25 de setembro de 2019

SEJA UM MORDOMO FIEL


SEJA UM MORDOMO FIEL

Texto Base: Lucas 12:36-38, 42-46

TEXTO AUREO -  “E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”(Mt.25:21).

INTRODUÇÃO

Com esta Aula concluímos o estudo sobre Mordomia Cristã dentro dos tópicos propostos. O tema de hoje é um fechamento de todo o trimestre, ou seja, um convite para sermos um mordomo fiel. Aprendemos que somos mordomos de tudo que o Senhor nos confiou, e Ele requer de cada servo fidelidade, vigilância e prudência. O servo fiel pratica a administração responsável do que recebeu do seu Senhor, sabendo que está lidando com o que não é seu e que terá de prestar contas. Muito em breve o Senhor e dono de todas as coisas nos chamará a prestar contas com Ele; Ele pode voltar a qualquer momento e devemos estar vigilantes quanto a isso. 

I. O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS

1. Que sejam prudentes na espera do Senhor (Lc.12:37)

Disse Jesus: “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá”.
A prudência, como ensinam os lexicógrafos, é “a virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos”, é a cautela, a prevenção. 

A prudência é um dos aspectos da temperança. Jesus recomenda que sejamos prudentes como as serpentes (Mt.10:16), e o apóstolo Paulo nos informa que a graça de Deus abunda em nós em toda a sabedoria e prudência (Ef.1:8). O salvo é uma pessoa comedida e, portanto, cautelosa em relação ao futuro.
Por que devemos esperar o Senhor? Porque o próprio Jesus afirmou que viria.

Ele afirmou, enquanto homem, aqui na terra. Aqui na terra, como homem, porém revestido da autoridade de Deus, ele disse: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt.24:35). Nesta mesma autoridade ele declarou que viria - “E, seu eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vos também” (João 14:3).

Ele afirmou, após retornar ao Céu. A promessa registrada em João 14:3 foi feita pouco antes de sua morte, no ano 33 da era cristã. Pouco depois ele foi preso, crucificado, morto. Ao terceiro dia ressuscitou e quarenta dias depois retornou ao Céu, reassumindo sua plena condição de Deus, junto à Trindade. 

Passaram-se cerca de uns sessenta anos, época em que o Livro do Apocalipse foi escrito, quando, então, o Senhor Jesus reafirmou, por três vezes a Promessa da Sua Vinda, dizendo:
“Eis que presto venho: bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste Livro”.
“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”.
“Aquele que testifica estas coisas diz: certamente cedo venho” (Ap.22:7,12,20).

Enquanto homem, aqui na terra, ele prometeu que viria; enquanto Deus, lá no Céu, ele reafirmou que viria. A Palavra de Deus diz que “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa ...” (Nm.23:19).

Para quem conhece Deus e para quem crê na Sua Palavra, nenhum outro argumento seria necessário, além do que já foi escrito, para comprovar a certeza da Vinda de Jesus e a necessidade de esperar por ela.

Não crer na Vinda de Jesus significa não crer nas Escrituras Sagradas. No Novo Testamento, dos 27 livros, 24 fazem menção à Vinda de Jesus; dos 260 Capítulos, 216 fazem referência à Vinda de Jesus; duas Epístolas, 1 e 2Tessalonicenses, cuidam, especificamente, do assunto; capítulos inteiros, como Mateus 24 e Marcos 13, são dedicados ao ensino sobre a Vinda de Jesus; são cerca de 318 referências no Novo Testamento. Assim, não crer na Vinda de Jesus significa desprezar a Palavra de Deus. O servo fiel espera o Senhor a qualquer momento.

2. Que esperem o Senhor com prontidão (Lc.12:38)
Na parábola do servo vigilante, o senhor esperava achar os seus servos de prontidão, para que, quando ele batesse à porta, imediatamente eles a abrissem – “E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos”.

O servo fiel mantém-se ocupado, procurando sempre cumprir com fidelidade e prudência as tarefas que lhe foi confiado pelo seu Senhor; desta forma, ele está sempre preparado para o retorno do seu Senhor. Por outro lado, o mau servo que é irresponsável, imprudente, e abusa da posição de mordomo que o seu Senhor lhe confiou, demonstra ser indigno dela. Os seus atos serão julgados no Dia que nosso Senhor voltar. 

Por que ele usou de sua liberdade para o mal e por causa de suas escolhas erradas, ele passará toda a eternidade em terríveis sofrimentos: “ali haverá pranto e ranger de dentes”. Conscientizemo-nos, pois, que o julgamento futuro de Deus é tão certo quanto a vinda de Jesus e Sua volta à Terra. Não sejamos negligentes como o “servo infiel” e as “virgens loucas” (Mt.25:3). Sejamos prudentes, vigilantes e amorosos. Jesus em breve voltará.

3. Esperem a recompensa do Senhor

Na Parábola dos Talentos, o Senhor Jesus declara:

"Bom está servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor" (Mt.25:23).

A recompensa da fidelidade é a promoção a um serviço numa esfera mais alta. Nosso serviço a Deus não termina com nossa vida aqui na Terra. Continua no mundo porvir. Deus tem um plano glorioso para aqueles que são fiéis no Seu serviço; envolverá Seu grande programa de toda a eternidade futura.

Entretanto, ser um servo fiel não é fácil aqui neste mundo. Enquanto estamos aqui, muitos servos do Senhor selaram e estão selando com o seu sangue a sua fidelidade a Cristo. A Bíblia diz que todo aquele que quiser viver piedosamente em Cristo será perseguido (2Tm.3:12). Paulo diz: "A vós foi dado o privilégio não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por ele" (Fp.1:29). Mas, aqueles que forem fiéis, serão recebidos pelo Senhor com honras. Em Lucas 12:37, está escrito que, nas Bodas do Cordeiro, logo após o Tribunal de Cristo, o Senhor nos honrará:

“Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá”.
Que privilégio sem par ser servido pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores! Que momento impressionante nos espera! Vale a pena ser crente.

“Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb.6:10).

II. AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL (Lc.12:45-47).

Na Parábola do servo vigilante, o cenário muda para outro homem, que Jesus menciona como “servo infiel” ou “mau servo”. Não se diz que ele era um estranho, nem que estava lá fora; ele estava na “casa do seu senhor”, junto com outros servos, mas, não era apenas um servo comum. 

O seu comportamento foi imprudente, indiferente com relação à iminência da vinda do seu senhor.

Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.

E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.

1. Ele não espera que o Senhor em breve venha

Na Parábola, o “servo infiel” cometeu um erro grande de cálculo. Ele disse: “... o meu senhor tarde virá”. Ele sabia que o senhor viria, porém, pensava que demoraria. Mas, Jesus adverte fortemente: “virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis” (Lc.12:46). 

Jesus adverte que a negligência, ou o erro de cálculo, não justifica o erro de quem tem a obrigação de vigiar, aguardando a volta de seu senhor - “e separa-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt.24:51). 

Esta advertência se destina, hoje, a cada um de nós, a fim de que não venhamos a cometer o erro daquele mau servo.

Não basta crer que o Senhor Jesus virá, é preciso estar preparado para Sua Vinda, quer Ele venha à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo, ou pela manhã - “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt.24:42).

O “servo infiel” sabia que o seu senhor viria, porém, não pensava que seria hoje o dia da sua vinda. Não basta saber que Jesus virá, é preciso viver cada dia como se fosse o Dia da Sua Vinda. Estarás tu vigiando, quando Jesus vier?

2. Ele “espanca” outros servos

O que caracterizou o “servo infiel” foi a certeza de que "o senhor tarde viria" e, por causa disto, passou a espancar os conservos. 

O fato de “espancar os seus conservos” denota que ele exercia uma liderança sobre os outros, e abusava do seu poder. Não era um servo inocente, portanto. Tinha consciência de que era um servo e de que tinha um senhor. Sabia que seu senhor havia partido para um local distante, mas, que voltaria. Ele era servo, porém, era um mau servo.

Esse “mau servo” pode ser o ministro espúrio do Evangelho, que professa a fé cristã, porém, de forma nominal; ele arroga a si mesmo o nome de Cristo, mas é hipócrita; professa crer nas Escrituras e nos seus ensinos, mas realmente os nega; entre outras coisas, é cético quanto à volta de Cristo.

3. Age de modo irresponsável

O servo infiel na certeza de que o “senhor tarde viria” abusou de sua posição de líder e envolveu-se com atitudes ilícitas: passou a comer e a beber com os temulentos, isto é, com os beberrões, com pessoas que se embriagam, que não têm uma conduta aprovada diante de Deus, ou seja, que se mistura com os pecadores, com os desregrados e os dominados com os vícios.
Isso nos faz lembrar do sermão de Jesus, quando Ele falou sobre os dias de Noé. O Senhor disse que, naquela época, as pessoas "comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca" (Mt.24.38). Em outras palavras, as pessoas do tempo de Noé, o pregoeiro da justiça (2Pd.2:5), viviam de forma dissoluta, sem compromisso algum com Deus, e foram surpreendidas pelo juízo divino (Mt.24:38,39).

A impiedade produz perversão. O desprezo do conhecimento de Deus leva o homem a uma vida dissoluta moralmente. O “mau servo” conhecia a verdade, mas não foi dirigido por ela; conhecia a verdade, mas a rejeitou deliberadamente para viver regaladamente em seus pecados e perversões. Como eu já disse, o pecado é o fator que nos distancia de Deus (Is.59:2), é o elemento que impedirá que muitos crentes sejam arrebatados naquele Dia (Mt.24:12).

O apóstolo Paulo é enfático em sua advertência:

“Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências" (Rm.13:13,14).

O apóstolo João exorta-nos: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1João 2:16).
Jamais um servo-líder ou um crente comum pode fazer coro àqueles que afirmam que Jesus vai demorar ou que a vinda de Jesus só ocorrerá nesta ou naquela data, e agir de forma dissoluta e irresponsável. Quem age assim é, nitidamente, um falso líder, um escarnecedor, que anda segundo a sua própria concupiscência (cf. 2Pd.3:3,4).

“Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”.

4. O destino escatológico

O “servo infiel” pode ter pensado que o seu senhor estaria fora durante um longo período, e que ele não viria tão cedo, mas, foi surpreendido com a sua volta num dia em que o não esperava e à hora que ele não sabia. Este é um ensinamento vital para todos os servos de Deus que aguardam a vinda do Senhor a qualquer momento. Este será um evento repentino e sem aviso prévio, e o mau servo será surpreendido no ato. Jesus foi claro em seu sermão: 

“Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não Penseis” (Mt.24:44)

O julgamento do Senhor contra o servo infiel será extremamente severo. Ainda pior do que o horrível castigo será o destino eterno do referido servo: “e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt.24:51). Ele será designado a um lugar onde “haverá pranto e ranger de dentes” (referência ao inferno). 

Note que ao descrever o castigo reservado para o mau servo, o Senhor Jesus abandonou a linguagem parabólica ao falar, literalmente, do destino final dos ímpios, onde "haverá pranto e ranger de dentes" (Mt.24:51); certamente, um destino muito tenebroso. O salmista foi enfático a respeito do destino final dos ímpios:

 “os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl.9:17).

III. AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL

Com base na Parábola do servo vigilante, apresentamos 03(três) qualidades ou virtudes do Mordomo Fiel: Fidelidade, Prudência e Liderança responsável.

1. Fidelidade

Fidelidade é a característica de quem tem bom caráter; é fiel e demonstra respeito por alguém e pelo compromisso assumido com outrem; é sinônimo de lealdade. Se Deus procura os fiéis da terra para que estejam com Ele, a fidelidade, entre outras virtudes, é algo que atrai a atenção de Deus.

Na Parábola, ao fiel servo o Senhor dar a responsabilidade de cuidar dos outros servos “para dar a tempo a ração” (Lc.12:42). Além de ter seu salário, tal servo fiel será galardoado com uma mordomia ainda mais importante: “Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá” (Lc.12:44).

Para o fiel servo de Deus, a Bíblia recomenda fidelidade em quaisquer circunstâncias: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap.2:10). Se quisermos permanecer fiéis não podemos descuidar da nossa comunhão com o Senhor. Precisamos buscá-lo enquanto é tempo, enquanto podemos achá-lo (Is.55:6).

2. Prudência

Outra qualidade apresentada na parábola é a prudência
 “E disse o Senhor: qual é, pois, o mordomo fiel e prudente...”.
Prudência “é a qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro ou dano".

Quantas igrejas locais pelo mundo afora têm sido destruídas por imprudência de seus líderes. Muitos são destruídos pelo seu modo de agir, mas, a maioria, pelo seu modo de falar. Por isso, Tiago é tão contundente em sua exortação: "Sabeis isto, meus amados irmãos; mas lodo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar..." (Tg.1:19). 

Um ditado popular diz: "quem muito fala muito erra". Saber falar com prudência é próprio de quem tem maturidade espiritual e emocional. Salomão diz em Provérbios que a prudência é melhor que a prata (Pv.16:16b).

Seja um servo prudente e fiel; coloque sua vida à disposição do Senhor! Entregue-se completa e totalmente a Ele, permitindo que Ele seja o guardião de sua vida! E mais: permita ser enchido pelo Espírito Santo (veja Ef.5:18). Atente à Palavra profética, esteja esperando o Senhor Jesus a qualquer momento e distribua a Palavra como alimento no tempo certo!

"O rei tem seu contentamento no servo prudente, mas, sobre o que procede indignamente, cairá o seu furor" (Pv.14:35). 

3. Constituído pelo seu Senhor

Na parábola, o servo fiel e prudente é posto ou constituído pelo senhor "sobre sua casa" ou "sobre seus servos". Isso é bastante significativo. O servo fiel e prudente não se constitui a si mesmo para assumir tão grande responsabilidade para cuidar não só da casa em si, mas também dos outros servos do seu senhor; ele não faz "política" entre seus pares, pedindo a indicação por tráfico de influência; nem cobiça a posição ou a função; em suma, ele não foi constituído pelos outros, mas, sim, pelo seu senhor. 

Isto nos traz uma grande lição para os dias de hoje: “Jesus não quer que pastores, líderes ou obreiros sejam comissionados por interesses pessoais ou de grupos, mas que sejam chamados constituídos por Ele. O apóstolo Paulo tinha essa convicção em seu chamado: ‘Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos)’ (Gl.1:1).

Essa condição dá ao obreiro ou a qualquer servo de Deus a tranquilidade de que é a pessoa certa, no lugar certo e no tempo certo — características indispensáveis para um ministério bem-sucedido por estar no centro da vontade de Deus. Estejamos firmados na Bíblia Sagrada, para termos uma liderança e um corpo eclesiástico cristocêntrico, no qual Cristo seja o centro de tudo” (Elinaldo Renovato).

CONCLUSÃO

A Lição de hoje nos ensinou que devemos ser cristãos fiéis a Deus: fiéis na Palavra, na oração, no amor ao próximo, nos nossos deveres familiares, sociais e espirituais. Temos grandes responsabilidades no reino de Deus, e Ele nos confia tal responsabilidade porque somos seus servos, mas Ele espera que nos achemos fiéis. O Senhor requer dos seus servos o cumprimento fiel da tarefa que lhes foi confiada.
A vinda de Jesus Cristo é certa.
Se eu e você crermos que o Senhor Jesus vem, ele virá.
Se eu e você não crermos que ele vem, ele virá da mesma forma, porque ele prometeu que virá.
Se eu e você estivermos preparados para recebê-lo, no Dia da Sua Vinda, iremos com Ele para sua glória.
Se eu e você não estivermos preparados naquele Dia, então ficaremos para a Grande Tubulação que virá sobre este mundo.
Que o Senhor Jesus nos encontre fiéis, prudentes e vigilantes no dia do Arrebatamento! Ora vem, Senhor Jesus!


Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 79. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Pr. Elinaldo Renovato. Tempo, Bens e Talentos – Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. A Vinda de Jesus e a Vigilância do crente. PortalEBD_2005.

18 de setembro de 2019

A MORDOMIA DO CUIDADO COM A TERRA


CUIDANDO DA TERRA 

1.  A TEOLOGIA DA CRIAÇÃO


Deus criando do inexistente — BARAH: Gn 1.25-29; Jo 1.3; Hb 11.3.
Deus criando do existente — YASAH: Gn 2.4; Sl 90.2; Jr 4.23-25.
Deus preservando o que criou — KAL: Sl 103.19; 23.1; Rm 11.3,4; 2 Pe 3.5-7.
2. A MANUTENÇÃO DO ECOSSISTEMA


Preservando o espaço sideral: Gn 15.5; Sl 19.1-3; 1 Co 15.38-41.
Preservando o planeta terra: Gn 1.28; Dt 11.10-12; 1 Co 10.26.
Preservando os oceanos: Gn 1.20-21; Pv 8.29; Mc 4.39.

3. A REDENÇÃO DA CRIAÇÃO


Redimindo o corpo do homem — morada da alma: Rm 8.23; 2 Co 5.1-4.
Redimindo a alma do homem — morada do espírito: Ef 4.30; 1 Co 15.52-54.
Redimindo a terra do homem — morada do corpo: 1 Pe 3.7-10; Ap 21.1,5.

CUIDANDO DA TERRA


CUIDANDO DA TERRA

TEXTO ÁUREO

 “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15).

VERDADE PRÁTICA

Quando Deus criou a terra, não a deixou sem governo, mas criou, também, um mordomo habilitado para administrá-la.

LEITURA BÍBLICA = GÊNESIS 1.1,10-12, 26-28; 2.8,15

INTRODUÇÃO

Esse é um assunto que, infelizmente, tem sido relegado no ensino geral da igreja. Todavia, a despeito do tema “ecologia” ser novo entre as ciências, precisamos conhecê-lo e nos conscientizar da nossa responsabilidade no cuidado com os elementos da subsistência dos seres vivos.
Nesta lição evitaremos os termos técnicos e científicos e usaremos uma linguagem simples para que cada aluno entenda, assimile, e pratique em sua vida cotidiana tudo o que for ensinado.


1. A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
1. Ecologia. Esta é uma palavra técnica e científica, alusiva a nossa subsistência como seres vivos. Ela tem a ver com o cuidado que devemos ter com as coisas que dão sustentação à vida na terra. É a preservação do meio ambiente.
O elemento inicial do termo ecologia, eco, vem de oikos, habitação. Ecologia é, pois, a “ciência do habitat”, ou seja, o conhecimento do mundo físico que habitamos. O ar puro, os alimentos saudáveis, a água, a vegetação e a vida animal são elementos vitais que precisam estar em perfeita harmonia com a natureza criada (Gn 1.20- 25). Deus criou o homem para que o mesmo fosse seu mordomo no controle e preservação das coisas criadas (Gn 1.26-28).

2. Ecossistema. “Todo conjunto formado por um ambiente inanimado (solo, água, atmosfera) e os seres vivos que habitam na terra” (Gn 1.6-1O).A terra tem um rico ecossistema que faculta aos seres vivos as condições de viverem harmoniosamente. Esses seres: animais e vegetais vivem em função uns dos outros (Gn 1.11,12,20- 22). Se tal sistema vital for desrespeitado, muitos danos e desequilíbrios prejudicarão a todos, o que vem ocorrendo por toda a parte, pela ação predatória, ilegal e criminosa do ser humano.

O desmatamento irracional e perverso das florestas; a poluição dos rios e mares; a fumaça industrial na atmosfera; e tantos outros elementos corrosivos da natureza, alteram todo o ecossistema. Uma vez alterado o “meio-ambiente”, as conseqüências serão desastrosas, tais como acontece com as enchentes, a mortandade de peixes dos rios, enfim, a destruição da flora e da fauna em geral. Essa realidade deve despertar a Igreja de Cristo para o cumprimento do seu papel na sociedade, ensinando os cristãos a portarem-se com sabedoria nesse ambiente criado por Deus para nele vivermos, habitarmos e sermos felizes.

3. Desenvolvimento Sustentável. Devemos nos preocupar com esta questão na Escola Dominical? Lembremo-nos que nós como igreja, somos “o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5.13,14). O crente deve ser exemplo também como cidadão e membro da comunidade. É evidente que a comunidade política e a científica, e não a igreja, devem ser os vanguardeiros nesta luta, mas a igreja também, pois, enquanto aqui estivermos, usaremos os bens e os recursos deste mundo com a devida prudência e sabedoria (1 Co 7.3 1).

II. O ECOSSISTEMA CRIADO POR DEUS

1. O que o ecossistema representa para o homem. Ecossistema diz respeito ao equilíbrio da natureza criada; o ambiente do qual dependemos para viver. Quando Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1- 3.6-11,14-18f20,21,24-28), estabeleceu regras e leis naturais para preservação do “meio ambiente”, com todos os elementos vitais da natureza que são a água, a terra, a vegetação, a atmosfera, os animais e o homem. Deus criou os céus e a terra do nada, isto é, sem o uso de material preexistente. Porém, o homem físico foi feito da argila da terra, isto é, “formado do pó da terra” (Gn 2.7). Os elementos moral e espiritual, alma e espírito, foram criados por Deus. Aqui merece destaque o fato de que a primeira criatura humana foi formada a partir de algo já existente, a terra, e foi- lhe conferida a capacidade de governá-la e preservar seu sistema de subsistência.

2. Deus plantou um jardim para o homem (Gn 2.8). Deus, ao preparar o jardim do Éden para o homem, entregou-lhe a missão de administrá-lo e preservar os seus valores, O homem foi feito mordomo de Deus na terra. (Gn 1.26; 2.15; Sl 8.6).

3. Deus estabeleceu leis naturais de preservação para o mundo criado. Ele estabeleceu leis que regulam todo o sistema físico criado, não só na terra, mas em todo o orbe. Ele fez separação entre dia e noite (Si 74.16; 148.3). Ele criou as estações e climas que promovem as mudanças e renovações de temperatura e suas manifestações (Gn 1.14; 8.22; Si 74.17). Ele controla a natureza de todo o universo (Si 19.1-6). Ele faz soprar os ventos e controla a medida das águas dos rios e mares (Jó 28.25). Ele criou leis biológicas onde as espécies se multiplicam e obedecem a estas leis (Gn 1.11,12). 

Ele criou as leis da meteorologia, isto é, as leis que regulam as estações, com sol, chuva, frio e calor (Jó 2 8.26; At 14.17). A preservação do meio ambiente é uma obrigação de toda a criatura humana. As conseqüências do descumprimento disso estão se tornando trágicas. Nada temos a ver com o movimento filosófico-religioso (e disfarçadamente ocultista) da Nova Era que endeusa o assunto em apreço, mas, por outro lado, somos administradores designados por Deus, da água que bebemos, das plantas que a terra nos dá para mantimento e do ar oxigenado que respiramos.

4. Deus criou o homem e o tornou o centro desse ecossistema. Ao criar o homem, Deus o dotou de santo temor, de capacidade, de inteligência, sentimento e vontade, por isso, o homem foi criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26- 28). Essa capacidade racional e sentimental tinha por objetivo fazer do homem o centro de toda a criação, o mordomo da criação. Por causa do pecado, a alma humana foi corrompida, e o homem passou a agredir os bens criados pelo Todo-Poderoso, isto é, o meio ambiente vem sendo agredido por causa do pecado e os seus recursos naturais prejudicados.

5. O homem foi feito guardião do meio em que vive. A Bíblia declara que o homem foi posto no jardim do Éden para o lavrar e guardar (Gn 2.15). Portanto, um mordomo é um guardião das coisas que Deus criou para benefício do próprio homem, O pecado afetou as relações entre o Criador e sua criatura (Ef 2.12-17). O próprio Deus preparou um plano de restauração dessa relação, estabelecendo a paz com o homem e desfazendo a inimizade.

III. A IMPORTÂIICIA DA RACIONALIDADE DO HOMEM
A diferença entre um ser humano e um animal é imensa, a começar do componente imaterial do ser humano, alma e espírito com seus atributos, a racionalidade e a personalidade. E isso sem falar no seu elemento físico (1 Co 15.39). Preservar a natureza é, para o homem, uma questão de racionalidade.

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que somos cooperadores de Deus na manutenção do mundo que Ele criou e exercemos o papel de mordomos de todas as coisas vitais para nossa subsistência.
Lições Bíblicas CPAD 4º. Trimestre 2003

Os discípulos de Jesus e a questão ambiental

TEXTO DO DIA

“Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.22).

SÍNTESE
A responsabilidade ambiental dos servos de Jesus decorre do princípio bíblico da mordomia cristã.
TEXTO BÍBLICO = Gênesis 1.26-28.

INTRODUÇÃO

O Planeta Terra tem sofrido com a atuação devastadora do homem. A poluição e a degradação estão a afetar drasticamente o habitat em que vivemos e colocado em risco a própria vida humana. Nesta lição, veremos que a responsabilidade ambiental à luz das Escrituras Sagradas está contida no encargo que Deus entregou ao homem após o advento da Criação.

I. A BÍBLIA E A QUESTÃO ECOLÓGICA

1. O Criador da natureza. A Bíblia é muita clara ao registrar que a natureza faz parte da criação de Deus. No capítulo 1 de Gênesis temos o completo relato do princípio do universo e da vida. Todos os elementos da natureza, como o sol e lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e aves, foram criados pelo Senhor.
E tudo era bom. Essa é a razão pela qual a natureza é tão bela, e os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1). À luz das Escrituras e da doutrina da criação, portanto, entendemos que o universo não é fruto da evolução e do acaso, mas de um desígnio perfeito. Concluímos, também, que o Criador não se confunde com a sua criação, diferentemente do que afirmam as religiões panteístas — que entendem que Deus é tudo e tudo é Deus.

2. O homem e a mordomia. Após ter criado todas as coisas, Deus formou o homem e deu-lhe autoridade para dominar sobre tudo que criara (Gn 1.26). Dessa passagem bíblica, extraímos o conceito de mordomia. Isto é, a terra pertence ao Senhor (Sl 24.1), mas o homem é o mordomo, aquele que administra os bens de Deus aqui, o que implica responsabilidade, fidelidade (1Co 4.2) e zelo pela criação, pois o administrador deve prestar contas daquilo que não lhe pertence (Mt 25.14-22).

A responsabilidade humana pelo cuidado com a natureza fica mais evidente quando Deus põe Adão no jardim do Éden para o lavrar (servir) e o guardar (cuidar) (Gn 2.15). o Jardim foi plantado (heb. nãta) por Deus (Gn. 2.8), para que o homem pudesse cuidar e cultivá-lo. Aqui está o mandato cultural. Deus forma, mas o homem possui a responsabilidade de ser o mordomo do jardim. Nenhuma outra criatura recebeu esse encargo.

3. Cuidando da Criação. Ainda no Antigo Testamento, vemos o esmero de Deus com os animais e com a terra. O plano do Altíssimo para a nova civilização após o Dilúvio envolvia a preservação da espécie animal (Gn 8.17). O Senhor estabeleceu para a nação de Israel a guarda do sétimo ano para descanso da terra (Lv 25.1-7), com o objetivo de evitar a deterioração do solo pelo uso abusivo e egoísta. Proibiu, também, o tratamento cruel contra animais e aves (Dt 22.6.7; 25.4). Logo, usar com sabedoria e prudência os recursos naturais disponíveis é uma recomendação bíblica aos servos de Jesus.

II. O CRISTÃO E A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

1. Agenda ambiental equilibrada. Se as Escrituras enfatizam a importância do cuidado com a criação divina, por que poucos crentes estão conscientes dessa responsabilidade ambiental? Raramente ouvimos, no meio evangélico, ensino a respeito do meio ambiente (dentro de uma perspectiva cristã), prevalecendo a ideia de que toda postura pró-preservação está vinculada ao panteísmo, às religiões orientais e ao sectarismo.

Embora esse equívoco ocorra, com a existência de grupos que defendem, de modo radical, o meio ambiente e os animais, os cristãos não podem se omitir no dever de cuidado da natureza pelos motivos corretos, abalizados na doutrina da mordomia cristã. Silas Daniel, na obra A Sedução das Novas Teologias, escreve a esse respeito: “Cristãos devem ter em sua agenda o discurso pró-preservação da natureza. Nada mais lógico. Repito: é bíblico. Porém, não devem fazer desse discurso algo parecido com uma religião nem ser hipnotizados por qualquer discurso apelativo dos ambientalistas de plantão. Em tudo, deve prevalecer o equilíbrio e a coerência”.

2. A volta de Jesus. Outra justificativa equivocada que muitos crentes utilizam para a falta de responsabilidade ambiental é o discurso escatológico. “Jesus está voltando, por que eu deveria me preocupar com o meio ambiente?”, indagam tais pessoas. Entretanto, a iminência da vinda de Cristo não deve servir de desculpa para uma vida cristã descompromissada e apática com as questões sociais, culturais e, até mesmo, ecológicas. 

Ainda que as tragédias naturais sirvam como sinal dos últimos tempos (Lc 21.11), os servos de Jesus não podem fazer parte do grupo daqueles que provocam tais sinais, interferindo no equilíbrio da natureza estabelecido pelo Senhor desde a criação. Uma vez que a desordem da natureza foi ocasionada pela Queda, pela qual toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora (Rm 8.22), é papel do crente agraciado pela redenção em Cristo Jesus, lutar contra os efeitos do pecado no mundo e vencer o mal com o bem (Rm 12.21).

III. PROTEGENDO O AMBIENTE

1. O que é meio ambiente. O meio ambiente, habitualmente chamado apenas de ambiente, “é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Com efeito, a proteção do ambiente é, também, uma forma de proteção da própria vida humana, pois envolve todos os recursos naturais do globo, inclusive o ar, a água, a terra, a flora e a fauna.


2. Direito de todos. No Brasil, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito previsto na Constituição Federal, que assim estabelece em seu art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Como cidadão responsável e consciente, o cristão também possui o dever legal de defender e preservar os recursos naturais, tanto para a presente quanto para as futuras gerações. Que tipo de terra deixaremos para os nossos filhos?

3. Sustentabilidade e ética ambiental. A proteção ecológica envolve um conjunto de medidas que podem ser adotadas pelos servos de Jesus. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação dos recursos naturais, o chamado desenvolvimento sustentável.

CONCLUSÃO

Como discípulos e servos de Jesus, possuímos boas razões para zelar pela natureza. Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude (1Co 10.26), e nós somos mordomos, cuidadores da sua criação. Desse modo, a responsabilidade ambiental do cristão não está amparada em conceitos panteístas e na onda “verde” do tempo atual, e, sim nas Escrituras Sagradas. Devemos, por isso, usar os recursos naturais de forma consciente e sábia, preservando-a para uma boa qualidade de vida tanto para a presente quanto para as futuras gerações, enquanto o Senhor não voltar.

Bibliografia

DORTCH. Richard W. Orgulho Fatal.

MAXWELL, John C. Os 5 Níveis da Liderança.