele para esta obra de santificação dos atos já fez tudo, já nos concedeu tudo que precisamos (2 Pd 1:3-4), já nos concedeu da Sua natureza. Agora o que precisamos fazer? Rejeitar tudo que procede do pensamento natural, e andarmos segundo a realidade espiritual ao qual fomos inseridos. Esta atitude reflete as palavras de Jesus aos que desejam ser Seus discípulos: negarmos a nós mesmos, tomarmos a cruz e seguí-lo. Tomar a cruz e seguir é em cada situação, em cada momento em que aparentemente temos a opção de fazer a escolha entre o pensamento natural e espiritual, escolhemos o espiritual. Mas precisamos lembrar que quem está em Cristo não tem esta opção, é condição natural andar segundo o pensamento espiritual, segundo a mente de Cristo (1 Co 2:11-14).

Agora se andamos segundo carne, ainda não entendemos quem somos e nem o papel que temos neste mundo. Temos sido imitadores dos irmãos da igreja de Corinto, andando na carne segundo o pensamento natural. Precisamos entender que somos santuários de Deus, somos morada do Espírito Santo e que não podemos contaminar ou misturar as coisas santas com profanas, ou seja, nossos membros tem que expressar a realidade espiritual e santa que estamos inseridos. Qualquer atitude que não seja expressão da realidade santa e espiritual que estamos inseridos representa na realidade um andar contrário ao propósito determinado por Deus para os Seus santos (1 Co 3:16-17).

Esta realidade que fomos inseridos por Deus precisa ser expressa em nossos atos, por isso a salvação sem a expressão nas obras, é uma realidade morta, separada de Deus e que não traduz o plano e nem o querer Dele para as nossas vidas. Não se trata de religiosidade, mas de uma vida que anda com o firme fundamento determinado por Deus em Cristo Jesus. Compreendendo quem somos, que fomos feito filhos, que temos a obrigação natural de revelar a realidade do reino de Deus, o compromisso de cumprir a vontade de Deus na terra como é realizada no céus. Por isso, somos santos? Sim, fomos santificados em Cristo Jesus? Sim, mas temos que expressar esta realidade espiritual no plano material realizando as obras de Deus entre os homens para a glória e louvor do nome do Senhor.

CONCLUSÃO

Como é maravilhoso experimentar a salvação em Cristo Jesus! Todavia, o melhor está por vir. Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, haveremos de experimentar a salvação em toda a sua plenitude. Conforme ensina o apóstolo Paulo, os salvos seremos transformados num abrir e fechar de olhos ante o toque da última trombeta. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Aleluia! Você já experimentou a salvação? Aceite a Cristo imediatamente.

Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus 

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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20 de novembro de 2017

ARREPENDIMENTO E FÉ PARA SALVAÇÃO



LIÇÃO IX

ARREPENDIMENTO E FÉ PARA SALVAÇÃO
                                                      
Pr. JOSÉ COSTA JUNIOR

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

  Esta preciosa lição trata do fato do arrependimento e fé para a salvação. Como pode alguém ser justo diante de Deus? Como pode o pecador ser justificado? É unicamente por meio de Cristo que podemos ser postos em harmonia com Deus, com a santidade; mas como devemos chegar a Cristo? Muitos fazem hoje a mesma pergunta que fez a multidão no dia de Pentecoste, quando, convencidos do pecado, clamaram: "Que faremos?" At 2:37. A primeira palavra da resposta de Pedro foi: "Arrependei-vos." Atos 2:38. Noutra ocasião, logo depois, disse: "Arrependei-vos, ... e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados." At 3:19.

O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e afastamento do mesmo. Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos a sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos sinceramente, não haverá em nós uma mudança real da vida.

Muitas pessoas não compreendem a verdadeira natureza do arrependimento. Multidões de pessoas se entristecem pelos seus pecados, efetuando mesmo exteriormente uma reforma, porque receiam que seu mau procedimento lhes traga sofrimentos. Mas não é este o arrependimento segundo o sentido que lhe dá a Bíblia. Lamentam antes os sofrimentos, do que o próprio pecado. Tal foi a tristeza de Esaú quando viu que perdera para sempre o direito da primogenitura. Balaão, aterrado à vista do anjo que se lhe pusera no caminho com a espada alçada, reconheceu seu pecado porque temia que devesse perder a vida; não teve, porém, genuíno arrependimento do pecado, nem mudança de propósito ou aborrecimento do mal. Judas Iscariotes, depois de haver traído seu Senhor, exclamou: "Pequei, traindo sangue inocente." Mt. 27:4.

A confissão foi arrancada de sua alma culpada, por uma horrível consciência de condenação e temerosa expectação do juízo. As consequências que o aguardavam enchiam-no de terror; mas não houve em sua alma uma profunda e dolorosa tristeza por haver traído o imaculado Filho de Deus e negado o Santo de Israel. Faraó, quando sofria sob os juízos de Deus, reconheceu seu pecado, para escapar a castigos posteriores; mas voltava a desafiar o Céu apenas suspensas as pragas. Todos esses lamentaram as consequências do pecado, mas não se entristeceram pelo próprio pecado.




Quando, porém, o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência é despertada, e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no Céu e na Terra. A "luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (Jo 1:9), ilumina também os secretos escaninhos da alma, e as coisas ocultas das trevas se põem a descoberto. A convicção se apodera do espírito e da alma. O pecador tem então uma intuição da justiça de Jeová e experimenta horror ante a ideia de aparecer, em sua própria culpa e impureza, perante o Perscrutador dos corações. Vê o amor de Deus, a beleza da santidade, a exaltação da pureza; anseia por ser purificado e reintegrado na comunhão do Céu.

A oração de Davi, depois de sua queda, ilustra a natureza da verdadeira tristeza pelo pecado. Seu arrependimento foi sincero e profundo. Não fez nenhum empenho por atenuar a culpa; nenhum desejo de escapar ao juízo que o ameaçava lhe inspirou a oração. Reconheceu a enormidade de sua transgressão; viu a contaminação de sua alma; aborreceu o pecado. Não suplicava unicamente o perdão, mas também um coração puro. Anelava a alegria da santidade - ser reintegrado na harmonia e comunhão com Deus. Era essa a linguagem de sua alma: "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano." Sl. 32:1 e 2.

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade; Apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das Tuas misericórdias. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da Tua presença e não retires de mim o Teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da Tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, E a minha língua louvará altamente a Tua justiça." Sl. 51:1, 3, 7, 10-12 e 14.

Arrependimento como esse, está além de nossas forças realizar; só é obtido por meio de Cristo, que subiu ao alto e deu dons aos homens. Exatamente aqui está o ponto em que muitos erram, sendo por isso privados de receber o auxílio que Cristo lhes desejava conceder. Pensam que não podem chegar a Cristo sem primeiro arrepender-se e que é o arrependimento que os prepara para o perdão de seus pecados. É certo que o arrependimento precede o perdão dos pecados, pois unicamente o coração quebrantado e contrito é que sente a necessidade de um Salvador. Mas terá o pecador de esperar até que se tenha arrependido, antes de poder chegar-se a Jesus? Deve fazer-se do arrependimento um obstáculo entre o pecador e o Salvador?

A Bíblia não ensina que o pecador tenha de arrepender-se antes de poder aceitar o convite de Cristo: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." Mt. 11:28. 

É a virtude que emana de Cristo, que conduz ao genuíno arrependimento. Pedro elucidou este ponto em sua declaração aos israelitas, dizendo: "Deus, com a Sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados." At 5:31. Assim como não podemos alcançar perdão sem Cristo, também não podemos arrepender-nos sem que o Espírito de Cristo nos desperte a consciência.

            O objetivo deste estudo é trazer algumas informações, colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão sobre arrependimento e fé para a salvação. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.

I – ARREPENDIMENTO, UMA TRANSFORMAÇÃO DO ESPÍRITO

No Novo Testamento, o apóstolo Pedro diz o seguinte: "Arrependei-vos, pois. e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados." (At. 3:19.)

Ninguém pode voltar-se para Deus desejando arrepender-se ou crer, sem a ajuda dele. É ele quem opera este ato em nós.

A Bíblia nos diz muitas vezes como homens e mulheres fizeram isso. "Converte-me, e serei convertido, porque tu és o Senhor meu Deus." (Jr. 31:18.)

Para muitas pessoas a palavra "arrependimento" está fora de moda. Ela não parece ocupar um lugar certo no vocabulário do século XXI. Mas o arrependimento significa reconhecer o que somos e ter a disposição de mudar de mente com relação ao pecado, ao ego e a Deus.

O arrependimento implica primeiramente num reconhecimento de nosso pecado. Quando nos arrependemos, estamos afirmando que reconhecemos que somos pecadores e que nosso pecado nos coloca em culpa perante Deus. Este tipo de culpa não significa um autodesprezo incriminante, mas significa que enxergamos a nós mesmos como Deus nos enxerga. e dizemos: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador." (Lc. 18:13.) Não é somente a culpa de toda a sociedade que estamos reconhecendo. É muito fácil culpar o governo, o sistema de ensino, a igreja, o lar, pelos nossos próprios erros.

Cada um de nós tem suas culpas individuais perante Deus. Desde o momento em que somos concebidos, já trazemos a tendência para o pecado; depois tornamo-nos pecadores por uma escolha pessoal, e finalmente pecadores na prática. É por isso que a Bíblia diz que todos pecamos e carecemos da glória de Deus.


Todas as pessoas, de todo o mundo, seja qual for a raça, cor, língua ou cultura precisa nascer de novo. Somos culpados de "pecado" (singular), que se expressa em "pecados" (plural). Transgredimos a lei de Deus e nos rebelamos contra ele, porque somos pecadores por natureza. E foi esse problema do pecado (singular) que Cristo resolveu na cruz.

Temos ouvido falar muito em "raízes". As raízes do pecado individual e coletivo da humanidade estão no fundo do coração do homem. Somos uma raça humana doente. E essa doença só pode ser tratada pelo sangue de Cristo, assim como no Velho Testamento o sangue dos animais era derramado em centenas de altares, na esperança do dia em que Jesus Cristo seria "o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo. 1:29). Ele se tornou o bode expiatório para o mundo inteiro. Todos os nossos pecados foram depositados sobre ele. É por esta razão que Deus pode perdoar-nos hoje. É por isso que ele pode infundir-nos nova vida – que é chamada regeneração ou novo nascimento.

Quando olhamos os atributos de Deus e compreendemos como estamos aquém de sua perfeição, não podemos deixar de reconhecer nossa natureza pecaminosa. O apóstolo Pedro havia praticado atos pecaminosos e abrigado pensamentos pecaminosos, mas muito além de um reconhecimento mental ou físico de seus erros, ele reconhecia sua natureza pecaminosa. Ele disse: "Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador." (Lc. 5:8.) Notemos que ele não disse "Eu peco", mas "sou pecador".

Jó viu como era corrupto em relação à perfeição divina, e exclamou: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza." (Jó 42:5,6.) Ele se comparou com Deus e se arrependeu; reconheceu que se achava diante do Senhor.

O arrependimento também implica numa genuína tristeza pelo pecado. A tristeza é uma emoção, e nós somos criaturas muito instáveis quanto ao grau de emoção que experimentamos. Contudo, o arrependimento sem tristeza é vazio. O apóstolo Paulo disse: "Agora me alegro, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que de nossa parte nenhum dano sofrêsseis." (II Co. 7:9.)

Arrependimento é uma mudança de mente, mas é sempre usado em referência às obras do passado e jamais usado em referência à conduta no futuro. Arrependimento é a mudança na mente de uma pessoa, que lida com as falhas, os pecados, os erros, a falta de zelo e a impiedade do passado. Isso significa que agora vemos todas essas coisas como erradas e impróprias. Esse é o significado do arrependimento. Podemos dizer que fé é olhar para Cristo e arrependimento é olhar para nós mesmos na luz de Cristo. Enquanto ainda somos pecadores, o Espírito Santo brilha em nós e nos expõe diante de nós mesmos.

Isso é arrependimento. Isso é o mais necessário e indispensável. Sem o iluminar do Espírito Santo e a percepção de nós mesmos, não podemos levantar os olhos ao Senhor Jesus.

A obra do arrependimento é similar às obras da lei. O propósito de Deus é que o homem receba Sua graça. Mas o homem pecou. Ele não tem luz. Ele não sabe que tipo de pessoa é. Não sabe que está condenado perante Deus, que é absolutamente inútil e, portanto, incapaz de receber a graça de Deus. Vamos supor que você esteja muito doente e que seus dois pulmões estejam completamente infectados. Você pode dizer que tem uma boa aparência e está corado. Você não acha que um bom remédio ou um médico sejam necessários. Agora suponha que faça uma radiografia. Depois de ver o resultado, admitirá que é um homem doente e que necessita de descanso e tratamento. Portanto, arrependimento é o objetivo de Deus ao dar a lei. Pelo arrependimento, pelo iluminar de Deus, o brilhar do Espírito Santo e a Palavra de Deus, vemos que nossas obras passadas estavam todas erradas e que nosso modo de vida era impróprio. Deus diagnosticou nossa doença e devemos admitir que estamos errados. Isso é arrependimento.

II – A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO

Considerando a conversão, vimos que ela tem uma faceta chamada arrependimento que consiste de "dar as costas ao pecado". Mas ela possui também um lado chamado fé, que implica em "voltar-se para Deus".

A fé é antes de tudo crença – a crença de que Cristo era quem ele disse ser. Segundo, a fé é a crença de que ele pode fazer aquilo que alegou poder fazer – ele pode perdoar-nos, e pode entrar em nossa vida. Em terceiro lugar, a fé é confiança, um ato de entrega, pelo qual abro a porta do coração para ele.

No Novo Testamento, as palavras "fé", "crença" e "crer" correspondem, no grego, a palavras sinônimas, e, portanto, intercambiáveis.

Depositar fé em Cristo significa que primeiramente temos que fazer uma escolha. As Escrituras dizem: "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus." (Jo. 3:18.) A pessoa que crê não é condenada; a pessoa que não creu está condenada. A fim de não ser condenada cada pessoa tem que tomar uma decisão – ela tem que resolver a crer.

Vemos então como é importante crer. A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Mas o que significa crer? Significa entregar-se totalmente a Cristo, render-se a ele. Crer é uma reação positiva de nossa parte para com a oferta divina de misericórdia, amor e perdão.

Deus tomou a iniciativa, e fez tudo que lhe era possível para oferecer-nos salvação. Quando Cristo inclinou a cabeça na cruz e disse "Está consumado", ele quis dizer exatamente isso (Jo. 19:30). O plano de Deus para nossa reconciliação e redenção estava completo em seu Filho. Mas, somente crendo em Jesus – rendendo-nos a ele, entregando-nos a ele – é que somos salvos.

A crença não é um mero sentimento; é a certeza da salvação. Talvez nos olhemos ao espelho e digamos: "Não me sinto salvo; não me sinto perdoado." Mas não procuremos fundamentar nossa certeza em sentimentos. Cristo prometeu, e ele não pode mentir. A fé é um ato deliberado, o de entregarmos nosso ser à pessoa de Jesus Cristo. Não se trata simplesmente de "agarrar-se", por assim dizer, a uma idéia vaga. É um ato de confiança no Deus-Homem, Jesus Cristo.

O Novo Testamento nunca emprega as palavras crença e fé no plural. Portanto, a fé cristã não implica em aceitar uma longa lista de proibições. Ela significa, isso sim, uma entrega individual da mente e do coração a uma pessoa, Jesus Cristo. Não implica em crer em toda e qualquer coisa. É crer numa pessoa, e essa pessoa é o Cristo descrito na Bíblia.

A fé não é anti-intelectual. Ela envolve uma premissa muito lógica – isto é, confiar na capacidade superior de Deus para salvar-nos.

Francis Schaeffer, esse brilhante teólogo cristão que faleceu em 1984, explicava que não somente a fé é lógica, mas a falta de fé é ilógica. Ele escreveu: "O homem foi criado à imagem de Deus; portanto, em vista do fato de que Deus é um Deus pessoal, o abismo que há não é entre Deus e o homem, mas entre o homem e tudo o mais. Mas em vista do fato de que Deus é infinito, o homem está tão separado de Deus, como o átomo ou qualquer outro objeto finito está do universo. Aqui então vemos como o homem pode ser finito, mas ainda assim uma pessoa.

"Não se trata de afirmar que esta é a melhor explicação da existência; é a única. É por isso que podemos apoiar o cristianismo e manter nossa integridade intelectual. A única explicação para tudo que existe é que Ele, o Deus infinito e pessoal, realmente existe."

A fé em Cristo também é voluntária. Ninguém pode ser forçado a crer em Jesus, nem pode ser coagido a isso por propinas, nem ser iludido. Deus não entra em nossa vida pela força. O Espírito Santo faz todo o possível para nos importunar, atrair-nos, amar-nos – mas, no fim, a decisão é nossa. Deus não somente deu seu Filho na cruz, onde o plano da redenção foi consumado, mas ele deu a lei, expressa nos dez mandamentos e o Sermão do Monte para nos mostrar que precisamos de perdão; ele nos deu o Espírito Santo para nos convencer dessa necessidade.


Ele nos dá o Espírito Santo para atrair-nos para a cruz, mas, apesar de tudo isso, somos nós quem decidimos se aceitaremos o perdão gratuito que Deus nos oferece, ou continuaremos em nossa condição de pecadores.

A fé, também, afeta toda a personalidade. Em seu livro Knowing God (Conhecendo a Deus), J. J. Parker diz o seguinte: "Conhecer a Deus é uma questão de envolvimento pessoal, em mente, vontade e emoção. De outro modo, não seria um relacionamento pessoal pleno."

Portanto, a fé não é apenas uma reação emocional, ou um entendimento intelectual, ou uma decisão voluntária; a fé abrange tudo isso. Ela envolve o intelecto, a emoção e a vontade.

III – O ARREPENDIMENTO E A FÉ SÃO AS RESPOSTAS DO HOMEM À SALVAÇÃO

Como, então, o homem é salvo? O Evangelho de João nos diz claramente que é pela fé. Os livros de Romanos e Gálatas também dizem claramente que é pela fé. Gálatas nos afirma que é somente pela fé. No Novo Testamento existem esses três livros que tratam da questão da salvação. Todos os três livros dizem que a salvação é somente pela fé e não pela lei. O arrependimento não é levado em consideração. Então, qual posição o arrependimento ocupa? Se lermos a Bíblia, veremos que arrependimento nunca está isolado da fé. Arrependimento nunca está separado da fé. Isso não significa que uma pessoa é salva pela fé e pelo arrependimento. O arrependimento está incluído na fé e já está incluído na salvação. Quando um homem crê no Senhor Jesus, o elemento de arrependimento já está incluído nesse crer. Se alguém diz que é salvo, então a sua salvação já inclui arrependimento. O arrependimento nunca está separado da fé. Está sempre incluído na salvação.

Agora consideremos se o arrependimento é uma condição. No Novo Testamento, na época do livro de Atos, o Espírito Santo veio e o evangelho completo foi pregado. O livro de Atos parece mostrar-nos que arrependimento é uma condição para a salvação. Muitos não interpretaram adequadamente o assunto, porque não viram a posição do arrependimento. Sem dúvida, o Antigo Testamento também fala sobre arrependimento. Jonas pregou aos homens de Nínive que se eles não se arrependessem, Deus iria destruí-los (Jn 1:1-2). Eles se arrependeram, vestiram-se de panos de saco, cobriram-se de cinzas e jejuaram. Isso foi por causa das suas obras passadas. O fato de vestir-se de panos de saco e cobrir-se com cinzas não foi por causa dos atos futuros. Se fosse, que pano de saco e cinzas teriam a ver com isso? Arrependimento é lamentar e condenar o comportamento passado de uma pessoa. Uma pessoa veste-se com pano de saco e cobre-se com cinzas porque percebe que está errada perante Deus. Anteriormente ela pensava que estava viva.


Agora fica sabendo que estava morta. Portanto lamenta por suas obras erradas do passado. Isso é arrependimento. Foi isso que Jonas pregou. Antes que o evangelho do Senhor Jesus viesse, não víamos a salvação pela fé. O que tínhamos então era somente o arrependimento de obras passadas.

Mais tarde João Batista veio. Ele não pregou fé. Somente pregou arrependimento, isto é, um arrependimento dos atos e das transgressões do passado. Em Mateus 3:8, ele disse uma coisa muito boa: “Produzi, pois, frutos dignos do arrependimento”. Ele também disse que: “Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo” (Lc 3:11). Temos de perceber que isso não é arrependimento. Antes, é o fruto do arrependimento. Arrependimento refere-se ao passado e o fruto do arrependimento refere-se ao futuro. No tempo de João, o evangelho completo não tinha ainda sido pregado, e a luz da verdade não tinha sido ainda totalmente revelada. Para conduzir os homens a Deus, ele tinha de levá-los a uma visão diferente do passado.

Logo após, o próprio Senhor Jesus veio. O Evangelho de João é diferente dos outros três evangelhos. Os primeiros três evangelhos falam sobre o que Ele fez no tempo. Todo leitor da Bíblia sabe que o Evangelho de João não fala de coisas relacionadas com o tempo; ao contrário, fala de coisas da eternidade. Começa com “No princípio” e termina com o recebimento da vida eterna (1:1; 20:22). Os primeiros três livros falam sobre o Filho de Davi, o Filho de Abraão (Mt 1:1). Isso nos mostra o Cristo no tempo. João nos fala sobre o Cristo na eternidade (3:13). Os primeiros três livros são transitórios. Portanto, eles falam sobre arrependimento. Mas por que o Senhor também fala sobre arrependimento? (Mt 4:17). Porque o reino dos céus se aproximara. Pelo fato de o reino dos céus ter se aproximado temos de arrepender-nos. Mas no Evangelho de João, depois da pregação do evangelho completo, não há mais nenhuma menção de arrependimento. Em Atos, alguns versículos também dizem que salvação tem de ser pela fé. At 16:31 diz: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”.

Portanto podemos ver o verdadeiro significado de arrependimento segundo a Bíblia. É um novo conceito do passado do homem. O arrependimento vê alguém do mesmo modo que a fé vê o Senhor Jesus. Quando o homem crê, ele vê o que o Senhor Jesus fez por ele. Quando se arrepende vê as obras que ele mesmo fez no passado. Ver o que alguém fez no passado é arrependimento, ver o que o Senhor Jesus fez na cruz é fé. Se quisermos ver o que o Senhor Jesus fez por nós, precisamos primeiro ver o que nós próprios fizemos. A menos que o ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus tivesse dito claramente com a própria boca que o que ele estava sofrendo era o que ele merecia, ele não poderia ter dito para Aquele crucificado ao seu lado: “Lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lc 23:42). Se estivesse amaldiçoando os magistrados como agentes dos imperialistas e se não tivesse visto que o que ele sofreu foi o que merecia, ele não teria visto quem o Senhor era. Quando não nos vemos, não vemos o Senhor. Quando vemos a nós mesmos, vemos o Senhor. Isso é arrependimento.


CONCLUSÃO
A única condição para a salvação de Deus é a fé. Fé é dizer que você deseja e anela a salvação de Deus. Que é a fé sobre a qual a Bíblia fala? Primeiro, Deus cumpriu a redenção por meio da morte de Seu Filho Jesus Cristo na cruz. Sua obra na cruz foi completa. Por que foi completa? Eu não sei por quê. Nem você sabe. Somente Deus sabe. Como pode o sangue do Senhor Jesus redimir-nos de nossos pecados? Por que a redenção do Senhor Jesus é eficaz? Não precisamos fazer essas perguntas. Essas questões são para Deus. A obra do Senhor na cruz foi cumprida e o coração de Deus está satisfeito, amém.

Na confecção deste pequeno estudo, buscamos consultar literatura que mais se aproxima com o pensamento de nossa denominação, tentando não perder a coerência teológica. Evitamos expressar conceitos e opiniões pessoais sem o devido embasamento na Palavra, pois a finalidade é agregar conhecimentos, enriquecer a aula da escola dominical e proporcionar ao professor domínio sobre a matéria em tela. Caso alcance tais finalidades, agradeço ao meu DEUS por esta grandiosa oportunidade.
                                                     

 Pr. JOSÉ COSTA JUNIOR