Ética Cristã e Sexualidade
TEXTO ÁUREO = "Venerado seja entre
todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e
aos adúlteros Deus os julgará." (Hb 13.4)
VERDADE PRÁTICA = A sexualidade é uma
dádiva divina que deve ser usufruída dentro dos parâmetros instituídos pelo
Criador.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – I Coríntios 7.1-16
INTRODUÇÃO
- Deus criou o homem sexuado, “macho e fêmea os criou”. Esta sexualidade
realça-se no ambiente familiar, onde homem e mulher se completam para cumprir o
propósito divino estabelecido ao homem.
- É, pois, somente no ambiente familiar, mais propriamente no
relacionamento conjugal, que a sexualidade deve ser desenvolvida e exercida
I – O SEXO SEGUNDO A BÍBLIA
- A atração sexual, a atividade sexual não é algo pecaminoso nem
estranho ao ser humano, mas, muito pelo contrário, é algo que decorre da
própria natureza humana, algo que não só é bom, mas muito bom, visto que criado
por Deus (Gn.1:31).
- Não podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ruim, imoral ou
danoso para o ser humano (I Tm.4:1-3).
- “Sexo” – parte, algo que foi cortado, que precisa de complemento.
Homem e mulher necessitam de complemento para formar uma unidade.
- Sexo: “nos seres humanos, o conjunto das características fisiológicas
e comportamentais que distinguem os membros de cada sexo.”
- Homem e mulher precisam se complementar para cumprir do propósito que
Deus estabeleceu para a humanidade (Gn.1:28).
- A sexualidade encontra na família a possibilidade de se desenvolver e
de ser exercida.
- “…A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, em sua
unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à
capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a
criar vínculos de comunhão com os outros. …(§ 2332 - CIC).
- A sexualidade não se limita apenas à genitalidade, ou seja, ao
“…contato físico entre indivíduos envolvendo estimulação sexual dos genitais,
por meio do qual é possível gerar novos seres”.
- Tendo sido criação de Deus, nada mais justo e lógico que o próprio
Deus tenha determinado os limites da sexualidade em Sua Palavra. O sexo bíblico
é:
a) heterossexual (Rm.1:21-28; Lv.18:22).;
b) conjugal (Hb.13:4).
- A atividade sexual é despertada no ser humano apenas a partir da
adolescência – “o sono de Adão” – quando há condições psicobiológicas para o
seu desenvolvimento e exercício.
- O “mistério da injustiça” (II Ts.2:7) tem procurado, de todos os
meios, subverter esta ordem, esforçando-se para reduzir ao máximo este “sono de
Adão” e desenvolver a “erotização precoce”, com deletérias consequências na
família e na sociedade.
- A denominada “revolução sexual” que teve lugar no Ocidente após a
Segunda Guerra Mundial é uma ação devidamente orquestrada por grupos e
segmentos que querem a dissolução dos chamados “valores morais
judaico-cristãos”, ou seja, dos valores bíblicos.
- É uma ação intencional que visa destruir as bases bíblicas da
organização social, num processo de preparação para a vinda do Anticristo.
- O sexo deve ter, como propósito:
a) a procriação (Gn.1:27,28);
b) a satisfação do casal, de forma altruísta (I Tm.4:3,4;
Ct.1:2,3,15-17);
II – O EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE
- O equilíbrio entre procriação e altruísmo impede a prática de relações
sexuais antinaturais.
- O sexo entre os cônjuges deve ser natural, altruísta e santo (I
Ts.4:3-7).
- Os cônjuges cristãos devem deixar de manter seu vaso em santificação e
honra, jamais cedendo às paixões da concupiscência.
- As práticas sexuais jamais podem ser antinaturais.
- As práticas sexuais jamais podem visar a autossatisfação do cônjuge,
não se pode praticar o sexo egoisticamente.
- Os cônjuges cristãos não podem querer introduzir em seu relacionamento
conjugal a impureza sexual dos incrédulos, disseminadas pela mídia e pela
perversão vigente.
III - O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO
- O momento certo para o sexo ser exercido é o casamento (Gn.2:24). A
atividade sexual não é algo que deva ser desenvolvido sem qualquer critério ou
a qualquer momento.
- Por isso, a Bíblia Sagrada condena tanto a fornicação, que é a
manutenção de relações sexuais entre pessoas não casadas (At.15:29; Ef.5:5; I
Tm.1:10; Hb.12:16; Ap.21:8), como o adultério, que é prática do sexo de uma
pessoa casada que não é seu cônjuge (Ex.20:14; Dt.5:18; Mt.5:27,28; Hb.13:4).
- É necessário orientar os jovens, os adolescentes e as crianças para
que se mantenham puros e virgens até o casamento.
- A sexualidade deve ser ensinada nos lares, como tudo que concerne à
educação cristã. É imperioso que a “educação sexual” se dê em casa, para que os
valores e princípios bíblicos prevaleçam na formação do caráter de nossas
crianças e adolescentes e não haja perdição por falta de ensino (Os.3:6; I
Tm.4:11; II Tm.3:14-17).
- A igreja deve exercer um papel importante, não só orientando os pais
como devem tratar este assunto com seus filhos, mas também fazendo um
tratamento preventivo e curativo, a fim de extirpar das mentes de nossas
crianças, adolescentes e jovens o “veneno da panela”.
- As escolas tornaram-se verdadeiras “universidades de promiscuidade”,
como estão a revelar as iniciativas governamentais nesta área (“kit gay”,
distribuição de camisinhas nas escolas, material didático inapropriado e, não
raras vezes, pornográfico etc. etc. etc.).
- A pornografia e a pornofonia são outras manifestações da sexolatria
vigente nos dias de hoje, uma verdadeira distorção do propósito divino do sexo.
- A pornografia e a pornofonia jamais podem servir de “estimulantes”
para o relacionamento íntimo dos cônjuges.
- A inobservância do regramento bíblico do sexo é uma atitude de
rebeldia contra o próprio Deus (I Ts.4:8; Hb.13:4).
- A perversão sexual está diretamente relacionada com a rejeição a Deus
(Rm.1:23-28) e sempre é uma característica das sociedades que sofreram o juízo
divino (geração antediluviana, Sodoma e Gomorra, reinos de Israel e de Judá,
civilizações ao longo da história)
- A “sensualidade” é indício da ausência do Espírito Santo na vida
(Jd.19).
- Uma vida espiritual sadia e santa fará com que os cônjuges venham a
ter, também, uma sexualidade sadia, pois a atividade sexual tem seu lado
sagrado, na medida que é a partir de seu exercício que marido e mulher
colaboram com o Senhor para um dos mais sublimes atos que existe que é o de
geração da vida.
- O leito conjugal deve ser sem mácula (Hb.13:4) e isto não somente
abrange a fidelidade conjugal, mas, também, a prática de uma sexualidade
altruísta, natural e santa.
- Que Deus nos guarde da onda da corrupção moral degenerada de nossos
dias, dias de Noé (Mt.24:37; Lc.17:26) e dias de Ló (Lc.17:28), a fim de que
possamos agradar a Deus, cumprir o propósito que ele nos estabeleceu e, assim,
adentrarmos na cidade celeste naquele dia.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO
FRANCISCO
A família e a sexualidade I
A sexualidade deve ser desenvolvida e exercida no ambiente familiar,
mais propriamente no relacionamento conjugal.
INTRODUÇÃO
- Deus criou o homem sexuado, “macho e fêmea os criou”. Esta
sexualidade realça-se no ambiente familiar, onde homem e mulher se completam
para cumprir o propósito divino estabelecido ao homem.
- É, pois, somente no ambiente familiar, mais propriamente no
relacionamento conjugal, que a sexualidade deve ser desenvolvida e exercida.
I – O SEXO SEGUNDO A BÍBLIA
- Deus criou o homem como um ser sexuado, “macho e fêmea os criou”
(Gn.1:27). Deste modo, a atração sexual, a atividade sexual não é algo
pecaminoso nem estranho ao ser humano, mas, muito pelo contrário, é algo
que decorre da própria natureza humana, algo que não só é bom, mas muito bom,
visto que criado por Deus (Gn.1:31).
- O sexo, portanto, ao contrário do que ensinam alguns, a começar dos
seguidores do falecido Reverendo Moon (1920-2012), não foi o pecado cometido
pelo primeiro casal, pois foi ordem de Deus a multiplicação da espécie
(Gn.1:28), o que se dá somente pela atividade sexual. Sexo não é pecado, mas os
princípios divinos da sexualidade encontram-se deturpados pelo homem, em razão
de seu estado pecaminoso.
OBS: "... A ordem de procriação concedida ao homem era ponto
definido; jamais o Senhor ousaria ordenar-lhe uma coisa e depois castigá-lo por
obedecer a essa ordem. Nunca devemos confundir o fruto do conhecimento do bem e
do mal com o ato conjugal, permitido e ordenado pelo Senhor. Aqueles que dizem
que o relacionamento sexual foi o pecado de Adão e Eva desconhecem totalmente
as Escrituras Sagradas..."( SILVA, Osmar José da. Reflexões filosóficas
de eternidade a eternidade, v.2, p.138-9).
- A Bíblia Sagrada afirma que o sexo foi obra da criação de Deus que,
ao criar o homem, fê-lo sexuado. Diz a Palavra que Deus criou o homem à Sua
imagem e semelhança, mas os criou “macho e fêmea” (Gn.1:27). Este ponto
distingue o homem dos anjos, por exemplo, que foram criados assexuados
(Mc.12:25)..
- Sendo assim, não podemos admitir que o sexo seja algo antinatural,
ou seja, contrário à natureza do homem, ou seja, algo ruim, imoral ou danoso
para o ser humano, como alguns têm defendido, inclusive (e principalmente)
na igreja de Deus. Tomar uma atitude destas, desde já o falamos, é contrário à
Palavra de Deus, que, inclusive, condena os tais (vide I Tm.4:1-3).
- É preciso, de início, já revelar a origem da palavra “sexo”, que
vem da raiz latina “sec”, que significa “cortar”, recortar”, “dividir”, mostrando,
precisamente, que se refere a uma parte, tanto que a palavra “sexus”, em
latim, referia-se a “do sexo feminino, de mulher”.
- Tal significado da palavra recorda-nos a descrição bíblica da criação
da mulher, que foi retirada do homem (Gn.1:21,22), a nos mostrar, claramente,
que homem e mulher se completam, formam uma unidade (Gn.2:24), sendo, pois,
cada um uma “parte” que precisa ser completada.
- Não é por outro motivo que um dos significados de sexo é,
segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “nos seres humanos, o
conjunto das características fisiológicas e comportamentais que distinguem os
membros de cada sexo.”
- Nos dias difíceis em que vivemos, em que o “mistério da injustiça” (II
Ts.2:7) cada vez mais ganha terreno, há uma total deturpação do significado de
“sexo”, a tal ponto que a “linguagem politicamente correta”, de forma ardilosa,
procura substituir a palavra “sexo” pela palavra “gênero”, precisamente para
evitar esta ideia de parte e de necessidade de complementaridade entre homem e
mulher.
- Por ter sido criado sexuado, homem e mulher precisam se
complementar, um depende do outro (I Co.11:11), sem o que não se poderá ter
o necessário cumprimento do propósito que Deus estabeleceu para a humanidade,
qual seja, a frutificação, a multiplicação, o enchimento da terra e o domínio
sobre a criação terrena (Gn.1:28).
- De pronto, vemos, pois, que a sexualidade é uma realidade ínsita à
natureza humana e que encontra na família a possibilidade de se desenvolver e
de ser exercida. Com efeito, em razão de ser sexuado, o ser humano tem a
necessidade de se unir a uma pessoa do sexo oposto para que, desta maneira,
possa formar uma família e cumprir os desígnios divinos.
- Como afirma de forma muito feliz o Catecismo da Igreja Católica Apostólica
Romana, “…A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, em sua
unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à
capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a
criar vínculos de comunhão com os outros. …(§ 2332).
- Vemos, assim, que a sexualidade não se limita apenas ao “…contato
físico entre indivíduos envolvendo estimulação sexual dos genitais, por meio do
qual é possível gerar novos seres”, um dos significados que se dá à palavra
“sexo” no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e que apenas um dos aspectos
desta realidade da natureza humana, que mais propriamente poderia ser chamada
de “genitalidade”, que é apenas uma das facetas desta realidade. O ser
humano foi feito sexuado e esta unidade não se dá apenas no aspecto genital,
mas é muito mais amplo envolvendo o próprio relacionamento do ser humano com o
próximo.
- Conforme visto supra, a sexualidade abrange aspectos
comportamentais, a própria identidade do homem e da mulher. São duas realidades
distintas, diversas que necessitam se complementar. Por isso, consoante vimos
na lição 3, homem e mulher têm de exercer funções diferentes no relacionamento
conjugal, pois se completam e, exatamente por causa disso, são diferentes entre
si.
- Tendo sido criação de Deus, nada mais justo e lógico que o próprio
Deus tenha determinado os limites da sexualidade. É, portanto, a Bíblia
Sagrada o manual a respeito da sexualidade, o “manual do fabricante”. Nada que
se refere à sexualidade que esteja em desacordo com as Escrituras pode ser
admitido ou acolhido pelo homem, sob pena de incorrer em distorções que gerarão
seríssimas consequências, como, aliás, temos verificado nestes dias de
depravação e corrupção moral.
- A primeira observação que temos com relação ao sexo é que ele deve
ser realizado entre homem e mulher. Com efeito, ao criar o homem, Deus os
fez macho e fêmea. Assim, a atividade sexual deve ser, sempre, feita entre
pessoas de sexos diferentes. O homossexualismo é uma aberração e, salvo
os poucos casos em que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma
expressão de rebeldia contra Deus (Rm.1:21-28; Lv.18:22).
- A propósito, por sua biblicidade, cabe aqui reproduzir, uma vez mais,
o Catecismo da Igreja Romana sobre o tema: “…Cabe a cada um, homem e mulher,
reconhecer e aceitar sua identidade sexual. A diferença e a complementaridade
físicas, morais e espirituais estão orientadas para os bens do casamento e para
o desabrochar da vida familiar. A harmonia do casal e da sociedade depende, em
parte, da maneira como se vivem entre os sexos a complementaridade, a
necessidade e o apoio mútuos…” (§ 2333).
- A segunda limitação da atividade sexual estabelecida por Deus diz
respeito ao momento do sexo. Ele deve se dar apenas entre casados. É o que verificamos
ao princípio, quando se estabelece que para que haja a união sexual, é preciso
que tenha existido, antes, o casamento (Gn.2:24). A Bíblia condena
veementemente seja a fornicação (Ef.5:5; Ap.21:8), que é a relação sexual entre
pessoas solteiras; seja o adultério (Ex.20:14; Pv.7; Mt.5:27-30), que é a
relação sexual entre uma pessoa casada com quem não é seu cônjuge; seja a
prostituição (I Co.6:18; Hb.13:4), que é não somente o comércio do corpo mas
toda e qualquer atividade sexual que vise tão somente o prazer egoístico e a
satisfação carnal fora dos limites do casamento, a chamada “porneia”, que é a
impureza sexual, como já tivemos ocasião de estudar nas duas lições anteriores.
OBS: Reproduzimos uma vez mais, por sua biblicidade, o catecismo romanista:
“…A união carnal não é moralmente legítima, a não ser quando se instaura uma
comunidade de vida definitiva entre o homem e a mulher. O amor humano não
tolera a "experiência". Ele exige urna doação total e definitiva das
pessoas entre si .…” (§ 2391, parte final).
- A sexualidade é a atividade em que homem e mulher se complementam.
Ora, esta complementação somente se pode dar entre homem e mulher e depois que
eles decidem ter uma vida em comum, o que somente ocorreu com o casamento.
Assim, um pressuposto necessário e essencial para que haja o relacionamento
sexual entre um homem e uma mulher é o casamento.
OBS: Como diz o Catecismo da Igreja Roman: “ "A sexualidade,
mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e
exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz
respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de
maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e
mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte" “ (§ 2361,
primeira parte).
- Por isso, a família, conforme visto na lição 1 deste trimestre, tem
como uma de suas primordiais funções a do regramento sexual. É a partir da
formação da família que se criam as condições para que homem e mulher
desenvolvam e exerçam a sua sexualidade.
- Adão nem sabia que estava só, algo que notou tão somente quando fez
uso da inteligência que Deus lhe havia dado e, deste modo, percebeu que não
possuía um par como os demais animais (Gn.2:20). Viu que não poderia dominar a
criação terrena, apesar de tê-la nomeado, sem que pudesse ter um complemento,
alguém que estivesse como diante dele para que os desígnios divinos se
cumprissem em sua vida.
- O Senhor, então, fez cair em Adão um profundo sono e, assim, pôde
realizar a primeira cirurgia da história, retirando de Adão a mulher, “osso dos
seus ossos, carne da sua carne”. É elucidativo que tenha havido o “sono de
Adão”, que muito bem verificamos no próprio desenvolvimento do ser humano.
- Com efeito, quando estudamos o desenvolvimento do corpo humano, bem
percebemos que, no estágio intrauterino, há um intenso desenvolvimento para a
definição do sexo do novo ser que está em formação. Depois, durante a infância,
o desenvolvimento sexual do ser como que “adormece”, para somente com a
adolescência ter um novo progresso, quando se desenvolvem as características
secundárias que estabelecem a identidade sexual do ser humano.
- Assim, vemos, com absoluta clareza, que há um período de “dormição” no
desenvolvimento biológico do ser humano que, somente após a adolescência, tem
despertada a sua sexualidade, que fica “adormecida”, pois foi assim que Deus
fez desde o primeiro homem.
OBS: “…João Mohana [padre católico português] explica: ‘Hoje, sabe-se
que todo indivíduo, homem e mulher, possui uma idade afetiva e uma idade
cronológica, e que ambas podem coincidir ou não. Quando a idade afetiva é
inferior à idade cronológica, estamos diante de um caso de imaturidade afetiva.
Quando iguala ou supera, estamos diante de um caso de maturidade’.
Algumas pessoas que parecem adultas por fora têm o coração imaturo. Não é sadia
a imaturidade psicológica no adulto. É um fenômeno anormal. Normal é que o
psiquismo vá se desenvolvendo, passo a passo, com o corpo, amadurecendo à
proporção que o corpo amadurece.…(SANTIAGO, Luzia. Sou uma pessoa afetivamente
madura? Disponível em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=13109
Acesso em 26 mar. 2013).
- O que se nota, em nossos dias, é que o “mistério da injustiça” tem
procurado, de todos os meios, subverter esta ordem, esforçando-se para reduzir
ao máximo este “sono de Adão”, e a “erotização infantil” é uma triste e
dura realidade em nosso tempo. A mídia e o sistema educacional têm buscado, e
conseguido, despertar precocemente a sexualidade de nossas crianças, gerando
uma série de distúrbios, uma vez que a ordem natural das coisas impõe esta
“dormição”, que não é apenas física, mas também psicológica.
- Esta “erotização precoce”, este despertamento inoportuno da
sexualidade a pessoas imaturas, sem condição de lidar com esta característica,
tem sido a principal causa pela qual temos, nos dias em que vivemos, diversas
tragédias como gravidezes precoces de adolescentes, a pedofilia, a disseminação
do homossexualismo, a pressão pela liberação do aborto, o abuso da utilização
de contraceptivos e tantas outras mazelas que têm trazido vários outros males
para a sociedade, já que significam a própria negação do modelo bíblico de
família, com suas consequências nefastas para a humanidade (disseminação das
drogas, violência, criminalidade etc.).
- É preciso termos consciência que a denominada “revolução sexual” que
teve lugar no Ocidente após a Segunda Guerra Mundial é uma ação devidamente
orquestrada por grupos e segmentos que querem a dissolução dos chamados
“valores morais judaico-cristãos”, ou seja, dos valores bíblicos. É uma ação
intencional que visa destruir as bases bíblicas da organização social, num processo
de preparação para a vinda do Anticristo.
OBS: Sugerimos, a respeito, a leitura de dois artigos do professor
católico Felipe Aquino (A Revolução Sexual I – Disponível em: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/03/07/voce-sabe-o-que-e-a-revolucao-sexual/
Acesso em 20 mar. 2013; A Revolução Sexual II - Disponível em:
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/03/09/5231/ Acesso em 20 mar.
2013) bem como a palestra em áudio do padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior,
“Revolução sexual e marxismo” – Disponível em:
http://www.4shared.com/audio/LoaOFLrs/Pe_Pulo_Ricardo_-_Revoluo_Sexu.html
Acesso em 20 mar. 2013.
- A terceira limitação da atividade sexual estabelecida por Deus diz
respeito ao propósito do sexo. O sexo deve ter, como propósito, tanto a
procriação (Gn.1:27,28) quanto a satisfação do casal (I Tm.4:3,4;
Ct.1:2,3,15-17), mas de forma altruística, ou seja, o marido deve procurar
trazer prazer à mulher e a mulher, ao marido. Não é verdade que o sexo tenha
apenas uma finalidade de procriação, porquanto a Bíblia não reduz a isto a
atividade sexual, como alguns têm, erroneamente, defendido, mas, a busca do
prazer e da satisfação não devem ser egoístas, transformando-se o parceiro
sexual (que será, necessariamente, o cônjuge), em um mero objeto, mas, bem ao
contrário, a Palavra de Deus estabelece que se busque sempre a satisfação do
outro (I Co.7:3-5).
É neste equilíbrio e altruísmo que o sexo de acordo com a Palavra de
Deus se distingue das aberrações e das práticas mundanas que têm substituído,
entre os ímpios, o princípio divino da sexualidade. A bestialidade sexual está
sempre relacionada com o egoísmo e o total aviltamento do parceiro sexual
(Gn.19:4-11; Jz.19:22-30; II Sm.13:11-17).
OBS: "...Estas são as três funções básicas da união do homem com a
mulher: unificação, recreação e procriação. Na unificação, os
dois se tornam uma só carne, o que as Escrituras Sagradas repetem por diversas
vezes. Um viverá em torno do outro, para o outro e com o outro. Na recreação,
o ato conjugal deve ser um prazer, e nunca um tormento ou sofrimento. Os dois,
marido e mulher, devem sentir-se satisfeitos e alegres de se completarem neste
ato.
E também na recreação o casal sempre renova a união, recriando o vínculo
matrimonial. Caso esta recreação não seja constante, a tendência é que o
casamento se acabe. Nisto percebemos que os casais precisam sempre se recrear,
dando continuidade à união que um dia foi iniciada. Na procriação, o
casal vê o fruto da sua união e recreação, e as possibilidades de se
procriarem, cumprindo assim o mandamento do Senhor. Não há necessidade de haver
prole para manter a união do casal, todavia os filhos sempre criarão um vínculo
ainda mais profundo entre os dois, que por certo experimentarão o prazer de
sentir-se capazes e úteis para a procriação...( SILVA, Osmar José da. Reflexões
filosóficas de eternidade a eternidade, v.2, p.139).
II – O EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE
- O sexo, como vimos, portanto, é uma atividade ínsita à natureza
humana, estabelecida pelo próprio Deus e, portanto, todo cristão deve ver com
naturalidade e sem qualquer preconceito, guiando-se unicamente pela Palavra de
Deus como parâmetro de sua conduta relativa ao assunto.
- Assim, a atração sexual é algo natural e que revela a própria natureza
sexuada do ser humano, devendo, porém, o instinto sexual ser dirigido com
equilíbrio para que se faça a vontade de Deus que é a de que o sexo seja
efetuado no casamento, com o cônjuge, com finalidades bem delimitadas (Cl.3:5,6),
a saber:
a) procriação – O sexo é a forma natural pela qual os homens se
reproduzem, cumprindo com o princípio ético da procriação (Gn.1:28). Assim, um
dos objetivos do sexo é a procriação, mas não é o único. Fosse a procriação a
única finalidade do sexo, não haveria manutenção de relações sexuais entre
cônjuges quando um fosse estéril, o que, à evidência, não ocorre, como se vê,
claramente, em diversas passagens bíblicas.
b) ajustamento do casal – O sexo é uma maneira pela qual se dá o
ajustamento do casal, pois é uma das principais expressões do amor conjugal.
Com efeito, é através do sexo que um cônjuge se entrega ao outro, que um
cônjuge procura agradar ao outro. É uma das expressões pelas quais se traduz a
união do casal (“e serão ambos uma carne” – Gn.2:24, parte final).
O amor conjugal não se confunde com o sexo, como propala erroneamente o
mundo imerso no pecado, mas tem uma de suas expressões no sexo. O sexo
praticado no modelo bíblico revela o verdadeiro amor, pois não é egoísta, tanto
que diz a Palavra que o corpo do cônjuge está sob o domínio do outro (I
Co.7:4). A fase de ajustamento do casal é tão importante que a lei de Moisés
dispensava, durante um ano, o homem casado dos seus deveres cívicos, inclusive
o de ir à guerra (Dt.24:5).
c) a satisfação amorosa do casal – Como já afirmamos, o sexo não
é visto apenas com fim de procriação, como alguns defendem erroneamente, sem
respaldo bíblico. Em Pv.5:18-19, a Bíblia nos mostra que o prazer é algo
próprio do sexo e que não é pecado a busca de satisfação entre homem e mulher.
O sexo dá prazer de forma natural, de modo que não devemos ter buscar e sentir
satisfação na atividade sexual, pois é algo que lhe é próprio. O que se condena
é o abuso, o domínio do homem pelo instinto sexual, de forma egoística e
descontrolada, o que não se permite nem mesmo entre casados, pois isto revelará
um desequilíbrio, sendo certo que a temperança, o domínio próprio, é uma das
qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl.5:22), enquanto que a lascívia e a
impureza são obras da carne (Gl.5:19).
- Diante deste equilíbrio que deve haver na atividade sexual, medidas
como a prática de relações sexuais antinaturais (como o sexo anal, o sexo
grupal, o sexo com animais, por exemplo), mesmo feitas entre casados e com
mútuo consentimento do casal, são abomináveis perante Deus, pois revelam
carnalidade e descontrole do instinto sexual, o que se denomina de “castidade
conjugal”.
- A base bíblica para isto vemos em I Ts.4:3-7, onde o apóstolo Paulo,
em sua primeira epístola, dirigindo-se a cristãos que tinham vindo de uma
cultura greco-romana, conhecida por sua imoralidade, faz questão de mostrar aos
salvos que o sexo deve se reger debaixo da santidade, pois, conforme já visto,
a atividade sexual tem como finalidade o cumprimento do propósito divino para o
homem, e o primeiro objetivo do homem em relação a Deus é a frutificação, que
nada mais é que a produção do fruto do Espírito (Gl.5:22; Jo.15:16).
- Ora, se temos de produzir o fruto do Espírito, não podemos fazer com
que a nossa atividade sexual, somente possível entre cônjuges, sirva para a
produção de “obras da carne”, entre as quais se sobressaem “a prostituição, a
impureza e a lascívia” (Gl.5:19). Por isso, o apóstolo Paulo diz que cada
um dos cônjuges deve “possuir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão
de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus” (I Ts.4:4,5).
Revela-se, pois, como uma grande mentira, a afirmação que, lamentavelmente,
alguns têm feito entre os que cristãos se dizem ser que “entre quatro paredes,
tudo é permitido em termos de sexo entre dois cônjuges”.
- Ao contrário dos incrédulos que, dominados pelo pecado, deixam-se
levar pela “concupiscência da carne”, não sabendo controlar os seus instintos e
se entregando à bestialidade, inclusive em assuntos sexuais, o servo de Deus
não dá lugar, no seu relacionamento íntimo com o seu cônjuge, a tal
descontrole, não tendo imitar nem agir consoante os que não conhecem a Deus.
Sexo, repita-se, não é pecado, mas deve ser exercido de forma natural e de
forma altruísta.
OBS: Por sua biblicidade e propriedade, reproduzimos mais um trecho do
Catecismo da Igreja Romana: “A luxúria é um desejo desordenado ou um gozo
desregrado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando é
buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união.” (§
2351).
- Desta maneira, não se pode admitir o sexo anal entre cônjuges.
O ânus é um órgão criado por Deus para ser o “esgoto” do corpo. Sua função é de
excreção dos resíduos inaproveitados pelo organismo. Não é, pois, um órgão que
tenha finalidade de procriação, nem tampouco para estabelecer a unidade entre
os cônjuges ou de gerar complementação, sendo, antes, como nos diz o apóstolo
Paulo, nada mais do que resultado de uma paixão infame, seguida por quem
rejeitou Deus como seu Senhor e Criador e resolveram seguir tão somente a
concupiscência de seus corações (Rm.1:23-26).
Na verdade, a prática do sexo anal é um meio caminho para se chegar ao “fundo
do poço” da corrupção moral, à máxima rebeldia contra Deus, que é o
homossexualismo voluntário (Rm.1:27).
OBS: Entre os islâmicos, é bem explícita a proibição do sexo anal: “…A
relação sexual é permitida em qualquer posição, sempre e quando a penetração se
realizar por via vaginal. A respeito Allah disse: ‘Vossas mulheres são, para
vós, como campo lavrado. Então, achegai-vos a vosso campo lavrado, como e
quando quiserdes.‘ (2:223). O Profeta (saws) disse: ‘ De frente ou de espalda,
sempre que seja pela vagina.’ (Bukhari 6/141, Muslim 2/1028).(…)
Allahdisse:‘Vossas mulheres são, para vos, como campo lavrado.
Então, chegai-vos a vosso campo lavrado, como e quando quiserdes. ‘ (2
:223).O campo lavrado é uma metáfora que alude ao lugar onde o feto cresce e se
desenvolve, ou seja, o útero, e não o anus, sendo que este não é lugar para a
fertilidade da mulher. Narrou KhuzaimaIbnZabit (ra): ‘Um homem perguntou ao
Profeta (saws) sobre penetrar em sua mulher de espaldas, e ele respondeu : ‘ É
licito ‘. E quando o homem deu meia volta para partir, o Profeta (saws) o
chamou e lhe perguntou : ‘ O que disse ? A qual via se referia? Se o que quis
dizer foi de espaldas e por sua vagina, então sim, é licito. Mas se o que quis
dizer foi de espaldas e por via anal, então não, não é licito. Por certo Allah
não se envergonha da verdade ! Não penetreis as vossas esposas por via anal! ‘
(IbnMajah 1924). Também disse o Profeta (saws) :’ Allah não olhara a quem
penetre a sua esposa pelo anus.‘(IbnMajah 1923)…” (Sexualidade no Islam.
Disponível em: http://www.islamismo.org/sexualidade_no_islam.htm Acesso em 21
mar. 2013).
- De igual maneira, o chamado “sexo oral” deve ser visto com muita
cautela. Sob esta denominação, desenvolvem-se um número variado de práticas
sexuais, desde beijos até a felação. Neste ponto, deve-se sempre verificar o
caráter natural da prática. É evidente que a boca foi feita, entre outras
coisas, para beijar (Ct.1:2), mas também é evidente que a boca não serve para
ser o local da ejaculação de sêmen.
- Com respeito ao sexo grupal ou à masturbação, ainda que recíproca,
seria até dispensável fazer algum comentário, uma vez que o sexo é uma
atividade feita a dois, em que um complementa o outro, de sorte que não há que
se falar em participação de terceiros, pois isto fere a própria fidelidade
conjugal, já estudada na lição 6, como também não se trata aqui de um sexo
solitário, de autossatisfação, sendo o cônjuge um mero instrumento para que se
consiga tal satisfação solitária.
- Neste ponto, deve-se aqui reproduzir a bíblica e felicíssima
observação do Catecismo da Igreja Romana a respeito da masturbação: “…Por
masturbação se de e entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim
de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto
o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que
a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado."
Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora
das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é
buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no
contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da
procriação humana".…” (§ 2352, primeira parte).
- A masturbação é prática sexual que tem se disseminado no mundo de
hoje, sendo incentivada já em tenra idade. Trata-se de uma atitude que
demonstra a busca da satisfação sexual pelo puro instinto, de forma egoística e
desequilibrada. As pessoas são levadas à masturbação como forma de dar vazão a
seu apetite sexual desmedido, sem se importar senão com a própria satisfação.
É a partir da masturbação que a pessoa passa a não ter controle sobre
seu instinto sexual e, como conseqüência disto, acabará sendo levada à prática
da prostituição, à promiscuidade e à própria banalização do sexo, que verá
sempre como uma atividade destinada à sua satisfação, ao egoísmo, algo
totalmente contrário ao plano divino para o sexo, como vimos.
- É, por isso, com tristeza que temos assistido a certos ensinamentos e
orientações de pessoas que se dizem cristãs no sentido da irrelevância desta
prática e da necessidade de sua tolerância, principalmente entre jovens e
adolescentes. Ao invés de ser uma “válvula de escape” para o instinto sexual,
extremamente incentivado e provocado nos nossos dias, a masturbação é o início
de uma vida de banalização do sexo e de carnalidade. Não nos esqueçamos: um
abismo chama outro abismo! (Sl.42:7). O instinto sexual se controla com uma
vida de comunhão com Deus ( I Co.7:5).
- Advém aqui a outra característica que deve ter o sexo bíblico, qual
seja, o altruísmo. O cônjuge não pode guiar-se pelo egoísmo no
relacionamento íntimo com o seu cônjuge. Ele não deve satisfazer-se, mas, sim,
satisfazer ao outro (I Co.7:3,4). Ora, a masturbação, mesmo que recíproca, visa
a autossatisfação, de sorte que está fora do espírito altruísta que deve
nortear a atividade sexual do casal.
- Temos, assim, resolvida a famosa questão das “fantasias sexuais”, que
tanto tem perturbado muitos casais que cristãos se dizem ser e que, incitados e
estimulados pelo mundo, querem “apimentar” suas relações sexuais, copiando o
que se faz entre os que não conhecem a Deus.
- As “fantasias sexuais” nada mais são que desejos de satisfação
própria, são resultado de uma mentalidade egoística, em que o cônjuge é
simplesmente um instrumento para a sua própria satisfação, o que fere a
dignidade do cônjuge e está completamente fora dos preceitos bíblicos.
- Insere-se, nesse contexto, a inconveniência de um casal cristão
frequentar locais destinados à prática da prostituição e da licenciosidade como
motéis, hotéis de alta rotatividade, praias de nudismo, “resorts” de
“hedonismo” ou coisas similares a estas, bem como de buscar excitação mediante
acesso a produtos eróticos ou pornográficos. Embora o sexo entre casados não
seja proibido, mas até um dever dos cônjuges, naturalmente os ambientes
mencionados são repletos de pecado e destinados ao pecado, não podendo, pois,
uma atividade sexual santa se desenvolver em meio a tais cenários – Fp. 4:8; I
Co.6:9-11.
- O que de diferente haverá em tais locais do que no leito conjugal?
Ora, a prática de ações e atitudes que são exercidas por pessoas que não
conhecem a Deus, a ruptura do casal com a santificação e honra que devem nortear
o relacionamento íntimo do casal. Tem-se nada mais, nada menos que a busca da
“paixão da concupiscência” que o apóstolo Paulo diz que devemos evitar (I
Ts.4:5). Não fomos chamados para a imundícia, mas para a santificação (I
Ts.4:7).
III - O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO
- Como já se disse, o sexo foi estabelecido por Deus mas tem momento
certo para ser exercido: o casamento. Ao contrário do que tem defendido o mundo
imerso no pecado, onde a erotização tem sido uma constante e tem atacado não
mais os adolescentes, apenas, mas as próprias crianças (como estão a mostrar,
cada vez mais, os desenhos animados ou a programação dos meios de comunicação
voltada para o público infantil), a atividade sexual não é algo que deva ser
desenvolvido sem qualquer critério ou a qualquer momento.
- Esta tem sido uma das maiores armas de Satanás nos nossos dias e as
consequências têm sido nefastas, a ponto de a idade da primeira gravidez estar,
no Brasil, por volta dos 13(treze) anos. Somente no casamento se pode praticar
o sexo, sendo totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer outra conduta que
não esta.
É com tristeza, aliás, que vemos, cada vez mais, uma tolerância de
muitos na igreja com relação a este princípio bíblico, permitindo-se o sexo
antes do casamento entre “pessoas já comprometidas”, como se isto fosse
possível. Cuidado, Jesus nos disse que nosso falar deve ser sim, sim, não, não
e o que sai disto é de procedência maligna ! (Mt.5: 37).
OBS: Para não se dizer que o tema da erotização infantil é uma
implicância dos evangélicos contra a mídia, vejamos um texto publicado cera
feita num jornal secular da cidade paulista de Salto: "...Atualmente, os
programas de televisão, inclusive os infantis, estão se excedendo, sempre na
procura de maior audiência e mais lucros, dentro do 'Panorama' capitalista
norte-americanizado e 'demoniocrático' em que vivemos, pois transmitem uma
excessiva valorização da vaidade e do corpo, exibindo crianças que imitam
comportamentos adultos e que, através da dança, assumem gestos posturas
extremamente sensuais, num preocupante 'Panorama' em cada lar.
Além disso, transmitem uma imagem caricatural da mulher...O Resultado
são as imagens estereotipadas, nas quais a mulher ressurge como um objeto de
consumo ou de apelo sexual. Resultado disso é que a criança começa a incorporar
uma atitude abertamente sedutora, atraindo ataques sexuais de mentes menos
esclarecidas, tornando meninas grávidas antes do tempo, dando às crianças um
comportamento de adulto.
Ela perde muito de sua espontaneidade, naturalidade e, principalmente,
de sua ingenuidade...Crianças não têm a malícia nem o desencanto dos adultos,
assim como não têm uma sexualidade amadurecida ou já conflitiva. Portanto, não
precisam imitar o comportamento típico dos adultos...Cabe aos pais a tarefa de
preservar os valores humanos, procurando sempre valorizar o amadurecimento
emocional de seus filhos, colaborando para que desenvolvam uma atitude crítica
em relação ao aprendizado e ao entretenimento que os meios de comunicação
oferecem.
A erotização precoce quebra o brilho e o encanto juvenil...Fora a
participação direta de erotização, ou seja, tomando parte nas realizações,
existe a parte indireta, ou seja, como simples telespectadora em casa e a
péssima programação da nossa televisão é uma exemplar péssima professora, de
filme às novelas e programas populares de auditório, pois leva a criança a
encarar com naturalidade em pouco tempo a violência, o sexo indiscriminado, a vida
marginalizada, que passam a fazer parte de toda a sua pureza e inocência,
livres em nossas casas via televisão...Por falar nisso tudo, há quanto tempo o
caro leitor ou leitora não olha numa rua qualquer, meninas brincando de roda e
meninos de mãe da rua ? Ciranda, cirandinha...Vamos todos 'cirandar' se o
'Panorama' seguir tal como está." (CIACCIO, Otto Mazzei. Os riscos da
erotização infantil. Taperá, Salto/SP, Panorama, Geral, 08 jun. .2002,
p.4)
- A fornicação é a manutenção de relações sexuais entre pessoas não
casadas. Ao contrário do que determina a Bíblia Sagrada, o mundo tem
defendido e até incentivado que as pessoas, numa idade cada vez menor, venham a
manter relações sexuais, deixando a virgindade, algo considerado ultrapassado e
até ridicularizado pela mídia e, por extensão, na sociedade por ela
influenciada. Entretanto, a Bíblia condena a fornicação do início ao final. A
Palavra é bem clara ao afirmar que os fornicários não herdarão o reino de Deus
(At.15:29; Ef.5:5; I Tm.1:10; Hb.12:16; Ap.21:8).
- Portanto, orientemos os jovens, os adolescentes e as crianças para que
se mantenham puros e virgens até o casamento. Isto exige, naturalmente, que o
tema seja tratado pelos pais com os filhos e pela igreja com seus membros. O
que ocorre, lamentavelmente, é que há um verdadeiro tabu nas igrejas e nos
lares, não se comentando o assunto com nossos jovens, crianças e adolescentes,
que acabam recebendo tão somente as informações e ensinamentos deturpados da
mídia e dos valores éticos mundanos, tendo como resultado a sua erotização
precoce e a inexorável queda no pecado de grande parte de nossa juventude e
adolescência. É preciso que haja ensino para que não haja perdição na casa do
Senhor (Os.3:6; I Tm.4:11; II Tm.3:14-17).
- A sexualidade deve ser ensinada nos lares, como tudo que
concerne à educação cristã, como estudado na lição anterior. Não se pode
admitir que os pais tenham “vergonha” de tratar este assunto com os seus
filhos, até porque a mídia e as escolas têm tratado da questão de forma
antibíblica. É imperioso que a “educação sexual” se dê em casa, para que os
valores e princípios bíblicos prevaleçam na formação do caráter de nossas
crianças e adolescentes.
- Neste ponto, aliás, a igreja deve exercer um papel importante, não só
orientando os pais como devem tratar este assunto com seus filhos, mas também
fazendo um tratamento preventivo e curativo, a fim de extirpar das mentes de
nossas crianças, adolescentes e jovens o “veneno da panela” que é ministrado
nas escolas, que, lamentavelmente, se tornaram verdadeiras “universidades de
promiscuidade”, como estão a revelar as iniciativas governamentais nesta área
(“kit gay”, distribuição de camisinhas nas escolas, material didático
inapropriado e, não raras vezes, pornográfico etc. etc. etc.).
- Boa parte desta promiscuidade é incentivada, em nossos dias, pelo
movimento homossexual, que, com seu poderoso “lobby”, tem conseguido disseminar
entre crianças, adolescentes e jovens, ainda imaturos sexualmente, a prática do
homossexualismo, o que tem atingido não poucos filhos de servos de Deus. Urge
que estanquemos este processo sórdido que tem levado nossos filhos à perdição!
- Nos dias em que vivemos,família e igreja precisam se unir para
impedir que a mentalidade perversa e promíscua que vigora no mundo venha a ser
adotada por nossas crianças, jovens e adolescentes, com consequências
terríveis para o futuro de nossos filhos no seu relacionamento com Deus.
Façamos reuniões com pais e filhos a fim de ensinar e instruir como deve se dar
a sexualidade segundo a vontade do Senhor, segundo a Sua Palavra.
- A pornografia e a pornofonia são outras manifestações da sexolatria
vigente nos dias de hoje, uma verdadeira distorção do propósito divino do
sexo. As pessoas são transformadas em mero objeto da satisfação egoística do
instinto sexual do semelhante, em instrumento da perdição dos demais.
A transformação do ser humano (principalmente a mulher) em simples
mercadoria é uma característica típica da manifestação do espírito do
Anticristo (Ap.18:10-16). O verdadeiro servo de Deus deve fugir destas
situações embaraçosas e pecaminosas, lutando para a santificação de suas mentes
e olhos, pois é através delas que o inimigo tem conseguido levar muitos para a
promiscuidade e prostituição – Jó 31:1; Mt.5:29,30; Hb.12:1,2.
- Nos seus ardis, o inimigo de nossas almas trouxe mais uma mentira,
qual seja, a de que a pornografia e a pornofonia seriam aceitáveis desde que
praticadas pelos cônjuges, como “estimulante” para as relações sexuais. Nada
mais falso, porém!
- Consoante vemos nas Escrituras, a atividade sexual deve ser exercida
com o “vaso em santificação e honra, não na paixão da concupiscência” (I
Ts.2:4,5). Destarte, como poderemos despertar a lascívia, a impureza sexual,
para incentivar o relacionamento conjugal? Como podemos comprometer nossa
santidade? À evidência, trata-se de algo incongruente e que não pode ser
utilizado pelos que servem genuína e autenticamente ao Senhor.
- Quando não atentamos para o modelo bíblico da sexualidade, estamos
desprezando o próprio Deus, pois Ele é o autor da sexualidade humana. Uma
inobservância do regramento bíblico do sexo é uma atitude de rebeldia contra o
próprio Deus (I Ts.4:8; Hb.13:4).
- A perversão sexual, a prática do sexo fora dos parâmetros bíblicos
é uma atitude de rebeldia contra Deus e, por isso mesmo, é o próprio Deus
quem se encarrega de lançar o juízo sobre os que Lhe desobedecessem neste
aspecto de nossas vidas.
- Em toda a história humana, temos visto que a aplicação do juízo divino
sobre uma determinada geração ou civilização está umbilicalmente ligada à
perversão ocorrida em termos de sexualidade, pois este é um aspecto que revela,
de forma nítida, a rebeldia contra Deus por parte dos seres humanos.
- O apóstolo Paulo, ao falar da corrupção geral do gênero humano, foi
bem claro ao mostrar que a perversão sexual está relacionada com a rejeição de
Deus. Por causa da rejeição ao Senhor e da adoção da idolatria, Deus entrega os
homens às
“concupiscências de seus corações” e o resultado disto e a “desonra de
seus corpos entre si” (Rm.1:23-25), ou seja, ao início do sexo desregrado que,
em seguida, degenera no “sexo antinatural” (Rm.1:26), quando o Senhor entrega
os desobedientes a “paixões infames”, sexo antinatural que desemboca no
homossexualismo (Rm.’:27,28), quando, então, nasce nos corações dos ímpios o
que o apóstolo denominou de “sentimento perverso”.
- Esta atuação divina de juízo se verifica em várias passagens da
história humana. Na Bíblia, vemos o que ocorreu no dilúvio, em Sodoma e
Gomorra, como também na destruição tanto dos reinos de Israel como de Judá.
Mas, mesmo fora das páginas sagradas, temos observado que toda civilização,
quando sucumbe, tinha entre os fatores que levaram à sua derrocada a extrema
imoralidade sexual. E não será diferente com a nossa atual civilização, neste
últimos dias da dispensação da graça, que sofrerá o duro juízo da Grande
Tribulação, entre outras coisas, por causa da disseminação da imoralidade
sexual (Ap.9:21).
- Trata-se de algo seríssimo e que deve ser levado em conta pelos que
cristãos se dizem ser. Temos o Espírito Santo em nossas vidas e Ele nos leva a
glorificar ao Senhor (Jo.16:14), não a desprezá-l’O (I Ts.4:8).
- Desta maneira, quando observamos um comportamento sexual desordenado,
carnal, estamos diante de uma demonstração de que a pessoa não tem mais o
Espírito Santo, está a se afastar perigosamente d’Ele. Por isso, Judas, o irmão
do Senhor, afirmou que os que não têm o Espírito, são “sensuais” (Jd.19).
A “sensualidade” exacerbada característica de nossos dias, inclusive no
que concerne ao próprio vestuário, é uma comprovação de que muitos têm
entristecido o Espírito Santo e estão a se afastar d’Ele de forma
comprometedora à sua salvação.
- A sexualidade não é um fim em si mesma. É dirigida ao cumprimento
dos propósitos estabelecidos por Deus ao homem, tem como finalidade a
complementação entre homem e mulher na formação da família e tais objetivos jamais
devem ser esquecidos por parte dos cônjuges.
- Uma vida espiritual sadia e santa fará com que os cônjuges venham a
ter, também, uma sexualidade sadia, pois a atividade sexual tem seu lado
sagrado, na medida que é a partir de seu exercício que marido e mulher
colaboram com o Senhor para um dos mais sublimes atos que existe que é o de
geração da vida.
- Não é coincidência portanto, que a degeneração sexual leve, em seu
estágio mais pútrido, à própria adoração a Satanás, pois, é sabido, o
satanismo, em suas várias manifestações, sempre recorre a práticas sexuais
sórdidas e animalescas, revelando bem aonde o inimigo de nossas almas pretende
levar o ser humano em sua apologia do sexo desregrado e antibíblico. A ideia do
“amor livre” é ínsita à doutrina satanista.
- O leito conjugal deve ser sem mácula (Hb.13:4) e isto não
somente abrange a fidelidade conjugal, mas, também, a prática de uma
sexualidade altruísta, natural e santa.
Que Deus nos guarde da onda da corrupção moral degenerada de nossos
dias, dias de Noé (Mt.24:37; Lc.17:26) e dias de Ló (Lc.17:28), a fim de que
possamos agradar a Deus, cumprir o propósito que ele nos estabeleceu e, assim,
adentrarmos na cidade celeste naquele dia.
Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Dr. Caramuru Afonso
Francisco
Lição 9 - A família e a sexualidade II
Introdução
A cultura judaico-cristã Legou à humanidade um padrão moral e ético
elevado, no entanto, vivemos dias em que esta mesma humanidade busca
ardorosamente libertar-se do jugo ético e moral judaico-cristão para
entregar-se à uma ética e moral relativizada e muito abaixo daquela
estabelecida na Bíblia Sagrada. Embora vivessem numa sociedade onde o pecado
sexual era comum e aceitável, os apóstolos não transigiam com a verdade e a
santidade de Deus. Não rebaixaram os padrões morais para acomodá-los às ideias
e tendências daquela sociedade. Sempre que se deparavam com baixo padrões
morais em alguma igreja (Ap 2.14,15,20), repreendiam-na e procuravam
corrigi-la. Deus determina para todos os crentes normas elevadas de pureza e
santidade concernentes a assuntos sexuais. A oração final de Paulo em favor dos
crentes tessalonicenses é que sejam santificados. Essa deve ser nossa oração.
Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE
1. Um mundo dominado pelo erotismo. É comum a
sociedade exaltar o pecado, chamando a depravação de força varonil, de virtude
autêntica e de liberdade elogiável. Ao mesmo tempo a sociedade opõe-se à
retidão, tachando-a de maléfica. Dois exemplos conhecidos, a respeito do
assunto em pauta.
A perversão sexual (isto é, do homossexualismo e do lesbianismo), a
sociedade considera um modo de vida alternativo legítimo, que deve ter
aceitação pública, enquanto os que condenam tal conduta, por observarem as
normas bíblicas da moralidade sexual são chamados de intolerantes e defensores
de um preconceito opressor. Os defensores do aborto, a sociedade os chama de
pessoas sensíveis, dedicadas com afinco aos direitos da mulher, ao passo que os
defensores da vida, a mesma sociedade os chama de extremistas ou fanáticos
religiosos. Quanto ao crente, este deve, em todo tempo, manter-se fielmente e
de todo coração, dentro dos padrões divinos do bem e do mal, conforme nos
revela a Palavra de Deus escrita.
Precisamos, a exemplo do Salmista, repudiar fortemente os feitos
iníquos, não tolerá-los em nossa presença; assim, estaremos procurando seguir o
exemplo de Deus, que não tolera um pecador sem arrependimento em sua presença.
2. Fornicação é pecado. Temos ciência de que
aqueles que experimentam o sexo fora dos padrões de Deus obtém prazer e também
têm filhos, pois essas duas manifestações da bênção de Deus para o sexo não são
revogadas. Entretanto, o sexo irresponsável traz consequências para o homem e a
mulher, como filhos não planejados e não reconhecidos, mães assumindo lares
sozinhas, doenças sexualmente transmissíveis, memórias contaminadas pelo
desprezo e pelo abandono, etc. Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento
e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição
humana na terra (Gn 2.24). A prescrição divina para o casamento é um só homem e
uma só mulher, os quais tornam-se uma só carne (isto é, unidos em corpo e
alma). Este ensino divino exclui o adultério, a poligamia, a homossexualidade,
a fornicação e o divórcio (Mc 10.7-9; Mt 19.9).
DEUS tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à
sexualidade (Hb 13.4). A Bíblia diz em Provérbios 5:18-19 “Seja bendito o teu
manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade. Como corça amorosa, e
graciosa cabra montês saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor
sê encantado perpetuamente”. A Bíblia diz em 1 Coríntios 6:18 “Fugi da
prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o
que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”.
3. Prazer no casamento. Pessoas mal
resolvidas na sua sexualidade podem ter sérios problemas conjugais. É
importante desconstruir a ideia de que o sexo é pecaminoso. Os cristãos devem
entender que o sexo no âmbito do casamento expressa a vontade de Deus para um
matrimônio feliz. Em Provérbios 5.18-23, é traçado um belo paralelo entre matar
a sede com água limpa e fresca e a satisfação da sede sexual do casal com a
intimidade sexual regular e estimulante no casamento. Esse texto indica que o
relacionamento sexual deve proporcionar grande prazer aos parceiros. A esposa é
descrita como terna, atraente, amorosa e satisfatória. O ponto de vista de Deus
quanto ao relacionamento sexual no casamento é o de uma parceria amorosa,
inebriante, erótica e estimulante. Esse relacionamento é o meio mais eficiente
de se prevenir contra a infidelidade.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Vivemos numa sociedade dominada pelo erotismo e pela sexualidade
distorcida que nada tem com a ética cristã.
II. O VALOR DA PUREZA SEXUAL ANTES DO CASAMENTO
1. No Antigo Testamento. No hebraico: betûlãh,
significando moça solteira, virgem; e ‘almãh: virgem, moça. Caso fosse
descoberto que uma moça não era virgem antes do casamento, ela seria apedrejada
até a morte (Dt 22.20,21). Foi o próprio Deus quem, no início, disse: “.. Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjuntora que esteja como diante
dele” (Gn 2.18).
O Criador, em sua bondade e sabedoria, viu que o homem carecia de uma
companheira para todos os momentos, e criou a mulher. Isto visava, também, a
preservação da pureza da sexualidade entre o casal (veja: Pv 5.17-19; 1 Co 7.2;
Hb 13.4). O plano de Deus é que um homem e uma mulher, unidos legitimamente,
desfrutem do sexo. Um texto bíblico, talvez o mais lembrado quando se trata de
pureza tanto moral como espiritual, é Salmo 119.9, que assim diz: “Como
purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”.
A Nova Versão Internacional da Bíblia Sagrada apresenta o mesmo texto da
seguinte forma: “Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo
com a tua palavra”. “Como podem os jovens, cheios das chamas da juventude e
sempre tentados a experimentar coisas novas, com frequência pecaminosas,
manter- se puros? Muitos jovens não são pecadores endurecidos, mas
tradicionalmente enfrentam problemas de pureza da vida, porquanto se inclinam a
fazer experiências, em parte movidos pela curiosidade, em parte por suas
corrupções interiores [...].
O salmista encontrou a resposta para o seu problema na LEI DE DEUS”. (adaptado
de: Russell Norman Champlin; Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo; Editora Hagnos; pág.2433-2434.).
Alguém disse e escreveu certa vez que: “As concupiscências dos jovens
são naturalmente fortes e inclinam por contaminar a alma”. E citou Provérbios
1.4; 20.11. A Bíblia ensina em 1 Timóteo 4.12, especialmente aos jovens, o
seguinte: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas SÊ O EXEMPLO DOS FIÉIS, na
palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”. “O texto de
Salmos 119.9-11 é fundamental para a vida do jovem, servo de Deus, em todos os
tempos. No Antigo Testamento, a moral era tão rígida, em termos de pureza
sexual que, se uma jovem praticasse sexo antes do casamento seria morta (Dt
22.20,21). Sua sentença era a pena capital. Fornicação era o mesmo que prostituição
(Dt 22.20, 21). Na cultura patriarcal (no tempo de Abraão, Isaque, Jacó,
Moisés, etc...), o homem tinha privilégios que não eram desfrutados pela
mulher. A moça que fornicava era morta. O homem que fornicasse tinha que casar
com a moça (Dt 22.28,29). [...]. Um sacerdote não podia casar com mulher
repudiada ou prostituta. Tinha que casar com uma moça virgem (Lv 21.13,14)”(ElinaldoRenovato
de Lima; A família cristã e os ataques do inimigo; Editora CPAD; pág.104-105.).
2. No Novo Testamento. A virgindade, do
grego parthenia, cognato de parthenos –usado em 1Co 7.36-38
acerca das filhas virgens, que quase certamente formava uma das questões sobre
a qual a igreja em Corinto pediu instruções do apóstolo. “Alguém poderia dizer,
sem pensar bem, ou por desconhecimento da Bíblia, que a moral, no Novo
Testamento, é menos rígida que na antiga aliança. Seria ledo engano. Jesus
Cristo não só cumpriu tudo o que estava previsto na Lei, como trouxe uma forma
mais profunda e abrangente, em termos de cumprimento dos preceitos legais.
Ele deixou de lado o formalismo e o legalismo, que valorizavam apenas os
atos exteriores do comportamento, e se fixou na origem dos pecados, que nascem
do interior do ser, do coração, ou da mente corrompida do homem (Mt 15.19).
Para Jesus, a pureza tem que ser interior, tem que partir de dentro do coração
e aparecer no exterior, como “luz do mundo” (Mt 5.14). Daí, porque ele
considera adultério, não só o ato sexual entre pessoas não casadas, mas até
mesmo o pensamento lascivo (Mt 5.28)” (ElinaldoRenovato de Lima; A família
cristã e os ataques do inimigo; Editora CPAD; pág.105.).
Um texto relacionado com o nascimento de Jesus, muito interessante no
contexto de nosso assunto aqui: “o valor da pureza sexual”, é Lucas 1.26,27:
“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia,
chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da
casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”. Virgem significa: “mulher que
ainda não teve relações sexuais”, “donzela”. Como bem diz o pastor
ElinaldoRenovato: “[...] a pureza sexual em o Novo Testamento é tanto para o
homem quanto para a mulher. Ambos devem manter-se castos e virgens até o
casamento” [ElinaldoRenovato, Lições Bíblicas, CPAD, 2º trimestre 2013,
lição 09, pág.63 (revista do mestre).].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
No Antigo e em o Novo Testamento, a pureza sexual de um jovem é exaltada
e valorizada.
III. O SEXO QUE A BÍBLIA CONDENA
1. A prática do homossexualismo. A Bíblia declara que
o comportamento homossexual é abominação a Deus. Tal perversão do plano de Deus
para o casamento (Gn 2.24) mancha a imagem de Deus (Gn 1.27), distorce a
intenção do Senhor em fazer do homem e da sua mulher uma só carne e corrompe o nascimento
de filhos, podendo acabar com a continuidade das gerações. No Antigo Testamento
o comportamento homossexual, que incluía o lesbianismo, era proibido,
considerado imundo e punido com a morte (Lv18.22;20.13). Paulo declara que é um
desvio de comportamento, a antítese do plano de Deus, destinado ao julgamento
do Senhor (Rm 1.18-32).
Deus oferece misericórdia e perdão a qualquer indivíduo que tenha
participado desse estilo de vida pecaminoso (1Co 6.9,11), mas atos homossexuais
são uma abominação e não são tolerados por um Deus santo. Algumas pessoas têm
declarado que o homossexualismo tem raízes em uma modificação genética, mas não
há provas substanciais disso. Deus não criaria uma pessoa destinada à
condenação (Sl 139; Jo 3.16). Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento eliminam
a possibilidade de desculpar o comportamento homossexual por razões biológicas.
No Antigo Testamento, o Criador de toda a vida exorta dizendo que uma
pessoa que seja pega num ato homossexual não pode culpar o Criador nem ninguém
além de si mesma (Lv 20.13). No Novo Testamento, Deus diz que os homossexuais
podem mudar e deixar de ser prisioneiros de sua suposta constituição genética
(1Co 6.11). Mesmo que um caso de uma provável predisposição genética seja
apresentado, isso não retira a responsabilidade moral nem transforma em correto
esse comportamento. Toda ação humana está sujeita à vontade do indivíduo. Se
você sujeitar sua vontade ao plano de Deus para sua vida, qualquer tipo de
comportamento pode ser mudado. O perdão, a graça e a misericórdia de Deus estão
sempre disponíveis. [Homossexualidade, Bíblia de Estudo da Mulher. SBB; p.
168]
2. Educando os jovens na Palavra de Deus. Com base na Bíblia Sagrada, ensinemos às nossas crianças, adolescentes
e jovens, que a intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta
condição ela é aceita e abençoada por Deus (Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o
casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus.
Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento
conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as
paixões degradantes são pecados graves aos olhos de Deus por serem
transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento
conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (Pv 5.3) e
colocam o culpado fora do reino de Deus (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual
ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu
cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre
jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma
vez que não haja ato sexual completo.
Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da pureza.
Deus proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer
pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11,
17, 19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática
sexual antes do casamento. Justificar intimidade premarital em nome de Cristo,
simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir
abertamente com os padrões santos de Deus. É igualar-se aos modos impuros do
mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida
íntima deve limitar-se ao cônjuge.
A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no
crente, isto é, a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa
prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa
dedicação à vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção
do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24). Os termos gregos porneia
(fornicação) e aselgeia (lascívia) descrevem uma ampla variedade de
práticas sexuais, prémaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do
casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo
(Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3). A lascívia denota a
ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio
próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9). Isso inclui a inclinação à
tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a
pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe
2.2,18).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A união heterossexual é o único modelo de casamento aprovado por Deus.
Tal verdade condena o homossexualismo.
CONCLUSÃO
Vivemos atualmente em uma cultura obcecada pelo sensual. As empresas de
publicidade fomentam e aproveitam-se dessa obcessão para atrair o público e
vender seus produtos. Este interesse universal está sendo hoje explorado em
detrimento da ética e da moral cristã. Vemos a decadência na perda da virtude e
no endurecimento da sensibilidade moral dos jovens. Todo pecado começa na mente.
Os pensamentos provocam ações. Os pensamentos estimulam as emoções e estas
debilitam a vontade, por sua vez, a vontade responde às insinuações dos
pensamentos e das emoções. No entanto, a postura da igreja local é educar os
seus membros à luz da Bíblia mostrando que o homossexualismo é pecado e como o
crente deve lidar com essa questão. O Senhor aborrece a prática pecaminosa, mas
ama as pessoas, pois foi por elas que o Senhor Jesus morreu.
NaqueEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Lição 9 - A família e
a sexualidade V
(I Ts 4.3-5; 5.23; I Pe 1.14-16)
INTRODUÇÃO
Uma das características do presente século é a promiscuidade e a
perversão sexual. Diariamente, as famílias são bombardeadas por orientações
sexuais ilícitas e estímulos à práticas sexuais antibíblicas, principalmente
através da mídia. Por isso, faz-se necessário estudarmos sobre a sexualidade à
luz da Bíblia. Veremos nesta lição: a definição do termo sexualidade; que o sexo
foi criado por Deus; que o ato conjugal deve estar restrito ao casamento; os
propósitos do sexo; quais são as práticas sexuais ilícitas e as motivações para
o ato conjugal.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA “SEXUALIDADE” E “SEXO”
O Aurélio define a palavra sexualidade como: “qualidade de sexual.
O conjunto dos fenômenos da vida sexual. Sexo”. Já o termo “sexo” por
sua vez, significa: “conformação particular que distingue o macho da
fêmea, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel determinado na
geração e conferindo-lhes certas características distintivas”. À luz da
Bíblia, sexo são“as características internas e externas, que identificam
e diferenciam o homem da mulher”.
II – O SEXO FOI CRIADO POR DEUS
Quando criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados: “homem
e mulher os criou” (Gn 1.27). A benção do Senhor estava sobre aquele
casal heterossexual e Deus lhes deu a seguinte ordem: “Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). O sexo dentro do
casamento não se constitui pecado, pois este e outros textos nos revelam que
foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a natureza do sexo
em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem alguns de forma
equivocada (I Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição física e emocional do
ser humano, no momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à luz da Sagrada
Escritura não é correto ver o sexo como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus
não fez nada ruim: “e viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era
muito bom” (Gn 1.31).
III – A RELAÇÃO SEXUAL ESTÁ CIRCUNSCRITA AO
CASAMENTO
3.1 No Antigo Testamento. No plano original
divino, a ordem de crescer e multiplicar-se foi dada a um casal (Gn 1.28). As
páginas veterotestamentárias nos mostram claramente que somente nesta condição
o ato conjugal é aceito e aprovado por Deus (Gn 2.24); pois, é por meio do
casamento que marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Gn 2.24),
segundo a vontade de Deus.
Em Cantares de Salomão, vemos a exaltação do amor conjugal entre os
casados, e não entre solteiros (Ct 4.1-12). Portanto, os prazeres físicos e
emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados
por Deus e por Ele honrados (Pv 5.15-19: Hb 13.4). 3.2 No Novo Testamento. O
NT preservou as atitudes judaicas do AT quanto ao sexo.
Jesus condenou não só as práticas sexuais fora do casamento, como também
o “simples” olhar com intenção impura para uma mulher (Mt 5.2-32). O apóstolo
Paulo, de igual forma, ensinou aos crentes de Corinto como eles deveriam se
portar quanto ao sexo (I Co 7.1-40).
Aos casados, o apóstolo orienta que pratiquem o ato sexual regularmente
(I Co 7.3), e só deixem de desfrutar do ato conjugal com finalidades
espirituais, como dedicar-se à oração, por exemplo, por um espaço de tempo
combinado entre o casal, a fim de não se exporem às tentações de Satanás,
inclusive, ao adultério (I Co 7.5). E, aos solteiros, ele afirmou que aqueles
que não puderem conter-se, ou seja, controlar-se, que se casem, a fim de evitar
as tentações e possam praticar o ato sexual de forma legítima (I Co 7.9).
IV – PROPÓSITOS DO SEXO SEGUNDO A BÍBLIA
Não existe apenas uma finalidade para a prática da relação sexual. As
Escrituras Sagradas nos mostram quais os propósitos pelos quais Deus criou o
sexo. Vejamos as principais:
4.1 Procriação. Sem dúvida alguma, o primeiro propósito do ato
sexual é a reprodução humana (Gn 1.28). A procriação é o ato criador de Deus,
através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o homem de capacidade reprodutiva,
instituindo o matrimônio e a família (Gn 2.21-24). No AT, a “lua de mel” para o
soldado durava um ano, com o fim de proporcionar ao casal a possibilidade da
procriação (Dt 24.5).
4.2 Satisfação. O ato conjugal também foi criado para proporcionar prazer
ao casal. A Bíblia diz: “Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu
poço. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas ruas os ribeiros de
águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu
manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.15-18).
O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar
os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal
honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct
4.1-12; 7.1-9).
V – PRÁTICAS SEXUAIS REPROVADAS PELA BÍBLIA
Já vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados,
saudáveis e benéficos para o ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a
sexualidade têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). No quadro
abaixo elencaremos algumas práticas sexuais reprovadas pelas Escrituras:
1- Fornicação :
Definição - Relação sexual entre pessoas não casadas.
Parecer bíblico - A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos
casados. Portanto, praticá-lo antes do casamento se constitui em transgressão
(Gl 5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).
2- Adultério:
Definição - Relação sexual de um homem casado com uma mulher
que não é a sua esposa, ou vice-versa.
Parecer bíblico - Prática condenada pela Bíblia Sagrada (Êx 20.14;
Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9).
3 – Homossexualidade
Definição - Atração erótica entre pessoas do mesmo sexo. É
conhecida também como pecado de Sodoma, já que nessa cidade foi praticado de
forma generalizada (Gn 19.1-11).
Parecer bíblico - Considerada pela Bíblia uma das perversões mais
chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm
1.25-27; I Co 6.9; I Tm 1.9,10).
4 – Masturbação
Definição - Vício solitário; autoerotismo.
Parecer bíblico - Embora não conste em nenhum lugar da Bíblia a
referência explícita a masturbação, existem passagens que tratam desse assunto
de forma implícita, por exemplo: Onã foi morto pelo Senhor porque derramava sua
semente em terra (Gn 38.1-11). Por isso, Aurélio define a masturbação como
“onanismo”.
Ainda há que se acrescentar que três coisas classificam esta prática
como pecado, a saber: (1) as fantasias que levam a pessoa a cometer este
ato é condenável (Mt5.28); (2) O ato sexual foi criado para ser
praticado por um casal, e não por uma pessoa sozinha; e, (3) como na
prostituição, a pessoa peca contra o próprio corpo, assim sucede com a
masturbação (I Co 6.18). Confira ainda: (Rm 6.13,19; I Co6,13,15,18; Gl 5.19;
Ef 5.3).
5 - Perversões
Definição - Corrupção, desmoralização, depravação;
alteração; transtorno; qualquer anomalia do comportamento sexual.
Parecer bíblico - Nas Escrituras Sagradas encontramos contidas
severas reprovações quanto a perversões sexuais, tais como: zoofilia -sexo com
animais- (Lv 18.23); estupro (Gn 34.2,7; II Sm 13.12); incesto - sexo entre
familiares próximos (Lv 18.7-19; I Co 5.1); pedofilia (Ef 4.19-22; Gl 5.19-21);
práticas sexuais fora do padrão (I Co 6.19,20; I Pe 3.7).
VI - QUAIS MOTIVAÇÕES DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO
O dicionário Aurélio diz que a expressão “motivo” do latim “motivu”,
“que move” quer dizer: “fim, intuito”. Fica claro que a palavra motivação alude
a intenção, propósito ou objetivo com que fazemos as coisas.
Eis alguns motivos que devem levar o casal cristão ao ato sexual: 6.1 O
amor. Ao contrário do modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de
Deus e praticam o sexo por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato
conjugal motivado pelo amor: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e
da mesma sorte a mulher ao marido” (I Co 7.3). Benevolência e amor andam
juntos, pois “o amor é benigno” (I Co 13.4). 6.2 Respeito. O ato sexual entre
cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor “não se porta com indecência”
(I Co 13.5).
Portanto, o marido deve honrar o corpo da esposa, e a esposa o corpo do
marido, como nos ensina o apóstolo Pedro (I Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não
pode ser forçado a fazer sexo quando não quer e não pode, principalmente a
mulher, em casos específicos, tais como: período de menstruação (Lv 18.19,20),
nem no período pós-parto, e, por fim, em casos de doença. 6.3 Alegria. O ato
conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com alegria,
pois é um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do sábio é
clara: “alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18).
Como pudemos ver, o sexo foi criado por Deus. Ele criou macho e fêmea e
lhes disse: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Mas, o
propósito de Deus é que o sexo seja praticado dentro do casamento, entre marido
e mulher. Toda prática sexual fora do casamento é uma transgressão à Lei
divina, assim como as perversões sexuais, tais como: adultério, homossexualismo,
prostituição, masturbação, dentre outras, que são terminantemente proibidas na
Palavra de Deus. Por isso, os cônjuges devem desfrutar dessa bênção dada por
Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja dentro dos princípios bíblicos.
REFERÊNCIAS
· ARÉVALO, Waldir Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
· Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
· CRUZ, Elaine. Sócios, Amigos e Amados. CPAD.
· DANIELS, Robert. Pureza Sexual.CPAD