21 de fevereiro de 2012

DIZIMOS E OFERTAS


DIZIMOS E OFERTAS

TEXTO ÁUREO - "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança" (Ml 3.10).

 VERDADE PRÁTICA - Adorar a Deus com os nossos dízimos e ofertas é uma forma de expressar-lhe nosso amor por sua provisão.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Malaquias 3.7-12.

INTRODUÇÃO

 Para enriquecer o conhecimento de seus alunos acerca do dízimo, faça a seguinte atividade: Solicite à classe que leia as referências indicadas sobre o dízimo e descubra os propósitos, princípios e verdades relacionadas ao tema na Bíblia.

Lv 27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de todos os produtos da terra e dos rebanhos.

18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote. 

Dt 14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.

Dt 26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição. De início, escreva no quadro de giz apenas as referências. Seus alunos deverão lê-las e interpretar o texto. É natural que tenham dificuldades. Porém, ajude-os com um breve comentário sobre cada texto.

  Ao descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: "O dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir do qual começamos". Não há como discordar do irmão Blanchard. Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã.
Afinal, por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se: as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.

O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS

1. Definição. Os dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16).
Em nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: "Oferta entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua suficiência".

2. Mordomia cristã. A entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados.
A mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2).

ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES

 Vejamos por que os dízimos e ofertas são importantes.

1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus. "Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares" (Pv 3.9,10).

2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7).

3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário: "Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada" (Êx 25.1,2).

4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento. "Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta sidos de prata" (2 Sm 24.24).

A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA

 A mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo; é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo haviam recebido.

1. Antigo Testamento. Embora a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente, imitando-lhe o gesto:

a) Abel. Um dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um sacrifício a Deus: "E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta" (Gn 4.4).

b) Abraão. Abraão foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe "trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gn 14.18-20 - ARA).

c) Israel. Os filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: "Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação" (Nm 18.21 - ARA).

2. Novo Testamento. Ao contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois, como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o Senhor.

a) Jesus não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam: "Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras" (Lc 11.42).

b) Tipologicamente, Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o Nazareno: "Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo" (Hb 7.1,2 - ARA).

c) A Igreja Primitiva contribuía regularmente no primeiro dia da semana: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1 Co 16.2 - ARA).

d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: "José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos" (At 4.36,37 - ARA).

 A CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA NA IGREJA

2 CORÍNTIOS 9.1-9; = 1 CORINTIOS 16. 1-4


O dízimo está presente ao longo de todo o Antigo Testamento e na prática do povo de Deus desde os tempos mais remotos. Em Gn 14. 20, Abraão, ancestral de Israel, entrega dízimos a Melquisedeque. A partir deste evento, a contribuição financeira passa a fazer parte inseparável da estrutura de fé dos que servem a Deus e sua Igreja. Nesta lição, nos ateremos a analisar o dizimo e suas implicações na vida do crente.

I. IDÉIAS ERRADAS QUANTO AO DÍZIMO.

Antes de fornecermos uma definição equilibrada do dízimo, seguem-se algumas afirmações sobre como o dízimo não deve ser encarado.

1. Não é legalismo. Moisés, inspirado por Deus, estabeleceu que o povo, como um todo, deveria entregar aos sacerdotes a décima parte de tudo que arrecadassem. Com o passar do tempo, o povo passou a fazê-lo apenas por causa do peso da lei, sem discernir o verdadeiro sentido de sua ação. Ações meramente legalistas tem pouco ou nenhum valor diante de Deus.

2. Não é um substituto das virtudes cristãs. Entregar o dízimo não exime o crente da prática das grandes virtudes da Bíblia. Em Lucas 11. 42, Jesus repreende os fariseus: “Ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o juízo e o amor de Deus! Importa fazer estas coisas e não deixar as outras” A prática do dízimo não desobriga o crente de produzir o fruto do Espírito e de ser um exemplo para os que com ele convivem.

3. Não deve se transformar numa carga insuportável. Deve ser uma manifestação espontânea e livre; fazê-lo com constrangimentos diminui, ou anula, o valor do ato em si. Às vezes, a avareza e conceitos errados se interpõem como um obstáculo para que o crente haja de maneira correta e de todo coração. O dízimo deve ser entregue com liberalidade e alegria.

4. Não concede poder de barganha. Hoje em dia, há pessoas que se sentem tentadas a negociar com Deus, e algumas vezes com a liderança da igreja, imaginando que o tamanho e assiduidade com que entregam seu dízimo lhes darão mais prestígio ou quem sabe um cargo de destaque na igreja.
Este tipo de ação é comum em corações que precisam urgentemente amadurecer e alinhar o valor das coisas em seu devido lugar.

5. Não nos torna merecedores da graça divina. O substantivo “graça” já diz tudo por si mesmo; toda bênção que recebemos é inteiramente por mérito de Deus. Ele é tão bom que nos concede todas as coisas sem que o mereçamos. Nosso dízimo não compra a graça divina: “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Ef 2.8,9).

DEFININDO O TERMO “DÍZIMO”.

A palavra dízimo significa: décima parte. O judeu, após a colheita, antes de efetuar o pagamento de qualquer despesa, retirava a décima parte de tudo que produzia e dedicava-a ao Senhor em gratidão por suas bênçãos. Isto implicava também na consagração da vida do ofertante e de tudo que possuísse. Mas, o que é o dízimo?

1. É um dever de todo crente. Não importando quanto cada um produz, todos os que servem ao Senhor têm, entre outros compromissos, o de entregar o seu dízimo. Ml 3.10 diz: “Trazei os dízimos à casa do tesouro”. Ser cristão é ser partícipe de privilégios, mas é também assumir responsabilidades intransferíveis. Entregar o dízimo é uma delas.

2. É um ato de obediência. Trazer a quantia devida e entregá-la no templo é uma questão de obediência. Ml 3.8 diz: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas”. Segundo este texto, o homem se coloca em franca desobediência quando não traz os dízimos à casa do tesouro.

3. É um ato de fé. Os dízimos não são dados ao pastor da igreja, mas sim ao Senhor e à sua obra. Para se compreender isso é necessário que se tenha uma mente transformada. É quase impossível ao não regenerado chegar a esta compreensão. Mas o crente nascido de novo o faz de coração e por fé.

4. É um ato de amor com a obra de Deus. Ml 3.10b diz: “para que haja mantimento em minha casa”. O crente quando entrega seu dízimo, precisa fazê-lo na certeza de que a sua contribuição é que possibilita a marcha da Igreja, sustenta seus projetos missionários e a mantém em crescimento.

5. É um ato de gratidão. O dízimo, quando praticado de forma correta, constitui-se em demonstração de nossa gratidão ao Senhor. Ele nos tem dado tudo, por que não lhe daremos o dízimo que é tão pouco?

6. O dízimo é entregue ao Senhor. É necessário que se saiba que o dízimo é entregue, em última instância, ao Senhor. É uma consagração que se faz ao Deus Todo-Poderoso.

7. O local da entrega dos dízimos. Os levitas eram os responsáveis pelo seu recebimento (Hb 7.9). O povo poderia trazer parte de sua colheita ou o correspondente em dinheiro. Após a construção do templo em Israel, e principalmente após o cativeiro babilônico, todos os recursos financeiros eram trazidos à Casa do Senhor. É por isto que o texto de Ml 3.10 diz:” Trazei todos os dízimos”. Não é correto ao crente entregar suas contribuições financeiras onde lhe aprouver. Existem alguns que deliberadamente o estão “enviando” para este ou aquele pastor ou missionário, mas o verbo enfatiza a ação de “trazer” e não de “enviar”.

8. Sobre que tipo de renda deve-se dizimar. O dízimo deve ser separado ao Senhor sobre tudo o que produzirmos. Se tenho uma, duas, três ou mais fontes de rendas, devo separar o que pertence ao Senhor de todas estas fontes.

9. Cada um contribui proporcionalmente aos seus rendimentos. O valor não reside na quantia que entregamos, mas no ato de ofertar a Deus. Este privilégio não exclui a ninguém. Sobre a viúva pobre, Jesus respondeu: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro”. A razão para esta resposta é simples: o dízimo é proporcional aos nossos rendimentos. A oferta da viúva era maior porque em relação aos outros ela nada tinha, mas em seu quase nada, dera tudo.

BÊNÇÃOS ADVINDAS DA FIDELIDADE EM DIZIMAR

1. O devorador é repreendido. Produzir muito não significa, necessariamente, ter o suficiente para se conseguir segurança nas finanças. Se o devorador estiver livre para agir, tudo o que se ganha será sempre pouco. É como depósito feito em sacolas sem fundo (Ml 3.11).

2. Respeito pelos de fora. “Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.12). Este texto ensina que entregar fielmente o dízimo traz ao crente um elevado conceito por parte de todos.

3. Vitória sobre a avareza. Ef 5.5; Cl 3.5. Assumir uma atitude correta em relação ao dízimo permite ao crente vencer sentimentos negativos como a avareza e o egoísmo, preparando-o a ter um coração mais predisposto a dar do que a receber.

4. Dispõe o coração de Deus em nosso favor. “Tomai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.7). Nossa atitude de voltar-se para Deus permite que Ele se volte para nós. Isto nos mostra que o tema do dízimo faz parte do elenco das grandes virtudes cristãs.

Quatro classes de contribuintes

Em toda igreja existem quatro classes de contribuinte, que são:

Os dizimistas fiéis. São os 300 de Gideão, que sempre dão e têm para dar. Quanto mais contribuem, mas têm prazer em contribuir. Esses são os que mantêm o equilíbrio financeiro da igreja.

Os dizimistas infiéis. São os que assumem o compromisso diante de Deus e da igreja e depois de algum tempo falham ou desistem de uma vez. Outros que também pertencem a esta classe são os que dão apenas uma parte do dízimo, para ver o seu nome na lista da tesouraria. São como Ananias e Safira.

Os liberais não dizimistas. Esta classe é a menos numerosa. Não são contrários ao dízimo e nem combatem os dizimistas. Mas não o são porque ainda não compreenderam a doutrina do dízimo.

Os antidizimistas, mesquinhos e derrotistas. Esta classe é a mais numerosa em todas as igrejas. São crentes perigosos e nocivos ao crescimento da obra e do Evangelho. São antidizimistas declarados e se opõem a qualquer campanha financeira.


PORQUE SOU DIZIMISTA


• Sou dizimista porque o dízimo é santo (Lv 27.30-32);
• Sou dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos (Ml 3.10-12);
• Sou dizimista porque amo a obra de Deus, na face da Terra;
• Sou dizimista porque Deus é o dono do mundo (Sl 24.1);
• Sou dizimista porque eu mesmo vou gozá-lo na casa de Deus (Dt 14.22-23);
• Sou dizimista porque mais bem aventurado é dar do que receber (At 20.35);
• Sou dizimista porque Deus ama o que dá com alegria (I Co 9.7);
• Sou dizimista porque tudo vem das mãos de Deus (I Cr 29.17);
• Sou dizimista porque não sou avarento (I Tm 6.10);
• Sou dizimista porque meu tesouro está no céu (Mt 6.19-21);
• Sou dizimista porque obedeço a lei de Deus (At 5.29);
• Sou dizimista porque a benção de Deus é que enriquece (Pv 10.22).


CONCLUSÃO

 Os dízimos e as ofertas, por conseguinte, devem ser trazidos a Deus não como uma penosa obrigação; devem ser entregues como um ato de ações de graças.
Não agiam assim os santos do Antigo e do Novo Testamento? Mostremos, pois, ao Pai toda a nossa gratidão; ofertemos não para sermos abençoados, mas porque já fomos abençoados. O ofertar faz parte tanto do nosso culto público como individual.
Devemos ser fiéis na entrega da décima parte de nossa renda, pois, tudo pertence a Deus. Nosso trabalho, família, nossa saúde, tudo provém de Deus. O fato de não sabermos se estaremos vivos amanhã, indica que, inclusive, a nossa vida é uma dádiva divina.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Lições bíblicas CPAD 1997
Lições bíblicas CPAD 2008
HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? RJ: CPAD, 1998.
SILVA, S. O crente e a prosperidade. RJ: CPAD, 1992.
SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro. RJ: CPAD, 2001

ESTUDO PARA COMPLEMENTAR A AULA

A MORDOMIA DO DÍZIMO

TEXTO ÁUREO - “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos (Ml 3. 10).

VERDADE PRÁTICA - A prática do dízimo faz parte da adoração cristã como reconhecimento de que Deus é a fonte de todo o bem que possuímos.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ml 3.7-10; I Co 16.1,2

INTRODUÇÃO

Disse certo escritor que “o dízimo é a muralha que o cristianismo edifica para sustar os ataques do materialismo”. Sem dúvida, a doutrina do dízimo tem sido debatida e rebatida por vários grupos com a intenção de negá-la como doutrina do cristianismo.
Entretanto, é inegável essa doutrina porque ela põe em evidência o fato de que somos mordomos dos bens que Deus nos tem dado a usufruir. O dízimo foi estabelecido nos primórdios da criação do homem, reconhecido por Jesus quando esteve na terra como o “Verbo feito carne” e mantido pelos seus discípulos na formação da Igreja. O dízimo está diretamente ligado à idéia da mordomia cristã.
A Bíblia estabelece três princípios básicos de mordomia:

1) Deus é Senhor de tudo;
2) Cada pessoa é um mordomo daquilo que Deus lhe confiou:
3) Cada pessoa deve dar conta da sua mordomia a Deus.

I.                   O QUE É DIZIMO

“O dízimo é o hábito regular pelo qual um cristão, procurando ser fiel à sua crença, põe à parte, pelo menos dez por cento de suas rendas, como um reconhecimento das dádivas divinas.  Ele reconhece, assim, que Deus é o Senhor de todas as fontes terrenas, escreveu G. Ernest Thomas. (Confira o assunto com as Escrituras: I Co 10.26; Ag 28; Sl 50. 10,11; Os 2. 8,9)

Quando um crente se recusa a entregar o dízimo ao Senhor, é porque ainda não reconheceu plenamente o senhorio e a bondade de Deus. Usufrui dos bens que a terra proporciona, mas age como “posseiro” ou “grileiro”, que se apossa da terra e dos seus bens, sem reconhecer qualquer direito de propriedade alheia. Quando tributamos a Deus com os nossos dízimos, estamos reconhecendo, automaticamente, o senhorio de nosso Deus (I Co 10.26; Ag 2.8).

1. Reconhecimento pelas bênçãos divinas. O dízimo é um reconhecimento de que Deus é o doador de tudo na vida, O homem pertence a Deus, (Gn 1.27; Ez 18.4).

A terra pertence a Deus (Sl 24.1; Hb 11.3; CI 1.17; Sl 104.30).

2. Adoração. Faz parte da adoração cristã a contribuição feita à igreja para a obra de Deus, através dos “dízimos e ofertas” (I Co 16.1-4).

3. Fé. A entrega, sem fé, do dízimo, é um legalismo sem fruto. Quando o crente separa um décimo dos seus rendimentos, deve fazê-lo com fé, isto é, com a convicção de que Deus é o Senhor de todas as Coisas e que o dízimo é tributo espontâneo que se faz a Ele.

II.                O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO

1. O Exemplo de Caim e Abel (Gn 4.2-7). A raiz da doutrina do dízimo é identificada ainda nos primórdios da criação.

Após a queda do homem, começou um novo diálogo entre Deus e o Homem. Caim e Abel, nossos primeiros irmãos, foram ensinados a que fossem leais ao Criador e oferecessem, espontaneamente, ao Senhor alguma coisa do produto do seu trabalho, em gratidão pela sua bondade (Gn 4.3,4).

2. O Exemplo de Abraão (Gn 14.18-24). De fato, a primeira menção específica do dízimo, no Antigo Testamento, ocorre quando Abraão trouxe a sua oferta ao Senhor e a entregou ao “Sacerdote do Deus Altíssimo”. Notemos que Abraão o fez espontaneamente em atitude de reconhecimento da sua mordomia (Gn 14.22).

Nascia aqui a idéia do dízimo para o povo de Deus. Abraão tornou-se agradecido a Deus, por isso entregou seus dízimos ao sacerdote Melquisedeque, que representava os interesses divinos na terra.

3. O Exemplo de Jacó (Gn 28.18-22). Com a mesma característica da atitude de seu avô Abraão, o dízimo de Jacó era voluntário e expressava sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas.

Observa-se que Jacó já havia recebido instruções acerca do dízimo através dos seus pais, Isaque e Rebeca. E um exemplo positivo para a família cristã, hoje, ensinar os filhos a serem fiéis e agradecidos a Deus com seus dízimos e ofertas. Se os nossos filhos aprenderem cedo a importância para o sustento da obra de Deus e para a propagação do Evangelho, certamente serão abençoados em todas as esferas da vida.

4. Nos dias de Moisés. A prática do dízimo foi incorporada à lei dada ao povo de Israel. Na lei vemos por três vezes a citação do dízimo.

A primeira referência (Lv 27.30-32) ao dízimo é o estabelecimento oficial da prática do mesmo pelo povo de Deus. Essa lei sancionou com a autoridade divina a questão do dízimo. Cada judeu, temente a Deus, deveria dar a décima parte de tudo o que a terra produzisse, vegetal ou mineral.

A segunda referência sobre o dízimo esclarece a finalidade do dízimo. Ele era para o sustento do sacerdócio (Nm 18.20-32). A tribo sacerdotal de Levi era a única tribo que não recebia qualquer porção de terra para plantar ou colher.

Essa tribo foi designada para exercer o ministério espiritual do povo de Israel. Por isso deveria ser sustentadas pelas demais tribos. A tribo sacerdotal, envolvendo toda a família de cada sacerdote, era sustentada com os dízimos e ofertas oferecidas a Deus. Os dízimos e as ofertas atualmente são para o sustento da obra e isto inclui o sustento dos obreiros que se dedicam inteiramente ao ministério pastoral da Igreja de Cristo.

Outro texto do Antigo Testamento está em Dt 14.22,23. Era, de fato, a instituição de um segundo dízimo dado uma vez por ano como uma celebração de agradecimento em que todo o povo participava como uma família.

5. Na história de Israel. Houve um período da vida religiosa dos judeus em que o desleixo espiritual e a rotina dos serviços religiosos levaram o povo ao esquecimento das responsabilidades espirituais. Os levitas tiveram que deixar os afazeres sagrados para ganhar o sustento de sua família.

Posteriormente, o rei Ezequias reorganizou a vida religiosa de seu povo, porque entendia que o sucesso do seu reino dependia totalmente de Deus. Organizou as turmas de sacerdotes e levitas e despertou o seu povo à fidelidade na entrega dos seus dízimos.
O povo acolheu a palavra de Ezequias e, liberalmente, trouxe seus dízimos, de modo que, como diz o texto: “e se fizeram muitos montões” (II Cr 31.5,6). No último livro do Antigo Testamento, o profeta Malaquias ergue a sua voz contra os pecados de Israel, entre os quais, o abandono à prática do dízimo.


III.             O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO

Alguns grupos cristãos negam a doutrina do dízimo, afirmando que a referida prática pertence apenas ao Antigo Testamento e nada tem a ver com o Novo Testamento. Entretanto, o dízimo passou a ter uma nova perspectiva sob a dispensação da graça                         (Mt 23.23).

1. O exemplo de Jesus (Jo 13.15; Mt 6.33). Notemos que Jesus praticou a mordomia desde cedo.  Com 12 anos de idade Jesus demonstrou uma mordomia consciente quando respondeu a seus pais terrenos, dizendo:  “Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). Quando foi tentado no deserto a transformar pedra em pão, Jesus não esqueceu sua mordomia  (Mt 4.4).

Quando lhe foi oferecido o reino da terra, Satanás quis fazê-lo esquecer de Sua mordomia, mas Jesus o venceu (Mt 4.10).

Observe os preceitos da mordomia, estabelecidos por Jesus, nos seguintes textos:                      Mt 6.19,25,33; Mt 7.12; Mc 12.17; Lc 12.15,33,48; Mt 10.8; At 20.35: Mc 8.37, etc.

2. O exemplo da Igreja Primitiva (At 4.32; II Co 8.7). Sem dúvida o derramamento do Espírito Santo, nos primórdios da Igreja, quebrou as amarras da avareza e do egoísmo, e os crentes contribuíram alegremente com tudo quanto tinham.

3. O exemplo das igrejas da Macedônia (II Co 8.1-9). A igreja da Macedônia resultou dos trabalhos missionários de Paulo. Era uma igreja constituída, na sua maioria, de crentes materialmente pobres, mas era rica em generosidade. Paulo solicita à igreja da Macedônia que contribua financeiramente para ajudar a igreja em Jerusalém, e isto foi de modo maravilhoso aceito entre aqueles crentes.

4. A prática do dízimo ensinada no Novo Testamento. Há três referências acerca do dízimo no Novo Testamento. Duas delas são paralelas e se referem ao ensino de Jesus dado aos fariseus, conforme já abordados (Mt 23.23; Lc 11.42).

A terceira referência encontra-se na carta aos Hebreus (Hb 7.1-10). Notemos que o autor da carta (e é óbvio que foi escrita para judeus cristãos) traz a figura de Melquisedeque para tipificar a Cristo. O texto está provando a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação e, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico.
O texto diz que Abraão pagou seu dízimo a Melquisedeque, que era sacerdote do “Deus Altíssimo”. Ora, isto era muito antes da instituição da lei no Antigo Testamento. Se Melquisedeque era figura de Cristo, e Abraão lhe deu o dízimo, é claro que hoje, os crentes dão a Cristo os dízimos, pois Ele é Sacerdote Eterno.

5. O sustento do Ministério Cristão (I Co 9.1-13). Paulo declara e ensina à igreja em Corinto acerca do direito dos que trabalham no ministério cristão, ou seja, que vivam do ministério (I Co 9.13).

Destaca, também, que o principio do sustento do ministério sacerdotal na dispensação da lei é o mesmo na dispensação da graça. Cada igreja é responsável diante de Deus pelo sustento de seus ministros, de forma digna e honrada.

IV.             O PADRÃO NEOTESTAMENTÁRIO DO DÍZIMO

1. A teoria da mordomia paulina. Paulo tinha convicções definidas acerca do dinheiro e do seu uso pelos crentes em Cristo. Sua teoria se resumia no seguinte: o dinheiro deve ser ganho honestamente (I Ts 4.12): deve-se trabalhar, e não pedir ou roubar (Ef 4.28); se alguém não quer trabalhar, não coma também (II Ts 3.10); o crente deve ser econômico e juntar o necessário para seu sustento; deve contribuir para as causas dignas e as pessoas necessitadas (Ef 4.28).

2. O sistema da contribuição neotestamentária (I Co 16.2-4). A contribuição cristã deve obedecer a uma sistematização pessoal de cada crente.

Note a ordem do sistema paulino:

1) “no primeiro dia da semana” (ofertas semanais); “cada um de vós” (todos tem responsabilidade no sustento da obra de Deus); “ponha da parte” (prepare-se para fazer a contribuição, de modo consciente); “o que puder ajuntar” (contribuição proporcional). Portanto, o dízimo é a única proporção conhecida na Bíblia (I Co 16.2).

a. Deve ser feita com alegria. (II Co 9.7). Paulo destaca que o crente que ama ao Senhor contribua com abundância de gozo, “não com tristeza nem por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”.

b. Deve ser voluntária. “Não por necessidade” - expressão que dá idéia de uma obediência racional e legal. Contribuir para provar que contribui; não o faz por fé, nem com voluntariedade. Contribuição voluntária implica vontade e decisão.

c. Deve ser conforme o seu ganho real (I Co 16.2). O dízimo é uma questão de fé e obediência. A fé não duvida das promessas do Senhor e a obediência propicia o cumprimento dessas promessas divinas. Quando o crente recebe o seu salário mensal, quinzenal ou semanal, deve imediatamente separar o que pertence ao Senhor.

d. Deve ser feita com fidelidade e regularidade. Um dos grandes tropeços espirituais de muitos crentes está no fato de que, quando tudo transcorre bem na vida cotidiana, eles contribuem com seus dízimos, mas quando vêm às dificuldades, o dizimo é facilmente esquecido. A fidelidade para com Deus, em relação ao dízimo, deve ser exercida em todas as circunstâncias da vida.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Lições bíblicas CPAD 2003