19 de setembro de 2012

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE


A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

TEXTO ÁUREO = “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, recompensará” (Mt 6.6).

VERDADE PRÁTICA = A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a Cristo.

LEITURA BIBLICA = Marcos 1: 35-45

INTRODUÇÃO

O ser humano é viciado em poder. A idéia de se exercer domínio sobre outras pessoas parece muito sedutora. Por causa da sensação de poder o ser humano passa por cima de muitos, quebra princípios, mente, manipula, usa, oprime. Na Bíblia temos vários exemplos disso. Adão e Eva, iludidos pela serpente, comeram do fruto que não deveriam comer porque desejaram ser iguais a Deus(Gênesis 3). Davi tomou para si a mulher de Urias e o matou, porque por um momento pensou que a monarquia lhe daria esse direito (2 Samuel 11).

Simão, o mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos para que lhe fosse dado o poder do Espírito Santo e assim pudesse continuar impressionando o povo (Atos 8:9-24). A busca desenfreada pelo poder parece cegar as pessoas. Ao olhar para a sociedade vemos que alguns se tornam verdadeiros monstros egoístas quando são contemplados e absorvidos pela fama e pelo dinheiro. Alguns se tornam desumanos ao entrarem em contato com o poder.

Jesus definitivamente não foi uma figura sensacionalista como outros líderes e governantes na história mundial. Não foi autoritário como os grandes ditadores. Não foi manipulador e nem usou de artifícios estrondosos para atrair as multidões. No entanto, ele é a pessoa mais influente e fascinante que já pisou sobre a terra. Diante do tentador que lhe ofereceu uma fama passageira, se concordasse em pular do alto do templo e ser segurado pelos anjos, ele não cedeu.

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

A vaidade em relação do dinheiro = O dinheiro, em si, não é mau. A Bíblia não diz em nenhuma parte que o dinheiro é perigoso. Ela nos adverte quanto ao “amor do dinheiro”, que é a “raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10). Uma boa “prebenda” pode levar muitos à vaidade. A Palavra de Deus é infalível. Aqueles que, na direção de igrejas, principalmente de grande porte, cuja renda mensal é considerada alta, não têm cuidado de vigiar no trato com recursos financeiros, acabam afundando na cobiça, esquecendo-se da missão, e tornando-se verdadeiros cambistas, negociantes e mercantilistas do tesouro da casa do Senhor.

E isso é vaidade, futilidade. A vaidade e o poder que detêm os torna como se fossem donos do tesouro da igreja, e passam a gastar como bem querem e entendem, sem dar satisfação sequer à Diretoria, e muito menos à igreja, que se sente desconfiada, por nunca ouvir um relatório financeiro da tesouraria.

É lamentável, mas há obreiros que compram bens pessoais, ás custas do dinheiro dos dízimos e ofertas do Senhor. Certamente, a maldição os alcançará, pois estão sonegando os recursos destinado à Obra do Senhor. Essa vaidade é prejudicial ao bom nome da igreja. A Bíblia conta o que ocorreu com Gideão. Numa fase de sua vida, deixou-se levar pela direção de Deus, e foi grandemente abençoado, sendo protagonista de espetacular vitória contra os midianitas, à frente de apenas 300 homens (Jz 7).

Contudo, após a grande vitória, cobiçou o ouro de seus liderados, solicitando que cada um deles lhe desse “os pendentes de ouro do despojo”, no que foi atendido pelos que o admiravam (Jz 8.24). Tentado pela cobiça do metal precioso, Gideão deixou que subisse para a cabeça o desejo de ter sua própria “igreja”, levantando um lugar de adoração, com o ouro que lhe foi presenteado, mandando confeccionar um éfode,” todo o Israel se prostituiu ali após dele: foi por tropeço a Gideão e à sua casa...e sucedeu que, quando Gideão faleceu, os filhos de Israel e se tornaram, e se prostituíram após dos baalins: e puseram Baal-Berite por seu deus” (Jz 8.27,32).

Tem razão a Palavra de Deus, quando adverte que “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males...”.

A vaidade do poder do cargo = Há obreiros que, enquanto dirigentes de pequenas igrejas, são humildes, despretensiosos e dedicados à missão que lhe foi confiada. Contudo, ao verem a obra crescer, fazendo-os líderes de grandes igrejas, esquecem que “nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3:7), e passam a se comportar como verdadeiros imperadores ou ditadores eclesiásticos. O cargo de pastor, do bispo ou do presbítero é de grande valor para a igreja. A Bíblia diz Deus deu pastores à igreja, ao lado de evangelistas e mestres, “querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12). Aí está o objetivo do cargo ou da função pastoral.

Quando o ministro perde essa visão, acaba pensando que o cargo é fonte de poder pessoal, humano e carnal, e passa a usar a posição para a satisfação de interesses pessoais ou de grupos que se formam ao seu redor, e deixa-se dominar pela vaidade ministerial. Uzias, que reinou em lugar de seu pai, Amazias, aos dezesseis anos de idade, teve um grande ministério, aconselhando-se com Zacarias.  A Bíblia diz que ele, “nos dias em que buscou o Senhor, Deus o fez prosperar” (2 Cr 26.3,5).

Acrescenta, ainda a Palavra, que Uzias foi “maravilhosamente ajudado até que se tornou forte.
“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso” (2 Cr 26.15,16).

A vaidade no tratamento = Todo homem de Deus tem o dever de tratar bem às pessoas e o direito de ser bem tratado pelos que dele se aproxima,, pois não é uma pessoa qualquer, mas um servo de Deus, que está incumbido da missão mais importante da face da terra. A Bíblia diz: “a quem honra, honra” (Rm 13.7). Contudo, há aqueles que, dominados pelo sentimento vaidoso, extrapolam seus interesses, e passam a exigir um tratamento exagerado em torno de sua pessoa.

O crente fiel não se porta soberbamente. Provérbios 6:16-19 diz: “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que pro fere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”

Encontramos nessa lista um pecado que envolve, principalmente, o uso errado da língua. Contendas são obras de maldizentes. “Sem lenha, ofogo se apago; e, não havendo maldizente, cessa o contendo” (Provérbios 26:20). Há, infelizmente, pessoas neste mundo que se ocupam falando mal dos outros e semeando contendas. Deus detesta tal comportamento. Em Romanos 1:29, ele inclui contendas entre os piores dos pecados.

A soberba é uma das fontes das contendas que dividem irmãos. Provérbios 13:10 diz: “Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.” Provérbios 17:19 afirma o mesmo fato: “O que ama a contenda ama o pecado; o que faz alta a sua porta facilita a própria queda.”

Contendas são fáceis a começar e difíceis a terminar. Como um pequeno buraco numa barragem facilmente sai do controle da pessoa que o fez, uma pequena contenda cresce de tal maneira que ninguém consegue freá-la. “Como o abrir se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas” (Provérbios 17:14). A melhor maneira de resolver uma briga é não começá-la.

NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA

O que realmente vem a ser fama? Eu defino como o “desejo desenfreado de sair do anonimato”. Uma pessoa que deseja fama na verdade está buscando basicamente quatro coisas malignas, ou seja: O dinheiro, o sucesso, a publicidade e o glamour. Os quatro males que a fama traz.

Dinheiro: A raiz de todos os males                                                                                         Sucesso: Ser bem sucedido naquilo que faz;                                                                    Publicidade: Ser conhecido por muitos;                                                                                             Glamour:  Qualidade de ser atraente, charmosa.

Mas a Fama é algo que pessoas perseguem ao longo da história da humanidade e, talvez, este seja o ponto: a perseguição da Fama. Talvez um dos efeitos da Fama, seja a sensação de poder que ela sugere às pessoas, afinal ao longo da história humana a graduação de lideranças foi feita pelo valor do poder que determinada pessoa detinha em seus domínios.
Mas antes da fama todos são iguais, pessoas normais que desejam aquilo que na verdade não conhecem. Ao buscarem a fama que o mundo traz na verdade estão cavando a própria sepultura. Essa síndrome da busca desenfreada pela Fama faz com que muitos deixem de acreditar na capacidade, no empreendedorismo e em outros meios de conquistar vitórias em suas vidas, e acima de tudo deixam de acreditar na capacidade de Deus. A Bíblia é o maior manual de comportamento humano e é ela a boca de Deus que molda e conduz a vida daqueles que querem morar junto de Deus.

O PROBLEMA DO SUCESSO:- O espaço na mídia oferece a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, O segredo do sucesso é saber e fazer o que Deus requer. A Bíblia diz em Josué 1:8 “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.”

O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA

A Sabedoria é Melhor que a Força (9.13-18) - O próprio Qoheleth conhecia o valor relativo da sabedoria, embora tenha expressado o seu argumento a favor da sorte e da morte (11 e 12) de maneira tão vigorosa que alguém poderia não enxergar as qualificações que ele apresenta a seguir. Novamente o nosso filósofo e político lembrou de um incidente histórico no qual o significado foi grande (13) para ele (cf. 4.13-16). Uma pequena cidade (14) com poucos recursos para se defender foi salva do ataque de um grande rei porque vivia nela um sábio pobre (15). Aqui a sabedoria prova o seu próprio valor. Embora o homem fosse pobre e aparentemente não reconhecido como líder, ainda assim as suas sábias sugestões se provaram louváveis por seu povo e ele livrou aquela cidade pela sua sabedoria.

Mas o pobre e pessimista Qoheleth não consegue deixar um fato heróico e otimista ficar sem mancha; ele tem a necessidade de apontar para “a mosca na sopa” — ninguém se lembrava daquele pobre homem. Apesar disso, o valor da sabedoria vence no final: Melhor é a sabedoria do que a força (16), mesmo quando a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas.

Ao refletir sobre isso, Qoheleth diz que melhores são as palavras dos sábios [...] do que o clamor do que domina sobre os tolos (17) e também que melhor é a sabedoria do que as armas de guerra (18). 

Os versículos 17 e 18 incluem uma estrofe de quatro linhas que Qoheleth compôs ou copiou, pois ela expressa seus pensamentos muito bem. Moffatt a traduz assim:
As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritas de quem governa entre festeiros.Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só errante destrói uma boa estratégia.

A Simplicidade - O coração do Senhor nos torna simples, porque Ele quer se mover na simplicidade. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Quando andamos e agimos na simplicidade que há em Cristo, estreitamos nosso relacionamento com Deus. Esse tipo de relacionamento entre pais e filhos é algo muito saudável para o corpo porque é simples. Como filhos precisamos de coisas simples, assim como nosso Pai é. Precisamos do seu abraço, do seu afago, sentir o seu calor, ter o seu coração. Deus quer nos tratar como Ele trata a Jesus e quer que nos O tratemos como Jesus O trata. Um coração simples e serviçal abençoa tremendamente o corpo de Cristo.
“Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas sim aquele a quem o Senhor louva”. II Coríntios 10:18, - Que com o coração simples possamos fazer valer todo o projeto preparado por Deus para nós e sua Igreja.

O equilíbrio. No mundo contemporâneo, somos pressionados a sermos sempre os melhores em todas as coisas. O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse fardo mundano (Mt 11 .30). Você não precisa viver o estresse de ser quem não é! Você deve tornar-se o que o Senhor o chamou para ser. Não tente provar nada a ninguém.

O Filho de Deus conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas intenções, pensamentos e desejos mais íntimos. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar fama. A ilusão midiática não passa disso — é apenas uma ilusão! Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem à fama, ao sucesso, à riqueza ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés de Cristo e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro esteio. Se há alguma coisa em que devemos gloriar-nos, que seja na Cruz de Cristo (1 Co 2.2; Cl 6.14).

CONCLUSÃO

Aqui não vai nenhuma palavra de condenação de nossa parte, mas uma palavra de amor e de alerta. Cuidado!!!! Examine bem a sua situação, o seu ministério, a sua banda ou seja lá em que posição estiver. Se você caiu nessa armadilha, onde o que está lhe movendo a servir a Deus é algum desses três ingredientes, pare agora mesmo, mude de direção, submeta-se a Jesus que é a justiça de Deus, acerte sua vida com Ele agora mesmo.

Peça a Ele que lhe faça viver inserido no Seu reino e comece a mostrar aos outros que há um outro caminho para o sucesso, um caminho sobremodo excelente, traçado por Deus para os cidadãos do Seu reino.

Mas como vencer este mau do século? Como superar os males da fama? Quando Deus está em nós, então aprendemos a vencer todos os males dessa vida. Quando temos uma vida na presença do Senhor, então nos levantamos após uma luta e declaramos que maior é aquele que está conosco do que aquele que está no mundo.
Quando estamos na direção da palavra de Deus podemos vencer os males que a fama tenta nos dar para nos destruir.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

www.jesusvoltara.com.br
www.estudogospel.com.br
Comentário Bíblico Beacon