29 de agosto de 2012

A PERDA DOS BENS TERRENOS


A PERDA DOS BENS TERRENOS

TEXTO ÁUREO = Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).

VERDADE PRÁTICA = Ainda que percamos todos os nossos bens, continuaremos a desfrutar de nosso bem maior;  Cristo Jesus nosso Senhor.

LEITURA BIBLICA = Jó 1: 13-21

INTROODUÇÃO

A fidelidade para com Deus não é garantia do crente não sofrer dores, aflições, sofrimentos nesta vida. Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente.              A Bíblia contém exemplos de santos que passaram por muitos sofrimentos, José, Davi, Jó, Jeremias, Pedro e Paulo. Por que o crente sofre? O crente experimenta sofrimento como decorrência da queda de Adão. O pecado entrou no mundo trazendo dores, tristezas, conflitos, doenças, mortes.

A Bíblia diz: Por um só homem entrou o pecado e a morte. (Romanos- 5: 12) Por isso a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado. Nosso dever é sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus. Assim também o homem de Deus sofre, pelo mesmo descuido por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Em tudo está o efeito do pecado do homem. Os homens de Deus enfrentam o ataque de Satanás (2Corintios 4:4) que controla o presente século mau (1João- 5:19;  Gálatas- 1:4 ; Hebreus- 2: 14). Jó, reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus. (Jó- 1:2).

JÓ E A EXPERIÊNCIA DAS PERDAS HUMANAS

As Posses de Jó São Tomadas (1.13-22) = A primeira prova de Jó tem como alvo a retirada de todas as suas posses. O leitor foi preparado para o que está prestes a acontecer, mas Jó não. Ele desconhecia completamente a conversa entre Deus e Satanás. A única informação que tinha referia-se às notícias que os servos lhe traziam.

Na primeira ocasião, um único sobrevivente do ataque dos sabeus (15) informa a Jó que todos os seus bois e jumentas foram roubados pelos saqueadores e, além disso, os moços que cuidavam dos rebanhos foram mortos. Os sabeus eram uma tribo árabe que morava na região sudoeste da península arábica, que hoje corresponde, em grande parte, à área do atual Iêmen. Eles negociavam especiarias, ouro e uma variedade de pedras preciosas. Um acampamento dos sabeus perto da fronteira de Edom, região onde Jó morava, não seria algo ímprováve1.

A segunda calamidade vem em forma de fogo de Deus (16), provavelmente raios, que matam todas as suas ovelhas, e os moços que cuidavam delas. Perceba que se estabeleceu um padrão na descrição das perdas. Primeiro um servo aparece e diz:

E só eu escapei, para te trazer a nova. Estando ainda este falando, veio outro (16-17). A destruição descrita em cada caso é completa, e a seqüência de acontecimentos é rápida.

A terceira calamidade é o roubo dos camelos por três bandos de caldeus (17).

Estes eram saqueadores nômades do país que ficava a leste das terras de Jó. Assim, ele estava sendo atacado pelos quatro lados. Novamente, uma calamidade completa e súbita é descrita. Os caldeus dividiram-se em três bandos e cercaram os servos de Jó. Não havia meios de fuga para os homens e animais, a não ser para um único moço que veio trazer as notícias ao seu senhor.

Os camelos há muito tempo têm sido associados às regiões desérticas e semidesérticas da Arábia. Eles eram usados como animais de carga e para a produção de lã. Alei mosaica não permite o uso do camelo como alimento (Lv 11.4; Dt 14.7), mas eles eram usados tanto para comida como para leite entre os árabes. Não se sabe exatamente quando eles foram domesticados, mas existem evidências do seu uso no início do segundo milênio a.C. A perda de 3.000 camelos certamente representava um grande prejuízo.

O quarto desastre é anunciado de forma semelhante aos outros três. Os filhos de Já estavam todos reunidos em uma de suas celebrações (cf. vv. 4-5). Eis que um grande vento sobreveio do deserto (19), que atingiu os quatro cantos da casa onde eles estavam. Isso pode ter sido um redemoinho ou um furacão vindo do deserto. A tempestade foi tão forte que a casa foi destruída e todos os seus moradores mortos. Dessa forma, Jó, em uma rápida seqüência, é despojado da sua riqueza e família. Isso nos faz lembrar da angústia de mulheres como Sara, Raquel e Ana em sua impossibilidade de terem filhos para entender um pouco da perda que este último acontecimento trágico representava.

A perda da família vai além da tristeza natural. Jó, nesse caso, foi privado do seu futuro. Nenhum filho levaria o seu nome. Não haveria ninguém que se lembrasse dele e ninguém próximo para prantear a sua morte. Jó havia perdido todas as suas posses e seus filhos. Satanás estava certo de que ninguém permaneceria firme na sua devoção e adoração a Deus diante de tais circunstâncias. Ele estava enganado. Jó passou por toda expressão normal de dor e luto. Ele rasgou o seu manto (20), a roupa usada especialmente pela nobreza ou por homens em posições elevadas. Esta ação talvez simbolizava seu coração quebrantado (JI 2.13). Ele rapou a sua cabeça—parte de uma prática comum em rituais de luto, como mostram outros textos (veja Is 15,2; Jr 7.29; Ez 7.18. Ani 8.10). Existe, no entanto, uma certa limitação nesse tipo de prática de acordo com a lei (Lv 19.27-28; Dt 14.1). Ele se lançou em terra, e adorou; isto é, ele prostrou-se em uma atitude de humildade e submissão.

O versículo 21 mostra a completa submissão à vontade de Deus que caracteriza Jó e que é uma marca da integridade fundamental que ele mantém. Embora essa declaração dos seus lábios possa ser uma “fórmula de submissão”, ela revela Jó engrandecendo a Deus em vez de amaldiçoá-lo ou se rebelar contra Ele.

O homem está nas mãos de Deus. Ele deve ser honrado tanto nos momentos de desgraça como nos momentos bons. Em tudo isto (22)—tanto naquilo que aconteceu a Jó como no que Jó disse e fez—não houve qualquer expressão de transgressão: Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma. Ele não viu em Deus nenhuma ação inapropriada, reprovável ou culpável.

Em Jó 1.18-22 encontramos o “Sofrimento que Adora”: 1) A vindicação do sofrimento, v. 20. 2). A perda e o sofrimento como a lei da vida: Nu saí do ventre de minha mãe, v. 21. 3). 0 reconhecimento de Deus na lei: o Senhor o deu e o Senhor o tomou, v. 21. 4) A sujeição agradecida à administração amorosa de Deus: bendito seja o nome do Senhor, v. 21 (A. Maclaren)..

A PERDA DOS BENS == A PROVAÇÃO DE JÓ

1. Perda dos bens materiais (Jó 1.12-17). Ao ter a retidão de Já apontada por Deus, Satanás disse que isso se devia ao fato de ele possuir bens materiais, os quais, se fossem tirados, ele logo blasfemaria de Deus. Para desmenti-lo, o Senhor facultou- lhe tudo o que o seu servo tinha, desde que não tocasse nele (Já 1.12). Satanás entrou em ação e, de um momento para outro, Já perdeu toda a sua riqueza.

2. Perda de seus filhos (Jó 1.18,19). Nem bem havia descansado das informações da perda dos bens materiais, logo chegou a péssima notícia da morte de todos os seus filhos. Tais acontecimentos não levaram Já a blasfemar contra o Senhor, como Satanás imaginava. Ele adorou a Deus e disse: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tomarei para lá; o Senhor o deu, o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (v.21).

3. Perda da saúde física (Jó 2.1 -17). Deus apontou a Satanás a justiça inalterada de Já diante dos fatos ocorridos, ao que o acusador disse que isto se devia à saúde física que ele possuía. Então, o Senhor permitiu-lhe tocar no corpo do seu servo, à exceção da sua vida (v. 6). Ao atacá-lo, o Diabo serviu-se de uma doença, ferindo-o com uma chaga maligna da cabeça aos pés. Lembremos que nem todos os males são de origem satânica. Entre outras, quatro são as causas das enfermidades: para a glória de Deus, como o cego de nascença que Jesus curou (Jo 9.1 - 7); provação, como no caso de Já; perturbação maligna, como a mulher encurvada, libertada por Jesus (Lc 13.10-16); e, por participação indigna na Ceia do Senhor (1 Co 11.28-30).

4. Perda do incentivo da esposa (Jó 2.9,10). Já havia perdido tudo. Somente lhe restou a esposa, e esta, em vez de compartilhar com ele a perda de tudo, e ser solidária em sua doença, o incentivou a amaldiçoar Deus e morrer; ao que ele respondeu que ela falava como uma doida (Já 2.9,10). O companheirismo é importante para a vitória do casal. Ec 4.9-12).

5. Perda dos parentes e amigos. Diante de terrível situação em que Jó se encontrava, tanto os parentes como os amigos afastaram-se dele (Jó 17.6;19.13-19; 30.9-12).

6. A resignação de Jó. Demonstrou uma comovente submissão ao sofrimento, embora desconhecesse os motivos. Aceitou tudo como vindo da parte do Senhor. Conservou sua fé viva em Deus (Já 19.25,26), teve paciência (Tg 1.10-li), etc. Aceitou tudo com resignação, não pecando em coisa alguma contra o seu Criador (Já 1.22; 2.10).

7. A lição do seu sofrimento. A principal lição, é que nunca somos provados além do que podemos suportar (1 Co 10.13), e tudo concorre para o nosso bem (Rm 8.28). Muitas vezes, Deus permite que suceda algo conosco, para cumprir em nossas vidas o seu propósito. Às vezes, somos levados por caminhos que não entendemos. Do ponto de vista humano, a caminhada de Israel pelo deserto foi um verdadeiro “ziguezague” incompreensível; porém, era o Senhor quem os guiava, na nuvem (Nm 9.15-23).
Pedro não entendia o porquê de Jesus lavar os seus pés, ao que Cristo lhe disse: “O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu saberás depois” (Jo 13.7). Um dia entenderemos tudo.

MESMO NA PERDA PODEMOS DESFRUTAR O AMOR DE DEUS

SUA GRAÇA = O projeto de Deus para minha vida implica numa dependência diária dEle e da Sua graça para produzir a vida de Cristo em mim! Esse projeto se resume em João 1:16: Porque todos nós recebemos da sua plenitude, e graça sobre graça. A frase “graça sobre graça” traz a idéia de ondas do mar. Mal chega uma primeira onda na praia, e outra está logo atrás, tomando seu lugar. Assim é a graça imerecida de Deus em nossas vidas!

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou, e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2:20

O sofrimento faz parte da condição humana, em virtude do pecado, do envelhecimento do corpo, da desobediência ao Senhor, ou da punição de Deus. Paulo tinha um “espinho na carne” (i.e., uma debilidade física) que ele, por três vezes, suplicara a Deus para que fosse removido. Cada uma de suas súplicas recebeu esta mesma resposta: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9). Em outras palavras, a graça de Deus era suficiente para fortalecer Paulo em sua dificuldade física, de modo que ele a pudesse suportar. O mesmo acontece com os crentes nos dias atuais. Deus proporciona a graça suficiente para nos fortalecer em meio a qualquer provação, tentação ou período de sofrimento. Paulo resumiu isso com muita propriedade, quando escreveu:  “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”  (Tito 2.11).

SEU AMOR = Nada nos pode separar do amor de Deus. A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

O amor de Deus é um amor de sacrifício. A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

O amor de Deus dura para sempre. A Bíblia diz em Salmos 136:1 “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.”

Como a Bíblia descreve o amor? A Bíblia diz em 1 Coríntios 13:4-7 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

A Bíblia diz que devemos amar-nos uns aos outros. A Bíblia diz em 1 João 2:7-8 “Amados, não vos escrevo mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, de vos ameis uns aos outros, o qual é verdadeiro nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz.
 

O amor não é só para amigos. A Bíblia diz em Mateus 5:43, 44 “Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem.

O amor é o resumo da lei de Deus. A Bíblia diz em Mateus 22:37-40 “Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Podemos mostrar o nosso amor a Deus guardando os Seus mandamentos. A Bíblia diz em 1 João 5:3 “Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos.

Não deixe que o seu amor por Deus se enfraqueça. A Bíblia diz em Apocalipse 2:4-5 “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.”

DEUS INTERVEN NA HISTÓRIA = Muitos servos de Deus tiveram experiências  que provam claramente a intervenção de Deus em suas vidas, tais como: Adão, ao ser expulso do Jardim do Éden (Gn 3.23); Caim, que foi amaldiçoado por Deus, por matar seu irmão (Gn 4.10-12); Enoque, ao ser trasladado por Deus (Gn 5.24); Jacó, que teve o seu nome mudado, quando lutou com o anjo no Vau de Jaboque (Gn 32.22-28); Daniel, quando Deus o livrou da cova dos leões (Dn 6); e tantos outros servos de Deus que estão registrados nas Escrituras, como reis, sacerdotes, profetas, apóstolos, etc.


CONCLUSÃO

A SAÚDE E A RIQUEZA SÃO DEVOLVIDAS A Jó (42.10-17) = O cativeiro de Jó (10) refere-se a todo sofrimento que ele passou. As amizades e sua honra foram restauradas (11). Sua riqueza foi duplicada (cf. 1.3 e 42.12). Ele foi agraciado com o mesmo número de filhos (cf. 1.2 e 42.13). Os nomes das suas três filhas são mencionados (14). Lemos que em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas com as filhas de Jó (15). Também é mencionado que elas compartilhariam da herança com os seus filhos. Jó foi coroado com uma vida longa depois da sua provação — cento e quarenta anos (16) — a ponto de ver a sua descendência até à quarta geração. Sua morte foi feliz porque ele havia vivido bem a sua vida. Então, morreu Jó, velho e farto de dias (17).

Este livro não conta, de fato, por que os homens sofrem em nosso mundo. Ele pode ajudar aqueles que sofrem a suportar o sofrimento com paciência, e a manter a fé de acordo com os caminhos de Deus, mesmo quando esses caminhos são obscuros. Todavia, foi necessário que Alguém, carregando a cruz, mostrasse ao mundo claramente o que se pode alcançar por intermédio do sofrimento imerecido.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1996
www.jesusvoltara.com.br
Comentário Bíblico Beacon
www.redebrasildecomunicacao.com.br

22 de agosto de 2012

A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS


A ANGÚSTIA DAS DÍVIDAS

TEXTO AUREO = “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10).

VERDADE PRÁTICA = O cristão, como filho de Deus, dEle recebe todas as coisas, incluindo o dinheiro, que deve ser utilizado de maneira correta, sensata e temente a Deus, para glória de Seu Nome.

LEITURA BIBLICA = I CRONICAS 29: 12,14  == I TIMOTEO 6: 9,10

INTRODUÇÃO

O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Se o fizermos de modo judicioso e para glória de Deus e expansão do seu reino, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que possamos utilizar nossos recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo. Saiba-se que a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5).

TUDO O QUE SOMOS E TEMOS VEM DE DEUS

1. Somos seus filhos.Todas as pessoas pertencem a Deus, por direito de criação (cf. SI 24.1). Nós cristãos, temos algo a mais, pois somos filhos de Deus por criação, mas também por redenção e ainda por direito de filiação, através da nossa fé em Jesus: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12).

2. Deus nos dá todas as coisas. Na condição de filhos, Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) e também nos confere as bênçãos materiais. No Pai Nosso, lemos: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11). Nos salmos, está escrito: “quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia” (SI 103.5). Os não crentes têm as coisas por permissão de Deus, sejam ricos ou pobres. Nós, seus filhos, temos as coisas, incluindo o dinheiro, como dádivas de sua mão. Davi tinha essa visão, quando disse: “Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1 Cr29.14).

COMO DEVEMOS GANHAR O “NOSSO” DINHEIRO?

1. Com trabalho honesto. A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que percebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus:
“No suor do teu rosto, comerás o teu pão...” (Gn 3.19a).  


O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1 Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já võ-lo temos mandado” (1 Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2 Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham.

2. Fugindo de práticas ilícitas, O cristão não dever recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, como o jogo, o bingo, a rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de buscar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20). O cristão também não deve freqüentar casas de jogos, como cassinos e assemelhados. Esses ambientes estão sempre associados a outros tipos de práticas desonestas, como prostituição e drogas.

3. Fugindo da avareza. Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (l Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça, a exploração, a usura e a avareza. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3, 10); Davi, Salomão e outros reis acumularem muitas riquezas, e nenhum deles foi condenado por isso, O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (cf. Pv 2 8.20).

4. Fugindo da preguiça. O trabalho diuturno deve ser normal para o cristão. A preguiça não condiz com a condição de quem é nascido de novo. Jesus deu o exempio, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O livro de Provérbios é rico em exortações contra a preguiça e o preguiçoso (Pv 6.9-11).

COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO

1. Na igreja do Senhor. Um velho pastor dizia: “O dinheiro de Deus está no bolso dos crentes”. De fato, Deus mantém sua igreja, no que tange à parte material, através dos recursos que Ele mesmo concede a seus servos.

a) Pagando os dízimos do Senhor. Em primeiro lugar, os crentes devem pagar os dízimos devidos para a manutenção da Obra do Senhor (cf. Ml 3.10; Mt 23.23). A obediência a essa determinação bíblica redunda em bênçãos abundantes da parte de Deus (Ml 3.10,11). É bom lembrar que devemos dizimar do total bruto da nossa renda, e não do líquido; deve ser das “primícias da renda” (Pv 3.9,10).

Os dízimos devem ser levados “à casa do tesouro”, ou seja, à tesouraria, por meio da entrega na igreja local. É errado o próprio crente administrar o dízimo, repartindo com hospitais, construções, campanhas, obras assistenciais, creches ou pessoas carentes. Deus disse: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” (Ml 3.10a). Cabe à igreja sua devida e íntegra administração.

b) Contribuindo com ofertas. Em segundo lugar, o crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessitados (viúvas, órfãos, carentes, etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor, e outras necessidades que podem surgir.

c) Os recursos da igreja local. Não provêm de governos ou de organismos financeiros. Toda vez que algum obreiro resolveu conseguir dinheiro para a igreja, em fontes estranhas ao que a Bíblia recomenda foi malsucedido, acarretou problemas para seu ministério e para os irmãos. Deus nos guarde de vermos igrejas envolvidas com práticas financeiras corruptas, abomináveis aos olhos de Deus. É de todo detestável que algum obreiro, usando o dinheiro dos dízimos e ofertas, se locuplete, adquirindo bens em seu próprio nome, exceto com aquilo que a igreja lhe gratifica.

2. No lar, no trabalho e o fisco. Se existe disciplina no trabalho, que regula os procedimentos para a aquisição do pão de cada dia, há, também, a disciplina no gasto, no emprego da renda ou do salário:

a) Evitar dívidas fora do seu alcance. Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito - na verdade, cartão de débito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranqüilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar: “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho caloteiro perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.

b) Evitar extremos. De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os “pães-duros”. De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo a insensatez da concorrência com os vizinhos e conhecidos, à mania de esbanjar, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo.

c) Comprar à vista, se possível. Faz bem quem só compra à vista. Se comprar a prazo, é necessário, que o crente avalie sua renda e, quanto vai se comprometer com a prestação assumida, incluindo os juros.
É importante que se faça um orçamento familiar em que se observe quanto ganha, o que vai gastar (após pagar o dízimo do Senhor), e sempre procurar ficar com alguma reserva para imprevistos.

d) Não ficar por fiador. Outro cuidado importante, é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Outro perigo é fornecer cheque para alguém utilizar em seu nome. Conheço casos de irmãos que ficaram em aperto por isso. É importante fugir do agiota. É verdadeira maldição quem cai na não dessas pessoas, que cobram “usura” ou juros extorsivos (Êx 22.25; Lv 25.36).

e) Pagar os impostos. Em Romanos 13.7, lemos: “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). A sonegação de impostos acarreta prejuízo para toda a nação. O cristão não deve ser contrabandista pois isso não glorifica a Deus.

f) Pagar o salário do trabalhador. Se o cristão tem pessoas a seu serviço, crentes ou não, tem o dever de pagar corretamente e em dia o salário que lhe é devido. A Bíblia diz: “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos sem direito; que se serve do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho” (Jr 22.13; ver Tg 5.1-5).

COMO FUGIR DO CONSUMISMO E DAS DIVIDAS

O pior do consumismo é que muitos acabam valorizando mais as coisas materiais que s espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21). O crente em Jesus deve resistir ao consumo inútil e à tentação do crédito fácil, propalados pela mídia. Lembre-se: “Crédito imediato é também dívida imediata”. Façamos, pois, a oração de Agur: Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada” (Pv 30.8,9).
1. Evite o desperdício e o supérfluo. Em João 6.12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55.2; Lc 15.13,14).

2. Economize, poupe e fuja das dívidas. Economize comprando no estabelecimento que é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (Gn 41.35, 36; Pv 21.20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que seja a quantia, Fuja das dívidas.

CONCLUSÃO

Pobreza não é maldição (Dt 15.11; Mc 14.7), mas pode resultar de fatores diversos: guerra, catástrofes, vícios, alcoolismo, jogos de azar, má administração dos bens e dos recursos econômicos. Neste particular, a Palavra de Deus adverte que o beberrão e o comilão cairão em pobreza (Pv23.20,21). Não compre fiado. Não peça emprestado. Liberte-se do consumo irresponsável. Jesus quer libertá-lo das garras do consumismo. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32,36).

O dinheiro é um meio de troca importante para as transações entre pessoas e empresas. O que a Bíblia condena não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro (avareza). Isso equivale a idolatrar o dinheiro, a riqueza. Esta, também não é condenada por Deus, desde que obtida por meios lícitos e trabalho honesto. Que o Senhor nos ensine a usar da melhor maneira possível os recursos financeiros ao nosso dispor, como bênçãos de sua parte.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 2002

Lições bíblicas CPAD 2008


COMPLEMENTO PARA SUA AULA

Conseqüências das Dívidas

Quais as conseqüências que sofremos quando ficamos endividados?

As conseqüências são várias, algumas delas são: falta de paz, cegueira espiritual...

(Dt 28:15) “Será porém, que, se não deres ouvidos à vós do Senhor teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão”.
 
(Dt 28:20) “O Senhor mandará sobre ti a maldição, a confusão e a ameaça em tudo quanto empreenderes, até que sejas destruído e repentinamente pereças, por causa da maldade das tuas obras, com que me abandonaste.”
 
Conseqüências: falência financeira, doenças da alma, falta de paz, cegueira espiritual, opressão, escravidão, morte.
 
Como fugir das dívidas:
Sendo dependente de Deus

(Pv 3:5-7) “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas”.

Reconhecer que Ele é o dono de tudo que temos

(Sl 24:1) “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”.

Ser fiel nos dízimos e nas ofertas

(Ml 3:11) “Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos exércitos”.
 
Algumas dicas – caso esteja com dificuldades nessa área
 
Buscar ajuda com o seu discipulador:

(Ec 4:9) “Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho”.
  
·       Estabelecer orçamento por escrito
·       Relacionar tudo o que deve
·       Priorizar o pagamento das dívidas
·       Estar satisfeito com aquilo que tem
·       Mudar radicalmente o seu estilo de vida
 
(1 Tm 6:7-8) “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele, tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes”.



15 de agosto de 2012

A REBELDIA DOS FILHOS


A REBELDIA DOS FILHOS

TEXTO ÁUREO = “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviara dele”(Pv 22.6).

VERDADE PRÁTAICA = Os pais que negligenciam a educação dos filhos, estão cometendo grave pecado diante  de Deus;

LEITURA BIBLICA = Ef. 6: 01 – 04 = Ml 4: 06 = I Samuel 2: 12-14,17,22-25

INTRODUÇÃO

Os filhos são he­rança do Senhor (Sl 127.3) e não meros acidentes biológicos na vida do casal. Cada filho que nasce ou que é admitido na família importa em algumas responsabili­dades para os pais: um corpinho para cuidar (vestuário, saúde, etc); um estômago para alimentar; uma personalidade para formar; uma mente para educar e uma pessoa completa para ser conduzida a Cristo, seu Salvador e Senhor.

A forma como interagem os membros da família é extremamente significativa para a construção de relações familiares saudáveis. A Bíblia, enquanto Palavra de Deus, é o manual mais completo que conhecemos sobre relacionamentos humanos. Desde o principio, Deus sempre se mostrou preocupado em instruir o seu o povo prescrevendo leis e mandamentos que tornem possíveis e abençoadoras as relações n seio da família, ( Ex 20; 12 ). É o que veremos nesta lição.

O que os filhos devem aos pais

No intuito de confirmar a família como o berço e a fortaleza da fé cristã, o apóstolo Paulo procura estabelecer princípios de mutualidade que devem orientar as relações entre pais e filhos. Sem estes preceitos a família ficaria extremamente vulnerável tornando-se caótica e a sua existência comprometida.
 A casa do sacerdote Eli (1 Sm 2.27-36) faz parte do universo de famílias que se extinguiram em razão do desprezo dos seus filhos aos deveres que eles tinham que cumprir na relação com o pai. Sua historia, embora triste, serve de advertência, chamando-nos a observa,? Algumas orientações que não podem ser ignoradas, sob pena de colocarmos a nossa família em risco e vermos todo um projeto se desmoronar de repente.

Os filhos devem obediência aos pais

O apóstolo Paulo falando da depravação humana (Rm 1.28- 32), inclui a desobediência dos filhos aos pais, como uma condição abominável a Deus. Vivemos tempos de insubmissão, o que se percebe é a falência da disciplina nestas unidades fundamentais da vida: no casamento e nas relações familiares.

O estudo das culturas traz consigo o reconhecimento e o valor da obediência dos filhos aos pais como fator da boa ordem social. Imagine o estado de caos numa sociedade que por um instante os pais devessem obediência aos filhos, no mínimo é uma condição antinatural, uma vez que até no reino animal se percebe esse princípio.

De acordo com Paulo (Ef 6.1) essa obediência é justa, pois a mesma segue a ordenança divina, sendo amplamente exposta tanto no Antigo Como no Novo Testamento, além do que é socialmente correta, por refletir uma disposição conveniente e adequada na sociedade humana.

Os filhos devem honra aos pais

A palavra honra (Ef 6.2) é tradução do termo grego “timao”, que significa “dar um preço à”, “valorizar”, “estimar”, ou seja, honrar através do respeito apropriado. Isto deve ser feito não apenas por palavras, mas por ações e gestos que reflitam o amor enquanto virtude mediadora da relação entre pais e filhos. Além de ser agradável é também uma ordenança divina, o quinto mandamento (Ex 20.12) acentua a maneira de agir do filho temente a Deus para com os seus pais. De acordo com a Lei, um filho que agredisse o pai ou a mãe ou que os amaldiçoasse deveria ser morto (Ex 21.15,1 7).

Frutos colhidos devido à honra e à obediência.

São muitos os frutos colhidos pelos filhos que honram e obedecem aos seus pais. E a segunda promessa do decálogo, sendo que a primeira é em relação a Deus. Aqui a promessa não é vida longa apenas, é a permanência na terra que seria dada (Ex 20.12). Certamente é conhecido por nós os vários exemplos de filhos que se deram bem nas várias áreas da vida tais como: a espiritual, profissional e matrimonial por terem obedecido e honrado a seus pais. A Bíblia nos traz vários exemplos tanto negativos quanto positivos.
Um exemplo negativo foi õ de Sansão, que por não honrar e nem obedecer aos seus pais teve uma história de vida marcada pelo sofrimento (Jz 16. 21), enquanto que Timóteo foi um obreiro valoroso tendo a honra e a obediência aos pais como princípio norteador da sua vida de fé (2 Tm 1.5).

0 que os pais devem aos filhos

Se os filhos devem aos pais obediência e honra estes também possuem deveres em relação aos filhos. Ser pai é uma responsabilidade imensa, pois aquilo que afeta o desenvolvimento dos filhos é primeiramente fruto das relações que se estabelecem dentro de casa, principalmente nas relações entre pais e filhos. A admoestação veterotestamentária mais conhecida feita aos pais é: “ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho não se desviará dele” (Pv 22.6).
Os pais devem buscar direção de Deus na condução da educação dos filhos a exemplo do que fizeram os pais de Sansão (Jz 13.8).

Não provocar a ira dos filhos

A relação entre os pais e os filhos é extremamente irritadiça e hostil quando o cotidiano familiar é mediado pela supervisão estressante. Os pais cobram e os filhos se justificam, O tom, na comunicação verbal, é sempre agressivo.

O sentimento de ambos é o de frustração. Os filhos sentem que jamais serão compreendidos e os pais que jamais serão obedecidos, criando um círculo vicioso. Os pais apesar de terem a obrigação pela educação dos filhos precisam ter cuidado com os excessos, não espancar, não gritar, não ameaçar, são condutas paternas que levam uma criança a ter segurança na vida. Paulo escrevendo aos pais de Colossos recomendou: “Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (Cl 3.2 1).

Criá-los na disciplina e admoestação do Senhor

Estudiosos afirmam que a família ainda é o lugar privilegiado para a promoção da educação infantil. Embora a escola, a igreja, as amizades e a televisão exerçam grande influência na formação da criança, os valores morais e os padrões de conduta são adquiridos essencialmente através do convívio familiar. E preciso instruir e educar para a vida, disciplinando os filhos (Pv 23.13, 14). A compreensão bíblica de educação é que ela seja nos âmbitos moral e espiritual (Dt 6.6, 7). Pais devem criar os filhos no temor do Senhor e para que isto aconteça é necessário conversar com eles, disponibilizarem-se para eles no momento em que eles precisarem, corrigir os maus comportamentos e reforçar aqueles que são assertivos. Há pais que abriram mão de educarem espiritualmente os seus filhos e transferiram a responsabilidade para a igreja abrindo mão de um privilégio que é deles.

Quando os pais negligenciam seus deveres e deixa de transmitir esses valores mente os demais veículos formativos ocupam seu papel. Criar na disciplina é condição básica para o pleno desenvolvimento mental, moral e do caráter dos filhos. A disciplina deve ser exercida com amor, a exemplo de Deus em relação aos seus filhos (Ap 3.19), e compreende num sentido mais amplo a ideia de educar.

Relações familiares convertidas

Os nossos corações não devem ser convertidos apenas a Deus, até porque ninguém se converte a Deus e consegue permanecer inflexíveis nas outras relações. Pais e filhos devem se converter uns aos outros. Foi isso que Jesus Cristo veio fazer na terra, O evangelho começa no lar. Conforme Lucas (1.17), o ministério de João Batista, seria marcado pela conversão dos corações dos pais aos filhos.

Essa convergência de corações produz mudanças, cura relações e abranda os ânimos e é uma realidade possível, pois se o evangelho não funcionar na família certamente não funcionará em lugar algum. A mais bela expressão do evangelho é o lar feliz, onde os vínculos familiares são saudáveis, permeados de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22,23).

Pais convertidos aos filhos

A situação do momento é preocupante, marcada acentuadamente pela deterioração das relações familiares decorrente de um estilo de vida em que as pessoas priorizam mais os valores materiais do que a família.
Isso resulta em distanciamento das relações, que por sua vez gera no seio do lar: ódio, violência, desentendimentos, separações, etc. A conversão do coração dos pais aos filhos é uma das propostas bíblicas para harmonizar a família e afastar qualquer possibilidade de maldição. Pais convertidos aos seus filhos são notadamente: a) pais que assumem o compromisso de amar seus filhos de forma in condicional. b) pais que se fazem presentes na vida dos filhos. Mesmo depois de ter levado o pequeno Samuel para servir ao Senhor, no templo, Ana e seu marido continuavam presentes na vida do filho (1 Sm 2.18-20). c) pais que perdoam os filhos.

Um dos exemplos mais triste da história bíblica é o de Davi e Absalão. O relacionamento entre os dois terminou de forma trágica, porque o pai falhou em perdoar o filho, ou seja, seu coração não se converteu ao coração de Absalão (2 Sm 18.33); d) pais que vivem intensamente o privilégio e a alegria da paternidade. Os filhos para eles não são um peso a ser carregado, mas bênção e herança do Senhor (Si 127. 3-5). Cada fase da vida do filho é vivenciada como uma experiência única e celebrada com gratidão. Ser convertido ao filho é assumir o compromisso de uma aliança para a vida inteira.

A parábola do filho pródigo (Lc 15.11-24) é a mais bela história de amor incondicional. As principais pesquisas na área da educação infantil têm demonstrado que, em família nas quais os pais acompanham de forma positiva as atividades da criança e dos adolescentes, não são encontrados usuários de drogas e indivíduos com comportamentos antissociais.

Filhos convertidos aos pais

De igual modo os filhos devem estar comprometidos com os pais em uma aliança de amor e respeito. Mesmo que esses filhos já tenham alcançado a idade adulta e conquistado certa autonomia na vida, eles precisam continuar cultivando uma relação de afeição e cuidado com os pais. Causa-nos perplexidade ver através dos meios de comunicação situações em que filhos maltratam e até abandonam os seus pais.
Outra vez aparece como exemplo a história de Davi com o seu filho Absaláo, este se revoltou contra o seu pai a quem passou a perseguir (2 Sm 15.1- 18).

Filhos convertidos aos pais são aqueles que demonstram: a) amor incondicional: é saudável para os pais saberem que os seus filhos os amam e os aceitam como eles são; b) cuidados especiais com os pais: a velhice é uma condição inevitável na vida e quando ela chega traz consigo um peso a ser carregado. c) atitudes de honra: mesmo que haja divergências de ideias, os filhos saberão entender as opiniões dos pais e nada farão para desonrá-los. Filhos que assim se comportam, poupam seus pais de muitos sofrimentos, lágrimas e dores; d) gratidão, enquanto sentimento de reconhecimento por tudo que seus pais lhes fizeram. Não há melhor maneira de expressar gratidão do que através de palavras e gestos. Os filhos precisam aprender a reconhecer o valor e a dedicação dos pais para as suas vidas. Pais cujos filhos são convertidos não passam pela experiência do abandono. José cuidou de .Jacá até a sua morte (Gn 47.7-12; 50.1-4).

Irmãos como amigos

A rivalidade entre irmãos vem desde o princípio mais remoto através da história de Caim e Abel (Gn 4.1-8) e passa por tantas outras como Esaú e Jacó, José e seus irmãos. O que leva irmãos à rivalidade são relações adoecedoras que se estabelecem no sistema familiar. Os pais são grandes responsáveis e têm uma enorme influência na qualidade dos relacionamentos entre irmãos.

Há pais que suscitam competitividade entre irmãos, quando estabelecem aliança com um dos filhos em detrimento do outro, é o que se chama comumente de tratamento diferenciado. O exemplo bíblico mais contundente é o de Isaque e Rebeca (Gn 27.1-10). Irmãos precisam ser estimulados a se tornarem os melhores amigos entre si, deixando de lado as disputas e as brigas que por vezes chegam às barras da violência.


FILHOS REBELDES

Os filhos maus de Eli (I Sm 2.12-17). Hofni e Finéias são descritos como filhos de Beijai e não conheciam o Senhor. (12) Veja os comentários de 1.16 sobre os filhos de Belial. Nas Escrituras, “conhecer” ou “não conhecer” o Senhor normalmente se refere a um conhecimento pessoal de Deus em adoração e obediência. Os hebreus não consideravam o conhecimento primeiramente como algo intelectual, mas sim como algo completamente pessoal. O termo usado significava “ter proximidade de”, em vez de simplesmente “conhecer” treinados no ritual e nas cerimônias do Antigo Testamento e, sem dúvida, familiarizados com as exigências da lei, esses dois jovens eram maldosos e inescrupulosos em caráter pessoal.

A lei prescrevia cuidadosamente a natureza das ofertas que deveriam ser trazidas ao altar do Senhor, juntamente com a maneira pela qual o sustento dos sacerdotes era provido (cf. Lv 7.28-34). A iniqüidade dos filhos de Eli residia em suas exigências magnânimas e pouco razoáveis de receberem sua porção antes de o sacrifício ser formal- mente dedicado ao Senhor. O resultado foi que os homens desprezavam a oferta do Senhor (17).

Por todo o texto dos capítulos 1 a 4 o autor inspirado estabelece um contraste entre a maldade dos filhos naturais de Eli com a espiritualidade crescente e o discernimento de Samuel, filho adotivo do sumo sacerdote. Sem dúvida, o ambiente do início da vida desempenha um papel importante no caráter moral e na experiência espiritual das crianças. Contudo, uma das mais certas evidências de liberdade e autodeterminação da alma humana é vista em situações como as apresentadas aqui.

As Visitas de Ana a Samuel ( I Sm 2.18-21). A visita anual de Elcana e sua família a Siló tinha um duplo significado agora, pois, além da adoração religiosa, havia a alegria de se reunir com o filho que fora dedicado ao serviço do Senhor. O éfode de linho (18) era um traje cerimonial usado por aqueles que serviam em um local religioso. E provável que ele cobrisse apenas a parte frontal do corpo e, por isso, às vezes era chamado de avental. Ana também trazia para Samuel, a cada ano, uma túnica feita por ela. A família de Elcana foi abençoada com mais três filhos e duas filhas (21), todos de Ana.

O desconsolo de Eli (2.22-26). A razão do fracasso de Eli em lidar com a imoralidade de seus filhos pode ser explicada parcialmente em função de sua idade avançada. Tal imoralidade era agravada por ser cometida no próprio Tabernáculo. A presença de mulheres ligadas ao funcionamento do Tabernáculo é expressa em Exodo 38.8. O escândalo era evidente (24).

A advertência de Eli a seus filhos abrangia tanto o efeito da conduta deles sobre os outros — fazeis transgredir o povo do Senhor (24) — como as conseqüências sobre eles mesmos (25).
A conduta ética imprópria — o pecado de um homem contra outro — poderia ser julgado nas cortes da lei; mas o pecado religioso contra Deus seria punido pelo próprio Senhor. Pelo fato de o termo hebraico traduzido como juiz ser ha-Elohim, que também significa “Deus”, a ARA e outras traduções modernas trazem: “Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro”, ou “Deus o julgará”. Em vista do mal agravado, a repreensão de ELI parece ser muito branda. Para pecados “com alta mão” — desafio e rebelião contra o próprio Deus — o Antigo Testamento não apresenta uma solução. Somente Cristo pode ser o mediador entre o homem e Deus (1 Tm 2.5,6).

Porque o Senhor os queria matar — a partícula primitiva hebraica kee, porque, é usada em relações causais de todos os tipos, antecedentes ou conseqüentes. Também pode ser apresentada como “portanto”.
Os homens não eram pecaminosos porque Deus desejava matá-los, mas, porque eles se tornaram ímpios, o Senhor os julgaria e traria uma morte dolorosa e prematura.

Mais uma vez, a piedade de Samuel é contrastada com a pecaminosidade dos filhos de Eli. No mesmo ambiente, o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens (26). Uma declaração similar é feita em relação ao menino Jesus (Lc 2.52). Isso demonstra aprovação completa, tanto em sua conduta ética como religiosa.

O ESTRUPO DE TAMAR  (I Sm 13.1-39)

Há um contraste patético entre os grandes sucessos de Davi como um soldado e general, e a rápida desintegração moral dos membros de sua própria casa. Os frutos tanto da poligamia (casamentos múltiplos) como da decadência moral de Davi podem ser vistos nos acontecimentos que se seguem. O exemplo do pai só poderia ter tido um efeito nocivo sobre os filhos.

Absalão e sua formosa irmã Tamar eram filhos de Davi com Maaca, com quem ele tinha se casado durante os anos em que fugia de Saul. Amnom, cuja luxúria foi exacerbada pela beleza de Tamar, era filho de Davi com Ainoã, também uma das primeiras esposas dele (cf. 3.2,3). Tal era a paixão descontrolada deste filho do rei, e a sua satisfação parecia tão impossível, que o resultado foi ele realmente ficar doente. O casamento entre irmão e irmã era proibido na lei (Lv 18.11); portanto, a união legal parecia impossível. O isolamento de Tamar no cômodo das mulheres no palácio, bem como seu caráter admirável (12), mostram que o desejo de Amnom também não poderia ser satisfeito de modo ilícito (2).

Tinha, porém, Amnom um amigo, cujo nome era Jonadabe (3) — um amigo muito superficial e desumano, conforme 32-35. Ele era seu primo, filho do irmão de Davi, Siméia, ou Samá como é chamado em 1 Samuel 17.13. Este jovem era conhecido como um homem mui sagaz (3), astuto e ardiloso, e a partir do conselho que deu, percebe-se que não passava de um homem perverso. Jonadabe notou o estado de tormento de Amnom e perguntou: Por que tu de manhã em manhã tanto emagreces, sendo filho do rei? (4) Literalmente, “filho do rei”, pode sugerir que Amnom já tivesse demonstrado ser como seu pai. Emagrecer é dai em hebraico, “fraco, magro, débil”. Quando o príncipe confessou a sua paixão incestuosa por Tamar, Jonadabe aconselhou-o a fingir estar gravemente enfermo. Então quando Davi viesse para vê-lo, ele deveria pedir que fosse permitido que Tamar viesse e preparasse comida para ele (5).

A trama covarde funcionou como Jonadabe havia previsto e como Amnom tinha planejado. Quando ela apresentou a comida ao falso doente, ele se recusou a comer, e ordenou que todos saíssem da casa. Ao entrar Tamar em seu quarto, ele fez a sua proposta infame, e quando ela resistiu, ele a forçou (6-14).
Não se faz assim em Israel (12), um apelo a um código moral e espiritual que distinguia Israel das nações pagãs vizinhas. Tal loucura (12); um dos loucos de Israel (13) — louco ou tolo diz respeito à conduta ética, e não a qualquer tipo de deficiência mental.

O mau caráter de Amnom está refletido em seu tratamento com Tamar, uma vez que a sua luxúria foi satisfeita. A paixão foi seguida de repulsa, e ele ordenou que ela saísse da casa. Não há razão (16), “não, meu irmão”, ela respondeu; mas ao protestar, ele chamou seu servo pessoal para levá-la embora e trancar a porta atrás dela (15-17).

Tamar estava vestida com uma roupa de muitas cores (18), a túnica de mangas compridas que era usada pelas filhas solteiras do rei. Ela foi para casa chorando, com cinzas em sua cabeça e vestes rasgadas, os sinais convencionais de profunda tristeza (18-20).

Absalão rapidamente suspeitou do crime que Amnom tinha cometido. Suas palavras para Tamar não foram tão insensíveis quanto parecem; pois ele evidentemente nutriu um ódio profundo e a determinação de vingar a honra de sua irmã (20; cf. 22). Tamar esteve desolada [ou solitária] (20) — em hebraico: “aturdida, desconsolada, carente”. Davi soube destas coisas e ficou furioso, mas nada fez para punir o malfeitor (21), uma fraqueza que não só lhe custaria a vida de seu filho mais velho, Amnom, mas ao final a lealdade e também a vida de Absalão. Este, por sua vez, aguardou um momento favorável para vingar-se (22).

Dois anos depois,Absalão sentiu que o momento havia chegado. Seus servos tosquiavam as ovelhas em Baal-Hazor, não longe de Jerusalém. Este era um tempo festivo, e ele convidou os outros filhos do rei para compartilhar das festividades. Para ter certeza do comparecimento de Amnom, o jovem insistiu em convidar Davi, ciente que ele não deixaria a sua capital para comparecer. Para não te sermos pesados (25), isto é, “poderíamos ser um fardo para ti”, foi a desculpa de Davi (Moffatt).

Em seu lugar, então, Absalão sugeriu que Davi mandasse Amnom, o herdeiro legítimo. Embora Davi tenha contestado, instando Absalão com ele (27), ele consentiu em enviá-lo e todos os outros filhos. Absalão havia instruído seus servos a estarem prontos para quando Amnom estivesse um tanto embriagado, e ao seu sinal, feri-lo. O plano foi executado, e quando este príncipe foi morto todos os outros filhos do rei fugiram (28,29).
Embora o ódio por Amnom e um desejo de vingança fossem sem dúvida alguma os principais motivos para o ato de Absalão, parece posteriormente que isto o coloca na linha de sucessão ao trono como o próximo filho mais velho dentre os herdeiros do rei (cf. 15.1-6). Assim, a morte de Amnom satisfez tanto a vingança de Absalão como a sua ambição.

O relatório que primeiro chegou a Jerusalém dizia que Absalão havia massacrado todos os filhos do rei (30). Davi e seus criados prantearam, mas Jonadabe, cujo mau conselho havia causado toda a seqüência destes eventos, informou a seu tio que somente Amnom havia sido morto (31-33). A chegada dos filhos do rei confirmou o relatório, mas Absalão fugiu para o exílio, a Talmai... rei de Gesur (37), de quem sabemos a partir de 3.3 que era seu avô. Gesur era uma cidade-estado na Síria. Davi chorou por seu filho morto diariamente por três anos, até que se consolou pela morte de Amnom (34-39).

UMA REFLEXÃO PARA OS PAIS E SEUS DEVERES COM OS FILHOS

A) Proteção. É responsabilida­de dos pais prover no lar paz, har­monia, sossego, união, proteção e amparo. Ver as lições espirituais de Deuteronômio 22.8.

B) Afeto. As relações afetuosas, fraternas e cordiais iniciam-se na família. É nesse ambiente, propí­cio e acolhedor, que a criança re­cebe afeto, cuidado amoroso dos pais e irmãos mais velhos, e apren­de a praticá-lo.

A família de Deus = Deus valoriza tanto a família que a tomou como exemplo para ilustrar o seu relacionamento com a igreja.

Deus, nosso Pai. Deus é o nosso supremo exemplo quanto ao papel da paternidade. Vejamos algumas de suas características como nosso Pai celestial.

a) Pai cuidadoso e provedor que Jamais falha. Ele cuida de cada um de seus filhos (Mt 10.31) e de suas necessidades (Mt 6.8). Ele, que já nos deu a suprema dádiva do céu — Jesus, não nos daria também com Ele todas as coisas? (Rm 8.32).

b) Pai amorável. Não há maior amor que o de Deus por nós (Jo 3.16; 15.13; 1 Jo 4.10,19; Rm 5.8). Ele é de igual modo compassivo e amoroso para com o filho que erra (Lc 15.20).

c) Pai que disciplina. O filho sempre está sujeito à disciplina amorosa de seu pai. A disciplina é um sinal do amor de Deus para com seus filhos, visando seu bene­fício (Hb 12.5ss). Mediante a dis­ciplina, Deus visa nos tornar me­lhores discípulos dEle. Os termos disciplina e discípulo têm sua ori­gem no mesmo radical latino que significa aprender.

d) Pai perdoador. Não há pas­sagem que ilustre tão bem esta característica quanto a parábola do Filho Pródigo (Lc 15.11-32).

e) Pai conciliador. Na mesma parábola do Filho Pródigo, Jesus nos mostra que, muitas vezes, os pais são os apropriados e idôneos mediadores de conflitos na famí­lia (Lc 15.31,32).

CONCLUSÃO

Grande parte da crise do mundo é oriunda de lares desajustados. São padrões de interações familiares adoecedoras que desembocam em crises que muitas vezes levam a destruição total da família. Que neste dia possamos refletir sobre a grande contribuição que cada um de nós pode oferecer a fim de tornar os nossos lares ambientes de saúde física, espiritual, pscicológia e social.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon
Lições bíblicas BETEL 2010

PAIS E FILHOS

Cl 3.21 =  “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.” É obrigação solene dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a instrução e a disciplina condizente com a formação cristã. Os pais devem ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se importar mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na igreja ou posição social (cf. Sl 127.3).

(1) Segundo a palavra de Paulo em Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de Deus em muitos trechos do AT (ver Gn 18.19 nota; Dt 6.7 nota; Sl 78.5 nota; Pv 4.1-4 nota; 6.20),

É responsabilidade dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma vida do agrado do Senhor. E a família, e não a igreja ou a Escola Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico e espiritual dos filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os pais no ensino dos filhos.

(2) A essência da educação cristã dos filhos consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de levar o coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17 ).

(3) Na criação dos filhos, os pais não devem ter favoritismo; devem ajudar, como também corrigir e castigar somente faltas intencionais, e dedicar sua vida aos filhos, com amor compassivo, bondade, humildade, mansidão e paciência (3.12-14,21).

(4) Seguem-se quinze passos que os pais devem dar para levar os filhos a uma vida devotada a Cristo:

(a) Dediquem seus filhos a Deus no começo da vida deles (1 Sm 1.28; =  Lc 2.22).

(b) Ensinem seus filhos a temer o Senhor e desviar-se do mal, a amar a justiça e a odiar a iniqüidade. Incutam neles a consciência da atitude de Deus para com o pecado e do seu julgamento contra ele (ver Hb 1.9 ).

(c) Ensinem seus filhos a obedecer aos pais, mediante a disciplina bíblica com amor =  (Dt 8.5;  = Pv 3.11,12;  = 13.24;  = 23.13,14; = 29.15,17;  = Hb 12.7).

(d) Protejam seus filhos da influência pecaminosa, sabendo que Satanás procurará destruí-los espiritualmente mediante a atração ao mundo ou através de companheiros imorais (Pv 13.20; = 28.7; = 2.15-17).

(e) Façam saber a seus filhos que Deus está sempre observando e avaliando aquilo que fazem, pensam e dizem (Sl 139.1-12).

(f) Levem seus filhos bem cedo na vida à fé pessoal em Cristo, ao arrependimento e ao batismo em água (Mt 19.14).

(g) Habituem seus filhos numa igreja espiritual, onde se fala a Palavra de Deus, se mantém os padrões de retidão e o Espírito Santo se manifesta. Ensinem seus filhos a observar o princípio:
“Companheiro sou de todos os que te temem” (Sl 119.63; ver At 12.5 ).

(h) Motivem seus filhos a permanecerem separados do mundo, a testemunhar e trabalhar para Deus (2 Co 6. 14—7. 1; Tg 4.4). Ensinem-lhes que são forasteiros e peregrinos neste mundo (Hb 11.13-16), Que seu verdadeiro lar e cidadania estão no céu com Cristo (Fp 3.20; = Cl 3.1-3).

(i) Instruam-nos sobre a importância do batismo no Espírito Santo (At 1.4,5,8; = 2.4,39).


(j) Ensinem a seus filhos que Deus os ama e tem um propósito específico para suas vidas (Lc 1.13-17; = Rm 8.29,30; = 1 Pe 1.3-9).

(L) Instruam seus filhos diariamente nas Sagradas Escrituras, na conversação e no culto doméstico (Dt 4.9; 6.5,7; 1 Tm 4.6; 2 Tm 3.15).

(m) Mediante o exemplo e conselhos, encorajem seus filhos a uma vida de oração (At 6.4; = Rm 12.12; = Ef 6.18; = Tg 5.16).

(n) Previnam seus filhos sobre suportar perseguições por amor à justiça  (Mt 5.10-12). Eles devem saber que “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm 3.12).

(o) Levem seus filhos diante de Deus em intercessão constante e fervorosa (Ef 6.18; = Tg 5.16- 18; ver J0 17.1, ) nota sobre a oração de Jesus por seus discípulos, como modelo da oração dos pais por seus filhos.

(p) Tenham tanto amor e desvelo pelos filhos, que estejam dispostos a consumir suas vidas como sacrifício ao Senhor, para que se aprofundem na fé e se cumpra nas suas vidas a vontade do Senhor (ver Fp 2.17 ).

Bíblia de Estudo Pentecostal