DEUS
ABOMINA A SOBERBA
TEXTO ÁUREO =
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalto, e glorifico ao Rei dos céus;
porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode
humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4.3 7).
VERDADE PRÁTICA = = A soberba e o pecado que mais afronta a a
soberania divina.
LEITURA
BIBLICA = Daniel 4.10-18
INTRODUÇÃO
O princípio e o final deste capítulo
levam-nos a ter a esperança de que Nabucodonosor tenha sido um monumento ao
poder da graça divina, e às riquezas da misericórdia celeste. Após ser curado
de sua loucura, difundiu amplamente e escreveu para as gerações futuras o modo
como Deus o havia humilhado de modo justo e, por sua graça o havia restaurado.
Quando o pecador volta a si, procurará o bem-estar dos demais, dando a conhecer
a prodigiosa misericórdia de Deus.
Antes de Daniel relatar os juízos divinos
contra ele por causa de seu orgulho, Nabucodonosor falou das advertências que
teve em um sonho ou visão. Daniel explicou-lhe o seu significado. A pessoa
representada seria despojada de toda honra e privada do uso da razão pelo
espaço de sete anos. Este é certamente o mais doloroso de todos os juízos
temporais. Qualquer que seja a aflição exterior que Deus permita nos alcançar
temos motivos para suportá-la pacientemente e estar agradecidos de Ele permitir
que utilizemos a nossa mente de um modo são, e que coloque a nossa consciência
em paz. Porém se o Senhor considerar adequado impedir por tais meios que um
pecador cometa múltiplos delitos, ou que um crente desonre o seu nome, até a
prevenção mais espantosa seria preferível à má conduta.
A PROVA
DA SOBERANIA DIVINA
4: 1-3 -
Este capítulo está na forma de uma proclamação do rei para todo o mundo. A lição que Nabucodonosor aprendeu de sua
experiência é resumida agora, depois que sua arrogância se foi, só então a
maneira pela qual ele foi humilhado é explicada. Nabucodonosor fala da grandeza
de Deus e da sua capacidade de fazer com que os homens orgulhosos se humilhem
(Jeremias 27:4-6) e também reconhece a permanência do reino de Deus (Salmo 145:
13).
Atribuição
de Louvor ao Deus Altíssimo (4.1-3)
O
quarto capítulo de Daniel tem sido descrito ·como o documento governamental
mais marcante dos tempos antigos. Iniciando com a inscrição Nabucodonosor, rei
(1), esse documento falava com autoridade imperial a todos os povos, nações e
línguas. Sem expressar vergonha ou apresentar desculpas, essa proclamação
exaltava a Deus, o Altíssimo(2). Poucos líderes mundiais em qualquer época têm
sobrepujado Nabucodonosor em dar glória a Deus ou em expressar de forma correta
seu sublime caráter. Esse capítulo bem poderia ser chamado de "Teodicéia
do Imperador" - uma vindicação sublime dos julgamentos de Deus e sua
justiça.
Como são
grandes os seus sinais, como são
poderosas as suas maravilhas!
O seu
reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração (3, NVI).
2.
Nabucodonosor fala de seu sonho, 4:4-18.
4:4-7 -
Este sonho difere daquele do capítulo 2 porque Nabucodonosor o conta aos
sábios, mas nem assim eles conseguem dar a interpretação.
4:8-9 -
Nabucodonosor não tinha sido completamente curado do politeísmo, mas parece
reconhecer o Deus de Daniel como o maioral. Depois que seus próprios sábios fracassam na interpretação,
ele chama por Daniel.
4: 1
0-12 - Ele sonhou com uma árvore forte e grande que estava num lugar
proeminente e cujos galhos atingiam os confins da terra. Era agradável de se olhar, seu fruto era
bom de se comer, e sua sombra dava proteção às bestas do campo e às aves do ar.
4:13-14
- Um "vigilante" (anjo), "um santo que descia do céu" veio. Ele mandou que a árvore fosse abatida, os
galhos e as folhas cortados, e seu fruto espalhado.
4: 15-16
- Mas o tronco foi deixado, amarrado com uma faixa de ferro e bronze. A árvore representava uma pessoa que teria
seu coração de homem trocado por um de um animal até que sete períodos de tempo
passassem. A extensão dos "tempos" não pode ser determinada, se
refere a semanas, meses ou anos, ou mesmo estações dentro do ano. O ensinamento
mais claro é que se refere a um tempo completo, um período de tempo plenamente
determinado, conhecido por Deus e intencionalmente começado e terminado por
Deus (veja 4:25,32; 5:21).
4: 17
-18 - O propósito a ser conseguido por isto é, então, declarado: "o Altíssimo tem domínio sobre o
reino dos homens; e o dá a quem quer" (veja 2:21; 4:17, 25, 32; 5:21;
Jeremias 27:4-8).
Um Sonho
Perturbador (4.4-18)
Não há uma indicação clara acerca do período no reinado de Nabucodonosor
em que essa experiência humilde e esclarecedora veio a ele. Keil sugere que ela
ocorreu "no período final do seu reinado, depois de ter participado de
muitas guerras para a fundação e estabelecimento do seu império mundial, mas
também, após concluir a maior parte das suas construções esplêndidas". Não
havia nada em seu ambiente que trouxesse profunda satisfação ao rei. Ele havia
varrido o mundo com suas conquistas. Ele tinha sido altamente bem-sucedido como
projetista e construtor, tanto na Babilônia como em todo seu vasto império.
Agora, em casa, estava sossegado [...] e florescente no seu palácio (4). Mas
sua paz e satisfação foram quebradas por um sonho que o perturbou
profundamente. Como ele havia feito anteriormente em uma ocasião semelhante,
convocou todos os sábios de Babilônia (6). Mas, apesar de toda sua sabedoria e
ostentação eles não fizeram saber (7) o mistério ao rei. Não está inteiramente
claro se Daniel foi chamado nessa primeira convocação.
Talvez ele tenha sido propositadamente
excluído pelo rei até que a maioria dos sábios tivesse a oportunidade de provar
o que eles eram capazes de fazer. Mas, por fim, entrou na minha presença Daniel
(8). Dele, o rei testificou: eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos
(9). O rei tinha visto em seu sonho uma árvore (10) que crescia cada vez mais
de maneira que a sua altura chegava até ao céu (11) e parecia cobrir toda a
terra. Sua folhagem era tão formosa e o fruto tão abundante que provia alimento
e sombra para todos (12) - homens, aves e animais do campo. Então, um ser
celestial chamado de vigia, um santo (13) apareceu e quebrou o silêncio com uma
ordem poderosa: Derribai a árvore, e
cortai·lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto (14).
O mensageiro celestial continuou a mostrar
detalhes específicos do sonho amedrontador, o qual soava como um presságio de
julgamento. E, na verdade, era um julgamento, mas um julgamento temperado com
misericórdia. Porque Nabucodonosor estava em rota de colisão, mas Deus seria
fiel a ele.
Keil sugere que é possível que na identificação
do rei do decreto dos vigiadores (17) haja uma alusão à antiga teologia
babilônica. Na hierarquia das deidades havia trinta deuses conselheiros
servindo cinco grandes deuses planetários. Quinze deles eram encarregados pelo
mundo superior e quinze pelo mundo inferior. A cada dez dias um mensageiro de
cada conselho visitava o outro mundo e trazia uma palavra. Mas,
independentemente da limitação teológica que Nabucodonosor tivesse tido, ele
veio a conhecer um Deus superior, o Altíssimo, que tem domínio sobre os reinos
dos homens.
A
Interpretação do Sonho, 4: 19-27.
4: 19 - Daniel ficou perturbado por algum tempo,
pois preferia que a interpretação se aplicasse aos inimigos do rei antes que ao
próprio Nabucodonosor. Mas este encorajou-o a falar.
4: 20-22
- Daniel explicou que a árvore representava
a grandeza do reino babilônio, particularmente o próprio Nabucodonosor, que
dominava com orgulho e arrogância.
4: 23-25
- Por um tempo determinado o rei seria
retirado dentre os homens, e viveria entre o gado do campo, molhado pelo
orvalho do céu, e comeria a erva do campo "até que conheças que o
Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens" (veja Provérbios 14:34;
16:12; Salmo 9:17).
4: 26-27
- Foi deixado o tronco que o assegurava de
que voltaria a reinar depois de ter sido humilhado. Contudo, Daniel insiste com
o rei para que se arrependa e assim prolongue sua prosperidade.
A
Interpretação de Daniel (4.19-27)
Quando os filósofos e cientistas pagãos da
corte desistiram de interpretar o sonho e estavam em completa confusão, Daniel
foi introduzido e saudado pelo rei com deferência respeitosa, reveladora de sua
alta estima por esse servo de Deus. Tu podes; pois há em ti o espírito dos
deuses santos (18), disse o rei. Mas Daniel, quando ouviu o sonho, foi dominado
por um grande espanto e ficou sem falar durante uma hora. Então, encorajado
pelo rei, ele expressou o motivo do seu espanto: Senhor meu, o sonho seja
contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos (19).
A enorme árvore era, na verdade, o próprio
rei. Seu crescimento e força estupenda apresentavam um quadro exato do seu
grande poder. A tua grandeza cresceu e chegou até ao céu, e o teu domínio, até
à extremidade da terra (22). Mas o resultado trágico era que essa grandeza
estava com os dias contados. O rei, conhecido em toda a terra pela sua
capacidade, perderia a razão e se arrastaria pelo chão como um animal do campo.
Ele, que era honrado como o maior entre os seres humanos, perderia sua condição
de humano e se tornaria como um boi que se alimenta de ervas. Até que passem
sobre ele sete tempos (23) indicava sete anos de insanidade para o rei.
Mas no meio desse presságio chocante de
julgamento, que para o rei deve ter soado mais terrível do que a morte, veio a
garantia da infinita fidelidade e misericórdia de Deus.
Embora a árvore fosse cortada, o tronco
(23; "toco", NVI) foi deixado para revi ver e crescer novamente. Além
disso, ele foi cercado de cadeias de ferro e de bronze, um símbolo da firmeza e
constância da promessa de Deus de sobrevivência e restauração. No final da sua
interpretação, Daniel estava parado diante do rei rogando para que ele se
arrependesse dos seus pecados de injustiça e opressão, a fim de que Deus
prolongasse a sua tranqüilidade (27).
O Cumprimento
do Sonho, 4:28-37.
4: 28-30
- Ou o sonho logo foi esquecido por
Nabucodonosor ou foi negligenciado, porque doze meses mais tarde estava
vangloriando-se com sua grandeza e com o que tinha feito.
4: 31-33
- Uma voz do céu declara o início do cumprimento
do sonho. Nabucodonosor tomou a forma que é diagnosticada pelos médicos como
licantropia, quando o paciente sofredor se imagina transformado em um animal.
Ainda que sejam levantadas objeções contra a historicidade deste relato, pode
primeiro ser argumentado que os registros do reinado de Nabucodonosor contêm
muitas falhas em pormenores. Mas há citações de escritores deste período que
não deixam suspeita da possibilidade que, próximo ao fim do reinado dele, houve
um período de tempo no qual ele sofreu de doença mental.
Cumprimento
e Destronização (4.28-33)
A falha de Nabucodonosor em prestar atenção
e voltar-se para Deus por meio de um arrependimento genuíno é um reflexo
ilustrativo da fraqueza e perversidade humanas. Doze meses (29) se passaram e a
visão apavorante desvaneceu-se. Talvez a visão não viesse a se tornar
realidade. Certo dia, em um momento de
glorificação própria, o rei começou a se exultar pelas suas grandes
realizações. Enquanto caminhava pelo "terraço do palácio real" (NVI),
debaixo dos seus pés estava o edifício mais esplêndido que a Babilônia já tinha visto, adornado em ouro com ladrilhos
lustrosos de cores brilhantes.
Próximo do palácio ficava a montanha
artificial e os mágicos jardins suspensos construídos para a sua rainha das
montanhas da Média. Esta era a grande Babilônia (30). De uma pequena cidade dê
um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para os dois lados do rio.
Ele a havia enchido com novas construções e templos com uma arquitetura
distinta. Ele a havia cercado com muros conhecidos pela sua altura e largura.
Parelhas de carruagens podiam correr lado a lado sobre esses muros. Cerca de
210 quilômetros desses me cercavam a cidade. Cem aberturas, com portões de
bronze, controlavam o acesso à cidade.
Do lado de fora dos muros ficava um
reservatório de cerca de 220 quilômetros dê circunferência, conservando e
controlando as águas do Eufrates. Canais para navegação e irrigação cobriam
toda a área. Diques e represas alinhavam o Eufrates até o mar diversos quebra-mares
tornavam o Golfo Pérsico seguro para a navegação.
Com esse tipo de visão enchendo a sua
mente, podemos imaginar a soberba do rei
Aquele que já tinha tudo glorificou-se a si
mesmo: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei [...] para glória da
minha magnificência? (30). Inflado de amor-proprio, a ponto de explodir, ele
ruiu em um abismo de trevas espirituais e mentais. O interlúdio de insanidade
de Nabucodonosor aqui relatado não é conhecido em nenhuma outra fonte, como bem
podemos entender. Qualquer referência a esse fato nas fontes babilônicas seria
cuidadosamente apagada depois que o rei recuperou a sua Sanidade e posição. O
orgulho extremo do monarca foi castigado por meio de um julgamento fulminante e
humilhante. A forma específica de demência que atingiu o rei Nabucodonosor é
conhecida como licantropia.
Louvor de Nabucodonosor a Deus, 4:34-37.
4: 34-35
- Nabucodonosor recuperou a razão e louvou o
poder de Deus e sua autoridade sobre toda a terra.
4: 36-37
- Quando sua razão retomou, seus administradores
começaram a consultá-lo novamente. Se Nabucodonosor converteu-se a Jeová ou
não, é duvidoso, mas ele aprendeu uma lição de que todos os governantes
precisam hoje em dia: Deus domina sobre o reino dos homens e é capaz de
rebaixar os orgulhosos.
Restauração
(4.34-37)
Esse capítulo encerra de maneira apropriada
a narração do rei acerca da sua recuperação e sua declaração de louvor ao Deus
Altíssimo. Como Deus havia prometido, seu reino foi preservado. Seu ministério
de conselheiros, do qual Daniel provavelmente fazia parte, administrou o reino
durante os "sete tempos" (32) da incapacidade do rei. Se esses sete
tempos representavam sete anos, como a maioria dos comentaristas interpreta,
isso mostra algo da consideração e estima que os subordinados do rei tinham por
ele. -= como a providência fiel de Deus em inclinar os seus corações nesse
sentido.
Talvez alguns se perguntem: Por que Deus
permitiu a restauração? Ou, então: L que Deus garantiu essa restauração a um
autocrata tão egocêntrico como Nabucodonosor Não foi para que Deus pudesse
revelar a sua glória por meio desse homem?
Deus tinha planejado essa experiência como
uma disciplina especial de aprendizado para Nabucodonosor. Seu propósito
especial era, nas palavras de Daniel: até que conheças que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer (25). E nós lemos que a
recuperação ocorreu quando eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu
(34).
O rei
tinha aprendido bem a sua lição.
Tudo que sabia acerca de Deus até então, muito ou pouco, ele agora expressa por
meio de um louvor profundo. A natureza do Deus Altíssimo distingue-se em claro
contraste ao paganismo e superstição daqueles dias.
Nesse
texto vemos revelados:
1) A eternidade de Deus - ao que vive para
sempre (34).
2)
Sua soberania - cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração
em geração.
3) Sua onipresença - segundo a sua vontade,
ele opera com o exército do céu e os moradores da terra (35).
4) Sua onipotência - não há quem possa
estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes? 5) Sua justiça - "Porque tudo o
que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos" (37, NVI).
Aplicações
para os Dias de Hoje:
1.
Daniel 4: 17,25,32: Deus domina o reino dos homens (veja Daniel 2:21,37; 5:21). Isto é claramente ensinado através de
todos os diferentes períodos da história do Velho Testamento (Isaías
10:5-16,25-27; Habacuque 1 :5-11; Jeremias 51; Isaías 44:28 - 45: 7). Do mesmo
modo, o Novo Testamento declara que Jesus Cristo é "Soberano dos reis da
terra" (Apocalipse 1 :5; 17:14; Efésios 1:20-23).
2.
Daniel 4: 30-32: O orgulho
vai adiante da queda (Provérbios 16:18; Obadias 3:4; 1 Coríntios 10:12;
DanieI5:18-20; 1 Pedro 5:5-7).
LIÇÃO
QUE A HISTÓRIA NOS DEIXA
Exemplos
negativos de pessoas que se tornaram soberbas
A
Bíblia não conta apenas as vitórias e conquistas dos homens, nas revela suas
fraquezas e derrotas para que se aprenda lições que envolvem nossas relações
com Deus e com as pessoas.
Nabucodonosor
é o grande exemplo do perigo da arrogância. Ior esta causa ele perdeu seu trono
e seu reino.A soberba é um dos pecados do espírito humano que afeta diretamente
a soberania de Deus. Por causa da sua
arrogância contra o Cetro do Deus Altíssimo, Nabucodonosor, assim como a árvore
do sonho, foi cortado até a raiz (v. 18 ). A profecia cumpriu—se integralmente
na vida de Nabucodonosor, e ele, depois de humilhado, perdeu a capacidade moral
de pensar e decidir porque seu coração foi mudado, de “coração de homem”(v.16)
para “um coração de animal”. “A punição levaria sete tempos” (v. 16).
Na
linguagem bíblica, sete tempos equivalem a sete anos em que o monarca da
Babilônia estaria agindo como um animal do campo em total demência racional. A
estupidez da experiência amarga de Nabucodonosor foi demonstrada por uma
licantropia, ou seja, ele foi dominado por uma insanidade sem precedente.
Passou a agir como um animal do campo, tendo o seu corpo molhado pelo orvalho
do céu e com um comportamento irracional, comendo a erva do campo (Dn 4.25). Esse
estado de decadência do rei foi resultado de sua soberba que o levou a perder o
reino e o trono e a Babilônia esteve em decadência política.
O Rei
Herodes é outro personagem que se destaca na Bíblia por sua soberba. Ele era
neto de Herodes, o Grande, e seu nome era Agripa 1 que governou a Palestina nos
anos 37-44 d.C., mas foi o imperador de Roma que lhe deu o título de rei sobre
Israel. Ele não gozava de aprovação entre os judeus, porque era um homem
altivo, presunçoso e teve um fim triste para a sua história. Em Atos dos
Apóstolos está registrado que ele mandou matar Tiago, irmão de João, um dos
apóstolos de Jesus Cristo para ganhar o coração de judeus inimigos dos cristãos
naqueles primeiros dias da Igreja (At 12.1,2). Depois, percebendo que isto agradaria
os judeus que não o recebiam bem, mandou prender outros cristãos e,
principalmente Pedro, mandando—o para a prisão (At 12.3-1 1) quando foi
libertado pelo anjo do Senhor de modo excepcional. Herodes não conseguiu matar
Pedro. Mais tarde, a soberba de Herodes lhe rendeu desprezo do próprio povo (At
12.21,22).
Para
que todos entendessem que Deus não aceita que se zombe da sua soberania e
justiça, enviou o seu anjo que feriu-o...,porque não deu glória a Deus e,
comido de bichos, expirou” (At 12.23). Ninguém usurpa a glória que só pertence
a Deus, a glória de sua soberania.
O Rei
Saul é outro exemplo negativo do significado da soberba. Foi o primeiro rei de
Israel. Saul começou bem o seu reinado, até que se deixou dominar por inveja,
ciúmes e, então, começou a agir irracionalmente. A presunção de se achar
superior a tudo, o levou a agir com atitudes arbitrárias dentro do Palácio e
nos assuntos do reino. Foram atitudes que feriam princípios morais, políticos e
espirituais de Israel.
Sua
arrogância o fez praticar ações que não competiam à sua alçada e, por isso, foi
lhe tirado a graça de Deus na sua vida. Então passou a agir irrefletidamente
dominado pela soberba que fez Deus rejeitá-lo, porque sua desobediência era
fruto da soberba (1 Sm9.26; 10.1; 15.2,3,9; 15.23).
A
soberba é como vírus contagiante
A
soberba é o orgulho excessivo que uma pessoa demonstra e não tem nenhum senso
de autocrítica. A soberba é como uma doença contagiosa que se aloja no coração
do homem e ele perde a capacidade de admitir que para viver no mundo dos homens
ele precisa lembrar que o outro existe. A falta do senso de autocrítica o faz
agir irracionalmente (Si i0l.5;2 Cr26.16).A soberba é contagiosa porque
contamina todo o homem (Mc 7.21-23). A Bíblia nos mostra que a soberba torna os
olhos altivos (Pv 21 .4) e cega a vista (1 Tm 3.6; 6.4).
A soberba foi o pecado de Lúcifer
A
história de Lúcifer infere-se em dois textos proféticos de Isaías e Ezequiel
nos quais, encontramos em linguagem metafórica, a história literal da queda de
Lúcifer, perdendo sua posição na presença de Deus. Ele é identificado na Bíblia
corno Diabo, Satanás (Is 14.13-16; Ez 28.14,16). Essas duas escrituras revelam
que Lúcifer perdeu seu status celestial na presença de Deus por causa da sua
soberba. Por isso, a soberba é um pecado do espírito humano, que afeta
diretamente as relações verticais do homem com Deus.
CONCLUSÃO
Que
Deus nos livre da soberba!
Elaboração pelo:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Comentário
Bíblico Beacon Daniel
Comentário
Bíblico Mathew Henry
Livro Integridade Moral e
Espiritual = CPAD = Elienai Cabral