26 de janeiro de 2021

O FRUTO DO ESPIRITO o EU CRUCIFICADO

“Se satanás enganou a terça parte dos anjos, imagine o que ele não é capaz de fazer com aqueles que não oram e não buscam aprender sobre Deus e sua Palavra”

Texto Áureo

Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.

Romanos 15.13

Paulo ainda não havia ido até Roma (Romanos 1.13-15; 15.22-32), a “Igreja” de Roma (segundo Donald Carrel Stamps) foi fundada

provavelmente, por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, e/ou por judeus e prosélitos (recém convertidos) no dia de Pentecostes (Atos 2.10), a “Igreja” em Roma não foi fundada por Pedro (como pensam os católicos) e nem por qualquer outro apóstolo.

John MacArthur esmiúça este versículo da seguinte forma:

Deus de esperança, DEUS é a fonte de esperança, vida e salvação, e ELE é a fonte de esperança de cada cristão.

Pela virtude do Espírito Santo, A esperança do cristão vem por meio das Sagradas Escrituras (Romanos 15.4; Efésios 1.13,14) a qual estava escrita e é aplicada a todo coração que crê pelo ESPÍRITO SANTO.

 

1 – O Fruto do ESPÍRITO na Vida do Crente

 

1.     Definição.

O fruto do ESPÍRITO é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de crescimento espiritual. Em outras palavras, o fruto do ESPÍRITO consiste em virtudes ou qualidades cristãs produzidas pelo habitar do ESPÍRITO SANTO na vida do cristão que permanece em Cristo.

Você já viu alguém que se diz cristão falar palavrões, maldizer o seu patrão ou local de trabalho, comprar e não pagar, ter o nome sujo “na praça”, maltratar o cônjuge, não respeitar os pais, ou a liderança espiritual que DEUS colocou acima dele?

 

 

Pois bem, se já, saiba que tal cristão não demonstra os frutos do ESPÍRITO, mas sim, as obras da carne (tal cristão nem deveria ser chamado de cristão, pois, em uma vida onde não há frutos do ESPÍRITO, não há um compromisso verdadeiro com DEUS).

 

2.     “O FRUTO” no singular (isto é, único de sua espécie, distinto, ímpar).

19.   Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

 

20.   idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21.   invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

 

22.   Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

Gálatas 5.19-22

Hernandes Dias Lopes observa que, o apóstolo Paulo passa a falar (aqui, em Gálatas 5.19-21) sobre as obras da carne na vida daqueles que não herdarão o Reino de Deus. Há outras listas de pecados semelhantes a essa nos escritos de Paulo (Romanos 1.18-32; I Coríntios 5.9-11; 6.9;

2 Coríntios 12.20,21; Efésios 4.19; 5.3-5; Colossenses 3.5-9; l

Tessalonicenses 2.3; 4.3-7; l Timóteo 1.9,10; 6.4,5; 2 Timóteo 3.2-5; Tito 3.3,9,10). Essa lista, embora extensa, não é exaustiva, pois não esgota todas as obras da carne, uma vez que Paulo conclui dizendo: “... e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5.21b).

 

No versículo 22 de Gálatas 5, o apóstolo fala dos “FRUTOS DO ESPÍRITO”, Se as obras falam de esforço, o fruto é algo natural. Donald Guthrie (estudioso britânico do Novo Testamento) diz que a mudança das “obras” para “fruto” é importante porque remove a ênfase do esforço humano. As obras da carne são resultado do nosso labor; o fruto do Espírito é realização do ESPÍRITO SANTO em nós.

Certa vez alguém disse que “Uma obra é algo que o homem produz por si mesmo; um fruto é algo que é produzido por um poder que não é dele mesmo”.

O fruto de que Paulo está tratando é a criação do ESPÍRITO SANTO. Ele (o fruto) não brota da nossa natureza, nem é produto da educação mais refinada. Esse fruto é variado, uma vez que Paulo menciona nove virtudes morais que são produzidas pelo próprio Espírito. Finalmente, esse fruto precisa ser cultivado de forma espontânea para que se torne proveitoso e saboroso, por assim dizer.

O bacharel em teologia Juarez Marcondes Filho observa que, “O fruto do ESPÍRITO não pode ser criado artificialmente e nem pode ser simulado, ninguém frutificará sem a operação do ESPÍRITO SANTO, essas nove virtudes são como gomos de um mesmo fruto”. (Gálatas 5.22).

Ou seja, não é possível o cristão ter 2 ou 3 gomos deste “fruto” sendo desenvolvidos e outros 1 ou 2 pouco desenvolvidos e o resto nada desenvolvido. Os frutos se desenvolvem na mesma proporção, e, como bem observou Marcondes Filho, o “fruto do ESPÍRITO” não pode ser simulado, por isso, não podemos acreditar que alguém “é de DEUS” observando os dons (que podem ser simulados ou falsificados, especialmente o dom de línguas), para saber se alguém é de DEUS ou não, devemos observar com a atenção “os frutos”, isto é, as obras, o agir, os hábitos do indivíduo.

 

3. Andar no ESPÍRITO (Gálatas 5.16).

Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.

Gálatas 5.16

A “carne” representa o que somos por nascimento natural, e o

“ESPÍRITO”, o que nos tornamos pelo novo nascimento, o nascimento do ESPÍRITO. A carne tem desejos ardentes que nos arrastam para longe de DEUS, pois os impulsos da carne são inimizade contra Deus.

 

Os desejos da carne levam à morte. A palavra grega epithumia, traduzida por “concupiscência”, é geralmente usada no sentido de ansiar por coisas proibidas. A única maneira de triunfar sobre esses apetites é andar no ESPÍRITO. Se alimentarmos a carne, fazendo provisão para ela, isto é, satisfazendo os desejos carnais, fracassaremos irremediavelmente. Porém, se andarmos no Espírito, jamais satisfaremos esses apetites desenfreados da carne.

 

Andar no ESPÍRITO, segundo Jimmy Swaggart é colocar a fé unicamente em JESUS e em sua obra redentora, em outras palavras, é fazer o que JESUS ensinou, isto é, ter vida de oração, meditar constantemente da Palavra de DEUS, se preocupar em andar na presença de DEUS, fazer a

“obra de DEUS” da forma que você puder (fazer algo em prol da obra de DEUS), manter-se afastado das “coisas do mundo” e etc..

 

2 – Diferença e Relação entre o Fruto e os Dons do ESPÍRITO

 

1.     Diferença.

Tanto os dons espirituais quanto os frutos do ESPÍRITO têm sua origem na mesma fonte, ambos são obras do ESPÍRITO SANTO de DEUS.

A diferença básica é que, os dons do ESPÍRITO são distribuídos a cada um de acordo com a vontade do ESPÍRITO SANTO (1 Coríntios 12.11). ELE (O ESPÍRITO) pode dar um determinado dom para um crente e para outro não (e vice-versa).

Mas o FRUTO do ESPÍRITO não é distribuído pelo ESPÍRITO SANTO da mesma maneira que os dons, ou seja, é a vontade do ESPÍRITO SANTO produzir o FRUTO do ESPÍRITO que se manifesta sob a forma de nove virtudes (Gálatas 5.22), em todo e qualquer crente, da mesma forma, sem exceção.

O ESPÍRITO decide qual dom irá dar a cada crente (1 Coríntios 12.11), mas o FRUTO do ESPÍRITO é disponível a todos os crentes, sem exceção (por assim dizer).

É perfeitamente possível (por algumas razões que não abordarei neste PDF, mas sim em momento oportuno) um crente fiel não ter dons do ESPÍRITO, mas é impossível o crente fiel não ter o “FRUTO do ESPÍRITO” manifestado em sua vida. Tenha em mente que, há muitas pessoas que tem dons do ESPÍRITO que já não tem a conduta aprovada por DEUS (Mateus 7.21- 23), mas, é impossível ter o FRUTO do ESPÍRITO em sua vida sem ter uma conduta aprovada por DEUS, pois como disse Juarez Marcondes Filho, o “FRUTO do ESPÍRITO” não pode ser criado e nem simulado, seja por satanás, seja pelos homens. Uma observação minuciosa mostra se

alguém tem ou não o “FRUTO do ESPÍRITO” em sua vida.

2.     Os dons na “Igreja”.

Para que serve os dons do ESPÍRITO?

Você consegue responder bem esta simples pergunta?

Os dons são para edificação da “Igreja” (1 Coríntios 14.12), e para ser testemunhas de Cristo no mundo (Atos 1.8).

Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles,

para a edificação da igreja.

1 Coríntios 14.12

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Atos 1.8

O pastor Geziel Gomes observa que, existem os dons de DEUS, os dons de JESUS e os dons do ESPÍRITO SANTO. Segundo Geziel o principal dom do PAI é JESUS (João 4.10), os dons de JESUS são os dons ministeriais (Efésios 4.11) e os dons do ESPÍRITO são para a edificação da “Igreja”, são dados como fontes de poder e de revelação espiritual, e não são

“atestados de santidade”, em outras palavras, não são dados como uma forma de “honrar aqueles que são mais santos que os outros”, são dados para testemunhar a Cristo e para edificação da “Igreja”.

Geziel observa ainda que os dons espirituais capacitam a “Igreja” para seus momentos de crise e de aflições.

 

3 – O ESPÍRITO se opõe a Carne

1.     O Legalismo.

(Legalismo, teologicamente falando é, pôr as regras acima de DEUS e de sua Palavra, é acrescentar algo a Palavra de DEUS que o próprio DEUS não acrescentou, é impor “fardos” as pessoas, que DEUS não impôs).

14.   Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

15.   Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros.

16.   Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.

17.   Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.

18.   Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

19.   Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,

20.   idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21.   invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

22.   Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

 

Gálatas 5.14-22

Dentro do contexto de Gálatas 5.14-22 é possível compreender que os judeus convertidos estavam querendo fazer com que os “novos

convertidos” guardassem a Lei dada por intermédio de Moisés, no pensamento deles, a obediência à lei era a única alternativa para não voltarem às antigas imoralidades.

Mas Paulo se contrapõe firmemente a essa insistência. Existia outro caminho: o caminho do evangelho — andai pelo Espírito (Gálatas 5.16).

Hoje em dia ainda existem muitos que ensinam que devemos fazer

campanhas, queimar rosas “ungidas”, fazer cópias de arcas da aliança e etc., estes são os “judaizantes modernos”, por assim dizer, que se esquecem de que, basta ao crente andar em ESPÍRITO (isto é, basta ao crente fazer a “lição de casa” , por assim dizer, ou seja, basta aos crentes fazer o que JESUS e seus apóstolos ensinaram).

Frederick Brotherton Meyer observa ainda que, o fato de CRISTO nos haver libertado da “LEI” como meio de salvação não significa que DEUS nos liberou da “restrição moral”, mas nos colocou sob uma LEI SUPERIOR, a LEI do AMOR, por assim dizer. Não observamos essa LEI para sermos salvos, mas estando salvos, nós a observamos por amor a Cristo.

 

2.     A carne e o ESPÍRITO.

É importante observar que a palavra grega “sarx” (carne) tem muitos significados na Bíblia, o que mostra o real significado da palavra é o “contexto do texto”.

 

Russel Norman Champlin observa que a palavra “carne” pode ser usada para indicar o “corpo físico” ou pode ser usada para se referir ao sentido “ético” do ser humano, ou seja, o seu “EU”, por assim dizer, e também pode fazer referência aos desejos pecaminosos do ser humano (por isso, muita atenção ao contexto do texto, sempre que você ver a palavra “carne”). Em Gálatas 5.16 Paulo usa a palavra “carne” no sentido de “desejos pecaminosos” do ser humano e também no sentido ético da palavra, ou seja, “se andassem na direção de DEUS, estariam mentalmente capacitados (com as ideias certas sobre o certo e o errado) e não dariam vasão aos desejos pecaminosos do ser humano.

 

3.     Os vícios (Gálatas 5.19-21).

19.   Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:

prostituição, impureza, lascívia,

20.           idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

21.           invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Gálatas 5.19-21

Esta lista de obras da carne que Paulo citou não são uma “lista completa” de todas as “obras da carne”, Paulo deixou claro que não era uma lista completa quando disse; “e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5.21b), vejamos com detalhes esta lista de Paulo:

  Prostituição. A palavra grega porneia, traduzida por “prostituição”, refere-se a toda sorte de pecado sexual, seja adultério, fornicação, masturbação, incesto ou homossexualismo. Trata-se de um termo amplo que descreve toda sorte de relacionamentos sexuais ilícitos e imorais. Quando Paulo escreveu essa carta, no século 1, a imoralidade sexual era uma prática comum no mundo gentílico. William Barclay diz que porneia é a prostituição, e porne é uma prostituta. Há probabilidade de que todas essas palavras tenham ligação com o verbo pernumi, que significa “vender”. Essencialmente, porneia é o amor que é comprado ou vendido - o que não é amor de modo algum. Na Grécia o relacionamento sexual antes e fora do casamento era praticado sem nenhuma vergonha.

  Os gregos tinham amantes para o prazer, concubinas para as necessidades diárias do corpo e esposas para gerar filhos. Quase todos os grandes pensadores gregos tinham suas amantes.

  Impureza. A palavra grega akatharsia, traduzida por “impureza”, é um termo mais geral, o qual, embora às vezes possa denotar impureza ritual, refere-se aqui à impureza moral. Essa impureza inclui a impureza dos atos, palavras, pensamentos e intenções do coração. William Barclay diz que o termo era usado para descrever o pus de uma ferida não desinfetada.

  Lascívia. A palavra grega aselgeia, traduzida por “lascívia”, significa literalmente a libertinagem de modo geral, mas sem dúvida é usada aqui para a lascívia nas relações sexuais. Aselgeia refere-se à devassidão, um apetite libertino e desavergonhado. Trata- se daqueles atos indecentes que chocam o público. Um homem entregue à lascívia não conhece freio algum, só pensa no seu prazer e já não se importa com o que pensam as pessoas.

  Idolatria. A palavra grega eidolatria, traduzida por “idolatria”, refere-se à adoração de deuses feitos pela mão do homem. E o pecado no qual as coisas materiais chegam a ocupar o lugar de Deus. Idolatria é colocar qualquer coisa antes de Deus e das pessoas. Devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas (e jamais inverter esta ordem).

 

  Feitiçarias. A palavra grega pharmakeia, traduzida por “feitiçarias”, significa uso de remédios ou drogas. O termo significa também o uso de drogas com propósitos mágicos. A linha divisória entre a medicina e a magia não era muito nítida naqueles dias, como continua ocorrendo em muitas culturas tribais hoje em dia.

  Inimizades. A palavra grega exthrai, traduzida por “inimizades”, significa hostilidade, animosidade. Trata-se daquele sentimento hostil nutrido por longo tempo, que se enraíza no coração. A ideia é a de um homem que se caracteriza pela hostilidade para com seu semelhante. É o oposto do amor.

  Porfias. A palavra grega eris, traduzida por “porfias”, significa lutas, discórdias, contendas. Traz a ideia de alguém que luta contra a pessoa com a finalidade de conseguir alguma coisa, como posição, promoção, bens, honra, reconhecimento. E a rivalidade por recompensa.

  Ciúmes. A palavra grega zelos, traduzida por “ciúmes”, significa querer e desejar possuir aquilo que o outro tem.

Podem ser tanto coisas materiais quanto reconhecimento, honra ou posição social. Implica entristecer-se não apenas porque não se tem algo, mas porque outra pessoa o tem.

  Iras. A palavra grega thumoi, traduzida por “iras”, significa arder em ira ou ter indignação. Trata-se de um temperamento violento e explosivo, presente em pessoas que estouram por qualquer motivo e manifestam destempero emocional. A palavra thumoi não é tanto um ódio que perdura quanto uma cólera que se inflama e se apaga no momento.

  Discórdias. A palavra grega eritheiai, traduzida por “discórdias”, significa conflitos, lutas, contendas. Trata-se de um espírito partidário e tendencioso. Descreve a pessoa que busca um cargo ou posição não para servir ao próximo, mas para auferir proveito próprio (Ahh, como vemos isso no meio da “Igreja”, não é mesmo?).

 

  Dissensões. A palavra grega dichostasiai, traduzida por “dissensões”, significa sedição, rebelião, e também posicionar-se uns contra os outros. Trata-se daquele sentimento que só pensa no que é seu, e não também no que é dos outros.

 

  Facções (ou Heresias). A palavra grega aireseis, traduzida por “facções”, significa heresias, a rejeição das crenças fundamentais em Deus, Cristo, as Escrituras e a igreja. Envolve abraçar crenças sem o respaldo da verdade. E muito provável que Paulo tenha usado o termo com referência aos elementos divisores na igreja que desembocaram em grupos ou seitas. Tais grupos exclusivos (ou panelinhas) fragmentaram a igreja. É mais que natural que esses grupos se considerassem certos e todos os outros errados. Paulo condenou semelhante sectarismo (ou intolerância), tachando-o de “obras da carne”.

 

  Invejas. A palavra grega fthonoi, traduzida por “invejas”, vai além dos ciúmes. E o espírito que deseja não somente as coisas que pertencem aos outros, mas se entristece pelo fato de outras pessoas possuírem essas coisas. Os invejosos não apenas desejam o que pertence aos outros, mas anseiam que os outros sofram por perder essas coisas. Trata-se das pessoas que se alegram com a tristeza dos outros. Não é tanto o desejo de ter as coisas, mas o desejo de que os outros as percam. E entristecer-se por algum bem alheio. Eurípedes (famoso poeta grego) chamou a inveja de “a maior enfermidade entre os homens”.

  Homicídios. Tirar a vida de alguém de maneira proposital, e por motivo banal, tolo, vulgar.

  Bebedices. A palavra grega methai, “bebedices”, refere-se à pessoa que se embriaga na busca de sensualidade ou prazer. No mundo antigo tratava-se de um vício comum. Os gregos bebiam mais vinho do que leite. Até as crianças bebiam vinho. A embriaguez, contudo, transforma homens em feras.

  Glutonarias (ou orgias). A palavra grega komoi, “glutonarias”, refere-se a uma busca desenfreada pelo prazer, seja em relação à comida ou a qualquer prazer. A palavra pode ser traduzida também por “orgias”. O termo tem uma história interessante. Komos era um grupo de amigos que acompanhavam o vencedor nos jogos depois de sua vitória. Dançavam, riam e cantavam suas canções. Também descreve os grupos de devotos de Baco, o deus do vinho. O termo significa rebeldia não refreada e desgovernada. É a diversão que se degenera em licenciosidade (ou seja, aquilo que se opõe ao pudor, a decência).

Conclusão

Cabe a cada crente fazer uma análise de si mesmo, de sua própria vida para verificar se suas ações, atos, hábitos, atitudes, comportamentos estão mais inclinados ao “fruto do ESPÍRITO” ou as “obras da carne”, examine sua própria vida (e não a vida do irmão do lado), reflita e considere se você está produzindo mais as obras da carne ou o fruto do ESPÍRITO.

 

Fontes

 

Bíblia de Estudo Pentecostal,

Enciclopédia Bíblica Russel Norman Champlin,

Comentário Bíblico Broadman,

Comentário Bíblico F. B. Meyer,

Bíblia de Estudo do Expositor,

Bíblia de Estudo MacArthur,

Comentário Expositivo Hernandes Dias Lopes,

Revista Alerta Cristão 1º Trimestre de 2021,

Apontamentos teológicos professor José Junior.