13 de julho de 2017

A Santíssima Trindade: Um só Deus em três Pessoas

A Santíssima Trindade Um só Deus em três Pessoas

Texto Áureo = "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mt 28.19)

Verdade Prática = Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo iguais em substância, glória, poder e majestade.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – I Corintios 12:4-6 = 2 Corintios13:13
= Gn 1.1,2,26 = Dt 6.4 = Lc 3.22 = Mt 28.19 = Jo 1.1,14,18; 14.26;

HINOS SUGERIDOS: 10,185, 507 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos a doutrina da Trindade Divina: o Pai, o Pilho e o Espírito Santo, dando ênfase maior ao Filho, o Senhor Jesus Crista. Já vimos durante este trimestre que o alva principal das seitas e doutrinas falsas, direta ou indiretamente, e desmerecer Jesus Cristo, porque o Inimigo sabe que Jesus é o único Redentor da humanidade,e que se Ele for desconhecido do povo, as almas não se salvarão e a vantagem será da Inimigo. Mesma quando o pecador sabe que Jesus é o Salvador do mundo, a Inimigo ainda lhe diz para aceitar Jesus depois; mais tarde. Esta lição também serve para o aluno observar quão longe da verdade divina estão os que abraçam as seitas falsas.

A TRINDADE DEFINIDA (Gn1.1,2,26; Dt 6.4; Lc 3.22)

O único e verdadeiro Deus revela-se através das Sagradas Escrituras coma a eterno “Eu Sou”, o Criador do universo e Redentor do gênero humano. Deus ainda se revela deixando claro que reúne em si os princípios de relacionamento e associação pessoal, como Pai, Filho, e Espírito Santo. A Bíblia revelam Deus único em essência ou substância, subsistindo em três distintas e divinas pessoas (Dt 6.4; Is 48.16; Lc 3.22; Mt2&19). A Bíblia começa revelando a Trindade, pois em Gn 1.1, Elohim é um plural, e no v.2, temos o Espírita Santo em atividade.

Cada Pessoa divina tem ofícios distintos na criação, na preservação, todavia as três são perfeitamente uma em natureza e harmonia, de modo as três constituem um Deus uno; não três deuses. O termo trindade não se acha escrito na Bíblia, mas a realidade da Trindade está lá claramente. Os inimigos da sã doutrina não vêem isso porque não querem crer e porque não podem ver, devido a seus preconceitos e as trevas em que se encontram.

Há muitos fatos do mundo que auxiliam na compreensão da Trindade. Três lâmpadas acesas formam uma única luz, e entretanto são três elementos. A imagem é uma só, porém tem três dimensões. Nenhuma delas é a imagem completa, somente as três.

1. A doutrina da Trindade no AT. Esta doutrina aparece muitas vezes na Bíblia. Todas as nações em volta de Israel eram politeístas. Era preciso fixar em Israel a verdade bíblica que o verdadeiro Deus 6 uno. Se a Trindade santa fosse revelada a Israel explicitamente, como no NT, sem dúvida eles ficariam confusos e disso surgiria má compreensão e má interpretação.

a. Gênesis 1.1. “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Aqui temos Deus sendo uno e trino ao mesmo tempo. Aqui, a palavra “Deus” é no original “Elohim”, um plural, enquanto que o verbo da frase (criar) está na singular. Elohim é o nome de Deus como Criador.

b. Gênesis 126. Deus ao efetuar a criação do homem, disse: “Façamos o homem, conforme a nossa semelhança”. Os inimigos da verdade afirmam que Deus estava aqui dirigindo-se aos anjos, mas o v. 27 desfaz essa idéia, pois ali está dito que Deus caiou o homem segundo a sua imagem, e não segundo a imagem dos anjos.

c. Deuteronômio 64. “O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Apalavra “Deus” aqui, é Elohim, um nome plural, denotando uma unidade sim, mas composta Por sua vez, a palavra “única”, é no original echad e indica uma unidade composta. Outros exemplos do termo “echad”, sempre indicando unidade também composta: Gn 2.24” e serão ambos uma carne”; ora marido e mulher são um em propósito, harmonia e vivência, mas individualmente duas pessoas. Gn 11.6:

“Eis que o povo é um”. Em que sentido uma multidão de pessoas pode ser um? Outros casos são: Ed 3:1 e Ez 37.17. A unidade absoluta em hebraico tem outro termo diferente para designá-la. Em Jo 10.30, Jesus disse “Em e o Pai somos um”. A palavra um aqui, é no original “heis”, correspondente a echad m Antigo Testamento.

2. A doutrina da Trindade no NT. Aqui, destacamos Le 3.22; Jo 14.16; Mt
28.19; 2Co 13.14; 1 Pe 1.2; 3.18; Lc 5.14.

3. A distinção entre as três pessoas. O Filho está no Pai, e vice-versa; em comunhão. O Pai está o Filho, mas o Filho procede do Pai em autoridade. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, em natureza, relacionamento, cooperação e autoridade. Não são três deuses distintos, nem também são uma só pessoa São três pessoas e uma só essência. Quando em conjunto, a menção mais comum destas pessoas são: Pai, Pilho, Espírito Santo, mas isso não se trata de uma ordem fixa; pode ser diferente, como: Mt 20.192 Co 13.13; Jo 14.26.

A SECO UNDA PESSOA DA TRINDADE (Lc 3.22; Mt 28.19; Jo 1.1,14,18).

1. Jesus como Filho de Deus. Tem um título que somente lhe pertence como Filho de Deus: Senhor Jesus Cristo (Rm 1.7). Quanto a sua divina e eterna natureza, Ele é o Senhor Jesus Cristo, porém, quanto a sua natureza humana, Ele é chamado Filho do Homem. “Filho”, nas línguas bíblicas, não quer dizer somente gerado, mas também participante; da mesma natureza ( Dn 7.13; Mt 9.6; Jo 3.13).
Portanto, Jesus encerra em si, tanto a natureza divina, como a humana (pura, como Adão antes de pecar, 1Co 15.45). Porque Jesus é divino e humano, Ele é o Emanuel, que significa Deus com os homens (Mt 1.23; 1 Jo 4.2; Ap 1.13).

Uma vez que o nome Emanuel abrange tanto Deus como o homem numa só pessoa Cristo; conclui-se que o título Filho de Deus refere-se a sua deidade, e Filho do Homem, à sua humanidade. Nós nos tomamos filhos de Deus mediante o novo nascimento, mas Jesus é o Filho de Deus num sentido único, desde toda eternidade.

2. A posição de Cristo antes dEle vir ao mundo. Crista já existia desde toda eternidade como o Filho de Deus, antes de nascer como um bebê. Jo 1.1 afirma “O Verbo era Deus”. Em Fp2, o Apóstolo Paulo mostra que o Filho é igual ao Pai. Ele “não teve usurpação ser igual a Deus (v.6).

3. Como e por que o Filho de Deus fez-se homem. O milagre da encarnação do Filho de Deus vai além da nossa compreendo. Ele deixou de lado suas prerrogativas coma Deus. Ele tornou-se homem o viveu entre os homens. Cristo veio para redimir a humanidade por sua morte na cruz,mas Ele veio também para revelar Deus ao mundo (Jo 1.18).

A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO (Mt 28d9; Lc 3.22; At 10.19,20).

O Espírito Santo é Deus (At 5.3,4). Ele é a terceira pessoa da Trindade. Em Mt 28: 19 Ele é posto juntamente com o Pai e o Filho. Logo, se o Pai e o Filho são pessoas, o Espírito Santo também é. Em Lc 3: 22 temos o Espírito Santo manifesto “em forma corpórea como uma pomba”; junto ao pai e ao Filho. Ele não apareceu ali em forma humana, porque Deus queria destacar a pessoa do Filho, que a partir dali iniciaria o seu ministério de poder entre os homens através do Espírito Santo (Lc 438,19; At 10: 38). A operação do Espírito Santo seria na vida de Jesus como o Filho do Homem. É a mesma razão porque Ele não se manifestou em forma humana no dia de Pentecoste:

Destacar e glorificar a pessoa de Jesus, e, deixar claro que na Igreja a sua operação é interior, isto é, habitando no crente e capacitando-o para viver a vida cristã e realizar a obra de Deus.
Porém o Espírito Santo é também Senhor (1Co 3.18 ARA) e Criador (Jó 33.4; SI 33.6). Seu ministério principal 6 interior, dando vida, daí Ele ser chamado “Espírito de Vida” (Riu 8.2; Jo 6.63).

1. Atos 15: 28. “Parece bem ao Espírito Santo e a nós”. Aqui o Espírito Santo aparece como uma pessoa em definida e séria atividade mental na tomada de uma resolução, em consulta e cooperação numa assembléia de crentes. Portanto, se o leitor é uma pessoa real com os seus devidos atributos, o Espírito santo também é. Em Ez 8.3, vemo-lo agindo de forma nitidamente pessoal.

2. Atos 10: 19,20. Aqui o Espírito Santo fala como pessoa (“disse-lhe o Espírito”), e, identifica-se como pessoa (“eu os enviei”). Algo inexistente não faz isso, nem também uma simples influência, poder ou unção. Ver Ez 3.24.

CONCLUSÃO.

O Deus uno e triúno ao mesmo tempo, são das doutrinas bíblicas que transcendem a razão humana, mas que as aceitamos pela fé. Há outras verdades e doutrinas bíblias do mesmo quilate.
Se a unidade composta do homem (espírito, alma e corpo), encerram fatos inexplicáveis para sábios, cientistas, e teólogos, quanto mais a triunidade de Deus: Pai, Filho, Espírito Santo. Contudo, em resumo podemos afirmar

Que o Pai é a plenitude da divindade invisível.
Que o Filho é a plenitude da divindade manifesta
Que o Espírito Santo é a plenitude da divindade agindo na criatura.
Todas as três divinas Pessoas da Trindade são co-eternas e iguais entre Si, mas distintas em suas operações concernentes a Criação.

a. O Pai criou tudo, planejando (Ef 3.9)
O Filho criou tudo, executando (Hb 1.3)
O Espírito Santo criou tudo, dando vida e pondo ordem ( jó 33.4; Gn 1.2).

b. Na obra da Redenção.

O Pai planejou a salvação no céu.
O Filho consumou a salvação na cruz.
O Espírito Santo realiza a salvação na vida das pessoas.
Entretanto, em qualquer desses atos grandiosos as três divinas Pessoas estão presentes. Tal é o nosso Deus, a Quem seja a glória, a honra e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1992


A SANTÍSSIMA TRINDADE – UMA VERDADE INCONTESTÁVEL

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2006 - CPAD - Jovens e Adultos

TEMA – As Verdades Centrais da Fé Cristã

Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correia de Andrade

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva






TEXTO ÁUREO:“A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com vós todos. Amém!” (2Co 13.13).




VERDADE PRÁTICA:A doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade bíblica fundamental e não pode ser ignorada nem desprezada por aqueles que aceitaram a CRISTO como Salvador.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE : MATEUS 3.13-17

13 = Então, veio JESUS da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14 = Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
15 = JESUS, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
16 = E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 = E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu FILHO amado, em quem me comprazo.

3.13 = O BATISMO DE JESUS. JESUS foi batizado por João pelas seguintes razões:

(1) Para cumprir toda a justiça (v. 15; cf. Lv 16.4; Gl 4.4,5). CRISTO, mediante o batismo, consagrou-se publicamente a DEUS, e assim cumpriu a justa exigência de DEUS.

(2) Para identificar-se com os pecadores embora o próprio JESUS não precisasse de arrependimento de pecado (2Co 5.21; 1 Pe 2.24).

(3) Para associar-se com o novo movimento da parte de DEUS, pelo qual Ele chamava todos ao arrependimento. Este movimento teve início com João Batista como o precursor do Messias (Jo l.23,32,33).

3.16 = O ESPÍRITO DE DEUS DESCENDO... SOBRE ELE. Tudo quanto JESUS fez sua pregação, seu sofrimento, sua vitória sobre o pecado Ele o fez pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Se JESUS nada podia fazer sem a operação do ESPÍRITO SANTO, quanto precisa o povo de DEUS da capacitação do ESPÍRITO SANTO! (cf. Lc 4.1,14, 18; Jo 3.34; At 1.2; 10.38). O ESPÍRITO veio sobre JESUS para dotá-lo de poder para efetuar a obra da redenção (ver Lc 3.22). O próprio JESUS posteriormente iria batizar seus seguidores com o ESPÍRITO SANTO a fim de que eles também tivessem a capacitação do ESPÍRITO (ver 3.11; At 1.5,8; 2.4).

3.17 = ESTE É O MEU FILHO AMADO. O batismo de JESUS é uma grandiosa manifestação da realidade da Trindade.

(1) JESUS CRISTO, declarado igual a DEUS (Jo 10.30), é batizado no Jordão.

(2) O ESPÍRITO SANTO, que também é igual ao PAI (At 5.3,4), desce sobre JESUS em forma de pomba.

(3) O PAI declara que se compraz em JESUS. Temos, portanto, neste ato três pessoas divinas iguais. Contraria a integridade das Escrituras explanar este evento de qualquer outra maneira. A doutrina da Trindade mostra que as três pessoas divinas subsistem em tal unidade que constituem o DEUS uno (ver Mc 1.11, sobre a Trindade; cf. Mt 28.19; Jo 15.26; 1 Co 12.4-6; Ef 2.18; 1 Pe 1.2).

VOZ:
Isaías 40.3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso DEUS.

Marcos 1.3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

Lucas 3.4 segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz:

Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.

João 1.23 Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.

Lucas 1.76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,

ESPÍRITO:

Isaías 4.4 Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,

Isaías 44.3 Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu ESPÍRITO sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.

Malaquias 3.2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
Atos dos Apóstolos 2.3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 = E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

1 Coríntios 12.13 Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo, quer Judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um ESPÍRITO.A TRINDADE (Willian W.Menzies e Stanley M.Horton - Doutrinas Bíblicas - CPAD - 1995 - RJ)

Um grande mistério está à nossa espreita: há somente um DEUS, e uma só Trindade (ou "triunidade"). Para desvendar tal mistério, não dispomos de analogias ou comparações adequadas. Mas a realidade da Palavra de DEUS aí está: o Supremo Ser subsiste numa unidade de três pessoas igualmente divinas e distintas.

Por mais difícil que nos seja compreender toda essa verdade, temos aí, não obstante, uma doutrina vital e urgente. A história eclesiástica traz dramáticos relatos de grupos cristãos que teimaram em não fazer caso da Trindade.

A oração familiar e cotidiana dos judeus, extraída de Deuteronômio 6.4, enfatiza a suprema grandeza da unidade divina: "Ouve, Israel, o Senhor nosso DEUS é o único Senhor". A palavra "único", aqui usada, corresponde ao hebraico, "echad", que pode representar uma unidade composta ou complexa. Embora o hebraico possua uma palavra que signifique "somente um" ou "o único", "yachid", esta jamais é usada em relação a DEUS.

Paralelamente a unidade de DEUS, deparamo-nos com o conceito de sua personalidade.

A personalidade envolve o conhecimento (ou inteligência), os sentimentos (ou afetos) e a vontade. O PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, cada um de per si, revelam tais características à sua própria maneira.

O ESPÍRITO SANTO, por exemplo, faz coisas que o mostram realmente como uma pessoa distinta, e não como mero poder impessoal (At 8.29; 11.12; 13.2,4; 16.6,7; Rm 8.27; 15.30; 1Co 2.11; 12.11). A personalidade também requer comunhão. Todavia, antes da existência do Universo, onde estava a possibilidade de comunhão? A resposta jaz no complexo arranjo dentro da deidade.

A unidade de DEUS não exclui a possibilidade de nela haver personalidades compostas. Há três personalidades distintas, cada qual inteiramente divina, mas encontram-se tão harmonicamente inter-relacionadas que resultam numa única essência. Como se vê, seria totalmente errado afirmar que na Trindade haja três deuses e Uma maneira de se desvendar as distinções das pessoas, na divindade, consiste em se observar as funções atribuídas especificamente a cada uma delas.

Exemplificando: DEUS PAI é relacionado à obra da criação; DEUS FILHO é o principal agente da obra de redenção da humanidade; e DEUS ESPÍRITO SANTO é agarantia de nossa herança futura. Esta tríplice distinção é esboçada no primeiro capítulo de Efésios.

Contudo, não devemos pressionar tais distinções, pois há abundante testemunho bíblico quanto à cooperação do FILHO e do ESPÍRITO SANTO na obra da criação: o PAI criou através do FILHO (Jo 1.3); o ESPÍRITO SANTO pairava gentilmente sobre a terra, preparando-a para os seis dias da criação (Gn 1.2). O PAI enviou o FILHO ao mundo para efetuar a redenção (Jo 3.16), e o próprio FILHO, em seu ministério, veio "no poder do ESPÍRITO" (Lc4.14).

O PAI e o FILHO, de igual modo, tomam parte no ministério do ESPÍRITO SANTO, que consiste em santificar o crente. A Trindade é uma comunhão harmoniosa dentro da deidade. Essa comunhão é amorosa, porque DEUS é amor. Mas esse amor é expansivo, e não auto-centralizado.

Ele requeria que, antes da criação, houvesse mais de uma Pessoa dentro do Divino Ser. Um importante vocábulo para se guardar, no tocante à doutrina da Trindade, é "subordinação". Há uma espécie de subordinação na ordem das relações das pessoas da Trindade, mas sem qualquer implicação quanto à natureza de cada uma delas.

O FILHO e o ESPÍRITO são declarados como "procedentes" do PAI. É uma subordinação, pois, quanto às relações, mas não quanto à essência. O ESPÍRITO, por sua vez, é declarado procedente do PAI e do FILHO. Esta é a declaração ortodoxa da Igreja Ocidental, adotada por ocasião do Concílio de Nicéia, em 325 d.C, e incorporada em diversos credos.

Duas notórias heresias opuseram-se à Igreja quanto à doutrina da Trindade: sabelianismo e arianismo.

Por volta do século III, Sabélio, numa tentativa de evitar a possibilidade de que se ensinasse a existência de três deuses, promoveu a idéia de que há apenas um DEUS. Embora, segundo ele, possua o Ser Supremo uma única personalidade, manifesta-se de três diferentes modos. Primeiramente, há o DEUS PAI, o Criador. que, posteriormente, manifestou-se como o FILHO, o Redentor. E, finalmente, veio Ele a se revelar como o ESPÍRITO SANTO. Para Sabélio, DEUS estava apenas exibindo-se sob três "máscaras" diferentes. Uma modalidade dessa heresia irrompeu nos círculos pentecostais por volta de 1915, assumindo o epíteto de "JESUS Somente" ou de "Unidade".

Usualmente apontam eles para o fato de que a palavra "nome", em Mateus 28.19, é singular, e arrematam, dizendo que esse "nome" é JESUS. Entretanto, nos tempos bíblicos, o substantivo "nome" incluía tanto os nomes pessoais como os títulos (Lc6.13), e somente era usado no singular quando dado a uma pessoa - como em Rute 1.2, onde "nome" aparece no singular hebraico. Notemos ainda que, em Mateus 28.19, o mandamento foi, literalmente, batizar os convertidos "no nome", que era a maneira de se referir à adoração e serviço do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Todavia, em Atos 2.38, há uma forma diferente usada no original grego, e que significa "no nome de JESUS": era a maneira de se realçar a expressão "sob a autoridade de JESUS"; autoridade esta expressa em Mateus 28.19.

Lucas usou igual terminologia para distinguir o batismo de CRISTO do batismo de João Batista. Essa espécie de unitarismo simplifica demasiadamente a Trindade.

Os defensores dessa posição usam a seguinte ilustração: O Dr. William Jones é tratado por seu título, Dr. Jones, em seu consultório. No bairro, os amigos chamam-no por seu nome pessoal, William. Em casa, seus filhos chamam-no de pai ou papai. O problema com tal ilustração é que William Jones, numa reunião na sede comunitária de seu bairro, não irá ao telefone falar com o pai Jones, em casa, ou para com o Dr. Jones, em seu consultório. E, no entanto, JESUS orou ao PAI, e o PAI declarou: "Tu és o meu FILHO amado, em ti me comprazo" (Lc 3.22).

A simplificação unitarista, pois, arrasta DEUS para o nível humano. Ora, no nível humano só há uma pessoa para cada ser. Sem importar qual seja a parte de uma pessoa (vontade, emoções etc) que esteja agindo, ela deverá dizer: "Eu fiz isso". No nível divino, porém, há três pessoas para um só Ser. A maioria dos que seguem a doutrina do "JESUS Somente", ensinam que só pode considerar-se salvo o que é batizado no ESPÍRITO SANTO, e fala línguas estranhas. Tal confusão deriva-se de sua falha em não distinguir entre a redenção operada por CRISTO e a unção que nos proporciona o ESPÍRITO SANTO.

Outra heresia que tem afligido periodicamente certos segmentos da Igreja é o arianismo.
Em 325 d.C., Ario descambou para um outro extremo. Ele enfatizou de tal forma a distinção entre as pessoas da divindade, que acabou por dividi-la em três essências distintas. E o resultado foi a subordinação não só entre as relações pessoais, mas também quanto à natureza do FILHO e do ESPÍRITO SANTO.

Semelhante arremedo doutrinário esvaziou a divindade tanto de CRISTO quanto do ESPÍRITO SANTO. Ario negava a eterna filiação de CRISTO, sugerindo ter Ele começado a existir nalgum ponto do tempo após o PAI. Além disso, declarou que o ESPÍRITO SANTO teria vindo à existência através da operação do PAI e do FILHO, tornando-lhe a deidade inferior à deidade do FILHO. Há vários grupos hoje que negam igualmente a divindade do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. Tais grupos consideram,se herdeiros espirituais de Ário.

Eis algumas passagens que refutam a tal subordinação: Jo 15.26; 16.13; 17.1,18,23; 1 Co12.4,6; Ef 4.1,6 e Hb 10.7,17.

VEJA ESTES EXEMPLOS:

Jo 15.26= Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.

1Co 12.4 = Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

Ef 4.1 = ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.

Embora o termo "trindade" não seja encontrado em nenhum lugar da Bíblia, há numerosas passagens que lhe fazem alusão. Um vívido exemplo é visto de maneira clara nos eventos que cercam o batismo de JESUS no rio Jordão: -Batizado JESUS, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é meu FILHO amado, em quem me comprazo" (Mt 3.16,17).

Admitimos ser a Trindade um mistério; um mistério mui profundo: não pode ser compreendido pela mente humana. Mas o ESPÍRITO da Verdade ajuda-nos em nossa fraqueza e incapacidade (1Co 2.13-16). Adoramos o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO.Reconhecemos-Ihes suas respectivas personalidades por suas atuações descritas pela Bíblia. Por conseguinte, humildemente reconhecemos serem Eles Um em comunhão, propósito e substância.

LEITURA DIÁRIA

Segunda
Gn 1.2
A Trindade na criação do Universo.
Terça
Gn 1.26
A Trindade na criação do homem.
Quarta
2 Co 13.13
A Trindade na bênção apostólica.
Quinta
Mt 3.13-17
A Trindade no batismo de CRISTO.
Sexta
Jo 1.32-34
A Trindade no testemunho de João Batista.
Sábado
Jo 14.16,26
A Trindade testemunhada pelo próprio CRISTO.

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

Definir o termo Trindade.

Descrever a Trindade no Antigo e Novo Testamento.

Defender a doutrina da Trindade.

PONTO DE CONTATO

Professor, o termo “trindade” foi empregado por Teófilo de Antioquia, no século II d.C. Entretanto, é possível que essa expressão tenha sido usada pelos cristãos nos primórdios da igreja. Esse vocábulo era usado para designar o mistério de uma só divindade coexistindo em três Pessoas absolutamente distintas e co-iguais. Todavia, o estabelecimento do termo é atribuído ao apologista cristão, Tertuliano de Cartago. Coube ao bispo de Alexandria, Atanásio, a elaboração do credo que sedimentou a ortodoxia trinitária.

Nesta lição, evite tropeçar em questões básicas a respeito dessa doutrina. Não se precipite nas questões cujas respostas você não tenha firmeza. Sobre esse tema, portemo-nos como o salmista: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima, tão alta que não posso atingir” (Sl 139.6).

SÍNTESE TEXTUAL

Entendemos, mediante a Doutrina da Trindade, que a divindade subsiste eterna e plenamente em três pessoas: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Não são três Deuses como falsamente afirmam os hereges, mas um só DEUS. Uma é a pessoa do PAI, outra, a do FILHO, e outra, a do ESPÍRITO SANTO. O PAI não é maior do que o FILHO. O FILHO não é maior do que o ESPÍRITO SANTO, e assim respectivamente.

O PAI não é o FILHO. O FILHO não é o ESPÍRITO SANTO. E o ESPÍRITO SANTO não é nenhuma das Pessoas anteriores. Todavia, a divindade pertence a cada uma das três pessoas, constituindo um só DEUS. Conforme afirmou Atanásio de Alexandria: “Adoramos um só DEUS na Trindade, a Trindade na Unidade, sem confusão de pessoas, e sem separação de substância”.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

Prezado professor, a doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade incontestável. As Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, atestam a veracidade desse ensinamento. No estudo desta semana, devemos evitar dois erros:

1) o erro do modalismo – afirma que o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO são a manifestação da mesma pessoa;

2) o erro do subordinacionismo – afirma que o PAI é maior do que o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, e que tanto o FILHO quanto o ESPÍRITO SANTO, estão subordinados ao PAI. Todavia, sabemos que a Trindade é Una, pois só há uma deidade; e Trina, pois são três distintas pessoas que participam da mesma deidade.
O triângulo eqüilátero é uma excelente figura para facilitar a compreensão da Trindade. Reproduza-o conforme os recursos disponíveis.]


COMENTÁRIO RESUMO DA REVISTA DA CPAD - COMENTARISTA
Pr. Claudionor):

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos um dos capítulos mais importantes da teologia. Se para constatar a existência de DEUS, é-nos suficiente a fé e a razão; para compreender a Trindade, carecemos, conjuntamente, da revelação divina que só encontramos na Bíblia Sagrada. Não é algo que se aprende através da luz natural da razão; e, sim, da iluminação espiritual que nos proporciona o ESPÍRITO SANTO na Palavra de DEUS.




I. O QUE É A SANTÍSSIMA TRINDADE

1. Definição. Doutrina segundo a qual a Divindade, embora una em sua essência, subsiste eternamente nas pessoas do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO.

2. A origem do termo.

3. O Credo Atanasiano. “Adoramos um DEUS em trindade, e a trindade em unidade, sem confundir as pessoas, sem separar a substância”.




II. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

A Trindade é claramente apresentada tanto na criação do Universo, como na expectativa messiânica da alma hebréia e em cada episódio da História Sagrada.

1. A Trindade na criação do Universo. Se levarmos em conta que a palavra hebraica ’ĕlōhîm(Gn 1.1) é um substantivo plural, concluiremos: a Santíssima Trindade encontrava-se ativa na criação do Universo.

2. A Trindade na expectativa messiânica da alma hebréia.
Um trecho que mostra, de maneira explícita e clara, a presença da Santíssima Trindade no Antigo Testamento é Daniel 7.13-14.




III. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO

É no Novo Testamento que encontramos as mais claras e explícitas manifestações da Santíssima Trindade: no batismo de JESUS, em seu ministério e em sua ressurreição e ascensão e, de forma abundante, na vida da Igreja Primitiva.

1. No batismo de JESUS(Mt 3.16,17).

2. No ministério de JESUS(Lc 4.18,19).

3. Na ressurreição e na ascensão de JESUS.

4. Na vida da Igreja Primitiva.

CONCLUSÃO

A doutrina da Santíssima Trindade não é um mero exercício intelectual; é uma verdade consoladora: ensina-nos diversas coisas vitais para a nossa vida cristã. Em primeiro lugar, com a ascensão de Nosso Senhor, não fomos deixados órfãos. Ele rogou ao PAI que, amorosa e prontamente, enviou-nos o Consolador. E este, com inexprimíveis gemidos, intercede por nós e testifica que somos filhos de DEUS através dos méritos de Nosso Senhor JESUS CRISTO.
Quão consoladora é a doutrina da Santíssima Trindade.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES:

Subsídio Teológico
“A Santíssima Trindade

1. Doutrina revelada. A doutrina da Santíssima Trindade é verdade revelada para o coração. Falando sobre isso declarou Anselmo: ‘O amor e a fé estão em seu ambiente no ministério da Divindade. Que a razão se ajoelhe, reverente, do lado de fora’.

Uma crença popular entre os cristãos divide a obra de DEUS entre as três pessoas, dando uma tarefa específica a cada uma delas; como por exemplo, a criação ao PAI, a redenção ao FILHO e a regeneração ao ESPÍRITO SANTO. Isto, porém, é parcialmente verdade, mas não de todo, pois DEUS não pode dividir-se de forma que apenas uma pessoa trabalhe isolada, enquanto às outras, JESUS e o ESPÍRITO SANTO, permanecem inativas.

2. O argumento em si. As Escrituras mostram as três pessoas da Divindade agindo em perfeita unidade, em todas as obras poderosas operadas no Universo e na redenção humana. Nas Escrituras Sagradas a obra da criação é atribuída ao PAI (Gn 1.1), ao FILHO (Cl 1.16), e ao ESPÍRITO SANTO (Jó 26.13; Sl 104.30). A encarnação é mostrada como tendo sido realizada pelas três pessoas (Lc 1.35), embora apenas o FILHO tenha se tornado carne e habitado entre nós. No batismo de JESUS, o FILHO saiu da água, o ESPÍRITO pairou sobre Ele e a voz do PAI falou do Céu (Mt 3.16,17).”
(SILVA, S.Pedro da. A doutrina de DEUS. 5.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.109-10.)

Bibliografia

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2006 - CPAD - Jovens e Adultos = Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva