28 de outubro de 2014

DEUS ABOMINA A SOBERBA



DEUS ABOMINA A SOBERBA

TEXTO ÁUREO = “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalto, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4.3 7).

VERDADE PRÁTICA =  = A soberba e o pecado que mais afronta a a soberania divina.

LEITURA BIBLICA = Daniel 4.10-18

INTRODUÇÃO

O princípio e o final deste capítulo levam-nos a ter a esperança de que Nabucodonosor tenha sido um monumento ao poder da graça divina, e às riquezas da misericórdia celeste. Após ser curado de sua loucura, difundiu amplamente e escreveu para as gerações futuras o modo como Deus o havia humilhado de modo justo e, por sua graça o havia restaurado. Quando o pecador volta a si, procurará o bem-estar dos demais, dando a conhecer a prodigiosa misericórdia de Deus.

Antes de Daniel relatar os juízos divinos contra ele por causa de seu orgulho, Nabucodonosor falou das advertências que teve em um sonho ou visão. Daniel explicou-lhe o seu significado. A pessoa representada seria despojada de toda honra e privada do uso da razão pelo espaço de sete anos. Este é certamente o mais doloroso de todos os juízos temporais. Qualquer que seja a aflição exterior que Deus permita nos alcançar temos motivos para suportá-la pacientemente e estar agradecidos de Ele permitir que utilizemos a nossa mente de um modo são, e que coloque a nossa consciência em paz. Porém se o Senhor considerar adequado impedir por tais meios que um pecador cometa múltiplos delitos, ou que um crente desonre o seu nome, até a prevenção mais espantosa seria preferível à má conduta.

A PROVA DA SOBERANIA DIVINA

4: 1-3 - Este capítulo está na forma de uma proclamação do rei para todo o mundo. A lição que Nabucodonosor aprendeu de sua experiência é resumida agora, depois que sua arrogância se foi, só então a maneira pela qual ele foi humilhado é explicada. Nabucodonosor fala da grandeza de Deus e da sua capacidade de fazer com que os homens orgulhosos se humilhem (Jeremias 27:4-6) e também reconhece a permanência do reino de Deus (Salmo 145: 13).




Atribuição de Louvor ao Deus Altíssimo (4.1-3)

    O quarto capítulo de Daniel tem sido descrito ·como o documento governamental mais marcante dos tempos antigos. Iniciando com a inscrição Nabucodonosor, rei (1), esse documento falava com autoridade imperial a todos os povos, nações e línguas. Sem expressar vergonha ou apresentar desculpas, essa proclamação exaltava a Deus, o Altíssimo(2). Poucos líderes mundiais em qualquer época têm sobrepujado Nabucodonosor em dar glória a Deus ou em expressar de forma correta seu sublime caráter. Esse capítulo bem poderia ser chamado de "Teodicéia do Imperador" - uma vindicação sublime dos julgamentos de Deus e sua justiça.

Como são grandes os seus sinais,  como são poderosas as suas maravilhas!
O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração (3, NVI).

2. Nabucodonosor fala de seu sonho, 4:4-18.

4:4-7 - Este sonho difere daquele do capítulo 2 porque Nabucodonosor o conta aos sábios, mas nem assim eles conseguem dar a interpretação.

4:8-9 - Nabucodonosor não tinha sido completamente curado do politeísmo, mas parece reconhecer o Deus de Daniel como o maioral. Depois que seus próprios sábios fracassam na interpretação, ele chama por Daniel.

4: 1 0-12 - Ele sonhou com uma árvore forte e grande que estava num lugar proeminente e cujos galhos atingiam os confins da terra. Era agradável de se olhar, seu fruto era bom de se comer, e sua sombra dava proteção às bestas do campo e às aves do ar.

4:13-14 - Um "vigilante" (anjo), "um santo que descia do céu" veio. Ele mandou que a árvore fosse abatida, os galhos e as folhas cortados, e seu fruto espalhado.

4: 15-16 - Mas o tronco foi deixado, amarrado com uma faixa de ferro e bronze. A árvore representava uma pessoa que teria seu coração de homem trocado por um de um animal até que sete períodos de tempo passassem. A extensão dos "tempos" não pode ser determinada, se refere a semanas, meses ou anos, ou mesmo estações dentro do ano. O ensinamento mais claro é que se refere a um tempo completo, um período de tempo plenamente determinado, conhecido por Deus e intencionalmente começado e terminado por Deus (veja 4:25,32; 5:21).

4: 17 -18 - O propósito a ser conseguido por isto é, então, declarado: "o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer" (veja 2:21; 4:17, 25, 32; 5:21; Jeremias 27:4-8). 


Um Sonho Perturbador (4.4-18)

    Não há uma indicação clara acerca do período no reinado de Nabucodonosor em que essa experiência humilde e esclarecedora veio a ele. Keil sugere que ela ocorreu "no período final do seu reinado, depois de ter participado de muitas guerras para a fundação e estabelecimento do seu império mundial, mas também, após concluir a maior parte das suas construções esplêndidas". Não havia nada em seu ambiente que trouxesse profunda satisfação ao rei. Ele havia varrido o mundo com suas conquistas. Ele tinha sido altamente bem-sucedido como projetista e construtor, tanto na Babilônia como em todo seu vasto império. Agora, em casa, estava sossegado [...] e florescente no seu palácio (4). Mas sua paz e satisfação foram quebradas por um sonho que o perturbou profundamente. Como ele havia feito anteriormente em uma ocasião semelhante, convocou todos os sábios de Babilônia (6). Mas, apesar de toda sua sabedoria e ostentação eles não fizeram saber (7) o mistério ao rei. Não está inteiramente claro se Daniel foi chamado nessa primeira convocação.

Talvez ele tenha sido propositadamente excluído pelo rei até que a maioria dos sábios tivesse a oportunidade de provar o que eles eram capazes de fazer. Mas, por fim, entrou na minha presença Daniel (8). Dele, o rei testificou: eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos (9). O rei tinha visto em seu sonho uma árvore (10) que crescia cada vez mais de maneira que a sua altura chegava até ao céu (11) e parecia cobrir toda a terra. Sua folhagem era tão formosa e o fruto tão abundante que provia alimento e sombra para todos (12) - homens, aves e animais do campo. Então, um ser celestial chamado de vigia, um santo (13) apareceu e quebrou o silêncio com uma ordem poderosa:  Derribai a árvore, e cortai·lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto (14).

O mensageiro celestial continuou a mostrar detalhes específicos do sonho amedrontador, o qual soava como um presságio de julgamento. E, na verdade, era um julgamento, mas um julgamento temperado com misericórdia. Porque Nabucodonosor estava em rota de colisão, mas Deus seria fiel a ele.

Keil sugere que é possível que na identificação do rei do decreto dos vigiadores (17) haja uma alusão à antiga teologia babilônica. Na hierarquia das deidades havia trinta deuses conselheiros servindo cinco grandes deuses planetários. Quinze deles eram encarregados pelo mundo superior e quinze pelo mundo inferior. A cada dez dias um mensageiro de cada conselho visitava o outro mundo e trazia uma palavra. Mas, independentemente da limitação teológica que Nabucodonosor tivesse tido, ele veio a conhecer um Deus superior, o Altíssimo, que tem domínio sobre os reinos dos homens.


A Interpretação do Sonho, 4: 19-27.

4: 19 - Daniel ficou perturbado por algum tempo, pois preferia que a interpretação se aplicasse aos inimigos do rei antes que ao próprio Nabucodonosor. Mas este encorajou-o a falar.

4: 20-22 - Daniel explicou que a árvore representava a grandeza do reino babilônio, particularmente o próprio Nabucodonosor, que dominava com orgulho e arrogância.

4: 23-25 - Por um tempo determinado o rei seria retirado dentre os homens, e viveria entre o gado do campo, molhado pelo orvalho do céu, e comeria a erva do campo "até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens" (veja Provérbios 14:34; 16:12; Salmo 9:17).

4: 26-27 - Foi deixado o tronco que o assegurava de que voltaria a reinar depois de ter sido humilhado. Contudo, Daniel insiste com o rei para que se arrependa e assim prolongue sua prosperidade.

A Interpretação de Daniel (4.19-27)

Quando os filósofos e cientistas pagãos da corte desistiram de interpretar o sonho e estavam em completa confusão, Daniel foi introduzido e saudado pelo rei com deferência respeitosa, reveladora de sua alta estima por esse servo de Deus. Tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos (18), disse o rei. Mas Daniel, quando ouviu o sonho, foi dominado por um grande espanto e ficou sem falar durante uma hora. Então, encorajado pelo rei, ele expressou o motivo do seu espanto: Senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos (19).

A enorme árvore era, na verdade, o próprio rei. Seu crescimento e força estupenda apresentavam um quadro exato do seu grande poder. A tua grandeza cresceu e chegou até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra (22). Mas o resultado trágico era que essa grandeza estava com os dias contados. O rei, conhecido em toda a terra pela sua capacidade, perderia a razão e se arrastaria pelo chão como um animal do campo. Ele, que era honrado como o maior entre os seres humanos, perderia sua condição de humano e se tornaria como um boi que se alimenta de ervas. Até que passem sobre ele sete tempos (23) indicava sete anos de insanidade para o rei.

Mas no meio desse presságio chocante de julgamento, que para o rei deve ter soado mais terrível do que a morte, veio a garantia da infinita fidelidade e misericórdia de Deus.
Embora a árvore fosse cortada, o tronco (23; "toco", NVI) foi deixado para revi ver e crescer novamente. Além disso, ele foi cercado de cadeias de ferro e de bronze, um símbolo da firmeza e constância da promessa de Deus de sobrevivência e restauração. No final da sua interpretação, Daniel estava parado diante do rei rogando para que ele se arrependesse dos seus pecados de injustiça e opressão, a fim de que Deus prolongasse a sua tranqüilidade (27).

O Cumprimento do Sonho, 4:28-37.

4: 28-30 - Ou o sonho logo foi esquecido por Nabucodonosor ou foi negligenciado, porque doze meses mais tarde estava vangloriando-se com sua grandeza e com o que tinha feito.

4: 31-33 - Uma voz do céu declara o início do cumprimento do sonho. Nabucodonosor tomou a forma que é diagnosticada pelos médicos como licantropia, quando o paciente sofredor se imagina transformado em um animal. Ainda que sejam levantadas objeções contra a historicidade deste relato, pode primeiro ser argumentado que os registros do reinado de Nabucodonosor contêm muitas falhas em pormenores. Mas há citações de escritores deste período que não deixam suspeita da possibilidade que, próximo ao fim do reinado dele, houve um período de tempo no qual ele sofreu de doença mental.

Cumprimento e Destronização (4.28-33)

A falha de Nabucodonosor em prestar atenção e voltar-se para Deus por meio de um arrependimento genuíno é um reflexo ilustrativo da fraqueza e perversidade humanas. Doze meses (29) se passaram e a visão apavorante desvaneceu-se. Talvez a visão não viesse a se tornar realidade.  Certo dia, em um momento de glorificação própria, o rei começou a se exultar pelas suas grandes realizações. Enquanto caminhava pelo "terraço do palácio real" (NVI), debaixo dos seus pés estava o edifício mais esplêndido que a Babilônia já  tinha visto, adornado em ouro com ladrilhos lustrosos de cores brilhantes.

Próximo do palácio ficava a montanha artificial e os mágicos jardins suspensos construídos para a sua rainha das montanhas da Média. Esta era a grande Babilônia (30). De uma pequena cidade dê um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para os dois lados do rio. Ele a havia enchido com novas construções e templos com uma arquitetura distinta. Ele a havia cercado com muros conhecidos pela sua altura e largura. Parelhas de carruagens podiam correr lado a lado sobre esses muros. Cerca de 210 quilômetros desses me cercavam a cidade. Cem aberturas, com portões de bronze, controlavam o acesso à cidade.

Do lado de fora dos muros ficava um reservatório de cerca de 220 quilômetros dê circunferência, conservando e controlando as águas do Eufrates. Canais para navegação e irrigação cobriam toda a área. Diques e represas alinhavam o Eufrates até o mar diversos quebra-mares tornavam o Golfo Pérsico seguro para a navegação.

Com esse tipo de visão enchendo a sua mente, podemos imaginar a soberba do rei
Aquele que já tinha tudo glorificou-se a si mesmo: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei [...] para glória da minha magnificência? (30). Inflado de amor-proprio, a ponto de explodir, ele ruiu em um abismo de trevas espirituais e mentais. O interlúdio de insanidade de Nabucodonosor aqui relatado não é conhecido em nenhuma outra fonte, como bem podemos entender. Qualquer referência a esse fato nas fontes babilônicas seria cuidadosamente apagada depois que o rei recuperou a sua Sanidade e posição. O orgulho extremo do monarca foi castigado por meio de um julgamento fulminante e humilhante. A forma específica de demência que atingiu o rei Nabucodonosor é conhecida como licantropia.

Louvor de Nabucodonosor a Deus, 4:34-37.

4: 34-35 - Nabucodonosor recuperou a razão e louvou o poder de Deus e sua autoridade sobre toda a terra.

4: 36-37 - Quando sua razão retomou, seus administradores começaram a consultá-lo novamente. Se Nabucodonosor converteu-se a Jeová ou não, é duvidoso, mas ele aprendeu uma lição de que todos os governantes precisam hoje em dia: Deus domina sobre o reino dos homens e é capaz de rebaixar os orgulhosos. 

Restauração (4.34-37)

Esse capítulo encerra de maneira apropriada a narração do rei acerca da sua recuperação e sua declaração de louvor ao Deus Altíssimo. Como Deus havia prometido, seu reino foi preservado. Seu ministério de conselheiros, do qual Daniel provavelmente fazia parte, administrou o reino durante os "sete tempos" (32) da incapacidade do rei. Se esses sete tempos representavam sete anos, como a maioria dos comentaristas interpreta, isso mostra algo da consideração e estima que os subordinados do rei tinham por ele. -= como a providência fiel de Deus em inclinar os seus corações nesse sentido.

Talvez alguns se perguntem: Por que Deus permitiu a restauração? Ou, então: L que Deus garantiu essa restauração a um autocrata tão egocêntrico como Nabucodonosor Não foi para que Deus pudesse revelar a sua glória por meio desse homem?

Deus tinha planejado essa experiência como uma disciplina especial de aprendizado para Nabucodonosor. Seu propósito especial era, nas palavras de Daniel: até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer (25). E nós lemos que a recuperação ocorreu quando eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu (34).

O rei tinha aprendido bem a sua lição. Tudo que sabia acerca de Deus até então, muito ou pouco, ele agora expressa por meio de um louvor profundo. A natureza do Deus Altíssimo distingue-se em claro contraste ao paganismo e superstição daqueles dias.

Nesse texto vemos revelados:

1) A eternidade de Deus - ao que vive para sempre (34).
2) Sua soberania - cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
3) Sua onipresença - segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra (35).
4) Sua onipotência - não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes? 5) Sua justiça - "Porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos" (37, NVI).

Aplicações para os Dias de Hoje:

1. Daniel 4: 17,25,32: Deus domina o reino dos homens (veja Daniel 2:21,37; 5:21). Isto é claramente ensinado através de todos os diferentes períodos da história do Velho Testamento (Isaías 10:5-16,25-27; Habacuque 1 :5-11; Jeremias 51; Isaías 44:28 - 45: 7). Do mesmo modo, o Novo Testamento declara que Jesus Cristo é "Soberano dos reis da terra" (Apocalipse 1 :5; 17:14; Efésios 1:20-23).

2. Daniel 4: 30-32: O orgulho vai adiante da queda (Provérbios 16:18; Obadias 3:4; 1 Coríntios 10:12; DanieI5:18-20; 1 Pedro 5:5-7).

LIÇÃO QUE A HISTÓRIA NOS DEIXA

Exemplos negativos de pessoas que se tornaram soberbas

A Bíblia não conta apenas as vitórias e conquistas dos homens, nas revela suas fraquezas e derrotas para que se aprenda lições que envolvem nossas relações com Deus e com as pessoas.


Nabucodonosor é o grande exemplo do perigo da arrogância. Ior esta causa ele perdeu seu trono e seu reino.A soberba é um dos pecados do espírito humano que afeta diretamente a soberania de  Deus. Por causa da sua arrogância contra o Cetro do Deus Altíssimo, Nabucodonosor, assim como a árvore do sonho, foi cortado até a raiz (v. 18 ). A profecia cumpriu—se integralmente na vida de Nabucodonosor, e ele, depois de humilhado, perdeu a capacidade moral de pensar e decidir porque seu coração foi mudado, de “coração de homem”(v.16) para “um coração de animal”. “A punição levaria sete tempos” (v. 16).

Na linguagem bíblica, sete tempos equivalem a sete anos em que o monarca da Babilônia estaria agindo como um animal do campo em total demência racional. A estupidez da experiência amarga de Nabucodonosor foi demonstrada por uma licantropia, ou seja, ele foi dominado por uma insanidade sem precedente. Passou a agir como um animal do campo, tendo o seu corpo molhado pelo orvalho do céu e com um comportamento irracional, comendo a erva do campo (Dn 4.25). Esse estado de decadência do rei foi resultado de sua soberba que o levou a perder o reino e o trono e a Babilônia esteve em decadência política.

O Rei Herodes é outro personagem que se destaca na Bíblia por sua soberba. Ele era neto de Herodes, o Grande, e seu nome era Agripa 1 que governou a Palestina nos anos 37-44 d.C., mas foi o imperador de Roma que lhe deu o título de rei sobre Israel. Ele não gozava de aprovação entre os judeus, porque era um homem altivo, presunçoso e teve um fim triste para a sua história. Em Atos dos Apóstolos está registrado que ele mandou matar Tiago, irmão de João, um dos apóstolos de Jesus Cristo para ganhar o coração de judeus inimigos dos cristãos naqueles primeiros dias da Igreja (At 12.1,2). Depois, percebendo que isto agradaria os judeus que não o recebiam bem, mandou prender outros cristãos e, principalmente Pedro, mandando—o para a prisão (At 12.3-1 1) quando foi libertado pelo anjo do Senhor de modo excepcional. Herodes não conseguiu matar Pedro. Mais tarde, a soberba de Herodes lhe rendeu desprezo do próprio povo (At 12.21,22).

Para que todos entendessem que Deus não aceita que se zombe da sua soberania e justiça, enviou o seu anjo que feriu-o...,porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou” (At 12.23). Ninguém usurpa a glória que só pertence a Deus, a glória de sua soberania.

O Rei Saul é outro exemplo negativo do significado da soberba. Foi o primeiro rei de Israel. Saul começou bem o seu reinado, até que se deixou dominar por inveja, ciúmes e, então, começou a agir irracionalmente. A presunção de se achar superior a tudo, o levou a agir com atitudes arbitrárias dentro do Palácio e nos assuntos do reino. Foram atitudes que feriam princípios morais, políticos e espirituais de Israel.

Sua arrogância o fez praticar ações que não competiam à sua alçada e, por isso, foi lhe tirado a graça de Deus na sua vida. Então passou a agir irrefletidamente dominado pela soberba que fez Deus rejeitá-lo, porque sua desobediência era fruto da soberba (1 Sm9.26; 10.1; 15.2,3,9; 15.23).

A soberba é como vírus contagiante

A soberba é o orgulho excessivo que uma pessoa demonstra e não tem nenhum senso de autocrítica. A soberba é como uma doença contagiosa que se aloja no coração do homem e ele perde a capacidade de admitir que para viver no mundo dos homens ele precisa lembrar que o outro existe. A falta do senso de autocrítica o faz agir irracionalmente (Si i0l.5;2 Cr26.16).A soberba é contagiosa porque contamina todo o homem (Mc 7.21-23). A Bíblia nos mostra que a soberba torna os olhos altivos (Pv 21 .4) e cega a vista (1 Tm 3.6; 6.4).

A soberba foi o pecado de Lúcifer

A história de Lúcifer infere-se em dois textos proféticos de Isaías e Ezequiel nos quais, encontramos em linguagem metafórica, a história literal da queda de Lúcifer, perdendo sua posição na presença de Deus. Ele é identificado na Bíblia corno Diabo, Satanás (Is 14.13-16; Ez 28.14,16). Essas duas escrituras revelam que Lúcifer perdeu seu status celestial na presença de Deus por causa da sua soberba. Por isso, a soberba é um pecado do espírito humano, que afeta diretamente as relações verticais do homem com Deus.

CONCLUSÃO

Que Deus nos livre da soberba!



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico Beacon Daniel
Comentário Bíblico Mathew Henry 
Livro Integridade Moral e Espiritual = CPAD = Elienai Cabral

22 de outubro de 2014

A PROVIDÊNCIA DIVINA NA FIDELIDADE HUMANA



A PROVIDÊNCIA DIVINA NA FIDELIDADE HUMANA

TEXTO ÁUREO = “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei”(Dn 3.1 7).

VERDADE PRATICA = Se formos fieis, a providencia divina jamais faltara

LETURA BÍBUCA = Daniel 3.1-7,14

INTRODUÇÃO

Em todos os tempos, os crentes fiéis têm mantido a decisão de não abrir mão de seu direito de fidelidade a Deus e de obediência a Ele em tudo, mesmo que esta posição irredutível custe-lhes a vida. Daniel nos legou o verdadeiro exemplo de fidelidade a Deus, e sua fidelidade obteve a aprovação e a conseqüente recompensa divina. Deus jamais deixa os seus servos desamparados (SI 9.10).

A TENTATIVA DE SE INSTITUIR UMA RELIGIÃO MUNIDAL

3: 1 - Freqüentemente consideramos as histórias da Bíblia como interessantes, porém não relevantes para nossa situação. Se pudermos imaginar que as personagens envolvidas foram pessoas como nós, com emoções e tentações semelhantes, somente então conseguiremos juntar força. Esta é uma história tão necessária em nossa geração porque a fé deles foi extremamente desafiada, contudo eles tinham uma coragem inabalável. Eles tinham seus valores corretos; eles sabiam para que estavam vivendo e pelo que morreriam. Sem esse tipo de visão não resistiremos à tentação.

O rei fez uma imagem de ouro e levantou-a na planície de Dura, que se acredita estar cerca de vinte quilômetros a sudoeste da Babilônia. Essa grande imagem mediria cerca de 2,70 x 27 metros. É incerto se a própria imagem era deste tamanho ou se estava colocada sobre um mastro dando as dimensões totais desta medida.

3:2-3 - Nabucodonosor reuniu todo o povo importante de seu reino para que viessem à consagração dessa imagem.

3:4-5 - Quem resistiria a sua ordem? O próprio Nabucodonosor era um poderoso monarca e um general tremendamente bem sucedido, que nunca tinha perdido uma batalha. Ele reinou durante quarenta anos sobre a Babilônia, e sua astúcia e sagacidade são brilhantemente registradas pela história. 

Além disso, a importância dessa imagem foi mostrada pelo fato de ser feita de ouro (nada avarento quanto a esta honra ao seu deus). Agora ele buscava um reino unido para adorar este ídolo gigantesco, cada vez que se ouvisse o som da música.

A fornalha ardente, 3:6

Não somente a ordem do rei era irresistível em si, a ameaça de morte na fornalha ardente era intimidante. É, na verdade, duro argumentar com uma pessoa que pode nos por num fogo chamejante.

A pressão da multidão, 3:7

A pressão dos iguais é uma das maiores tentações. Se todos estão fazendo alguma coisa, poucas pessoas têm força para serem diferentes. A sociedade é um monstro. A !TI0da é cruelmente coercitiva. Ela ordena: "Faze o que os outros fazem" (vestir, beber, falar, etc.). E assim deve ter sido na Babilônia. Ao som da música as multidões se prostraram para adorar.

A fé deles é declarada, 3:8-15.

Certos caldeus levantaram acusação contra eles, 3.8-12.

3:8 - Os caldeus mantinham uma posição proeminente na sociedade babilônia; assim, quando acusaram os judeus isso foi feito, sem dúvida, para parecer um serviço patriótico quando, na verdade, era instigado pelo ciúme e pela inveja.

3:9-12 - Informaram o rei de que "certos judeus", aos quais tinham sido dadas posições de importância no seu reino, não queriam curvar-se diante da imagem e que sua recusa em fazer isso tinha o efeito de desrespeitar o próprio rei e os seus deuses. Não nos é dito porque Daniel não foi acusado. Aparentemente, ele não estava com os outros, nesse tempo.

O rei se enraiveceu e não pôde acreditar, 3:13-15.

3: 13-14 - "É verdade?" o rei pergunta a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Pode ter sido inacreditável para o rei que alguém ousasse rejeitá-lo. Seguramente, ele pensou que estava mal informado; ninguém ousaria discutir a palavra do rei ou desobedecer sua ordem.

3: 15 - O rei mostra sua imparcialidade dando-lhes outra oportunidade para provarem sua lealdade. Além do mais, qual deus poderia livrá-los das mãos de Nabucodonosor?

Não precisamos responder-te, 3:16-18.

3: 16 - Estes judeus fiéis não precisavam de mais consideração ou discussão: - Não precisamos dar-te resposta a respeito disto. Em outras palavras, - Não temos que pensar mais sobre isso. Não nos curvaremos!  Muitos poderiam ter raciocinado sobre sua situação e mudado de opinião. Eles poderiam ter argumentado: é inútil resistir; por que jogar fora oportunidades de subir de cargo? ídolo nada é apenas um símbolo de homenagem política; isto é somente uma vez, e não por muito tempo; poderia fazer melhor vivendo do que morrendo; ou morte numa fornalha ardente é pedir demais da minha fé.

3:17-18 - A resposta deles declarava implicitamente sua fé no Deus Todo-Poderoso que poderia livrá-los de Nabucodonosor. E mesmo se ele não os tirasse do fogo, eles ainda se recusariam a adorar os deuses de Nabucodonosor ou a imagem de ouro.

A fé deles é provada e vingada, 3: 19-27.

1. A prova da fé, 3: 19-23

3: 19-20 - Em fúria, o rei ordenou que a fornalha fosse acesa sete vezes mais quente do que o costume, e ordenou que os jovens hebreus fossem amarrados seguramente.

3:21-23 - Quando apressadamente levaram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para a fornalha, as chamas rugiram e queimaram mortalmente os soldados. O milagre da libertação de Deus torna-se tanto mais ressaltado pelo fato que os soldados morreram enquanto nem um fio de cabelo dos três foi chamuscado.

2. A vingança da fé, 3:24-27

3: 24-25 - O rei, ansioso para ver estes homens consumidos, ficou pasmado quando viu não somente três, mas quatro homens soltos, caminhando no meio do fogo. O quarto era como "o Filho de Deus" ou "um filho dos deuses". Literalmente, Nabucodonosor diz que vê uma personagem de divindade. No versículo 28, Nabucodonosor descreve este ser com qualidades e aparência sobrenaturais como um anjo. Reivindicar que isto é uma referência a uma aparição de Jesus Cristo pré-encarnado é dizer algo que o texto não apóia!

3: 26-27 - Nabucodonosor chamou-os para saírem da fornalha e, quando homens importantes do reino se reuniram em volta, observaram que nem um fio de cabelo fora chamuscado, nem havia cheiro de fogo ou fumaça sobre eles.

D. A fé deles é triunfante, 3:28-30.

3: 28-29 - O efeito sobre Nabucodonosor fê-lo imediatamente louvar o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (veja 1 Pedro 2:12). De novo, como em Daniel 2:47, Nabucodonosor reconhece o Deus dos hebreus como maior do que qualquer outro deus. Nada indica que ele renunciou aos Ídolos, mas somente que ele viu a superioridade de Jeová. Pelo menos, Nabucodonosor conhece a força e o poder de Jeová, e promete castigo para quem quer que fale impropriamente do Deus destes judeus.

3: 30 - Então o rei promoveu Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na província da Babilônia. A promessa do Senhor feita através de Isaías aconteceu literalmente (Isaías43: 1-3). O Senhor é capaz de proteger seus servos mesmo contra potências mundiais!

Aplicações para os Dias de Hoje:

1. Daniel3: 15-17 - Deus defenderá seu povo durante os incêndios da tribulação (1 Pedro 1 :7-9).  Estes três hebreus estavam no meio de um conflito entre os deuses do paganismo e o verdadeiro Senhor do céu e da terra. Devemos tomar coragem por este exemplo, sabendo que Deus vingará, hoje mesmo, seu povo que defende corajosamente sua verdade (1 Pedro 4: 14-19; Lucas 9:26).

2. Daniel3: 16-18 - "É verdade?" Como você responde à pergunta se é um cristão ou não? Sua vida responderá por você (Gálatas 3:7-8). O amor do mundo e o amor de Deus não se misturam, da mesma maneira que não se misturam óleo e água. Tentar a fusão leva à confusão (Mateus 6:24).

Nabucodonosor reconhece-os como servos do Deus Altíssimo; um Deus capaz de livrá-los de sua mão. O nosso Deus é o único Fogo Consumidor (Hb 12.29). Se tão somente pudéssemos contemplar o mundo eterno, veríamos ali, a salvo da maldade de seus inimigos, o crente que é perseguido na terra; enquanto que os seus inimigos estão ali expostos à ira de Deus, e atormentados com o fogo que jamais se apaga.

Aquilo que o Senhor Deus fez por estes servos ajudou a manter os judeus em sua religião enquanto estiveram no cativeiro, e a curá-los da idolatria. Este milagre produziu uma profunda convicção em Nabucodonosor. Entretanto, não houve uma transformação permanente em sua conduta. Aquele que preservou estes judeus piedosos dentro da fornalha é capaz de sustentá-los na hora da tentação, e de impedir que caiamos em pecado.


CONCLUSÃO

Já quase aos noventa anos de idade, ele continuava firme no desempenho de suas funções junto aos soberanos da Babilônia. E ainda depois da queda do poderoso império, continuou servindo aos monarcas da Pérsia (Dn 1.21). Muitos crentes deixam de servir na obra do Senhor alegando como motivo a idade avançada que possuem e dizem, que já trabalharam muito para o Senhor e precisam descansar.

Deus é fiel e guarda aos que lhe são fiéis e os livra do mal (Sl 34.7,8; 91.11,12). Quanto aos ímpios, receberão o castigo que merecem (Sl 91.8; Dn 6.24). Concluindo: Nunca alguém é jovem ou idoso demais para ser fiel ao Senhor. Aprendamos com Daniel. Amém.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus                                                                              Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS                        

BIBLIOGRAFIA

www.estudosdabiblia.net

Comentário Bíblico Mathew Henry 

LIÇÕES BIBLICAS CPAD 4º TRIMESTRE 1984