O DESPERTAMENTO RENOVA O ALTAR
Texto Áureo
Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele;
e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado.
1 Reis 18.30 (versão ARC)
(Chegai-vos a mim) Estas mesmas palavras, usadas por
Elias, também foram usadas por homens santos que estavam na direção de Deus
(José, Gênesis 45.4, e Isaías, Isaías 48.16).
A
passagem de 1 Reis 18.22-39 nos mostra que, embora os profetas de Baal
somavam 450 pessoas e apenas Elias era o representante do Senhor, faz- nos
lembrar da frase que diz: “Você mais Deus é sempre maioria”.
Um
homem que está na direção de Deus é sempre maior do que milhares de homens que
estão fora da direção de Deus.
1 – O Despertamento Conduz o Homem ao Altar
1. Os judeus sentiam a necessidade do acesso a Deus que o altar lhes proporcionava.
1.
Chegando, pois, o sétimo mês e estando os
filhos de Israel já nas cidades, se
ajuntou o povo, como um só homem, em Jerusalém.
2.
E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus
irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos e edificaram o altar do Deus de Israel, para
oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na Lei de Moisés, o
homem de Deus.
3.
E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o terror estava sobre eles, por causa dos
povos das terras; e ofereceram sobre ele holocaustos ao SENHOR, holocaustos
de manhã e de tarde.
Esdras 3.1-3
Quando os judeus retornaram da Babilônia (isto é, uma minoria de
judeus, pois a maioria preferiu ficar na Babilônia), precisavam estar firmes
diante de Deus, pois estavam cercados de inimigos cruéis, de dentro e de fora
de Israel.
Na Palavra de Deus vemos que certos sacrifícios deviam ser contínuos
(diários, Êxodo 29.38-46), Frederick
Brotherton Meyer (autor do Comentário Bíblico F. B. Meyer) observa que:
A vida espiritual do cristão não se desenvolve sem sacrifícios diários,
ou seja, a vida espiritual do cristão não se desenvolve sem horas e hábitos de
devoção a Deus, tais como certos sacrifícios eram diários nos tempos de Moisés,
nós também devemos oferecer a Deus sacrifícios diários, por assim dizer,
orações, meditações na Palavra de Deus, dedicação a obra de Deus e etc.
Francis Davidson (autor do Comentário Bíblico Davidson) observa que, é
possível que durante os anos de exílio, se realizassem ocasionalmente
sacrifícios no local do templo (ou ruinas do templo, Jeremias 41.5), agora (em Esdras
3.1-3)o objetivo era restaurar a ordem de sacrifícios divinamente
prescrita, (ou seja) não inventariam novas formas de sacrifício, mas seguiriam
á risca o que foi ensinado na Lei de Moisés.
O historiador judeu Flávio Josefo atestou que o altar (descrito em Esdras 3.2,3) foi levantado no mesmo local em
que estava o altar do templo de Salomão, mas é impossível atestar se Josefo
estava certo ou não. Para os judeus, o altar, devidamente estabelecido,
proporcionava-lhes acesso a Deus.
2. Todos os despertamentos genuínos começam com a restauração do altar.
Trazendo para os dias atuais, a “restauração do altar” é tão importante quanto era nos tempos do Velho testamento. Hoje em dia, graças a obra redentora de Cristo não precisamos mais de um “altar físico” para “sacrificar ao nosso Deus”, mas sem dúvida precisamos que nosso “altar espiritual” esteja “limpo e sem rachaduras”.
O
nosso “altar espiritual” hoje é nosso “coração” nossa “vida”, por assim dizer.
O
nosso coração (nossa vida) tem sido um altar de sacrifícios ao nosso Deus?
Temos oferecido os sacrifícios da oração, da meditação na Palavra, dos cânticos
agradáveis ao Senhor? Temos oferecido o “sacrifício da obediência a Deus e a
sua Palavra?
Ou
será que nosso “altar espiritual” anda “rachado” e “sujo”? Será que
temos
sacrificado em nosso “altar espiritual” sacrifícios tolos, ou seja, será que
temos enchido nossos corações (altares) com os filmes de Hollywood, os
programas imorais da TV, as inutilidades e sujeiras tão comuns na Internet?
Como
está o seu “altar espiritual”? Como está o seu “coração”?
2 – Cristo, o Centro da Nossa Comunhão Com Deus
1. Toda a trindade atuou ativamente na morte expiatória de Jesus.
O Pai
celestial:
Muitos
cristãos ainda acreditam que quando Adão e Eva pecaram, Deus
então
colocou em prática um “plano B” para “concertar os efeitos da queda do ser
humano”.
Mas,
não há base bíblica para pensar assim, pois, Deus não pode ser pego de
surpresa, por assim dizer.
Antes
da fundação do mundo o Pai planejou a obra redentora (Efésios 3.6- 9). Deus esteve sempre presente na
“obra redentora de Cristo” do começo ao fim, veja abaixo alguns versículos que
comprovam isto:
E o menino crescia e se fortalecia em espírito,
cheio de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre ele. Lucas 2.40
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e
não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como
dizes tu: Mostra- nos o Pai?
João 14.9
isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo
o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da
reconciliação.
2 Coríntios 5.19
Cristo Jesus, o
filho de Deus:
Cristo
não foi obrigado, mas, entregou-se a si mesmo em oferta e sacrifício:
e andai em amor, como também Cristo vos amou e
se entregou a si mesmo por nós, em oferta
e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
Efésios 5.2
quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se
ofereceu a si mesmo imaculado a
Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes
ao Deus vivo?
Hebreus 9.14
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu
vos amei.
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
João 15.12,13
O Espírito
Santo:
Ajudou
Jesus a vencer todos os obstáculos que se levantaram contra ele, não há nenhuma
razão para crer de modo diferente deste pensamento.
E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito
descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele.
João 1.32
1. O Espírito Santo quer, pelo despertamento, mostrar aos homens
a grande vitória de Jesus no gólgota.
Gólgota: Lugar onde Jesus e dois
ladrões foram crucificados, nas cercanias de Jerusalém. O termo aparece no NT
somente nas narrativas da crucificação. Três dos Evangelhos usam o termo hebraico-aramaico
“Gólgota” (Mateus 27.33; Marcos 15.22; João
19.17), enquanto um usa o latim equivalente “Calvário”, que quer
dizer “caveira ou crânio” (Lucas 23.33)
(dependendo a tradução bíblica , pode haver mudanças da ordem das palavras
“gólgota e caveira”).
A razão por que esse lugar era
chamado “a caveira” é desconhecida, embora várias explicações tenham sido
oferecidas. Uma tradição antiga, aparentemente originada com Jeronimo (346-420
d.C.), afirmava que ele era um lugar comum de execução e que as caveiras de
muitos que haviam sido executados ficavam espalhadas em torno da área.
Nenhuma evidência do século 1 foi
encontrada para sustentar esse ponto de vista. Alguns sugerem que ele era um
lugar de execução e que “caveira” era usada figurativamente, simplesmente como
um símbolo de morte. Orígenes (185—253 d.C.) mencionou uma tradição antiga,
pré-cristã, de que a caveira de Adão foi sepultada naquele lugar. Essa
provavelmente é a mais antiga explicação do nome, e é mencionada por vários
autores depois de Orígenes.
Outros tem dito que o nome resultou
do fato de que o lugar da crucificação era uma colina que tinha a forma natural
de uma caveira. Nenhuma evidencia inicial de qualquer fonte foi encontrada para
substanciar essa visão, e as narrativas do NT não se referem ao lugar como uma
colina. A localização da área e contestada. Fonte: Dicionário Bíblico Tyndale
É
apenas através de um “Despertamento” (proveniente de Deus, pois o
despertamento, seja físico, mental ou espiritual sempre vem de Deus, veja nosso
estudo da lição 2) que o ser humano passa a aprender sobre a sua condição
pecaminosa e sobre a obra redentora de Cristo.
No
Novo Testamento, o Espirito Santo revela-se claramente como uma Pessoa e como
Divino, Ele tem os atributos da personalidade, intelecto (Romanos 8.27; 1 Coríntios 2.10-13), emoções (Efésios 4.30) e vontade (1 Coríntios 12.11), Ele executa as ações da
personalidade. Ele ensina (João 14.26),
dá testemunho (João 15;26), orienta (Atos 8.29; 13.2), dirige (Romanos 8.14), adverte (1 Timóteo 4.1). Ele e Divino por quê é o Espirito de Deus e de Cristo (Romanos 8.9), e origina-se eternamente do Pai
(João 15.26; Gá1atas 4.6). As
Escrituras posicionam o Espirito Santo no mesmo nível de Deus Pai e de Deus
Filho (2 Coríntios 13.14; Mateus 28.19; 1
Coríntios 12.4-6; 1 Pedro 1.2).
Assim,
as obras de Deus sempre envolvem as três Pessoas da Trindade. Foi o Deus trino
que criou o mundo e que se revela tanto nele quanto em sua Palavra ao homem.
Foi o Deus trino que redimiu seu povo do pecado.
Mesmo
assim, algumas dessas obras são atribuições especificas do Espirito Santo. O
Espirito Santo traz a realização das obras do Deus trino.
O Espírito Santo é outro consolador (João
16.7-11) que após a obra redentora de Cristo é o grande responsável
por “despertar”, ensinar, orientar, dirigir e fortalecer os cristãos, por assim
dizer.
Sem o
Espírito Santo é impossível ao ser humano aprender sobre sua condição
pecaminosa, sobre a obra redentora de Cristo e sobre as obras de Deus de uma
maneira geral.
3. Cuidado Com as Imitações
Hoje
em dia, na “igreja contemporânea” existem muitos movimentos estranhos que levam
o nome de “despertamento, avivamento, unção ou manifestação do Espírito Santo”.
E, tais “movimentos estranhos” tem enganado a muitos que se dizem cristãos.
Lembre-se: “Nem tudo o que reluz é ouro”
Este ditado popular
(acima) é uma paráfrase de Provérbios 20.25.
Laço é para o homem dizer precipitadamente: É
santo; e, feitos os votos, então, inquirir.
Provérbios 20.25
Um
exemplo claro de movimento estranho é o chamado “Reteté”. Como disse certa vez
o pastor Walter Brunelli (teólogo pentecostal), “Há muitos que não se preparam
para pregar a palavra de Deus, leem um versículo e saem gritando coisas do
tipo, nesta noite tudo será diferente, nunca mais sua vida será a mesma”.
Há
ainda aqueles que dizem coisas do tipo, “Deus está me dando uma unção de
prosperidade para ministrar na tua vida” (ou coisa do tipo). Aqueles leem a
Bíblia sabem muito bem que não existe “unção de prosperidade” na Bíblia, e que
nós, não podemos ir além daquilo que está escrito (1
Coríntios 4.6).
O
pastor Claudionor de Andrade (consultor teológico da CPAD) fez, certa vez, uma
pergunta muito interessante: “Porque
essas inovações na casa de Deus?”
Ou seja, porquê notamos tantas “inovações no meio do povo
de Deus?”
Crente canela de fogo, espada de fogo, reteté de Jeová, unção de
prosperidade, dentre tantas outras bizarrices (que tornam o culto místico,
exotérico, mágico e etc.)
Tais vocabulários não são teológicos, não são
eclesiásticos, não são bíblicos.
Outro exemplo claro de movimento estranho é a Teologia da prosperidade,
o fato é que, os adeptos da teologia da prosperidade se esquecem que Jesus
nunca prometeu riquezas para aqueles que o seguirem, pelo contrário, quem
prometeu riquezas para ser seguido (reverenciado e adorado foi satanás, Mateus 4.8,9).
E,
existem muitos outros movimentos estranhos na “igreja contemporânea” que
enganam a muitos, e, os que são enganados, geralmente são aqueles que tem um
raso conhecimento bíblico e rasa vida de oração, além de terem incutidos em
seus corações o “amor ao dinheiro” (1 Timóteo
6.10).
Tais movimentos estranhos são imitações do verdadeiro despertamento
espiritual (do verdadeiro movimento) causado pelo Espírito Santo.
O verdadeiro movimento causado pelo Espírito Santo (ou seja, o
verdadeiro despertamento espiritual) não ensina o crente a fazer ou acreditar
em coisas que a Palavra de Deus não ensina (nunca se esqueça disso).
Todo movimento feito sem que o Espírito Santo esteja na direção não
pode prosperar.
Mantenhamos
o Espírito Santo na direção, então veremos cumprir-se a Palavra que diz:
Vão indo de força em força;
Salmo 84.7
Conclusão:
Mantenhamos
nosso altar espiritual (nosso coração) preparado para que nossas orações e
obras sejam agradáveis ao nosso Deus, sempre.
Fontes
Bíblia de Estudo Pentecostal,
Dicionário Bíblico Tyndale,
Dicionário Bíblico Wycliffe,
Comentário Bíblico R. N. Champlin,
Comentário de Toda a Bíblia F. B.
Meyer,
Comentário Bíblico F. Davidson,
Comentário Bíblico Moody,
Apontamentos teológicos Prof. José
Junior