30 de junho de 2011

O PROJETO ORIGIGINAL DO REINO DE DEUS


O PROJETO ORIGIGINAL DO REINO DE DEUS


Texto ÁUREO
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essa coisas vos serão acrescentadas”( Mt 6.33). 


TEXTO BIBICO Mc 4.1-3, 10-12; Lc 17.20,21


1 - E OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
2 - E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:
3 - Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
10 - E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 - E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
12 - Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
LUCAS 17
20 - E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 - Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.



Introdução


            Há aproximadamente dois mil anos, surgiu um homem enviado por Deus, com uma mensagem poderosa. Suas palavras tocavam os corações, e muitos que a ouviam se arrependiam dos seus pecados e eram batizados. Uma mensagem sobre um novo reino, o Reino de Deus, havia chegado. O tempo do refrigério para humanidade, um tempo em que o homem poderia novamente voltar para seu criador. A mensagem de João mudaria a história, e conseqüentemente toda estrutura conhecida estava sendo mudada, tanto as que estavam na terra como as celestiais. O nosso SENHOR, o Eterno criador de tudo enviou o seu único filho, Jesus Cristo, para que o mundo e fosse salvo (Jo 1.28-32). O novo Reino inaugurado concorre com fatos ocorridos no passado, Antigo Testamento, no presente e ocorrerão no futuro. Um reino proposto pelo próprio Deus se concretizou entre os homens. Este é o assunto deste trimestre, que o Santo Espírito de Deus possa repousar em nossas vidas nestes últimos dias da igreja, e possamos ser ainda mais abençoados.  


UM PROJETO DIVINO


            Quando falamos em projeto divino, nós não conseguimos compreender a mente do nosso SENHOR, Ele em toda sua presciência e bondade, preparou um povo, uma época, um momento para cada fato ocorrer. Deus criador de tudo, esta no controle de toda a situação, e somente Ele tem todo o poder, majestade e glória. Aquilo que para o homem natural está coberto, ou seja, sem revelação (Dt 29.29), pertence somente a Ele.

            Tudo contribui para um bem maior (Rm 8.28), porque onde tudo começou, num estado perfeito viviam o homem e a mulher, ambos serviam ao SENHOR. Com a queda do homem no jardim do Éden, surgiu a necessidade do nosso Deus trazer novamente o homem para junto de si. Algumas perguntam persistem. Deus quando criou o homem não sabia que ele poderia cair? A resposta para essa interrogação é sempre a mesma, sim Ele sabia. Mas poderia o homem existir sem a vontade de Deus? Poderíamos viver sem a sua vontade? Respirar? Pensar? Mover-se? Etc.. Como seria o mundo que nós conhecemos se o homem não tivesse o livre arbítrio, seria um caos ou o melhor lugar para se viver? Isso com certeza não podemos dar resposta. Mas, uma coisa é certa, o Eterno sempre soube que nós poderemos fazer parte daqueles que irão morar nas moradas celestiais, bastando decidirmos por uma vida conforme a santas escrituras.


            Existe em nossas mentes a limitação do pensamento, quando procuramos entender algo, ou alguma coisa fora da nossa compreensão, pois o pensamento do homem muitas vezes é baseado em rudimentos ou mesmo em bases cientificas. Neutralizamos o poder sobrenatural de Deus. Diante das múltiplas possibilidades criadas pelo homem, para escolher o “seu” melhor caminho (Pv 14.12).

            Verificamos na Bíblia Sagrada, que algum tempo após a queda do homem no Édem, Deus encontra um homem por nome de Abrão, capítulo 12 de Gênesis. E faz lhe promessas. Qual seria a possibilidade do homem, uma vez caído, pudesse voltar a estar novamente perto do seu criador? Entendemos hoje que este relacionamento entre o homem e o criador, nos tempos bíblicos não sofreu muito desgaste. Na presciência divina  havia necessidade de santificar uma nação para si, trazendo o benefício para todas as nações da terra (Gn 12.3). “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, ao passo que a promessa não dizia respeito somente aos seus descendentes, mas a todos os que cressem como Abraão. (Tg 2.23). “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios,anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti”(Gl 3.8).


            Primeiro houve o chamado de alguém que estava disperso entre seu povo. E qual seria a possibilidade de alguém imaginar que um homem, na antiga cidade de Ur dos caldeus fosse fazer parte de um projeto tão grande e inexplicável?  Neste momento passa em nossas mentes a vontade de entender o porquê de tudo isso. Como falamos, as limitações do homem não entendem essa obra tão gloriosa, que para muitos parecem loucura (I Co 1.25). Quando Jó questionava com Deus sobre tudo o que estava acontecendo em sua vida, o nosso criador deu algumas respostas muito convincentes ao patriarca. (Jó 38)


O REINO DE DEUS


            A expressão reino de Deus ocorre algumas vezes em o Novo Testamento, diz respeito ao reino que a priori não se estabelece pela vontade do homem (Jo 18.36). A palavra reino é definida pelo governo, ou forma de governo, instituído ou determinado pelo povo. Neste caso a monarquia seria o tipo de governo pertencente ao reino de Deus (I Tm 6.15). O reino proposto pelo nosso SENHOR não é gerido pela vontade do homem (Dn 2,44). A Bíblia elenca sobre este reino, e acreditamos  pelo SENHOR que Ele é desde a fundação do mundo (Mt 25.34).     


            Como podemos entender pela palavra de Deus, este reino  já existiu na mente do nosso SENHOR no passado, é realidade no presente e será tomará sua forma plena no futuro (Ap 22.5). Pela existência do reino de Deus no presente temos a convicção que a partir do momento em que o homem se decide por Cristo, tem-se a transformação alcançada pela nova vida (II Co 5.17). Diante de tal experiência o antigo homem com todas as suas formas e pecados, deixa de existir e  passa a fazer parte de um grupo de pessoas escolhidas por Deus para adentrar a este reino ( Jo 15.16). Pelo fato da escolha ser divina e não casual temos em nós a esperança da salvação, pois bem certos que aquele que começou a boa obra em nós a aperfeiçoará (Fl 1.6).


O REINO NO ANTIGO TESTAMENTO


            O Antigo Testamento não faz referência às palavras reino de Deus, mas apresenta o SENHOR como rei de Israel e Senhor de toda a terra (Sl 89.18). Contudo encontramos na Bíblia que quando o povo de Israel se fixou na terra de Canaã, depois algum tempo começaram a olhar as nações que estavam a sua volta e esqueceram-se do grande Deus. E pediram ao sacerdote Samuel um rei segundo o costume dos povos visinhos (I Sm 8.7). O povo estava rejeitando o reino divino teocrático, onde o profeta Samuel era o representante legítimo, e substituindo por um reino governado pela mão de Saul ( I Sm 8.8.9) O Eterno sabia que a forma de governo que foi escolhida pelo povo, servia apenas para afastá-los ainda mais da proteção divina.


            A monarquia de Israel fraquejou em tornar-se independente da vontade divina. Muitos reis acabaram confiando em sua própria vontade esquecendo-se da soberania do Eterno SENHOR. Alguns poucos reis estiveram continuamente na direção de Deus, outros fracassaram e levaram sobre si o castigo. Não obstante o homem toma muitas decisões que causam muito dano a sua vida espiritual. Observamos que Deus sempre esteve olhando para  Israel, mas a vontade de possuir um rei levou aquele povo a desistir de serem assistido pela mão poderosa de Deus. Desta forma muitos nos dias hodiernos tem trocado a vontade divina por muitas coisas, deixam de ter o SENHOR como soberano em suas vidas, e assim escolhem para si outros reis, para governar suas vidas, seu tempo, escravizam suas mentes e roubam a sua liberdade (II Co 4.4).


NO NOVO TESTAMENTO     


            …“Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”(Mt 3.2). A nova mensagem que chegou aos ouvidos daqueles que estavam em grandes trevas ( Is 9.2), surge uma nova luz. A realidade de um novo tempo, um tempo abençoado pelo SENHOR, caracterizado pela volta incondicional ao salvador. O Reino pregado por João chamado de Batista, abriu uma nova dispensação para a humanidade. Uma mensagem que convidava o povo ao arrependimento, a mudança de vida. Essa mensagem estava carregada com uma porção do Espírito Santo, pois o próprio João afirmava; “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alpacas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”( Mt 3.11).


             Chega agora  um reino diferente daquele conhecido pelo homem, um reino que não era deste mundo (Jo 18.36). Este reino concretiza a vontade divina de um projeto maior prometido ao servo do SENHOR, Abraão. Portanto, o Eterno preparou um tempo certo, um povo que estava necessariamente precisando de uma resposta divina. Um povo que por gerações havia sofrido nas mãos dos seus inimigos. Bastava agora a nova mensagem alcançar o coração destes homens. E pregava João em todas as cercanias do Jordão. E não era somente uma mensagem, era um convite aberto a restauração de Israel;


 7-E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;
9 - E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.
10 - E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.(Mt 3.7-10)
             

Uma nova mensagem, onde o ouvinte era convocado a adentrar em uma nova esfera espiritual. A um novo reino que seria permeado pelas bênçãos de nosso SENHOR e salvador Jesus Cristo. Será que em nossos dias poderiam ouvir as mesmas palavras que João pregava? Estaríamos preparados para realmente abraçar a causa divina? Aquelas mensagens, que nós conhecemos hoje, são “feitas” para agradar multidões, tomariam outro sentido, levando milhares de almas à conversão; “arrependei-vos, pois o reino de Deus está entre vós”. Aleluia.


O reino pregado por João, não seria um reino para ficar apenas para aquele momento histórico, como sabemos a mensagem não alcançou todos os corações israelitas, poucos foram os que abraçaram esta verdade. João, desta vez o apóstolo, escreve no primeiro capítulo de sua epístola que os homens amaram mais as trevas do que a luz (Jo 1.5).  
Abrindo a oportunidade para que o reino de Deus chegasse até os gentios; “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” (Jo 1.12).


            O projeto do reino de Deus, que começara naquele tempo continua até os dias de hoje. Um reino que continuará pela eternidade. A mensagem deste reino ainda se ouvirá por muito tempo, pois existem muitas promessas a serem cumpridas na Bíblia Sagrada. Para nós crentes em Jesus Cristo, podemos participar ainda mais deste reino ainda por estes dias, ou enquanto lemos estas palavras. Mas existe um projeto divino a ser concluído, um “trailer” escrito, o qual diz que todas as coisas iram convergir em Cristos (Ef 1.10).


            O profeta Daniel diz que este reino não passará (Dn 2.44), um reino eterno, com muitas transformações tanto nas regiões celestial como na terra ( Fl 2.10). Aguardamos novos céus e nova terra onde habita a justiça de Deus ( II Pe 3.13).


Conclusão


            O reino de Deus é o maior projeto para humanidade, nele se descobre a vontade de dEle. Somente um Deus soberano pode em toda sua presciência, abrir um caminho para que a sua criatura pudesse alcançar a salvação. O nosso SENHOR abriu mão de seu unigênito filho para que todos pudessem ter o direito a esse reino. Esse trimestre que se inicia possa ficar marcado em nossas vidas como um divisor de águas. E que a glória do SENHOR possa invadir as nossas mentes e todo nosso ser. Amém



Evang. JUAREZ ALVES
Assembléia de Deus Minis. Do Belém em Dourados MS
Congregação Parque Nova Dourados.
Email: Juarez_santanatintas@hotmail.com  








24 de junho de 2011

Aviva ó Senhor, a Tua Obra!


Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!


I – Introdução


Primeiramente gostaria de saudar a todos os leitores com a Paz do Senhor.
Estamos finalizando mais um trimestre absolutamente edificante para nossas vidas espirituais. Várias lições e temas maravilhosos foram estudados, de modo que eu acredito piamente que cada um daqueles que teve contato com tal lição pôde crescer na presença de Deus.
Assim como todas as outras lições, esta última também é muito maravilhosa. Buscaremos, com tal estudo, abordar os aspectos principais da citada lição, visando que cada um de nós tenha cada dia mais o desejo de ser avivado na presença do Senhor.

II – Buscando o Avivamento

Analisando-se a lição, notamos que inicialmente ela mostra dois relatos bíblicos onde houve um grande avivamento.
Inicialmente é citado um trecho bíblico encontrado no livro de Crônicas, em seus capítulos 34 e 35. Tal trecho mostra um grande avivamento que houve no Reino de Judá, onde ainda bem jovem o rei Josias teve um despertamento para restaurar a vida espiritual de Judá e reformar o Santo Templo. Durante a execução de tal obra o sumo sacerdote Hilquias encontrou o livro da lei que se havia perdido, e o mostrou ao rei. Grande foi a angustia de Josias, que chegou a rasgar suas vestes, tamanha a dor e contrição que sofria. Após isso a Palavra de Deus passou mais uma vez a ser ensinada, o que trouxe um grande avivamento àquele reino.


Outro relato é encontrado no livro de Esdras. Lá encontramos que os judeus tinham apostatado da fé, razão pela qual ficaram por cerca de setenta anos exilados na Babilônia. Ao fim desses setenta anos, Deus usa vários reis gentios para reconduzi-los à terra de seus ancestrais, e ainda instrumentaliza o sacerdote e escriba Esdras para constranger o povo a estabelecer um novo concerto. Acontece então um grande avivamento no meio dos judeus, mas isso tudo pois todos voltam a estudar a palavra de Deus, bem como a obedecê-la.

II. 1. Estudo e obediência à Palavra de Deus

Analisando-se tais relatos supramencionados, notamos que há um ponto em comum: a volta ao estudo e obediência à palavra de Deus. Hodiernamente é muito triste por vezes notar que a Bíblia, a Palavra de Deus, cada vez está tendo menos importância em alguns meios cristãos. As pessoas não se preocupam em estudar tal palavra em casa, não dão valor aos cultos de ensino.

Todavia, pela leitura dos dois trechos acima citados, bem como diversos outros que podemos encontrar na Bíblia, nós percebemos que todo grande avivamento, toda modificação de vida, toda mudança em uma sociedade, nasce do estudo da Palavra de Deus, da obediência a tal palavra.
Devemos cada dia mais ansiar ouvir a palavra de Deus e compreendê-la. Amar a palavra, fazer dela nossa alegria e deleite. Devemos, sobretudo, obedecer ao que ela ordena e viver conforme os seus ditames.


II. 2. O Ensino da Palavra de Deus


Outro ponto interessante que se nota é que, em ambos os casos, a Palavra de Deus foi estudada pois houveram homens que se dispuseram a ensiná-la.
A igreja tem responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmiti-la aos fiéis sem transigência nem corrupção. Fica subentendida, assim, a necessidade do ensino bíblico na igreja.
Cada dia tem se feito mais necessário o ensino da palavra de Deus. O mundo tem se afastado dessa palavra e de seus ditames, fazendo com que esteja cada dia mais perdido. Como vimos anteriormente, os grandes avivamentos, as modificações de vida, começam pelo estudo da palavra de Deus.
Todavia, o grande problema é que muitas vezes as pessoas tem a falsa impressão de que o ensino da palavra de Deus é função exclusivamente dos pastores, evangelistas, ou presbíteros. Pelo contrário, todos nós temos a responsabilidade de falar da palavra de Deus, de levá-la ao mundo.
Portanto, irmãos meus, sejamos estudiosos da palavra de Deus, para que possamos a cada dia mais ensinar tão maravilhosa palavra.


II. 3. Frutos do Avivamento


A nossa lição nos mostra alguns dos vários frutos que um verdadeiro avivamento trás: estudo da Palavra de Deus, oração, adoração (Ne 8. 1-18), confissão de pecados (Ne 9. 1-38) e o desejo de cumprir e obedecer os estatutos do Senhor (Ne 10. 29).
No entanto, podemos anotar aqui diversos outros frutos de um verdadeiro avivamento. Destaco aqui três: alegria, paz e força.
“Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.” (Jo 16. 20)
7Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.8Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.” (Sl 4. 7-8)
No Senhor nós temos paz e alegria perfeitas. Não por ausência de conflito ou de tristeza, mas sim porque acima de todas essas coisas continuamos a ter alegria e paz. Confiamos em Deus, e por essa confiança temos alegria e paz.
Pelo menos assim deveria ser. Muitos, porém, que se dizem crentes, têm pregado somente uma doutrina de prosperidade, afirmando que os crentes não podem ter tristeza, não passam por sofrimento. Ou ainda, vemos outros que só sabem reclamar da vida, que tudo está ruim, que não têm felicidade.

Nós, entretanto, que conhecemos a Deus verdadeiramente, que buscamos estar na presença de Deus, que sabemos o quanto ele é maravilhoso, e que confiamos nEle, sabemos que no mundo teremos aflição (Jo 16. 33), mas sempre temos alegria e paz.
“O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.” (Sl 18.2). O Senhor, sendo nosso rochedo e fortaleza, sabemos que nEle temos proteção e segurança; sendo nosso escudo, sabemos que ele se coloca entre nós e o mal; sendo nosso lugar forte e alto refúgio, sabemos que temos onde nos proteger, um lugar onde o inimigo não entra, onde estamos acima dos perigos desta vida.


Através do grande poder de Deus nós temos força para enfrentar as lutas da vida. Quando lutamos para passar em um vestibular ou um concurso; quando passamos por doenças; quando temos de formar uma família, sustentá-la, criar e educar filhos; quando somos confrontados pela nossa fé. Enfim, desde as coisas “mínimas” da vida, até as mais importantes, nós necessitamos da força que só Deus pode nos dar.

Deus sempre vai a nossa frente preparando o caminho, mas se fracos formos, não conseguiremos trilhá-lo. Deus nos fortalece e através dessa força somos capazes de transpassar barreiras, de lutar. O caminho preparado por Deus é perfeito, no entanto passaremos por aflições nesses trilhos da vida, e para enfrentá-las temos a força que só Deus nos dá. “Porque me cingiste de força para a peleja, fizeste abater debaixo de mim os que se levantaram contra mim.” (2 Sm 22.40).

III – O Clamor do Profeta Habacuque

A lição nos mostra diversos aspectos acerca do profeta Habacuque. Analisemos alguns deles.

III. 1. Intercessão

A primeira lição que tiramos é a necessidade de intercedermos por nossos irmãos.
"Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia."
Em sua oração Habacuque clama a Deus que avive sua obra, buscando que Ele intercedesse trazendo um grande avivamento. Essa também deve ser nossa atitude.
O mundo atual necessita de um grande avivamento, e nós, como servos de Deus, devemos interceder nesse sentido. A própria igreja necessita estar a cada dia sendo avivada, para que possa resplandecer a luz de Cristo sobre o mundo.
Portanto, meus irmãos, clamemos e intercedamos pelo nosso povo, para que Deus esteja conosco sempre. Busquemos o avivamento a esse mundo, que tanto necessita de Deus.


III. 2. Confiar em Deus


"17Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; 18Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação".(Hb 3. 17-18)
Em sua oração o profeta Habacuque demonstra grande confiança em Deus, pois sabia que mesmo diante das adversidades, Deus agiria naquele povo.
Nós devemos ter o coração confiante de que Deus estará conosco sempre. Devemos crer que como nosso Pai, Ele nunca nos desamparará. Mesmo diante das aflições, das adversidades, dos problemas, tristezas e dores, confiemos, pois Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na angustia (Sl 46. 1).

III. 3. Transformação

Quando o profeta Habacuque orava e clamava pelo avivamento, o fazia pois sabia que o povo havia pecado contra Deus, fazendo-se necessário uma grande mudança de vida entre os filhos de Israel.
Em Jeremias 18. 1-6, Deus fala ao profeta Jeremias através de uma parábola, comparando a todos nós com vasos que são feitos por um oleiro. Deus manda que Jeremias observe um oleiro trabalhando, e ao fazer isso o profeta vê que o oleiro molda o barro da forma como lhe parece bom aos olhos e que quando o vaso quebra em suas mãos, ele pode refazê-lo de outra forma.
Somos comparados ao barro nas mãos do oleiro, pois este usa aquele para fazer vasos da forma que lhe agradar, podendo fazer de uma forma, depois mudar para algo totalmente diferente. Esta comparação nos mostra o dever que temos de entregar nossas vidas completamente a Deus, para que Ele possa fazer de nós o que lhe agradar. Sempre devemos buscar andar segundo a vontade de Deus, pois assim nossa vida será agradável aos Seus olhos.
O oleiro não pode trabalhar com um material rígido, pois assim ele não consegue moldar. O barro é um material que possui uma consistência adequada para ser moldado de várias formas diferentes. Assim devemos ser, um corpo preparado e disposto a ser feito da forma como agradar a Deus.
Enquanto há deformidades no vaso, enquanto não chega ao resultado desejado pelo oleiro, este não para de moldá-lo, buscando sempre a perfeição. Da mesma forma devemos nos colocar diante de Deus, para que Ele possa estar constantemente retirando nossas deformidades, isto é, nos ajudando a nos santificar, a buscar sermos vasos perfeitos, adequados a guardar os Seus tesouros.
Quando queremos servir ao Senhor, devemos fazê-lo com todo o nosso viver. Desta forma, se há algo em nós que pode não agradar a Deus, devemos deixar que Ele nos molde segundo a Tua Palavra. Se alguém se converte, aceita a Jesus como único e suficiente Salvador, deve buscar uma grande mudança em sua vida. É o que muitos chamam de regeneração. Não nos cabe nos aprofundar neste tema, uma vez que ele é matéria para um estudo próprio, mas ele deve ser lembrado, pois o maior sentido de nos colocarmos como barro nas mãos de Deus é exatamente para que ele possa mudar nossas vidas. Isso serve para todos nós, desde aquele servo fiel, mas que como humano possui suas falhas e deve buscar ser corrigido pelo oleiro; passando por aquele que se proclama evangélico, mas não possui uma vida condizente; até chegar aos novos convertidos, que devem buscar desde sempre serem quebrados por Deus e serem feitos vasos novos.

IV - É Tempo de Buscar a Face de Deus


IV. 1. Conhecer a Deus


Atualmente, existe um grande paradoxo que se mostra no meio evangélico. Ao mesmo tempo que cada dia mais pessoas buscam conhecer uma igreja, estar em uma igreja, menos pessoas buscam conhecer a Deus, estar na presença de Deus.
Isso se dá assim pois boa parte das pessoas que buscam uma igreja o fazem pelo motivo errado. Tais pessoas vão em busca de promessas de prosperidade, de milagres e curas, mas sem a intenção de simplesmente adorar a Deus.
Como a própria lição diz, as pessoas barganham com Deus, procurando por ele apenas nos momentos em que precisam de algo. Mas a bíblia é clara ao dizer: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (Jo 4. 23)
Vemos, assim, que Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade, e não porque querem algo em troca.
Portanto meus irmãos, "conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR" (Os 6. 3-a), "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós" (Tg 4. 8-a).


IV. 2. Entregar a vida a Deus


A partir do momento que conhecemos a Deus, temos que entregar nossas vidas a Ele, e tal entrega deve ser completa. Todos os aspectos de nossas vidas, todas nossas atividades e decisões devem ser segundo a vontade de Deus.
Deus deve estar a frente de todas nossas decisões. Fazendo isso nós deixaremos de ser ansiosos e preocupados com tudo, pois saberemos que está guiando nossa vida, e confiaremos que a vontade dEle será sempre a melhor para nossas vidas.
Temos que a cada dia mais entregar nossas vidas como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus".
Exorto mais uma vez irmãos meus, que possamos declarar: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."


IV. 3. Confissão e Abandono dos pecados


Por fim, todo avivamento deve ser acompanhado de confissão, arrependimento e abandono do pecado.
Em vários Salmos de Davi o vemos confessando seus pecados em oração a Deus, para que, assim, consiga o perdão Divino. Assim vemos em Salmos 32.5:
“Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.
Nessa passagem Davi coloca em uma relação de causa/efeito a confissão do pecado e o perdão de Deus. Sem a confissão Deus não perdoa nossos pecados, pois é ela que demonstra a nossa vontade de termos nossos pecados perdoados e nosso arrependimento sincero.

Nesse mesmo sentido está escrito em 1 João 1. 8 e 9:
"8Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 9Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Nessas duas últimas passagens vemos a diferença entre aquele que tenta esconder seus pecados e aquele que as confessa. Logicamente nada fica encoberto a Deus, mesmo assim, como já dito, é essencial que nos humilhemos e clamemos a Deus pelo perdão.
Após termos nos arrependido e confessado nosso pecado, devemos abandoná-lo. Provérbios 28.13 assim leciona:
"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia."
Na parte final deste versículo há uma palavra que demonstra o nosso dever em abandonar o pecado, qual seja, “deixa”. O Rei Salomão, com sua imensa sabedoria, nos aconselha a confessarmos e deixarmos o nosso pecado, para assim alcançarmos misericórdia.
Se estamos realmente arrependidos será uma consequência natural abandonarmos o pecado cometido. Porém, se voltarmos a cometer o mesmo pecado, mesmo tendo sido sinceros no arrependimento anterior, Deus é misericordioso para novamente nos perdoar. Nunca devemos perder de vista, porém, que Deus conhece o que pensamos e o que sentimos, o que quer dizer que Ele sabe muito bem quando estamos sendo sinceros.
No evangelho de Cristo segundo escreveu João, no capítulo 8, do versículo primeiro ao 11, narra-se o episódio de uma mulher adúltera que seria apedrejada pelo seu pecado. Porém Jesus estava perto e sabiamente falou para aquele que não tivesse pecado atirar a primeira pedra. Com estas palavras as pessoas foram saindo de um em um. Jesus fala, então, com aquela mulher:

10E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles seus acusadores? Ninguém te condenou? 11E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”.

Nesta passagem Jesus fala com uma pecadora, porém não a condena, pois ele não veio ao mundo para condenar, mas sim para perdoar os pecados de todos nós. Não se pode achar que Jesus considera o adultério um pecado sem importância. O que Ele fez foi proporcionar a oportunidade para que aquela mulher passasse a ter uma nova vida, livre do pecado.
Jesus veio ao mundo cem por cento homem e cem por cento Deus. Isso quer dizer que ele era onisciente na Terra e com certeza sabia se aquela mulher estava arrependida ou não e se ela tinha intenção de voltar a cometer o mesmo pecado ou não. Se Ele tivesse visto que a mulher não se endireitaria, com certeza não teria simplesmente falado estas palavras e a deixado ir. Jesus viu arrependimento sincero na mulher e por isso perdoou o seu pecado.
Ele, porém, deu uma última instrução: que ela não pecasse mais. E é este o mandamento que ele nos dá toda vez que perdoa nossos pecados, ou como condição para que os perdoe. Este é o último passo para termos um grande avivamento em nossas vidas, devemos mudar de atitude, nos regenerar.

V - Conclusão


Busquemos ter nossas vidas cada dia mais avivadas estudando a Palavra de Deus, buscando conhecer cada dia mais a Deus, sendo seus verdadeiros adoradores, confessando e abandonando nossos pecados, essa é a mensagem que este estudo tenta transmitir.
Amém!


Elaboração por:- Jozeph Bruno